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KCU«S0D£DOTA
m iÍR H ItS ft
Boletim bibliográfico
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tE Ação Educativa
SID - Serviço d e Inform ação e D ocum entação
Agosto de 2003
Ação Educativa - A ssessoria, Pesquisa e Inform ação
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SUM ÁR IO
Apresentação 4
Movimento Negro 39
Identidade étnico-racial 41
Obras de Referência 44
índice de autores 45
índice de títulos 48
A presentação
levantam ento de fontes de informação sobre negros e educação não é exaustivo, mas
constituído por fontes bibliográficas que fazem parte do acervo Ação Educativa, disponível
para consulta de todos aqueles que buscam aprofundar o conhecim ento sobre os temas
apresentados em questão.
Assim esperam os contribuir e fornecer subsídios para o avanço e aprofundam ento dos
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Relações inter-étnicas no espaço escolar
1 AGOSTINHO, Cristina, CARVALHO, Rosa Margarida de. Alfabeto Negro : a
valorização do povo negro no cotidiano da vida escolar. Belo
Horizonte : MAZA, 2001. 56 p.
Apresenta um instrumento concreto de valorização da diversidade étnica e cultural do país em consonância com os
objetivos dos Novos Parâm etros Curriculares do Ministério da Educação (M EC), no que tange aos seus tem as
transversais. Construído com palavras e nom es de pessoas relacionadas à cultura negra em ordem alfabética,
municia, em especial, professores e alunos, e leitores em geral, para o com bate as idéias preconceituosas que
seculannente produzem e reproduzem visões estereotipadas sobre os negros, e que legitimam práticas
discrim inatórias que conspiram contra a democracia e a igualdade de direitos e oportunidades em nossa sociedade.
Traz glossário.
A presenta o trabalho desenvolvido pela Escola M unicipal Eugenia A nna dos Santos, que funciona no terreiro de
candomblé llê Axê Opo A fonja, em parceria com a prefeitura de Salvador, BA. A escola com ensino de prim eira a
quarta série, aplica o ensino bilingüe Português/Iorubá e trabalha tem as transversais com lendas e m itos nagô,
visando o resgate da cultura afro-brasileira.
Resultado de pesquisa realizada em 1979, que teve por objetivo estudar o racism o em livros didáticos brasileiros
utilizados no primeiro grau. Tom a como base uma am ostra de publicações que recebiam o apoio de program as
governamentais. Ressalta a im portância dos livros didáticos para form ação da im agem que a sociedade faz de si
mesma, salientando que o problem a do racismo nos livros didáticos dizem respeito a essa auto-imagem. Constata
uma dualidade nos livros didáticos: ou eles falseiam a realidade, deixando de m onstrar a desigualdade efetiva entre
brancos e negros, brancos e índios brasileiros, ou reproduzem essa desigualdade e discriminação em tom
justificativa, sem nenhum instrum ento de critica.
Pretende explicitar m últiplas interpretações e construções teóricas de negros e negras sobre o sistem a de ensino
brasileiro. E propor reflexão acerca da influência que as teorias racistas exerceram no sistem a de ensino, além de
apontar alguns caminhos para desconstrutir tais concepções.
Esta experiência se desenvolveu com o terceiro ano do ciclo básico: quatro grupos de trinta e dois alunos e um
grupo de doze alunos em um módulo de noventa minutos cada um. Os objetivos propostos foram: relacionar os
conteúdos programáticos com suas próprias vivências, gerar instâncias que os levem a refletir sobre seus própnos
valores, promover atitudes de respeito frente a pessoas diferentes.
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0 sistema educacional brasileiro alcançou significativa expansão notadam ente a partir da segunda m etade deste
século. A pesar disso, o Brasil ainda apresenta níveis educacionais inferiores aos de outros países com
características similares, com profundas desigualdades raciais. U tilizando os dados das Pesquisas N acional por
A m ostra de Domicilio (PN AD ) - de 1982 e 1988, analisa o funcionamento do sistem a de ensino no contexto dos
diferentes desem penhos obtidos pelos grupos raciais, bem como aborda as taxas de aprovação, reprovação e evasão
da população estudantil e alguns indicadores de realização educacional. Os índices obtidos p o r pretos e pardos são
sistem aticamente inferiores aos de outros grupos raciais. A ssim , constata-se que a variável raça continua
representando im portantes efeitos nessa etapa do ciclo de vida.
A presenta uma análise dos "indicadores de um a cultura democrática" expressos nos conteúdos dos livros didáticos
do ensino fundamental no Brasil. Focaliza, sobretudo, a situação das m ulheres e dos negros tanto no processo de
universalização das oportunidades escolares quanto aos conteúdos dos livros didáticos do ensino fundam ental, nas
disciplinas de alfabetização, língua portuguesa, estudos sociais e história.
Reflexão sobre o racismo no Brasil, comentando a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econôm ica A plicada (IPEA)
que mostra índices como a m édia de escolaridade dos negros brasileiros bem inferior aos da Á frica do Sul, que
viveram décadas sob o regim e separatista do apartheid. Salienta que dados como esse refletem um descaso oficial
de longa data, acentuando o quadro de exclusão social. O utros levantamentos, realizados p o r instituições como o
Escritório Nacional Zumbi dos Palmares e estudiosos estrangeiros, como o am ericano Jerry D avila com a tese de
doutorado "O que aconteceu aos professores de cor do Rio?", levam a conclusão óbvia: racism o por aqui é concreto
e palpável no cotidiano, e um de seus desdobramentos mais perversos chama-se educação.
Entrevista com M aria M alta Campos, pesquisadora em educação e professora associada do Program a de Pós-
Graduação em Educação da PUC\SP. A borda o Projeto Negro e Educação, Educação Básica, m unicipalização do
ensino, avaliação e educação Infantil.
Pretende identificar desafios colocados a educação multicultural no Brasil e propõe sugestões de estratégias
educacionais multiculturais de superação das mais variadas form as de discrim inação racial, por fim identifica o
diálogo entre educadores e pesquisadores, com seus olhares diferenciados sobre a questão.
Entrevista com Sueli Carneiro, especialista em Filosofia da Educação e coordenadora da organização não-
govemam ental Geledés-Instituto da M ulher Negra, que trabalha em defesa da m ulher negra. E ainda desenvolve o
projeto Geração XXI para m udar a condição social do estudante brasileiro, salientando que essa proposta trouxe o
desafio de construir instrum entos pedagógicos para trabalhar um a educação não-racista e inclusiva.
Aborda o programa educacional da Secretaria de Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de A ssuntos Fundiários,
para o Quilombo Campinho da Independência, localizado em Parati, RJ. T em como objetivo apoiar populações
negras atendidas pelo Artigo n. 68, da Constituição Federal que assegura aos rem anescentes de quilombo
(descendentes de negros escravos ou não) o reconhecimento da propriedade definitiva da terra. Destaca que o
ensino nessas comunidades não pode ser convencional, e que nesta fase inicial do projeto, esta prevista a
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reestruturação do conteúdo programático da grade de ensino da l a a 4a serie, expandir até a 8a serie o ensino de
primeiro grau e im plantar o ensino supletivo para educação de adultos, e ainda, a prom oção decursos técnicos e o
incentivo as iniciativas da população de resgate dos valores culturais e históricos.
Reúne textos articulados em tom o do tem a diversidade racial no am biente escolar, que procuram estabelecer uma
nova percepção sobre as escolas brasileiras. Examina desde os livros infanto-juvenis, presentes nesse universo, até
algum as revistas especializadas em educação. Traça análises, referências a Á frica, aos PC N s, às questões sobre
letramento, até um a inevitável comparação com o modelo norte-am ericano que envolve relações raciais e educação.
Fruto de reflexões construídas por pessoas militantes, e na m aioria negras. B aseia-se na observação sensível desse
cotidiano, tiram da invisibilidade e do silêncio práticas racistas e contribuem para iniciativas que assum em com
responsabilidade uma educação anti-racista.
Enfatiza a importância da intervenção dos profissionais da educação para a organização de um a escola que favoreça
o desenvolvimento de todos os presentes. Pensa formas de exam inar o espaço escolar a fim de saber como a escola
está educando para o reconhecimento da igualdade hum ana ou colaborando para a perm anência e a difusão da
discrim inação no espaço escolar e na sociedade.
Buscou-se através de pesquisa com preender como se tem desenvolvido o processo de socialização das relações
multiétnicas de crianças negras, tanto no espaço pré-escolar quanto no familiar.
A presenta os resultados de pesquisas realizadas para o C oncurso Negro e Educação prom ovida pela Associação
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (A N PED ) e pela A ção Educativa-A ssessoria, Pesquisa e
Informação. Destaca que o primeiro trabalho,"As primeiras praticas educacionais com características m odernas em
relação aos negros no B rasil”, é um estudo de caráter histórico sobre a educação de crianças negras, no contexto da
promulgação da Lei do Ventre Livre, de 1871. O segundo, intitulado "Rompendo as barreiras do silencio: projetos
pedagógicos discutem relações raciais em escolas da rede m unicipal de ensino de Belo H orizonte", analisa projetos
pedaaógicos e outras iniciativas, em escolas públicas daquela cidade, visando a discussão das relações raciais no
B rasil bem como o conhecimento e a valorização da cultura e da historia dos negros. O terceiro estudo,
"Estudantes negros e a transformação das faculdades de direito em escolas de justiça: a busca por um a maior
igualdade", analisa a transformação do perfil dos estudantes de direito, em termos raciais e sociais. O quarto
trabalho. "Raça e Gênero na trajetória educacional de graduandas negras da UNICAM P", analisa depoim entos de
alunas negras da UNICAMP sobre sua trajetória educacional desde o ensino fundamental, discutindo
especificamente as discriminações e preconceitos que as atingiram e a m aneira como reagiram a tais situações.
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finais de suas pesquisas referente ao II Concurso Negro e Educação
2001-2003
Sistematiza artigos dos contem plados do II Concurso Negro e Educação. Com o objetivo de form ar e am pliar o
quadro de pesquisadores na área "negro e educação", a fim de que a produção de conhecimentos nesse cam po seja
gradativamente ampliada e contribua para subsidiar ações com prom etidas com a promoção dos usuários dos
serviços educativos, fazendo desaparecer o fator racial como o determ inante do desem penho escolar do estudante.
Em continuidade a pesquisa anterior realizada 1992 por um grupo de ativistas do movimento negro, hoje reunido
no 'Fala Negão. A idéia da pesquisa surgiu em 1992, a partir da observação que em debates com jovens integrantes
de grupos de RÁP que ocorriam nas escolas da Rede M unicipal, m uitos dos participantes eram jovens que haviam
abandonados os estudos. A pesquisa procurou, então, detectar o perfil destes jovens e o motivo da evasão escolar.
O resultado da pesquisa realizada em 1992, gerou uma cartilha contendo sugestões destes jovens para a m elhoria da
escola. A pesquisa loi então retom ada em 1995, enriquecida com a participação voluntária de grupos de jovens da
região. Os dados coletados então revelam que m ais da m etade dos jovens entrevistados já não estudam. D estes que
já abandonaram os estudos m ais da m etade abandonaram os estudos antes da oitava série. O s dados indicam ainda
que a evasão escolar cresce significativamente a partir dos 14 anos, podendo-se relacionar este fato a busca de
inclusão do jovem no mercado de trabalho. Com relação as sugestões feitas pelos jovens para a m elhoria da escola,
não se nota grandes divergências entre as sugestões de jovens que não estudam e de jovens que estudam, sendo que
em ambas a m elhoria da com petência do professor figura com destaque.
Traz dois comentários um a favor e outro contra o decreto que tom a obrigatório o ensino de historia e cultura afro-
brasileira nas escolas do Brasil. Para A m auri M endes Pereira do C entro de Estudos A ífo-B rasileiros da
Universidade Cândido M endes, é inquestionável o acerto da medida. Porém , o que cabe a cada um agora é estar
atento para a plena efetivação da lei. Um a questão fundam ental é: com o qualificar rapidam ente alguns m ilhares de
professores e professoras, para formar muitos m ilhares de outros, que vão trabalhar diretam ente com m ilhões de
crianças e adolescentes?. Para Edmilson de Sena M orais, professor de H istória da rede estadual e m unicipal da
Bahia, é um contra-senso a obrigação da inclusão desse conteúdo nas escolas, afinal, respira-se e transpira-se
alricanidades neste pais. A origem do homem esta na Á frica, a história do Brasil inicia-se com a presença maciça
africana de várias etnias das quais somos herdeiros, será que algo tão peculiar a nós tem que ser feito de maneira
coercitiva?.
Discute a questão do Negro e a proposta de um a sociedade dem ocrática no Brasil, a qual im plica a liberdade de
opinião/expressão e a igualdade de oportunidade e de direitos entre os indivíduos, e que tais prem issas determinam
como conseqüência as possibilidades de representação social entre os indivíduos. Destaca que a pluralidade étnica
na nossa sociedade e ainda utopia e que as fragilidades do nosso sistem a político de representação democrática
estão ancoradas nas fraquezas do processo de existência sim bólica e livre das diversas etnias. A ssinala que a
educação repete o desenho básico das estruturas sociais, tem um a base racista, m achista e classista, e no plano ético
e étnico, a utopia e a construção de uma educação guiada pela pedagogia da igualdade, capaz da distribuição
igualitária das possibilidades de representação dos grupos sociais na cultura nacional.
Faz um resgate histórico sobre a inserção do aluno negro na escola, m ais exatam ente no final do século XIX, dentro
da dinâmica da sociedade brasileira da época.
Apresenta discurso que denuncia a falta de conteúdo da cultura negra na grade curricular, caracterizando a prática
do racismo nas escolas. Principalmente quando o estado detém 87% da sua população absoluta de um expressivo
contigente negro. Este racismo cristaliza a desqualificação da educação do negro em sua formação e sua exclusão
no mercado de trabalho, além de induzir as fugas étnicas, os conflitos intrarracial, a perda de identidade e sobretudo
a apologia a idiossincrasia num a rejeição e regressão cultural, a falta de auto-estim a e o im obilismo coletivo. É um
massacre a uma raça, um genocídio cultural. Este é o m odelo racial sergipano: a exclusão do pensam ento alio
sergipano das escolas, afrontando o mais elem entar princípio dos direitos hum anos, ferindo frontalm ente a essência
da diversidade cultural e o direito inalienável da cidadania entre nos os negros.
Inventaria os estudos e publicações que contemplam a educação do negro no Brasil. D iscute o resgate da historia
afro-brasileira, as relações de assimetria e a necessidade de políticas publicas centradas na educação do negro.
Busca contextualizar na questão educação/diferenciação etnico-cultural, estudos pertinentes a educação do negro no
Brasil.
Compara as obras de Jean-Paul Sartre e de W. E. B. D u B ois para discutir o conceito de unidade racial e sua relação
com a cultura. Discute o tem a pan-africanismo e como ele pode debatido em sala de aula.
A nalisa criticamente as falas e imagens sobre o negro presentes no contexto escolar, tomando como base, para
levantamento de dados empíricos, depoim entos de alunos e professores do segundo segmento do prim eiro grau
regular de uma escola pública do mumcipio do Rio de Janeiro, RJ. Exam ina os tem as referenciados pelos corpos
docentes e discente da escola através de uma abordagem qualitativa e quantitativa. Verifica como os alunos e
professores vem lidando com as contradições e ambigüidades encontradas no trato da questão do negro e quais são
as perspectivas no sentido de propostas que contribuam para um a ação concreta.
Partindo de duas situações paradigmáticas do dia-a-dia, aponta algum as especificidades de como o preconceito e a
discriminação racial são veiculados no Brasil; de que m aneira tais processos são alimentados e mantidos; pontua
como esse contexto cria dificuldades na construção de um a identidade referenciada em valores positivos e a
decorrente diticuidade no exercício da cidadania; e, finalmente, aponta um processo que possibilita a construção de
uma identidade afro-centrada. D a ênfase a situação escolar como um "lugar" de retroalim entação desses processos.
Objetiva demonstrar a existência do preconceito racial na escola, correlacionando-o a agentes internos atuantes na
instituição: o professor e o livro didático. Com isso pretende com provar a ocorrência de um "ciclo" capaz de
embutir e reproduzir o preconceito racial junto ao alunado. Para tanto foi em preendida uma pesquisa de campo,
levada a cabo durante o ano de 1988, que se dividiu em três etapas. Primeiramente, buscou-se verificar a
intensidade da ocorrência do preconceito racial junto ao corpo discente das escolas públicas no município do Rio de
Janeiro. Em seguida, a preocupação voltou-se para o com portam ento dos professores: suas concepções sobre a raça
negra, seu conhecimento histórico a respeito da contribuição do negro a sociedade brasileira, suas opiniões sobre as
atitudes dos demais professores frente aos negros. N um a terceira etapa, foi analisada uma série de pesquisas
relacionadas aos conteúdos transmitidos por livros didáticos, tendo por m eta extrair um a síntese de conclusões
comuns aos vários autores.
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Examina as práticas educacionais dirigidas aos afrodescendentes nascidos iivres de m ães escravas. Pesquisa de
caracter histórico, focaliza os anos em que a Lei do V entre Livre (1871-1888). Recorre a docum entos oficiais,
principalmente do poder legislativo do Im pério e do M inistério da A gricultura, assim como as m anifestações de
intelectuais do período. O estudo objetiva analisar a relação entre abolição da escravidão e educação de negros, tal
como foi concebida durante o processo de superação do escravism o no Brasil.
A borda a participação do movimento negro na educação escolar, enfatizando suas contribuições neste processo,
especialm ente no tocante a Pedagogia Inter-étnica. Como intervenção pedagógica, este m étodo enfatiza o estudo e a
pesquisa do etnocentrismo, preconceito racial, e do racism o transm itidos durante a socialização ou escolarização,
indicando medidas educativas de combate destes fenôm enos negativos. C onsidera esta proposta teórica-
metodologica crítica, im portante porque desm ascara a escola como espaço de conflitos e construções sociais que
envolvem aspectos socioculturais, políticos, econômicos e raciais, essa proposta enfatiza a totalidade no tratam ento
das diversidades, como n a comunicação sobre as mesmas. V erifica que a escola necessita prestigiar os valores das
minorias sociais, procurando assegurar a construção de um a autêntica dem ocracia racial e social.
Discute a finalidade de estudar africanidades brasileiras, salientando a finalidade prim eira, que diz respeito ao
direito dos descendentes de africanos, assim como de todos os cidadãos brasileiros, a valorização de sua identidade
étnico-histórico-cultural, de sua identidade de classe, de gênero, de faixa etária, de escolha sexual. Faz
considerações a respeito de encam inhamentos para o ensino e a aprendizagens de A fricanidades brasileiras, salienta
que tais processos fazem parte de um a pedagogia anti-racista. Destaca que as A fricanidades brasileiras abrangem
diferentes áreas, não precisam constituir-se num a única disciplina.
Discute os aspectos im portantes da escola brasileira com um a preocupação c e n tra l: o tratam ento que a escola tem
dado a história e a cultura de tradição africana. Evidência tam bém a necessidade de questionam ento acerca da
importância da questão racial na prática pedagógica brasileira, bem como nas políticas educacionais.
Discute a formação de professores/as como um processo que vai alêm do pedagógico, éum processo político, social
e cultural. Destaca que dessa forma, as vivências socioculturais dos sujeitos da educação deverão fazer parte da
vida e das práticas dos centros de formação. A ponta que o desafio desses centros e construir uma nova prática que
inclua outros valores, outros enfoques e outras questões presentes na sociedade, na escola e nas trajetórias dos
sujeitos socioculturais, sendo a diversidade cultural uma delas. Sinaliza a urgência de um a investigação sobre a
formação de professores/as que inclua a diversidade cultural, tendo como enfoque o segm ento negro.
Busca investigar, através de uma pesquisa de tipo etnográfico, como o contexto escolar vivenciado por mulheres
negras contribuiu para a reprodução do preconceito e da discrim inação racial e de gênero e a interferência destes na
prática pedagógica dessas mulheres. Buscou, saber, tam bém, se as relações estabelecidas em outros espaços sociais,
como a família, o circulo de amizades e a militância política, exercem influência na constituição do "ser m ulher e
professora negra".
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GOMES, Nilma Lino, GONÇALVES E SILVA, Petronilha Beatriz, (Orgs.).
Experiências étnico-culturais para a formação de professores. Belo
Horizonte : Autêntica, 2002. 156 p.
Propõe articular a form arão de professores/as e a diversidade étnico-cultural no contexto das práticas docente, mais
do que dar indicações de como a diversidade deve ser tratada n a escola, salienta a im portância e da
responsabilidade que o trato da diferença acarreta para todos/as que assum em a educação como pratica profissional
e compromisso social.
D iscute o RAP (Rhvtm and Poetrv), um dos elem entos do m ovim ento Hip-H op, analisando o Projeto Rappers, um a
experiência desenvolvida em 1993 pelo Instituto da M ulher N egra de São Paulo (G ELED ÉS), entidade que atua no
combate ao racismo e a discnm inação racial e de gênero. A borda tam bém o papel da escola na trajetória de vida
dos rappers paulistas e no processo de construção da sua identidade racial. Baseia-se em questionários aplicados aos
jovens envolvidos no Projeto e depoim entos colhidos durante a realização de sem inários tem áticos sobre a relação
entre os rappers e a escola.
Ensaio sobre o sentido e o significado do termo "m ulticulturalism o", a partir de questões feitas em sucessivos
encontros de docentes do ensino fundamental. M ostra que os significados do multiculturalism o m udam a cada
momento em que novos sujeitos invadem a cena social, m odificando as regras do jogo.
Retlexão sobre u organização em tom o de hipóteses sugeridas pelo conteúdo de docum entos consultados, busca
explicar a precana situação educacional dos negros brasileiros, a partir dos dois eixos que a tem estruturado -
exclusão e abandono. Descreve que examinando as políticas de oferta de educação nos séculos XIX e X X deixa
evidente a constante omissão do Estado em relação a população negra, em bora a am eaça de extinção do escravismo
e as mudanças na organização do trabalho no país, tenham forçado a incluir, nas discussões, problemática da
educação das crianças escravizadas, libertas ou livres. Salienta, o artigo, a im portância das organizações negras, ao
lonao do século XX. na luta pelo direito a educação, seja com batendo o analfabetism o, incentivando os negros a se
educarem, seia criando aulas, cursos de ensino regular e de outras m odalidades de ensmo, apesar das dificuldades
para inante-los. Aponta que. assim sendo, são destacadas idéias, ideais, iniciativa da im prensa negra dos anos 20 ao
final dos anos 30. de diferentes entidades no final dos anos 40, no decorrer dos 50. destacadam ente nos anos 80, em
seqüência a criacào do M ovimento Negro Unificado.
Afirma que o ntm o acelerado dos processos de industnalização e urbanização ocorridos nas ultimas três décadas
mudou radicalmente a fisionomia da estrutura social do Brasil. A despeito do montante dessas transformações
estruturais, um numero crescente de estudos empíricos indica que a população preta e parda íou não-branca) esta
exposta a desvantagens sistemáticas em dim ensões dem ográficas e sóeio-econòm icas de qualidade de vida tais
como mortalidade infantil, expectativa de vida ao nascer, oportunidades de mobilidade social, participação no
/ mercado de trabalho e na dtstnbuição de renda. A evidência acum ulada aponta para a conclusão de que níveis
crescentes de industrialização e modernização da estrutura social não elim inam os efeitos da raça ou cor como
critério de seleção social e geração de desigualdades sociais. Pretende m ostrar como as desvantagens associadas a
' adscrição racial também ocorrem na esfera educacional.
Procura identificar as purticulandades das meninas negras no contexto do ensino fundamental brasileiro. Analisa as
desigualdades raciais no Brasil privilegiando os com ponentes derivados da dimensão educacional. E discute as
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condições de igualdade de oportunidade entre as populações de cor branca e de cor negra a partir da análise da
escolaridade dos brasileiros, enfatizando, em particular, o perfil escolar das crianças e jovens no ensino
fundamental. A lém do recorte racial, destaca os processos de discrim inação m últipla, integrando especificam ente o
recorte de género.
43 H IS T Ó R IA e C u ltu ra A f r o - B r a s i l e i r a n a s a l a d e a u l a . Informação em
Rede (Encarte), S ã o P a u l o , n. 53, p. 1-3, m ar. 2003.
A presenta os artigos da Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003 que estabelece a obrigatoriedade da tem ática
"História e Cultura A lfo-Brasileira" no currículo oficial da R ede de Ensino. Traz um a lista com endereços de
Centros de Estudos e Pesquisas A fro-Brasileiras em diversos estados do Brasil, além de uma relação de vídeos que
integra a Coleção Negros do "Projeto Cinem a e Vídeo B rasileiro nas Escolas" e referencias bibliográficas a respeito
das relações etmcos raciais.
Procura avaliar a maneira como os livros didáticos tem tratado o tem a do trafico negreiro na época moderna. Em
um rápido estudo dos livros didáticos brasileiros, sem a intenção de um a analise exaustiva, observa um a série de
problemas que dificultam o ensino e a com preensão do escravism o m odem o.
Apresenta o trabalho de um a escola instalada em um centro de C andom blé, e referência nacional de valorização da
herança afro-descendente. Destaca que o com prom isso do trabalho e com a diversidade: nas aulas sobre
democracia, além do conceito tradicional, os professores falam do episódio da R evolta dos A lfaiates, e aproveitam
um mito de Iansà para tratar do tema. assim as cn an ças ficam sabendo que dem ocracia não e um conceito apenas
ocidental. A Escola M unicipal Eugenia A nna dos Santos, está instalada dentro do Ilé A xé Opo A fonja, Salvador.
BA. fundado em 1910 e integra o Patrimônio Histórico Nacional.
Reilexão sobre os conteúdos escolares, buscando que estes engendrem conhecim entos que respeitem a diversidade
cultural, procura uitroduzir tem as que hoje estão contem plados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB). a partir dos temas transversais. A borda os seguintes assuntos: discrim inação, educação e identidade: auto-
esiima e educação: a construção da cnança alrodescendente no contexto da educação infantil: as artes e a
diversidade etmco-culturai na escola básica; a face negra da percepção ambiental; a Geografia, os negros e a
diversidade cultural: a questão racial e aula de educação fisica.
Aborda u inlluência da língua alricana na língua portuguesa, a resistência quanto ao ensino de línguas africanas em
escolas brasileiras. Faz algum as considerações sobre a biologia e seus alcances e limites do ensino/estudo da
disciplina nas escolas. Reconstrói a trajetória do com bate aos processos de discrim inação racial no Brasile a
atuação do movimento negro para a mudança deste quadro. Reflete sobre as desigualdades raciais no Brasileo
ensino de historia. Discute temas que envolvem a elaboração dos param entos curriculares para o ensino Religioso.
.Analisa as varias etapas da igreja católica nos 500 anos de evangelização e sua relação com a negritude.
Reilexão sobre u escola pública brasileira e as relações raciais com enfoque para os atro-brasileiros. Faz uma
retrospectiva lústorica sobre a preocupação do M ovim ento Negro e a educação e aponta os temas de inuior
concentração nas pesquisas sobre alricanidades e relações raciais na educação. D iscute as relações inter-étnicas e os
ractsmos incidentes na sociedade brasileira, com enfoque para o caráter excludente da educação escolar no Brasil:
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as relações multirraciais e a educação infantil. A ponta os estereótipos racistas e sexistas existentes no cotidiano das
relações educativas. A nalisa a representação ética da criança negra na pré-escola; a tem ática afro-brasileira na
disciplina de história; a prática política e as ações pedagógicas. Traça o perfil sociocultural do aluno afrodescente
das escolas públicas do Recife.
A presenta experiências e reflexões desenvolvidas pelo M ovim ento N egro e pesquisadores - negros e brancos -
sobre educação dos afro-brasileiros. Enfoca o estudo de alguns aspectos do nível político do Teatro Experimental
do Nearo (TEN). Discute educação popular a partir das atividades de alfabetização desenvolvidas no TEM e das
práticas educativas articuladas pela atuação do M ovimento Negro. Faz um resgate histórico sobre a Associação
Cultural de N egntude e A ção Popular (ACNAP) na cidade de Curitiba. A nalisa a experiência em educação com
jovens e adolescentes do M ovim ento Hip-Hop na cidade de São Paulo. Reflexão sobre as desigualdades raciais no
sistema de ensino brasileiro, principalmente quanto ao acesso a universidade. A ponta o processo de produção de
conhecimentos que respeita a herança cultural africana. M ostra os paradigm as que norteiam as ações do
Movimento N egro, a partir da percepção de um Brasil profundam ente branco, eurocêntrico e machista.
Reúne artigos que abordam questões sobre a territorialidade, onde se dão as relações étnicas, políticas, culturais e
sociais e o lugar que as populações afro-descendentes brasileiras ocupam nessas dimensões. A presenta relatos de
experiências que mostram não só a crítica ao modelo eurocêntrico, m as a riqueza de vivências e cultura no contexto
do espaço escolar como territorialidade, partindo das relações étnico-raciais e educação.
Resultado da pesquisa "Repertórios culturais e educação nos territórios de predom inância afro-descendente
sereipanos", desenvolvida no povoado M ussuca, municipio sergipano de Laranjeiras. Com objetivo de m apear os
repertórios culturais afro-descendentes dessa localidade e apontar as possibilidades de utilização desses repertórios
na pratica pedagógica das escolas locais a partir da análise das expressões desses repertórios na percepção e na
vivência de mem bros da comunidade.
Traz críticas acerca do veto presidencial à educação de jovens e adultos e o desestim ulo a educação infantil, no
âmbito da lei que regulam enta o FUNDEF. Reafirma que a atualização da legislação brasileira que interditava os
nearos ao acesso a educação, como ocorreu durante todo o Brasil-C olônia e Brasil-Império. Perpetua através de
atualizações na legislação interdições que aprofunda a desigualdade entre negros e brancos, jogando o negro
brasileiro num fosso profundo de ignorância, exatamente no mom ento em que as transform ações da base
econômica do mundo contem porâneo exigem cada vez m ais acesso ao conhecimento.
Discute trabalhos e pesquisas sobre discriminação racial na escola, como o de uma psicóloga, da Faculdade de
Educação da Universidade de São Paulo (USP), que durante oito m eses acom panhou três salas de aula de uma
escola municipal de educação infantil, em São Paulo, apontando aspectos que identificam o preconceito e' a
discriminação racial nas instituições de ensino. Na busca de m udanças a Faculdade de Educação Fluminense
assinala á formação do professor como elemento-chave, im plantando o curso de extensão universitária sobre o
Nearo na Sociedade Brasileira, aborda tam bém a iniciativa do Projeto Geração XXI, que durante os próximos nove
anos. 21 adolescentes negros de São Paulo terão garantidas as condições de continuar estudando, estão começando
o ciclo médio e foram escolhidos para participar do projeto, um a iniciativa da Fundação BankBoston. Fundação
Palmares, Ministério da C ultura e Geledés.
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MARQUES, Sônia Maria dos Santos. Escola, práticas pedagógicas e
relações raciais : a comunidade remanescente de quilombo de São
Miguel. In: CONCURSO NEGRO E EDUCACAO, II, 2001-2003, São Paulo, SP.
Negro e educação : identidade negra : pesquisas sobre o negro e a
educação no Brasil. São Paulo : ANPEd ; Ação Educativa, 2003. p.
159-170.
A presenta resultado de pesquisa em São M iguel - comunidade rem anescente de quilombo situada no m unicípio de
Restinga Seca, RS, no ano de 2000. Com a finalidade de conhecer de que m aneira acontecem as relações inter-
étnicas na escola e identificar as representações im bricadas nas relações inter-étnicas que facilitam ou dificultam o
processo de ensinar e aprender das professoras. Para tal fim foi utilizado como aporte m etodológico a pesquisa
qualitativa , e para coleta de dados, foram realizadas entrevistas sem i-estruturadas, observações e análise de
atividades desenvolvidas pelas professoras.
A nalisa o preconceito racial presente em livros infantis e escolares e como isso colabora para sua reprodução no
interior da sociedade.
MELO, Regina Lúcia Couto de, COELHO, Rita de Cassia Freitas. Educação
e discriminação de negros. Belo Horizonte : IRHJP, 1988. 135 p.
Trata do racismo que se processa no cotidiano escolar de escolas públicas de 1o. grau no Brasil. A nalisa o processo
de humilhação e exclusão que crianças e jovens negros se subm etem ao exercer o direito a educação. Com para as
trajetórias escolares de estudantes brancos e negros e suas condições sócio-econôm icas. Estuda a educação e
identidade da criança negra e a discriminação racial na escola. R elata a im plantação de um a disciplina sobre
estudos africanos no currículo escolar da Bahia e analisa a discriminação racial nos livros didáticos. A presenta um
texto sobre a cultura negra e as experiências educativas como a pedagogia interétnica.
Chama atenção ao fato de que, apesar de muitos estudos m ostrarem a im portância das categorias raça/cor para
planejar ou avaliar políticas públicas de educação, esta variável e pouco utilizada em estatísticas e estudos oficiais.
Na educação superior apenas recentemente são coletados dados sobre a questão da igualdade de acesso e
perm anência por raça/cor. R evisa diversas pesquisas sobre raça e educação no B rasil e algum as estrangeiras e
apresenta algumas tabelas que confirmam a forca das condições socioeconômicas e raciais na estrutura de
oportunidades acadêmicas. A lerta para a necessidade de intervenção política compensaria, ante de processos
seletivos como o vestibular.
Reúne artigos que abordam as relações raciais na escola, mas tam bém para alem dela. A lem de discutir a relação
entre as culturas, os valores e as subjetividades, bem como as causas do racism o e suas conseqüências, do ponto de
vista histórico. E ainda pretende apontar propostas pedagógicas multirracial e popular, no contexto das atividades,
experiências e pesquisas desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos N egros (N EN) nos últim os anos.
Tem como objetivo discutir e oferecer a educação escolar, alguns subsídios que possam ajudar no desencadeamento
do processo de transformação das estruturas mentais dos brasileiros em relação aos negros. C onsiste por um lado
em m ostrar o racismo como um dos graves problemas da nossa sociedade e, por outro lado, em m obilizar todas as
forcas da sociedade para combate-lo. Busca um leque de exem plos e de inform ações que possam lidar tanto com a
razào quanto com a afetividade e a emocionalidade presentes no preconceito e na discrim inação anti-negros.
Critica a hegemonia do etnocentrismo ocidental e revela m ecanism os da dom inação patriarcal e colonial. Visa
subsidiar o pensamento e a elaboração de m edidas concretas a fim de arfim ar positivamente a identidade do
estudante negro. Reúne dados que objetiva contribuir para a construção de um a ação pedagógica positiva para todos
os grupos sociais.
Faz considerações sobre a condição do negro em educação. R ecorre a alguns resultados de estudos, além de
destacar o caráter violento do racismo e a necessidade do com bate a ele por iniciativa dos negros excluídos.
Finalmente aborda sobre a formação de professores como condição necessária para a eliminação dos altos índices
de seletividade e exclusão do aluno negro do sistem a de ensino com vistas a um trabalho pedagógico realm ente
necessário.
Organizado pelo Programa de Educação na Sociedade Brasileira (PEN ESB), tem o propósito de am pliar as formas
de disseminação das produções do programa e outras. Por m eio dessa estratégia contribui para facilitar o acesso aos
conhecimentos sobre as relações na educação e tem as afms.
A presenta coletânea de artigos que abordam as relações raciais e educação. A produção de textos integram o II
Seminário Nacional Relações Raciais e Educação: a Produção de Saberes e Praticas Pedagógicas, promovido
Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade B rasileira (PEN ESB), e realizado no âmbito da Faculdade de
Educação da Universidade Federal Flum inense (UFF).
Estudos atuais tem demonstrado que as narrativas contidas no currículo representam diferentes grupos sociais de
forma diferenciada. Enquanto as formas de vida e as culturas de alguns grupos são valorizadas e instituídas como
modelo, outras são desvalorizadas e proscritas. O currículo esta diretam ente ligado com as desigualdades e ajuda e
a formar os interesses sociais e a decidir entre eles. B uscando com preender este processo e encontrar possíveis
soluções, este trabalho foi direcionado para as escolas e agencias sócio-educativas do bairro Restinga, do m unicípio
de Porto Alegre, cuja população e m aioritariam ente pobre e negra. Surgiram novos interesses no decorrer da
pesquisa, incluindo-se outros espaços educativos e um grupo de jovens negros do movimento m usical rap, que
faziam parte do cenário da escola em seu entorno. A través do estudo percebe-se que o lugar onde estes atores
vivem e significativamente importante. E espaço de vida, de inventividade, de valorização das iniciativas e das
pessoas. Através do método qualitativo naturalístico que preconiza a coleta de dados no ambiente natural onde o
fenômeno e vivido, utilizou-se dos seguintes instrumentos: entrevistas sem i-estruturadas, observações participantes,
registros em diários de campo, fitas cassetes e de vídeo. O s dados foram analisados e configuraram -se duas
categorias: identidade histórico-cultural e consciência política. Pode-se finalizar dizendo que, nesse novo tem po, a
escola deve reconstruir-se em seu contexto im ediato e concreto. A o produzir novas formas de vida que dependem
das idéias, da linguagem da cultura, da consciência, este povo produz suas identidades propriam ente humanas.
Trata-se de reinvençào da democracia, da pluralização do conhecimento e da cultura e o trabalho em rede
possibilita direções m ais claras para intervenções m ais efetivas e radicais.
Por meio da análise de algum as orientações curriculares em relação d a questão das desigualdades raciais e do
posicionam ento do corpo docente, buscou-se verificar a persistência ou nâo de mecanism os de discrim inação e
exclusão nas propostas e atividades adotadas por um a escola pertencente a rede m unicipal de B elo Horizonte. Para
tal fmalidade utilizou-se como metodologia de coleta de dados a técnica de observação participante e analise
documental, alem de entrevistas semi-estruturadas.
66 PARA muitos. Educação, São Paulo, v. 26, n. 228, p. 34-35, abr. 2000.
Fala sobre os cursinhos alternativos, tam bém chamados com unitários, dirigidos a estudantes carentes. O Cursinho
Poli da Universidade de São Paulo (USP), sua estrutura física, os recursos financeiros, as parcerias e o objetivo
m aior que e a inclusão social no mundo da cultura escolar, responsável pelo exercício da cidadania. M ostra o
trabalho voltado para o grupo dos excluídos e o trabalho dirigido a com unidade negra.
Consiste num a leitura da organização escolar na perspectiva de identificar como tem se m aterializado a exclusão de
crianças e adolescentes negros e pobres nas suas trajetórias de escolarização; com o a estrutura curricular, através
dos tempos, espaços, conhecimentos, "silêncios”, relação entre os profissionais da educação e os estudantes vem
leaitim ando a desigualdade no acesso e na perm anência da população n eg ra na escola. A lém de reivindicar adoção
de~ uma prática pedagógica que respeite o caráter multirracial, no sentido de respeitar todas as diferenças que ele
acarreta de tem po, vivência, cultura e classe social.
Aborda o papel da escola em relação a realidade racial no Brasil, observando que a educação escolar deve educar
para transformar, tendo em vista a comemoração do B ra sil 500 anos', e a necessidade de um sistem a de ensino
reflexivo-inclusivo que respeite e valorize todas as etnias, com o objetivo de construir um mundo m ais humano.
Destacando que a educação escolar, sem a verdadeira história da população negra, é crime de omissão.
Secundo volum e de trabalho de pesquisa que teve como objetivo com preender o processo social de produção do
fracasso escolar. Para tanto, analisou a realidade de um a escola m unicipal de prim eiro grau, situada na periferia da
cidade de São Paulo, onde foram realizadas observações em salas de aula e em várias outras situações escolares,
além de entrevistas com o pessoal técnico e administrativo e com pais e alunos. Este segundo volum e estuda as
raízes históricas das concepções sobre fracasso escolar, analisando os preconceitos (raciais e culturais) envolvidos
nestas concepções e presentes na literatura educacional. Realiza um a análise ideológica do discurso pedagógico, e
do modo capitalista de pensar a escolaridade, apontando as dificuldades de escolarização das crianças das classes
populares.
Discute as ações eficientes que as escolas precisam adotar para dim inuir a desigualdade entre brancos e negros.
Observa que no esteio das ações contra a discriminação racial, veio a nom eação da professora Petromlha Beatriz
Gonçalves e Silva para ocupar uma vaga no Conselho Nacional de Educação (CNE). Tom ou-se a primeira negra a
assumir o cargo, declarou que o racismo expulsa a criança negra da escola: "A questão racial nâo é exclusiva dos
nearos. Ela é da população brasileira. Não adianta apoiar e fortalecer a identidade das crianças negras se a branca
nâo repensar suas posições. Ninguém diz para o filho que ele deve discrim inar o negro, m as a forma como se trata
o em presado, as piadas, os ditados e outros gestos influenciam na educação".
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71 PAVAN, Alexandre. Para não se acabar na quarta-feira. Educação, São
Paulo, v. 6, n. 70, p. 33-40, fev. 2003.
Apresenta algum as propostas de atividades desenvolvidas em escolas referente a identidade étnica visando o
pluriculturalismo. U m dos projetos destacados e a parceria entre a Secretaria de Educação de Salvador, BA, com a
Escola Criativa Olodum (ECO), que oferece oficinas de música, outro projeto e o do Ilê A ieye em duas escolas um a
comunitária, de ensino fundamental, e outra profissionalizante, para adultos, tam bém edita anualm ente a série
Cadernos de Educação, distribuídos nos cursos de capacitação de professores da rede m unicipal com o propósito de
contribuir com o currículo escolar. Em São Paulo, SP, com enta a experiência da Escola M unicipal Comandante
G arcia Davilla no Parque Peruche, na zona norte da cidade, ficando a escola aberta nos fms de sem ana a
comunidade para ensaios de escolas de samba, como M orro da Casa Verde, G aviões da Fiel, M ocidade A legre e
tam bém para atividades de m úsica e esportes.
Enfatiza as desigualdades educacionais entre negros e brancos. E para m elhorar este quadro iniciativas que
experimentam de propostas do movimento negro vivenciadas em diversas partes do país, onde é desenvolvido
projetos de alfabetização e pós alfabetização. Im plem entadas por instituições como: o C entro de Educação e
Cultura Popular da Bahia, Escola A berta Calabar da B ahia e o N úcleo de Consciência N egra da U SP em São Paulo.
Faz retlexão em tom o de como a escola e os educadores lidam com as diferenças étnico-raciais. E ainda reafum a a
escola como espaço que aglutina competências para otim izar as relações étnico-raciais na escola.
Analisa a relação entre raça/cor e indicadores educacionais referentes a taxa de alfabetização e nível de
escolaridade, evasão, repetência, relação idade/série. Constata que o segm ento negro apresenta os piores resultados,
mesmo quando mantidas constantes outras variáveis (tais como nível de renda, escolaridade dos pais e distribuição
espacial, tanto regional como local). Analisa vários aspectos da educação escolar -, tais como livros didáticos,
ambiente escolar, postura do professor frente ao aluno -, revelando o quão desfavoráveis eles são a educação da
criança negra. Reflete sobre como a formação de professores vem trabalhando esta questão, defendendo que este
profissional pode fazer para m inim izar o problema, apesar de tam bém depender de outros fatores, como
modificações no currículo e nos livros d idáticos.
Reflexão sobre a educação de negros, salientando que não se pode deixar de relacionar o tem a ao M ovimento
Negro, tendo em vista os problem as que este vem detectando e as reivindicações que vem fazendo no campo da
educação. Destaca que e sobre esses problemas, reivindicações e seus desdobram entos, que irácentrar as reflexões.
Para subsidiar a pesquisa tom a como base alguns dos eventos organizados pelo movim ento negro, nas décadas de
80 e 90.
Apresenta o trabalho desenvolvido por dois professores de escolas públicas, uma ein São Paulo. SP, e outra em
Belo Horizonte. MG,promovendo atividades que enfrentem a questão do preconceito racial e dando ênfase a cultura
negra. Traz alguns dados sobre os negros no Brasil.
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A nálise sobre a tem ática dos pré-vestibulares populares, considerando os resultados obtidos em um a das iniciativas:
o Pre-UnB, mantido pela Associação dos A lunos de B aixa R enda da U niversidade de B rasília (AABR-UnB).
Descreve propostas de pré-vestibulares populares: Curso Pré-V estibular UFSCar; C urso Pré-V estibular Zum bi dos
Palmares: APROVE - Associação de Professores para o V estibular, Pré-Vestibular da Cidadania; Pré-Vestibular
para Negros e carentes - PVNC; Cursinho da Poli.
Entrevista com a educadora am ericana Lorraine M onroe, diretora executiva da School Leadership Academy, e que
revolucionou uma escola no Harlem - bairro de m aioria n eg ra na cidade de N ova Iorque, nos Estados Unidos, e que
registra alto índice de criminalidade entre jovens - onde educa latinos e afro-am ericanos. A borda algum as questões
como a violência nas escolas, o papel da comunidade na m elhoria do am biente escolar e a relação da im prensa com
a educação.
A presenta o trabalho desenvolvido pelo Projeto A xé destinado a m eninos e m eninas que vivem nas ruas de
Salvador, BA, suas diversas áreas de atuação, perfil institucional e a proposta pedagógica. Destaca que a
estruturação inicial do trabalho do A xé contou com o apoio legal e político do M ovim ento N acional dos M eninos e
M eninas de R ua e a viabilização material garantida pela T erra N ova - um a organização não governam ental italiana
de cooperação com o terceiro mundo. A ssinala que a reintegração critica dos m eninos(as) frente a experiência
desagregadora da rua, no caso específico da Bahia, passa necessariam ente pelo complexo cultural negro m estiço
procurando fortalecer as práticas e valores culturais. Traz inform ações sobre a oficina M odaxé que desenvolve uma
atividade de aprendizagem/construção de figurinos, e que com o aprendizado os m eninos(as) podem posteriormente
serem lançados no M ercado de Trabalho.
Busca verificar a contribuição da raça para a seleção que se opera no m om ento do vestibular, dando visibilidade a
situação dos segmentos raciais com relação ao acesso a universidade pública.
81 ROMÃO, Jeruse. O educador, a educ açã o e a con str uçã o de uma auto-
estima positiva no educando negro. In: CAVALLEIRO, Elia ne (Org.).
Racismo e anti-racismo na educação : repe ns and o nossa escola. São
Paulo : Summus, 2001. p. 161-178.
Refleti sobre o papel da educação e sua relação com a auto-estim a da criança negra. R elata as situações
apresentadas por alunos/as negros, pais e educadores, as quais ilustram algum as relações do cotidiano escolar em
que a ausência da informação sobre a história afro-brasileira e a falta de preparo para atender as necessidades das
criancas negras cooperam para o enfraquecim ento da auto-estima.
A presenta e discute dados sobre o nível de instrução e os benefícios por ela proporcionados aos segm entos da
população do Estado de São Paulo, diferenciados segundo a raça e o sexo. O s dados são provenientes de tabulações
especiais do Censo de 1980, realizadas pelo Departam ento de Indicadores Sociais da Fundação IBGE. As
informações desvelam que, se as populações masculinas e fem ininas vem usufruindo oportunidades educacionais
semelhantes, o mesmo não ocorre entre os segmentos raciais, p ois a população negra apresenta níveis de instrução
muito inferiores aos da branca. Quanto aos benefícios decorrentes do nível de instrução no mercado de trabalho
(auferidos em termos de rendimento), observa-se uma tendência a desigualdade é m ais intensa entre os sexos que
entre as raças. Procurando com preender a participação do sistem a escolar na fabricação dessas desigualdades, a
autora discute o papel desempenhado pelas diferenças observadas na qualidade do ensino e nas trajetórias
curriculares. O artigo contem 11 tabelas, 49 referencias bibliográficas e uma análise crítica das estatísticas
educacionais a luz das diferenças sexuais e raciais.
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83 ROSEMBERG, Fúlvia. Clases populares, raza y educacion inicial. In:
FILP K., Johanna, CABELLO L., Ana Maria (Eds.). Mejorando las
oportunidades educativas de los ninos que entram a la escuela.
Santiago de Chile : UNICEF ; CIDE, 1992-. p. 89-111.
Tem como objetivo questionar a questão subjacente na reflexão educacional, que tende a considerar de forma
homogênea as cham adas classes populares, como se existisse um a única e universal cultura da pobreza. O pta por
escolher as relações de raça (analisando-se especialm ente a situacao do negro) como argum ento central deste
questionamento.
A nalisa a m aior presença das mulheres no sistem a de educação form al no Brasil, os tratam entos desiguais dados
para homens e mulheres, principalmente na questão da rem uneração do trabalho. D estaca que além do preconceito
sexual, no Brasil a questão racial tam bém influência no nível de vida e n a rem uneração das pessoas, afirm ando que
trabalhadores brancos ganham m ais do que trabalhadores negros. A borda tam bém o fato de que a educação reforça
a idéia de que as mulheres estão destinadas para exercer atividades profissionais m enos qualificadas na sociedade.
A nalisa como a questão de gênero e raça são abordadas em levantam entos e estudos demográficos feitos no Brasil e
a relação dos diversos grupos sociais e/ou étnicos com os índices de analfabetism o e exclusão social.
Pretende apresentar de forma sucinta alguns elem entos da pesquisa sobre os projetos pedagógicos que discutem as
relações raciais em escolas municipais de B elo Horizonte. Procura dem onstrar que as ambigüidades das realces
raciais no Brasil refletem na forma como estes projetos são desenvolvidos no espaço escolar. A pesquisa foi
realizada no período de 1999\2000.
Mostra a experiência do Frade Franciscano Davi Raimundo dos Santos que lidera a difusão do M ovimento de Pré-
Vestibulares para negros (afrodescendentes) e carentes, com o objetivo de potencializar o anseio de prosseguir os
estudos e posteriormente o ingresso em universidades públicas e particulares. Caracterizando-se num grande
movimento social de solidariedade de grande significação social e democrática.
A presenta um histórico e a forma de funcionamento dos cursinhos/pré-vestibulares para negros no Brasil. Informa
que a idéia de se criar um pré-vestibular para negros nasceu na Bahia, e que os pré-vestibulares étnicos nasceram
como uma fonna concreta de fazer políticas públicas, elegendo a educação como um dos principais instrum entos de
auto resgate dos afrodescendentes. Traz dados sobre o núm ero de afrodescendentes que ingressaram em várias
universidades brasileiras após cursarem os núcleos de pré-vestibulares comunitários.
19
89 SANTOS, Maria Durvalina Cerqueira, COSTA, Rosenilda Paraíso.
Cooperativa 'Steve Biko'. Revista de Educação CEAP, Salvador, v. 6,
n. 20, p. 56-63, mar. 1998.
A presenta um a experiência de preparação para o vestibular, realizada com jovens negros, m otivada pela
constatação da ausência significativa do segmento afro-brasileiro nas universidades.
Subsidio para o trabalho pedagógico dos professores de H istória do Brasil da rede estadual de ensino do Estado de
São Paulo. Discute os problem as raciais no Brasil, destacando o "Dia d a A bolição" e a necessidade de recuperar-se
a identidade cultural da comunidade negra no Brasil.
Os participantes do Grupo de Trabaiho para A ssuntos A fro-B rasileiros (G TAA B) consideram que a escolarização
consciente e para o negro uma arm a contra a discrim inação racial. A partir das discussões sobre a situação
educacional dos negros, a Comissão de Educação priorizou as seguintes propostas: pesquisar e analisar a situação
educacional dos negros em São Paulo; propostas de reform ulação curricular, incluindo to d a a contribuição dos afiro-
brasileiros e origem do elem ento negro; reciclagem de professores de Língua Portuguesa e Estudos Sociais;
participação em congressos, simpósios e encontros de educadores; organização de professores negros para discutir
as questões referentes a situacao educacional do alunado negro; divulgação do trabalho da Comissão de Educação
junto as entidades de classe; discutir a repetência escolar e sua incidência no estudante negro a divulgação dos
trabalhos da Comissão de Educação através dos m eios de comunicação.
Procura trazer uma contribuição para a busca de alternativas para trabalhar com formação de professores no que
diz a respeito as questões raciais, seja no preparo acadêm ico do professor ou na forma como lidam com os
problemas que surgem na sala de aula.
Conjunto de textos discutidos no Seminário que tinha como temas: racism o na educação e pluralidade cultural.
Apresenta coletânea de textos resultado do Seminário Racism o no Brasil prom ovido pela, ANPEd e Ação
Educativa. Com o objetivo de refletir sobre o racismo no Brasil, contribuindo, entre outros aspectos, para o debate
sobre as políticas de ação afirm ativa voltadas para afro-descendentes.
Resultado de pesquisa que teve por objetivo verificar se dadas as condições necessárias para uma reflexão, os
professores de Ensino Fundamental poderiam identificar e corrigir estereótipos em relação ao negro, nos livros que
utilizaram em sua prática pedagógica. Para coleta de dados foram identificados e analisados estereótipos nos textos
e ilustrações de 82 livros de língua portuguesa de ensino fundamental, assim tam bém como a ausência de percepção
desses eslereótipos pelos professores que utilizaram esses livros que constituíram a população e a am ostra da
pesquisa, constituída de 16 livros. Conclui-se que e possível através deste trabalho orientar o professor de ensino
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fundamental, para utilizar o livro didático de forma crítica, transform ando-o em um instrum ento gerador de
consciência crítico reflexiva.
Pesquisa que acom panha o desenvolvim ento das crianças nascidas em Pelotas, RS, em 1982, vem identificando
que, em suas trajetórias escolares, evidenciam-se índices significativos de reprovação dentre as crianças negras
Eliminados estatisticamente outros fatores de confusão, os riscos de reprovação atingem 1,7 para as m eninas negras
e 2,8 para os m eninos negros. U m recorte desta pesquisa investigou a reprovação de crianças negras, através da
percepção de seus professores, utilizando questionário com perguntas abertas e fechadas. A análise dos processos
psicossociais presentes nas representações dos professores indicam a presença de forte preconceito racial que e
negado, mas transparece em formas bastante escam oteadas e travessadas de 'relações igualitárias'. A ponta-se para a
importância do fator 'cor' com o determ inante de exclusão escolar, e, como tal, início do processo de exclusão da
cidadania.
A presenta algumas reflexões relacionadas a questão da educação do negro a partir da ótica da dominação-
resistência, que caracterizaria as relações raciais no Brasil, buscando contextualiza-las desde o interior do sistem a
escravista até os dias atuais, tanto no âmbito geral como no campo específico da educação. N o contexto passado,
procura percorrer uma linha de leitura histórica que procura d ar destaque ao papel do próprio negro, como
participante do processo contraditório que caracterizou o sistem a escravista brasileiro. N o contexto atual, procura
observar uma experiência concreta de trabalho pedagógico escolar, junto a crianças negras. Baseia-se em estudo de
caso. cujos sujeitos foram os componentes de um grupo affo de um a escola pública do m unicípio de Pelotas, RS e
que procura investigar as reações dessas crianças frente as discrim inações sofridas na escola, bem como analisar
suas formas de resistência a esta situação.
Busca discutir as relações inter-étnicas na escola, tendo como pano de fundo o referencial sobre o imaginário social
e como recorte temático a etnia negra. Na primeira parte, alguns dos motivos que determ inaram o recorte étnico são
apresentados, e algumas concepções sobre o imaginário social tam bém são apontadas. A ssinala que os elementos
considerados relevantes para a construção do imaginário social brasileiro sobre o povo negro, são trazidas através
de uma ^breve retrospectiva história. Na última parte, revela os reflexos deste im aginário na educação,
exemplificados pelas palavras de alunos do ensino de primeiro grau.
Procura demonstrar com base nos relatos de alunas negras graduandas da Universidade Estadual de Campinas.
UNICAMP, sobre suas trajetórias escolares, como determinados atributos interferem não só na maneira mas
também na intensidade com que esses preconceitos atuam. Salienta que a educação escolar pública no Brasil e de
baixa qualidade, com graves consequências para os alunos que necessitam desse tipo de ensino. A ponta tam bém a
reprodução dos preconceitos e discrim inações no contexto escolar e que atingem principalm ente os alunos negros.
A presenta a experiência da organização não-govem am ental Instituto da M ulher N egra - G eledés em formar
educadores/as para combater o racismo. Discute a idéia de que uma formação consistente sobre as relações raciais
brasileiras colabora para que os profissionais da educação se engajem na luta para a reversão da discrim inação em
sala de aula e das desigualdades n a sociedade.
D efende a introdução da cultura afro-brasileira, no espaço escolar no sentido de reintegrar os educandos nos valores
étnicos e sociais da ancestralidade nacional e facilitar a construção da identidade de alunos e alunas através de uma
auto-identificação positiva e com o patrim ônio histórico-cultural brasileiro. A borda as seguintes m odalidades
artísticas: teatro e artes visuais, a partir da tradição africana e as recriações no Brasil. Traz tam bém orientações
didáticas, sugestões de conteúdos e atividades para trabalhar com os alunos do ensino fundamental.
Tece uma análise sobre a personagem negra em três livros de literatura infanto-juvenil. Busca m ostrar que é
possível realizar trabalho com esse m aterial pelo fato de ele rom per com um im aginário estereotipado do negro tão
comum na literatura infanto-juvenil.
Evidencia o uso da palavra como um " instrum ento capaz de perm itir que a criança e o jovem , especialm ente o
negro, olhe a si próprio e ao outro sujeito usuário como produtor e reprodutor de cultura e de saberes". Trata da
questão da diversidade racial e do uso social da oralidade. D estacando como o professor, ao atribuir a devida
importância a voz de um aluno que se sente discrim inado, pode favorecer a com petência deste em relação ao uso da
palavra oral e escrita. Pois nesses casos, tanto o aluno negro como o não-negro ganham a oportunidade de,
literalmente, tomar a palavra como algo vivo, ressuscita-la para o questionam ento e a problem atização tão
necessários para a vida em sociedade.
Interpreta o enfoque dado a questão racial nos Cadernos de Pesquisas da Fundação Carlos Chagas, bem como os
PCNs. No primeiro objeto de análise evidência a existência de um numero reduzido de pesquisas sobre relações
raciais e educação, e aponta a realização de um trabalho incipiente, evidenciando a descontinuidade da reflexão
racial. No segundo objeto analisa o Tem a Transversal - Pluralidade Cultural - dos PCns para o tratam ento da
questão racial na educação, enfatiza a existência de um a vasta discussão teórica, porém de forma solta, muitas
vezes contraditória, sem dar conta de orientar ações no espaço escolar.
Sintetiza resultado de pesquisa cuja o objetivo era levantar as seguintes questões: com o os professores do sistema
de ensino fundam ental de la a 4a senes reagiam as situações de discrim inação e preconceito em relação a criança
negra, como trabalham em classe com as cnancas em casos de brincadeira de m au gosto sobre o negro- com o lidam
com os conteúdos programáticos em que os negros aparecem como subalternos; como trabalham em suas classes as
diferenças raciais, e como discutem em reuniões form ais ou inform ais casos de discrim inação na escola Para coleta
de dados toi utilizado questionáno.
Resultado de discussões sobre a discriminação do adolescente e da cnança negra nas escolas, reúne expressões de
uma pratica pedagógica que se descobre conspiradora e racista, seja pelo silêncio ou pelo tratam ento igual que
intenta dar a cnanças brancas e negras. Procura discutir a postura de diretoras, professoras e alunos no cotidim o
escolar, tendo como pano de fundo a história e a situação atual dos negros n a sociedade brasileira
Com base em entrevistas com estudantes, professores e profissionais do direito, problem atiza as seguintes
questões: a translorm ação, ainda embrionária, do perfil racial dos estudantes de direito em razão da expansão do
ensino superior., a diversificação social e racial das profissões jurídicas, um universo tradicionalm ente conservador
e homogeneo.. a relação entre esta diversidade social e racial e o desenvolvim ento, n a foim ação dos futuros
operadores do direito, de uma consciência sobre as desigualdades raciais, o papel dessas m udanças na redefinição
da concepção de justiça, de torm a a quebrar a cultura jurídica dom inante no Brasil, um a cultura jurídica branca de
elite tnsenda em uma sociedade que se im agina como um a dem ocracia racial.
Contém oito ensaios apresentados em um Seminário sobre classe e arca nos textos escolares da A m érica Latina que
foi convocado peio editor e pela Comission para C om bater el Racism o, do Conselho M undial de Igrejas (CM I) O
objetivo principal da publicação e com prom eter os participantes do sem inário para que sejam agentes nacionais e
transmitam a outros mteressados. as denúncias resultantes de suas investigações e assim incentivar o trabalho de
contato com grupos racial e socialmente oprimidos.
Afirma que há um laço cognoscível entre comunicação e educação, que pode ser visto na constatação de que a
forma como a imagem negativa do negro é veiculada nos m eios de comunicação no Brasil e identifica as das
metodologias pedagógicas e dos livros didáticos no sistem a educacional. Reflete sobre a evolução da tecnologia da
comunicação e centra sua análise nos m eios de comunicação eletrônicos e estuda a imagem do negro veiculada
nestes meios, estudando os mecanismos falseadores utilizados em sua construção.
23
113 ANDRADE, Inaldete Pinheiro de. Pai Adâo era Nagô. Olinda : Centro
Luiz Freire, 1989. 11 p., II.
M aterial de subsídio para o movimento dos profissionais e m ilitantes da educação popular que visa o resgate do
saber popular. N arra a história dos orixás abrangendo a vinda de negros para o Brasil e como a cultura negra e
passada de geração em geração.
114 ANDRADE, Inaldete Pinheiro de. Cinco cantigas para você contar.
Olinda : Centro Luiz Freire, 1989. 10 p., II.
M aterial de subsídio para o movimento negro que visa o resgate do saber popular. N arra a história de Inaldete, ou
Iansã, que conta sobre algum as cantigas de brincar e de ninar cantadas pelos negros no Brasil explicando a letra e
sua relação com a realidade do negro na época.
Discute as relações entre negros e brancos em São Paulo, entre 1988 e 1988. Concentra-se nas dificuldades
encontradas pelos afro-brasileiros para ingressar na classe trabalhadora e urbana, após a abolição, além de examinar
os esforços dos negros para ascender a classe m édia, bem com o as dificuldades im postas pelos brancos de ciasse
média. É finalmente analisa como a discriminação - durante todo este século - levou os afro-brasileiros a se
mobilizarem através de m ovimentos anti-escravidão, organizações sociais e políticas e movimentos anti-racistas.
A presenta informações, um a antologia de m úsica sobre a civilização Bantu e suas principais contribuições político-
culturais.
A presenta textos sobre o universo do candomblé com suas entidades e hierarquia da comunidade nos terreiros,
algumas entidades que são cultuadas no candomblé da B ahia pelas N ações de A ngola, Jeje e Ketu. M ostra a
dimensão religiosa do Ilê Aiyê e faz um a reflexão sobre como reverter o quadro atual da im posição de uma única
matriz religiosa nos currículos de ensino.
Desenvolve uma análise comparativa entre duas experiências im igratórias totalm ente distintas: os italianos e os
africanos. E oferece um olhar amplo do mundo urbano-industrial paulistano do inicio do século XX. Com o
objetivo central de apresentar as relações sociais e raciais descendentes italianos e africanos.
Discute como se deu a construção da história literária do negro no Brasil. Para tal fim faz contraponto entre as
produções poéticas afro-brasileiros.
Tem como objetivo a identificação e a divulgação de acervos, que inform am sobre movimentos contra o racismo,
defendendo direitos políticos e civis da população negra, em diversos mom entos da história contemporânea do
24
Brasil- Destaca que este Guia atingiu a sua meta: registrar entidades representativas do movimento negro,
contribuindo para a preservação e a divulgação de suas fontes brasileiras e caribenha.
T raz coletânea de artigos que abordam sobre a diversidade das religiões afro-brasileiras; o sincretismo e o anti-
sincretismo em textos de estudiosos e sacerdotes sobre enbranquecim ento, africanização, resistência e a forma
como as questões afro-descendentes vem sendo tratadas por diferentes com unidades religiosas; e finalmente textos
que abrange a tradição terapêutica, a etnobotânica e a comida resultantes da m istura etno-cultural ocorrida em terras
brasileiras e os diferentes modos como são percebidas pelos religiosos e pela sociedade em geral.
Através de versos, conta a história dos negros utilizados como m ão-de-obra escrava nos engenhos do Brasil, até um
ano antes da abolição da escravatura. Enfatiza a luta pela liberdade e a im portância dos quilombos para os negros,
destacando o Quilombo dos Palmares. Enfatiza tam bém as condições de vida do escravo negro da época abordando
a humilhação, as doenças, os m aus tratos e a discriminação quanto a sua cor e sua cultura.
Reúne observações africanas, comparações, das m odificações e do processo de aculturação entre os países Á frica e
Brasil. Centrado na unidade: Brasil na Á frica e Á frica no Brasil.
Procura a partir do expansionism o econômico e marítim o de Portugal desvendar as origens da escravidão brasileira,
procurando m ostrar a essência ideológica, política e econômica, que transform ou o negro em escravo. D em onstra o
processo de opressão dos escravos, ao mesmo tem po em que se construía um a ideologia que justificava o
' escravismo pela "inferioridade do negro", e como, ainda hoje, a história oficial tenta negar os preconceitos contra
os negros com o mito da democracia racial.
Narra da história do Brasil no período de 1500 a 1808. A borda a preparação das em barcações para a expedição
marítima de Portugal, o descobrimento do Brasil, os índios, os jesuítas, a colonização do pais, a escravidão de
negros e índios, os quilombos, a participação de Tiradentes e a luta pela em ancipação política.
A autora expõe que aprecia a am pla definição de cultura, com a qual trabalha a Fundação Palmares. Uma definição
de cultura que milita contra a folclorização e o exotismo. A definição da cultura como rellexo da prática cotidiana
dos povos. Um a das m ais abrangentes definições de cultura tam bém inclui a política. Porque a cultura está rodeada
com a política que desenvolve ou enfrenta.
127 DEL PRIORE, Mary (Org.). História da criança no Brasil. São Paulo :
Contexto, 1991. 176 p. (Caminhos da história)
Reúne artigos que procura esclarecer como viveram e eram vistas as crianças em vários momentos da historia do
Brasil”. Estuda a educação das crianças indígenas pelos jesuítas na época colonial. Examina os aspectos da
sexualidade infantil, como a pederastia, "desnudando a carga de violentos preconceitos que já existiam nas Minas
setecentistas bem como a discriminação racial na adoção de enjeitadinhos mulatos". Aponta o abandono e o
sofrimento das crianças negras do R J e a influencia da Lei do Ventre Livre nas relações parentais e no destino das
crianças filhas de escravos na BA. A borda a questão da Roda dos Expostos que "promovia um a espécie de
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infanticídio maquiado com as crianças abandonadas a porta". A borda tam bém o problem a da presença de crianças
no trabalho fabril, sofrendo acidentes e distantes de qualquer proteção da lei. A brange o surgimento do conceito de
menoridade e a relação entre Estado e sociedade para disciplinar o menor. Trata das regras sobre a marginalização
do m enor abandonado ditadas pela FU NA BEM e pela FEBEM.
128 FONSECA, Marcus Vinicius. A educação dos negros : uma nova face do
processo de abolição da escravidão no Brasil. Bragança Paulista :
EDUSF, 2002. 202 p.
Objetiva realizar um a análise das concepções e práticas educacionais em relação aos negros e que foram
apresentadas como essenciais para o encam inhamento da abolição do trabalho escravo no Brasil. Elucida o sentido
da questão educacional no contexto do processo de abolição do trabalho escravo e sua im portância para a proposta
de integração dos negros a sociedade como seres livres.
A borda os vários aspectos que compõem a cultura afro-brasileira. É discutido as form as de representação da afro-
brasilidade, encam inhadas por diferentes expressões: a antropológica; a literária, bem como a que retom a as
discussões sobre o lugar dos afro-descententes na sociedade brasileira. R evisita tem as como o da formação da
identidade nacional, a marginalizado de grande parte da população constituída de negros e m estiços, e expressões
de resistência desenvolvidas por essa parcela da população, no sentido de to m ar m ais visíveis os problem as que a
atingem.
130 FORD, Clyde W. O herói com rosto africano : mitos da África. São
Paulo : Summus, 1999. 308 p. (Selo Negro)
Identifica e investiga as idéias elem entares presentes em m itologias da Á frica, ao mesmo tem po que compara e
examina as expressões locais dessas idéias elem entares. Focaliza as m itologias da Á frica subsaariana, excluindo,
em grande parte, as diversas contribuições do Egito, do N orte da Á frica e do "chifre" da África. Faz distinção entre
as lendas populares e os m itos africanos- aquelas, essencialm ente histórias para divertir, enquanto estes são
histórias que contem símbolos universalm ente reconhecíveis com significação psicológica e espiritual.
Reúne cartões com a história de vários Orixás de origem Ioruba: O ssaim ; N ana; Iansa; Ogun; Obaluaie: Ewa;
Iemanja; Xango; Oxum; Oxalá; Iroko; O xum aré; Logunede; Oba; Oxóssi; Exu.
Seleciona alguns autores de literatura e historiadores, mostrando como esses autores compreenderam a
escravidão/Abolição; como foi construindo um im aginário que possibilitou um a outra série de discursos e práticas
políticas. Quanto aos autores de literatura o período destacado e o de 1870-90 época do Realismo, e os historiadores
tem suas obras referidas/publicadas após 1930, mom ento em que a sociedade brasileira assiste a um a redefinição
das relações de poder no interior da classe dom inante e na sociedade civil- e seus autores buscam, de algum modo,
estabelecer um modelo e um perfil do povo. da cultura e das classes.
Reúne ensaios abordando questões do mundo africano, desde suas civilizações antigas e seu papel na formação da
civilização humana até a experiência da diáspora com pulsória da escravidão e a resistência dos africanos
escravizados em todas as Américas. Representam o conteúdo básico do curso de extensão universitária Sankofa:
Conscientização da Cultura A fro-Brasileira, ministrado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Apresenta valiosos dados historico-culturais. O curso, ainda contou com dois representantes de dois países
africanos, Gana e Angola, resultando mom entos extremam ente ricos de intercâm bio de idéias e informações do
ponto de vista africano atual.
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Reconta histórias da mitologia afro- brasileira, dos tem pos antigos contadas por dezesseis príncipes negros de um
antigo pais da Á frica onde tinham o oficio de colecionar e contar historias. Destaca que hoje nos candom blés do
Brasil, os pais e m ães-de-santo continuam contando o que aconteceu no passado e continuam a crença dos antigos
que tudo na vida se repete e o que aconteceu n a vida de alguém já aconteceu antes na vida de outra pessoa.
Reportagem sobre o H ip Hop no Brasil, através de saídas a campo e vasculhando os presídios de São Paulo (SP) a
Ceilândia (DF), da Parca Roosevelt ao metrô São Bento, procuraram saber como, por que, onde, pra que. Salienta
que entrevistaram tam bém os principais teóricos do movimento, como a educadora, Elaine N unes de A ndrade, o
doutor em ciências sociais, José Carlos Gomes Silva, o antropólogo M arco A urélio Paz Telia e o jornalista Spensy
Pimentel. Traz a história de De Menor, ídolo de um grupo de m eninas, do grafiteiro Tinho, das dançarinas de break
da equipe Jabaquara Breakers, da M archa pela Dem ocracia R acial (com os integrantes de entidades negras e da
sociedade civil - rappers dos grupos DM N e A rm agedon, N úcleo Força A tiva e da posse A liança Negra).
Traz biografia de Zumbi dos Palmares, um dos principais personagens da história da resistência negra no Brasil
Colonial.
138 SCHWARCZ, Lilia Moritz, REIS, Leticia Vidor de Sousa (Orgs.). Negras
imagens : ensaios sobrecultura e escravidão no Brasil. São Paulo :
Edusp ; Estação Ciência, 1996. 236 p.
Reúne artigos que analisam a questão racial em um a perspectiva m ais contem porânea, retomam m anifestações
religiosas e culturais cuja influência africana é evidente, além de pensar nos im passes atuais vivenciados por essa
sociedade m estiça que guarda marcas de desigualdades econôm icas e sociais profundas.
O povo brasileiro tem como história do trabalho quatro séculos de escravidão dos prisioneiros de guerra trazidos da
África. O Brasil é um pais racista, organizado em estruturas corporativistas que excluem mais de 70% da
população. É um defeito histórico que as elites fizeram proliferar na tentativa de ocultar esta natural "negricia". A
questão racial e a questão da inlãncia estão atreladas. A final, quando fizeram a Lei do Ventre Livre não pensaram
que teriam, décadas depois, que prom over a esterilização em m assa das m ulheres negras. E, simultaneamente,
abriram uma ação de extermínio de crianças, uma de desem prego da população negra, e outra de exploração do
trabalho de crianças e adolescentes.
Traz coletânea de textos em tom o do acesso da população negra a universidade. Exam ina as questões racistas de
vestibular, a invisibilidade da imagem negra na faculdade, as estratégias dos cursinhos para "negros". A presenta
narrativas, depoim entos, avaliações que explicitam a diversidade de significados das experiências desenvolvidas
pelos cursos destinados a candidatos a vida universitária.
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141 AÇÕES afirmativas em curso. Eparrei, Santos, v. 1, n. 2, p. 18-21,
jan./ju l . 2002.
A presenta diversas ações afirmativas que já estão sendo colocadas em prática pelos Estados, M unicípios e
principalm ente em nível Federal. Um a das ações é um Fundo para A frodescendentes, e uma Em enda Constitucional
de autoria do Senador Geraldo Cândido, os recursos irão advir da receita de 5% do produto da arrecadação do
im posto sobre a renda; Bolsas de Estudo, de autoria do Senador W aldeck O m elas, alterou o artigo que trata da
concessão obrigatória de bolsas de estudo para alunos de instituições privadas de ensino, acrescentando parágrafo
em que da prioridade absoluta aos afrodescendentes na concessão de tais bolsas, entre os menos favorecidos;
Estatuto da Igualdade Racial, assegura aos negros 20% das vagas em concursos públicos federal, estatual ou
m unicipal e pelo m enos 30% das vagas dos partidos e coligações.
Traz informações sobre a nova Secretaria para A ssuntos da Com unidade Negra, da prefeitura de B elo Horizonte,
MG. Destaca que é o primeiro órgão municipal do gênero em todo o B rasil e o único que tem como objetivos
resgatar, a cidadania plena da população de origem africana, superar as desigualdades raciais e lutar contra o
racismo.
A presenta projeto de lei n. 3.198/00 que institui o Estatuto da Igualdade Racial, em defesa dos que sofrem
preconceito ou discrim inação em função de sua etnia, arca e/ou cor, e da outras providências.
144 BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 5325 de 2001 : cria
condições para a instituição do regime de cotas sociais pelas
universidades publicas. [Brasilia], 2000. 3 p.
A presenta projeto de lei n. 5325/01 que institui o regim e de cotas sociais, nos term os desta lei, as universidades
publicas observarão o percentual mínim o de 50 das vagas de cada curso, das quais pelos menos 25% serão
destinadas a estudantes negros ou afro-descendentes.
Apresenta algumas observações feitas pelos palestrantes que participaram do IISeminário O bservatório da
Cidadania, realizado em agosto de 1998, no Rio de Janeiro, RJ, que leve como objetivo debater os avanços das
políticas públicas no Brasil. Temas como emprego e renda, violência, saúde, educação e discriminação racial foram
abordados por especialistas de diversas entidades da sociedade civil e do governo. Destaca a opinião de alguns
participantes: A tila Roque, IBASE; 'as políticas educacional e de saúde são m uito m ais im portantes para reduzir a
pobreza do que a política de emprego e de renda'; Sérgio Haddad, A ção Educativa; 'entre as mulheres brancas com
mais de 15 anos. as analfabetas chegam a 12,6%, entre as negras, o num ero sobe para 32,78%.
Integra do Projeto de lei n. 746/97 que institui o dia 20 de novembro com o um dia de homenagem- ao líder negro
Zumbi dos Palmares. N a justificativa do Projeto apresenta breve histórico sobre a Revolta de Palm ares e faz um
paralelo com outras mobilizações e outras lideranças negras que não são (re)conhecidas pela história oficial.
Apresenta e discute a experiência de um movimento social que prom ove cursos pré-vestibulares gratuitos para
negros e carentes na periferia do Rio de Janeiro, com o propósito m aior de exam inar as estratégias e prem issas dos
atores envolvidos com a questão racial no País, sobretudo os m ovim entos negros e os intelectuais. São assim
contrapostas as visões "particularista" e "universalista" acerca das form as de superação da desigualdade racial no
debate contemporâneo.
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148 MELLO, Maria Alba Guedes Machado. Cotas para negros, nas
universidades, solução ou problema? . Revista de Educação CEAP,
Salvador, v. 9, n. 35, p. 59-64, dez./fev. 2002.
Discute o estabelecimento de um a cota para o acesso de negros as universidades. Salienta que se o mérito da
proposição é corrigir ou am enizar as desigualdades sociais e particularm ente aquelas que atigem os negros, seria
m ais justo definir uma cota para a escola pública ou para alunos oriundo de escola pública (não vale ingressar no
último ano do 2o grau só para concorrer pela cota), pois pelo sim e pelo não, é aí onde estão os menos favorecidos
(negros, brancos e mestiços), m erecedores de um a cota.
149 MOEHLECKE, Sabrina. Ação Afirmativa: história e debates no Brasil.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 117, p. 197-217, nov. 2002.
Tem por objetivo oferecer uma introdução a recente discussão sobre políticas de ação afirm ativa e sistemas de cotas
no Brasil. De onde veio a expressão, quais os locais em que as cotas foram im plem entadas, as formas assumidas, os
grupos beneficiados e diferentes definições dadas são alguns dos aspectos abordados. N um segundo momento,
elabora um panoram a do desenvolvim ento dessas políticas, observando sua história, características que tem
adquirido e experiências colocadas em prática. Por ultimo, discute, alguns pontos polêm icos sobre elas, como sua
legalidade e abrangência. D estaca que a ação afirm ativa im plica um a discrim inação ao avesso ou a garantia de
direitos? É esta a melhor solução? Políticas sociais m ais am plas não seriam m ais eficazes? O que está em jogo
nesse debate?
Apresenta o Projeto de Lei n. 3198, de 2000, do Deputado Federal Paulo Paim , institui o Estatuto da Igualdade
Racial, em defesa dos que sofrem preconceito ou discriminação em função de sua etnia, raça e/ou cor, e da outras
providências.
Faz um breve relato do Projeto Geração XXI que objetiva atender 21 jovens entre 13 e 15 anos de idade, negros,
filhos de fam ília com renda m ensal entre um e três salários mínim os, estudando em escolas públicas de São Paulo.
Destaca que o projeto dura 9 anos e cobre da 8a. série até a conclusão n a universidade. O projeto e articulado pelas
seguintes instituições: G eledés - Instituto da M ulher N egra, a Fundação B ank Boston e a Fundação Cultural
Palmares.
Discute a proposta de cotas para estudantes negros ingressarem na universidade. Destaca que as cotas são um dos
caminhos possíveis de tratar a forma desigual pela qual os segm entos raciais com parecem hoje, no ensino superior,
como tantas outras medidas de ação afirmativa, a adoção de cotas é um a estratégia cujo objetivo é um modelo mais
justo e igualitário de sociedade. Salienta que uma escola pública de qualidade, em todos os níveis, é fundamental
no combate a desigualdade, um a escola a serviço da inclusão da população negra devera, em seu currículo,
contem plar tem as e disciplinas relativos a Á frica e a cultura negra no Brasil e instituir práticas que combatam a
imagem estereotipada do negro.
Busca recuperar o protagonismo das organizações negras que, nas três ultim as décadas, tem assumido a tarefa de
colocar na agenda nacional o debate sobre a discriminação racial e o racismo. Salienta que neste sentido, tem um
objetivo central: fazer com que as organizações interessadas no acom panham ento dos resultados da "Cúpula
Mundial do Desenvolvimento Social" (Copenhague, 1995) incorporem a dim ensão racial nas suas análises e ações.
Afirma que hoje è insuficiente dizer que o Brasil é um pais injusto, sem considerar a dim ensão étnico/racial: os
nossos pobres são. além de pobres, afro-descendentes. Observa que o racismo e as práticas discrim inatórias contra
os afro-descendentes. se não explicam tudo, possuem elem entos-chave para a compreensão do porque alguns tem
tido menos direitos do que outros aos frutos do desenvolvimento.
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154 SANTOS, Sales Augusto dos. Ação afirmativa e mérito individual. In:
CONCURSO NEGRO E EDUCAÇÃO, II, 2001-2003, São Paulo, SP. Negro e
Educação : identidade negra : pesquisas sobre o negro e a educação no
Brasil. São Paulo : ANPEd ; Ação Educativa, 2003. p. 17-36.
D iscute alguns argum entos contrários a im plem entação de cotas, no vestibular da U niversidade de B rasília (UnB),
para favorecer e/ou prom over o acesso preferencial dos negros aos cursos de graduação da universidade. Com o
objetivo de apresentar alguns resultados de um a pesquisa, por am ostra, realizada com os alunos dos program as de
pós-graduação da UnB, com o intuito de conhecer a opinião dos m esm os sobre a im plem entação do sistem a de
cotas; e comentar os quatro principais argum entos dos discentes de pós-graduação da U nB contra as cotas.
Discute as seguintes questões: qual e a dificuldade que im pede que a sociedade brasileira passe a se relacionar em
nivel de igualdade e com dignidade?, o que há de errado na im plem entação de ações que prom ovam a inclusão da
população negra no ensino superior, principalmente em se tratando de um grupo étnico-racial que ainda sofre as
conseqüências de um injustificável equívoco sociocultural, conforme com provam alguns dados?.
A nalisa o debate sobre ação afirmativa no Brasil a luz da bibliografia sobre racism o e sobre os fundam entos
jurídicos da igualdade de oportunidades. A partir dessa perspectiva, polem iza com as visões que criticam a
implementação de políticas compensarias, reunindo evidências sobre a participação do Estado na legitim ação da
discriminação racial no país. Tal envolvimento e explorado na instituição escolar, exam inando-se as conseqüências
do preconceito sobre a identidade e a auto-estima das crianças e jovens negros.
Discute questões em tom o do programa de políticas de ações afirmativas orientado na direção dos atro-brasileiros.
Salienta que as principais tensões, divergências e convergências que sustentam os debates que se estabelecem em
tomo desse tema, em espaços sociais diversificados, como por exemplo, na academia, nos sindicatos, no movimeto
social negros nacional e no âm bito dos partidos políticos, demonstram que pairam duvidas sobre a eficácia de tais
políticas em elim inar ou então reduzir drasticamente os elevados, iníquos e escandalosos índices de desigualdade
racial.
Procura sensibilizar os jovens sobre a questão racial, a partir de um a redação feita em sala de aula sobre ’’onde
estará você daqui a dez anos?, o que estará fazendo?, como será a sua vida?", acaba por provocar um a discussão
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entre colegas, por causa da palavra dita "sem querer, sem intenção". Salienta que a discussão abre caminho para que
se veja m ais claramente um a questão sempre presente, m as disfarçada, transvestida de "verdade cientifica" ou
"senso comum" em nosso cotidiano: o racism o que não se reconhece com o tal. Destaca que este vídeo faz parte de
uma cam panha para colocar na pauta essa discussão e estim ulando a população brasileira, a partir dos jovens. O
racismo a discrim inação, o preconceito, a exclusão não afetam som ente a população afro-descendente, são questões
que concernem a todos os brasileiros.
B usca analisar, na história da telenovela brasileira, representações dos afro-descendentes e seus reflexos nos
processos de construção de identidades neste país. Procura entender origens dos estereótipos presentes nesse gênero
ficcional, vinculando-os a matrizes que se situam no rom antism o e no teatro brasileiro do período escravocata, bem
como no cinem a e na televisão norte-americanos. A lém de abordar a questão de como a m estiçagem transposta
para a telenovela, assemelhando-se mais ao m odelo norte-am ericano que representa o mestiço como o "mulato
tágico" e m enos ao modelo ideal da sociedade brasileira, que se representa como um a sociedade m estiça que
resolveu, no plano ideológico, o problema das diferenças raciais, anulando-as.
A borda a questão das relações raciais na sociedade brasileira. A lém de rom per com todos os disfarces sociais e
científicos em relação as raças.
A través de pesquisa realizada na cidade de Salvador, Bahia no ano de 1951. O presente estudo pretende indicar
algum as características da ascensão social das pessoas de cor em um a cidade brasileira e um a indicação dos canais
através dos quais se processa essa m obilidade vertical. Foi utilizado como plano de pesquisa um inquérito sobre a
participação das pessoas de cor, geralmente descendentes de africanos ou da m iscegenação destes com portugueses,
nos grupos sociais e profissionais de prestígio e, de modo geral, nos estratos superiores da estrutura de classe local;
uma análise dos processos de mobilidade vertical daquelas pessoas, e; o exam e das opiniões e atitudes dos baianos,
brancos de cor, em referência ao problema da aquisição destatus e de prestígio por parte dos últimos.
A presenta textos apresentados no V Congresso A fro-Brasileiro, 17 a 20 de agosto de 1997, Salvador, Bahia. São
expostos tem as como as ambiguidades do olhar do estrangeiro sobre as relações raciais no Brasil. Faz análise do
processo de construção da identidade dos afro-descendentes a luz da psicologia e da antropologia. Também são
abordadas as questões que desvendam as tensões nas relações entre negros e índios, m ostram as contradições que
envolvem as políticas públicas relativas aos afro-descendentes, as relações entre a A cadem ia e a M ilitância N egra e,
finalmente, a importância que adquirem as representações artísticas e culturais na afirm ação da cultura negra.
164 BARCELOS, Luiz Cláudio. Uma reflexão sobre o curso fábrica de idéias
e o campo de estudo das relações raciais. Perspectivas em Saúde e
Direitos Reprodutivos, São Paulo, n. 4, p. 30-32, maio 2001.
Retlexão sobre o Centro de Estudos Afro-asiáticos que organiza desde 1998 a Fabrica de Idéias - Curso A vançado
sobre Relações Raciais e C ultura Negra. Trata-se de um a iniciativa inovadora de aglutinar pessoas e idéias na
temática das relações raciais no Brasil. Traz um a breve reflexão sobre essa experiência em conjunto com os temas
dos direitos reprodutivos e direitos humanos. Destaca que em certa m edida parece que o conceito de direitos
humanos sucede e/ou complementa o conceito de cidadania.
De forma didática e fácil compreensão, discute e am plia a conscientização sobre a problemática do racism o no
Brasil. A presenta reflexões em tom o do cotidiano e sobre os fatos históricos ligados as teorias raciaistas.
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166 CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. O racismo na história do Brasil : mito e
realidade. São Paulo : Ática, 1994. 64 p.
A nalisa a questão do racism o na sociedade brasileira. Para isso apresenta trajetória histórica da condição sócio-
econômica e política-cultural dos negros.
167 CARNEIRO, Sueli. Racismo é muito pior do que parece. Maria Maria,
[s.l.], v. 1, n. 0, p. 19-21, 1999.
Relata a violência racial sofrida pela mulher negra no Brasil: o turismo sexual, o assédio sexuai, a relação de uso e
abuso sexual das m ulheres negras, a empregada doméstica e a iniciação sexual dos jovens patrões, a violência de
gênero, a violência psicológica.
Busca com preender a dim ensão subjetiva da branquitude e do branqueam ento, abordando dim ensões psicossociais
das relações raciais.
A presenta coletânea de term os em tom o das questões raciais e relações étnicas, além de registrar um a revisão da
palavra provocada por novas demandas sociais.
Apresenta a Declaração e o Program a de Ação, aprovados em Durban. D ivulga sugestões que devem ser absorvidas
e adotadas pelas instâncias governam entais e por todos os segm entos da sociedade. Destaca a im portância para o
Brasil de im plem entar m edidas capazes de elim inarem o preconceito, o racism o, a discrim inação racial e outras
formas de negação do ser humano.
Trata da questão dos vários "Brasis" que existem em nosso país, com sua m ultiplicidade de recortes socioculturais e
os problemas surgidos do em bate histórico entre eles, abordando sua pnncipal faceta: o preconceito racial. Com
uma argumentação coerente e atualizada, percorre extensa bibliografia para m apear a origem do racism o, seu
mecanismo e sua ocorrência na sociedade brasileira, que apesar de aparentem ente tolerante, esta muito longo do
paraíso racial apregoado no discurso formal.
A presenta resultado de pesquisa desenvolvida pela organização não-govem am ental M inority Rigths Group
International (M RG ) em p arcena com a organização não-govem am ental Geledés - Instituto da M ulher Negra.
Compara afro-brasileiros e demais brasileiros quando aos índices de m ortalidade inlantil, educação, situação nas
áreas rurais, emprego, violência policial, relacionando-os ao m ito do B rasil como um a dem ocracia racial. Expõe
como os atro-brasileiros estão longe de constituir um grupo homogêneo. E finalm ente conclui o relatório com um
conjunto de recom endações que buscam por fim a discrim inação contra os afro-brasileiros e assegurar seus direitos,
visando uma completa participação em todos os aspectos da vida brasileira.
Apresenta o estudo sobre os Indicadores de D esenvolvimento Hum ano (IDH), desenvolvido dentro do projeto
"Brasil 2000 - Novos m arcos para as relações raciais", da Federação de Órgãos para A ssistência Social e
Educacional (FASE). M ostra alto grau de desigualdade entre negros e brancos no pais. O trabalho consistiu em
32
aplicar a m esm a metodologia do PNUD para m edir disparidades entre os grupos étnicos branco e afro-descendente
- considerando-se como afro-descendentes os negros e pardos no Brasil. A s bases de dados utilizadas foram as da
Pesquisa Nacional por A m ostragem Domiciliar (PNAD) de 1998.
M ostra que as transform ações histórico-sociais, que alteraram a estrutura e o funcionam ento da sociedade brasileira
a partir de 1930, não m udou os padrões de dominação racial herdado do passado, os quais conferem o poder aos
círculos dirigentes da "raça branca" e dão a esta a condição quase m onolítica de "raça dominante". Não procura,
apenas, esclarecer como e por que a desagregação das form as de produção escravista e da ordem social
correspondente foi quase irrelevante para a solução do problem a do negro. Tenta, tam bém , evidenciar que a
emergência do povo na história foi, até o presente, sufocada e pervertida no Brasil.
D iscute os preconceitos e as discriminações que vitim am os negros das m ais trágicas m aneiras, se indigna, se
compromete e envolve suas emoções nesses relatos e vivências. R elata de forma rom anceada as diversas situações
da vida em que estão presentes negros e brancos.
Entrevista com o economista. Walter Franco, sobre o Program a das N ações U nidas para o Desenvolvimento
(PNUD) o qual dará prioridade nos próximos dez anos ao com bate a pobreza e a discrim inação racial. Salienta que
no Brasil, a meta principal será a luta contra o racismo, um a vez que a correlação entre pobreza e raça é muito
estreita. Aponta que o program a firmou parceria com o Instituto de Pesquisa Econôm ica A plicada (IPEA) para
fazer uma radiografia do que significa, em termos numéricos, esse racism o, onde estão os negros, como trabalham
e quantos são hoje.
A nalisa a situação da população negra sob o foco dos direitos hum anos em três áreas: o direito a educação; o direito
a cultura e o uso de m ecanism os juridicos para obtenção destes direitos.
Examina a expressão "dem ocracia racial" e sua disseminação. A rgum enta que essa expressão foi usada por ativistas
negros, políticos e intelectuais para designar um ideal de convivência inter-racial e um compromisso político de
inclusão do negro na modernidade brasileira do pós-guerra-com prom isso rom pido a partir do regim e militar
instalado em 1964. Salienta que a denúncia da democracia racial como m ito dá-se, portanto no contexto das críticas
a democracia politica como farsa, e nos anos 1980 tom a-se a principal arm a ideológica dos negros para am pliar sua
participação na sociedade brasileira.
Busca com preender qual e a relação entre classes e raça, além de discutir o que significa dem ocracia racial.
Resultado de uma série de três seminários, organizados pela Southern Education Foundation (A tlanta) e o Institute
for the Development o f South África (Cidade do Cabo), com a colaboração das pnncipais ONGs negras no Brasil
(Geledés CEERT Fala Preta CEAP), além de outras instituições acadêmicas e governamentais. Com o objetivo de
33
traçar uma agenda internacional para a superação do racism o na Á írica do Sul, Brasil e nos Estados Unidos; seus
resultados publicados no relatório "Alem do Racismo". Esta publicação segue em direção diferente: concentra
reflexão contem porânea em tom o das m azelas da "dem ocracia racial" brasileira. A desigualdade racial, a
"naturalização" dessas discrim inações e o desenvolvim ento de instrum entos institucionais e legais de combate a
discriminação.
A nalisa o modo como a questão racial tem marcado a política brasileira nos últimos quinze anos. Com eça expondo
o que significou a idéia de democracia racial no processo de construção da nacionalidade brasileira, para depois
resenhar os estudos sobre o comportamento eleitoral dos negros brasileiros e tratar da em ergência dos m ovimentos
negros e sua incorporação ao sistem a político. Entende que devemos ver na "democracia racial" u m compromisso
político e social do moderno estado republicano brasileiro, que vigeu alternando força e convencimento, do Estado
Novo de V argas ate o final da ditadura militar. Tal compromisso, hoje em crise, consistiu na incorporação da
população negra brasileira ao mercado de trabalho, na am pliação da educação formal, na criação de um a sociedade
que desfizesse os estigm as criados pela escravidão. D estaca que a im agem do negro enquanto povo comum e o
banimento, no pensamento social brasileiro, do conceito de raça, substituído pelo de cultura e classe social, são as
expressões maiores desse compromisso.
A nalisa a evolução da desigualdade entre brancos e negros expressas em diversos indicadores socioeconomicos das
condições de vida da população brasileira, identificando o perfil e a intensidade da desigualdade racial do Brasil ao
logo dos anos 90. Estabelece as trajetórias de convergência ou divergência entre as raças no que se refere a
evolução das condições de vida, identificando em que m edida essas trajetórias estão associadas ao reforço dos
padrões observados de desigualdade racial. E analisa em particular as dim ensões associadas a estrutura
populacional, pobreza, distribuição de renda, educação, trabalho infantil, m ercado de trabalho, condições
habitacionais e consumo de bens duráveis.
Apresenta análise do perfil socioeconômico racial brasileira. A lém de discutir a composição racial da pobreza e os
condicionantes de desigualdade de renda entre os brasileiros de cor negra e branca.
Discute a discriminação racial no Brasil, observando que a luta contra o racismo e as desigualdades sociais no
Brasil vem assumindo o devido peso quando se verificam ações esparsas, mas constantes, de muitos dispostos a
"buscar maior igualdade e justiça" na vida nacional.
E sboça o cenário da discriminação racial no Brasil identificando a cor da pobreza, através de dados do censo
demográfico da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBG E) de 1991, da Pesquisa N acional por
A m ostra de Dom icílios (PNAD) de 1996, e de depoimentos: do coordenador do Grupo de Trabalho
Interm inisterial(GTI) para a Valorização da População Negra; da presidente da Fala Preta - O rganização de
M ulheres Negras; de pessoas ligadas ao Centro de C ultura N egra de São Luís, Maranhão; da presidente da
Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura. D estaca a criação de cursinhos pré-vestibulares para negros
e carentes em diversos lugares do pais e instalados em diferentes espaços, como sindicatos, igrejas, terreiros ou
escolas de samba, e contando com o trabalho de professores voluntários, acolhem m ais de 12 m il alunos por ano.
Reflexão sobre a busca de uma nova perspectiva de vida, calcada na construção e no exercício da cidadania,
motivou a mobilização e organização do UI - Instituto Juventude Interativa como instituição aglutinadora de moças
e rapazes afro-descendentes, multiplicadores de cidadania na prevenção ao uso de drogas e as DST/AIDS. Destaca
que esses jovens partilham a experiência de residir n a periferia de um grande centro urbano e, portanto, a de
conviver com a exclusão, a violência e o racismo. A ponta que provavelm ente, essa reaüdade é a m esm a vivida por
outros jovens negros em diferentes países. Descreve que no Brasil, porém , a exclusão sociopolitica e econômica
dos afro-descendentes está evidenciada em todos os índices do índice de D esenvolvimento Humano/IDG.
A presenta relatos de diversos atores sociais que possuem visibilidade pública e que estão engajados na luta contra a
discrim inação racial que perm eia a sociedade brasileira.
Investiga o significado dos termos raça, racism o e discrim inação racial, no Brasil na Á frica do Sul e nos Estados
Unidos. Em cada um desses países muitas pessoas têm dificuldade em se descreverem a sí mesmos ou descreverem
os outros. Pois as categorias raciais, definidas e construídas de form as variadas, tem sido utilizadas como "signos
do privilegio e da pnvação". No entanto, as classificações raciais se diferem no Brasil, na Á frica do Sul e nos
Estados Unidos e são com preendidas de formas diversas.
A nalisa a situação sócio-econômica e político-cultural do negro no Brasil. A lém de tecer crítica contundente ao
acadecismo e u m aiona dos trabalhos de cientistas sociais tradicionais sobre a situação do negro na sociedade
brasileira.
Entrevista com o antropólogo e professor do Departam ento de A ntropologia da USP, Kabengele Munanga,
apontando que o preconceito racial bloqueia a m obilidade econômica do negro.
35
193 NEIVA, Alvaro. Sutilezas contra o racismo. Cadernos do Terceiro
Mundo, Rio de Janeiro, n. 235, p. 60-62, set. 2001.
D iscute os im passes da III C onferencia das N ações U nidas contra o R acism o, a Discrim inação Racial, a Xenofobia
e Form as Conexas de Intolerância realizada em Durban, Á frica do Sul, em 2001. Destaca que o encontro foi
marcado por um a grande preocupação, principalmente dos governos dos países desenvolvidos, em não tom ar
posições firm es sobre conflitos políticos e injustiças históricas contra populações inteiras. Informa que o texto final
classificou a escravidão como crime contra a humanidade, m as não estabeleceu indenização ou pedido de
desculpas, apenas sugeriu essa possibilidade, sutilmente
Relaciona a construção dos conceitos de raça, racismo e discrim inação racial no Brasil ao desenvolvim ento do
capitalismo ocidental e os valores nele embutidos. A presenta as m ais atuais definições de racismo nas ciências
sociais, buscando a sua gênese nos países capitalista e no Brasil. A lém de apontar de que m odo e por que m eios o
racismo se cristalizou no Brasil. Também salienta a necessidade de se discutir o tem a em busca de soluções, da
im plem entação de políticas sócio afirm ativas, faz alerta que as m udanças só são possíveis a partir da pressão e da
participação dos grupos organizados da sociedade.
A nalisa as discussões realizadas em junho de 2001 em Genebra, Suíça, durante a segunda reunião do Comitê
Preparatório (PrepCom ) para a 3a. Conferencia M undial contra o Racism o, a Discrim inação Racial, a X enofobia e
Formas Conexas de Intolerância, organizada pela ONU. Destaca os principais focos de polarização no II Prepcom
de Genebra: - reconhecimento do tráfico transatlântico de escravos como crim e de lesa humanidade e adoção de
reparação: - intensificação das migrações internacionais em razão da nova (des)ordem mundial; autodeterminação
dos povos indígenas e direito as suas terras; enferrujam ento dos conflitos étnicos e religiosos em diferentes pontos
do planeta; reconhecim ento da segregação e opressão próprias das estruturas de castas como forma de apartheid;
reconhecimento da correlação entre o passado colonial e o racism o e das expressões contem porâneas de
discrim inação, racismo e xenofobia.
A investigação da im portância da cor como uma característica de inserção dos m enores no mercado de trabalho
advém primordialm ente do fato de existir, no senso comum, a idéia de que os m enores de cor preta e parda
encontram-se em "desvantagem" no mercado de trabalho com parando-se aos m enores de cor branca, tanto no que
diz respeito a qualidade dos postos de trabalho ocupados quanto a intensificação desta inserção. O que se pode
constatar e que, de fato, há uma segregação regional dos m enores; segregação esta extremam ente favorável aos
menores de cor branca.
Faz um breve histórico sobre a questão cidadã e o negro no Brasil. D iscorda que o problem a racial está disseminado
em meio as grandes desigualdades sociais, e aponta o Brasil como um país das m aiores resistências para a
construção de políticas públicas voltadas para os afrodescendentes.
A partir da base de dados da Pesquisa Nacional por A m ostra de Domicilio (PN AD ) 1997, constrói um indicador de
rendimento desagregado por etnias a partir da utilização do rendim ento médio fam iliar p er capita.
36
199 PEREIRA, Edimilson de Almeida, GOMES, Nubia Pereira de Magalhães.
Ardis da imagem : exclusão étnica e violência nos discursos da
cultura brasileira. Belo Horizonte : Mazza Edições ; PUC, 2001.
301 p.
Procura desfazer o mito da invisibilidade do negro na formação da cultura brasileira, evidenciando que ele mesmo
se constrói através de um a explicitude verbal e imagística. Faz leitura das representações sociais do negro no
contexto da cultura brasileira.
201 RODA DE SAIA, PRETO NO BRANCO, UM NOVO OLHAR [vídeo] . Rio de Janeiro
: Afro Reggae, [2002]. 1 fita de vídeo (30 min.) : VHS, som, cor..
A presenta três vídeos resultado do trabalho da Oficina de Vídeo do Grupo C ultural A fro Reggae, projeto que teve
inicio em fevereiro de 2002 com jovens de 14 a 22 anos das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, destaca
que nos três tem as abordados os próprios m oradores dão seus depoimentos: Roda de Saia e uma reportagem com
depoimentos no formato "povo fala" e im agens na comunidade durante a cam panha de prevenção das DST/AIDS,
procuram alertar sobre a necessidade do uso de preservativos no combate das doenças sexualm ente transmissíveis e
gravidez indesejada. Preto no Branco m ostra o preconceito racial entre brancos e negros no mundo atual, com
entrevistas e depoim entos de pessoas que sofreram preconceitos com sua cor, negros e brancos. Um novo olhar e
um vídeo sobre jovens que trabalham na comunidade do Cantagalo, Pavão-Pavãozinho. São entrevistados jovens
universitários sobre a origem da comunidade, e vários outros depoim entos de jovens moradores.
Investiga as influências que as teorias desenvolvidas a partir das pesquisas nas áreas de biologia e antropologia,
durante o século XVIII, exerceram sobre o estabelecimento das teorias raciais do século seguinte. Oferece ponto de
partida para a compreensão das reflexões dos pensadores brasileiros nos períodos im ediatam ente anterior e
postenor a abolição e dem onstra como o tratam ento dado a questão do escravo e do negro liberto, no Brasil, estava
totalmente vinculado aos conceitos elaborados pelos pensadores europeus e como isso contribuiu para que se
formasse uma determinada im agem do negro, representado pela filosofia natural. Ética e política como um ser
diferente e inferior. É apresentado como o "ser negro" foi produzido no cam po das idéias a partir das necessidades
políticas que fizeram com que os conceitos elaborados em diferentes áreas do conhecimento justificassem e
reinventassem, a cada momento, o lugar do negro na sociedade.
A nalisa a adoção de uma política de direitos hum anos em um país como o B rasil com um a tradição autoritária e de
violência contra setores das classes populares, em particular, contra os negros. D iscute o fracasso da escola
brasileira em oferecer uma educação de qualidade para crianças carentes e aborda tem as como o papel do professor,
a cultura popular e livros didáticos.
Tem como obfetivo entender a relevância e as variações na utilização das teorias que priorizavam o tema racial na
análise dos problemas brasileiros, no período que vai de 1870 a 1930. Percebe a im portância dessas doutrinas
37
racistas no Brasil de fins do século XIX em sua curiosa m estiçagem com o liberalismo, e evidência a desenvoltura
dos intelectuais no manejo eclético de correntes científicas.
A presenta na forma de boxes informações quantitativas organizadas por pesquisas recentes sobre a demografia
racial no Brasil. São dados estatísticos coletados de trabalhos acadêm icos, com o objetivo de apontar para a atual
dim ensão das desigualdades e sugerir a leitura m ais aprofundada dos trabalhos de onde foram retirados. Informa
sobre a m edia de rendimentos por grupo ocupacional e por cor; m obilidade ocupacional intergeracional por cor;
principais indicadores da inserção dos negros no m ercado de trabalho.
Oferece na forma de boxes (as páginas especiais), inform ações quantitativas organizadas por pesquisas recentes
sobre a dem ografia racial no Brasil. São dados estatísticos coletados de trabalhos acadêm icos, apresentados como
forma de apontar para a atual dim ensão das desigualdades e sugerir a leitura m ais aprofundada dos trabalhos de
onde foram retirados. Traz dados sobre o perfil socioeconômico da população m asculina; perfil habitacional e de
infra-estrutura urbana por cor; queixas de discrim inação (denunciadas em jornais) por 100 m il habitantes negros;
perfil de crianças de 5 a 11 anos que freqüentam a pré-escola por grupos de id a d e .
A presenta estudo doutrinário referentes aos aspectos constitucionais, civis e penais da discrim inação racial,
incluindo os contornos constitucionais dos direitos de igualdade racial. C om bases em procedim entos de depuração
sem ântica dos vocábulos empregados pelo Texto C onstitucional para disciplinar a matéria, são codificadas
categorias de raça, cor e etnia, bem como delineada a qualificação jurídica dos fenôm enos do racism o, preconceito,
estereotipo, intolerância e discriminação racial.
Reúne coletânea de leis brasileiras (federais, estaduais e m unicipais) em tom o das relações raciais.
A presenta síntese de três diálogos em tom o da agenda da C onferência M undial contra o Racism o, Discriminação
Racial, Xenofobia e Form as Correlatas de Intolerância, realizada em D urban (Á frica do Sul), em setembro de 2001.
Participaram das conversas integrantes de organizações do movimento negro que trabalham diretam ente com a
questão racial, alem de ONGs e organizações de m ulheres participantes das lutas anti-racistas. O s textos visam
traçar um painel mais objetivo das principais idéias, questões polêm icas levantadas pelos participantes e apontar
pistas para a implementação do Plano de D urban no Brasil.
A presenta relatório geral pleno do Grupo Internacional de Trabalho e Consultoria da Iniciativa. Objetivou exam inar
o modo como o racismo - a utilização de características superficiais para conferir privilégios a algum as pessoas e
desfavorecer outras - opera e se mantém, bem como os possíveis caminhos para superar suas conseqüências. Brasil,
Á frica do Sul e Estados Unidos foram selecionados para a pesquisa porque cada um desses países tem um a grande
população pobre, constituída de pessoas de ascendência africana ou de aparência negra em proporção m aior que a
participação destas na população em geral. A iniciativa, que teve inicio em 1995, é um projeto da Southern
Education Foundation (Fundação Sulista de Educação) A tlanta, Geórgia (EUA).
211 WERNECK, J u r e m a ( O r g . ) . Desigualdade racial em números : c o l e t â n e a s
de i n d i c a d o r e s d as d e s i g u a l d a d e s r a c i a i s e d e g ê n e ro no B r a s i l . R io
de Ja n e iro : C rio la, [2003?]. 80 p . { D e s i g u a l d a d e r a c i a l em
n ú m e r o s , 2)
Sistem atiza coletânea de indicadores sociais das desigualdades raciais e de gênero no Brasil. Traz dados sobre
fecundidade, m ortalidade infantil e materna, direito a educação, a saúde, ao trabalho, trabalho infantil, trabalho
doméstico, m oradia, meio ambiente, segurança publica e acesso a justiça.
A presenta retrato resumido da população negra em dois m om entos da historia brasileira: a escravidão e o final do
século XX.
Estuda as relações existentes entre população e desenvolvim ento no B rasil, acrescenta que o enfoque do trabalho
procura dar atenção sistemática a idéia das desigualdades com o m odo eficaz de construir uma estrutura conceituai
capaz de dem arcar as relações entre a mudança estrutural e o com portam ento demográfico. A crescenta que a
análise desenvolvida a partir deste referencial resulta em abrangente estudo da evolução dem ográfica do país,
através do desenvolvim ento das relações do demográfico com o econôm ico, o social e o político. Destaca que
contribui para iníluir de algum a forma, na concepção de políticas econôm icas e sociais, no sentido de que levem em
conta as implicações das mudanças no padrão demográfico do pais. A borda os seguintes temas: desigualdade de
renda e expectativa de vida; desigualdade racial e m ortalidade infantil; migração; estrutura agraria; campesinato;
política salarial; corporativismo e mão-de-obra organizada no Brasil.
Traz informações sobre o estudo do professor M arcelo Paixão do Instituto de Economia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), referente as disparidades raciais no Brasil. Com enta que ao índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), adicionou na sua pesquisa um novo fator o da etnia.
Busca refletir sobre a questão da discriminação racial na sociedade brasileira, evidenciando as sutilezas que tentam
mascarar seus sintom as e as possíveis formas de combatê-la.
Aborda a praxis educativa, propostas, encam inhamentos, em bates e conquistas das entidades e grupos que
constituem o movimento negro gaúcho sediados na cidade de Porto A legre, onde esse movimento teve atuação
significativa, no período de 1980 a 2000. Com o objetivo de com preender as razoes pelas quais essas entidades e
grupos formulam ações educativas, uma vez que existe um sistem a formal de ensino. Utilizou-se como metodologia
a ênfase na ação e intervenção coletiva do conjunto do movim ento negro na educação, com base em documentos,
registros, obras publicadas e entrevistas, análise de iniciativas e projeto no contexto do movimento negro gaúcho.
39
217 BARBOSA, Mareio. Frente Negra Brasileira : depoimentos. São Paulo
Quilombhoje, 1998. 111 p.
R elata a experiência da Frente N egra Brasileira através de depoim entos de pessoas que participaram no âmbito das
relações políticas que o movim ento negro construiu na luta contra a discrim inação racial.
B usca com preender o M ovimento Social Negro contem porâneo como um a continuidade das lutas travadas pela
população negra no passado. A ncorado no significado da resistência negra que, a partir da experiência histórica do
quilombo, busca viabilizar a importância do movimento negro no processo de revisão crítica da história da
população de origem africana no Brasil. Busca historicizar o movim ento negro no final da década de 70 até o final
da década de 90, o papel da resistência negra no processo de afirm ação política da população negra. A lém de
analisar as ações culturais e políticas realizadas pelo M ovimento Negro na cidade de Belo Horizonte e articuladas
no plano nacional, como um a estratégia que contribui para a redefinição do papel de hom ens e mulheres negras na
luta pela sua dignidade enquanto povo e história e a sua presença na construção da identidade cultural brasileira.
Relaciona as obras m ais im portantes de autores brasileiros e estrangeiros, em língua portuguesa, recom endadas por
65 pessoas escolhidas por suas atividades intelectuais e/ou m ilitantes relacionadas com a vida afro-brasileira.
A presenta um a bibliografia comentada com 291 títulos, visando o aprofundamento das questões raciais.
Reflexões sobre o potencial explicativo de algum as teorias da ação na pesquisas das condições sócio-históricas que
favorecem a em ergência de movimentos étnicos na cena contem porânea. Inicialm ente, discute como as teorias
sociais tem formulado os problem as suscitados pela atual voga de m ovim entos culturais, m ostrando o quanto elas
tem contribuindo na produção de uma visão diversificada destes, ora situando-os em um mundo pré-modem o, ora
descrevendo-o como fenôm enos pós-modemos. Paralelam ente, indica como algum as dessas teorias ajudaram a
interpretar as ações dos m ovimentos negros no Brasil, ao longo do século X X , e como, por m eio delas, pudemos
focalizar aspectos da modernização do país, nos quais esses m ovim entos interferiram conscientemente. Em
seguida, comenta pontos de vista de eminentes cientistas sociais que dedicaram parte de suas obras ao estudo da
luta contra o racism o no Brasil.
221 GON ÇA LVES, L uís A lberto de O liv e ira . C u ltu ra, poder e n eg ritu d e.
Nuevamerica, R i o d e J a n e i r o , n. 82, p . 8 -1 0 , ju n . 1999.
D iscute as relações entre cultura, poder e negritude, observando que esta idéia não form a por si só um todo
inseparável. A ssinala que são instâncias que só se articulam por meio de ação coletiva e, neste particular, o papel
dos atores sociais é de vital importância, busca a chave para com preender como estabelecer um a relação entre elas
sem produzir mais intolerância, m ais racismo, mais separação. Traça um breve histórico dos m ovimentos negros no
Brasü.
Busca focalizar algumas ações do movimento negro e apresentar algum as considerações acerca da construção de
uma "sociedade intercultural emancipada". Salienta que esse debate tom a-se fundamental no meio educativo
brasileiro hoje quando se discute o estabelecimento de "cotas" para atro-descendentes nas universidades públicas.
Trata da história da luta contra o racismo no Brasil. R elata a história do surgim ento do movim ento negro na Bahia.
Aborda a questão do controle da natalidade e suas im plicações na população negra e a questão dos estudos
africanos nos currículos escolares. A borda tam bém a questão da m ulher negra e o homossexual negro analisando a
articulação sexismo e racismo, tem a do 3° Congresso do M ovim ento Negro Unificado. Trata ainda da situação dos
40
movimentos negros, sociais e políticos no século XX. A presenta a carta de princípios do M ovimento Negro
Unificado (MNXJ) e o docum ento apresentado no 'Sim pósio em apoio a luta pela autodeterm inação e independência
do povo nambio', em São José da Costa Rica. A presenta tam bém um breve histórico sobre a escravidão e os
quilombos, a participação do negro nas revoltas e rebeliões populares no Brasil, e os m ovimentos abolicionistas.
Analisa os primeiros anos de trabalho do Grupo Cultural Afro Reggae (GCAR). D estaca que por atuar através de
m eios de comunicação social, o Afro Reggae possui experiências dignas de serem observadas e utilizadas para a
construção de um projeto de cidadania plena, contem plando questões sociais étnicas, de direitos humanos, cultura e
entretenimento.
Busca trazer a tona os em bates políticos na construção do movim ento de Pré-vestibular para N egros e Carentes
(PVNC), as pautas de discussão, os fóruns de construção dessas agendas e as arenas dos conflitos.
227 SILVA, Maria Aparecida da. Além do rap das meninas: a força de
Geledés. Comunicações do ISER, Rio de Janeiro, v. 21, n. especial,
p. 137-149, 2002.
Discute aspectos de gênero, de raça e sobre as ações afirmativas, ingresso, perm anência e sucesso dos(as) jovens
negros(as) na U niversidade, a partir de experiências concretas que desenvolve o G eledés - Instituto da M ulher neara
em São Paulo. SP.
Identidade étnico-racial
Analisa as narrativas das crianças Tapeba (grupo indígena que habita junto aos lim ites do m unicipio de Caucaia,
microrregião metropolitana de Fortaleza, CE). Com a finalidade de conhecer as am bigüidades das representações
sobre o negro e o índio.
Busca compreender como os m estiços, nascidos de familias constituídas por casais, em que um e neero(a) e outro.
branco(a), são socializados no seio da fam ília e em diferentes espaços institucionais. E ainda ilucida de que forma
esses sujeitos enfrentam as dificuldades mais freqüentes decorrentes de discrim inação racial, além de compreender
como lidam com essas situações na construção de sua identidade pessoal, visto que vivem num a espécie de "ente.
isto e. na fronteira entre o ser negro e o ser branco.
41
231 FERREIRA, Ricardo Franklin. Afro-descendente : identidade em
construção. Rio de Janeiro : Palias, 2000. 188 p.
Busca contem plar diversos aspectos relevantes e de interesse social - o estudo da formação da identidade afro-
descendente, a busca de fatores provocadores de m udanças psicológicas, os possíveis efeitos da m ilitância na
construção da subjetividade - buscando sugerir cam inhos de aplicação no contexto vivido por cerca de metade da
população brasileira. Para tal fim, busca-se através do relato da história de vida de um brasileiro afro-descendente,
militante de movimentos organizados, identificar a forma de organização de sua experiência pessoal, as referencias
em tom o das quais constrói sua identidade e as variáveis significativas relacionadas aos mom entos de m udança em
sua vida.
Discute a questão da identidade, focalizando o negro na sociedade brasileira, sinaliza que o processo de formação
de identidade do negro e histórico e que entender esse processo faz parte da luta pela busca de um a identidade em
que o sujeito se reconheça em sua plena integridade.
Aborda a relação entre a condição racial e o acesso as oportunidades educacionais, sobretudo no que se refere aos
níveis mais alto do sistem a educacional. Com objetivo de com preender o acesso do estudante negro na
universidade. Procurou-se na metodologia articular dados mais gerais das relações raciais na sociedade brasileira,
relacionados com o conjunto do universo pesquisado, com base em estudo de caso. Para tal fim foi escolhida a
Universidade Federal de Santa M aria (UFSM ) como lugar onde se desenvolveu a pesquisa. Como resultado,
destaca-se que a graduação tem sido a barreira m ais difícil de ser superada pelos alunos negros, devido a diversos
processos discriminatórios sofridos no decorrer da trajetória escolar.
A presenta alguns dados comparativos sobre a situação educacional de brancos e negros e discute a reação do
movimento negro perante a situação dos negros no Brasil, especialm ente no que se refere a identidade étnica da
criança. Procura mostrar tam bém a configuração que a valorização da identidade vai assumindo em diferentes
momentos da luta. processo no qual a recuperação das raízes culturais adquire cada vez m aior importância.
Finalmente, comenta algum as experiências do movimento e propostas que apresentou em diterentes oportunidades,
ao lonao deste século, quando pode atuar m ais diretam ente ju n to aos oragos educacionais oficiais. A nalisa e am plia
a problemática da negritude, estudada enquanto conceito e movimento.
Aborda questões sobre o processo de construção da identidade coletiva e individual dos m estiços afro-
descendentes, os pejorativamente chamados mulatos.
42
B usca com preender como os processos de construção de identidade racial são abordados em um a escola situada
num a comunidade rem anescente de quilombo, levando em consideração as relações estabelecidas pelos professores
com os seus alunos, sem perder de vista o contexto social da comunidade.
Pretende trazer a luz o aspecto da branquitude, que se im põe autoritariam ente a tantas outras im plicações que
esclarecem os fenômenos sociais. A borda o aspecto do mundo subjetivo, até mesmo o do mundo "consciente ou
inconsciente", pois as experiências raciais neste patam ar são m ais difíceis de ser verbalizadas e detectadas. Neste
contexto, apresenta narrativas de pesquisas baseadas em suas vivenciadas, observadas em experiências crivadas
pelo fator branquitude tanto no Sul do Brasil, onde am bos nasceram , como tam bém nos Estados U nidos (EUA),
onde residem atualmente. A ssinalam que repensar a raça e a experiência branca só e possível por meio da
conscientização critica das novas gerações.
239 SANTOS, Carol. Negra demais pra você. Simples?, São Paulo, v. 2, n.
11, p. 48-49, ago. 2001. Faz parte da coluna "Becos e Vielas Z/S - A
voz da periferia", publicada em todas as edições da revista
A presenta um texto de uma jovem negra participante da oficina experim ental de jornalism o com jovens do Jardim
Angela, bairro da periferia de São Paulo, SP, desenvolvida pela A ssociação de Incentivo as Com unicações Papel
Jom al. Fala sobre a condição da m ulher negra e a questão da autoaceitação e do racism o .
E sta dissertação e resultado de um a pesquisa realizada com adolescentes da Com unidade dos A rturos, no m unicípio
de Contagem, MG. O foco da investigação foi a transm issão dos saberes tradicionais para as novas gerações e a
adesão as práticas sócio-culturais intra e extra com unitárias pelos(as) adolescentes. Como pano de fundo, procedeu-
se com a apresentação da história e dos conteúdos originais dos A rturos, herdeiros de tradições engendradas no
contexto escravagista brasileiro. Tal herança consiste na devoção dos negros a Nossa Senhora do Rosário, através
das guardas de Congo e de Moçambique, e do Candomblé. Essa constitui-se num amalgama de práticas sócio-
culturais e mágico-religiosas, as quais foram vivenciadas pelo negro A rthur Camilo Silverio e transm itidas para
seus filhos e filhas - os Arturos. Em vista da com preensão do processo, das tensões e dos conflitos dos
adolescentes, com relação ao modo como os Arturos de prim eira linha estão transmitindo os saberes tradicionais e a
experiência de adesão a esses e a outros conteúdos sócio-culturais, utilizou-se da observação participante, de
entrevistas diretivas e não diretivas e da análise de condições de produção do discurso. Os dados, após subm etidos a
análise de discurso, constituíram -se num corpo discursivo que m anifesta tanto os conflitos e as tensões decorrentes
da forma de transmissão oral, quanto o papel socializador das práticas sócio-culturais da Comunidade. A lém disso,
revelaram como 'efeito de sentido' o processo de construção da subjetividade daqueles(as) adolescentes, através de
outras praticas sócio-culturais compartilhadas por eles. Esta pesquisa tem como um dos seus objetivos apresentar o
papel m ediador das práticas sócio-culturais na educação dos adolescentes e jovens. Pois enquanto referência
identitária, elas constróem uma Ética da responsabilidade e do respeito, sendo mediação entre o mundo da cultura e
o mundo do trabalho.
Apresenta o debate nos encontros ocorridos em São Paulo e Brasília, que contaram com a participação de
profissionais brasileiros relacionados a área de comunicações e tendo como convidado o jornalista sul-africano Fred
M osam isi, discutiu-se a presença do afro-brasileiro na mídia, seja como produtor seja como ator. A lém das
discussões conceituais, o seminário apresentou sugestões de ações futuras: desenvolvim ento de circuitos de radio e
Tvs comunitárias, situadas em áreas com presença significativa de população afro-brasileira; questionar não
somente a invisibilidade dos negros na TV brasileira, mas estar atento para a correspondência da ordem simbólica
43
dos textos e das im agens televisivas com um projeto de civilização eurocêntrica, contrario a diversidade
racial/étnica e cultural de um mundo globalizado e de um pais m ultirracial com o o Brasil.
A nalisa a representação visual do povo negro no Brasil, a partir da produção de cartazes da década de 80. Neste
contexto a representação visual assume grande força, extrapola a condição de coadjuvante do verbo e assume certa
independência dele m esm o no que se refere a vinculado das idéias provenientes do ativismo movimento negro.
Tom ou-se necessário interpretar os códigos visuais resultantes das relações raciais e suas respectivas significações,
tanto quanto ao labor no sentido de subverter vários desses códigos para o enfrentam ento da violência simbólica
que o racismo gera.
A presenta resultado de pesquisa com objetivo de analisar a história da construção da em ocionalidade do negro
brasileiro, seus pressupostos e desdobramentos em relação ao custo em ocional da sujeição, negação e m assacre da
identidade original, de sua identidade histórico-contextual.
Obras de R eferência
244 NÚCLEO DE ESTU D OS N EGR OS . Program a de E ducação. O que você pode ler
sobre o negro : g u i a d e r e f e r e n c i a s b i b l i o g r á f i c a s . F l o r i a n ó p o l i s ,
1998. 100 p .
G uia de referencias bibliográficas que sistematiza títulos publicados no B rasil sobre o negro entre os anos 80 e 90.
V isa colaborar com os professores da rede municipal de ensino de Florianópolis, SC, que a partir da lei n. 4.446/93
abordam tem as afro-brasileiros nos currículos. A presenta referencias sobre os seguintes temas: cultura, legislação,
biografias, o negro nos m ovimentos sociais, racismo, escravidão, literatura, m ercado de trabalho, educação e
reügião. Traz no final um a relação de entidades que trabalham com esses temas.
44
ÍN D IC E DE A U T O R E S 1
ADÃO, Jorge Manoel 216
AFRO REGGAE 201
AGOSTINHO, Cristina 1
AIRES, Jouberth M ax M aranhão Piorsky 229
ALICATE, Urbano José 112
ALM EIDA, Beth 2
ALM EIDA, M auro W. Barbosa de 3
ANDRADE, Inaldete Pinheiro de 113;114
ANDRADE, Rosa M aria T. 140
A ND REW S, George Reid 115
ARAÚJO, Joel Zito 160
ASSOCIAÇÃO CULTURAL BLOCO CARNAVALESCO ILE AYÊ 116;117
AUTINO, Lilian 5
AZEVEDO, Eliane 161
AZEVEDO, Thales de 162
BACELAR, Jeferson 121;163
BARBOSA, Mareio 217
BARCELOS, Luiz Claudio 6; 164
BARROS, Fernando 96
BEISIEGEL, Celso de Rui 7
BELO HORIZONTE. Secretaria para Assuntos da Com unidade N egra 142
BENTO, M aria Aparecida Silva 165;168
BERNARDO. Teresinha 118
BERND, Ziia 119
BONEFF, Altredo 8
BRASIL. Câmara dos Deputados 143;144
BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional dos Direitos Humanos 120
BRITO, Angela Emestina Cardoso de 230
CAM ARGO, Amilton Carlos 29
CAM POS, M aria Machado M alta 9
CANEN, Ana 10
CARDOSO, Marcos 218
CARNEIRO, M aria Luiza Tucci 166
CARNEIRO, Sueli 11;167
CARONE, Iray 168
CAROSO, Carlos 121;163
CARVALHO, José Alberto M. 214
CARVALHO, Rafael de 122
CARVALHO, R osa M argarida de I
CASCUDO, Luis da Camara 123
CASHMORE, Ellis 169
CASSEANO, Patrícia 135
CAVALCANTI, Fernanda 12
CAVALLEIRO, Eliane 13;15;17
CESCA, Vitalino 233
CHEQUER, Jamile 8
CHIAVENATO, Julio José 124
COELHO. Rita de Cassia Freitas 56
CONCURSO NEGRO E EDUCAÇÃO I, 1999-2000, São Paulo, SP 19
CONCURSO NEGRO E EDUCAÇÃO,II, 2001-2003, São Paulo, SP 20
CONFERÊNCIA MUNDIAL D E COM BATE AO RACISM O, DISCRIM INAÇÃO
RACIAL, XENOFOBIA E INTOLERÂNCIA CORRELATAS 170
COORDENAÇÃO DE PASTORAL DA PERIFERIA DE SALVADOR 125
COSTA, Rosenilda Paraíso 89
COSTA, Valter de Almeida 21
CUNHA JUNIOR, Hennque 23:219
CUNHA, Perses Maria Canellas da 24
D'ACELINO, Severo 25
D'ADESKY, Jacques 171
DANTAS, Iracema 145
DANTAS, Triana de Veneza Sodre e 26
DAVIS, Angela 126
DAVIS, Darien J. 172
1 Os números que constam no índice de autores correspondem à numeração das referências bibliográficas e não das páginas.
45
DEL PRIO RE, Mary 127
DIAW ARA, M anthia 27
DOMEN1CH, M irella 135
DUARTE, M aria Betania Pereira Gomes 28
DUARTE, M ariangela 146
FASE 173
FERNANDES, Florestan 174
FERREIRA, Jone Geraldo 188
FERREIRA, Ricardo Franklin 29;231
FIGUEIRA, V era M oreira 30
FONSECA, Eduardo F. 140
FONSECA, M arcus Vinicius 31;128
FONSECA, M aria N azareth Soares 129
FORD, Clyde W. 130
FRANCO, W alter 176
FRENETTE, Marco 175
GARCIA, Pedro Bejamim 232
GESSER, Verônica 238
GOM ES, A na Beatriz Sousa 32
GOM ES, Nilm a Lino 33;34;35;36;37;38
GOM ES, N ubia Pereira de Magalhães 199
GONÇALVES E SILVA, Petronilha Beatriz 37;39;40
GONÇALVES, Luis Alberto de Oliveira 39;40220;221
GUALBERTO, Mareio A lexandre M. 177
GUIM ARÃES. Antonio Sergio Alfredo 178; 179; 180; 181
HALPERN, Silvia 96
HASENBALG, Carlos A. 41
HENRIQUES, Ricardo 42;182;183;184
HERINGER, Rosana 185
HUNTLEY, Lynn 180
JUNQUEIRA, Eliane Botelho 109
KANTOR, Iris 44
LIBÂNIA, Celeste 131
LIMA, Ivan Costa 46;47;48;49;50;186
LIMA, M aria Batista 51
LIMA, M aria José Rocha 52
LOPES, D ilm ar Luis 233
LOPES, Immaculada 187
LOPES, Immaculada 53
MAGGIE, Yvonne 147
MALACHIAS, Rosangela 188
MARQUES, Sônia M aria dos Santos 54
MATTOS. Guiomar Ferreira de 55
MELLO, M aria Alba Guedes Machado 148
MELO, Regina Lúcia Couto de 56
MENEZES NETO, Antonio Julio de 223
M OEHLECKE, Sabrina 57;149
M ONTENEGRO, Antonio Torres 132
MOURA, Clovis 191
MOURÃO, Leonardo 76
M OVIM ENTO NEGRO UNIFICADO 224
MUNANGA, Kabengele 59;192;234
NASCIMENTO, Abdias do 190
NASCIMENTO, Elisa Larkin 60;133;190
NEIVA, Alvaro 193
NOGUEIRA, João Carlos 194
NÚCLEO D E ESTUDOS NEGROS 244
OLIVEIRA, Guacira C esar de 195
OLIVEIRA, Iolanda de 61;62;63
OLIVEIRA, Leunice M artins de 64
OLIVEIRA, Vanessa Regina Eleutério M iranda de 65
PAIM, Paulo Edson 150
PAIXÃO, Marcelo 153:197,198
PASSOS, Joana Célia dos 67
PATTO, M aria Helena Souza 69
PAULO, M aria José S. S. de 68
PAVAN, Alexandre 70;71
46
PEREIRA, Edim ilson de Alm eida 199
PINTO, R egina Pahim 73;74:75;76;235
PINTO, Tania Regina 76
PIZA, Edith Pompeu 85
PORTO JÚNIOR, Francisco G ilson Rebouças 77
PRANDI, Reginaldo 134
PREUSSLER, Lara 78
PROJETO AXE. Centro de Formação 79
QUEIROZ, Delcele M ascarenhas 80; 152
RAM OS, Silvia 200
REIS, E neida de Alm eida dos 236
REIS, Leticia Vidor de Sousa 138
REIS, M aria Clareth Gonçalves 237
ROCHA, Janaina 135
RODRIGUES, João Carlos 136
ROM ÀO, Jeruse 46;47;48;49;81;186
ROSEM BERG, Fúlvia 82;83;84;85
ROSSATO, Cesar 238
SANTANA, Patrícia M aria de Souza 86
SANTAN NA , W ania 153
SANTOS, Carol 239
SANTOS, Davi Raimundo dos 87;88
SANTOS, Erisvatdo Pereira dos 240
SANTOS, G islene A parecida dos 202
SANTOS, Joel R uíino dos 137:203
SANTOS, Leandro Aparecido dos 188
SANTOS, M aria Durvalina Cerqueira 89
SANTOS, Rafael dos 225
SANTOS, Renato Emerson Nascimento dos 226
SANTOS, Sales Augusto dos 154
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação 91
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação. Assessoria Técnica de Planejam ento
e Controle Educacional 90
SCHÜTZER, Katia 92
SCHWÄRCZ, L ilia Moritz 138;204
SEMINÁRIO ÉTICA E ESTÉTICA M ULTIRRACIAL BRA SIL-Á FRICA DO SUL 241
SEMINÁRIO PLURALIDADE CULTURAL E EDUCAÇÃO 93
SEMINÁRIO RACISM O NO BRASIL 94
SEM OG, Ele 139
SILVA JUNIOR, Hédio 207;208
SILVA, A na Célia da 95
SILVA, Carm en Anselm i D uarte da 96
SILVA, Jacira Reis da 97,98
SILVA. José Antonio Novaes da 99
SILVA, Julio Costa da 100
SILVA, Luciana Anselmi Duarte da 96
SILVA, M aria Aparecida da 101:102;227
SILVA, M aria José Lopes da 103
SILVA, M aria Lucia da 155
SILVA, N elson do Valle 41
SILVA, N elson Fernando Inocêncio da 242
SILVEIRA, Sonia Maria 46;47;48;49;50
SILVÉRIO, V alter Roberto 156
SÍSS, Ahyas 228
SOUSA, Andreia Lisboa 104
SOUZA, Ana Lucia Silva 105
SOUZA, Elizabeth Fernandes de 106
SOUZA, Irene Sales de 107
SOUZA. Neusa Santos 243
THE SOUTHERN EDUCATION FOUNDATION 210
VALENTE, A na Lucia Eduardo Farah 157:158;215
VALENTIM, Silvani dos Santos 108
VERAS, Cristiana Vianna 109
WERNECK, Jurema 211:212
110
WILSON. Cornelius
WOOD, Charles H. 213
111
XAVIER. Arnaldo
47
IN D IC E DE T Í T U L O S 2
A Civilização Bantu 116
A comunidade negra na construção da cidadania 142
A construção dos conceitos de raça, racism o e a discriminação racial nas relações sociais 194
A cor da pobreza 187
A dem ografia da desigualdade no Brasil 213
A didática da exclusão 8
A discrim inação racial de crianças e adolescentes negros nas escolas 108
A educação dos negros : um a nova face do processo de abolição da escravidão no Brasil 128
A educação escolar pode colocar fim no racism o 68
A escola como espaço reflexão/atuação no campo das relações etnico-raciais 73
A escola como instrum ento de resgate da cidadania 99
A exclusão escam oteada : reprovação das crianças negras 96
A experiência da branquitude diante de conflitos raciais : estudos de realidades brasileiras e estadunidenses 238
A flor da peie 53
A força das raízes 117
A incidência de pré-vestibulares populares: o caso do PREUnB 77
A inlancia desvelada : falta o ritual da ternura 139
A integração do Negro na Sociedade de Classes 174
A invenção do ser negro : um percurso das idéias que naturalizaram a inferioridade dos negros 202
A Lição do terreiro 45
A moda brasileira 192
A m ulher negra que vi de perto : o processo de construção da identidade racial de professoras negras 36
A naturalização do preconceito na formação da identidade do afro-descendente 29
A negação do B ra sil: o negro na telenovela brasileira 160
A opinião do jovem sobre a escola 21
A pesquisa em educação e as desigualdades raciais no Brasil 57
A produção do fracasso e sc o la r: historias de submissão e rebeldia 69
A questão racial e os cursos de formação de professores 92
A questão racial na política brasileira (os últim os quinze anos) 181
Abolição 152
Ação afirmativa e mérito individual 154
A ção Afirmativa e o combate ao racism o institucional no Brasil 156
Ação Afirmativa: história e debates no Brasil 149
A ções afirmativas em curso 141
Affo-brasileiros hoje 122
Affodescendência, pluriculturalismo e educação 23
Afro-descendente : identidade em construção 231
Afro-imagens, multicultural e política 126
Agendas x agências : a construção do movimento PVNC 226
Além do rap cias meninas: a força de G eledés 227
Alfabeto Negro : a valorização do povo negro no cotidiano da vida escolar 1
Alguém falou de racismo?. 15 9
A nti-racismo : coletânea de leis brasileiras (federais, estaduais, municipais) 208
Aprovados xursinho pré-vestibular e população negra 140
Arca e Gênero na trajetória educacional de graduandas negras da UNICAM P 100
A rdis da im aaem : exclusão étnica e violência nos discursos da cultura brasileira 199
As artes e a diversidade etnico - cultural n a escola básica 103
As cotas e a perversidade do racism o 15 5
As elites de cor num a cidade b ra sile ira : um estudo de ascensão social e classes sociais e grupos de prestígio 162
As idéias racistas, os negros e a educação 4
As primeiras praticas educacionais com características modernas em relação aos negros no Brasil 31
Brasil afro-brasileiro 1^
Brasil Negreiro 20
Brasil, um país de negros 165
Centro de Referência de M aterial Didático A fro-brasileiro 18
Cidadania em preto e branco : discutindo as relações raciais 165
Cinco cantigas para você contar
Clase y raza en los textos escolares 110
Clases populares, raza y educacion inicial 83
Classes, arcas e democracia ^29
Combatendo o preconceito: Program a das N ações U nidas para o Desenvolvimento quer garantir a melhoria
das condições sociais dos excluídos 126
: Os números que constam no índice de títulos correspondem à numeração das referências bibliográficas e não das páginas.
Comunicação e educação 111
Consciência negra em cartaz 242
Cooperativa 'Steve Biko' 89
Cotas para negros, nas universidades, solução ou problema? 148
Criança na escola hoje vale dinheiro 9
C ultura atro nas escolas 22
Cultura, poder e negritude 221
Currículo e cultura negra na restinga : um estudo de escolas e agencias sócio-educativas :
rom pendo o silencio, criando identidade 64
D a senzala a sala de aula : como o negro chegou a escola 24
D eclaração de Durban e plano de ação 170
Democracia Racial: o ideal, o pacto e o mito 178
D enúncia : política cultural do m unicipio e racism o nas escolas 25
Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático 95
Desigualdade racial em núm eros : coletâneas de indicadores das desigualdades raciais e de gênero no B rasil 211
Desigualdade racial no B ra sil: evolução das condições de vida na década de 90 182
Desigualdade racial no Brasil, parâmetros socioecônomicos 183
Dicionário de relações étnicas e raciais 169
Diferenças raciais e educação : problem as e perspectivas 74
Direito de igualdade r a c ia l: aspectos constitucionais, civis e penais : doutrina e jurisprudência 207
Direitos H umanos e população afro-descendente: um a reflexão necessária 177
Discriminação racial no B ra sil: desigualdade de oportunidades na educação 184
Discutindo as relações raciais na estrutura escolar e construindo um a pedagogia m ultirracial e popular 67
Diversidade cultural e formação de professores 35
Do silêncio do lar ao silêncio da escola : racismo, preconceito e discrim inação na educação infantil 14; 17
Educacao anti-ra cista: compromisso indispensável para um mundo m elhor 15
Educação cidadã, etnia e raça : o trato pedagógico da diversidade 34
Educação e combate ao racismo 152
Educação e desigualdades raciais no Brasil 6
Educação e discriminação de negros 56
Educação e relações raciais: refletindo sobre algum as estratégias de atuação 33
Educação e valores democráticos 7
Educação popular afiro-brasileira 49
Educação vai ao quilombo 12
Education, democratization, and inequality in Brazil 84
Encontro debate políticas públicas no Brasil 145
Enfrentando os termos: o significado de raça, racism o e discriminação racial 190
Ensinar crianças é um trabalho sagrado 78
Entre negro e branco : socialização de filhos m estiços por famílias interétnicas 230
Escola e contexto s o c ia l: a identidade racial num a comunidade rem anescente de quilombo 237
Escola, práticas pedagógicas e relações raciais : a comunidade rem anescente de quilombo de São M iguel 54
Estatuto da igualdade r a c ia l: projeto de lei n. 3.198 de 2000 143
Estratégias recentes da luta contra o racismo 185
Estudantes Negros e a transformação das Faculdades de Direito em Escolas de Justiça: a busca por um a
m aior igualdade 109
Experiências étnico-culturais para a formação de professores 37
Faces da tradição afro-brasileira : religiosidade, sincretismo, anti-sincretismo, reafricanização, práticas
terapêuticas, etnobotânica e comida 121
Formação de educadores/as para o combate ao racism o : mais uma tarefa essencial 102
Frente N egra Brasileira : depoim entos 217
Guia brasileiro de fontes para a história do negro na sociedade atual 120
Hip Hop : a periferia grita 155
História da criança no Brasil 127
História do B ra sil: 1500-1808 125
* História e cultura Afro-Brasileira na sala de aula 43
Identificações indígenas e negras no universo infantil Tapeba 229
Illiteracy, gender, and race in Brazil 85
Imagem do negro nos livros didáticos 5
Instrução, rendimento, discriminação racial e de gênero 82
Interculturalismo igualitário contra multiculturalismo colonizado 223
Introdução a literatura negra 119
La tolerancia: situacion de los negros en EEUTJ luego de 1865 5
Lembranças em movimento : como surge um trabalho social 225
Lendas dos Orixás : em cartão postal 151
M ade in Á frica : pesquisas e notas 123
M em ória em branco e negro : olhares sobre São Paulo 118
M ídia e racismo ^00
49
M obilidade social e identidade ra c ia l: o negro na perspectiva do ensino superior 233
M ovimento negro e educação do negro : a ênfase na identidade 235
M ovimento negro e educação 40
M ovimento negro nacional e educação : críticas e iniciativas 228
M ovim ento Negro Unificado : 1978-1988: 10 anos de luta contra o racism o 224
Muito além da senzala : ação afirmativa no Brasil 153
M ulato : negro-não-negro e/ou branco-não-branco 236
M ulticulturalidade e Educação de Negros 75
M ulticulturalism o e a pedagogia multirracial e popular 58
Nas suas próprias vozes : os brasileiros 189
N egra demais pra você 239
N egras im agens : ensaios sobre cultura e escravidão no Brasil 138
Negritude : usos e sentidos 234
Negritude, letramento e uso social da oralidade 105
Negro e educação : identidade negra : pesquisa sobre o negro e a educação no Brasil 20
Negro e Educação : presença do negro no sistem a educacional Brasileiro 19
Negro e educação : um estudo n a escola publica de prim eiro grau 28
Negros e brancos em São Paulo (1888-1988) 115
Negros e cum culo 186
N egros e educação : mutirão universitário 87
Negros, territórios e educação 50
0 educador, a educação e a construção de um a auto-estim a positiva no educando negro 81
0 ensino formal e a sabedoria de rua 101
0 espetáculo das raças : cientistas, instituições e questão racial no B rasil 1870-1930 204
0 herói com rosto africano : m itos da Á frica 130
0 imaginário social brasileiro sobre o negro: implicações na educação 98
0 jogo das diferenças : o multiculturalismo e seus contextos 39
0 movimento negro e a pedagogia interétnica 32
0 movimento negro em Belo H o rizo n te: 1978-1998 218
0 negro brasileiro e o cinema 136
0 negro e sua história 112
0 negro no B ra sil: da senzala a abolição 124
0 papel da cor 196
0 preconceito nos livros infantis 55
0 preconceito racial n a escola 30
0 protagonismo da juventude negra e a conferencia m undial contra o racismo 188
0 que você pode ler sobre o negro : guia de referencias bibliográficas 244
0 racismo n a história do B ra sil: mito e realidade 166
0 silêncio vai acabar 76
0 tráfico negreiro nos manuais escolares 44
0 vestibular e as desigualdades raciais 80
Oportunidades educacionais oferecidas, reinvindicações esvaziadas? 158
Os educadores e as relações inferências na escola 107
Os indicadores de desenvolvimento hum ano (IDH) como instrum ento de m ensuração de desigualdades étnicas 198
Os jovens rappers e a escola : a construção da resistência 38
O s m ovimentos negros no B ra sil: construindo atores sociopoliticos 220
O s negros e a escola brasileira 48
O s negros, a educação e as políticas de ação afirmativa 157
Os negros, os conteúdos escolares e a diversidade cultural 47
Os negros, os conteúdos escolares e a diversidade cultural II 46
Os novos bacharéis : a experiência do pré-vestibular para negros e carentes 147
Os príncipes do destino : histórias da mitologia afro-brasileira 134
Pai Adão era Nagô 113
Palmares de liberdade e engenhos de escravidão 122
Pan-africanismo e pedagogia 27
Para além do racismo : abarcando um futuro interdependente 210
Para muitos 66
Para não se acabar na quarta-feira 71
Persistem as desigualdades educacionais entre negros e brancos 72
Personagens negros na literatura infanto-juvenil 104
Pesquisa da FASE m ostra grau de desigualdade entre negros e brancos no Brasil 173
Pluralismo étnico e multiculturalismo : racismos e anti-racism os no Brasil 171
Práxis educativa do movimento negro no Rio G rande do Sul 216
Preto e branco : a importância da cor da pele 175
Pré-vestibulares étnicos : nova forma de luta dos afrodescendentes? 88
Projeto A xé : educação para a cidadania 79
Projeto de lei n. 5325 de 2001 : cria condições para a instituição do regim e de cotas sociais pelas
50
universidades públicas 144
Projeto de lei n. 746, de 1997 : institui o D ia de Homenagem a Z um bi de Palm ares, no Estado de
São Paulo 146
Projeto Geração X X I : políticas afirm ativas em educação 151
Psicologia social do racism o : estudos sobre branquitude e branqueam ento no Brasil 168
R aça e classe 197
R aça e gênero nos sistem as de ensino : os limites das políticas universalistas na educação 42
R aça e oportunidades educacionais no Brasil 41
Raça 161
Racismo e anti-racism o n a educação : repensando nossa escola 13;16
Racism o é muito pior do que parece 167
Racismo no Brasil legislação: Estatuto da Igualdade Social 150
Racismo, xenofobia e discrim inação divide países em blocos 195
Relações raciais e currículo : reflexões a partir do multiculturalismo 10
Relações raciais e educação : a produção de saberes e praticas Pedagógicas 63
Relações raciais e educação : alguns determinantes 62
Relações raciais e educação : recolocando o problem a 61
Relatório de atividades : GTAAB : G rupo de Trabalho para A ssuntos A fro-brasileiros 91
Religiosidade, identidade negra e educação : o processo de construção da subjetividade de adolescentes... 240
Repercussões do discurso pedagógico sobre relações raciais nos PC N s 106
Repertórios culturais, identidade étnicas e educação em território de m aioria afro-descendente 51
Resistência negra e educação : lim ites e possibilidades 97
Respeito à ancestralidade 2
Revendo a educação do negro 26
Roda de saia, preto no branco, um novo olhar 201
Rompendo as barreiras do silêncio: projetos pedagógicos discutem relações raciais em Escolas da Rede
M unicipal de Ensino de Belo Horizonte 86
Salve 13 de maio? 90
Sankofa : educação e identidade afro-descendente 60
Sankofa : m atrizes africanas da cultura brasileira. 133
São os direitos hum anos um conceito universal? 203
Segregação racial nos indicadores ocupacionais 205
Segregação racial nos indicadores sociais 206
Seminário Ética e Estética M ultirracial Brasil-Á írica do Sul 241
Seminário Pluralidade Cultural e Educação 93
Seminário Racismo no Brasil 94
Ser negro no Brasil hoje 215
Severino e severinos : anotações sobre o um e o múltiplo n a construção da identidade 232
Sociologia do negro brasileiro 191
Sonhar o futuro, m udar o presente : diálogos contra o racismo, por um a estratégia de inclusão racial no Brasil 209
Superando o racism o na escola 59
Sutilezas contra o racismo 193
Textos para o movimento negro 219
Tirando a mascára : ensaios sobre o racism o no Brasil 180
Tom ar-se negro : ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social 243
Um currículo m ulticultural: praticas inclusivas e a alro-descendência 65
Um novo fator a etnia 214
Uma reflexão sobre o curso fábrica de idéias e o campo de estudo das relações raciais 164
Veto a educação de jovens e adultos e desestímulo a educação infantil no FUNDEF :atualização das leis de
interdição do negro 52
Zumbi I 37
51