Ebook Aprenda A Investir em FIIs-1 PDF
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FUNDOS
IMOBILIÁRIOS
Na nossa visão, existem dois tipos de investidores: os que não conhecem os
fundos imobiliários e os que amam fundos imobiliários.
Acreditamos que investir em FII’s é mais atrativo que imóveis físicos. A razão
principal para termos tão poucos investidores em FII’s no Brasil é a falta de
conhecimento por parte dos investidores.
FUNDOS DE FUNDOS
VANTAGENS
Dessa forma, investir em fundo imobiliário costuma ser uma forma também
de comprar participação em um empreendimento com um bom desconto.
Custos de transação:
Gestão profissional:
DESVANTAGENS
Volatilidade:
O Caráter mais volátil dos FII’s pode ser um empecilho para a venda no preço
desejado em caso de necessidade.
Risco Regulatório:
Caso venha um dia a perder sua isenção fiscal, os Fundos Imobiliários iriam
perder, inevitavelmente, parte de sua atratividade e rentabilidade
diferenciada.
Vacância
Imóveis bons, que são bem geridos, que possuem diferenciais e são bem
localizados, dificilmente sofrem com vacâncias elevadas, e quando acabam
sofrendo com vacância, esse indicador normalmente é bem menor que o do
mercado em geral.
A vacância atual é sempre fundamental ser avaliada, mas a histórica pode ser
até mais importante. Recomendamos que você avalie a vacância do imóvel por
longos períodos, justamente para verificar a resiliência do imóvel tanto em
períodos em que o mercado está favorável, quanto em períodos mais
adversos, como o atual por exemplo. Esses dados de vacância estão incluídos
nos relatórios mensais dos fundos, assim como no nosso Radar de FIIs,
divulgado semanalmente para nossos clientes.
Veja um exemplo abaixo de como os dados de vacância são apresentados
geralmente no relatório mensal dos FIIs. O fundo utilizado como exemplo é o
HGJH11, que é proprietário de duas torres comerciais localizadas em SP.
Achamos essa informação na página 2 do relatório e o fundo atualmente
encontra-se com uma vacância de 12,5%, bem abaixo das médias de São
paulo.
Dividend Yield
Para calcular o Dividend Yield é muito fácil, basta o investidor somar todos os
rendimentos mensais pagos pelo fundo nos últimos 12 meses e dividi-lo pela
cotação atual do fundo. O resultado obtido, multiplica-se por 10 e então o
investidor obtém o Dividend Yield dos últimos 12 meses.
Para exemplificar, vamos usar como base o FII HGJH11 novamente. Esse fundo
é negociado hoje a R$ 1275,00 por cota e pagou cerca de R$ 7,65
mensalmente em média nos últimos 12 meses, como mostra a ilustração
retirada do relatório mensal
Como o fundo pagou R$ 7,65 por mês nos últimos 12 meses, multiplicaremos
esses R$ 7,65 por 12 para verificar o valor total pago no período. No caso,
foram R$ 91,80 pagos aos cotistas. Dividindo R$ 91,80 por R$ 1275,00,
chegaremos a 0,072. Multiplicando 0,072 por 100, chegaremos a 7,20.
Portanto, o fundo HGJH11 hoje negocia com um Dividend Yield de 7,20%
baseado nas distribuições dos últimos 12 meses.
Avaliar o patrimônio do Fundo e da cota pode ser importante para dar a noção
ao investidor se ele está levando um ativo com desconto ou pagando muito
caro por estes imóveis.
Cap Rate
Este imóvel do nosso exemplo, teria um Cap Rate de 9,12%. Lembrando que
diferente do Dividend yield, que é a renda final paga ao cotista por um fundo,
o Cap Rate avalia individualmente cada imóvel e a renda por ele
proporcionada, sem considerar as despesas do fundo, como taxas de gestão e
administração.
Dessa forma, é normal que um Fundo que tenha imóveis com Cap Rate de
10%, acabe entregando um retorno em Dividendos um pouco menor, por
conta dessas despesas.
Número de Cotas
Um Fundo que tem um imóvel com laudo de avaliação de R$ 100M, mas que
pelo preço da cota em bolsa, o valor do imóvel sairá R$ 60 M, está sendo
negociado de forma barata.
Se considerarmos que este imóvel tenha 8000 M² de ABL (Área Bruta Locavel),
então seu valor por m² com base no valor de patrimonial será de R$ 12.500,00.
Já com base na cotação em bolsa (que é o que investidor está pagando), estará
em R$ 7.500,00, representando dessa forma um bom desconto.
Escolhendo Um Fundo
Imobiliário Para Investir
Neste capítulo trataremos de como o investidor deve fazer para escolher um
bom Fundo imobiliário
Muitos, infelizmente, sem fazer uma análise criteriosa e sem entender como
avaliar e escolher um bom FII, acabam por adquirir ativos de baixa qualidade e
que no final das contas não entregarão bons retornos.
QUALIDADE DO ATIVO
Caso o investidor não conheça ou não tenha acesso facilitado às regiões dos
empreendimentos, recomendamos que pesquise e procure informações sobre
as mesmas, o Google Maps pode ajudar nessa questão.
Além disso, os gestores costumam dar alguns detalhes sobre os novos ativos
da carteira, demonstrando quais suas garantias, qualidade do devedor, etc.
Analisar o Dividend Yield ou Cap Rate real do ativo (Ou seja, fundos com
Renda mínima garantida devem ser analisados pelo seu resultado real) para
entender se o retorno deste ativo é condizente com sua lucratividade, com sua
geração de caixa efetiva e com o retorno esperado pelo investidor
Verificar o P/VP do fundo (Conforme já ensinamos no módulo anterior) para
ter uma melhor noção se a cota do fundo não está muito mais cara do que
seu patrimônio representa.
Comparar com os pares, ou seja, comparar com ativos similares, que tenham
imóveis similares ou ativos dos mesmos perfis.
Caso, por exemplo, haja dois fundos que investem em shoppings do mesmo
padrão, ambos com vacâncias reduzidas, receita de vendas similares e em
regiões equivalentes, opte pelo que apresenta múltiplos e indicadores mais
baratos.
Neste capítulo do ebook iremos ensinar a você como identificar estes riscos,
como lidar com eles e, quando for possível, evitá-los
Por conta disso, se o investidor não está disposto e nem tem condições
emocionais de ver seu patrimônio desvalorizando em algum momento, ou
vários momentos - que por vezes pode durar um bom período - deve evitar
esse mercado, ou primeiro trabalhar no psicológico.
O preço das cotas dos fundos imobiliários sofre oscilações, pois são
negociadas diariamente por seus cotistas na bolsa de valores. Enquanto no
investimento em imóveis físicos no mercado tradicional você não fica sabendo
imediatamente por quanto um proprietário de um imóvel está vendendo e de
fato vendeu seu imóvel, nos fundos imobiliários você acabará notando essas
movimentações, e elas refletirão nos valores das suas cotas, isso não quer
dizer, no entanto, que você precisa vender suas cotas naquele preço. Não
participe da ignorância dos outros e sim se aproveite dela.
RISCO DE VACÂNCIA
Houve um período nos últimos anos em que vários fundos eram lançados em
bolsa, e como uma forma de atrair os investidores, ofereciam uma Renda
Mínima Garantida, que era um valor pago mensalmente aos cotistas durante
alguns meses ou anos, normalmente com uma taxa atrativa.
Porém esse "brinde" não vinha de graça e esses fundos imobiliários eram
lançados a valores muito elevados e fora da realidade do mercado. Além disso,
como essa renda não era fruto das operações do empreendimento, de seus
resultados, etc, e sim paga pelo incorporador ou vendedor, ela normalmente
estava mascarando o real lucro líquido do fundo.
Veja um caso de um fundo imobiliário que está em RMG atualmente e que seu
resultado real está bem abaixo da RENDA GARANTIDA, sugerindo cautela aos
investidores:
Quando um fundo está distribuindo muito acima de seu efetivo resultado real,
esse fundo ou está "queimando caixa", ou seja, utilizando suas reservas de
lucros e resultados para bancar as distribuições, ou está em RMG.
Considerações Finais e
Começando a investir
Agora que você já sabe como analisar um Fundo imobiliário e aprendeu sobre
indicadores, métricas, riscos, vantagens e desvantagens, chegou a hora de
aprender a fazer o seu primeiro investimento, ou seja, comprar cotas de um
Fundo imobiliário.
Um banco também pode ser utilizado com esta intenção, só que costumam
ser mais caros, de qualquer forma, já fizemos um artigo interessante sobre
corretoras e recomendamos a leitura do mesmo:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este eBook teve como foco principal ensinar de forma simples, direta e numa
linguagem facilitada os principais pontos a serem considerados para investir
em Fundos Imobiliários.