Darwin, Galton e Spencer (Capítulo 6)

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CHARLES DARWIN

- Darwin e Jenny: "Mais humilde e, creio eu, verdadeiro, seria consider�-los


[homens] descendentes dos animais."
- Teoria da Evolu��o e a Sele��o Natural: O mais apto sobrevive.
- Muda o foco estruturalista para foco funcionalista.

O PROTESTO FUNCIONALISTA
- Funcionalismo se preocupa com as fun��es da mente, em como ela � usada para
a adapta��o do organismo ao ambiente. Seu foco pr�tico �: o que os processos
mentais conseguem realizar.
- A mente n�o era estudada segundo sua composi��o (elementos/estruturas), mas
sim suas v�rias fun��es e processos que levaram � consequ�ncias pr�ticas no mundo
real.
- Funcionalismo surge se opondo ao experimentalismo e o estruturalismo, que
eram vistas como muito restritivas. Elas n�o respondiam quest�es como "O que a
mente faz? Como ela age?".
+ Importante lembrar que Wundt e Titchener nada revelaram sobre os resultados
e realiza��es mentais. Suas vis�es eram puramente cient�ficas.

- �nfase nos processos mentais = interesse nas aplica��es da psicologia aos


problemas da vida di�ria, de como as pessoas funcionamm e se adaptam.
- R�pido avan�o da psicologia aplicada nos EUA = LEGADO MAIS IMPORTANTE DO
FUNCIONALISMO.

+ Os trabalhos � respeito das fun��es da consci�ncia, da diferen�a individual e do


comportamento animal foram concomitantes � �poca em que W e T optaram por excluir
essas �reas da psicologia deles, por isso s� teve destaque quando chegou aos EUA.

A REVOLU��O DA TEORIA DA EVOLU��O DE DARWIN


- Zeitgeist: Rev. Ind. e cren�a na ci�ncia.
> O impacto da mudan�a cont�nua (por causa do ac�mulo de artefatos hist�ricos) foi
observado por cientistas, intelectuais e pela vida cotidiana.
> A Revolu��o Industrial e consequente �xodo rural e urbaniza��o rompeu valores,
rela��es e normas at� ent�o constantes.
> A domina��o da ci�ncia crescia e contaminava as atitudes populares. As pessoas
estavam cada vez menos convencidas pelos dogmas.
> MUDAN�A ERA A ORDEM DO DIA. A NO��O DE EVOLU��O N�O ERA S� RESPEITADA
CIENTIFICAMENTE MAS TAMB�M NECESS�RIA.
> Poucas provas concretas at� Darwin. C.D. deu ao Zeitgeist o que ele necessitava.

A ORIGEM DAS ESP�CIES PELA SELE��O NATURAL


- A partir da variabilidade entre membros de uma mesma esp�cie, D deduziu que essa
variabilidade era transmitida de uma gera��o � outra
- Sele��o natural baseada no princ�pio malthusiano (tem mais pessoas do que gente,
e muita gente com inani��o, de modo de que s� o mais adaptado sobrevive)
- Varia��o � uma lei geral da hereditariedadem ent�o a prole tamb�m varia entre si
(filho mais desenvolvido que o pai)
- Tamb�m concordava com Lamarck sobre as modifica��es serem passadas.

OUTROS TRABALHOS DE DARWIN:


- Evolu��o humana parte de formas de vidas mais simples = semelhan�a entre
processos mentais humanos e animais;
- Mudan�as nos gestos e posturas de v�rios estados emocionais entendidas com base
na evolu��o. As express�es emocionais s�o vest�gios de movimentos que j� tiveram
fun��o pr�tica. S�o manifesta��es inatas e incontrolaveis dos estados emocionais
internos (ex. prazer = sorrir). / Para ele, eram uma prova da ancestralidade
animal.
- Contribui��o para a Psi Infantil/Desenvolvimento,
* Quest�o do Elo perdido - um peixe no processo de evolu��o para animar terrestre.
SUPORTE PRA A IDEIA DE TRANSI��O DE UMA ESP�CIE PARA OUTRA *

DARWIN E SUAS INFLU�NCIAS EM PSICOLOGIA.


- Enfoque na Psi Animal (pg. 144), relacionada � evolu��o de pensamento e que
culmina mais tarde na Psi Comparativa.
- Foco nas fun��es.
- Aceita m�todos e dados de �reas variadas. Obtia-se informa��es de v�rias fontes
(antropologia, hist�ria, f�sica, etc).
- Foco na descri��o e mesura��o das diferen�as individuais. VARIA��O SIGNIFICA
EVOLU��O.

> Teoria da Evolu��o = possibilidade da continuidade do funcionalismo mental entre


humanos e animais inferiores. Se a mente humana � uma evolu��o das mais primitivas,
por que o funcionamento mental animal e nos homens � semelhante?
> Psicologos percebem que o comportamento animal � importante para compreender o
comportamento humano.
> TdE mudou o obejto de estudo e a meta da psicologia.
> Wundt usava a fisiologia, Darwin usava v�rias fontes, o que deu mais suporte.
> Possibilidade de os cient�stas estudarem por outras tecnicas al�m da
introspec��o.
> Foco nas diferen�as individuais crescente. "Se cada gera��o fosse igual aos
ancestrais, n�o haveria evolu��o.

Vale lembrar: Estruturalismo = Leis gerais; Darwinismo = Diferen�as individuais,


que exigem m�todos para sua medi��o.

Darwin influenciou dois pensamentos: o da Galton e o de Spencer.

FRANCIS GALTON

- Antes dele, n�o se discutia muito sobre as tais diferen�as individuais. Foi por
seu trabalho quanto a heran�a mental e as diferen�as individuais que surge o
esp�rito da EVOLU��O PSICOL�GICA.
Juan Huarte, por�m, foi pioneiro em reconhecer essas diferen�as.
Ele dizia sobre a importancia do estudo desde cedo, e que "se um aluno tem
aptid�es musicais, a ele ser�o oferecidas oportunidades de estudar m�sica desde
cedo".

- Galton dizia que a genialidade individual ocorria dentro das fam�lias, de modo
que a influencia do ambiente n�o basta (lembrar do contexto).
Um homem not�vel teria filhos not�veis.
Um pessoa famosa (ex. cientista) herdava genialidade e forma de sua fam�lia
(teria nascido numa fam�lia de destaque cient�fico)

- EUGENIA: Incentivar o nascimento de mais aptos e desencorajar o de inaptos.


Visa impulsionar o aperfei��amento das qualidades herdadas da ra�a humana.
"As caracter�sticas podem ser melhoradas pela SELE��O INATURAL"

+ Uso da estat�stica e da mesura��o nessas ideias.

+ � uma quest�o HEREDIT�RIA, e n�o de OPORTUNIDADES, ressaltando a desconex�o com o


ambiente (lembrar novamente do contexto, no qual faltava fam�lias altas para o
estudo)
+ Nenhum esfor�o f�sico ou mental permite o avan�o al�m daquilo que � herdado.

- TESTES MENTAIS: medir com base na capacidade sensorial


Remonta a John Locke e o empirismo: Todo conhecimento provem dos sentidos.

- ASSOCIAR IDEIAS: Contempla a diversidade das associa��es e o tempo para produz�-


las. Resultados v�m da observa�ao at� associar.

- IMAGENS MENTAIS: 1� aplica��o do question�rio psicol�gico: lembrar uma cena e


tentar inferir uma imagem nitida ou obscura.
Mulheres e crian�as - mais detalhes.
Hereditariedade: imagens s�o mais semelhantes em fam�lias do que entre
desconhecidos.

+ Galton tamb�m questionou a religi�o e a f�, e dizia que "o desenvolvimento da


ra�a humana superior por meio da eugenia devia ser a meta da sociedade, e n�o um
lugar no c�u."

HERBERT SPENCER

+ Era refer�ncia para muitos, um salvador, um messia mas desenvolveu sistomas de


neurose, nervosismo e insonia, o que limitou seu trabalho a poucas horas. Continuou
um "psic�tico inv�lido" pelo resto da vida.
Seus males f�sicos coincidiram com o desenvolvimento de seu sistema de
pensamento, o qual teve profunda influ�ncia na nova Psi americana.

- O reconhecimento e aclama��o de Spencer prov�m do darwinismo (evolu��o e


sobreviv�ncia do mais apto), por�m ele foi muito al�m de Darwin.
Interesse dos EUA na teoria da evolu��o num geral (por isso recebe bem o
Darwinismo Social)

- DARWINISMO SOCIAL: Aplica��o da teoria da evolu��o da natureza humana e da


sociedade.
Segundo Spencer, o desenvolvimento de todos os aspectos do universo (incluindo
car�ter humano e institui��es sociais) � EVOLUCION�RIO, em conformidade com o
princ�pio de sobreviv�ncia do mais apto.

Ainda segundo Spencer (e uma vis�o ut�pica), se o princ�pio de sobrevivencia do


mais apto operasse com liberdade, os melhores sobreviveram e logo a PERFEI��O seria
INEVIT�VEL, desde que nenhuma a��o interferisse na ordem natural das coisas.
Ou seja, o INDIVIDUALISMO e o LIBERALISMO ECON�MICO eram vitais, e os
aspectos governamentais para regulamento eram opostos.
A popula��o e as organiza��es deveriam ter liberdade para se desenvolverem
sozinhos, com seus pr�prios meios, tal como as demais esp�cies vivas se
desenvolviam e adaptavam-se livremente ao ambiente natural. QUALQUER AUX�LIO DO
ESTADO INTERFERE NO PROCESSO EVOLUTIVO NATURAL.
Quem n�o se adapta � tido como inapto para sobreviver e deviam se extinguir
para a melhora de toda a sociedade. Se o Estado continua a sustentar empresas, elas
conseguem sobreviver, mas acabariam enfraquecendo a sociedade, violando a lei da
sele��o natural. Retomando: SOMENTE COM A SOBREVIV�NCIA DOS MELHORES A SOCIEDADE
ATINGIR� PERFEI��O.

+ Isso � compat�vel com o individualismo americano! Com a ideia de crescer as


ind�strias. No s�culo XIX, os EUA era um exemplo vivo das ideias de Spencer.
Os EUA estava sendo formada por s�rios trabalhadores que acreditavam na LIVRE
INICIATIVA, AUTOSSUFICI�NCIA e INDEPEND�NCIA DA INTERFER�NCIA DO ESTADO. A lei da
sobreviv�ncia permeava o seu dia-a-dia, principalmente na fronteira oeste, por
conta das dif�ceis condi��es e exig�ncias ambientais.
Os americanos eram voltados ao PR�TICO, �TIL e FUNCIONAL, e essas qualidades
foram presentem nos est�gios iniciais da Psi americana, que virou uma Psi funcional
pois a evolu��o e o esp�rito funcional eram compat�veis com esse temperamento
b�sico. A VIS�O DE SPENCER ERA COMPAT�VEL COM O ETHOS AMERICANO, permitindo que sua
filosofia influenciasse todos os campos.

- FILOSOFIA SINT�TICA (no sentido de contru��o): A partir da aplica��o dos


princ�pios evolucionistas ao conhecimento e � experi�ncia humana, ou seja, o
conhecimento e a experi�ncia podem ser aplicados em termos evolutivos.

+ Spencer discute a no��o de que A FORMA ATUAL DA MENTE � resultado de ESFOR�OS


PASSADOS E CONT�NUOS NA ADAPTA��O A DIVERSOS AMBIENTES.
Os processos nervosos e mentais t�m natureza adapt�vel
A complexidade crescente da exper�ncia (e o comportamento) faz parte do
processo normal de evolu��o. O ORGANISMO DEVE SE ADAPTAR AO AMBIENTE SE DESEJA
SOBREVIVER!.

*A evolu��o das m�quinas.


Samuel Butler izia que a evolu��o mec�nica estava ocorrendo por meio dos mesmo
processos que guiaram a evolu��o humana: sele��o natural e luta pela exist�ncia. Os
inventores est�o sempre criando maquinas novas para obter vantagem competitiva, e
as mesmas eliminam as inferiores.*

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