Orcamento Autarquico PDF
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Manual de Formação
de Funcionários Municipais
em Matérias de Planificação e
Programação Orçamental
JANEIRO - 2009
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
Prefácio
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
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Índice
PREFÁCIO ……………………………………..………………………………………………… 3
6. PLANIFICAÇÃO ………………………………………………………………………………. 23
6.1 Tipos de Planos ………………………………………………………………………….. 24
6.2 Plano de Desenvolvimento Municipal …………………………………………………. 24
6.3 Plano de Actividades ……………………………………………………………………. 25
6.4 Etapas do Plano – Ciclo de Planificação ……………………………………………… 26
6.4.1 Diagnóstico …………………………………………………………………………….. 27
6.4.2 Definição de Objectivos ………………………………………………………………. 27
6.4.3 Elaboração de Estratégias Operacionais …………………………………………… 27
6.4.4 Afectação de Recursos ………………………………………………………………. 27
6.4.5 Aprovação ……………………………………………………………………………… 28
6.4.6 Implementação ………………………………………………………………………… 29
6.4.7 Avaliação e Prestação de Contas …………………………………………………… 29
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EXERCÍCIOS ……………………………………………………………………………………… 77
PLANO DO CURSO ……………………………………………………………………………… 89
PLANOS DE AULAS ……………………………………………………………………………… 92
IDEIAS E SUGESTÕES …………………………………………………………………………. 113
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A descentralização espacial ou territorial é uma estratégia seguida por muitos países com o
intuito de encorajar o desenvolvimento económico fora das principais áreas urbanas, através
de uso de subsídios e incentivos fiscais para baixar o custo de actividades nas zonas rurais.
Uma estratégia de descentralização territorial pode conduzir a distribuição mais uniforme do
tamanho das cidades. Esta estratégia não exige necessariamente o fortalecimento das finanças
dos governos locais.
A meta principal da descentralização fiscal é mover a governação para mais perto das pessoas e
isto requer um fortalecimento das finanças dos governos locais. A ideia é a de dar aos governos
locais algum poder de tributação e responsabilidade na realização da despesa, e permitindo
a elas decidir sobre o nível e a estrutura de seus orçamentos. Deste modo, as pessoas no
nível mais baixo de governo serão capazes de escolher o tipo de governo que elas quiserem e
participarão mais activamente na governação. A descentralização requer governos locais com
alguma autonomia na tomada de decisões fiscais de forma independente.
1.2 - Descentralização
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versus Desconcentração
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2. DESCENTRALIZAÇÃO EM MOÇAMBIQUE
2.1 - A Autarquia Local e seus objectivos
A Autarquia Local é um Poder Local, isto é, uma estrutura de organização sócio-política de nível
local (Cidade ou Vila). O exercício do poder local apoia-se na iniciativa e na capacidade das
populações locais.
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A U TA R Q U I A
L O CAL
O B J E CT
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1. O r ga niz a r a 2 . Pro move r o
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dos ci da dã os loc a l
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3.
pro blema s
A pr ofun dar e
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conso lidar a
dem oc r ac ia
Aqui fica claro que as Autarquias Locais não devem ser monopolizadas para atender
interesses pessoais em detrimento dos interesses dos munícipes.
As Autarquias Locais têm órgãos próprios eleitos e são estes órgãos que exercem o poder local
contando com a iniciativa e capacidade local (em termos de recursos humanos, financeiros e
patrimoniais).
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Cfr. Art. 188° ss
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da CRM (1990). Inovação trazida pela Lei Constitucional n° 9/96,
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de 22 de No-
vembro, que introduz no texto constitucional os princípios e disposições sobre o Poder Local, e
criando-se o quadro jurídico legal para a sua implantação pela Lei n° 2/97, de 18 de Fevereiro.
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O R GÃ OS DE U MA UMA
UM A S SE M B L E IA
PR E S IDE NT E A U TA R Q U I A
UM
C ON S E L HO
O Município é uma categoria de Autarquia Local. Tem uma composição orgânica que compreende:
uma Assembleia Municipal; um Conselho Municipal e um Presidente do Conselho Municipal.
As finanças autárquicas são parte das finanças públicas e, como tal, elas são regidas por um
conjunto de procedimentos legais das finanças públicas do país. Por isso, a gestão financeira
autárquica enquadra-se num contexto legislativo a três níveis. Primeiro, as finanças autárquicas
devem respeitar a legislação da elaboração e gestão do orçamento do Estado, segundo, a
legislação autárquica em geral e terceiro, e particularmente, a legislação autárquica financeira.
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Enquadramento Legislação
§ Lei 9�2002, de 12 de Fevereiro (Lei do
SISTAFE)
§ Decreto 23�2004, de 20 de Agosto
Geral (Finanças Públicas) (Regulamento do SISTAFE)
§ Decreto 25�97, de 29 de Junho
(Classificadores Orçamentais)
§
§ Lei 2�97, de 18 de Fevereiro (Lei que
define o quadro jurídico das autarquias
locais)
Genérico (Administração Autárquica) § Lei 7�97, de 31 de Maio (Lei de Tutela
Administrativa do Estado)
§ Lei 9�97, de 31 de Maio (Estatuto
dos Titulares e Membros dos Órgãos
Autárquicos)
Específico (Finanças Autárquicas) § Lei 1�2008, de 16 de Janeiro (Lei das
Finanças Autárquicas)
Em Moçambique o poder de tutela sobre as Autarquias Locais está previsto no artigo 194 da
Constituição da República (1990); e na Lei 7�97, 31 de Maio, Lei que estabelece o regime jurídico
da Tutela Administrativa.
A tutela administrativa é um mecanismo cautelar que visa garantir que as autarquias não cometam
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actos ilegais ou actos que possam colidir com os programas nacionais de desenvolvimento.
Independentemente destas formas, os órgãos do Estado podem solicitar informações e
esclarecimentos sobre decisões administrativas dos órgãos e serviços das autarquias locais.
Contudo, a tutela administrativa não substitui os órgãos autárquicos, não aprova, não altera e
nem corrige nada. Ela exerce uma função eminentemente preventiva.
O Inquérito consiste na averiguação da legalidade dos actos administrativos dos órgãos e serviços
das autarquias locais em virtude de denúncia fundada ou ainda, quando resulte de informações
e recomendações de uma inspecção anterior.
5. O DESENVOLVIMENTO AUTÁRQUICO
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visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses
nacionais e da participação do Estado”.
Neste contexto, as autarquias têm como objectivo central organizar a participação dos
cidadãos na solução dos problemas próprios da sua comunidade, promover o desenvolvimento
local e o aprofundamento e a consolidação da democracia, no quadro da unidade do Estado
Moçambicano.
Para tal, apoiam-se na iniciativa e na capacidade das populações e actuam em estreita colaboração
com as organizações de participação dos cidadãos e as autoridades tradicionais reconhecidas.
Tendo em vista a verificação da legalidade dos actos administrativos, as autarquias locais estão
sujeitas à tutela administrativa do Estado, nos termos fixados pela Lei n.° 7/97, de 31 de Maio.
Para além deste objectivo central, a descentralização autárquica tem três objectivos
específicos:
• Tornar a administração pública mais eficiente em termos de custos;
• Focalizar a gestão pública nos resultados, tornando-a mais eficaz; e
• Privilegiar o envolvimento das comunidades e a adaptação à especificidade local.
Tornar a administração mais eficaz implica uma maior celeridade nos procedimentos administrativos
e uma maior cobertura e qualidade dos serviços prestados, bem como, naturalmente, a promoção
da equidade no tratamento dos munícipes.
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produzir resultados visíveis de curto prazo, de forma a justificar as contribuições tributárias dos
munícipes.
Tanto a Assembleia como o Presidente do Conselho são eleitos por sufrágio universal, directo,
secreto e periódico dos cidadãos eleitores residentes na respectiva circunscrição territorial.
No exercício das suas funções as autarquias locais gozam de autonomia administrativa, financeira
e patrimonial e dispõem de quadro de pessoal, finanças e património próprios, beneficiando de
apoio financeiro, técnico e humano do Estado, sem prejuízo da sua autonomia.
De entre outra legislação, a Lei de Bases das Autarquias (Lei n.º 2/97, de 28 de Maio) e a Lei das
Finanças Autárquicas (Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro) estabelecem os princípios específicos,
normas e procedimentos que vinculam as Autarquias e o Governo, nestas matérias.
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A Lei 2/97 define que “as autarquias visam a prossecução dos interesses da respectiva
população, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do estado”. No exercício
destas funções, estão sujeitos à tutela dos órgãos do estado, que visa verificar a legalidade dos
actos de administração municipal.
Um dos maiores desafios das autarquias tem a ver com a necessidade de assegurar o envolvimento
activo da população no processo de desenvolvimento autárquico, sem o qual, a gestão tende a
tornar-se demasiado “técnica”, perdendo a percepção das verdadeiras necessidades locais.
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Por outro lado as autarquias deverão promover programas específicos comunitários de combate
ao HIV/SIDA e de promoção do Género, contando para o efeito com apoios técnicos e financeiros
dos organismos do Governo vocacionados para o efeito.
Assim, deve ser dada prioridade ao estabelecimento de processos que assegurem o envolvimento
da comunidade e dos parceiros locais no planeamento do desenvolvimento autárquico, bem como
envidados esforços para melhorar a transparência na gestão corrente do município e assegurar
que as propostas com implicações importantes no desenvolvimento sejam publicamente
discutidas.
Assumir responsabilidade pelas funções de gestão implica, primeiro que tudo, que a liderança
municipal assegure que o quadro regulamentar de desenvolvimento do município seja respeitado,
e que os orçamentos e os planos de actividade sejam realistas e rigorosamente executados.
Assim sendo, um desafio que se coloca à gestão municipal é o envolvimento do pessoal municipal,
de forma a assegurar que os serviços prestados às comunidades correspondem às suas
necessidades e prioridades. Para criar essa motivação é necessário que os líderes municipais
mantenham uma comunicação próxima com o pessoal e tentem satisfazer as suas expectativas
e prioridades diárias dentro das possibilidades financeiras do município.
Um esforço especial deverá, pois, ser feito pela liderança municipal, tendo em vista motivar o
pessoal municipal, assegurar a sua compreensão e apoio às políticas aprovadas, e priorizar a
prestação de serviços à comunidade com a qualidade e cobertura desejadas.
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as suas fontes de receitas próprias, sendo essencial que cada município consolide o sistema
tributário e de tesouraria, e desenvolva um sistema de registo e cadastro de contribuintes
abrangente e eficaz.
O princípio da autonomia financeira tem subjacente, entre outros, dois pressupostos funda-
mentais:
• Que o município é mais eficiente na cobrança de impostos locais do que o Estado; e
• Que o município presta serviços à comunidade de forma mais eficiente que o Estado.
Assim, um esforço particular deverá ser feito pelas autarquias para assegurar uma base
financeira adequada ao seu funcionamento e desenvolvimento, através da cobrança de impostos
e taxas locais ajustados ao serviço prestado, de modo a assegurar o seu cumprimento pela
comunidade.
Ordenamento territorial
Tendo em vista corrigir a situação existente caracterizada por um crescimento urbano desordenado,
o desafio actual para os órgãos autárquicos é o de implementar, na base da legislação sobre o
ordenamento territorial, um conjunto de acções no que concerne a:
• Criação de uma estrutura promotora da transparência e da participação cidadã;
• Ajustamento do modelo de planeamento físico à capacidade municipal existente;
• Assegurar a oferta de lotes de terrenos apropriados para novos assentamentos;
• Desenvolver um sistema de cadastro simples e eficiente;
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Planeamento estratégico
Enfrentar com sucesso aqueles desafios é contribuir para implementar um sistema de planeamento
estratégico autárquico que, entre outros, materialize os seguintes objectivos:
• Assegurar o desenvolvimento sustentado com base em prioridades de investimento, que
permitam explorar o potencial económico;
• Complementar o planeamento financeiro com uma visão coerente dos investimentos
propostos, e uma perspectiva de longo prazo para o desenvolvimento municipal;
• Constituir uma base para o planeamento participativo, que permita, aos órgãos colegiais
e aos representantes da comunidade e de outros parceiros, estarem informados e
contribuírem para cumprimento dos planos aprovados e o processo de desenvolvimento
do município; e
• Possibilitar a coordenação eficaz entre o desenvolvimento municipal e as prioridades da
província e distritos vizinhos.
A definição por cada autarquia da sua estratégia de desenvolvimento requer a clarificação dos
objectivos e acções realisticamente alcançáveis com os recursos humanos, materiais e financeiros
disponíveis, processo que importa desenvolver e concluir até 2007. O Governo, através do
Ministério da Administração Estatal apoiará com recursos técnicos a realização desta acção.
Para tal importa, à semelhança da reforma do sector público, proceder a uma análise funcional
simplificada em cada município, que permita identificar claramente a essência do negócio e
os processos, sistemas e pessoal necessários à realização com sucesso das respectivas
actividades.
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o funcionamento dos serviços urbanos, desenvolver formas da sua prestação numa base
comunitária, e atrair o sector privado.
Assim, uma especial atenção deverá ser dada à coordenação do planeamento físico e económico,
tendo por base os objectivos e prioridades de longo prazo estabelecidos no quadro dum processo
de reflexão estratégica com representantes das comunidades e dos agentes económicos e
sociais locais.
Relacionamento institucional
No que respeita ao relacionamento institucional, os municípios vão enfrentar sérios desafios nos
próximos anos, de que se destacam:
• A necessidade de, com Assembleias Municipais, manter debates políticos construtivos e
empreendedores, assegurados por iniciativa e capacidade próprias;
• A progressiva transferência do exercício de algumas competências governamentais (desde
logo, a prestação de serviços básicos de educação e saúde);
• A necessidade de mais receitas, o que exige maior transparência e uma administração
adequada, que assegurar a aplicação e fiscalização dos regulamentos tributários;
• A necessidade de capacitação técnica, administrativa e institucional; e
• A necessidade de estabelecer um diálogo construtivo com a comunidade e o sector privado,
mobilizando as suas contribuições e os investimentos necessários para o aumento de
emprego e o desenvolvimento de longo prazo do município.
Este processo de diálogo e “contracto social” entre instituições públicas, privadas e a comunidade,
quando bem sucedido, promove o debate sobre a fixação de prioridades e estratégias de
desenvolvimento e cria uma plataforma de comunicação que é essencial ao processo em curso
de desenvolvimento autárquico e de aprofundamento da descentralização.
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Comunidade
Neste processo, compete às Assembleias Municipais um papel de
e Sociedade relevo e de dinamização dum modelo de governação autárquico que
Civil crie sinergias entre os três principais agentes: a Assembleia Municipal;
o Conselho Municipal; e a Comunidade e Sociedade civil.
Planificação
estratégica e
Pllanificação
operacional
(Plano e
Orçamento)
Consulta
comunitária e
prestação
Execução dos
Aplicação eficiente de contas
Planos e
e transparente Orçamento
dos recursos
públicos
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6. Planificação
Para que as diferentes actividades a realizar sejam coroadas de sucesso é fundamental que, com
a necessária antecedência, sejam devidamente preparadas, seja conhecido o tempo necessário,
bem como os recursos humanos e financeiros necessários.
Apesar das diversas noções de Planificação, podemos defini-la como sendo “ um processo
contínuo que envolve decisões ou escolhas sobre caminhos alternativos para o uso racional
dos recursos disponíveis, com o fim de alcançar um objectivo ou meta particular num
determinado espaço de tempo”.
Os recursos disponíveis são sempre escassos, pelo que o processo de planificação envolve,
naturalmente, a decisão sobre a definição de prioridades, com vista à obtenção máxima de
resultados, minimizando os custos.
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q Objectivos;
q Metas;
q Actividades;
q Fontes de financiamento;
q Executores; e
q Prazos de execução.
Tendo em consideração uma perspectiva temporal, os planos podem ser de curto, médio e longo
prazos. Um plano elaborado para um longo período de tempo designa-se Plano Estratégico (mais
que 5 anos). Um plano para um menor período de tempo chama-se Plano de Implementação,
dividindo-se este em Plano de Médio Prazo (3 a 5 anos) e Plano de Curto Prazo (1 ano).
O art. 17 da Lei nº2/97, de 18 de Fevereiro, estabelece que “a duração do mandato dos órgãos
eleitos das autarquias locais é de cinco anos”, tendo estas como órgãos uma Assembleia – dotada
de poderes deliberativos – e um órgão executivo que responde perante ela ( nº1 do artº16 ).
Assim sendo, o Plano de Desenvolvimento Municipal deveria ser, em princípio, elaborado para um
período de cinco anos, correspondente ao mandato dos órgão autárquicos, sendo aprovado pela
Assembleia Municipal, nos termos da a) d) do nº3 do art. 45 da Lei nº2/97, de 18 de Fevereiro.
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Ponto de partida
Manifesto Eleitoral
Harmonização
Plano de
Desenvolvimento
Distrital
Como antes se referiu, compete à Assembleia Municipal, nos termos da alínea b) do nº3 do artº
45 da Lei nº2/97, de 18 de Fevereiro, aprovar o Plano de Actividades. O Presidente do Conselho
Municipal deverá, no estrito respeito do disposto na alínea g) do nº2 do artº45 da Lei nº2/97, de
18 de Fevereiro, apresentar, para apreciação da Assembleia Municipal, uma informação escrita
do cumprimento do Plano de Actividades.
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Plano Activ. Plano Activ. Plano Activ. Plano Activ. Plano Activ.
• Actividades
• Prazo Responsável
• Resultados
Tal como se verá para o caso do Orçamento, também no caso do Plano, podemos considerar
um ciclo com as seguintes etapas:
1. Diagnóstico 2. Definição de
Objectivos
7. Avaliação 3. Elaboração de
CICLO Estratégias
DE Operacionais
PLANIFICAÇÃO
6. Implementação 4. Afectação de
Recursos
5. Aprovação
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6.4.1 Diagnóstico
Nesta etapa avalia-se a vida económica e social do Município, bem como a identificação das
causas dos problemas, o que permite traçar objectivos a alcançar com vista à solução desses
mesmos problemas.
Este diagnóstico deve basear-se na real situação, recolhendo informação existente pertinente,
como, por exemplo, a legislação, estudos efectuados, opinião dos intervenientes, etc.
Os planos incluem as metas, que são formulações mais precisas, concretas e quantitativas sobre
os objectivos. As metas devem ser acções bem definidas a alcançar no período estabelecido e
que possam ser, naturalmente, monitoradas e avaliadas.
É fundamental a escolha da estratégia mais adequada. Para isso, deve ter-se em conta os vários
factores intervenientes, como, por exemplo, os recursos humanos, materiais e financeiros, o seu
impacto na vida da comunidade, etc.
Alcançada esta fase, deverá proceder-se à afectação de recursos, sejam humanos, materiais e
financeiros, tendo sempre em consideração a sua disponibilidade, provenham eles de recursos
próprios ou de recursos subvencionados (do Estado ou de outras entidades).
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6.4.5 Aprovação
Nos termos das alíneas b) e d) do nº3 do artº 45 da Lei nº2/97, de 18 de Fevereiro, compete à
Assembleia Municipal, sob proposta ou a pedido de autorização do Conselho Municipal, aprovar
o plano de actividades e o plano de desenvolvimento municipal.
Saliente-se que, de acordo com o estabelecido na alínea a) do nº2 do artº6 da Lei nº7/97, de
31 de Maio – que estabelece o regime jurídico da tutela administrativa do Estado a que estão
sujeitas as autarquias locais – a aprovação do plano de desenvolvimento da autarquia local
carece de ratificação do órgão tutelar, isto é, o ministro que superintende na função pública e na
administração local (nº1 do artº8 da mesma Lei).
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6.4.6 Implementação
No entanto, os planificadores não se devem alhear deste processo, pois devem participar: i) na
operacionalização do plano; ii) na solução das questões que surjam na implementação; iii) na
análise de eventuais constrangimentos, por forma a que sirvam de experiência no melhoramento
da formulação de futuros planos.
Para tal, torna-se necessária a recolha de informações e de dados que permitam a correcção em
futuros planos, aperfeiçoando-se, cada vez mais, o processo de planificação. Semestralmente
esta avaliação deve ser submetida pelo Conselho à Assembleia Municipal.
7 – PLANIFICAÇÃO PARTICIPATIVA
O conceito de participação surgiu nos anos 70 como resposta ao fracasso das estratégias da
cooperação para o desenvolvimento nos anos 50 e 60, as quais se concentravam sobretudo
no desenvolvimento através do crescimento económico e na eliminação da insuficiência dos
recursos humanos e naturais nos países em desenvolvimento. As lições aprendidas diziam
respeito sobretudo à compreensão de que o rápido crescimento económico não combate
necessariamente e de forma eficaz o problema da pobreza absoluta. Desde da década 70, os
aspectos não económicos são realçados em maior medida.
Vide Simon, 1997; Simon, 2000.
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7.2 - Objectivos
4
WEIMAR, Bernard e NGUENHA, Eduardo. Orçamentação, Transparência e Controlo Social : A
Experiência de Planificação Participativa nos Municípios de Cuamba e Montepuez. Swiss Deve-
lopment Cooperation – SDC. Maputo, 2004.
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7.3 - Pressupostos
8. ORÇAMENTO
Etimologicamente o termo Orçamento deriva, segundo uns, do vocábulo latino orsa, significando
desígnio, projecto e, segundo outros, provém do orzare italiano. Os Orçamentos modernos
tiveram a sua origem na Inglaterra no tempo de Crawnuvel. Depois passaram à França e em
1822 para Portugal.
8.1 Conceito
Deste conceito, infere-se que o legislador moçambicano entende que as receitas a arrecadar são
previstas, no sentido de que são limites mínimos os estabelecidos no Orçamento, enquanto que
as despesas a realizar são fixadas, no sentido de que são limites máximos a executar.
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. O que é Orçamento?
a) Acto que estima a receita e fixa a despesa para determinado período (1 ano).
8.2 Dimensões
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8.3 Um �������������
bom����������
orçamento
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• É realístico (honestidade)
• Atribui/delimita responsabilidades
• É compreensivo/perceptivo
• É transparente
• Facilita a cooperação
8.4 Princípios������������
����������������������
orçamentais
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Da conjugação do, constata-se que os orçamentos das autarquias locais são elaborados
com observância dos princípios da anualidade, unidade, universalidade, especificação, não
compensação, não consignação e equilíbrio (nº1 do artº9 da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro ).
Embora não referido expressamente como um princípio orçamental, “deve ser dada publicidade
ao orçamento“ (nº 3 do artº 9 da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro).
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Tomando com base o disposto no nº1 do artº13 da Lei nº9/2002, de 12 de Fevereiro, podem-se
definir os referidos princípios orçamentais:
3 Anualidade – o Orçamento do Estado é anual, sem prejuízo da existência de programas que
impliquem encargos plurianuais (programas de vários anos, orçamentando-se, em cada ano,
as despesas a realizar até ao fim do programa).
3 Unidade – o Orçamento do Estado é apenas um;
3 Universalidade – todas as receitas e despesas, que alterem o património do Estado, devem
ser obrigatoriamente inscritas;
3 Especificação – cada receita e cada despesa deve ser suficientemente individualizada;
3 Não compensação – as receitas e as despesas devem ser inscritas de forma ilíquida, isto é,
sem qualquer dedução ou desconto;
3 Não consignação – o produto de quaisquer receitas não pode ser afectado à cobertura de
determinadas despesas, salvo excepções previstas na Lei;
3 Equilíbrio – as despesas devem ser efectivamente cobertas por receitas;
3 Publicidade – o Orçamento deve ser publicado em Boletim da República.
UNIDADE ANUALIDADE
PRINCÍPIOS
UNIVERSIDADE ESPECIFICIDADE
NÃO-CONSIGNAÇÃO NÃO-COMPENSAÇÃO
ORÇAMENTAIS
EQUILÍBRIO PUBLICIDADE
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Aprovação
Plano &
OSC/IPPC, AM
Orçamento
CM
PDM Elaboração Financiamento
GoM
PQG Plano & & Execução
PARC
PARPA Orçamento (Gerar receitas
Harmonia e financiar
c/ PDD actividades
OSC AM
Monitoria Controlo Prestação
CC OSC/CC
de Impacto Avaliação & de Contas
AM TA
Auditoria
PARC
IGF, TA
8.5.1 Elaboração
A proposta orçamental deverá estar de conformidade com os princípios gerais vigentes para
elaboração e execução do Orçamento do Estado, nomeadamente:
3 quanto à estrutura, às classificações e às definições do orçamento;
3 quanto ao modelo de orçamento a adoptar, que deverá ser idêntico para todas as autarquias
locais.
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de finanças, bem como quanto à apresentação de contra propostas aos limites de receitas e
despesas comunicados.
8.5.2 Aprovação
Nos termos do n.º 3 do artº. 13 da Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro, a aprovação do orçamento é feita de
modo a que o mesmo entre em vigor a partir do dia 1 de Janeiro do ano a que respeite.
O mesmo dispositivo legal estabelece que a aprovação do orçamento é sujeita a ratificação pelo órgão
que superintende a área de finanças. Na realidade, o n.º 2 do artº. 6 da Lei n.º 7/97, de 31 de Maio, refere
que carece de ratificação do respectivo órgão de tutela, a aprovação do orçamento.
Deve aqui referir-se que ocorrendo atraso na aprovação do orçamento, mantém-se em vigor o orçamento
do ano anterior com as alterações que nele tenham sido introduzidas mas, caso não seja aprovado até
31 de Março do ano seguinte, poderá implicar a aplicação de sansões previstas na Lei (artº. 14 da Lei n.º
1/2008, de 16 de Janeiro).
– Classificadores
- Alterações Orçamentais
– Nova dotação
– Redistribuição de dotações
- Revisões sobre a redistribuição (artº. 15, n.º 2, da Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro).
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Com a aprovação do Orçamento, compete ao Conselho Municipal a sua execução, quer quanto
às receitas, quer quanto às despesas.
• O que é relevante ao longo da execução do plano/orçamento:
• Informe sobre actividades e a marcha financeira trimestrais (o lado da receita)
• Acompanhamento das actividades no local
• Comunicação das realizações as comunidades.
Recursos
Recursos Próprios Quase - Próprios
(Impostos e Taxas) (impost. e taxas partilhados)
(ISVA, APIE)
Constituem receitas próprias das autarquias locais, entre outras, as seguintes (Artº 17 da Lei nº
1/2008, de 16 de Janeiro):
3 o produto da cobrança dos impostos e taxas autárquicos;
3 o produto da cobrança de taxas por licenças concedidas;
3 o produto da cobrança de taxas ou tarifas resultantes da prestação de serviços.
Para além das receitas próprias, as autarquias locais beneficiam, ainda, do Fundo de Compensação
Autárquica e do Fundo de Investimento de Iniciativa Local.
O Fundo de Investimento de Iniciativa Local, a que se refere o artº 48, destina-se ao financiamento
de projectos de iniciativa e decisão local.
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A execução das receitas é efectuada com base no respectivo classificador económico, e que
deve constar do Orçamento Autárquico, salientando-se:
3 . Receitas Correntes
. Receitas Fiscais
. Receitas não Fiscais
. Receitas consignadas
. Produto de transferências correntes de entidades públicas
. Donativos.
3 . Receitas de Capital
. Alienação do património da autarquia
. Outras receitas de capital
. Produto de transferências de capital de entidades públicas
. Donativos.
As despesas das autarquias locais podem ser correntes e de capital (Artº 21 da Lei nº 1/2008,
de 16 de Janeiro).
São despesas correntes as que se destinam a suportar a actividade corrente dos municípios,
nomeadamente as Despesas com Pessoal e Bens e Serviços.
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
O Tribunal Administrativo julga as contas até 31 de Outubro de cada ano, remetendo o seu
acórdão aos órgão autárquicos, com conhecimento ao Ministério das Finanças.
Refira-se que o incumprimento do estabelecido nesta norma legal, pode implicar a perda
de mandato ou dissolução dos órgão autárquicos por não aprovação, em tempo útil, da
respectiva Conta de Gerência.
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
3 A Débito
. O saldo da gerência anterior com a mesma discriminação do saldo do encerramento dessa
gerência;
. As entradas de fundos consignados, devidamente discriminados;
. As entradas de outras receitas.
3 A Crédito
. As despesas efectuadas durante a gerência, descritas de harmonia com o respectivo
orçamento;
. O saldo que transita para a gerência seguinte, devidamente discriminado.
É importante verificar ainda se o total a débito é igual ao total a crédito. Não o sendo, deve-se
investigar a razão da diferença.
• ACTO DE TRANSPAR������
�����
NCIA.
Prestação de Contas
Conselho Assembleia
Municipal Municipal
MF Doador
Tribunal Comunidade
Administrativo OSC/CC
40
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8.5.5 Controlo
O artº 24 da Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro, estabelece que a gestão financeira está sujeita
a controlo interno e externo, sendo o interno realizado através de inspecções ou de auditorias
financeiras e de desempenho e o externo exercido pela Inspecção Geral de Finanças (IGF) e
pelo Tribunal Administrativo.
Por outro lado, de acordo com o artº 80 da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, cabe ao Governo
fiscalizar a legalidade da gestão financeira e patrimonial das autarquias locais, devendo os
municípios serem inspeccionados ordinariamente pelo menos duas vezes no período de cada
mandato dos respectivos órgãos.
GOVERNO: CONSELHO
– OGF MINICIPAL TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
– MAF
COMUNIDADE
8.5.5.1 Interno
Tal facto, não deve colocar em causa a sua competência técnica e autonomia, isto é, deve
considerar-se como um órgão independente, com capacidade técnica e que desempenha as
suas funções sem interferência de quaisquer outros órgãos.
41
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
8.5.5.2 Externo
No domínio do controlo financeiro, compete ao Ministério das Finanças realizar inspecções aos
órgãos e instituições do Estado, serviços públicos e autarquias locais (al. a) do nº 5 do artº 4 do
Decreto Presidencial nº2/96, de 21 de Maio).
Esta competência foi conferida à Inspecção Geral de Finanças, como um órgão de apoio ao
Ministro das Finanças no controlo global da aplicação das normas de gestão financeira do Estado
e na realização de inspecções (artº 15 do D.M. nº 2/97, de 1 de Janeiro, do Ministro do Plano e
Finanças).
3 Tribunal Administrativo
O nº 2 do artº 228 da CRM diz que o controlo da legalidade dos actos administrativos e da
aplicação das normas regulamentares emitidas pela Administração Pública, e a fiscalização da
legalidade das despesas públicas cabem ao Tribunal Administrativo.
Através do Visto, o TA, verifica a conformidade com as leis em vigor dos actos administrativos e
contratos celebrados, assim como das minutas de contratos a celebrar pelas entidades sujeitas
ao controlo financeiro.
Em conformidade com a al) b) do artº2 da Lei nº 13/97, 10 de Julho, estão sujeitas a fiscalização
prévia, no âmbito subjectivo, as autarquias locais e, no âmbito material, (artº 3), entre outros
os actos administrativos do provimento do pessoal (ingressos, promoções, progressões,
transferências, aposentações, etc.).
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
A Lei das Finanças Autárquicas admite o atraso na aprovação do Orçamento autárquico até 31 de
Março do ano em que o exercício tenha lugar. Neste caso, mantém-se em vigor o orçamento do
ano anterior, com as alterações que nele tenham sido introduzidas. No caso de não cumprimento
do prazo de 31 de Março para a aprovação do Orçamento autárquico e 30 de Junho para a
submissão das contas ao Tribunal Administrativo, pode ocorrer a perda de mandato ou dissolução
dos órgãos autárquicos, nos termos do nº. 2, artigo 98 da Lei Quadro das Autarquias.
43
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
Ao mesmo tempo, a aplicação dos classificadores orçamentais facilita a autarquia na sua gestão
orçamental. Quanto mais clara, objectiva e abrangente for a classificação das receitas e das
despesas públicas, melhor será o desempenho do orçamento no cumprimento das funções
económica, política e jurídica.
De entre os classificadores estabelecidos pelo SISTAFE, podemos citar aqueles que são
aplicáveis às Autarquias locais, nomeadamente:
• Económico,
• Funcional,
• Orgânico,
• Territorial,
• Programático, e
• Fontes de recursos.
A classificação económica das receitas e das despesas públicas é idêntica para as Autarquias
e para o Estado. Contudo, a classificação das receitas é específica às Autarquias, havendo
diferenças de classificação em relação ao Estado devido às especificidades da base tributária
das Autarquias.
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
O Classificador Funcional, por sua vez identifica as despesas de acordo com a natureza das
funções exercidas pelo Estado (defesa, saúde, educação, transportes e comunicações, etc.),
obedecendo aos critérios das Nações Unidas. Este classificador permite julgar a orientação
dos recursos públicos para satisfazer necessidades colectivas, avaliar as opções tomadas em
momentos diferentes e permitir comparações. O classificador funcional é idêntico para todo o
sector público.
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
• Orçamento da Despesa que indica os limites para a totalidade das despesas a realizar
pela autarquia de acordo com o respectivo classificador económico; e
Importa referir que o modelo orçamental autárquico deve ser elaborado e aprovado com base
em preços correntes, o que significa que os valores indicados para a dotação global e a sua
distribuição são os valores utilizados para efeitos de execução orçamental. Assim, a autarquia
poderá constituir uma dotação provisional para futuros aumentos em preços devido à inflação
quando se elabora o orçamento.
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1.5 Donativos
1.5.0.1 Heranças, legados, doações e outras liberalidades
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2 RECEITAS DE CAPITAL
2.4 Donativos
2.4.0.1 Heranças, legados, doações e outras liberalidades
2.4.0.2 Donativos consignados a projectos
2.4.0.3 Donativos em espécie a projectos
2.4.0.99 Outros
O classificador económico das receitas apresenta de forma sistemática a totalidade das receitas
da autarquia consoante a sua proveniência, ou seja, a sua fonte geradora. As receitas são
divididas em duas partes: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Contudo, chama-se atenção que, na aplicação e/ou utilização dos dois tipos de receitas não
se faz distinção em função de origem de cada, trata-se apenas de uma classificação técnico-
didáctica.
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
As receitas Correntes dividem-se em: Receitas Fiscais, Receitas Não Fiscais, Receitas
Consignadas, o Produto de Transferências de Entidades Públicas e Donativos, que se destinem
a financiar o funcionamento da Autarquia e dos seus órgãos.
Receitas Fiscais - abarcam os impostos: importâncias com carácter obrigatório que a Autarquia
cobra sem que exista qualquer tipo de contrapartida específica atribuída ao contribuinte.
As receitas fiscais incluem, igualmente, o produto de compartilha da colecta sobre os impostos
cobrados pelo Estado na autarquia destinados ao orçamento autárquico.
0
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Ø Outras receitas não fiscais - incluem coimas e multas, as receitas de operações financeiras
por exemplo, os juros sobre depósitos bancários.
Na classificação das receitas, as transferências são prestações gratuitas recebidas pela Autarquia
de outra entidade pública nacional. São transacções através das quais a autarquia recebe bens
e serviços ou fundos (dinheiro), sem que em contrapartida tenha que prestar qualquer bem ou
serviço.
O FCA, estabelecido nos termos dos artigos 43 a 45 da Lei das Finanças Autárquicas, é objecto
de uma dotação inscrita no Orçamento do Estado e aprovado pela Assembleia da República.
Esta dotação é constituída por 1,5% das receitas fiscais previstas e realizadas no respectivo ano
económico.
A dotação global do FCA é distribuída pelo conjunto das autarquias locais por aplicação de
uma fórmula a ser inserida anualmente na Lei do Orçamento do Estado, considerando,
simultaneamente, os seguintes critérios:
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
Uma vez distribuído o valor do FCA, a sua afectação é livre, e é da inteira responsabilidade da
autarquia, salvaguardando-se, contudo, o prescrito no. 3 do artigo 23 da Lei 1\2008 de 16 de
Janeiro.
São consideradas também como Receitas de Capital as que são consignadas às despesas de
capital, caso, por exemplo, dos empréstimos e certos donativos concedidos à Autarquia para
a concretização de acções específicas de investimentos. É de notar que os rendimentos dos
serviços pertencentes à autarquia e dos bens próprios, são considerados como Receitas de
Capital nas autarquias porque são especialmente afectadas ao financiamento de despesas de
investimento (Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, artigo 17, no. 3).
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
Importa referir que as várias fontes de rendimento aqui consideradas são classificadas
como de capital por serem especialmente afectadas ao financiamento de despesas de
investimento (Lei das Finanças Autárquicas, artigo 17, no. 2).
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
8.7.3.6 - Donativos
• Donativos em espécie aos projectos, são donativos recebidos em bens e serviços cujo
objectivo de aplicação foi definido pelo doador. Nestes casos, o orçamento autárquico
deve prever o valor dos bens e serviços a fornecer pelo doador.
• Donativos consignados aos projectos, são donativos recebidos em numerário cujo objectivo
foi definido pelo doador.
A maioria dos projectos financiados por agências de cooperação internacional são donativos em
espécie aos projectos ou, exclusivamente, donativos consignados aos projectos. Nestes casos,
a autarquia deve discriminar os donativos por fonte de financiamento e por projecto.
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A Lei Quadro das Autarquias Locais ( Lei no. 2/97, artigo 21) e a Lei das Finanças Autárquicas
(artigo 17) distinguem as receitas próprias e as subvencionadas consoante a sua natureza e
proveniência.
A classificação económica da receita deve ser aplicada pelas autarquias em todas as fases do
processo orçamental: elaboração, aprovação, execução (incluindo a contabilização, a prestação
e o encerramento de contas) e alterações orçamentais.
CLASSIFICADOR DE DESPESAS
Código Descrição
1 DESPESAS CORRENTES
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1.2.2 Serviços
1.2.2.0.01 Comunicações
1.2.2.0.02 Passagens Dentro do País
1.2.2.0.03 Passagens Fora do País
1.2.2.0.04 Rendas de Instalações
1.2.2.0.05 Manutenção e Reparação de Imóveis
1.2.2.0.06 Manutenção e Reparação de Equipamentos
1.2.2.0.07 Transporte e Carga
1.2.2.0.08 Seguros
1.2.2.0.09 Representação
1.2.2.0.10 Consultorias e Assistência Técnica residente
1.2.2.0.11 Consultorias e Assistência Técnica não residente
1.2.2.0.12 Água e Electricidade
1.2.2.0.99 Outros Serviços
1.5 Subsídios
1.5.1 Sociedades
1.5.1.0.01 Empresas
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2 DESPESAS DE CAPITAL
2.1.1 Construções
2.1.1.0.01 Habitações
2.1.1.0.02 Edifícios
2.1.1.0.99 Outras Construções
3 OPERAÇÕES FINANCEIRAS
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Código Designação
1.1 Despesa com o Pessoal
1.2 Bens e Serviços
1.3 Encargos da Dívida
1.4 Transferências Correntes
1.5 Subsídios
1.6 Outras Despesas Correntes
1.7 Exercícios Findos
Código Designação
1.1.1 Salários e Remunerações
1.1.2 Outras Despesas com o Pessoal
Este grupo agregado de despesas subdivide-se em Bens e Serviços. A diferença entre esses
dois grupos desagregados consiste na possibilidade de exercício da propriedade do Município
ou Estado quando adquiridos, enquanto que os serviços não. Sendo os dois grupos consumos,
o uso de bens conduz, normalmente, à sua destruição física com a sua utilização, enquanto que
o consumo dos serviços é quase que imediato e efectua-se à medida que vão sendo prestados.
58
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
Bens
Neste grupo desagregado são incluídas as despesas com bens de consumo, independentemente
da sua direcção. Ele subdivide-se nas seguintes rubricas:
Código Designação
1.2.1.0.01 Combustíveis e lubrificantes
1.2.1.0.02 Manutenção e reparação de imóveis
1.2.1.0.03 Manutenção e reparação de equipamentos
1.2.1.0.05 Material não duradouro de escritório
1.2.1.0.06 Material duradouro de escritório
1.2.1.0.07 Fardamento e calçado
1.2.1.0.08 Outros bens não duradouros
1.2.1.0.99 Outros bens duradouros
Serviços
Código Designação
1.2.2.0.01 Comunicações
1.2.2.0.02 Passagens dentro do País
1.2.2.0.03 Passagens fora do País
1.2.2.0.04 Rendas das instalações
1.2.2.0.05 Manutenção e Reparação de Imóveis
1.2.2.0.06 Manutenção e Reparação de equipamentos
1.2.2.0.07 Transporte e Carga
1.2.2.0.08 Seguros
1.2.2.0.09 Representação
1.2.2.0.10 Consultorias e Assistência. Técnica Residente
1.2.2.0.11 Consultoria e assistência. Técnica não residente
1.2.2.0.12 Água e electricidade
1.2.2.0.99 Outros
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
As transferências são transacções podem ser em espécie através das quais, neste caso, o
Governo Central fornece bens, serviços ou activos a um outro agente ou outro nível do próprio
Governo (por exemplo, à uma instituição autónoma), sem que ele receba qualquer bem ou serviço
desse agente ou beneficiário.
Os subsídios são uma forma de transferência cuja utilização é condicionada pelo Governo.
Importa separar de forma clara essas duas transacções, porque os subsídios são equivalentes
a impostos negativos e, assim sendo, constituem uma categoria de relevância para o cálculo de
certos agregados macro-económicos.
60
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
• As sociedades financeiras, formadas por instituições que vendem serviços bancários aos
restantes agentes, empresas de seguros, etc.
Código Designação
1.4.1 Administrações Públicas
1.4.2 Administrações Privadas
1.4.3 Famílias
1.4.4 Exterior
Subsídios
Código Designação
1.5.1. Sociedades
1.5.2 Outros
Neste agregado devem ser contabilizadas as despesas não classificáveis nos grupos
anteriores.
61
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Código Designação
1.6.0.0.01 Dotação provisional
1.6.0.0.02 Restituição de cobranças indevidas
1.6.0.0.03 Visitas de Chefes do Estado
1.6.0.0.04 Despesas pagas com Receitas consignadas
1.6.0.0.99 Outras
De acordo com a Lei, as despesas não pagas dentro do período complementar e as dos anos
económicos findos, devem ser inscritas neste grupo as rubricas:
Código Designação
1.7.0.0.0.1 Salários e Remunerações
1.7.0.0.0.2 Outras Despesas com Pessoal
1.7.0.0.0.3 Bens
1.7.0.0.0.4 Serviços
Código Designação
2.1 Bens de Capital
2.2 Transferências de Capital
2.3 Outras Despesas de Capital
3.1 Operações Activas
3.2 Operações Passivas
Bens de Capital
De acordo com a classificação das Contas Nacionais, os bens de capital dividem-se em tangíveis
e bens intangíveis. Os bens intangíveis constituem aqueles que resultam da produção intelectual
62
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
(por exemplo: patentes, licenças, programas informáticos, etc.), enquanto que os tangíveis
correspondem os restantes bens de capital.
Os Bens de Capital, tangíveis e intangíveis, são separados em Bens Novos e Bens Existentes.
Por Bens de Capital Novos deve-se entender todos aqueles que estão a ser adquiridos pela 1ª
vez, isto é, que nunca pertenceram ou foram usados como bens de capital por algum agente
económico.
Em contrapartida os Bens de Capital Existentes são todos os que pertenceram e foram utilizados
anteriormente. Resulta, pois, que o principal critério de distinção entre os Bens de Capital Novos
e os Existentes é o da propriedade de uso (contabilização anterior como Bem de Capital).
Importa sublinhar que as despesas com a aquisição de Bens de Capital devem incluir o preço de
compra desses bens e os custos que o Município tem de suportar até dispor e começar a usá-los,
como por exemplo, fretes ou transporte, seguros, impostos aduaneiros, IVA e outros impostos
indirectos e taxas aplicáveis.
Estes custos devem ser somados ao preço de compra e o resultado desta soma ser inscrito na
rubrica relativa ao respectivo bem de capital.
Entretanto, de acordo com as normas em vigor, relativamente aos bens directamente importados
do exterior pelo Município ou doados pela cooperação internacional fixam-se dotações específicas
para a cobertura dos directos aduaneiros e outros impostos indirectos nas rubricas de impostos
aduaneiros e outros impostos aduaneiros do grupo transferências à Administrações Públicas.
Neste caso, o preço de aquisição do bem de capital deve ser inscrito na rubrica relativa a esse
bem e os impostos aduaneiros e indirectos nas respectivas rubricas atrás mencionadas.
Operações Financeiras
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Código
Designação
3.1 Operações Activas
3.2 Operações Passivas
Operações Activas
Código Designação
3.1.0.0.01 Capital Social de Empresas
3.1.0.0.99 Outras
Operações Passivas
Código Designação
3.2.0.0.01 Empréstimos Externos
3.2.0.0.02 Empréstimos Internos Bancários
3.2.0.0.99 Outras
Por se tratar de uma previsão, o orçamento pode não cobrir situações imprevistas que venham a
ocorrer durante o ano. Para fazer face a este tipo de situações, torna-se necessário proceder à
introdução de alterações no orçamento. Só assim se evitará a sua excessiva rigidez.
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
ser autorizadas pelo Governo. O ajustamento de preços; inscrição de nova dotação; reforço das
dotações; redistribuição de dotações; descentralização de execução financeira; e anulação de
dotações.
Destes, apenas quatro tipos de revisão são aplicáveis para o caso das autarquias, a saber:
• Redistribuição de dotações, que pode ser realizada entre rubricas da despesa ou projectos
distintos. A redistribuição implica a redução de uma ou várias dotações e o simultâneo
reforço de outra ou outras dotações sem alteração do total global da despesa.
• Reforço de dotações, aumento efectivo dos recursos anteriormente aprovados para fazer
face a situações de carência orçamental - que apenas poderá ter lugar se existir verba
correspondente na dotação provisional.
Por lei, o Município só poderá proceder a 3 revisões orçamentais dentro do mesmo exercício
económico.
A Lei das Finanças Autárquicas (Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, no.2 artigo 15) impede a redistribuição
das dotações nos seguintes casos:
65
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
O órgão tutelar dispõe apenas da faculdade de ratificar ou não o Orçamento autárquico, não
podendo introduzir ou propor alterações nem substituir por outro. Contudo, a ratificação do
Orçamento autárquico pode ser concedida sob condição suspensiva.
O Orçamento é analisado pelo Ministério das Finanças de modo a verificar a sua conformidade
com a lei. Os principais elementos a considerar na análise são:
♦ Aplicação do Modelo
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♦ Equilíbrio orçamental
O Orçamento Autárquico deve prever receitas suficientes para cobrir as despesas (Lei 1�2008 de
16 de Janeiro, art.9). Constatando-se um saldo orçamental negativo na previsão orçamental - a
soma das receitas e saldo transitado do ano anterior é inferior ao total das despesas - ratificação
é feita sob condição suspensiva, requerendo a correcção das previsões de receitas e�ou dotações
para despesa de modo a obter-se o equilíbrio orçamental.
Não havendo informação suficiente no Modelo Orçamental para apurar a conformidade das
dotações para despesas com a remuneração mensal ou senhas de presença, ajudas de custo
e subsídios de transporte para os titulares e membros dos órgãos autárquicos, os Orçamentos
Autárquicos são ratificados sob condição de observância do limite de 40% das receitas próprias
para estas despesas, nos termos do artigo 15 na Lei 9�97, de 31 de Maio.
. Não uso das disponibilidades da dotação de Bens e Serviços para o reforço das despesas com
o pessoal; e
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10 . GLOSSÁRIO
10) Cenário Fiscal de Médio Prazo: é um instrumento de previsão, de médio prazo, da evolução
das receitas e despesas públicas e demais indicadores fiscais,
11) Classificação económica: é a organização das receitas e das despesas segundo a sua natureza,
que recebem uma designação e um código próprios, constituindo uma rubrica orçamental;
69
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12) Classificação funcional: é a organização das despesas de acordo com as funções exercidas
pelo Estado, às quais são atribuídas uma designação e um código próprios;
13) Classificação orgânica: é a organização das despesas de acordo com os serviços ou unidades
orgânicas do Estado, que assumem uma designação própria e um código que as identifica;
15) Classificação territorial: é a organização e identificação das receitas e das despesas públicas,
segundo a divisão territorial do País;
16) Cobrança: acção de cobrar, receber ou tomar posse de receita e subsequente entrega ao
Tesouro Público;
17) Compromisso: é o acto que determina a assunção por parte de um determinado serviço ou
unidade orgânica do sector público, de uma obrigação financeira futura com repercussões
orçamentais;
18) Conta Única do Tesouro: é uma conta bancária tipo piramidal, com as necessárias sub-
contas, através da qual se movimenta quer a cobrança de receitas quer o pagamento de
despesas, seja qual for a sua proveniência ou natureza;
20) Contrapartida: é o montante deduzido numa ou mais dotações orçamentais para reforço de
uma ou mais dotações orçamentais;
70
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
24) Dívida pública: é a capacidade que o Estado dispõe de se endividar com o objectivo de captar
os meios de financiamento necessários para de forma planificada, tecnicamente sustentada,
proceder a investimentos tendo em vista a reestruturação organizacional, o incremento das
estruturas de produção ou de prestação de serviços, o reescalonamento dos seus passivos,
incluindo os juros da dívida, ou ainda para ocorrer a casos de emergência;
25) Dotação orçamental: é o montante inscrito em cada rubrica orçamental de despesa, acrescido
dos reforços e deduzido das anulações, constituindo o limite máximo de despesa a realizar
no respectivo ano económico;
27) Dotação provisional: é uma dotação orçamental, inscrita no orçamento do Estado, sob gestão
do Ministro que superintende a área das Finanças, destinada a fazer face a despesas não
previsíveis e inadiáveis;
28) Duodécimo: corresponde a um doze avos da dotação orçamental, calculados após dedução
do cativo obrigatório;
30) Eficácia: é a aferição do grau com que os objectivos são alcançados e a relação entre os
resultados pretendidos e os resultados reais de determinada actividade, independentemente
dos custos implicados;
71
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
31) Eficiência: é a relação entre o produto, em termos de bens, serviços ou outros resultados e
os recursos utilizados para produzi-los;
33) Formas de Pagamento do Tesouro: são as formas de pagamento utilizadas pelo Estado para
regularização das suas dívidas;
34) Inscrição de nova dotação orçamental: é o acto de inscrever no Orçamento do Estado uma
dotação orçamental anteriormente inexistente;
36) Libertação de crédito: é o acto através do qual o serviço ou unidade orgânica do sector
público, após recepção da factura, confirmação da recepção e verificação das condições
dos bens ou dos serviços efectuados, solicita o respectivo pagamento;
37) Limites orçamentais: são os valores máximos para as despesas a assumir e os valores
mínimos para as receitas a cobrar;
38) Meios de Pagamento Comuns: são as formas de pagamento utilizadas pelos devedores do
Estado para regularização das suas dívidas;
38) Plano Económico e Social: é o documento de base anual, onde são indicados os objectivos
de desenvolvimento económico e social e os programas e projectos do Conselho de Ministros
para o ano económico a que diz respeito e serve de linha de orientação para a elaboração
da proposta do Orçamento do Estado;
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
43) Rácio: é o coeficiente entre duas grandezas que nos permite obter o resultado da relação
entre elas;
44) Reforço orçamental: é o acto que consiste no aumento do montante de uma ou mais dotações
ou rubricas orçamentais para fazer face a situações de carência financeira não previstas no
orçamento do serviço ou unidade orgânica do sector público beneficiário, alterando o valor
inicialmente aprovado;
indevidamente pago por aquele, no caso de autoliquidação, ou quando se verifique que por
erro do contribuinte este o tenha pago em excesso;
45) Risco: é a incerteza de um acontecimento vir a ter um impacto nos objectivos planeados;
46) Tabela de despesa: é a discriminação para cada serviço ou unidade orgânica do sector
público e segundo a classificação económica, das respectivas dotações orçamentais que
constituem o limite máximo por tipo de despesas que um dado serviço ou unidade orgânica
do sector público está autorizado a efectuar durante um determinado ano económico;
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
47) Tabela de receita: é a discriminação para cada serviço ou unidade orgânica do sector
público e segundo a classificação económica, das respectivas dotações orçamentais que
constituem a previsão mínima de receita que um dado serviço ou unidade orgânica do
sector público está autorizado a arrecadar durante um determinado ano económico;
74
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
11 - BIBLIOGRAFIA
Bahl, Roy. 2003. Descentralização Fiscal: Uma Perspectiva Mundial. Artigo preparado para o 1°
Curso de Relações Fiscais Intergovernamentais em Moçambique, Maio de 2003.
Lei das Finanças e Património das Autarquias Locais (Lei 1/2008 de 16 de Janeiro)
Lei Quadro para a Implantação das Autarquias Locais (Lei n°2/97, de 18 de Fevereiro)
Matovu, George et al
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(eds.), . Strengthening Civic Participation in Municipal Governance. Harare:
��������
Municipal Development Programme for Eastern and Southern Africa.
Ministério do Plano e Finanças (MPF). 2003. Metodologia para a Recolha e Sistematização sobre
a Situação Financeira das Autarquias
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
Relatório sobre Práticas de Participação Comunitária, elaborado por Matakala e Eunice, UEM
Manual de Planificação Estratégica Vol. 1 (Conceitos Básicos e Metodologias)
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EXERCÍCIOS
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AULA 1
Roteiro da Actividade:
Após a Independência Nacional, no quadro da extinção dos Corpos Administrativos Coloniais (as
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Câmaras Municipais), foram criados os Conselhos Executivos (CE) nas cidades de Moçambique,
incluindo-se, portanto, a cidade de Nampula, pelas leis 5/78 e 6/78, de 22 de Abril. Os CE
constituíam uma extensão do Governo Central, sendo os seus órgãos (o presidente do CE e os
membros da Assembleia Provincial) nomeados pelo Governo Central. Estes são alguns marcos
dos primeiros passos da história da descentralização moçambicana. Seguindo o mesmo sentido,
resultando da revisão constitucional de 1990, são criados pela lei 2/97, de 18 de Fevereiro,
33 municípios, compreendendo 10 cidades e 23 vilas. A mesma lei define as competências
dos municípios. Dentre as competências descritas nesta lei, encontramos: (i) competências
exclusivamente dos municípios; (ii) competências exclusivamente do Governo Central e; (iii)
competências compartilhadas entre os dois níveis de governos.
AULA 2
Roteiro da Actividade:
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O estado social e económico do país exigia uma intervenção rápida e integrada das acções do
Governo Mapinhanelandês e de toda a sociedade para restituir o tecido social e revitalizar a
economia nacional. A ordem do dia passou a ser a erradicação da pobreza absoluta. Assim, ao
nível macro-estratégico, criou-se o Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA)
que ocupa um lugar primordial no sistema de planeamento estratégico nacional, complementando
o Programa do Governo. Por outro lado, ao níveis sectorial (saúde, educação, agricultura, etc.)
e autárquico existem outros sistemas de planeamento que devem ser consistentes com os
objectivos e prioridades contidos no PARPA. No caso autárquico, o exercício de planeamento é
desenvolvido dentro do contexto de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
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três escolas ainda não entraram em funcionamento por falta de professores. As escolas foram
concluídos quatro meses antes das eleições autárquicas e o presidente foi reeleito.
AULA 4
AULA 5
Roteiro da Actividade:
No fim das apresentações o formador faz uma ligação com o Orçamento Municipal.
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O Sr: Ngove é funcionário da Empresa Têxtil, é casado com a Sr.ª Rita e têm 5 filhos. Ele aufere
um vencimento mensal de 2.400.000,00 MT. No final de cada mês o Sr Ngove entrega à esposa
todo o salário para as despesas de casa nomeadamente; alimentação, assistência médica,
escola, renda de casa, água, luz, salário do empregado.
Entretanto, no mês de maio último a Sr.ª Rita resolveu comprar um aparelho de som. Passada
uma semana, adoeceu o filho mais novo do casal e a Sr.ª Rita viu-se aflita porque já não tinha
dinheiro para levar o filho ao médico e resolveu pedir mais dinheiro ao marido. Este contrariado,
disse que não tinha mais dinheiro, mas que iria pedir emprestado ao vizinho e recomendou à
esposa para que não repetisse aquela situação.
Ø Que conclusões o grupo tira sobre o descontrolo da Sr.ª Rita na realização das suas
despesas ?
Ø De que forma o grupo entende que a Sr.ª Rita poderia melhor organizar suas despesas?
EXERCÍCIO 2
Por outro lado, o mesmo órgão deliberativo, não aprovou o relatório de contas de 2003
apresentado pelo Conselho Municipal . Não obstante, o Conselho Municipal resolveu enviar as
contas ao Tribunal Administrativo.
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AULA 6
Roteiro da Actividade:
1. Distribui o exercício e dá instruções sobre a parte do exercício que cabe a cada grupo
2. Depois de resolvido os grupos trocam o exercício
3. O formador conduz o grupo para discussão do trabalho
4. Debate sobre o exercício.
Classificadores Orçamentais
Ø Despesas para a construção de uma escola primária com cinco pavilhões no Município.
Ø Pagamento efectuado pela empresa comercial FSRE sobre letreiros luminosos montados
na montra do seu estabelecimento.
Ø Gastos efectuados pelo partido Olhos do Povo durante a sua campanha eleitoral.
Ø O Presidente do Município oferece um jantar aos eleitos por ocasião do dia do Município.
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Ø Pagar uma assistência técnica efectuada por uma empresa local às máquinas fotocopiadoras
do município.
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Aulas 7, 8 e 9
2. O formador dá um sinal (batendo palmas) para que os formandos, num passo normal
executem movimentos cruzados, tomando o lugar do parceiro frontal e retomando ao seu
(duas vezes).
3. O formador dá outro sinal para que o movimento seja um pouco mais rápido (duas
vezes).
5. o formador dá outro sinal para uma paragem e orienta o grupo para uma coordenação dos
movimentos entre os formandos.
6. o formador dá mais uma vez um sinal para o retorno do movimento normal (uma vez) e
rápido também uma vez.
O Município da Vila da Maiaia está a preparar o seu plano de orçamento para ano económico de
2005. Para o efeito, a Vereação de Economia e Finanças dispõe da seguinte informação:
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Pretende-se
AULA 10
Durante o mês de Outubro, o Município recebeu uma factura de cobrança da TDM no valor
de 18.000 contos. Sabendo que o valor disponível na verba comunicações esgotou, qual a
providência a tomar ?
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PLANO DO CURSO
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Objectivo do Curso:
ESTRATÉGIAS
- Requerer dos formandos que tragam casos concretos que estejam a acontecer nos seus
respectivos municípios
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- Realizar actividades presenciais planificadas para cada aula, com base nos Planos de Aula
- Efectuar avaliações através dos trabalhos de grupo e individuais realizados quer dentro,
quer fora das sessões e observar o processo participativo dos formandos nas aulas
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PLANOS DE AULA
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PLANO DA AULA 1
1. OBJECTIVOS
2. CONTEÚDOS
Descentralização
Descentralização X Desconcentração
Descentralização em Moçambique
Enquadramento Legal
Tutela
3. INTRODUÇÃO
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4. DESENVOLVIMENTO
5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
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PLANO DA AULA 2
1. OBJECTIVOS
2. CONTEÚDOS
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
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5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
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PLANO DA AULA 3
1. OBJECTIVOS
2. CONTEÚDOS
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
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5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
1
Imprensa Nacional de Moçambique. �������
Maputo.
2
Centro de Serviços de Sofala
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PLANO DA AULA 4
1. OBJECTIVOS
2. CONTEÚDOS
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
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5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
Ministério da Administração Estatal, Ministério do Plano e Finanças. 2003. Participação e Consulta Comunitária na
Planificação Distrital. Imprensa Nacional de Moçambique. �������
Maputo.
Matovu, George et al (eds.), Strengthening Civic Participation in Municipal Governance. Harare:
Municipal Development Programme for Eastern and Southern Africa.
Roque, Carlos e Hemma Tengler 2000. �����������������������������������������������������������
Dondo no Dhondo: Perspectivas de Desenvolvimento Municipal
Participativo. Beira: Centro de Serviços de Sofala.
Weimer, Bernhard e Nguenha, Eduardo. 2004. Orçamentação, Transparência e Controlo Social: A Experiência
de Planificação Participativa nos Municípios de Cuamba e Montepuez.. Swiss Development Cooperation – SDC.
Maputo.
Relatório sobre Práticas de Participação Comunitária, elaborado por Matakala e Eunice, UEM
Manual de Planificação Estratégica Vol. 1 (Conceitos Básicos e Metodologias)
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PLANO DA AULA 5
1. OBJECTIVOS
2. CONTEÚDOS
Conceito de orçamento.
Princípios e regras do orçamento autárquico.
Etapas do processo orçamental.
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
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5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
PLANO DA AULA 6
1. OBJECTIVOS
2. CONTEÚDOS
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
103
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5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
104
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
PLANO DA AULA 7
1. OBJECTIVO
2. CONTEÚDOS
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
106
MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
PLANO DA AULA 8
1. OBJECTIVO
2. CONTEÚDOS
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
5. CONSOLIDAÇÃO
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
PLANO DA AULA 9
1. OBJECTIVO
2. CONTEÚDO
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
5. CONSOLIDAÇÃO
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
6. AVALIAÇÃO
7. MATERIAL DE REFERÊNCIA
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
PLANO DA AULA 10
1. OBJECTIVOS
2. CONTEÚDOS
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
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MANUAL DE FORMAÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL AUTÁRQUICA
5. CONSOLIDAÇÃO
6. AVALIAÇÃO
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IDEIAS e SUGESTÕES
Nossa ambição é que esse Manual seja constantemente aperfeiçoado. Para isso sua participação
é muito importante!
Se tiver ideias e sugestões sobre conteúdos, linguagem, formato gráfico, elas são todas muito
bem-vindas!
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Contacto: MAE–DNDA
Rua da Rádio n.º 112 – Telefone: 21 32 62 30
Maputo
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