Instalação de Som Automotivo-03-064
Instalação de Som Automotivo-03-064
Instalação de Som Automotivo-03-064
Diretora Técnica
Ana Cristina Cerqueira Dias
Ficha Catalográfica
629.277 SENAI.DR/PE. INSTALAÇÃO DE SOM AUTOMOTIVO, Recife,
S474i SENAI/DITEC/DET, 2013.
1. AUTOMÓVEL – EQUIPAMENTO DE ENTRETENIMENTO
2. SOM DE AUTOMÓVEL - INSTALAÇÃO
3. EQUIPAMENTO DE SOM - AUTOMÓVEL
I.Título
APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 5
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE .............................................................. 6
Conceitos fundamentais ................................................................................. 6
Grandezas elétricas ........................................................................................ 7
FONTE DE ENERGIA ...................................................................................... 16
Bateria e suas principais características ....................................................... 16
Cálculo de reserva ........................................................................................ 22
O SOM, MECANISMOS DE SUPORTE, RECEPÇÃO E PROPAGAÇÃO. .............. 25
O som ........................................................................................................... 25
Potência Sonora ........................................................................................... 27
Como calcular a potência ............................................................................. 27
Alto-falantes .................................................................................................. 29
Chicotes e fiações ........................................................................................ 35
Antenas......................................................................................................... 35
Cabos de força ............................................................................................. 36
Frequência .................................................................................................... 37
Associação de alto-falantes .......................................................................... 38
Intensidade sonora e seus efeitos ................................................................ 46
Tweeters ....................................................................................................... 51
Woofers e subwoofers .................................................................................. 55
Caixa selada: cálculo de volume .................................................................. 64
CONCLUSÃO .................................................................................................. 67
ANEXO - TABELAS ........................................................................................ 68
Frequências de corte típicas ......................................................................... 68
Tabela de atenuação .................................................................................... 68
Tabelas de Filtros – passa-alta e passa-baixa.............................................. 69
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 71
SENAI-PE
APRESENTAÇÃO
Sabemos que a área automotiva tem sido alvo de grandes investimentos que
resultam em inovações e avanços de ano para ano.
Cabe, neste momento, fazer uma referência aos cuidados com a segurança no
trato com a eletricidade, ela trouxe muitos ganhos para a vida das pessoas,
porém, descuidos poderão ter consequências muito sérias para a saúde.
Pelo panorama aqui apresentado, é fácil concluir que o curso trará um conjunto
de conhecimentos de grande valor para a atuação profissional nesse campo.
5
SENAI - PE
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
Por isso, é necessário que você estude esses fundamentos para melhor
entender os fenômenos que ocorrem quando trabalhamos com a eletricidade.
Para entender a eletricidade, tão necessária aos nossos dias, vamos começar
o nosso estudo pelos seguintes conceitos:
Conceitos fundamentais
Matéria
Fenômeno
Molécula
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SENAI - PE
Átomo
É a menor partícula que constitui uma matéria.
Elétron
Composição do átomo
Grandezas elétricas
Tensão elétrica
7
SENAI-PE
Exemplo:
Corrente elétrica
Existe tensão sem corrente, mas nunca existirá corrente sem tensão.
8
SENAI - PE
P
Fórmula para calcular corrente elétrica P
I=
E
E I
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SENAI - PE
Sentido convencional
R
da corrente
(Carga)
Potência Elétrica
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SENAI - PE
P
Fórmula para calcular potência elétrica P=ExI
E I
Resistência Elétrica
Oposição que um material apresenta ao fluxo de corrente elétrica.
11
SENAI - PE
. .
.
Figura 8 - Comparação da tensão, corrente e resistência com o sistema hidráulico.
Lei de Ohm
Estabelece uma relação matemática entre as grandezas elétricas: tensão
(U), corrente (I) e resistência (R) em um circuito.
12
SENAI - PE
Instrumento de Medição
Multímetro
Figura 9 - Multímetro.
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SENAI - PE
1. Selecione a escala
de tensão contínua
com um valor acima
do que será medido.
2. Conecte as
ponteiras em
paralelo com
componente a
ser testado.
1. Selecione a
escala de
corrente contínua
com um valor
acima do que
será medido.
2. Conecte as
ponteiras em série
com o componente
a ser testado.
14
SENAI - PE
1. Selecione a
escala de
resistências.
2. Conecte as ponteiras em
paralelo com o componente a
ser testado (desenergizado).
15
SENAI - PE
FONTE DE ENERGIA
Figura 14 – Bateria.
16
SENAI - PE
Uma esfera que está dentro do indicador irá elevar-se de acordo com a
densidade do eletrólito, tornando visível no centro do indicador um tom de cor
que poderá ser: verde escuro ou claro, conforme o estado de carga da bateria.
• Eletrólito
O eletrólito é uma solução de ácido sulfúrico com densidade que varia
conforme a carga da bateria. A faixa de variação1 da massa específica
(densidade) do eletrólito de baterias para aplicação em clima tropical deve ser
de 1.240 a 1.260 g/l e, para aplicação em clima frio, deve ser de 1.270 a 1.290
g/l.
Indicador de densidade
1
Variação com temperatura de referência de 27°C em baterias completamente carregadas.
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SENAI - PE
• Precauções
Antes de retirar ou instalar a bateria no veículo, leia o Manual do
Proprietário referente a cuidados e procedimentos específicos para cada
aplicação.
Ao retirar a bateria usada, desligue todas as cargas possíveis
(lanternas, motor, rádio, etc.). A seguir, desconecte primeiro o cabo
negativo e depois o positivo.
Ao instalar a bateria nova, verifique se não foram deixados objetos na
bandeja do veículo, como porcas, parafusos, etc.
Coloque a bateria nova na bandeja e fixe-a corretamente.
Conecte primeiro o cabo positivo ao polo positivo da bateria e depois o
terminal negativo ao polo negativo, fixando-os firmemente.
Evite curto-circuito com ferramentas ou cabos entre o terminal positivo
da bateria e a lataria do veículo (terra).
2
SAE: Society of Automotive Engineers.
18
SENAI - PE
Onde:
I é a corrente máxima consumida, Potência em RMS é a potência realmente
utilizada, não necessariamente a potência nominal do amplificador.
Potência (RMS) x 2
I= 12V
Pronto: calculamos a corrente máxima que vai passar pelos cabos e pelo
fusível. Mas é só isso???. Não!!!!. A principal função do fusível é proteger o
sistema elétrico do carro contra um eventual curto-circuito ou sobrecarga no
projeto sonoro. Portanto, para termos 100% de proteção devemos considerar a
máxima corrente que a bateria pode fornecer (o dimensionamento dos cabos
serão verificados mais adiante).
20
SENAI - PE
Para manter sua bateria protegida devemos achar o valor máximo do fusível a
ser utilizado.
Agora que sabemos a corrente máxima que a bateria pode fornecer, podemos
dimensionar o máximo valor do fusível que melhor protege sua bateria e
sistema elétrico do automóvel. (100% de proteção). Se sua bateria é de 55A/h
e 60 MCR, podemos aproximar a corrente máxima para 60 ampères, então o
valor máximo do fusível será metade deste valor, isto é, 60 / 2 = 30A.
Este valor é devido ao fusível ser projetado para cerca de 200% de seu valor
em 5 segundos ou cerca de 350% em 2 décimos de segundo. Usando este
raciocínio, o fusível irá proteger a bateria que fornecer mais de 60A quando
ocorrer um curto-circuito no sistema sonoro. Essa é a proteção de 100%, mas
21
SENAI - PE
Exemplo: bateria de 60A com sistema de 366W RMS: significa que seu sistema
vai "puxar" 61ª, que já é maior que a capacidade máxima de sua bateria,
portanto deve-se trocar a bateria.
As baterias ideais são aquelas que, quando exigidas com carga, apresentam
tensões próximas a 12V (tensão de trabalho), também são aquelas que
possuem maior capacidade de reserva após X minutos de consumo, ou maior
corrente de pico. A potência de uma bateria é calculada pela sua amperagem
hora.
Cálculo de reserva
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SENAI - PE
23
SENAI - PE
Verifique a corrente (em ampères) que irá passar pelo cabo e o comprimento
deste, depois é só cruzar a linha do consumo com a coluna do
comprimento do cabo para descobrir a seção deste. Caso utilize bitola de
seção inferior ao exigido, o cabo pode esquentar e até derreter. Se utilizar
bitola maior, o projeto sairá mais caro.
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SENAI - PE
O som
Neste capítulo, vamos estudar esse fenômeno que nos acompanha em todos
os momentos, até mesmo quando estamos em silêncio.
O que é o som? Como se propaga? Como é recebido? Vamos passar a
estudar, agora, essas questões para melhor entendermos o som automotivo.
Física
• Sensação auditiva produzida por vibrações mecânicas de frequência
compreendida entre determinados valores (20 e 20.000 vibrações por
segundo, em média).
• Um fenômeno vibratório que produz essa sensação.
Uma onda pode ser representada num gráfico cartesiano, onde o eixo
horizontal representa a passagem do tempo e o vertical a variação de pressão.
Onda sonora representa uma parte de uma onda no caso de um som simples
ou puro. No entanto, a maioria dos sons que ouvimos é muito mais complexa.
Os sons mais complexos podem ser vistos como soma de várias outras ondas
simples com outras simples ou complexas.
• o timbre (qualidade que permite distinguir dois sons emitidos por dois
instrumentos diferentes).
Intensidade
O som mais fraco (audível) é da ordem 10-12 Wm². O som mais forte, sem
causar danos ao ouvido humano, é da ordem 10 Wm². Contudo, alguns autores
consideram que é da ordem 1 Wm².
26
SENAI - PE
Potência Sonora
Um alto-falante mais potente não toca mais alto que os outros, pois quem
determina a intensidade do som é o SPL do alto-falante e não a sua potência.
De acordo com a sua eficiência (SPL), o alto-falante produzirá mais ou menos
energia sonora para uma determinada potência a ele fornecida.
Para evitar danos devemos seguir algumas regras como não usar um alto-
falante com potência menor do que o amplificador ao qual ele será ligado,
porque com isso estaremos sobrecarregando-o, podendo até provocar sua
queima. Por outro lado, usar um alto-falante com potência muito maior do que o
amplificador ou toca-cd não trará nenhuma vantagem.
Fonte: PortaVox – Bravox.
RMS x PMPO
A diferença entre a potência em RMS e PMPO pode criar pelo fabricante uma
falsa ilusão da verdadeira potência de operação do alto-falante. A potência em
RMS é regulamentada pela norma NBR 10303 e contempla a potência elétrica
real dos alto-falantes e amplificadores. Esta forma de potência é a que
realmente interessa ao consumidor, já que ela reflete a máxima intensidade
sonora com boa qualidade que chegará aos seus ouvidos.
Por outro lado, a potência em PMPO, que significa a Potência de Saída de Pico
Musical e, no nosso caso, a potência correspondente ao valor de pico a pico da
senóide i(t), é a potência máxima que o equipamento é capaz de fornecer num
curto período de tempo. Sendo assim, ela informa apenas a potência
instantânea que esse aparelho pode fornecer. Outra particularidade da
potência em PMPO é que a forma como ela é obtida é estabelecida de acordo
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SENAI - PE
Alto-falantes
Princípio de funcionamento
Speaker
Back panel terminals
of recelver
Figura 18 - Interação do conjunto magnético
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SENAI - PE
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SENAI - PE
Guarnição
Suspensão
Cone
Calota
Centragem
Ímã
Bornes de ligação
Cordoalha
Arruela inferior
Bobina Móvel
Polo
• Suspensão
A suspensão é uma extensão do cone, normalmente feita de borracha,
que é colada na parte superior da carcaça e que também tem a função
de manter a bobina centralizada no entreferro.
• Cone
Juntamente com a bobina, vibra na frequência da corrente que passa
por ela e assim movimenta o ar e gera o som. Encontrado normalmente
em papel ou em polipropileno. É o maior responsável pela qualidade do
som.
• Centragem
Como o próprio nome diz, a centragem tem como função fixar a bobina
centralizada no entreferro equidistante ao polo. Sua “flexibilidade”
permite ao cone e à bobina um movimento oscilatório na vertical. Um
tecido de algodão especial é o material utilizado em sua confecção.
• Peças polares
As peças polares são a arruela inferior, a arruela superior e o polo.
Foram projetadas para conduzir o campo magnético, a fim de posicioná-
lo no entreferro, paralelo às arruelas. São feitas de ferro doce e o polo
tem formato cilíndrico.
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SENAI - PE
• Ímã
O ímã é fundamental no funcionamento do alto-falante, pois ele fornece
o campo magnético permanente presente no entreferro. É composto por
um material denominado ferrite. Seu formato é circular com uma
abertura central (como um anel).
• Bobina
Chamada de “o coração do alto-falante”, é localizada no entreferro, onde
fica imersa em um campo. Quando é percorrida por corrente, sofre ação
de uma força. Como a corrente é alternada, essa força varia a sua
direção na mesma frequência que a corrente. Isso determina o
movimento da bobina, que também movimenta o cone e com isso gera o
som. É normalmente composta por um fio de cobre ou alumínio,
enrolado em uma base que pode ser de fibra de vidro, alumínio ou
kapton.
• Entreferro
O entreferro é o espaço que fica entre os polos e as aberturas das
arruelas e do ímã. É onde será colocada a bobina, local de grande
concentração do campo magnético gerado pelo ímã permanente.
• Carcaça
A carcaça é a base do alto-falante, feita geralmente de aço ou alumínio.
Nela são coladas as peças polares, o ímã, a centragem, cone, ou seja,
todos os componentes do alto-falante. O número de polegadas do alto-
falante – 8 ou 10 - é determinado de acordo com o tamanho da carcaça.
Com a determinação da carcaça se definem as dimensões dos outros
componentes.
• Guarnição
A guarnição tem como objetivo selar o contato entre o alto-falante e a
caixa, para que não vaze ar e também para evitar o contato entre o cone
e a borda da caixa, evitando assim alguns ruídos.
• Terminais
Os terminais são uma espécie de porta de alimentação do alto-falante,
por onde entra a corrente alternada que comandará o movimento do
mesmo.
• Cordoalha
São os condutores que levam o sinal recebido nos terminais à bobina.
Seu comprimento é normalmente um pouco maior do que o necessário
para que não se rompam quando a bobina e o cone se movimentam.
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SENAI - PE
34
SENAI - PE
Chicotes e fiações
Antenas
Veremos os tipos:
• antenas manuais
As famosas hastes telescópicas que ficam à mercê de vândalos e
custam barato são as melhores para recepção, tanto AM quanto FM.
Ótima recepção AM e boa recepção FM.
• antenas automáticas
Sua principal vantagem é funcionamento por motor elétrico que recolhe
a antena quando se desliga o rádio inibindo a ação de vândalos.
Oferece boa recepção de AM e razoável FM.
• antenas de teto
Existem duas versões, as amplificadas (ativas) e não amplificadas
(passivas). As amplificadas captam melhor o sinal, além de filtrar ruídos
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SENAI - PE
Cabos de força
Verifique a corrente (em ampères) que irá passar pelo cabo e o comprimento
necessário, depois é só cruzar a linha do consumo com a coluna do
comprimento do cabo para descobrir a seção deste.
Cabos de alimentação
Comprimento do cabo (metros)
Corrente elétrica
Seção do Cabo (mm²)
Consumo (ampères) até 1 m 1a2m 2a3m 3a5m 5a7m 7 a 10 m
1 a 20 A 4.00 4.00 4.00 4.00 6.00 6.00
20 a 30 A 4.00 4.00 6.00 6.00 13.30 13.30
30 a 40 A 4.00 4.00 6.00 13.30 13.30 13.30
40 a 60 A 6.00 6.00 13.30 13.30 13.30 21.20
60 a 100 A 13.30 13.30 13.30 21.20 21.20 33.60
100 a 125 A 13.30 13.30 13.30 21.20 33.60 33.60
125 a 150 A 21.20 21.20 21.20 21.20 33.60 54.40
150 a 175 A 33.60 33.60 33.60 33.60 54.40 -
175 a 200 A 33.60 33.60 33.60 54.40 - -
200 a 225 A 33.60 33.60 54.40 - - -
225 a 300 A 33.60 54.40 - - - -
acima de 300 A 54.40 - - - - -
Tabela 11 – Cabos de força.
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SENAI - PE
Atenção: caso seja utilizada bitola de seção inferior ao exigido, o cabo pode
esquentar e até derreter. Se for utilizada bitola maior, o projeto sairá mais caro.
Frequência
Os dois fenômenos periódicos mais estudados são a luz e o som, pelo que a
eles normalmente se aplica o termo. Assim, a cor da luz pode designar-se por
frequência ou comprimento de onda e o tom do som em geral determina-se a
partir da frequência.
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SENAI - PE
O ouvido humano é capaz de perceber sons que vão desde os 15 Hz até aos
20 000 Hz. O tom em que se fala habitualmente é cerca de 3000 Hz, pelo que
frequências superiores a este valor são designadas, em telecomunicações,
como altas frequências.
Período ou Ciclo
Pressão Sonora
Amplitude
Tempo (segundo)
Associação de alto-falantes
Falantes em paralelo
Exemplo:
Nesse caso, podemos notar que, se dois falantes de mesma impedância forem
ligados em paralelo, basta dividir a impedância de um deles por 2 para saber a
impedância final.
Exemplo:
39
SENAI - PE
Falantes em série
Zeq = Z1 + Z2 + Z3 + Z4.....
40
SENAI - PE
Caso você esteja utilizando um filtro para dividir a frequência a ser usada em
cada falante, estaremos com a seguinte configuração:
20 a 5KHz Z1 = 4 Ohms.
5KHz a 20KHz Z2 = 4 Ohms.
P=V*I
R= V Legenda:
I P = potência [Watts]
V = tensão [Volts]
V I = corrente [Ampères]
I= R
R= resistência [Ohms]
V2
P= R
Para o amplificador fornecer 100W a 4 Ohms, ele terá que fornecer 20Volts.
Linha vermelha
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SENAI - PE
Sabemos que a potência máxima será dada pela tensão máxima ou pela
impedância mínima. Já estamos trabalhando na tensão máxima, que é de 20
Volts, então a máxima potência fornecida será na menor impedância que é de
4 Ohms, isto é, 100Watts.
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SENAI - PE
R3 = 4 Ohms
80 ~ 800Hz R4 = 4 Ohms
Figura 28 – 2 alto-falantes ligados em paralelo.
R1 = 4 Ohms Coaxial
R1 = tweeter 4 Ohms - acima de 5KHz
R2 = midbass 4 Ohms
R2 = 4 Ohms Req = ~ 4 Ohms
R1 = 4 Ohms Triaxial
R1 = tweeter - acima de 5KHz
R2 = 4 Ohms R2 = mid-range - acima de 500Hz
R3 = woofer
R3 = 4 Ohms Req = ~ 4 Ohms
44
SENAI - PE
Note que todos os falantes recebem as frequências altas, mas nem por isso o
amplificador enxerga uma baixa impedância, pois devemos levar em conta que
o woofer não reproduz muito bem as altas frequências porque sua impedância
é naturalmente alta para altas frequências. A curva da impedância é mostrada
abaixo, como se já tivesse um filtro passa-baixa.
Kits componentes
Na maioria dos casos, o kit componente deve ser encarado como sendo 4
Ohms. Isto ocorre porque cada falante recebe frequências distintas, com isso, o
conjunto funciona como se fosse um falante só de 4 Ohms, pois o médio grave
toca só no midbass e o agudo toca só no tweeter.
45
SENAI - PE
A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é
grande, comparada com a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no
cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de maneira que 1B=10dB.
46
SENAI-PE
Reflexão e refração
A reflexão do som obedece às leis da reflexão ondulatória nos meios materiais
elásticos. Simplificando, quando uma onda sonora encontra um obstáculo que
não possa ser contornado, ela "bate e volta". É importante notar que a reflexão
do som ocorre bem em superfícies cuja extensão seja grande em comparação
com seu comprimento de onda.
A refração, por sua vez, determina novos fenômenos conhecidos como reforço,
reverberação e eco. Esses fenômenos se devem ao fato de que o ouvido
humano só é capaz de discernir duas excitações breves e sucessivas se o
intervalo de tempo que as separa for maior ou igual a 1/10 do segundo. Este
décimo de segundo é a chamada persistência auditiva.
8
SENAI - PE
Fonte
Ponto de
incidência
Direto
Refletido
Anteparo
Receptor
Figura 32– Gráfico da reflexão do som.
Efeito do som
Não esqueçamos, contudo, que um som pode fazer desabar uma avalanche de
neve nas encostas de uma montanha sob o efeito de ressonância.
48
SENAI - PE
Entre 90 e 120 dB, além dos efeitos psicológicos, podem ocorrer efeitos
fisiológicos, alterando temporária ou definitivamente a fisiologia normal do
organismo. Nessa intensidade de som os ambientes são considerados
insalubres.
Acima de 120 decibéis o som já pode começar a causar algum efeito físico
sobre as pessoas. Podem ocorrer numerosas sensações orgânicas
desagradáveis: vibrações dentro da cabeça, dor aguda no ouvido médio, perda
de equilíbrio, náuseas. A própria visão pode ser afetada pelo som muito
intenso, devido à vibração, por ressonância, do globo ocular. Próximo aos 140
dB, pode ocorrer a ruptura do tímpano.
49
SENAI - PE
Nota: Quanto maior o tempo de exposição ao ruído, maior será o grau de perda
de audição.
Se o ruído tiver 92 dB, ela perderá 15 dB. Assim, para estimarmos a perda total
que uma pessoa terá, deveremos adicionar também a perda devido à idade.
Por exemplo, se a pessoa que ficou exposta a ruídos de 92 dB, durante 10
anos, tiver uma idade de 50 anos e for homem terá uma perda total de 15 + 11
= 26 dB (na frequência de 2.000 Hz), sendo 15 dB devido ao ruído e 11 dB
devido à idade.
50
SENAI - PE
Tweeters
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SENAI - PE
Evite instalar os tweeters na parte inferior da porta, pois eles acabam sendo
interrompidos pelas pernas dos passageiros e pelos bancos. Isto prejudica
muito a qualidade do som. Um bom lugar seria na parte mais alta da porta, na
altura do painel de instrumentos, desde que o tweeter possa ficar próximo ao
alto-falante médio fazendo com que os sons médios e agudos tenham origem
em um mesmo ponto, de modo que o som não seja distorcido, o que é
altamente prejudicial à qualidade do som no habitáculo do carro.
Dica
Para minimizar as desvantagens do uso de tweeters no painel, longe
dos mid-ranges, escolha alto-falantes produzidos por fabricantes de
renome e faça a angulação deles magistralmente.
Pezinhos (Kick-panels)
Na frente
O alto-falante de médios nas portas tem três tipos básicos de forro de porta:
1) os que vêm pré-moldados de fábrica e já possuem local para a instalação
do alto-falante;
2) os que vêm retos e necessitam ser recortados para a instalação do alto-
falante;
3) os que são fabricados pela própria loja de som, com as seguintes
intenções:
• colocar mais alto-falante;
• personalizar a instalação;
• instalar um alto-falante com tamanho maior que o original de fábrica.
Este tipo de forro possibilita que você escolha o tamanho do alto-falante que
pretende instalar na porta (dentro dos limites), além de uma série de
combinações.
Você pode instalar, por exemplo:
• um conjunto mid-range (usado como full-range) mais tweeter (todos na
porta);
• midbass na parte baixa da porta e mid-range (usado como médio e médio-
agudo) mais tweeter na parte alta;
• midbass na porta e mid-range no painel (como médio e médio agudo) mais
tweeter, etc...
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SENAI - PE
As desvantagens são:
• nem sempre se consegue uma boa estética entre os alto-falantes e o forro
por causa da diferença de cores entre o tecido do forro da porta e os alto-
falantes;
• se o mecanismo de levantar o vidro for do tipo manual, reduzem-se
drasticamente as opções de local de montagem dos médios;
• não havendo equidistância entre os alto-falantes do lado esquerdo e os do
lado direito, em relação à cabeça do motorista, poderá haver um
deslocamento da imagem acústica para as laterais.
No tampão
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SENAI - PE
Woofers e subwoofers
Verifique sua resposta de frequência, ela deve ser a mais plana possível
entre 20Hz e 20.000Hz, isto é, deve amplificar a música com o mesmo ganho
em toda a faixa de frequência audível.
55
SENAI - PE
Atenção:
Muitos CD-Players possuem cerca de 27 W RMS em 4 Ohms, resposta de
frequência nas saídas amplificadas de 50Hz a 15.000Hz com distorção abaixo
de 5% THD. Mas a potência da propaganda é de 35 W... 50W.... que são a
potência máxima com distorção maior que 5%. !!!
Amplificadores
Verifique se o módulo amplificador admite ligação bridge, possui crossover
ativo passa-alta e passa-baixa e controle de ganho para cada par de canais.
Verifique sua resposta de frequência, ela deve ser a mais plana possível entre
20Hz e 20.000Hz.
Verifique sua potência RMS, contínua a 4 Ohms (Root Mean Square) com
baixa distorção. Observe que 30W RMS são suficientes para sistemas no dia a
dia, 50W ou acima já servem para fazer um bom barulho fora do carro. Muitos
fabricantes indicam a potência a 1 Ohm, algo que é muito difícil de ser utilizado,
você precisaria de 4 falantes de 4 Ohms, ligados em paralelo, para chegar a
essa impedância. Isto é inviável para quem quer utilizar apenas um subwoofer.
Além de que muitos utilizam a potência PMPO (Peak Music Power Output), que
é a potência de pico medido em frações de segundo que não servem para a
música em geral.
Verifique sua relação sinal/ruído (S/N). Relação entre o nível de sinal e o nível
de ruído presente no som, os melhores amplificadores têm a relação acima de
100dB. Quanto maior esse valor, menos ruído seu amplificador vai gerar.
Verifique seu damping factor, que indica a capacidade do amplificador de
controlar o alto-falante. Quanto maior, melhor. Infelizmente poucos falantes
levantam este parâmetro para disponibilizar ao público.
ATENÇÃO!
Nos amplificadores Pyramid devemos considerar apenas metade da potência
total indicada, pois será a potência que realmente poderá ser usada sem
ocorrer sobreaquecimento e sem distorção excessiva. A potência total indica
apenas a potência RMS em 2 Ohms com o "ganho" no máximo. Esteja atento
também à relação sinal/ruído, que é muito baixa, cerca de 85dB (bons
amplificadores possuem 100dB nessa relação, lembrando que adicionar 3dB
significa dobrar a pressão sonora).
Ligação bridge
57
SENAI - PE
58
SENAI - PE
CAIXAS ACÚSTICAS
A escolha de uma caixa acústica depende de sua utilização. Para tanto, devem
ser levadas em consideração as características de cada caixa. Suas
características são:
• Selada - excelente resposta a transientes, resposta de frequência plana,
baixa distorção em toda faixa, alta potência, ideal para quem deseja um
grave puro e profundo.
• Dutada - resposta de graves estendida, alto SPL, boa resposta a
transientes, baixa distorção na frequência de sintonia, ideal para quem
deseja graves reforçados.
• Band-pass - resposta de graves estendida, banda de frequência definida.
Boa resposta a transientes.
59
SENAI - PE
A caixa deve ser construída com madeira de espessura suficiente para garantir
que as paredes não vibrem. Uma sugestão seria o uso de no mínimo 15 mm.
A junção entre o alto-falante e a caixa deve ser bem vendada, com materiais
como silicone, massa de calafetar, etc.
61
SENAI - PE
É uma caixa acústica que possui dois volumes distintos, com um alto-falante
montado na parede que os divide. O volume Vb1 corresponde à câmara
traseira, esta que controla o limite inferior da resposta de frequência da caixa.
O Vb2 corresponde à câmara frontal, a qual controla o limite superior da
resposta de frequência da caixa. O duto estará sempre na câmara Vb2. Esta
caixa pode ser calculada da seguinte forma:
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Câmara traseira
Câmara frontal
Utiliza alto-falantes de alta excursão (por ter volume interno fixo, a caixa evita
excursões exageradas do falante; diminuindo-se o volume em 15% é possível
aplicar até 30% a mais de potência).
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Bom para jazz, MPB, clássico, pop, axé, pagode (músicas com graves
estendidos).
Através do cálculo do volume da caixa, podem ser obtidos vários tipos de curva
de resposta, variando desde uma reprodução sonora "seca" até uma do tipo
retumbante. Para isso, o cálculo deve levar em conta um determinado valor do
Q do conjunto denominado Qtc. Semelhantemente ao alto-falante, do valor do
Qtc depende o tipo de resposta. Um Qtc da ordem de 0,7 resultará em uma
caixa bastante amortecida, com ótima resposta a transientes e resposta de
frequência plana. Um Qtc = 1,1 propiciará uma resposta mais "encorpada",
eficiência máxima e resposta a transiente ligeiramente degradada. Valores
menores do que 0,7 ou maiores do que 1,1 são desaconselháveis.
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a = (Qtc² / Qts²) - 1
Fc = Qtc x Fs / Qts
Se o Qtc escolhido for 0,7, estas duas frequências serão iguais, porém se o Qtc
for maior, a frequência de corte será inferior à frequência de ressonância e a
resposta de graves será entendida (à custa de um menor amortecimento e de
uma piora na resposta de transientes). É interessante notar que a escolha do
Qtc final vai determinar tanto o volume da caixa quanto a frequência de corte
inferior (F3). Valores baixos de Qtc (perto de 0,7) demandam caixas com
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CONCLUSÃO
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ANEXO - TABELAS
Tabela de atenuação
Atenuadores L-pad
Atenuação em decibéis Valores de resistores para cargas de
8 Ohms 4 Ohms
dB
RS RP RS RP
2.5 2.1 22.9 1.0 12.6
3.0 2.3 19.4 1.2 9.0
3.6 2.7 15.6 1.4 7.8
4.0 3.0 13.7 1.5 6.4
5.0 3.5 10.3 1.8 5.1
6.0 4.0 8.0 2.0 3.2
7.0 4.4 6.5 2.2 3.2
8.0 4.8 5.3 2.4 2.6
Tabela 13 – Atenuação de corte de frequência.
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6 dB / Oitava
Passa-alta Passa-baixa
6 dB/Oitava para Alta Frequência 6 dB/Oitava para Baixa Frequência
Frequência 4 ohms 8 ohms
Hertz L C L C
80 8.2mH 500uF 16mH 250uF
100 6.2mH 400uF 12mH 200uF
125 5.0mH 320uF 10mH 160uF
150 4.0mH 260uF 9.0mH 130uF
200 3.5mH 200uF 6.8mH 100uF
260 2.5mH 150uF 5.0mH 75uF
400 1.6mH 100uF 3.3mH 50uF
600 1.0mH 70uF 2.0mH 35uF
800 0.8mH 50uF 1.6mH 25uF
1000 0.6mH 40uF 1.2mH 20uF
1500 0.4mH 25uF 0.8mH 13uF
2000 0.3mH 20uF 0.6mH 10uF
3000 0.2mH 13uF 0.4mH 6.6uF
4000 0.15mH 10uF 0.3mH 5uF
5000 0.12mH 8uF 0.25mH 4uF
6000 0.1mH 6.6uF 0.20mH 3.3uF
8000 0.8mH 5uF 0.16mH 2.5uF
10000 0.06mH 4uF 0.12mH 2uF
Tabela 14 – Valores de indutores (bobina) e capacitores despolarizados.
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12 dB / oitava
Passa-alta Passa-baixa
12 dB/oitava para alta frequência 12 dB/oitava para baixa frequência
Frequência 4 ohms 8 ohms
Hertz L C L C
80 11mH 330uF 22mH 180uF
100 9mH 270uF 18mH 135uF
125 7mH 220uF 14mH 110uF
150 6.0mH 180uF 12mH 90uF
200 4.5mH 140uF 9mH 70uF
260 3.5mH 100uF 7mH 50uF
400 2.2mH 70uF 4.5mH 35uF
600 1.5mH 50uF 3.0mH 25uF
800 1.0mH 33uF 2.0mH 15uF
1000 0.9mH 27uF 1.8mH 13uF
1500 0.6mH 18uF 1.2mH 10uF
2000 0.45mH 14uF 0.9mH 7uF
3000 0.3mH 10uF 0.6mH 4.6uF
4000 0.225mH 7uF 0.45mH 3.5uF
5000 0.18mH 5.6uF 0.36mH 2.8uF
6000 0.15mH 4.6uF 0.30mH 2.3uF
8000 0.11mH 3.5uF 0.25mH 1.7uF
10000 0.09mH 2.8uF 0.18mH 1.4uF
Tabela 15 – Indutores e capacitores para corte de frequência de 12 dB para alta e baixa.
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REFERÊNCIAS
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CRÉDITOS
Elaboração
Inaldo Caetano de Farias
Revisão Técnica
Stênio de Castro Ribeiro II
Revisão gramatical
Teresa Lucrécia Melo Santos
Diagramação
Lindalva Maria da Silva
Editoração
Divisão de Educação Profissional e Tecnológica – DET