Aula Crônica - 8º Ano
Aula Crônica - 8º Ano
Aula Crônica - 8º Ano
Professor, pergunte aos seus alunos se eles sabem o que é crônica. Pergunte a eles se sabem explicar e
exemplificar esse gênero. Com essa proposta, pretende-se ter acesso ao conhecimento prévio dos alunos
e introduzir o assunto da aula iniciada. Após as hipóteses dos alunos, sintetize a fala deles dizendo então
que a crônica é um tipo de texto que vai tratar de um fato cotidiano.
Para melhor apresentar o conteúdo, distribua para a sala um texto conceitual sobre a crônica, solicite a
eles que leiam o excerto silenciosamente e depois peça para que eles levantem as principais
características desse gênero textual. Se necessário, a fim de organização, escolha dois alunos para
explicarem o trecho entregue e tentarem sanar as dúvidas que os colegas forem apresentando diante de
suas falas.
Crônica
A palavra crônica vem do latim Chronica, cujo significado é “registro de fatos
comuns, feitos em ordem cronológica”. Em épocas passadas, designava
qualquer documento de caráter histórico. Por isso, a quem hoje se dá o nome
de historiador, antigamente era chamado de cronista.
Hoje, crônica é um termo usado para definir um gênero narrativo ou reflexivo
breve, episódico e comunicativo. A crônica se caracteriza por registrar, acima
de tudo, um flagrante do cotidiano, em seus aspectos pitorescos e inusitados,
com certa dose de humor e de reflexão existencial. Contém passagens líricas
e comentários de interesse social e a linguagem é, quase sempre, coloquial e
irreverente.
A crônica procura contar ou comentar histórias da vida, histórias que podem
ter acontecido com qualquer um. O interesse será despertado pela escolha
das palavras e pelo modo como elas serão colocadas, fazendo-nos conferir,
pensar, refletir, questionar e entender melhor o que se passa dentro e fora da
gente.
TUDO SOBRE REDAÇÃO. Crônica. Disponível
em: http://proflucimarlinguaportuguesa.blogspot.com.br/p/tudo-sobre-
redacao.html, acesso em 26/07/2014.
Professor, após a dinâmica com o texto conceitual, entregue a seus alunos uma crônica de Luis Fernando
Veríssimo, Crônica e Ovo.
Enquanto distribui o texto, apresente Luis Fernando Veríssimo como um dos grandes cronistas
brasileiros, que atualmente vive em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e possui 77 anos de idade.
Em seguida, solicite para cada aluno leia uma frase do texto, promovendo uma roda de leitura.
Crônica e Ovo
A discussão sobre o que é, exatamente, crônica é quase tão antiga quanto àquela sobre a genealogia da galinha. Se um texto é
estudiosos da literatura assim como se o que nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha a zoólogos, geneticistas, historiadores, e (s
produtor nem o consumidor. Nem a mim nem a você.
Eu me coloco na posição da galinha. Sem piadas, por favor. Duvido que a galinha tenha uma teoria sobre o ovo, ou, na hora de
tivesse, provavelmente não botaria o ovo: É da sua natureza botar ovos, ela jamais se pergunta, “Meu Deus, o que eu estou faz
do papel branco (ou, hoje em dia, na frente da tela do computador) não pode ficar se policiando para só “botar” textos que se en
“crônica”. O que aparecer é crônica.
Há uma diferença entre o cronista e a galinha, além das óbvias (a galinha é menor e mais nervosa). Por uma questão funcional,
coincidentemente oval. O cronista também precisa respeitar certas convenções e limites: mas está livre para produzir seus ovos
classificados como contos, paródias, outros que são puros exercícios de estilo ou simples anedotas e até alguns que se submet
contrário da galinha, podemos decidir se o ovo do dia será listrado, fosforescente ou quadrado.
Você, que é o consumidor do ovo e do texto, só tem que saboreá-lo e decidir se é bom ou ruim, não se é crônica ou não é. Os t
mexidos... Você só precisa de um bom apetite.
Aula 2 – Discutindo as reflexões
Atividade 1
Professor, disponha os alunos em um semicírculo, observando a proximidade entres os integrantes de
cada grupo, e peça para que eles permaneçam com suas anotações sobre a crônica do Fernando
Veríssimo em mãos.
Inicie o diálogo propondo uma retomada do conceito de crônica, conforme estudado na aula anterior.
Peça a um aluno para explicar o que ele entendeu por crônica.
Depois disso, verifique se os demais alunos não possuem dúvidas quanto à máxima do gênero que é a
escrita ficcional temporal sobre um fato cotidiano ou atual da sociedade.
Após essa verificação, peça para que cada grupo eleja um representante para expressar as conclusões
obtidas na reflexão da aula anterior.
Eleja também um grupo responsável para fazer as anotações de sistematização do conteúdo que será
apresentado por cada grupo da aula anterior. Exemplo: o grupo 1 fará anotações referente ao conteúdo
apresentado pelo grupo 2; o grupo 2 fará anotações referente ao conteúdo apresentado pelo grupo 3 etc.
Espera-se que os alunos tenham abstraído que para o autor não importa sobre qual o gênero ele se
propõe escrever, ele simplesmente escreve, pois faz parte da sua natureza escrever como faz parte da
natureza da galinha botar um ovo. Ainda há de se dizer que para o autor, crônica é um texto literário e por
isso ficcional, sendo assim, de fácil confusão entre gêneros como o conto ou outros de extensão menor
da literatura. Com relação a esse efeito, o autor também sinaliza para a não hegemonia entre os gêneros
e por isso o limiar entre as diferenças de textos sejam confusas.
Ainda espera-se que os alunos percebam que por se tratar de um texto que vai discutir sobre a
necessidade humana de explicar a origem, a estrutura e a funcionalização das coisas, sejam elas naturais
ou culturais, o texto trata de um assunto corriqueiro, comum e contemporânea à escrita. A partir disso,
entende-se que se trata de um texto metalinguístico, uma crônica falando da própria crônica.
Depois disso, solicite aos grupos que se organizem e os integrantes de cada equipe elaborem um
esquema (mapa conceitual) com as informações importantes anotadas durante a apresentação dos
grupos. Peça aos alunos que, após o término da confecção do esquema, apresentem os tópicos
importantes e afixem o material elaborado no mural da sala como lembrete do conteúdo.
Professor, para obter melhores informações sobre como orientar os alunos a construírem um esquema,
acesse no site Portal de Educação e Tecnologia, o texto de SCHÄFER, Patrícia Behling, O uso de
mapa conceitual em sala de aula, disponível em: http://www.educacaoetecnologia.org.br/?p=6189,
acesso em 16/08/2014.
Atividade 2
Imagem disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-
vziQ9UxuJZs/Ta8hVtP7j2I/AAAAAAAAAjM/qeNBAnVegi4/s320/jornal.gif, acesso em 02/08/2014.
Após essa sistematização do conceito do gênero, leve os alunos à biblioteca da escola e peça para eles
procurarem em jornais, canal onde mais comumente se encontra crônicas, textos com as características
de crônica discutidas nas aulas até então.
Peça para eles usarem o celular, a fim de fotografarem o texto que acreditam contemplar as
características do gênero solicitado na atividade.
Após a pesquisa, peça para que eles, em casa, transponham as imagens do celular para um pen drive,
pois na próxima aula eles terão que apresentá-las, identificando e exemplificando os elementos que os
fizeram crer na correspondência do conteúdo com a crônica.
Sugerimos, para motivar o diálogo sobre o texto lido, as perguntas:
Aula 3 – Apresentando a pesquisa
Professor, organize os alunos para que possam apresentar suas pesquisas no data show para toda a
sala. A dinâmica deve seguir a proposta de lerem o texto fotografado e apresentarem quais elementos do
texto representam uma realidade ficcionalizada, ou seja, um fato real, cotidiano que foi trabalhado por um
texto literário crítico.
É importante que essa atividade seja de diálogo, pois é possível que alguns textos não sejam
representativos de crônica e todos devem compreender quando e porque são ou não crônicas.
Aula 4 – Escrevendo uma crônica
Atividade 1
Professor, retome com seus alunos a aula anterior em que eles leram uma crônica para contextualizar a
estratégia de escrita de crônica.
Avalie, professor, se os alunos, por meio das indagações da aula anterior, tiveram acesso aos conceitos
básicos da crônica e se, em suas sistematizações, está sendo possível perceber a materialização desse
processo.
Depois disso, distribua para eles a matéria de Fábio C. Martins intitulada 6 Dicas para Escrever uma
Crônica, disponível em: http://www.folhetimonline.com.br/2012/06/25/dicas-6-dicas-para-escrever-uma-
cronica/, acesso em 24/06/2014.
Assim que distribuir o texto, organize os alunos para que cada um leia uma das dicas apresentadas.
Sugerimos a roda de leitura como estratégia para que contemple os alunos com memória visual e auditiva
para a percepção da teoria trabalhada nesse tema.
Depois de lido, explique aos alunos que dependendo do foco do texto é que se classifica a crônica em
Filosófica, Humorística, Lírica, Crônica-ensaio ou Jornalística.
Assim exposto, peça para que um dos alunos explique os passos pra construção de uma crônica.
Professor, lembre aos seus alunos que esse esquema de construção textual é o mesmo usado para a
escrita de qualquer texto, pois para se produzir um enunciado coeso e coerente é necessário enumerar os
elementos a serem discutidos, a sequência dos enunciados/fatos etc.
Atividade 2
Solicite aos seus alunos que pensem em um tema atual que renderiam uma boa crônica e, logo em
seguida, que escrevam, em seus cadernos, suas crônicas com base nas discussões realizadas em sala,
referente ao texto das dicas e ao que eles leram. Professor, aconselhe-os a, sempre que preciso, relerem
a crônica do Luiz Fernando Veríssimo para se aterem às estratégias que ele apresenta.
Aula 5 - Revisão do texto