Canal BQ - Stem Cells PDF
Canal BQ - Stem Cells PDF
Canal BQ - Stem Cells PDF
º 7_DEZEMBRO_2010
ENCONTROS E SOCIEDADES CIENTÍFICAS
ÍNDICE
3.
Editorial
João Varela
FICHA TÉCNICA
4.
?
?
COORDENAÇÃO CIENTIFICA
7.
João Varela (CCMAR, U. Algarve) ?
?
EQUIPA EDITORIAL
10.
Francisco Ambrósio (IBILI, U. Coimbra) ?
Graça Soveral (REQUIMTE, U. Lisboa)
?
14.
DESIGN GRÁFICO E PAGINAÇÃO ?
?
Paulo Simão
(paulosimao@yahoo.com) 15.
?
TIRAGEM ?
Versão electrónica
21.
?
PERIODICIDADE
Quadrimestral
PROPRIETÁRIO
canalbq@spb.pt
URL
www.canalbq.spb.pt
2. canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010
EDITORIAL
João Varela
Graças ao convite do director cessante e actual presidente da Sociedade Portuguesa de Bioquímica, e com a
aprovação da direcção da SPB, foi me dada a oportunidade de continuar o projecto editorial da SPB, designado
por Canal bq. Esta oportunidade é, sem dúvida, um desafio e traz grandes responsabilidades. Canal bq — daí o
seu nome — foi concebido para ser um canal de comunicação da comunidade que ensina, investiga e negoceia
no grande mundo que é a bioquímica e campos afins, que vão desde a biotecnologia até à medicina. Desde o
início que um dos objectivos deste canal de comunicação é expandir a bioquímica para além da academia e uni-
dades de I&D e abraçar a Sociedade, explicando os impactos que a bioquímica tem e pode ter no “Mundo Real”.
Com este novo número, pretendo iniciar um rumo um pouco diferente dos anteriores, privilegiando mais os
artigos de revisão científica, e menos as entrevistas e os artigos de opinião, embora estes não sejam excluídos
completamente da politica editorial do Canal bq. Porém, tenho a firme intenção de manter o carácter temático
de cada número. Deste modo, este número é dedicado a um tema actual que, embora potencialmente polémico
oferece grandes promessas para o futuro, nomeadamente na área da medicina regenerativa: células estaminais.
É muito provável que a maioria de vós já tenha ouvido falar sobre células estaminais, mas talvez desconheça as
várias propriedades que as caracterizam, aplicações, funções, interacções com a bioengenharia e nanotecno-
logia, e o número de grupos que trabalham em Portugal com este tipo de células. Com este número do Canal
bq, pretende-se não só divulgar alguns grupos portugueses que realizam I&D sobre células estaminais, mas
também explicar o que elas são, para que servem, e como são (ou poderão ser) cultivadas. Os primeiros dois
artigos (Bragança et al. e Correia & Bragança) são propositadamente introdutórios ao tema, sendo escritos em
português. Os restantes, escritos em português ou em inglês, são mais específicos e aprofundam o tema. Esta
variedade de tratamentos científicos, relativamente acessíveis a estudantes e a profissionais que se interessam
por ciência, não deixam de sumarizar o melhor que se faz em Portugal e no mundo. De modo a potenciar a
compreensão dos artigos deste número, pedi aos autores que escrevessem um glossário com definições de
termos chave, introduzidos a negrito.
Espero, sinceramente, que este número seja uma importante contribuição para uma melhor compreensão das
potencialidades das células estaminais, mas também das consequências éticas a elas associadas. O modo
como as células estaminais embrionárias humanas são obtidas tem repercussões muito semelhantes às levan-
tadas pela Interrupção Voluntária da Gravidez (vulgo “aborto”), pois para as obter é necessário a destruição de
blastocistos, um estádio do desenvolvimento que antecede a formação do embrião e a placenta. Porém, neste
número são apresentadas alternativas muito promissoras às células estaminais embrionárias, que não impli-
cam a desagregação de blastocistos, resolvendo, em larga medida, este problema bioético.
Por fim, desejo agradecer aos autores que contribuíram com o produto do seu esforço, tanto na forma de textos,
como figuras e diagramas, que foram concebidas propositadamente para este número.
canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010 3.
Células estaminais
e medicina regenerativa
Um admirável mundo novo
José Bragança 1,2, Álvaro Tavares 1,2 e José A. Belo 1,2
Figura 1. Propriedades das células estaminais. As células estaminais são células não especializadas que são capazes de se auto-renovar
indefinidamente, e assim dar origem a novas células estaminais não especializadas (em fundo verde), mas também têm a possibilidade
de se diferenciar em um ou múltiplos tipos de células especializadas sob condições definidas (em fundo amarelo).
4. canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010
Tabela 1 – Características das células estaminais.
canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010 5.
forma uma cavidade (blastocélio) e que en-
cerra num dos pólos um agregado de células
denominada botão embrionário. As células
do trofoblasto só são capazes de dar origem
aos tecidos extra-embrionários tal como a
placenta, ao contrário das células do botão
embrionário que vão dar origem ao epiblas-
to, precursor do embrião propriamente dito,
e que são o primórdio das três camadas ger-
minais do embrião das quais derivam todos
os tecidos e órgãos. Assim, as células do
botão embrionário são consideradas pluripo-
tentes e contêm células estaminais embrioná- Figura 2. Fontes de células estaminais embrionárias e adultas. O desenvolvimento embrionário e fetal, a manutenção da homeostase dos
órgãos e tecidos adultos ao longo da vida, e respostas do organismo a lesões são governados por vários tipos de populações de células
rias (ES) com capacidade de formar todos os estaminais. A temporização de alguns estádios do desenvolvimento (zigoto, mórula, blastocisto, embrião) em termos de horas e dias
após a fecundação do oócito estão indicados em caixas com fundo azul para seres humanos. Caixas com fundo cinzento indicam tem-
220 tipos de células que constituem um or- pos equivalentes no ratinho, quando estes diferem dos primeiros. Até ao estádio de mórula as células são totipotentes, mas começam
gradualmente a perder a capacidade de diferenciação ao longo do desenvolvimento. As células da massa celular interna do blastocisto
ganismo adulto, menos a placenta e tecidos
pré-implantado (células verdes) podem ser isoladas e cultivadas in vitro, e assim dar origem a células estaminais embrionárias (células
extra-embrionários. Por outras palavras, cé- ES) capazes de se auto-renovar. Estas células são pluripotentes, ou seja apresentam um potencial elevado de diferenciação, originando
todos os tipos celulares de um organismo adulto. As células estaminais do epiblasto (EpiSC) isoladas de blastocistos pós-implantados
lulas pluripotentes não podem dar origem a de ratinhos (indicadas em caixa com fundo laranja) têm uma capacidade restrita de diferenciação em comparação com as células ES,
mas ainda são pluripotentes e podem dar origem a células das três camadas germinativas (ectoderme, mesoderme e endoderme) e a
um indivíduo de maneira independente. células derivadas dessas camadas (indicadas nos quadros com fundo branco). As células ES humanas têm propriedades semelhantes
às que foram enumeradas para as EpiSC de ratinho. As células germinais embrionárias são também células pluripotentes derivadas
de células primordiais germinais, isoladas a partir de gónadas embrionárias. Muitos tecidos dos organismos adultos contêm células
As células ES isoladas e cultivadas in vitro imaturas que são referidas como células estaminais adultas ou somáticas e que servem para recompor as células perdidas por morte
celular normal do tecido ou para reparar o tecido danificado após uma doença ou lesão. Exemplos destas células estão indicados em
podem ser propagadas como linhagens de caixas de fundo roxo com os tecidos que geram referidos por baixo (a preto), bem como as patologias para as quais têm potencial tera-
pêutico (a verde). As células estaminais somáticas têm menor plasticidade em comparação com as células ES ou EpiSC, e são apenas
células estaminais embrionárias pluripo- multipotentes (ou por vezes unipotentes). As células estaminais dos tecidos fetais (neuronais, sangue do cordão umbilical ou líquido
amniótico, por exemplo) têm propriedades intermédias entre as células estaminais embrionárias e adultas em termos de potência
tentes que têm a capacidade de proliferar (indicadas em caixas com fundo azul com algumas linhagens que geram referidas por baixo a preto, e as patologias para as quais têm
indefinidamente em cultura num estado potencial terapêutico, a verde).
6. canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010
ável ao longo da vida adulta. Por exemplo, as
células estaminais neurais do sistema ner-
voso central residem no ventrículo lateral
na zona subventricular ao longo da vida pós-
natal e no giro dentado do hipocampo [25,
26]. No entanto, noutros casos a localização
das células estaminais pode ser muito mais
dinâmica, como por exemplo as células do
Figura 3. Células estaminais e terapia. Para utilização de células estaminais em terapia celular, é necessária a expansão de um grande sistema hematopoiético que em condições
número de células em cultura. As células estaminais embrionárias (ES), adultas e fetais e as iPS derivadas de células somáticas têm
a capacidade de proliferar e de se auto-renovar em cultura. As células ES são as que proliferam melhor em cultura e que dão origem quiescentes (steady-state) residem na me-
a todos os tipos de células derivados das três camadas germinativas do embrião. As células ES são células já isoladas e estabelecidas
que não são derivadas do paciente, e por isso, estas células têm um grande potencial para utilização terapêutica alogénica. As células
dula óssea e ocupam nichos facultativos,
estaminais fetais, tal como células as estaminais adultas ou somáticas contidas em muitos tecidos dos organismos adultos, podem ser
dispersos na superfície trabecular do osso
usadas para fins terapêuticos autólogos quando derivadas e usadas no próprio paciente. Estas células adultas também podem servir
para terapias de outros pacientes, neste caso sendo para transplantes alogénicos. No entanto, a capacidade de proliferação em cultura [23]. Por isso, as células estaminais hema-
destas células fetais e adultas é variável e mais limitada do que a capacidade das células estaminais embrionárias. As iPS são células
pluripotentes que poderiam ser originadas do próprio paciente e por isso seriam para fins terapêuticos autólogos e transplantes alo- topoiéticas estão constantemente em cir-
génicos. Depois da expansão das células estaminais em cultura, é preciso gerar tipos específicos de células diferenciadas, tais como
células musculares cardíacas, células do sangue ou células nervosas, através de, por exemplo, protocolos que modificam as condições culação de um compartimento da medula
de cultura e a composição química dos meios de cultura. Uma vez diferenciadas, estas células de tipos específicos ou as estruturas
que estas células formam poderiam ser transplantadas nos pacientes de maneira autóloga ou alogénica para substituir, reparar ou
óssea para outro (por exemplo, do fémur
melhorar as funções de tecidos ou órgãos danificados. à tíbia). Este movimento de um nicho para
outro permite a manutenção de células es-
que resultam da transformação de células das células estaminais [23] (Fig. 4). Este taminais hematopoiéticas em vários locais,
adultas capazes de originar e manter a mas- microambiente tridimensional influencia e e permite também uma mais eficiente ex-
sa celular de tumores [21, 22]. controla a expressão dos genes que defi- pansão do número de células estaminais
nem as propriedades estaminais, ou seja, a hematopoiéticas em resposta a estímulos. O
Finalmente, foram recentemente repro- auto-renovação ou a diferenciação [24]. Até baço e o fígado também contêm células es-
gramadas células estaminais pluripotentes recentemente, os nichos eram um conceito taminais hematopoiéticas, e, em condições
induzidas (iPSC) a partir de células somá- teórico apoiado na observação de que as normais ocorre apenas diferenciação limita-
ticas humanas ou de ratinho através da ex- células estaminais transplantadas sobrevi- da nesses órgãos. No entanto, a ocorrência
pressão forçada de factores de transcrição viam e cresciam somente em locais espe- de estímulos que induzem a hematopoiese
definidos [3-9]. As iPSC possuem as pro- cíficos, presentes em números limitados pode provocar níveis elevados de formação
priedades únicas (auto-renovação e pluri- e saturáveis, nos tecidos transplantados. de células sanguíneas no baço e no fígado,
potência) das células ES que lhes conferem No entanto, tais estruturas foram recente- indicando que estes órgãos são capazes de
um enorme potencial para futuras terapias. mente caracterizadas em diversos tecidos activar nichos facultativos que apoiam a
de invertebrados e permitiram estabelecer manutenção das células estaminais hema-
princípios que provavelmente regem o com- topoiéticas e hematopoiese a longo prazo.
NICHO DAS CÉLULAS ESTAMINAIS portamento de nichos noutros organismos. Esta capacidade de activação de nichos fa-
Por “nichos” entende-se estruturas celu- É provável que, nos organismos adultos, a cultativos não se limita ao sistema hema-
lares em tecidos e órgãos formando mi- maior parte das células estaminais estejam topoiético; por exemplo, a lesão da pele de
croambientes que fornecem sinais extrín- num estado quiescente, mas que possam um adulto pode levar à formação de novos
secos (sejam moléculas de sinalização ser activadas por factores exógenos, en- folículos capilares, que são depois coloniza-
intercelulares, ou interacções entre células trando em divisão e diferenciação e assim dos por células estaminais [27]. Foi também
estaminais e células vizinhas, ou ainda in- contribuam para a renovação de tecidos/ demonstrado que a complexidade da organi-
teracções com a matriz extracelular) que, órgãos ou para a reparação após lesão. Em zação espacial das células estaminais em-
em combinação com factores intrínsecos, alguns casos, as células estaminais ocupam brionárias em culturas, em conjunto com os
determinam o comportamento e o destino um nicho único, que é espacialmente invari- factores exógenos (LIF, FGF e TGF-β, célu-
canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010 7.
Tabela 2. Aplicações terapêuticas potenciais de células para o tratamento de diversas patologias humanas adaptado da revisão feita por
Mimeault e colegas [59].
8. canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010
equivalentes de ratinho e mostraram-se
significativamente diferentes das células de
carcinoma embrionário ratinho. Por exem-
plo, a proteína SSEA-1, um marcador de su-
perfície específico das células CE de ratinho,
está ausente nas células CE humanas que
por sua vez expressam as proteínas SSEA-3,
Figura 4. Nicho das células estaminais adultas. Os nichos formam microambientes fornecendo sinais extrínsecos (tal como moléculas SSEA-4, TRA-1-60 e TRA-1-81 [48-50]. Além
de sinalização intercelulares, interacções entre as células estaminais com a matriz extracelular, e com as células vizinhas) que em
combinação com os factores intrínsecos das células estaminais determinam o comportamento e o destino das células estaminais. disso, ao contrário das células de ratinho, as
As condições externas (temperatura, pH, componentes do soro, factores de crescimento, hormonas, glicose e oxigénio, por exemplo)
também podem influenciar o destino das células estaminais. células CE humanas são altamente aneu-
plóides, o que provavelmente é responsável
que demonstrou a possibilidade de induzir Células de carcinoma embrionário pela incapacidade destas células humanas
a reprogramação de fibroblastos de ratinho Os teratocarcinomas são tumores malignos de se diferenciarem numa ampla gama de
em células pluripotentes (iPSC) com pro- de grande raridade compostos por uma mis- tipos de celulares somáticos. No entanto,
priedades semelhantes às das células ES. A tura de células de carcinoma embrionário algumas células CE humanas foram já dife-
reprogramação obteve-se por expressão for- (CE) indiferenciadas e de células diferen- renciadas em neurónios, que foram depois
çada de quatro factores de transcrição: Oct4, ciadas que podem incluir as três camadas utilizados para tratamento de pacientes que
Sox2, Klf4 e c-Myc [5]. Depois dessa primei- germinais. Alguns trabalhos desenvolvidos tinham sofrido acidentes vasculares cere-
ra reprogramação, outros grupos já usaram em ratinhos demonstraram que as células brais (AVCs) [12], indicando um potencial das
com sucesso os mesmos factores, ou outras CE indiferenciadas funcionam como célu- células de CE humanas para terapia.
combinações, para reprogramar uma gran- las estaminais para originar as outras cé-
de variedade de células somáticas de ratinho lulas que constituem o tumor. Assim, uma Células germinais primordiais
ou humanas [29, 37, 38]. Além disso, conse- célula CE indiferenciada única é capaz de Apesar de evidências obtidas na década
guiu-se diferenciar iPSC in vitro, numa varie- auto-renovação ilimitada e diferenciação 1952-1962 de que as células germinais pri-
dade de tipos celulares que por sua vez fo- em linhagens celulares múltiplas, o que mordiais poderiam dar origem a teratocar-
ram utilizadas na correcção de deficiências também serviu para estabelecer a noção de cinomas, só em 1992 foram derivadas com
em modelos animais de patologias humanas pluripotência [42], e demonstrar a existência sucesso células embrionárias germinais (EG)
[39]. O avanço em células humanas tem sido de células estaminais de cancro. As células [51, 52]). As células EG, que são também célu-
grande e conseguiu-se, a partir de pacientes CE de ratinho expressam antigénios e prote- las estaminais pluripotentes, requerem uma
com várias doenças, reprogramar diversas ínas similares aos que estão presentes nas combinação de Stem Cell Factor (SCF), LIF e
iPSC [40]. Deste modo foi possível corrigir in células do botão embrionário de blastocistos FGF, e a presença de uma camada de células
vitro defeitos de células estaminais hemato- [43, 44]. Esta observação levou ao conceito suporte para a derivação inicial em cultura.
poiéticas de pacientes com anemia de Fan- de que as células CE são a contrapartida in As células EG de ratinho em cultura são mor-
coni [41]. As iPSC têm assim um potencial vitro das células pluripotentes presentes no fologicamente indistinguíveis das células ES
prometedor para aplicações clínicas, porque botão embrionário [45]. Algumas linhas ce- e à semelhança destas expressam SSEA-1
poderiam ser reprogramadas a partir de cé- lulares CE quando são injectadas em blas- e Oct4, e quando injectadas em blastocistos
lulas autólogas expandidas em massa e di- tocistos de ratinho, podem contribuir para contribuem para o desenvolvimento de rati-
ferenciadas no tipo celular necessário para vários tipos de células somáticas do ratinho nhos quiméricos, incluindo células germinais
a terapia do paciente (Fig. 3 e Tabela 1). No [46], embora a maioria das linhas de células [53, 54]. No entanto, ao contrário das célu-
entanto, antes da utilização clínica das iPSC CE tenham um potencial muito limitado de las ES, as células EG mantêm algumas ca-
é necessário melhorar ainda os processos contribuição ao desenvolvimento de ratinhos racterísticas originais das células germinais
de reprogramação e de diferenciação destas quiméricos [47]. As células CE humanas fo- primordiais, tal como a inteira desmetilação
células. ram derivadas posteriormente às células do genoma, a remoção do imprinting genómi-
canalBQ_n.º 7_DEZEMBRO_2010 9.
CÉLULAS ESTAMINAIS ADULTAS E FETAIS uma rede complexa de factores de cresci-
De forma geral, a cada tipo de tecido cor- mento e de citocinas controla a transição en-
responde um dado tipo de célula estaminal tre o estado quiescente e o estado activado
adulta, e a lista de tecidos e órgãos dos das células EH na medula óssea. A migração
quais foram isoladas células estaminais destas células activadas da superfície en-
adultas cresce constantemente e inclui a dosteal para os nichos vasculares, permite
co, e a reactivação dos cromossomas X [53, medula óssea, o sangue periférico, o cére- a libertação rápida das células EH na micro-
55, 56]. Mais recentemente derivaram-se, de bro, a medula espinal, a polpa dentária, os vasculatura sanguínea da medula óssea, an-
testículos do ratinho neo-natal ou adulto, vá- vasos sanguíneos, o músculo esquelético, tes da migração destas células para a circu-
rios tipos de células estaminais pluripotentes o epitélio da pele e do sistema digestivo, lação periférica em condições fisiológicas e
ou multipotentes germinais com morfologia a córnea, a retina, o coração, o fígado e o patológicas. As células EH derivadas da me-
e marcadores celulares específicos típicos de pâncreas, entre outros. As células esta- dula óssea e células derivadas das células
células ES. Estas células germinais também minais adultas estão também presentes EH foram localizadas na pele, músculo, pul-
se podem diferenciar em várias linhagens de em tecidos fetais, na placenta e no cordão mões, baço, fígado, tecidos do sistema ner-
células in vitro, formar teratomas, e contri- umbilical. Nesta secção apresentamos al- voso e gastrointestinais, sugerindo que estas
buir para a formação de ratinhos quimeras, gumas fontes principais de células esta- células podem participar na regeneração de
inclusivamente na constituição de células minais adultas e fetais com potencial tera- tecidos periféricos, promovendo o sistema
germinais, quando injectadas no blastocisto. pêutico (Fig. 2, Tabelas 1 e 2). imunológico, por fusão celular adquirin-
No entanto, estas células germinais têm um do assim propriedades das células com as
estado epigenético distinto das células ES e Células estaminais hematopoiéticas quais fusionam, ou por transdiferenciação em
das células EG [57-59]. As células estaminais adultas melhor ca- células envolvidas na reparação dos tecidos
A derivação de células EG humanas foi rea- racterizadas são as células estaminais he- danificados, apesar deste último mecanismo
lizada pela primeira vez em 1998 [57], mas matopoiéticas (EH), que originam todas as não estar solidamente demonstrado [60].
o potencial de proliferação destas células a células sanguíneas tais como os eritrócitos, Durante os últimos 50 anos, as células EH
longo prazo parece ser limitado [58]. No en- linfócitos e plaquetas. As células EH estão foram extensivamente usadas para trans-
tanto, as células humanas EG com poucas sobretudo localizadas na medula óssea, no plante alogénico e para tratamento de uma
passagens em cultura apresentam a capaci- sangue periférico, mas também em alguns variedade de doenças imunes hereditárias
dade de se diferenciar in vitro em múltiplas órgãos (baço e fígado, por exemplo), e ainda ou adquiridas, tal como talassemias, anemia
linhagens celulares. As células humanas EG no sangue do cordão umbilical e na placenta falciforme, anemia de Fanconi, erros inatos
têm uma morfologia muito distinta das célu- [59]. Os monócitos e macrófagos, neutrófi- do metabolismo, anemia aplástica severa,
las ES humanas e expressam o marcador de los, basófilos, eosinófilos, eritrócitos, mega- imunodeficiência combinada severa (SCID),
superfície SSEA-1, que está ausente nas cé- cariócitos e plaquetas, e células dendríticas e outras deficiências imunológicas primárias
lulas ES humanas, mas presente nas células são gerados a partir da linhagem miéloide, (Fig. 2 e Tabela 2). O transplante de células
germinais humanas precoces [29]. Até agora, enquanto a linhagem linfóide dá origem aos EH é também amplamente utilizado para o
nenhuma das linhas de células EG humanas linfócitos T e B, e às células NK. As células tratamento de doenças hematológicas ma-
isoladas possui capacidades de formação de EH são caracterizadas pela expressão de lignas, como leucemias mielóides e linfói-
teratomas e necessitam factores de cres- marcadores de superfície celulares especí- des, outros síndromes mielo-proliferativos,
cimento diferentes daqueles necessários ficos que permitem também o isolamento doenças mielo-displásicas, linfomas, mie-
às células ES humanas, o que as distingue destas células. As células EH imaturas e lomas, e tumores sólidos, como cancro de
assim claramente das células ES. O poten- quiescentes estão localizadas na superfície células renais, cancro da mama, carcinomas
cial das células EG para terapia ainda está endosteal do osso (fina camada de células do ovário e neuroblastomas. No entanto, en-
muito pouco explorado, mas estudos recen- que reveste a cavidade medular de um osso), contrar um dador histocompatível continua
tes em modelos animais demonstraram que onde podem interagir através da formação a ser um problema para muitos pacientes
as células germinais testiculares de ratinho de junções aderentes com os osteoblastos que necessitam deste tipo de procedimento
podem ser transplantadas em animais reci- que regulam as funções das células EH [59]. terapêutico.
pientes estéreis e regenerar a espermato- As células EH também se co-localizam com
génese, indicando que estas células têm um células endoteliais na microvasculatura si- Células estaminais mesenquimais
grande potencial para tratamento de infertili- nusoidal da medula óssea. Sob estímulos As células estaminais mesenquimais (EM)
dade masculina. específicos, tais como lesões de tecidos, são células adultas multipotentes, capazes
13. Evans M & Kaufman M (1981) Establishment in cul- 27. Ito M, Yang Z, Andl T, Cui C, Kim N, Millar SE & Cot-
ture of pluripotential cells from mouse embryos. Nature sarelis G (2007) Wnt-dependent de novo hair follicle re-
14. Tesar PJ, Chenoweth JG, Brook FA, Davies TJ, Evans 447, 316-320.
REFERENCIAS EP, Mack DL, Gardner RL & McKay RDG (2007) New cell 28. Peerani R, Rao BM & Bauwens C YT, Wood GA, Nagy
lines from mouse epiblast share defining features with A, Kumacheva E, Zandstra PW. (2007) Niche-mediated
1. Nirmalanandhan VS & Sittampalam GS (2009) Stem human embryonic stem cells. Nature 448, 196. control of human embryonic stem cell self-renewal and
Cells in Drug Discovery, Tissue Engineering, and Rege- 15. Brons IGM, Smithers LE, Trotter MWB, Rugg-Gunn differentiation. EMBO J.
nerative Medicine: Emerging Opportunities and Chal- P, Sun B, Chuva de Sousa Lopes SM, Howlett SK, Cla- 29. Yu J & Thomson JA (2008) Pluripotent stem cell li-
lenges. J Biomol Screen 14, 755-768. rkson A, Ahrlund-Richter L, Pedersen RA & Vallier L nes. Genes Dev 22, 1987-1997.
2. Lerou PH & Daley GQ (2005) Therapeutic potential of (2007) Derivation of pluripotent epiblast stem cells from 30. Chung Y, Klimanskaya I, Becker S, Marh J, Lu S-J,
embryonic stem cells. Blood Rev 19, 321-331. mammalian embryos. Nature 448, 191. Johnson J, Meisner L & Lanza R (2006) Embryonic and
3. Blelloch R, Venere M, Yen J & Ramalho-Santos M 16. Vallier L, Mendjan S, Brown S, Chng Z, Teo A, Smi- extraembryonic stem cell lines derived from single
(2007) Generation of Induced Pluripotent Stem Cells in thers LE, Trotter MWB, Cho CHH, Martinez A, Rugg- mouse blastomeres. Nature 439, 216-219.
the Absence of Drug Selection. Cell Stem Cell 1, 245- Gunn P, Brons G & Pedersen RA (2009) Activin/Nodal 31. Wakayama S, Hikichi T, Suetsugu R, Sakaide Y, Bui
-247. signalling maintains pluripotency by controlling Nanog H-T, Mizutani E & Wakayama T (2007) Efficient Establish-
4. Okita K, Ichisaka T & Yamanaka S (2007) Generation expression. Development 136, 1339-1349. ment of Mouse Embryonic Stem Cell Lines from Single
of germline-competent induced pluripotent stem cells. 17. Beddington RS & Robertson EJ (1989) An assess- Blastomeres and Polar Bodies. Stem Cells 25, 986-993.
Nature 448, 313. ment of the developmental potential of embryonic stem 32. Smith AG, Heath JK, Donaldson DD, Wong GG, Mo-
5. Takahashi K & Yamanaka S (2006) Induction of Pluri- cells in the midgestation mouse embryo. Development reau J, Stahl M & Rogers D (1988) Inhibition of pluri-
potent Stem Cells from Mouse Embryonic and Adult Fi- 105, 733-737. potential embryonic stem cell differentiation by purified
broblast Cultures by Defined Factors. Cell 126, 663-676. 18. Gardner RL & Rossant J (1979) Investigation of the polypeptides. Nature 336, 688-690.
6. Takahashi K, Tanabe K, Ohnuki M, Narita M, Ichisaka fate of 4.5 day post-coitum mouse inner cell mass cells by 33. Ying Q-L, Nichols J, Chambers I & Smith A (2003)
T, Tomoda K & Yamanaka S (2007) Induction of Pluripo- blastocyst injection. J Embryol Exp Morphol 52, 141-152. BMP Induction of Id Proteins Suppresses Differentia-
tent Stem Cells from Adult Human Fibroblasts by Defi- 19. Nagy A, Rossant J, Nagy R, Abramow-Newerly W tion and Sustains Embryonic Stem Cell Self-Renewal in
ned Factors. Cell 131, 861-872. & Roder J (1993) Derivation of completely cell culture- Collaboration with STAT3. Cell 115, 281-292.
7. Maehr R, Chen S, Snitow M, Ludwig T, Yagasaki L, Go- derived mice from early-passage embryonic stem cells. 34. Thomson JA, Itskovitz-Eldor J, Shapiro SS, Wak-
land R, Leibel RL & Melton DA (2009) Generation of plu- Proc Natl Acad Sci USA 90. nitz MA, Swiergiel JJ, Marshall VS & Jones JM (1998)
ripotent stem cells from patients with type 1 diabetes. 20. Bradley A, Evans M, Kaufman M & Robertson E Embryonic Stem Cell Lines Derived from Human Blas-
Proc Natl Acad Sci USA 106, 15768-15773. (1984) Formation of germ-line chimaeras from embryo- tocysts. Science 282, 1145-1147.
8. Park I-H, Lerou PH, Zhao R, Huo H & Daley GQ (2008) derived teratocarcinoma cell lines. Nature 309, 255-256. 35. Wilmut I, Schnieke AE, McWhir J, Kind AJ & Camp-
Generation of human-induced pluripotent stem cells. 21. Reya T, Morrison SJ, Clarke MF & Weissman IL bell KHS (1997) Viable offspring derived from fetal and
Nat Protoc 3, 1180-1186. (2001) Stem cells, cancer, and cancer stem cells. Na- adult mammalian cells. Nature 385, 810-813.
9. Wernig M, Zhao J-P, Pruszak J, Hedlund E, Fu D, ture 414, 105-111. 36. French AJ, Adams CA, Anderson L, S. , Kitchen JR,
Soldner F, Broccoli V, Constantine-Paton M, Isacson O 22. Sagar J, Chaib B, Sales K, Winslet M & Seifalian A Hughes MR & Wood SH (2008) Development of Human
& Jaenisch R (2008) Neurons derived from reprogram- (2007) Role of stem cells in cancer therapy and cancer Cloned Blastocysts Following Somatic Cell Nuclear
med fibroblasts functionally integrate into the fetal brain stem cells: a review. Cancer Cell Int 7, 9. Transfer with Adult Fibroblasts. Stem Cells 26, 485-493.
and improve symptoms of rats with Parkinson’s disease. 23. Morrison SJ & Spradling AC (2008) Stem Cells and 37. Jaenisch R & Young R (2008) Stem cells, the mole-
Proc Natl Acad Sci USA 105, 5856-5861 Niches: Mechanisms That Promote Stem Cell Mainte- cular circuitry of pluripotency and nuclear reprogram-
10. Batlle-Morera L, Smith A & Nichols J (2008) Para- nance throughout Life. Cell 132, 598-611. ming. Cell 132, 567-582.
meters influencing derivation of embryonic stem cells 24. Bajada S, Mazakova I, Richardson JB & Ashammakhi 38. Lengerke C & Daley GQ (2009) Disease Models from
from murine embryos. Genesis 46, 758-767. N (2008) Updates on stem cells and their applications Pluripotent Stem Cells. Annals NY Acad Sci 1176, 191-196.
11. Brook FA & Gardner RL (1997) The origin and effi- in regenerative medicine. J Tissue Eng Regener Med 2, 39. Hanna J, Wernig M, Markoulaki S, Sun C-W, Meiss-
cient derivation of embryonic stem cells in the mouse. 169-183. ner A, Cassady JP, Beard C, Brambrink T, Wu L-C, To-
Proc Natl Acad Sci USA 94, 5709-5712. 25. Doetsch F (2003) A niche for adult neural stem cells. wnes TM & Jaenisch R (2007) Treatment of Sickle Cell
12. Martin G (1981) Isolation of a pluripotent cell line Curr Opin Genet Dev 13, 543-550. Anemia Mouse Model with iPS Cells Generated from
from early mouse embryos cultured in medium condi- 26. Palmer TD, Takahashi J & Gage FH (1997) The Adult Autologous Skin. Science 318, 1920-1923.
Shimamura A, Lensch WT, Cowan C, Hochedlinger K & embryonic germ (EG) cell lines: transmission through
Daley GQ (2008) Disease-Specific Induced Pluripotent the germline and differences in the methylation imprint
Stem Cells. Cell 143, 877-886. of insulin-like growth factor 2 receptor (Igf2r) gene com-
41. Raya A, Rodriguez-Piza I, Guenechea G, Vassena R, pared with embryonic stem (ES) cell lines. Development
Sleep E, Gonzalez F, Tiscornia G, Garreta E, Aasen T, 54. Stewart C, Gadi I & Bhatt H (1994) Stem cells from 65. Kim SU & de Vellis J (2009) Stem cell-based cell the-
Veiga A, Verma IM, Surralles J, Bueren J & Belmonte primordial germ cells can reenter the germ line. Dev rapy in neurological diseases: A review. J Neurosci Res
JCI (2009) Disease-corrected haematopoietic progeni- Biol 161, 626-628. 87, 2183-2200.
tors from Fanconi anaemia induced pluripotent stem 55. Tada M, Tada T, Lefebvre L, Barton S & Surani M 66. Lindvall O & Björklund A (2004) Cell Therapy in
cells. Nature 460, 53-59. (1997) Embryonic germ cells induce epigenetic repro- Parkinson’s Disease. NeuroRx 1, 382–393.
42. Kleinsmith LJ & Pierce GB, Jr. (1964) Multipotentia- gramming of somatic nucleus in hybrid cells. EMBO J 67. Lindvall O & Kokaia Z (2009) Prospects of stem cell
lity of Single Embryonal Carcinoma Cells. Cancer Res 16, 6510-6520. therapy for replacing dopamine neurons in Parkinson’s
24, 1544-1551. 56. Shovlin TC, Durcova-Hills G, Surani A & McLaren A disease. Trends Pharmacol Sci 30, 260-267.
43. Gachelin G, Kemler R, Kelly F & Jacob F (1977) PCC4, (2008) Heterogeneity in imprinted methylation patterns 68. Lindvall O & Kokaia Z (2010) Stem cells in human
a new cell surface antigen common to multipotential of pluripotent embryonic germ cells derived from pre- neurodegenerative disorders — time for clinical trans-
embryonal carcinoma cells, spermatozoa, and mouse migratory mouse germ cells. Dev Biol 313, 674-681. lation? J Clin Invest 120, 29-40
early embryos. Dev Biol 57, 199-209. 57. Shamblott MJ, Axelman J, Wang S, Bugg EM, Lit- 69. O’Donoghue K & Fisk NM (2004) Fetal stem cells.
44. Solter D & Knowles BB (1978) Monoclonal antibo- tlefield JW, Donovan PJ, Blumenthal PD, Huggins GR & Best Pract Res Clin Obstetrics Gynaecol 18, 853-875.
dy defining a stage-specific mouse embryonic antigen Gearhart JD (1998) Derivation of pluripotent stem cells 70. Walther G, Gekas J & Bertrand OF (2009) Amniotic
(SSEA-1). Proc Natl Acad Sci USA 75, 5565–5569. from cultured human primordial germ cells. Proc Natl stem cells for cellular cardiomyoplasty: Promises and
45. Martin G (1980) Teratocarcinomas and mammalian Acad Sci USA 95, 13726-13731. premises. Catheter Cardiovasc Interventions 73, 917-924.
embryogenesis. Science 209, 768-776. 58. Turnpenny L, Brickwood S, Spalluto C, M, Piper K, 71. Dick JE (2005) Acute Myeloid Leukemia Stem Cells.
46. Brinster R (1974) The effect of cells transferred into Cameron IT, Wilson DI & Hanley NA (2003) Derivation of Annals NY Acad Sci 1044, 1-5.
the mouse blastocyst on subsequent development. J Human Embryonic Germ Cells: An Alternative Source of 72. Wang JCY & Dick JE (2005) Cancer stem cells: les-
Exp Med 140, 1049-1056. Pluripotent Stem Cells. Stem Cells 21, 598-609. sons from leukemia. Trends Cell Biol 15, 494-501.
47. Atkin N, Baker M, Robinson R & Gaze S (1974) Chro- 59. Mimeault M, Hauke R & Batra SK (2007) Stem Cells: 73. Brabletz T, Jung A, Spaderna S, Hlubek F & Kirchner
mosome studies on 14 near-diploid carcinomas of the A Revolution in Therapeutics Recent Advances in Stem T (2005) Migrating cancer stem cells an integrated con-
ovary. Eur J Cancer 10, 144-146. Cell Biology and Their Therapeutic Applications in Re- cept of malignant tumour progression. Nat Rev Cancer
48. Andrews P, Banting G, Damjanov I, Arnaud D & Avner generative Medicine and Cancer Therapies. Clin Phar- 5, 744-749.
P (1984) Three monoclonal antibodies defining distinct macol Ther 82, 252-264. 74. Keirstead HS, Nistor G, Bernal G, Totoiu M, Cloutier
differentiation antigens associated with different high 60. Masson S, Harrison DJ, Plevris JN & Newsome PN F, Sharp K & Steward O (2005) Human Embryonic Stem
molecular weight polypeptides on the surface of human (2004) Potential of Hematopoietic Stem Cell Therapy in Cell-Derived Oligodendrocyte Progenitor Cell Trans-
embryonal carcinoma cells. Hybridoma 3. Hepatology: A Critical Review. Stem Cells 22, 897-907. plants Remyelinate and Restore Locomotion after Spi-
49. Andrews P, Goodfellow P, Shevinsky L, Bronson D & 61. Brignier AC & Gewirtz AM (2010) Embryonic and nal Cord Injury. J Neurosci 25, 4694-4705.
Knowles B (1982) Cell-surface antigens of a clonal human adult stem cell therapy. J Allergy Clin Immunol 125, 75. Lund RD, Wang S, Klimanskaya I, Holmes T, Ramos-
embryonal carcinoma cell line: morphological and anti- 336-344. Kelsey R, Lu B, Girman S, Bischoff N, Sauvé Y, Yves &
genic differentiation in culture. Int J Cancer 29, 523-531. 62. Macchiarini P, Jungebluth P, Go T, Asnaghi MA, Rees Lanza R (2006) Human Embryonic Stem Cell-Derived
50. Kannagi R, Cochran NA, Ishigami F, Hakomori S, An- LE, Cogan TA, Dodson A, Martorell J, Bellini S, Parnigot- Cells Rescue Visual Function in Dystrophic RCS Rats.
drews PW, Knowles BB & Solter D (1983) Stage-specific to PP, Dickinson SC, Hollander AP, Mantero S, Conconi Cloning Stem Cells 8, 189-199.
embryonic antigens (SSEA-3 and -4) are epitopes of a MT & Birchall MA (2008) Clinical transplantation of a 76. Idelson M, Alper R, Obolensky A, Ben-Shushan E,
unique globo-series ganglioside isolated from human tissue-engineered airway. The Lancet 372, 2023-2030. Hemo I, Yachimovich-Cohen N, Khaner H, Smith Y, Wi-
teratocarcinoma cells. EMBO J 2, 2355–2361. 63. Gronthos S, Brahim J, Li W, Fisher LW, Cherman N, ser O, Gropp M, Cohen MA, Even-Ram S, Berman-Zaken
51. Matsui Y, Zsebo K & Hogan BLM (1992) Derivation Boyde A, DenBesten P, Robey PG & Shi S (2002) Stem Y, Matzrafi L, Rechavi G, Banin E & Reubinoff B (2009)
of pluripotential embryonic stem cells from murine pri- Cell Properties of Human Dental Pulp Stem Cells. J Directed Differentiation of Human Embryonic Stem
mordial germ cells in culture. Cell 70, 841-847. Dental Res 81, 531-535. Cells into Functional Retinal Pigment Epithelium Cells.
52. Resnick JL, Bixler LS, Cheng L & Donovan PJ (1992) 64. Silvério K, Benatti B, Casati M, Sallum E & Nociti F Cell Stem Cell 5, 396-408.
Long-term proliferation of mouse primordial germ cells (2008) Stem Cells: Potential Therapeutics for Periodon- 77. Thirumala S, Goebel WS & Woods EJ (2009) Clinical
in culture. Nature 359, 550-551. tal Regeneration. Stem Cell Rev Rep 4, 13-19. grade adult stem cell banking. Organogenesis 5, 143-154.
Tipos de Células Estaminais Adultas As células estaminais hematopoiéticas po- As células estaminais neurais encontram-
A lista que dos tecidos e órgãos dos quais dem originar todos os elementos sanguíne- se, predominantemente, nas zonas sub-
foram isoladas células estaminais adultas os, quer eritrócitos, quer linfócitos e plaque- ventriculares cerebrais e zona sub-granu-
cresce constantemente e inclui a medula ós- tas. Encontram-se, sobretudo, na medula lar do hipocampo e originam neurónios,
sea, o sangue periférico, o cérebro, a medula óssea, mas também no sangue circulante, oligodendrócitos e astrócitos [11].
espinhal, a polpa dentária, os vasos sanguí- bem como no sangue do cordão umbilical As células estaminais epiteliais originam
neos, o músculo-esquelético, o epitélio da e na placenta. Tipicamente origina dois ti- todas a células epiteliais do nosso organis-
pele e do sistema digestivo, a córnea, a re- pos de células progenitoras: a mielóide e mo, desde as que constituem as superfícies
tina, o fígado e o pâncreas, entre outros [9]. linfóide. Da linhagem linfóide são gerados externas (como a pele e as mucosas) até às
Dado que de uma forma geral, a cada tipo monócitos, macrófagos, neutrófilos, basófi- que delimitam o tubo digestivo e as vias
de tecido corresponde um dado tipo de cé- los, eosinófilos, eritrócitos, megacariócitos / respiratórias, bem como todos os vasos,
lula estaminal adulta, para além dos mui- plaquetas e células dendríticas. Da linhagem glândulas e outras cavidades [2].
tos tipos de células estaminais já identifi- linfóide são derivados linfócitos T e B e B e
cados, pensa-se que existirão muitos mais, células NK [2]. Células Estaminais Adultas versus Embrio-
dado que teoricamente, em cada tecido As células estaminais mesenquimais origi- nárias
específico existirá uma pequena população nam por diferenciação condrócitos, miócitos, Muito do interesse emergente no uso de
estaminal característica. As células esta- células adiposas, células do tecido conectivo células estaminais adultas em medicina,
minais adultas estão também presentes e osteoblastos e encontram-se geralmente deve-se ao facto da sua utilização levantar
em tecidos fetais, na placenta e no cordão em tecidos conectivos, em especial na me- menores questões éticas do que as levan-
umbilical [3]. As células estaminais adultas dula óssea, tecido adiposo e no sangue do tadas pela utilização de células estaminais
mais estudadas e usadas são as células es- cordão umbilical e encontram-se entre as embrionárias, já que a mesma pode ser
taminais hematopoiéticas, mesenquimais, células estaminais adultas mais fáceis de considerada, embora de forma simplificada,
neurais e epiteliais [2]. isolar [10]. como apenas um mero transplante.
A Uma traqueia é removida dum dador B Remoção da componente celular da traqueia do dador C Deposição de células epiteliais e células estaminais
mesenquimais adultas (da paciente) sobre a componente
cartilaginosa do dador e processo de maturação e diferen-
ciação in vitro 4 Inserção do novo brônquio na paciente.
mero de compostos químicos. Essas popula- Bragança agradece a Câmara Municipal de te. J Stem Cells 4, 105-21.
ções celulares poderão também ser criadas Oeiras pela atribuição do prémio «Professor 15. Ferrari M et al. (2007) Adult stem cells: perspectives for
a partir de células isoladas de pacientes que António Xavier 2009» e a Fundação Merck therapeutic applications. Vet Res Commun 31 Suppl 1, 1-8.
padeçam de uma determinada doença e se- Sharp & Dhome - Portugal pela contribuição 16. Coulombel L (2007) [Adult stem cells: their scientific
rem usadas na descoberta de novos fárma- ao desenvolvimento do projecto “miPS: re- interest and therapeutic future]. Gynecol Obstet Fertil 35,
cos que possam ser úteis no tratamento da programming mouse adult cells”. 806-10.
doença bem como na compreensão dos seus 17. Hamilton CG (2005) Advances and challenges in the the-
mecanismos patológicos. rapeutic use of stem cells. Nurs Times 101, 21-3.
REFERÊNCIAS 18. Schafer R et al. (2008) Basic research and clinical ap-
FUTUROS DESENVOLVIMENTOS 1. Jaenisch R & Young R (2008) Stem cells, the molecular Tubingen, Germany. Cytotherapy 11, 245-55.
E CONCLUSÕES circuitry of pluripotency and nuclear reprogramming. Cell 19. Perl L et al. (2010) Cellular therapy in 2010: focus on
A utilização de células estaminais adultas é 132, 567-82. autoimmune and cardiac diseases. Isr Med Assoc J 12,
em medicina é claramente um campo muito 2. Kasper D. et al. (2008) Harrison’s Principles of Internal 110-5.
promissor. Transplantes baseados em célu- Medicine 17th Edition. p. 425-435. 20. Brignier AC & Gewirtz AM (2010) Embryonic and adult
las estaminais adultas começam a ser usa- 3. Tuch BE (2006) Stem cells--a clinical update. Aust Fam stem cell therapy. J Allergy Clin Immunol 125 (Suppl 2),
aperfeiçoados no âmbito clínico dando mos- 4. Leeper NJ, Hunter AL & Cooke JP (2010) Stem cell the- 21. Doetsch F (2003) A niche for adult neural stem cells.
tras de uma versatilidade superior à que se rapy for vascular regeneration: adult, embryonic, and indu- Curr Opin Genet Dev 13, 543-50.
lhes era inicialmente vaticinada. Contudo, os ced pluripotent stem cells. Circulation 122, 517-26. 22. Gomperts BN & Strieter RM (2007) Stem cells and chro-
estudos e ensaios clínicos envolvendo célu- 5. Janssens S (2010) Stem cells in the treatment of heart nic lung disease. Annu Rev Med 58, 285-98.
las estaminais adultas encontram-se ainda disease. Annu Rev Med 61, 287-300. 23. Macchiarini P et al. (2008) Clinical transplantation of a
numa fase muito seminal e serão necessá- 6. He S, Nakada D & Morrison SJ (2009) Mechanisms of tissue-engineered airway. Lancet 372, 2023-30.
rios alguns anos e vários estudos científicos stem cell self-renewal. Annu Rev Cell Dev Biol 25, 377-406. 24. Knoell DL & Yiu IM (1998) Human gene therapy for here-
e ensaios clínicos até que possamos tirar 7. Health National Institutes (2006) Stem Cells: Scientific ditary diseases: a review of trials. Am J Health Syst Pharm
partido das enormes potencialidades clíni- Progress And Future Research Directions. NIH. 55, 899-904.
cas das células estaminais adultas. 8. Comyn O, Lee E & MacLaren RE (2009) Induced pluri- 25. Nathwani AC, Davidoff AM & Linch DC (2005) A review of
Apesar dos imensos problemas técnicos, que potent stem cell therapies for retinal disease. Curr Opin gene therapy for haematological disorders. Br J Haematol
ainda têm que ser debelados, a utilização de Neurol 23, 4-9. 128, 3-17.
células estaminais adultas em medicina hu- 9. Thirumala S, Goebel WS Woods EJ (2009) Clinical grade 26. Abbott A (1992) Gene therapy. Italians first to use stem
mana trará benefícios inimagináveis, quer adult stem cell banking. Organogenesis 5, 143-54. cells. Nature 356, 465.
através do melhoramento dos mecanismos 10. Djouad F et al. (2009) Mesenchymal stem cells: inno- 27. Aiuti A et al. (2002) Correction of ADA-SCID by stem cell
naturais de regeneração, transplante de ór- vative therapeutic tools for rheumatic diseases. Nat Rev gene therapy combined with nonmyeloablative conditio-
gãos, terapia génica e até na descoberta de Rheumatol 5, 392-9. ning. Science 296, 2410-3.
novas drogas e análise de doenças. 11. Frank RT et al. (2009) Neural stem cells as a novel pla- 28. Health National Institutes (2006) Regenerative Medici-
PLoS One 4(12), e8314. 29. Cossu G & Mavilio F (2000) Myogenic stem cells for the
AGRADECIMENTOS 12. Watt FM & Driskell RR (2009) The therapeutic poten- therapy of primary myopathies: wishful thinking or thera-
Os autores desejam reconhecer o apoio do tial of stem cells. Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, 365, peutic perspective? J Clin Invest 105, 1669-74.
Departamento de Ciências Biomédicas e 155-63. 30. Aboody KS et al. (2000) Neural stem cells display ex-
Medicina durante a sua recente instalação 13. Singec I et al. (2007) The leading edge of stem cell the- tensive tropism for pathology in adult brain: evidence from
na Universidade do Algarve. O apoio finan- rapeutics. Annu Rev Med 58, 313-28. intracranial gliomas. Proc Natl Acad Sci USA 97, 12846-51.
Células estaminais
para financiar as ciências da vida, relati-
vamente ao V Programa Quadro, o que re-
presentou menos de 0,01% do custo total
científica nesta área, e o enorme avanço cz J, Ragan I and Westphal M (2006) Consensus docu-
no conhecimento que daqui resulta, per- AGRADECIMENTOS ment on European brain research. J Neurol Neurosurg
mite alimentar esperanças, bem funda- Os autores agradecem a colaboração Psychiatry 77 (suppl 1): i1-i49.
mentadas, para novos desenvolvimentos sempre activa e generosa dos membros 2. Agasse F, Bernardino L and Malva JO (2007) Subven-
New York.
Figura 3. Imagiologia de cálcio intracelular em células individuais: associação fenótipo-função. No laboratório desenvolvemos uma metodo- 13. Lie DC and Götz M (2008) Adult neurogenesis: simi-
logia que nos permite identificar funcionalmente, em tempo real, uma diversidade de diferentes tipos celulares derivados de culturas
de células estaminais neurais. Recorrendo a imagiologia de cálcio intracelular em célula individual, usando para isso a sonda fluores- larities and differences in stem cell fate, proliferation,
cente “Fura-2”, desenvolvemos um protocolo de estimulação das culturas SVZ que nos permite induzir e registar respostas celulares
migration, and differentiation in distinct forebrain re-
selectivas. Através do recurso a lamelas de vidro marcadas com uma micro-grelha pudémos localizar conjuntos de células submetidos
às experiências de cálcio intracelular em célula individual e, posteriormente, as mesmas células são tratadas para experiências de gions in: Adult Neurogenesis; pp. 227-266; Edited by F
imunocitoquímica e o seu fenótipo é revelado. Esta plataforma permitiu optimizar um método que nos permite identificar em tempo
real, e no espaço de cerca de 15 minutos, o fenótipo funcional de cerca de centena e meia de células, que incluem: células imaturas, Gage, G Kempermann and H Song; Cold Spring Harbor
astrócitos, progenitores, oligodendrócitos, neuroblastos e neurónios. Esta plataforma tecnológica mostra-se particularmente robusta
para estudos funcionais e farmacológicos pois tira partido de células vivas e permite revelar o seu fenótipo – assim, abrem-se novas Laboratory Press, New York.
oportunidades para a descoberta de novos fármacos selectivos para alvos moleculares restritos a linhagens celulares que derivam de
14. Lindvall O and Kokaia Z (2008) Neurogenesis follo-
células estaminais neurais.
wing stroke affecting the adult brain in: Adult Neuroge-
tricular zone cells as a tool for brain repair in: Interac- 444; Edited by JO Malva, AC Rego, RA Cunha and CR nesis; pp. 549-570; Edited by F Gage, G Kempermann
tion between neurons and glia in aging and disease; pp. Oliveira; Springer, New York. and H Song; Cold Spring Harbor Laboratory Press, New
81-108; Edited by JO Malva, AC Rego, RA Cunha and CR 6. Deierborg T, Li J-Y and Brundin P (2007) Adult neu- York.
Oliveira; Springer, New York. rogenesis in neurodegenerative diseases in: Interac- 15. Bernardino L, Ferreira R, Cristóvão AJC, Sales F
3. Gray WP and Laskowsky A (2007) Glia and hippocam- tion between neurons and glia in aging and disease; and Malva JO (2005) Inflammation and Neurogenesis in
pal neurogenesis in the normal, aged and epileptic brain pp. 445-460; Edited by JO Malva, AC Rego, RA Cunha Temporal Lobe Epilepsy. Current Drug Targets – Cen-
in: Interaction between neurons and glia in aging and and CR Oliveira; Springer, New York tral Nervous System & Neurological Disorders 4: 349-
disease; pp. 375-390; Edited by JO Malva, AC Rego, RA 7. Galvão RP, Álvarez-Buylla A and García-Verdugo 360.
Cunha and CR Oliveira; Springer, New York. JM (2008) Adult neural stem cells: prospects for 16. Jessberger S and Parent JM (2008) Epilepsy and
4. Ma DK, Ming G-I, Gage FH and Song H (2008) Neu- brain repair in: Cell Therapy; pp.309-336; Edited by D adult neurogenesis in: Adult Neurogenesis; pp. 535-
rogenic niches in the adult mammalian brain in: Adult García-Olmo, JM García-Verdugo, J Alemany and JA 548; Edited by F Gage, G Kempermann and H Song; Cold
neurogenesis; pp. 207-226; Edited by F Gage, G Kem- Gutiérrez-Fuentes. Mc Graw Hill, Madrid. Spring Harbor Laboratory Press, New York.
permann and H Song; Cold Spring Harbor Laboratory 8. Kempermann G, Song H and Gage FH (2008) Neuro- 17. Sperk G, Drexel M, Tasan R and Wieselthaler A (2007)
Press, New York. genesis in the adult hippocampus in: Adult neuroge- Epilepsy, brain injury and cell death in: Interaction be-
5. Bruce CC, Franklin RJM and Relvas JB (2007) Remye- nesis; pp. 159-174; Edited by F Gage, G Kempermann tween neurons and glia in aging and disease; pp. 365-
lination of the central nervous system in: Interaction and H Song; Cold Spring Harbor Laboratory Press, 376; Edited by JO Malva, AC Rego, RA Cunha and CR
between neurons and glia in aging and disease; pp. 427- New York. Oliveira; Springer, New York.
ing, drug discovery and in vitro toxicol- e-mail: marques@itqb.unl.pt; website address: http://tca.itqb.unl.pt)
Table 1. Culture systems for stem cell expansion and differentiation (Adapted from Placzek et al. [18] and Azarin and Palecek [19]).
Nonetheless, the knowledge gained during ated into multiple cell types derived from the J (2004) Use and application of stem cells in toxicology.
the last years, in which the quantitative char- three germ layers, recapitulating embryonic Toxicol Sci 79, 214-23.
acterization of expansion and differentiation development. 2. Jensen J, Hyllner J & Bjorquist P (2009) Human em-
processes is included, provides important in- ESC – Embryonic stem cells: undifferentiated bryonic stem cell technologies and drug discovery. J Cell
sights for the implementation of such univer- cells derived from a preimplantation embryo Physiol 219, 513-519.
sal stem cell production platforms. (inner cell mass of blastocyst) that are ca- 3. Krtolica A, Ilic D, Genbacev O & Miller RK (2009) Hu-
Over the next few years, we anticipate sig- pable of self-renewal, and can develop into man embryonic stem cells as a model for embryotoxicity
nificant developments in this field, that will cells and tissues of the three primary germ screening. Regen Med 4, 449-59.
include innovative culture systems that al- layer. 4. Nirmalanandhan VS & Sittampalam GS (2009) Stem
low the integration of sophisticated monitor- iPSC – Induced pluripotent stem cells: stem cells in drug discovery, tissue engineering, and regenera-
ing platforms in order to ensure continuous cells generated from somatic cells differen- tive medicine: emerging opportunities and challenges. J
culture evaluation at a cellular level. These tiation by the induced expression of specific Biomol Screen 14, 755-68.
advances in stem cell bioprocessing will for reprogramming factors. 5. Hay DC, Zhao D, Ross A, Mandalam R, Lebkowski J & Cui
sure contribute to the implementation of nov- Microcarriers – Bead matrix that supports at- W (2007) Direct differentiation of human embryonic stem
el therapies and fulfill at least the expecta- tachment and growth of anchorage depend- cells to hepatocyte-like cells exhibiting functional activities.
tions posed by stem cells. ent cells in suspension culture. Cloning Stem Cells 9, 51-62.
Multipotent – The ability of cell to develop into 6. Kroon E, Martinson LA, Kadoya K, Bang AG, Kelly OG,
more than one cell type of the body. Multipo- Eliazer S, Young H, Richardson M, Smart NG, Cunningham
ACKNOWLEDGMENTS tent cell types in the body comprise lineage- J, Agulnick AD, D’Amour KA, Carpenter MK & Baetge EE
The authors acknowledge the financial sup- committed progenitors, including organ- (2008) Pancreatic endoderm derived from human embry-
port received from the Portuguese Foun- specific adult stem cells. onic stem cells generates glucose-responsive insulin-se-
dation for Science and Technology (PTDC/ Pluripotent – The ability of a cell to give rise creting cells in vivo. Nat Biotechnol 26, 443-52.
BIO/72755/2006 and SFRH/BD/42176/2007) to all different cell types of the body except 7. Mummery C, Ward-van Oostwaard D, Doevendans P,
and from the European Commission (Cell extra-embryonic tissues. Pluripotent cells in- Spijker R, van den Brink S, Hassink R, van der Heyden M,
Programming by Nanoscaled Devices, NMP4- clude ES and iPS cells. Opthof T, Pera M, de la Riviere AB, Passier R & Tertoolen
Polak JM, Panoskaltsis N & Mantalaris A (2009) Stem cell N, Masse S, Sevaptisidis E, Nanthakumar K, Woodhouse
bioprocessing: fundamentals and principles. J R Soc Inter- K, Husain M, Kumacheva E & Zandstra PW (2009) Genera-
19. Azarin SM & Palecek SP (2010) Development of Scal- cardiac cells using size-specified aggregates in an oxygen-
able Culture Systems for Human Embryonic Stem Cells. controlled bioreactor. Biotechnol Bioeng 102, 493--507.
L (2003) Differentiation of human embryonic stem cells to Biochem Eng J 48, 378. 31. Serra M, Brito C, Costa EM, Sousa MF & Alves PM (2009)
cardiomyocytes: role of coculture with visceral endoderm- 20. Cimetta E, Figallo E, Cannizzaro C, Elvassore N & Vun- Integrating human stem cell expansion and neuronal dif-
like cells. Circulation 107, 2733-40. jak-Novakovic G (2009) Micro-bioreactor arrays for control- ferentiation in bioreactors. BMC Biotechnol 9, 82.
8. Toh WS, Guo XM, Choo AB, Lu K, Lee EH & Cao T (2009) ling cellular environments: design principles for human 32. Serra M, Brito C, Leite SB, Gorjup E, von Briesen H,
Differentiation and enrichment of expandable chondrogen- embryonic stem cell applications. Methods 47, 81-9. Carrondo MJ & Alves PM (2009) Stirred bioreactors for the
ic cells from human embryonic stem cells in vitro. J Cell 21. Fong WJ, Tan HL, Choo A & Oh SK (2005) Perfusion cul- expansion of adult pancreatic stem cells. Ann Anat 191,
Mol Med 13, 3570-90. tures of human embryonic stem cells. Bioprocess Biosyst. 104-115.
9. Zhang SC, Wernig M, Duncan ID, Brustle O & Thomson Eng. 27, 381-387. 33. Cukierman E, Pankov R & Yamada KM (2002) Cell in-
JA (2001) In vitro differentiation of transplantable neural 22. Gerlach JC, Hout M, Edsbagge J, Bjorquist P, Lubber- teractions with three-dimensional matrices. Curr Opin Cell
precursors from human embryonic stem cells. Nat Bio- stedt M, Miki T, Stachelscheid H, Schmelzer E, Schatten G Biol 14, 633-9.
technol 19, 1129-33. &Zeilinger K (2010) Dynamic 3D culture promotes sponta- 34. Lund AW, Yener B, Stegemann JP & Plopper GE (2009)
10. Lanza R, Blau H, Melton D, Moore M, Thomas ED, Ver- neous embryonic stem cell differentiation in vitro. Tissue The natural and engineered 3D microenvironment as a
faiillie C, Weissman I & West M, (2004) “Handbook of Stem Eng Part C Methods 16, 115-21. regulatory cue during stem cell fate determination. Tissue
Cells, Volume 2: Adult and Fetal Stem Cells,” Elsevier Aca- 23. Gerlach JC, Lubberstedt M, Edsbagge J, Ring A, Hout M, Eng Part B Rev 15, 371-80.
demic Press, Boston, Massachusetts. Baun M, Rossberg I, Knospel F, Peters G, Eckert K, Wulf- 35. Pampaloni F, Reynaud EG & Stelzer EH (2007) The third
11. Takahashi K, Tanabe K, Ohnuki M, Narita M, Ichisaka Goldenberg A, Bjorquist P, Stachelscheid H, Urbaniak T, dimension bridges the gap between cell culture and live
T, Tomoda K & Yamanaka S (2007) Induction of pluripotent Schatten G, Miki T, Schmelzer E & Zeilinger K (2010) Inter- tissue. Nat Rev Mol Cell Biol 8, 839-45.
stem cells from adult human fibroblasts by defined factors. woven four-compartment capillary membrane technology 36. Dean SK, Yulyana Y, Williams G, Sidhu KS & Tuch BE
Cell 131, 861-72. for three-dimensional perfusion with decentralized mass (2006) Differentiation of encapsulated embryonic stem
12. Takahashi K & Yamanaka S (2006) Induction of pluripo- exchange to scale up embryonic stem cell culture. Cells cells after transplantation. Transplantation 82, 1175-84.
tent stem cells from mouse embryonic and adult fibroblast Tissues Organs 192, 39-49. 37. Maguire T, Davidovich AE, Wallenstein EJ, Novik E,
cultures by defined factors. Cell 126, 663-76. 24. Gottwald E, Lahni B, Thiele D, Giselbrecht S, Welle Sharma N, Pedersen H, Androulakis IP, Schloss R & Yar-
13. Yu J, Vodyanik MA, Smuga-Otto K, Antosiewicz-Bourget A&Weibezahn KF (2008) Chip-based three-dimensional mush M (2007) Control of hepatic differentiation via cellular
J, Frane JL, Tian S, Nie J, Jonsdottir GA, Ruotti V, Stew- cell culture in perfused micro-bioreactors. J Vis Exp 21. aggregation in an alginate microenvironment. Biotechnol
art R, Slukvin, II & Thomson JA (2007) Induced pluripotent 25. Zhao F, Grayson WL, Ma T & Irsigler A (2009) Perfusion Bioeng 98, 631-44.
stem cell lines derived from human somatic cells. Science affects the tissue developmental patterns of human mesen- 38. Maguire T, Novik E, Schloss R & Yarmush M (2006) Al-
318, 1917-20. chymal stem cells in 3D scaffolds. J Cell Physiol 219, 421-9. ginate-PLL microencapsulation: effect on the differentia-
14. Selvaraj V, Plane JM, Williams AJ & Deng W (2010) 26. Zhao F & Ma T (2005) Perfusion bioreactor system for tion of embryonic stem cells into hepatocytes. Biotechnol
Switching cell fate: the remarkable rise of induced pluripo- human mesenchymal stem cell tissue engineering: dy- Bioeng 93, 581-91.
tent stem cells and lineage reprogramming technologies. namic cell seeding and construct development. Biotechnol 39. Murua A, Portero A, Orive G, Hernandez RM, de Castro
Trends Biotechnol 28, 214-23. Bioeng 91, 482-493. M&Pedraz JL (2008) Cell microencapsulation technology:
15. Jang S, Cho HH, Cho YB, Park JS & Jeong HS (2010) 27. Come J, Nissan X, Aubry L, Tournois J, Girard M, Per- towards clinical application. J Control Release 132, 76-83.
Functional neural differentiation of human adipose tissue- rier AL, Peschanski M & Cailleret M (2008) Improvement 40. Wang N, Adams G, Buttery L, Falcone FH & Stolnik S
derived stem cells using bFGF and forskolin. BMC Cell Biol of culture conditions of human embryoid bodies using a (2009) Alginate encapsulation technology supports embry-
11, 25. controlled perfused and dialyzed bioreactor system. Tissue onic stem cells differentiation into insulin-producing cells.
16. Vierbuchen T, Ostermeier A, Pang ZP, Kokubu Y, Sud- Eng Part C Methods 14, 289-98. J Biotechnol 144, 304-12.
hof TC & Wernig M (2010) Direct conversion of fibroblasts to 28. Gerecht-Nir S, Cohen S & Itskovitz-Eldor J (2004) Bio- 41. Xing Q, Zhao F, Chen S, McNamara J, Decoster MA &
functional neurons by defined factors. Nature 463, 1035--41. reactor cultivation enhances the efficiency of human em- Lvov YM (2009) Porous biocompatible three-dimensional
17. Zhu XQ, Pan XH, Wang W, Chen Q, Pang RQ, Cai XM, bryoid body (hEB) formation and differentiation. Biotechnol scaffolds of cellulose microfiber/gelatin composites for cell
Hoffman AR & Hu JF (2010) Transient in vitro epigenetic Bioeng 86, 493-502. culture. Acta Biomater 6, 2132-9.
reprogramming of skin fibroblasts into multipotent cells. 29. King JA & Miller WM (2007) Bioreactor development 42. Dang SM, Gerecht-Nir S, Chen J, Itskovitz-Eldor J &
Biomaterials 31, 2779-87. for stem cell expansion and controlled differentiation. Curr Zandstra PW (2004) Controlled, scalable embryonic stem
18. Placzek MR, Chung IM, Macedo HM, Ismail S, Mortera Opin Chem Biol 11, 394-398. cell differentiation culture. Stem Cells 22, 275-82.
Yanuka O, Amit M, Soreq H & Benvenisty N (2000) Differ- J Biotechnol 132, 227-36.
entiation of human embryonic stem cells into embryoid 55. Eibes G, dos Santos F, Andrade PZ, Boura JS, Abeca-
bodies compromising the three embryonic germ layers. sis MM, da Silva CL & Cabral JM (2010) Maximizing the ex
Mol Med 6, 88-95. vivo expansion of human mesenchymal stem cells using
44. Keller GM (1995) In vitro differentiation of embryonic a microcarrier-based stirred culture system. J Biotechnol
stem cells. Curr Opin Cell Biol 7, 862-9. 146, 194-7. tures significantly increase hematopoietic differentiation
45. Serra M, Leite SB, Brito C, Costa J, Carrondo MJ & 56. Sart S, Schneider YJ & Agathos SN (2009) Ear mesen- efficacy of embryonic stem cells. Tissue Eng 11, 319-30.
Alves PM (2007) Novel culture strategy for human stem cell chymal stem cells: an efficient adult multipotent cell popu- 67. Delcroix GJ, Schiller PC, Benoit JP & Montero-Menei
proliferation and neuronal differentiation. J Neurosc Res lation fit for rapid and scalable expansion. J Biotechnol 139, CN (2010) Adult cell therapy for brain neuronal damages
85, 3557-3566. 291-9. and the role of tissue engineering. Biomaterials 31, 2105-
46. Amit M, Chebath J, Margulets V, Laevsky I, Miropolsky 57. Lock LT & Tzanakakis ES (2009) Expansion and differen- -20.
Y, Shariki K, Peri M, Blais I, Slutsky G, Revel M & Itskovitz- tiation of human embryonic stem cells to endoderm prog- 68. Nieponice A, Soletti L, Guan J, Deasy BM, Huard J, Wag-
Eldor J (2010) Suspension culture of undifferentiated hu- eny in a microcarrier stirred-suspension culture. Tissue ner WR & Vorp DA (2008) Development of a tissue-engi-
man embryonic and induced pluripotent stem cells. Stem Eng. Part A 15, 2051-2063. neered vascular graft combining a biodegradable scaffold,
Cell Rev 6, 248-59. 58. Nie Y, Bergendahl V, Hei DJ, Jones JM & Palecek SP muscle-derived stem cells and a rotational vacuum seed-
47. Krawetz R, Taiani JT, Liu S, Meng G, Li X, Kallos MS (2009) Scalable culture and cryopreservation of human ing technique. Biomaterials 29, 825-33.
& Rancourt D (2009) Large-Scale Expansion of Pluripotent embryonic stem cells on microcarriers. Biotechnol Prog 69. Xie L & Wang DI (1994) Fed-batch cultivation of animal
Human Embryonic Stem Cells in Stirred Suspension Biore- 25, 20-31. cells using different medium design concepts and feeding
actors. Tissue Eng. Part C Methods 59. Oh SK, Chen AK, Mok Y, Chen X, Lim UM, Chin A, Choo strategies. Biotechnol Bioeng 43, 1175-89.
48. Singh H, Mok P, Balakrishnan T, Rahmat SN & Zweig- AB & Reuveny S (2009) Long-term microcarrier suspen- 70. Stolzing A & Scutt A (2006) Effect of reduced culture
erdt R (2010) Up-scaling single cell-inoculated suspension sion cultures of human embryonic stem cells. Stem Cell temperature on antioxidant defences of mesenchymal
culture of human embryonic stem cells. Stem Cell Res 4, Res. 2, 219-230. stem cells. Free Radic Biol Med 41, 326-338.
165-79. 60. Phillips BW, Horne R, Lay TS, Rust WL, Teck TT & Crook 71. Proulx C, Dupuis N, St-Amour I, Boyer L & Lemieux R
49. Steiner D, Khaner H, Cohen M, Even-Ram S, Gil Y, It- JM (2008) Attachment and growth of human embryonic (2004) Increased megakaryopoiesis in cultures of CD34-
sykson P, Turetsky T, Idelson M, Aizenman E, Ram R, Ber- stem cells on microcarriers. J Biotechnol 138, 24-32. enriched cord blood cells maintained at 39 degrees C. Bio-
man-Zaken Y & Reubinoff B (2010) Derivation, propagation 61. Serra M, Brito C, Sousa MF, Jensen J, Tostoes R, Clem- technol Bioeng 88, 675-80.
and controlled differentiation of human embryonic stem ente J, Hyllner J, Strehl R, Carrondo MJT & Alves PM (2010) 72. McAdams TA, Miller WM & Papoutsakis ET (1998) pH is
cells in suspension. Nat Biotechnol 28, 361-4. Improving expansion of pluripotent human embryonic stem a potent modulator of erythroid differentiation. Br J Hae-
50. Baghbaderani BA, Behie LA, Sen A, Mukhida K, Hong M cells in perfused bioreactors through oxygen control. J Bio- matol 103, 317-25.
& Mendez I (2008) Expansion of human neural precursor technol 148, 208-215. 73. Yang H, Miller WM & Papoutsakis ET (2002) Higher pH
cells in large-scale bioreactors for the treatment of neuro- 62. Bauwens C, Yin T, Dang S, Peerani R & Zandstra PW promotes megakaryocytic maturation and apoptosis. Stem
degenerative disorders. Biotechnol Prog 24, 859-70. (2005) Development of a perfusion fed bioreactor for em- Cells 20, 320-8.
51. Baghbaderani BA, Mukhida K, Sen A, Kallos MS, Hong bryonic stem cell-derived cardiomyocyte generation: 74. Fischer B & Bavister BD (1993) Oxygen tension in the
M, Mendez I & Behie LA (2010) Bioreactor expansion of hu- oxygen-mediated enhancement of cardiomyocyte output. oviduct and uterus of rhesus monkeys, hamsters and rab-
man neural precursor cells in serum-free media retains Biotechnol Bioeng 90, 452-461. bits. J Reprod Fertil 99, 673-679.
neurogenic potential. Biotechnol Bioeng 105, 823-33. 63. Lee SH, Hao E, Savinov AY, Geron I, Strongin AY & Itkin- 75. Ottosen LD, Hindkaer J, Husth M, Petersen DE, Kirk J
52. Chawla M, Bodnar CA, Sen A, Kallos MS & Behie LA Ansari P (2009) Human beta-cell precursors mature into & Ingerslev HJ (2006) Observations on intrauterine oxygen
(2006) Production of islet-like structures from neonatal functional insulin-producing cells in an immunoisolation tension measured by fibre-optic microsensors. Reprod Bi-
porcine pancreatic tissue in suspension bioreactors. Bio- device: implications for diabetes cell therapies. Transplan- omed Online 13, 380-385.
technol Prog 22, 561-7. tation 87, 983-91. 76. Ezashi T, Das P & Roberts RM (2005) Low O2 tensions
53. Akasha AA, Sotiriadou I, Doss MX, Halbach M, Winkler J, 64. Goldstein AS, Juarez TM, Helmke CD, Gustin MC & and the prevention of differentiation of hES cells. Proc Natl
Baunach JJ, Katsen-Globa A, Zimmermann H, Choo Y, He- Mikos AG (2001) Effect of convection on osteoblastic cell Acad Sci USA 102, 4783-4788.
scheler J & Sachinidis A (2008) Entrapment of embryonic growth and function in biodegradable polymer foam scaf- 77. Prasad SM, Czepiel M, Cetinkaya C, Smigielska K, Weli
stem cells-derived cardiomyocytes in macroporous biode- folds. Biomaterials 22, 1279-88. SC, Lysdahl H, Gabrielsen A, Petersen K, Ehlers N, Fink T,
gradable microspheres: preparation and characterization. 65. Kuo CK, Li WJ, Mauck RL & Tuan RS (2006) Cartilage Minger SL & Zachar V (2009) Continuous hypoxic culturing
Cell Physiol Biochem 22, 665-72. tissue engineering: its potential and uses.Curr Opin Rheu- maintains activation of Notch and allows long-term propa-
54. Fernandes AM, Fernandes TG, Diogo MM, da Silva CL, matol 18, 64-73. gation of human embryonic stem cells without spontane-
Henrique D & Cabral JM (2007) Mouse embryonic stem cell 66. Liu H&Roy K (2005) Biomimetic three-dimensional cul- ous differentiation. Cell Prolif 42, 63-74.
Figure 1. Nanotechnology applications in Stem Cell Biology and Medicine. Nanodevices can be used in stem cell tracking and imaging but also
in isolation and sorting of stem celis, both for basic science and translational medicine. Stem cell fate can be modulated by internalization
of nanocarriers with biological molecules or by external cues given by biomimetic scaffolds. Stem cell transfection and molecular detection
make use of nanodevices for intracellular access but also for intelligent delivery and sensing of biomolecules. These technologies have a
great impact in stem cell microenvironment and tissue engineering studies and have a great potential for biomedical applications.
the cellular level. Nanotechnology provides the nanoparticle. In the nonphosphorylated opportunities: the use of nanotechnologies to manipu-
advanced probes and devices for molecular state, these nanoparticles have low levels of late and track stem cells. Cell Stem Cell 3, 136-146.
detection. For example, (i) carbon nanotube fluorescence because of the short distance 3. Ferreira L (2009) Nanoparticles as tools to study and
optical probes for single molecule detection between each fluorescence probe in the na- control stem cells. J Cell Biochem 108, 746-752.
in living cells; (ii) carbon nanotube nanoelec- noparticle. Upon kinase phosphorylation of 4. Fisher OZ, Khademhosseini A, Langer R & Peppas NA
trode array for deep brain stimulation; (iii) the phosphate groups that are incorporated (2010) Bioinspired materials for controlling stem cell
nanoparticles for neurochemical detection into the peptide substrate the polymeric na- fate. Acc Chem Res 43, 419-428.
and biosensors; (iv) nanowires for molecu- noparticles dissolve due to charge unbalance 5. Gerecht S, Burdick JA, Ferreira LS, Townsend SA,
lar detection in stem cells; (v) self-assem- and the fluorescence is recovered [46]. Langer R & Vunjak-Novakovic G (2007) Hyaluronic acid
bly polymeric micelle-based bioassays; (vi) hydrogel for controlled self-renewal and differentiation
nanoarrays in mass spectrometry for pro- of human embryonic stem cells. Proc Natl Acad Sci USA
nanofluidic device for single cell genomic This report identifies challenges and op- 6. Kraehenbuehl TP, Ferreira LS, Zammaretti P, Hubbell
analysis on a chip. portunities where nanotechnology can be JA & Langer R (2009) Cell-responsive hydrogel for encap-
The aim of these tools is to monitor biomol- utilized to advance stem cell research. Al- sulation of vascular cells. Biomaterials 30, 4318-4324.
ecules in real time without using invasive though stem cell nanotechnology is still a 7. Irvine DJ, Hue KA, Mayes AM & Griffith LG (2002) Sim-
or endpoint procedures. Currently, most young discipline, it is already contributing ulations of cell-surface integrin binding to nanoscale-
strategies to analyse intracellular biochemi- for new discoveries in stem cell research clustered adhesion ligands. Biophys J 82, 120-132.
cal processes rely on several steps of cell- and the development of better stem cell 8. Nur EKA, Ahmed I, Kamal J, Babu AN, Schindler M
processing like fixation, permeabilization technology. This survey of research topics & Meiners S (2008) Covalently attached FGF-2 to three-
and labelling, which are time consuming and in stem cell nanotechnology will allow non- dimensional polyamide nanofibrillar surfaces demon-
expensive when scale-up or high through- nano-experts to realize the impact that na- strates enhanced biological stability and activity. Mol
put screening is needed. Nanoparticles can notechnology is having in both basic stem Cell Biochem 309, 157-166.
be an appropriate solution for “bio-sensing” cell biology and in translational applica- 9. Alberti K, Davey RE, Onishi K, George S, Salchert K,
inside stem cells. Sensors are usually com- tions of stem cell research into medicine. Seib FP, Bornhauser M, Pompe T, Nagy A, Werner C &
posed of two parts: one that recognizes and Zandstra PW (2008) Functional immobilization of sign-
binds the target molecule and another that aling proteins enables control of stem cell fate. Nature
signals the binding event. One way of doing ACKNOWLEDGEMENTS Methods 5, 645-650.
this is to immobilize the recognition mol- We acknowledge the support of Crioes- 10. Poh CK, Shi ZL, Lim TY, Neoh KG & Wang W (2010)
ecule to the surface of a nanoparticle. This taminal, MIT- Portugal Program, Marie Cu- The effect of VEGF functionalization of titanium on en-
type of approach was used by Hwang and rie Reintegration Grant, and FCT funding dothelial cells in vitro. Biomaterials 31, 1578-1585.
collaborators to monitor neuronal differen- (PTDC/SAU-BEB/098468/2008; PTDC/CTM/ 11. Anderson DG, Levenberg S & Langer R (2004) Nano-
tiation in vivo using a molecular beacon [44]. 099659/2008; PTDC/SAU-ENB/113696/2009). liter-scale synthesis of arrayed biomaterials and appli-
They have generated a quencher-based fluo- cation to human embryonic stem cells. Nat Biotechnol
specific miR124a expression. Moreover this REFERENCES 12. Engler AJ, Sen S, Sweeney HL & Discher DE (2006)
beacon was built upon a cobalt ferrite mag- Matrix elasticity directs stem cell lineage specification.
netic core which enables the dual-imaging 1. Weissman IL & Shizuru JA (2008) The origins of the Cell 126, 677-689.
nanoparticle beacon system to be used for identification and isolation of hematopoietic stem cells, 13. Saha K, Keung AJ, Irwin EF, Li Y, Little L, Schaffer
in vivo cellular tracking by magnetic reso- and their capability to induce donor-specific transplan- DV & Healy KE (2008) Substrate modulus directs neural
nance as well as for monitoring the changes tation tolerance and treat autoimmune diseases. Blood stem cell behavior. Biophys J 95, 4426-4438.
in the expression of intracellular targets with 112, 3543-3553. 14. Boonen KJ, Rosaria-Chak KY, Baaijens FP, van der
recovery of progenitor cells. Nat Biotechnol 18, 410-414. DNA carrier on transgene delivery and expression in
25. Gilad AA, Walczak P, McMahon MT, Na HB, Lee JH, a mouse embryonic stem cell line. Biomaterials 29,
ing of transplanted cells with “positive contrast” using 36. Kutsuzawa K, Chowdhury EH, Nagaoka M, Maru-
manganese oxide nanoparticles. Magn Reson Med 60, yama K, Akiyama Y & Akaike T (2006) Surface func-
Schaft DW & Post MJ (2009) Essential environmental 1-7. tionalization of inorganic nano-crystals with fi-
cues from the satellite cell niche: optimizing prolifera- 26. Ruiz-Cabello J, Walczak P, Kedziorek DA, Chacko bronectin and E-cadherin chimera synergistically
tion and differentiation. Am J Physiol Cell Physiol 296, VP, Schmieder AH, Wickline SA, Lanza GM & Bulte JW accelerates trans-gene delivery into embryonic stem
C1338-1345. (2008) In vivo “hot spot” MR imaging of neural stem cells. Biochem Biophys Res Commun 350, 514-520.
15. Ferreira L, Squier T, Park H, Choe H, Kohane DS cells using fluorinated nanoparticles. Magn Reson 37. Rosi NL, Giljohann DA, Thaxton CS, Lytton-Jean
& Langer R (2008) Human embryoid bodies containing Med 60, 1506-1511. AKR, Han MS & Mirkin CA (2006) Oligonucleotide-
nano- and microparticulate delivery vehicles. Advanced 27. Michalet X, Pinaud FF, Bentolila LA, Tsay JM, modified gold nanoparticles for intracellular gene
Materials 20, 2285-+. Doose S, Li JJ, Sundaresan G, Wu AM, Gambhir SS & regulation. Science 312, 1027-1030.
16. Stevens MM, Marini RP, Schaefer D, Aronson J, Weiss S (2005) Quantum dots for live cells, in vivo im- 38. Giljohann DA, Seferos DS, Prigodich AE, Patel
Langer R & Shastri VP (2005) In vivo engineering of or- aging, and diagnostics. Science 307, 538-544. PC & Mirkin CA (2009) Gene Regulation with Polyva-
gans: the bone bioreactor. Proc Natl Acad Sci USA 102, 28. Chen H, Titushkin I, Stroscio M & Cho M (2007) Al- lent siRNA-Nanoparticle Conjugates. Journal of the
11450-11455. tered membrane dynamics of quantum dot-conjugat- American Chemical Society 131, 2072-+.
17. Breitbach M, Bostani T, Roell W, Xia Y, Dewald O, Ny- ed integrins during osteogenic differentiation of hu- 39. Iijima S (1991) Helical Microtubules of Graphitic
gren JM, Fries JW, Tiemann K, Bohlen H, Hescheler J, man bone marrow derived progenitor cells. Biophys Carbon. Nature 354, 56-58.
Welz A, Bloch W, Jacobsen SE & Fleischmann BK (2007) J 92, 1399-1408. 40. Kostarelos K, Lacerda L, Pastorin G, Wu W, Wieck-
Potential risks of bone marrow cell transplantation into 29. Rosen AB, Kelly DJ, Schuldt AJ, Lu J, Potapova IA, owski S, Luangsivilay J, Godefroy S, Pantarotto D,
infarcted hearts. Blood 110, 1362-1369. Doronin SV, Robichaud KJ, Robinson RB, Rosen MR, Briand JP, Muller S, Prato M & Bianco A (2007) Cel-
18. De Bank PA, Kellam B, Kendall DA & Shakesheff KM Brink PR, Gaudette GR & Cohen IS (2007) Finding lular uptake of functionalized carbon nanotubes is
(2003) Surface engineering of living myoblasts via selec- fluorescent needles in the cardiac haystack: tracking independent of functional group and cell type. Nat
tive periodate oxidation. Biotechnol Bioeng 81, 800-808. human mesenchymal stem cells labeled with quan- Nanotechnol 2, 108-113.
19. Ott HC, Matthiesen TS, Goh SK, Black LD, Kren SM, tum dots for quantitative in vivo three-dimensional 41. Mooney E, Dockery P, Greiser U, Murphy M & Bar-
Netoff TI & Taylor DA (2008) Perfusion-decellularized fluorescence analysis. Stem Cells 25, 2128-2138. ron V (2008) Carbon nanotubes and mesenchymal
matrix: using nature’s platform to engineer a bioartifi- 30. Chakraborty SK, Fitzpatrick JA, Phillippi JA, An- stem cells: biocompatibility, proliferation and differ-
cial heart. Nat Med 14, 213-221. dreko S, Waggoner AS, Bruchez MP & Ballou B (2007) entiation. Nano Lett 8, 2137-2143.
20. Macchiarini P, Jungebluth P, Go T, Asnaghi MA, Cholera toxin B conjugated quantum dots for live cell 42. Park S, Kim YS, Kim WB & Jon S (2009) Carbon
Rees LE, Cogan TA, Dodson A, Martorell J, Bellini S, labeling. Nano Lett 7, 2618-2626. nanosyringe array as a platform for intracellular de-
Parnigotto PP, Dickinson SC, Hollander AP, Mantero 31. Lei Y, Tang H, Yao L, Yu R, Feng M & Zou B (2008) livery. Nano Lett 9, 1325-1329.
S, Conconi MT & Birchall MA (2008) Clinical trans- Applications of mesenchymal stem cells labeled with 43. Miltenyi S, Muller W, Weichel W & Radbruch A
plantation of a tissue-engineered airway. Lancet 372, Tat peptide conjugated quantum dots to cell tracking (1990) High gradient magnetic cell separation with
2023-2030. in mouse body. Bioconjug Chem 19, 421-427. MACS. Cytometry 11, 231-238.
21. Zhu B, Lu Q, Yin J, Hu J & Wang Z (2005) Alignment of 32. Derfus AM, Chan WCW & Bhatia SN (2004) Probing 44. Hwang DW, Song IC, Lee DS & Kim S (2010) Smart
osteoblast-like cells and cell-produced collagen matrix the cytotoxicity of semiconductor quantum dots. Nano Magnetic Fluorescent Nanoparticle Imaging Probes
induced by nanogrooves. Tissue Eng 11, 825-834. Letters 4, 11-18. to Monitor MicroRNAs. Small 6, 81-88.
22. Lamers E, Walboomers XF, Domanski M, te Riet J, 33. Lovric J, Cho SJ, Winnik FM & Maysinger D (2005) Un- 45. Coupland PG, Fisher KA, Jones DR & Aylott JW (2008)
van Delft FC, Luttge R, Winnubst LA, Gardeniers HJ & modified cadmium telluride quantum dots induce reactive Internalisation of polymeric nanosensors in mesenchy-
Jansen JA (2010) The influence of nanoscale grooved oxygen species formation leading to multiple organelle mal stem cells: analysis by flow cytometry and confocal
substrates on osteoblast behavior and extracellular damage and cell death. Chem Biol 12, 1227-1234. microscopy. J Control Release 130, 115-120.
matrix deposition. Biomaterials 31, 3307-3316. 34. Green JJ, Zhou BY, Mitalipova MM, Beard C, Lang- 46. Kim JH, Lee S, Park K, Nam HY, Jang SY, Youn I,
23. Fujita S, Ohshima M & Iwata H (2009) Time-lapse ob- er R, Jaenisch R & Anderson DG (2008) Nanoparticles Kim K, Jeon H, Park RW, Kim IS, Choi K & Kwon IC
servation of cell alignment on nanogrooved patterns. J for gene transfer to human embryonic stem cell colo- (2007) Protein-phosphorylation-responsive poly-
R Soc Interface 6 Suppl 3, S269-277. nies. Nano Lett 8, 3126-3130. meric nanoparticles for imaging protein kinase ac-
24. Lewin M, Carlesso N, Tung CH, Tang XW, Cory D, 35. Kutsuzawa K, Akaike T & Chowdhury EH (2008) tivities in single living cells. Angew Chem Int Ed Engl
Scadden DT & Weissleder R (2000) Tat peptide-deriva- The influence of the cell-adhesive proteins E-cad- 46, 5779-5782.
S
erão considerados para publicação artigos de revisão, divulgação
científica, aplicação pedagógica, opinião ou investigação social e/
ou histórica sobre bioquímica ou ciências afins. Artigos de opinião
são particularmente preferidos desde que com argumentação sustentada
que reduza o factor meramente especulativo.
A comissão editorial aceita apreciar para publicação artigos escritos em
português ou inglês com as características supra-mencionadas, desde que MANUSCRIPT SUBMISSION
submetidos por correio electrónico para canalbq@spb.pt. Os artigos terão
que seguir escrupulosamente as directivas de formatação indicadas em
seguida. Artigos aceites para publicação têm de ser fornecidos em formato SPB accepts manuscripts in Portuguese, Spanish and English.
electrónico apropriado. If you wish to submit a manuscript, please after following the instructions
below carefully, send your manuscript to canalbq@spb.pt .
FORMATAÇÃO DE MANUSCRITOS
As submissões, independentemente do seu tipo (de comunicações rápidas MANUSCRIPT FORMAT
a artigos de fundo), devem compreender duas partes: Submission is composed of two documents, regardless of the manuscript
Carta de submissão explicando o mérito associado ao artigo na óptica dos type:
INFORMAÇÃO PARA OS AUTORES
autores e a escolha da revista Canal bq como um meio adequado de publi- A submission letter stating why the author(s) think Canal BQ is appropriate
cação. O autor deve declarar nesta carta a cedência de direitos de repro- to publish the manuscript. The letter should include an explicit statement
dução do seu artigo à Sociedade Portuguesa de Bioquímica, em suporte giving the Portuguese Biochemical Society the right to reproduce your ma-
papel e suporte digital. Caso o artigo tenha mais que um autor, todos os nuscript in print or in digital support. All authors should sign this letter,
autores devem assinar a carta ou, alternativamente, o autor signatário deve or alternatively, the main author must clearly mention (s)he is acting on
explicitamente mencionar que age com o conhecimento e em nome dos the behalf of all authors. The copyright is kept by the authors for other
restantes autores. A cedência deste direito não implica a sua transferência: purposes.
os direitos de autor para outros fins são mantidos pelo(s) autor(es). Manuscripts should be prepared in MS-Word and A4 pages with double spa-
Manuscrito em folhas A4 escritas a 2 espaços com margem de 3 cm em cing between the lines. Three cm margins all over the page are required.
todo o redor. O manuscrito deve constar de um único ficheiro MS-Word. Nas Embedded pictures are allowed for submission but should the manuscript
versões preliminares do manuscrito para revisão, as figuras podem ser in- be accepted for publication, graphics and pictures should be made availa-
corporadas no ficheiro Word, mas a versão final para publicação deverá ble in individual files with adequate quality for printing (e.g. TIFF format).
ser acompanhada de versões individualizadas das figuras em ficheiros que In case the authors are using protected material from third parties, it is
garantam boa impressão (e.g. TIFF). the authors’ duty to make sure that all the legal authorizations have been
Caso os autores usem material de terceiros protegidos por direitos de autor obtained.
ou de qualquer outra natureza que delimite o uso de propriedade intelec-
tual, é dever dos autores garantir que os seus manuscritos/artigos estão
conformes as exigências legais. THE MANUSCRIPT MUST INCLUDE:
Title page. Concise title, author(s) and synoptic title (up to 50 characters,
including spaces).
O MANUSCRITO DEVE COMPREENDER: Abstract (except discussion papers). In a separate page and limited to no
Página do título. Título conciso, autor(es), afiliação, título sinóptico (até 50 ca- more than 250 words.
racteres) e o endereço de correio electrónico do autor para correspondência. References must be numbered sequentially and listed in the end of the ma-
Resumo (excepto artigos de opinião). Em página separada e até 250 palavras. nuscript with the format demanded for FEBS J, namely:
Corpo de texto com as referencias bibliográficas numeradas sequencialmen- 1. Tsubokawa M, Tohyama Y, Tohyama K, Asahi M, Inazu T, Nakamura H,
te e listadas no final com o formato exigido no FEBS J., nomeadamente: Saito H & Yamamura H (1997) Interleukin-3 activates Syk in a human mye-
1. Tsubokawa M, Tohyama Y, Tohyama K, Asahi M, Inazu T, Nakamura H, loblastic leukemia cell line, AML193. Eur J Biochem 249, 792-796.
Saito H & Yamamura H (1997) Interleukin-3 activates Syk in a human mye- 2. Sambrook J, Fritsch EF & Maniatis T (1989) Molecular Cloning: A Labo-
loblastic leukemia cell line, AML193. Eur J Biochem 249, 792-796. ratory Manual, 2nd edn. Cold Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring
2. Sambrook J, Fritsch EF & Maniatis T (1989) Molecular Cloning: A Labo- Harbor, NY.
ratory Manual, 2nd edn. Cold Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring 3. Langer T & Neupert W (1994) Chaperoning mitochondrial biogenesis. In
Harbor, NY. The Biology of Heat Shock Proteins and Molecular Chaperones (Morimoto
3. Langer T & Neupert W (1994) Chaperoning mitochondrial biogenesis. In RI, Tissières A & Georgopoulos C, eds), pp. 53-83. Cold Spring Harbor La-
The Biology of Heat Shock Proteins and Molecular Chaperones (Morimoto boratory Press, Plainview, NY.
RI, Tissières A & Georgopoulos C, eds), pp. 53-83. Cold Spring Harbor La-
boratory Press, Plainview, NY. Figure legends should be gathered in a single section of the manuscripts,
and placed before the reference list. When figures are embedded in the
As legendas das figuras devem ser condensadas numa secção autónoma text file, they should be placed after the reference list. The final decision
a inserir imediatamente antes das referências bibliográficas. As figuras, se on publication or rejection of the manuscript rests with the Editorial Board,
inseridas no texto, devem ser devidamente identificadas e colocadas depois which will make use of the peer review system for advice.
das referências bibliográficas. A decisão final sobre a publicação ou não do
manuscrito é da comissão editorial, eventualmente suportada pela opinião
arbitral de terceiros.