Celulas Tronco e Engenharia Tecidual Rev (2)
Celulas Tronco e Engenharia Tecidual Rev (2)
Celulas Tronco e Engenharia Tecidual Rev (2)
ISSN: 2595-6825
RESUMO
Com avanço da ciência e tecnologia juntamente associada ao conhecimento do potencial
regenerativo de células tronco e seu uso na medicina regenerativa, esse trabalho tem como
objetivo informar e esclarecer sobre o que é engenharia tecidual e onde podemos aplicar células
tronco para pesquisas, assim como quais tipos de células possuem e sua caracterização. Esse
trabalho é uma revisão de literatura.
ABSTRACT
With the advance of science and technology associated with the knowledge of the regenerative
potential of stem cells and their use in regenerative medicine, this work aims to inform and
clarify what is tissue engineering and where we can apply stem cells for research, as well as
what types of cells they have and their characterization. This work is a literature review.
1 INTRODUÇÃO
1.1 ENGENHARIA TECIDUAL
Para regenerar novos tecidos dentro de um ambiente específico, são necessárias 3
ferramentas básicas: as células, um arcabouço e as moléculas de sinalização. A regeneração de
tecidos é um processo complexo e altamente orquestrado que, no entanto, prossegue ao longo
de uma via bastante uniforme, incluindo os três passos bem conhecidos de inflamação,
proliferação e remodelação. Durante este processo, os sinais biológicos realizam o aumento do
número de células que enchem o defeito ou cobrem a ferida. Ao mesmo tempo, a especialização
do tecido recém formado - ocorre através de sinais morfogênicos que induzem a diferenciação
(FIG1) Tríade da regeneração tecidual clássica. L.N. Melek / Tanta Dental Journal 12 (2015)
2 REVISÃO DA LITERAURA
A engenharia de tecidos é um novo método minimamente invasivo para restaurar e
reconstruir tecidos ou órgãos que envolvem a morfogênese de novos tecidos usando construções
formadas a partir de células isoladas, fatores de crescimento e andaimes. (Langer R, Vacanti
JP. 1993).
As abordagem de tratamento atuais incluem os próprios tecidos do dente, enxertos
alogênicos, ligas metálicas ou implantes sintético. (Ferreira CF, Magini RS, 2017)
Aqui surge a grande questão, existe algum material que irá substituir a parte que falta e,
ao mesmo tempo, ter melhor durabilidade? A resposta a esta pergunta é células-tronco. A
pesquisa com células estaminais tem recebido considerável atenção no campo médico, bem
como na odontologia. Tem sido demonstrado que as células estaminais desempenharão um
papel importante no futuro tratamento médico, uma vez que estas podem ser prontamente
cultivadas e induzidas a diferenciarem-se em qualquer tipo de célula em um meio de cultura
específico (Ferreira CF, Magini RS, 2017). Um nicho de células-tronco é o território
extracelular da célula-tronco que fornece o microambiente local necessário para a manutenção
das células. As células estaminais recebem influências de outros tipos de células dentro do
nicho, que ajudam a prevenir ou promover sua diferenciação (Betzinger et al.,2013).
Todo tecido ou orgão sofre degeneração com o passar da idade, isso se da devido a
diminuição do número de células troncos também. Na CTBMF podemos citar o desgaste
constante de articulações temporomandibulares onde por toda hora está em movimento seja na
mastigação quanto na fala e deglutição. Podendo assim, pensar em regeneração através de
tecido celular, compostos químicos junto com células e fatores de crescimento. (V. Willard, L.
Zhang, K.A., 2011.) As células-tronco derivadas do tecido adiposo são referidas como células
estaminais derivadas do tecido adiposo (ADSCs) e são consideradas como tendo propriedades
muito semelhantes às células do estroma derivadas da medula óssea. (Reyes M, Lund T, Lenvik
Tet al 2001).
Várias estratégias de engenharia de tecidos foram pesquisadas atualmente para a
regeneração dos músculos faciais. A implantação de construções de colágeno semeadas de
mioblastos também foi eficaz na promoção da preservação do volume e / ou na reconstrução da
língua. A injeção de plasma rico em plaquetas, fatores de crescimento e estratégia baseada em
células estaminais também foi empregado. O uso dessas terapias biológicas, no entanto, exige
um uso padronizado e seguro na clínica e uma cuidadosa compreensão dos mecanismos
envolvidos na sobrevivência, proliferação e diferenciação de células estaminais e na
regeneração muscular como um todo. (Longo UG M. Loppini et al 2012)
Fig 2 Regeneração dos tecidos dentários, orais e craniofaciais usando MSCs orofaciais (Sonoyama W, Liu Y, Fang
D, et al. 2006)
ligamentos periodontais e tecido semelhante ao cemento in vivo (Y.-J. Park, S. Cha et al 2016)
3 DIFERENCIAÇÕES CELULARES
3.1 REGENERAÇÃO PULPAR
Nos casos de pulpite grave, a capacidade de auto regeneração ou reparação é limitada
porque os odontoblastos que produzem dentina reparadora são destruídos. Assim, a regeneração
do complexo dentina-polpa foi investigada através do isolamento e exploração das capacidades
regenerativas das células estaminais, pelo que novas possibilidades terapêuticas podem ser
possíveis. (Rutherford RB et al, 2001).
3.4 OSTEOBLASTOS
Essas células são células mesenquimais diferenciadas que foram direcionadas para
baixo da linhagem osteogênica para empurrar o tipo de célula mais próximo do tipo final
desejado. Usando este tipo de abordagem tem a vantagem potencial de conseguir um reparo
rápido de defeitos, porque as células já estão diferenciadas. A principal desvantagem é que eles
têm uma capacidade limitada de proliferação, porque eles são capazes de realizar apenas um
certo número de ciclos de replicação antes que surja o problema da não diferenciação. A
presença dessas células pode impulsionar o processo localmente e recrutar células adicionais
do hospedeiro para continuar o processo. (Boyan BD, Batzer R et al 1998)
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em análise do termo engenharia tecidual podemos dizer que, além da biologia celular
tecidual estamos junto com a tecnologia e o avanço da precisão de máquinas, que estão
facilitando o processo de renegeração tecidual, fazendo com que haja um arcabouço delineado
3D, biocompatível agregado juntamente a combinação de células e fatores de crescimento,
podendo assim regenerar grandes defeitos ósseos, defeitos gerados por trauma, perda de
membros como por exemplo, uma orelha. Isso demonstra o avanço da ciência em busca da
regeneração que posteriormente será a substituta de uma falha cicatricial gerado por um reparo
insuficiente e desorganizado.
Nesse trabalho ficou evidênciado o potencial de diferenciação de células tronco, sendo
as células estaminais embrionárias um "tesouro" no quesito comportamento celular para
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