ESAB - Matemática Aplicada PDF
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Aplicada
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Matemática Aplicada
Em 17/11/2004, inicialmente foi credenciada ‘EM CARÁTER ESPECIAL” para ofertar cursos de pós-
graduação Lato Sensu, por intermédio do Parecer CNE/CES nº 305/2004 e da Portaria MEC nº.
3.693/2004.
Portanto, desde 2004, mediante a oferta de diversos cursos lato sensu em várias áreas do saber, a
Instituição passou a promover a qualificação de profissionais que dispõem de tempo reduzido
para estudos e/ou que não podem se deslocar até os centros de formação. Essa oferta de cursos,
gradualmente, caracterizou-se como um processo dinâmico, empreendedor e compromissado
com a qualidade social da educação.
Em 2006, cumprindo o Marco de Regulação do MEC, a ESAB ingressou no Sapiens, atual e-MEC,
com a solicitação para oferta do curso de Pedagogia presencial.
Em 2009, a ESAB foi credenciada como Instituição de Ensino Superior (IES), por meio da
Portaria/MEC Nº 1.242, de 30 de dezembro de 2009 – Parecer CNE/CES nº 317/2009 para a oferta
do curso de pedagogia presencial.
Em 2010, e já regulada aos marcos do MEC, passou a ofertar Curso de Pedagogia na modalidade
presencial, sob o respaldo da Portaria 14/2010, de 08 de janeiro de 2010. Também em 2010,
ingressou com pedido via e-Mec para a oferta de 18.000 vagas distribuída em três cursos de
graduação na modalidade a distância: Administração, Sistemas de Informação e Pedagogia.
*Em Fevereiro de 2012, foi avaliada para credenciamento nestes três cursos em EAD, com not
máxima 5 (cinco), em todas as dimensões previstas e exigidas pelo MEC.
Em 23 de outubro de 2012, teve sua trajetória educacional coroada, ocasião em que recebeu da
Editora Segmento o PRÊMIO TOP EDUCAÇÃO/ 2012, sendo reconhecida pela sociedade brasileira
como a melhor instituição de formação docente de EaD do País.
Entre os anos 2011 e 2012 a ESAB, recebeu 19 comissões do MEC, para avaliações de seus polos de
apoio em 10 estados e foi credenciada em todos eles, sem que houvesse nenhuma diligência.
Em Agosto de 2013 a ESAB foi credenciada para a oferta de graduação em EAD através da Portaria
Nº 717 de 08 de agosto de 2013.
Em maio de 2014, a ESAB foi recredenciada institucionalmente pelo MEC, tendo uma avaliação
unânime pela comissão composta por três doutores, no quesito “Tecnologia para EAD” com
índices “Muito Além do mínimo do referencial exigido”.
*Nos dias 15,16 e 17/12/2015 – A ESAB teve seu curso de Sistema de Informação RECONHECIDO
também
com grande destaque em sua plataforma SGEI® onde conquistou nota máxima 5.
Em Setembro de 2017 A ESAB foi autorizada através da portaria nº 964 para ofertar o curso em
nível de tecnólogo de Gestão de Recursos Humanos.
Enfim, a ESAB pensa à frente de seu tempo, produz conhecimento e inovação e contribui para a
formação de seres humanos éticos e antenados com os avanços tecnológicos dos tempos atuais.
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil.
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Av. Santa Leopoldina, nº 840
Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Convidamos você a iniciar esta disciplina com muita motivação para que, ao final
deste estudo, você possa ter um novo olhar sobre os problemas .
Bom estudo!
Objetivo
O nosso objetivo é desenvolver oportunidades de compreender aplicações da
matemática, estabelecendo relações entre conhecimentos específicos . Para isso, é
necessário identificar situações-problema, propor soluções frente a diferentes níveis
de dificuldade e desenvolver o raciocínio lógico e crítico.
Habilidades e competências
• Reconhecer a importância do conhecimento matemático em diferentes
situações-problema.
• Reconhecer os conceitos de funções, limites e derivadas e suas aplicações.
Ementa
Números reais (operações, representações e intervalos). Álgebra (uso de
equações e inequações na resolução de problemas). Funções (linear, quadrática,
inversa, composta, exponencial, logarítmica) e suas aplicações (problemas de
demanda e oferta de mercado, receita, custo e lucro). Cálculo diferencial no dia a
dia de um gestor (limites e derivadas) e suas aplicações.
Sumário
1. Conjuntos numéricos e números reais..............................................................................7
2. Uso de calculadora na resolução de operações matemáticas..........................................16
3. Equações do primeiro grau.............................................................................................21
4. Equações do segundo grau.............................................................................................26
5. Inequações do primeiro grau.........................................................................................31
6. Inequações do segundo grau.........................................................................................37
7. Introdução ao conceito de funções.................................................................................43
8. Função linear – parte I...................................................................................................49
9. Função linear – parte II..................................................................................................54
10. Aplicações de função linear............................................................................................60
11. Equação da reta.............................................................................................................69
12. Exercícios sobre função linear.........................................................................................75
13. Função quadrática .........................................................................................................84
14. Função quadrática – parte I...........................................................................................89
15. Função quadrática – parte II..........................................................................................95
16. Aplicações de função quadrática..................................................................................102
17. Exercícios sobre função quadrática...............................................................................106
18. Função inversa.............................................................................................................111
19. Função composta.........................................................................................................117
20. Função exponencial – parte I.......................................................................................123
21. Função exponencial – parte II......................................................................................129
22. Aplicações de função exponencial................................................................................135
23. Função logarítmica – parte I........................................................................................141
24. Função logarítmica – parte II.......................................................................................147
25. Aplicações de funções logarítmicas..............................................................................156
26. Exercícios sobre função inversa, composta, exponencial e logarítmicas......................161
27. O limite de uma função................................................................................................166
28. Cálculo de limites usando suas leis – parte I................................................................171
29. Cálculo de limites usando suas leis – parte II...............................................................176
30. Cálculo de limites usando suas leis – parte III..............................................................181
31. Continuidade e descontinuidade de funções................................................................186
32. Limites no infinito........................................................................................................195
33. Assíntotas horizontais..................................................................................................200
34. Derivadas.....................................................................................................................207
35. Derivadas: Taxa de Variação..........................................................................................213
36. Derivadas de Funções Polinominais e Exponenciais.....................................................220
37. Derivadas: regra do produto.........................................................................................228
38. Derivadas: regra do quociente......................................................................................233
39. Exercícios sobre derivadas............................................................................................238
40. Derivadas: regra da cadeia – parte I.............................................................................243
41. Regra da cadeia – parte II............................................................................................247
42. Derivada de ordem superior.........................................................................................253
43. Exercícios sobre derivadas............................................................................................258
44. Aplicações de derivadas no estudo das funções...........................................................263
45. Aplicações de derivadas no estudo das funções – parte I.............................................270
46. Aplicações de derivadas no estudo das funções – parte II............................................277
47. Aplicações das derivadas nas áreas econômica e administrativa..................................284
48. Exercícios de revisão.....................................................................................................289
Glossário.............................................................................................................................296
Referências.........................................................................................................................303
Conjuntos numéricos e números
1 reais
Objetivo
Representar e fazer operações com números reais, além de trabalhar
com notação de intervalo e potenciação com expoentes inteiros.
Você já observou que uma das atividades mais presentes do nosso dia a
dia é a contagem? Contamos o dinheiro, a quilometragem até chegar
ao trabalho, os habitantes de certa cidade, as páginas de um livro etc.
Houve um tempo em que o homem não sabia contar, pois não era
preciso. Com o passar do tempo, as pessoas passaram a se questionar:
Qual a quantidade de animais nesse rebanho? Quantas batatas foram
obtidas nesta colheita? Quantas pessoas vivem nesta comunidade? A
partir de então começaram a criar diferentes representações para essas
quantidades até chegarem à representação dos números utilizada
atualmente.
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Todos esses números fazem parte do conjunto dos números reais,
denotado pelo símbolo R. Além disso, eles podem ser representados por
pontos em uma reta horizontal, chamada de reta real. O número 0 é
identificado como a origem. À sua direita marcam-se os valores positivos
e à sua esquerda os negativos, como no exemplo da Figura 1.
− 3 π
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
Números Números
reais negativos reais positivos
Figura 1 – Reta real.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
2
{
Exemplo 1: Represente o conjunto 3, -5, , 5, -1,5, -π sobre uma
reta real. 3 }
2
−5 −π −1,5 5 3
3
l
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
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O conjunto dos números racionais Q é composto por todos os números
a
que podem ser escritos na forma de fração , em que a e b são números
b
inteiros e b ≠ 0. Observe os seguintes exemplos:
7
= 1, 75
4
4
= 0,363636...
= 0,36
11
10
2=
5
-9
-3 =
3
Note que o conjunto dos números inteiros está contido no conjunto dos
números racionais.
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Números Reais
Números Inteiros
Números
Naturais
x menor
Representa todos os números reais
x ≤3 ou igual 3
menores ou iguais a 3.
a3
x maior
Representa todos os números reais
x ≥3 ou igual
maiores ou iguais a 3. 3
a3
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Ao tomarmos um “pedaço” do conjunto dos números reais, como
nos exemplos do Quadro 1, é possível utilizarmos outra notação para
representar esse intervalo de números: a notação de intervalos.
Os intervalos são muito importantes no estudo de funções. Fique atento, pois você irá
precisar desses conceitos daqui a pouco!
Notação de Notação de
Tipo de intervalo Representação gráfica
intervalo desigualdade
[2,3] Fechado 2 ≤ x ≤3 2 3
Fechado à esquerda e
[2,3[
aberto à direita
2 ≤ x <3 2 3
Aberto à esquerda e
]2,3]
fechado à direita
2 < x ≤3 2 3
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Agora conheceremos os quatro intervalos não limitados, mas para isso é
preciso lembrar que o símbolo –∞ é utilizado para representar o infinito
negativo e o símbolo +∞ para representar o infinito positivo.
Notação de Notação de
Tipos de intervalo Representação gráfica
intervalo desigualdade
Fechado x ≤3 3
Aberto x <3 3
a. ]‒3, 2]
b. 1 ≤ x ≤ 5
c. ]–∞, 2[
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Solução: A notação de desigualdade é x < 2; o intervalo não é limitado, é
aberto e possui apenas o extremo 2.
Propriedades
1. Comutativa
• Adição: 3 + 4 = 4 + 3
• Multiplicação: 3 ⋅ 4 = 4 ⋅ 3
2. Associativa
• Adição: (3 + 4) + 5 = 3 + (4 + 5)
• Multiplicação: (3 ⋅ 4) ⋅ 5 = 3 ⋅ (4 ⋅ 5)
3. Elemento neutro
• Adição: 3 + 0 = 3
• Multiplicação: 3 ⋅1 = 3
4. Oposto
• 3 + ( −3) = 0
• Dizemos que −3 é o oposto de 3 e vice-versa.
5. Inverso
1
• 3 ⋅ =1
3 1
• Dizemos que 3 é o inverso de 3, pois seu produto é igual a 1.
6. Distributiva
• a ⋅ (b + c ) = ab + ac
• ( a + b ) ⋅ c = ac + bc
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Essas propriedades serão utilizadas ao longo da disciplina como
ferramenta na realização dos cálculos, especialmente a propriedade
distributiva.
A base de uma potência pode ser qualquer número real e, neste caso, o
expoente será um número inteiro. Nesse sentido, podemos fazer diferentes
operações com as potências, mas observando as seguintes propriedades.
Propriedades Exemplos
1. a m ⋅ a n = a m+n 32 ⋅ 35 = 32+5 = 37
am 35
n
= a m −n 2
= 35−2 = 33
2. a 3
3. a 0 = 1 0
( −7) = 1
1 1
a −n = 3−5 =
4. an 35
5. ( a ⋅ b )n = a n ⋅ b n (2 ⋅ 3)−4 = (2 −4 ) ⋅ (3−4 )
n 5
a an 2 2
5
7. = n = 5
b b 3 3
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Exemplo 3: Usando as propriedades de potenciação, simplifique as
expressões a seguir supondo que os denominadores sejam diferentes de
zero.
x 4 y3
a. 2 5
x y
x 4 y3 4 -2 3-5
Solução: Pela propriedade 2, temos:= 2 5
x= y x 2 y -2 .
x y
(3 x 2 )2 y 4
b.
3 y2
(3 x 2 )2 y 4 32 x 4 y 4
Solução: Pelas propriedades 2 e 6, temos: = 2
= 2
3x 4 y 2 .
3y 3y
-3
2
c.
xy -3 3
2 xy x3 y3
Solução: Pelas propriedades 4, 5 e 7, temos: = = .
xy 2 8
Saiba mais
Note que em um dos exemplos anteriores, a
resposta nos fornece uma dízima periódica, ou
seja, uma repetição periódica e infinita de um
ou mais algarismos. Nesse caso, o período é 36 e
representamos a repetição com um traço sobre a
sequência que se repete. Para saber mais sobre o
assunto acesse a esta página ou assista ao vídeo
disponível aqui.
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Uso de calculadora na resolução de
2 operações matemáticas
Objetivo
Usar a calculadora na resolução de operações matemáticas.
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Figura 4 – Calculadora científica.
Fonte: <www.casio-intl.com>.
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Figura 5 – Funções para resolver a expressão.
Fonte: <www.casio-intl.com>.
7 × (1,35 + 2, 43)
= 5,88
4,5
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147
Nesse caso, basta pressionar a tecla e teremos 5,88 = .
25
Dica
Na página, disponivel aqui, você encontra uma
calculadora científica on-line. Não deixe de
conhecer e praticar!
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A raiz quadrada 144 pode ser digitada com a função mostrada à
esquerda, na Figura 6, , bastando digitar o número 144.
Para raiz quinta, isto é, raiz com índice 5, é preciso pressionar a tecla
2 4 - 144 + 5 32 =
6
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3 Equações do primeiro grau
Objetivo
Apresentar equações do primeiro grau.
3.1 Equações
Segundo Demana et al. (2009, p. 37), “[...] uma equação é uma
afirmativa de igualdade entre duas expressões”, ou seja, em uma equação
ambos os lados (expressões) são iguais. Isso nos permite realizar qualquer
operação em ambos os lados da equação e a igualdade ainda se mantém.
1. 3 x − 7 = 2 x + 3
2. x 2 + 2 x + 1 = 0
3. 6 y − 1 = 0
4. x +2 = x −3
5. 5a − 2 = 2 + a
8 4
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Note que a primeira equação é formada por duas expressões:
3x – 7 e 2x + 3.
3 . 10 – 7 = 2 . 10 + 3
30 – 7 = 20 + 3
23 = 23
Para resolver uma equação são utilizadas operações que mudam a “cara”
da equação sem alterar sua solução. É o que chamamos de equações
equivalentes. Vejamos, por meio de um exemplo, as operações utilizadas
na resolução de uma equação.
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3.2 Equações do primeiro grau
Uma equação do primeiro grau possui a forma ax + b = 0, em que a e b
são números reais e a ≠ 0. Além disso, ela apresenta uma única solução.
b. x - 3 x =2 - x
5 4 8
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Solução: Neste caso, o mínimo múltiplo comum dos denominadores das
frações é 40.
80
x=−
17 { }
Assim, o conjunto solução será −
80
17
.
c. 5x = 2x – (1 – 3x)
Solução:
x +5
d. =7
x -3
Solução: Os denominadores das frações são x – 3 e 1. Dessa forma, o
mínimo múltiplo comum entre eles é x – 3.
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x +5 7 Multiplique ambos os membros por x-3 para eliminar os
=
x −3 1 denominadores em todas as parcelas.
x +5
( x − 3) = 7( x − 3) Segundo a propriedade distributiva vista na unidade 1.
x −3
Subtraia x em ambos os membros para eliminar a variável
x + 5 = 7 x − 21 x do lado esquerdo e isolar no lado direito.
Some 21 em ambos os membros para eliminar os
5 = 6 x − 21 números do lado direito e isolar no lado esquerdo.
Divida ambos os membros por 6 para obter o valor da
26 = 6x variável x.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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4 Equações do segundo grau
Objetivo
Apresentar equações do segundo grau.
1. 3 x 2 + 5 x + 2 = 0
2. 4 x 2 − 20 x = −17
3. x (3 x + 11) = 20
4. x 2 − x − 20 = 0
5. ( x − 9)( x + 4) = 0
Nos exemplos (3) e (5), as equações estão escritas na forma fatorada. Veja
que ao aplicarmos a propriedade distributiva no exemplo (5), teremos a
seguinte equação equivalente:
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(x – 9)(x + 4) = 0
x2 + 4x – 9x – 36 = 0
x2 – 5x – 36 = 0
x2 – 5x – 36 = 0
92 – 5 . 9 – 36 = 0
81 – 45 – 36 = 0
O mesmo acontece com o valor –4, isto é, ele também é solução desta
equação.
-b ± b 2 - 4 ac
x=
2a
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-b ± b 2 - 4 ac
x=
2a
-( -1) ± ( -1)2 - 4 ⋅ 1 ⋅ ( -6)
x=
2 ⋅1
1 ± 1 + 24
x=
2
1± 5
x=
2
1+ 5 1-5
x1 = = 3 x2 = = -2
2 2
O conjunto solução desta equação é {‒2, 3}.
a. 3x2 ‒ 6x = 5
Solução: Inicialmente devemos deixar a equação igualada a zero:
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Assim, devemos subtrair 5 de ambos os membros
3x 2 − 6 x = 5 para eliminar os números do lado direito.
Aplicamos a fórmula de Bhaskara para
3x − 6 x − 5 = 0
2
a = 3, b = − 6 e c = − 5 para encontrarmos
as raízes da equação.
6 ± 36 + 60
x=
6
6 ± 96
x=
6
6 + 96 6 - 96
=x1 ≅ 2,63 =x2 ≅ -0,63
6 6
b. (x – 2)(x + 1) = 0
Solução: Esta equação do segundo grau está na forma fatorada e suas
soluções encontram-se visíveis na própria equação: x1 = 2 e x2 = –1.
Observe que sempre tomamos o valor com o sinal oposto.
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Assim, temos a equação:
( x + 5)2 (2 x − 7)2 = 82
18 ± 324 + 160
x=
10
18 ± 22
x=
10
18 + 22 18 - 22 4 2
x1 = =
4 x2 = =
- = -
10 10 10 5
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5 Inequações do primeiro grau
Objetivo
Apresentar inequações do primeiro grau.
1. 5 x + 3 ≥ 0
2. x − 2 < 3
2 7
3. 3( x − 5) − 4( x + 6) ≤ 7
2 x − 3 5x + 4 3x
4. − ≤5−
3 6 8
5x + 3 ≥ 0
5∙1 + 3 = 8 ≥ 0
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Considere u, v, w, z números reais, variáveis ou expressões algébricas e c
um número real (DEMANA et al., 2009, p. 49).
Exemplo 1: Resolva:
a. 3( x - 1) + 2 ≤ 5 x + 6
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Solução:
3 x − 3 + 2 ≤ 5x + 6
Adicionamos l em ambos os membros para eliminar os
3 x − 1 ≤ 5x + 6 números do lado esquerdo e isolar a variável x.
Subtraímos 5x em ambos os membros para eliminar a
3 x ≤ 5x + 7 variável x do lado direito e isolar no lado esquerdo.
1
Multiplicamos por −
−2 x ≤ 7 2
em ambos os membros para obter o valor da variável x.
7
−
2
7
Figura 7 – Reta representando o conjunto solução - , +∞ .
2
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
b. 3(x – 5) – 4(x + 6) ≤ 7
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Solução:
3 x − 15 − 4 x − 24 ≤ 7 Simplificando.
x ≥ −46
−46
Figura 8 – Reta representando o conjunto solução [−46,+∞[.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
2 x - 3 5x + 4 3x
c. - >5-
3 6 8
Solução:
Multiplicamos ambos os lados pelo
2 x − 3 5x + 4 3x mínimo múltiplo comum 24 para
− >5− eliminar os denominadores em
3 6 8
todas as parcelas.
(2 x − 3) (5 x + 4) 3x
24 ⋅ − 24 ⋅ > 120 − 24 ⋅ Simplificamos.
3 6 8
16 x − 24 − 20 x − 16 > 120 − 9 x
Somamos em ambos os membros
−4 x − 40 > 120 − 9 x para eliminar a variável x do lado
direito e isolar no lado esquerdo.
Multiplicamos ambos os membros
1
5 x > 160 por para obter o intervalo em
5
que a variável x está.
x > 32
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O conjunto solução desta inequação são todos os números reais maiores
que 32. A representação em intervalos do conjunto solução é ]32, +∞[. A
visualização do conjunto solução na reta real é:
32
Figura 9 – Reta representando o conjunto solução ]32,+∞[.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
d.
−7 < x ≤ 5
−7 5
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e. 0 < 3 – 5x ≤ 10
Solução:
1
−3 < −5 x ≤ 7 Multiplicamos todos os membros por − .
5
3 7
>x≥− Atenção: a desigualdade é invertida.
5 5
7 3
− ≤x<
5 5
7 3
−
5 5
7 3
Figura 11 – Reta representando o conjunto solução - , .
5 5
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
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6 Inequações do segundo grau
Objetivo
Apresentar inequações do segundo grau.
1. x − x − 12 ≥ 0
2
2. x − 8 x ≤ 20
2
3. 2 x + 3 x ≤ 20
2
4. x − 4 x < 1
2
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O gráfico da função y = x2 + x ‒ 2 é:
y
4
1
x
–4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4
–1
–2
–3
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Exemplo 1: Resolva as inequações.
a. x2 – x – 12 > 0
Solução: Inicialmente encontre o conjunto solução da equação x2 – x
– 12 = 0. Pela fórmula de Bhaskara, o conjunto solução é {–3, 4}. Esses
valores indicam onde a função y = x2 – x – 12 corta o eixo x.
+ +
–3 4
Assim, fica mais fácil observar que o conjunto solução para a inequação
x2 – x –12 > 0 são os valores de maiores que 4 e menores que ‒3. Em
notação de intervalos temos o conjunto solução ]–∞, –3[ ∪ ]4, +∞[.
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b. 2x2 + 3x ≥ 20
{ }
2x2 + 3x ‒ 20 = 0 é -4,
5
2
. Observa-se também que a parábola tem
concavidade voltada para cima, pois a = 2.
+ +
5
−4
2
–
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+ +
−2 10
–
Estudo complementar
Caso você queira construir gráficos de funções,
especialmente as do segundo grau, conheça o
software gratuito Winplot, que você pode baixar
na internet clicando aqui, ou fazendo uma busca
no Google.
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Resumo
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7 Introdução ao conceito de funções
Objetivo
Introduzir o conceito de funções a partir de problemas de
Administração.
Exemplo 1
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Você pode observar que cada mês (t) tem um único preço (P) associado,
o que caracteriza uma função matemática. Segundo Murolo e Bonetto
(2012, p. 2),
Na função que associa os meses (t) com o preço (p), chamamos a variável
p de dependente, pois seu valor depende do mês que é escolhido. E a
variável t é chamada de variável independente.
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Uma representação dos valores da Tabela 1 pode ser feita por meio de um
gráfico, como na Figura 16.
p
7,5
7,4
7,3
7,2
7,1
7,0
6,9
6,8
6,7
6,6
6,5
6,4
t
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Você pode observar que os pontos do gráfico não formam uma linha
reta, mas estão próximos disso. Nesse sentido, não há uma função exata
que represente a situação do exemplo citado, mas é possível fazer uma
aproximação que resultará na função p (t).
www.esab.edu.br 45
p
7,5
7,4
7,3
7,2
7,1
7,0
6,9
6,8
6,7
6,6
6,5
6,4
t
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Figura 17 – Função que aproxima o preço médio do produto “A”.
Fonte: Murolo e Bonetto (2012).
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Exemplo 2
v
300
250
200
150
100
50 t
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Figura 18 – Vendas de um CD.
Fonte: Murolo e Bonetto (2012).
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Exemplo 3
240
(q )
c= + 50
q
100
75
50
25
q
0 10 20 40 60 80 100 150 200 250 300
Figura 19 – Custos unitários para a produção de um produto.
Fonte: Murolo e Bonetto (2012).
Pode-se observar que o custo (c) unitário desse produto nunca é inferior
240
(q )
a 50 reais. Quanto maior o valor de (q) na função c = + 50, mais
q
240
próximo de zero será o número da parcela . Dessa forma, a soma
q
240
+ 50 resulta em um número próximo de 50.
q
A função representada pela Figura 19 é limitada inferiormente.
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8 Função linear – parte I
Objetivo
Compreender situações-problema envolvendo função linear e
conceituar função linear, coeficiente angular e coeficiente linear.
Agora que vimos uma introdução das funções podemos dar início a esta
unidade destacando características de funções lineares por meio de um
exemplo-problema.
Exemplo 1
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Esses valores indicam que a variável dependente (C) e a independente (q)
variam proporcionalmente, ou seja,
DC C 2 - C1 10 20 60 100
= = = = = = 2
Dq q2 - q1 5 10 30 50
De forma geral, a função custo é uma soma do custo fixo (Cf ) e do custo
variável (Cv), C = Cv + Cf. Nesse exemplo, considerando que o Cf = 100
e Cv = 2q. Onde q representa a quantidade de calçados. Assim, a função
custo é:
C (q) = 2q + 100
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Essa função representa uma função linear, cujo gráfico é uma reta
(Figura 20).
C ( q ) = 2q + 100
C
200
Variação em C = 60
140
Variação em q = 30
100
q
20 50
Figura 20 – Função custo.
Fonte: Murolo e Bonetto (2012).
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Temos ainda o coeficiente linear, representado na função por b. Esse
valor nos mostra onde o gráfico corta o eixo y, ou seja, o valor de y
quando x = 0.
y = f (0) = m . 0 + b
y=b
Exemplo 2:
Dy y2 - y1 80 - 100 -20
m= = = = = -2.
Dx x 2 - x1 10 - 0 10
Dy y2 - y1 20 - 80 -60
m= = = = = -2.
Dx x 2 - x1 40 - 10 30
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Percebemos também que a taxa de variação obtida, chamada de
coeficiente angular, é negativa. Isso significa que a função é decrescente
e o coeficiente linear (b) é igual a 100, pois, segundo a Tabela 3, quando
não há demanda, o preço máximo do martelo é 100 reais.
y = -2x + 100
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10 x
0 10 20 30 40 50
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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9 Função linear – parte II
Objetivo
Apresentar gráfico, domínio e imagem de função linear e interpretar
o gráfico a partir de problemas propostos.
Para dar seguimento aos estudos, vamos iniciar esta unidade trazendo
novas características das funções lineares.
Dada uma função linear f (x) = mx + b, seu gráfico será sempre uma
reta. Essa reta pode ser crescente (quando m > 0) ou decrescente
(quando m < 0) Nos exemplos da unidade 8, vimos esses dois casos.
Você sabe ainda que por dois pontos dados passa uma única reta.
Portanto, para construirmos o gráfico de uma função linear é preciso de,
pelo menos, dois pontos.
Exemplo 1
a. f (x) = 2x ‒ 1
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Tabela 4 – Tabela de valores.
x y = f (x) (x, y)
0 y = 2⋅0 -1 = -1 (0, -1)
1 1 1
y = 2⋅ -1 = 0 ,0
2 2 2
1
Agora basta localizar os pontos ( 0, -1) e ,0 no plano cartesiano e
traçar a reta. 2
y
4
3
2
1
x
− 4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4
−1
−2
−3
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Para sua reflexão
Como vimos na unidade 8, o coeficiente angular
Dy
de uma função linear é dado por m = . Pelos
Dx
valores encontrados na tabela,
Dy 1
=
m = = 2.
Dx 1
2
Esse é exatamente o valor que podemos observar
na função f (x) = 2x ‒ 1 dada no problema?
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
b. f (x) = ‒ x + 3
Solução: Você deve construir uma tabela de valores para que seja possível
localizar pelo menos dois pontos no plano cartesiano e então traçar o
gráfico da função.
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Tabela 5 – Tabela de valores.
x y = f (x) (x, y)
0 y = ‒0 +3 = 3 (0, 3)
3 y = ‒3 + 3 = 0 (3, 0)
Observe que o coeficiente angular (m = ‒1) é negativo e isso faz com que
a reta seja decrescente. O coeficiente linear (b = 3) representa o ponto
onde a função corta o eixo y.
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Para sua reflexão
O domínio e a imagem de uma função linear
sempre será o conjunto dos números reais. A
exceção ocorre quando a função linear está
inserida no contexto de um problema, por
exemplo, quando a variável x representa os
meses do ano (não tem sentido falarmos de
meses negativos) ou quando uma das variáveis
representa uma quantidade que necessariamente
deve ser maior ou igual a zero. Neste caso,
restringimos o domínio e/ou a imagem de acordo
com a situação-problema, você concorda?
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
Exemplo 2
Um operário tem seu salário dado por um valor fixo mais uma parte
variável que é diretamente proporcional ao número de horas extras
trabalhadas. A função que representa o salário em função das horas extras
é y = 20x + 600, em que a variável y representa o salário e a variável y
representa o número de horas extras. Faça o gráfico da função encontrada
e identifique o domínio e a imagem.
x y (x, y)
0 y = 20 . 0 + 600 = 600 (0 , 600)
‒30 y = 20 . (‒30) + 600 = 0 (‒30, 0)
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Como a variável x representa o número de horas extras trabalhadas, não
tem sentido termos valores de x negativo. Portanto, utilizamos uma linha
tracejada para representar o gráfico para esses valores ou simplesmente
não a fazemos, conforme a Figura 24.
1500
1000
500
0
− 60 − 40 − 20 20 40 60
− 500
Você pode observar que quanto mais horas extras o operário trabalhar,
maior será seu salário. Podemos comparar essa informação com o
coeficiente angular da função, m = 20, que é positivo e indica uma
função crescente.
Agora que vimos como se comportam as funções lineares, vamos seguir para
a próxima unidade, na qual veremos diversas aplicações desse tipo de função.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 1 a 9. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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10 Aplicações de função linear
Objetivo
Apresentar situações-problema envolvendo funções lineares, ponto
de encontro entre duas retas.
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Ponto de equilíbrio: ocorre quando o lucro é nulo, ou seja, a receita é
igual ao custo.
Não confunda MCU com Lucro! Para obtermos lucro, ainda é preciso
descontar os custos fixos de produção.
0=R‒C
R=C
1. L = 0
2. R = C
Procuraremos relacionar esses conceitos presentes em situações-problema
de Administração na resolução de problemas de funções lineares.
Exemplo 1
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cada um que vender, devolvendo à sorveteria os que restarem. O preço de
venda do picolé é de R$ 1,50 (SILVA; ABRÃO, 2008). Pergunta-se:
R = 1,50 . 10 = 15 reais
b. Qual a receita total da pessoa se ela vender em um dia 100 picolés?
Solução: A receita total após a venda de 100 picolés, sendo que cada um
deles custa R$ 1,50, será:
R = 1,50 . x
d. Qual o custo fixo diário para a pessoa que aluga o carrinho?
Solução: Segundo o enunciado do problema, a pessoa que aluga o
carrinho de picolés deve pagar R$ 21 por dia.
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Solução: Como cada picolé tem um custo variável de R$ 0,80. Se a
pessoa vender 10 picolés, o custo variável será:
CV = 0,80 . x
CT = 0,80 . x + 21
www.esab.edu.br 63
único picolé é de R$ 1,50 e o custo variável é R$ 0,80, a margem de
contribuição unitária será:
MC = 0,70 . x
L = 0,70 . x ‒ 21
L = 0,70 . 100 ‒ 21
L = 49
www.esab.edu.br 64
R = CT
1.50 . x = 0,80 . x + 21
0,7 . x = 21
x = 30
x R = 1,50 . x (x, R)
0 R = 1,50 . 0 = 0 (0, 0)
30 R = 1,50 . 30 = 45 (30, 45)
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Observe que o ponto de equilíbrio físico é o ponto de encontro do
gráfico da função receita e da função custo fixo. Além disso, quando x =
30, o lucro (L) é zero.
y
40 CT
R
30
20
LB
10
x
− 40 − 30 − 20 − 10 0 10 20 30 40
− 10
− 20
− 30
o. Quantos picolés a pessoa terá que vender para lucrar R$ 100 por
dia?
Solução: A função que representa o lucro é L = 0,70 . x ‒21. Para que
o lucro seja R$ 100 por dia, devemos substituir esse valor no lugar da
variável L para encontrar o número de picolés a serem vendidos.
L= 0, 70 ⋅ x - 21
100= 0, 70 ⋅ x - 21
= 0, 70 ⋅ x
121
121
= x = 172,85
0, 70
www.esab.edu.br 66
Será preciso vender 172,85 picolés, ou melhor, 173 picolés, pois não é
possível vender frações de picolés.
p. Se a pessoa fizer uma promoção por sua própria conta, do tipo pague
2 leve 3, imaginando que todas as vendas aconteçam na promoção,
qual o novo ponto de equilíbrio?
Solução: Se cada picolé custa R$ 1,50 e as pessoas pagariam 2 e
comprariam 3, a receita a cada venda seria de R$ 3,00. Dessa forma, seria
como se cada picolé custasse R$ 1,00. Como o ponto de equilíbrio é a
igualdade R = CT, em que R = 1,00 . x e CT = 0,8 . x + 21, temos:
R = CT
1,00 ⋅ x = 0,8 ⋅ x + 21
0, 20 ⋅ x =21
21
= x = 105
0, 2
Portanto, será preciso vender 105 picolés ou 35 promoções para ocorrer
o ponto de equilíbrio, isto é, para começar a ganhar lucro.
L = 0,2 . x ‒ 21
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Será preciso vender 350 picolés ou 116,66 promoções para obter um
lucro de R$ 49.
Com esse exemplo, encerramos mais uma unidade. Esperamos que essas
aplicações de funções possam ter lhe auxiliado a melhor compreendê-las.
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11 Equação da reta
Objetivo
Apresentar a equação da reta a partir de dois pontos conhecidos.
Exemplo 1
y - y0 x - x0
=
y1 - y0 x1 - x0
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Em que:
x0 y0 x1 y1
10 200 15 150
Sabendo o valor das variáveis x0, y0, x1, y1, substituímos na equação:
y - 200 x - 10
=
150 - 200 15 - 10
5 ( y - 200 ) =-50 ( x - 10 )
5 y - 1000 =
-50 x + 500
5y =
-50 x + 1500
-50 x + 1500
y=
5
y=
-10 x + 300
200
100
x
− 400 − 300 − 200 − 100 0 100 200 300 400
− 100
− 200
− 300
Figura 26 – Gráfico da função y = ‒10x + 300.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
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Exemplo 2
x0 y0 x1 y1
1 122 10 95
x0 y0 x1 y1
9 1075 40 300
www.esab.edu.br 71
y - y0 x - x0
=
y1 - y0 x1 - x0
y - 1075 x -9
=
300 - 1075 40 - 9
31 ( y - 1075 ) = -775 ( x - 9 )
31 y - 33325 =-775 x + 6975
31 y =
-775 x + 40300
-775 x + 40300
y=
31
y=
-25 x + 1300 é a equação da reta.
• J: juros
• P: capital inicial
• i: taxa de juros
• n: período de aplicação
• M: montante (juros + capital inicial)
Os juros e o montante podem ser obtidos pelas equações:
Juros Montante
J=P⋅i⋅n M=J+P
Juros Montante
J=P⋅i⋅n
M=J+P
J = 2000 ⋅ 0,05 ⋅ n
M = 100n + 2000
J = 100n
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Para sua reflexão
A taxa de juros i pode ser representada em
porcentagem ou na forma decimal. Observe que
5
= = 0,05. Desta forma podemos
5%
100
dizer que calcular o juros e o montante é preciso
escrever a taxa de juros na forma decimal? Por que?
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
M J
2000
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O gráfico do montante é obtido fazendo-se uma translação de 2000
unidades em relação ao gráfico dos juros. Esse valor representa o capital
inicial.
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12 Exercícios sobre função linear
Objetivo
Propor exercícios sobre função linear.
Esta unidade será composta apenas por exercícios resolvidos sobre função
linear.
Exercício 1
V = 2,30 . q
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Tabela 10 – Tabela de valores.
q V = 2,30 . q (q, V)
0 V = 2,30 . 0 = 0 (0, 0)
50 V = 2,30 . 50 = 115 (50, 115)
y
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10 x
0 10 20 30 40 50 60 70 80
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Exercício 2
C=R
3q + 90 = 5q
90 = 2q
q = 45 unidades
q C = 3q + 90 (q, C) q R = 5q (q, R)
0 C = 3 . 0 + 90 (0, 90) 0 R=5.0=0 (0, 0)
45 C = 3 . 45 + 90 = 225 (45, 225) 45 R = 5 . 45 = 225 (45, 225)
www.esab.edu.br 77
230
220
210
200 Ponto de Equilíbrio
190
180
170
160
150
140 C R
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
− 50 − 30 − 10 10 30 50 70 90
L = 5q ‒ (3q + 90)
L = 2q ‒ 90
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Observe alguns dados na tabela de valores:
q L = 2q ‒ 90 (q, L)
0 L = 2 . 0 ‒ 90 = ‒90 (0, ‒90)
45 L = 2q ‒ 90 (45, 0)
40
30
20
10
− 10 0
− 10 10 20 30 40 50 60 70
− 20
− 30
− 40
− 50
− 60
− 70
− 80
− 90
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Exercício 3
R = 12,00 . x
www.esab.edu.br 80
Solução: O custo variável depende do número de carros lavados. Neste
caso, temos para cada carro um custo com matéria-prima de R$ 3,00, as
comissões de R$ 1,00 e obrigações sociais (40% sobre as comissões) de
R$ 0,40. Portanto, o custo variável para se lavar 250 carros será 4,40 .
250 = 1.100 reais.
CV = 4,40 . x
CT = 4,40 . x + 1692
L = 12 . x ‒ (4,40 . x + 1692)
L = 7,6 . x ‒ 1692
www.esab.edu.br 81
O lucro da empresa ao lavar 223 carros será L = 7,6 . 223 ‒ 1692 = 2,80
reais. Esse valor significa que praticamente não haverá lucro, pois é um
valor próximo ao ponto de equilíbrio.
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Resumo
www.esab.edu.br 83
13 Função quadrática
Objetivo
Compreender situação-problema envolvendo função quadrática.
Conceituar função quadrática.
p = –2q + 100
Substituindo a função do preço na receita, obtém-se:
R=p⋅q
R = (–2q + 100) ⋅ q
R = –2q2 + 100q
www.esab.edu.br 84
A função da receita é uma função quadrática que depende apenas da
variável q.
y = ax2 + bx + c
em que a, b e c são números reais, x é a variável independente e y é a
variável dependente.”
Receita (R) 0 1800 3200 4200 4800 5000 4800 4200 3200 1800 0
www.esab.edu.br 85
6000
5000
4000
Receita
3000
2000
1000
20 40 60 80 100 120
Quantidade
Figura 31 – Gráfico da função R =-2q 2 + 200q .
Fonte: Adaptada de Murolo e Bonetto (2012).
Exemplo 1
www.esab.edu.br 86
∆y y2 − y1
=
∆x x2 − x1
Taxa de variação média
300 − 400 −100
= = −50
12 − 10 2
Portanto, esta função será do tipo linear. Para você encontrar a função
y = f (x), utilize a fórmula a seguir, vista na unidade 11.
y - y0 x - x0
=
y1 - y0 x1 - x0
Selecionando dois pontos (10,400) e (12,300) da Tabela 14, substituímos
na fórmula e isolamos a variável de interesse y para encontrar a função
y = f (x), conforme apresentado nos passos a seguir:
y - 400 x - 10 y - 400 x - 10
= → =
300 - 400 12 - 10 -100 2
-100 x + 1800
2y =
-100 x + 1800 → y=
2
www.esab.edu.br 87
Solução: A receita total é representada pelo produto entre o preço
cobrado na lavação (x) e o número de carros lavados (y), ou seja:
R=y⋅x
A função do preço de lavação é y = –50x + 900. Substituindo y na
função da receita, obtemos:
R=y⋅x
R = (–50x + 900)⋅x
R = –50x2 + 900x
A receita é uma função quadrática que depende do preço da lavação (x).
R = –50x2 + 900x e x = 7
R = –50.72 + 900.7
R = 3.850 reais
www.esab.edu.br 88
14 Função quadrática – parte I
Objetivo
Apresentar gráfico, domínio e imagem de função quadrática.
A y B y
6 2
5 1 x
4
3 − 3 − 2 −−
11 1 2 3
2 −2
1 x −3
−4
−3 −2 −1 1 2 3
−1 −5
−2 −6
www.esab.edu.br 89
Além disso, o domínio de toda função quadrática é o conjunto dos
números reais, e a imagem irá depender do valor que atinge a variável
y. Na Figura 32 (a), a imagem é o conjunto [0, +∞[ e na Figura 32 (b) a
imagem é [0, –∞[.
Estudo complementar
Na unidade 15 você irá estudar sobre o vértice
da função, que apresenta os valores máximo e
mínimo que ela atinge. Enquanto isso, você pode
ver um pouco mais sobre esse assunto lendo o
artigo “Máximo e mínimo absolutos da função
quadrática”, de Marcelo Rigonatto. Disponível
aqui.
Exemplo 1
Exemplo 2
www.esab.edu.br 90
Além da concavidade, podemos relacionar outras características da
parábola com a função quadrática. Vejamos a seguir:
y = x2 –5x + 4
y = 02 –5⋅0 + 4 = 4
De forma geral, para qualquer função quadrática y = ax2 + bx + c,
quando substituímos x = 0 na função obtemos y = c. Portanto, o
coeficiente c, chamado de termo independente, é sempre o valor em que
a parábola corta o eixo y.
www.esab.edu.br 91
Além disso, a parábola corta o eixo x em dois valores: x = 1 e x = 4.
Podemos dizer que os pontos em que o gráfico da função y = x2 –5x + 4
corta o eixo x têm coordenadas: (1,0) e (0,4). Isso quer dizer que nesses
pontos o valor de y é zero, ou seja:
x2 –5x + 4 = 0
Então, para encontrar os pontos onde o gráfico corta o eixo x basta
resolver uma equação do segundo grau através da fórmula de Bhaskara:
-b ± b 2 - 4 ac
x=
2a
Sendo a = 1, b = –5 e c = 4, temos:
-( -5) ± 52 - 4.1.4
x=
2.1
+5 ± 25 - 16
x=
2
5± 9
x=
2
5±3
x=
2
5-3 2 5+3 8
x1= = = 1 e x 2= = = 4
2 2 2 2
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Exemplo 3
y = 02 – 6 ⋅ 0 + 8 = 8
Portanto, o ponto será (0,8).
x2 –6x + 8 = 0
Aplicando a fórmula de Bhaskara, obtém-se:
-b ± b 2 - 4 ac
x=
2a
Sendo a = 1, b = –6 e c = 8, temos:
-( -6) ± ( -6 )2 - 4 ⋅ 1 ⋅ 8
x=
2 ⋅1
6 ± 36 - 32
x=
2
6± 4
x=
2
6±2
x=
2
=x1 2= e x2 4
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Observe no gráfico da função (Figura 34) os pontos obtidos na resolução
do exemplo 3.
y
9
8
7
6
5
4
3
2
1
x
−2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8
−1
−2
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15 Função quadrática – parte II
Objetivo
Determinar valores máximos e mínimos e intervalos de crescimento
ou decrescimento da função.
O ponto de mínimo é o ponto mais baixo que a curva pode atingir. Veja
que todas as parábolas com concavidade voltada para cima terão ponto
de mínimo, como na Figura 35. Por outro lado, o ponto de máximo é o
maior ponto que a curva atinge e somente as parábolas com concavidade
voltada para baixo terão esse ponto (MUROLO; BONETTO, 2012).
Iremos neste momento apresentar o ponto mínimo e mais adiante
apresentaremos o ponto máximo.
www.esab.edu.br 95
y
9
8
7
6
5
4
3
2
1
x
−2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8
−1
−2
A fórmula utilizada é:
-b
xv =
2a
- (b 2 - 4 ⋅ a ⋅ c )
yv =
4⋅a
Sendo que o vértice (ou ponto de mínimo) é formado pelo ponto (xv, yv)
e a, b e c são os coeficientes da função quadrática y = ax2 + bx + c.
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-b - ( -6 ) 6
xv= = = = 3
2a 2 ⋅1 2
yv =
- (b 2 - 4 ⋅ a ⋅ c )
=
(
- ( -6 ) - 4 ⋅ 1 ⋅ 8
2
)= -4
= -1
4⋅a 4 ⋅1 4
Portanto, o valor mínimo que a função atinge será y = –1 e o vértice será
(3, –1).
A y B Ponto de máximo
6
y
5 2
4
1 x
3
2 − 3 − 2 −−
11 1 2 3
1 x −2
− 3 − 2 −−
11 1 2 3 −3
−4
−2 −5
Ponto de mínimo −6
Figura 36 – Ponto de máximo e de mínimo de funções quadráticas.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 97
Agora vamos demonstrar como encontrar as coordenadas do ponto de
máximo, também chamado de vértice. As fórmulas utilizadas são:
-b - (b 2 - 4 ⋅ a ⋅ c )
=xv = e yv
2a 4⋅a
Ou seja, (xv, yv) = (1, –2). Além disso, o valor máximo que a função
atinge é y = –2. Veja o gráfico da função na Figura 37.
y
2
1 x
− 3 − 2 −−
11 1 2 3 4
−2
−3
−4
−5
−6
−7
−8
−9
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Dica
O gráfico da função y = -3 x 2 + 6 x - 5 não
corta o eixo x, ou seja, a função não tem raízes.
Na fórmula de Bhaskara, acontece a seguinte
situação:
-b ± b 2 - 4 ac
x=
2a
-6 ± 6 2 - 4 ⋅ ( -3 ) ⋅ ( -5 )
x=
2 ⋅ ( -3 )
-6 ± -24
x=
-6
Como não existe raiz de números negativos, a
função quadrática não apresenta raízes reais.
Suas raízes pertencem ao conjunto dos números
complexos.
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Exemplo 1
-b -1 1
= xv =
= -
2a 2 ⋅ 1 2
- (b - 4 ac ) - (12 - 4 ⋅ 1 ⋅ ( -12 ) ) -49
2
=yv = =
4a 4 ⋅1 4
1 49 49
O vértice é - , - e o valor mínimo que a função atinge é y = - .
2 4 4
c. O termo independente da função y = x2 + x –12 e c = –12. Portanto,
a parábola corta o eixo y no ponto (0, –12).
Marcamos os pontos encontrados nos itens a, b e c no plano cartesiano e
forma-se o gráfico da parábola.
www.esab.edu.br 100
y
2
1 x
− 8 − 7 − 6 − 5 − 4 − 3 − 2 −−
11 1 2 3 4 5 6 7 8
−2
−3
−4
−5
−6
−7
−8
−9
− 10
− 11
− 12
− 13
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16 Aplicações de função quadrática
Objetivo
Apresentar situações-problema envolvendo funções quadráticas.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 102
R,C
125.000 Custo
105.000
45.000 Receita
35.000
q
50 250 350 500
Figura 39 – Gráfico das funções receita e custo.
Fonte: Murolo e Bonetto (2012).
www.esab.edu.br 103
b. Quais são os pontos de equilíbrio e o que eles representam?
Solução: As funções receita e custo se interceptam em dois pontos
(Figura 39): (50, 45.000) e (350, 105.000). Esses pontos indicam onde
o lucro é nulo. Quando o gráfico da função receita está acima da função
custo, temos lucro positivo, e quando o gráfico da receita está abaixo do
custo, temos lucro negativo.
105.000
Receita
45.000
35.000 Lucro negativo
Lucro negativo
q
50 250 350 500
www.esab.edu.br 104
d. Qual a função lucro?
Solução: O lucro é a diferença entre a receita e o custo total. Portanto,
dadas as funções R = –2q2 + 1000q e C = 200q + 35000, a função lucro
será:
L=R–C
L = –2q + 1000q – (200q + 35000)
2
-b -800 -800
=
qv = = = 200
2 a 2 ⋅ ( -2 ) -4
- (b 2 - 4 ac ) - ( 8002 - 4 ⋅ ( -2 ) ⋅ ( -35000 ) ) -360000
=Lv = = = 45000
4a 4 ⋅ ( -2 ) -8
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17 Exercícios sobre função quadrática
Objetivo
Propor exercícios sobre função quadrática.
Exercício 1
300
200
100
1 2 3 4
–100
www.esab.edu.br 106
Esses valores são obtidos resolvendo-se a equação:
-b ± b 2 - 4 ac
x=
2a
-400 ± 4002 - 4 ⋅ ( -100 ) ⋅ ( -100 )
x=
2 ⋅ ( -100 )
-400 ± 160.000 - 40.000
x=
-200
-400 ± 120.000
x=
-200
-400 ± 346, 41
x=
-200
-400 + 346, 41
=x1 = 0, 26
-200
-400 - 346, 41
=x2 = 3, 73
-200
Para preços entre 0,26 e 3,73 reais, a função é positiva, e portanto o lucro
é positivo. Para valores menores que 0,26 e maiores que 3,73 reais, a
função é negativa, e portanto o lucro é negativo.
www.esab.edu.br 107
-b -400 -400
=
xv = = = 2
2 a 2 ⋅ ( -100 ) -200
- (b 2 - 4 ac ) - ( 4002 - 4 ⋅ ( -100 ) ⋅ ( -100 ) ) -120000
=Lv = = = 300
4a 4 ⋅ ( -100 ) -400
O preço que propicia maior lucro será 2 reais, e o lucro máximo será 300
reais.
Exercício 2
t2 –4t +10 = t + 10
t2 –5t = 0
5 ± 52 - 4 ⋅ 1 ⋅ 0
t=
2 ⋅1
5 ± 25
t=
2
5+5 5-5
=t1 = 5 e= t2 = 0
2 2
www.esab.edu.br 108
Os valores das ações são obtidos substituindo-se o valor dos meses em
qualquer uma das funções. Você deve escolher a função em que a conta
fica mais fácil.
A = t + 10
A = 0 + 10 = 10
Dica
Substituindo t = 0 na função B = t 2 - 4t + 10 ,
obtém-se:
B = t 2 - 4t + 10
B = 02 - 4 ⋅ 0 + 10 = 10
O resultado é o mesmo nas duas funções, pois
obtemos a equação t 2 - 5t = 0 igualando as
funções A e B, e dessa equação tiramos as raízes
para substituir nas duas funções.
A = t + 10
A = 5 + 10 = 15
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y B A
17
16
15 ( 5,15)
14
13
12
11
10 ( 0,10 )
9
8
7
6
5
4
3
2
1 x
−8 −6 −4 −2 2 4 6 8
−2
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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18 Função inversa
Objetivo
Conceituar função inversa na administração.
R
q=
2
Nesses casos, o conceito de função inversa é importante, pois ele nos mostra
outros caminhos na análise de problemas. Veja nos exemplos a seguir.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 111
C= 3q + 90
3q= C - 90
C - 90
q=
3
C
q= - 30
3
C
A função q= - 30 é chamada de função inversa de C = 3q + 90.
3
Observe que na função C = 3q + 90 a variável dependente é C e a
C
independente é q. Na função inversa q= - 30, a variável dependente
é q e a independente é C. 3
Exemplo 2
Exemplo 3
www.esab.edu.br 112
=
S 700 + 9h
9h= S - 700
S - 700
h=
9
S - 700
A função h = é a função inversa de S = 700 + 9h. Essa função
9
S - 700
=
também pode ser chamada de h f= -1
(S ) .
9
Para uma função qualquer, é possível seguir alguns passos para
encontrarmos a função inversa. Inicialmente faremos um exemplo e em
seguida vamos explicitar os passos.
Exemplo 4
Solução:
=
y 2x + 3
2 x= y - 3
y -3
x=
2
2. Trocar x por y. x -3
y=
2
3. Chamar y de y –1.
x -3
y -1 = é a função inversa de y = 2x + 3.
2
Existem duas notações para função inversa:
x -3 x -3
= y -1 = e f -1 ( x ) .
2 2
www.esab.edu.br 113
Portanto, para encontrar a função inversa, sugere-se seguir os seguintes
passos:
Exemplo 5
3
Encontrar a inversa da função f (=
x) x - 8.
2
3
Solução: Se a função está escrita como f (=
x) x - 8, inicialmente
2
troque f (x) por y.
3
=
y x -8
2
3
x= y + 8
2
2 ( y + 8)
x=
3
2. Trocar x por y.
2 ( x + 8)
y=
3
3. Chamar y de y –1.
2 ( x + 8)
y -1 =
3
3 2 ( x + 8)
A função inversa de f ( x ) = x - 8 é y -1 = .
2 3
www.esab.edu.br 114
Gráfico de funções inversas
Vamos demonstrar como ficam os gráficos com a função original e a inversa.
x -3
São dadas duas funções: f (x) = 2x + 3 e sua inversa f . -1
(x) =
2
Essas funções são lineares e o gráfico será uma reta (Figura 43).
y
4 f ( x)
3
Eixo de simetria
2
1 f −1 ( x )
x
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4
−1
−2
−3
−4
x -3
Figura 43 – Gráfico das funções f ( x ) =
2 x + 3 e f -1 ( x ) = .
2
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 10 a 18. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
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19 Função composta
Objetivo
Conceituar função composta na Administração.
Podemos definir uma função composta como aquela que provém da combinação de
duas outras funções. Nós a obtemos quando substituímos a variável independente x de
uma função por outra função (GOLDSTEIN; SCHNEIDER; LAY, 2012; SILVA; ABRÃO, 2008).
Exemplo 1
www.esab.edu.br 117
Um lava-jato de automóveis oferece apenas um serviço de lavagem,
pelo qual cobra R$ 12,00. Cada lavagem custa em média R$ 3,00 de
produtos de limpeza. As contas de água e luz têm média mensal de R$
350,00 somadas. A empresa possui 3 funcionários, e cada um deles
recebe R$ 260,00 fixos mais R$ 1,00 por cada carro lavado. Os encargos
sociais ficam em 40%, além disso, o prédio da empresa é alugado e custa
R$ 250,00 por mês. Outros custos podem ser desprezados. Exemplo
adaptado de Silva e Abrão (2008).
www.esab.edu.br 118
Ou seja, a função que representa o custo total do lava-jato, dada por
CT = 4,40x + 1.692, é uma função composta expressa em relação ao
número de carros lavados.
Exemplo 2
www.esab.edu.br 119
Exemplo 3
1
C ( A(t )) =3000 + 80 20t - t 2 , substituindo x por A(t );
2
80
C ( A(t )) =3000 + 1600t - t 2 , efetuando as devidas operações;
2
C ( A(t )) =3000 + 1600t - 40t 2
www.esab.edu.br 120
C ( A(t )) =3000 + 1600t - 40t 2 Substituindo t =2, teremos:
= 3000 + 1600 ⋅ 2 - 40 ⋅ (2)2 Efetuando as devidas operações:
C ( A(2))
C ( A(2))= 3000 + 3200 - 40 ⋅ 4
C ( A(2)) = 3000 + 3200 - 160 = 6040
Resposta: O custo das primeiras duas horas de operação é de 6.040 dólares.
Conceitos adicionais
• Além da notação f (g(x)), usa-se também a notação f o g(x), que é
lida como “f bola g”.
Note que f o g(x) ≠ g o f (x). Por exemplo, dadas f (x) = 3x + 1 e g (x) = 2x
+ 3, escolhemos um ponto qualquer (x = 7) e calculamos f o g (7) ≠ g o f
(7) para verificarmos a desigualdade:
Substituindo g ( x )
f g ( x=
) 3.(2 x + 3) + 1
por 2 x + 3 em f ( x )
efetuando as devidas
f g(x ) = 6x + 9 + 1
operações
f g ( x=
) 6 x + 10
f o g(7) = 6 . 7 + 10
f o g(7) = 42 + 10
f o g(7) = 52
www.esab.edu.br 121
Agora vamos encontrar a função g o f (x):
g f ( x ) = g ( f ( x ))
substituindo f ( x )
g f ( x ) = 2 ⋅ (3 x + 1) + 3
por 3 x + 1 em g ( x )
aplicando as devidas
g f (x ) = 6x + 2 + 3
operações
g f ( x=
) 6x + 5
g o f (7) = 6 . 7 + 5
g o f (7) = 42 + 5
g o f (7) = 47
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
www.esab.edu.br 122
20 Função exponencial – parte I
Objetivo
Compreender situação-problema envolvendo função exponencial e
conceituar função exponencial.
Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre funções? A partir desta
unidade começaremos a estudar as funções exponenciais.
João foi morar no exterior, mas na mudança ele se esqueceu de encerrar sua conta
corrente no banco, como se não bastasse o seu saldo estava negativo em R$ 500,00. O
banco tentou entrar em contato, mas não obteve sucesso. João retorna ao Brasil após
dois anos e recebe uma carta na qual constava que sua dívida com o banco era de
R$1.520,00. A princípio, João não entendeu o valor, mas depois lembrou que a taxa
de juros cobrada era de 8,5% ao mês (SILVA; ABRÃO, 2008).
www.esab.edu.br 123
Se a taxa for de juros simples...
Na unidade 11, já estudamos juros simples e sabemos que a função usada
para calcular esse tipo de juros é uma função linear dada por: J = P . i . n, em
que P representa o capital inicial, i representa a taxa de juros e n o período.
Logo,
J=P.i.n
J = 500 . 0,085 . 24
J = 1.020,00
E se a cobrança tivesse sido feita por meio de juros sobre juros (juros
compostos), quanto João estaria devendo? Vamos explorar esse caso agora.
www.esab.edu.br 124
Tabela 15 – Tabela de juros compostos mês a mês.
Base de
Mês Taxa Valor dos juros compostos Saldo devedor atualizado
cálculo
1 500,00 8,5% 500,00 x 8,5% = 42,50 500,00 + 42,50 = 542,50
2 542,50 8,5% 542,50 x 8,5% = 46,11 542,50 + 46,11 = 588,61
3 588,61 8,5% 588,61 x 8,5% = 50,03 588,61 + 50,03 = 638,64
4 638,64 8,5% 638,64 x 8,5% = 54,28 638,64 + 54,28 = 692,93
5 692,93 8,5% 692,93 x 8,5% = 58,90 692,93 + 58,90 = 751,83
6 751,83 8,5% 751,83 x 8,5% = 63,91 751,83 + 63,91 = 815,73
7 815,73 8,5% 815,73 x 8,5% = 69,34 815,73 + 69,34 = 885,07
8 885,07 8,5% 885,07 x 8,5% = 75,23 885,07 + 75,23 = 960,30
9 960,30 8,5% 960,30 x 8,5% = 81,63 960,30 + 81,63 = 1.041,93
10 1.041,93 8,5% 1.041,93 x 8,5% = 88,56 1.041,93 + 88,56 = 1.130,49
11 1.130,49 8,5% 1.130,49 x 8,5% = 96,09 1.130,49 + 96,09 = 1.226,58
12 1.226,58 8,5% 1.226,58 x 8,5% = 104,26 1.226,58 + 104,26 = 1.330,84
13 1.330,84 8,5% 1.330,84 x 8,5% = 113,12 1.330,84 + 113,12 = 1.443,96
14 1.443,96 8,5% 1.443,96 x 8,5% = 122,74 1.443,96 + 122,74 = 1.566,70
15 1.566,70 8,5% 1.566,70 x 8,5% = 133,17 1.566,70 + 133,17 = 1.699,87
16 1.699,87 8,5% 1.699,87 x 8,5 = 144,49 1.699,87 + 144,49 = 1.844,36
17 1.844,36 8,5% 1.844,36 x 8,5% = 156,77 1.844,36 + 156,77 = 2.001,13
18 2.001,13 8,5% 2.001,13 x 8,5% = 170,10 2.001,13 + 170,10 = 2.171,23
19 2.171,23 8,5% 2.171,23 x 8,5% = 184,55 2.171,23 + 184,55 = 2.355,78
20 2.355,78 8,5% 2.355,78 x 8,5% = 200,24 2.355,78 + 200,24 = 2.556,02
21 2.556,02 8,5% 2.556,02 x 8,5% = 217,26 2.556,02 + 217,26 = 2.773,29
22 2.773,29 8,5% 2.773,29 x 8,5% = 235,73 2.773,29 + 235,73 = 3.009,91
23 3.009,91 8,5% 3.009,91 x 8,5% = 255,77 3.009,91 + 255,77 = 3.264,78
24 3.264,78 8,5% 3.264,78 x 8,5% = 277,51 3.264,78 + 277,51 = 3.542,29
www.esab.edu.br 125
Portanto, considerando a última linha da tabela de juros compostos,
podemos ver que no 24º mês sua dívida com o banco seria de R$
3.542,00.
y = f (x) = ax
www.esab.edu.br 126
20.2 Algumas propriedades
Vamos relembrar algumas propriedades de potências, vistas na unidade 1,
que também são válidas nesta unidade:
www.esab.edu.br 127
Nesta unidade, iniciamos nosso estudo das funções exponenciais.
Compreendemos uma situação-problema, a conceituação dessas
funções e também vimos algumas propriedades. Na próxima unidade,
continuaremos estudando funções exponenciais.
www.esab.edu.br 128
21 Função exponencial – parte II
Objetivo
Apresentar gráfico, domínio e imagem de funções exponenciais e
função crescente e decrescente.
www.esab.edu.br 129
Devemos nos aprofundar um pouco mais no estudo e, para isso, será
preciso que você leia com bastante cuidado e atenção a explicação
a seguir, para que compreenda o raciocínio. Na seção 21.3, com os
gráficos, ficará ainda mais claro.
f ( -4) = 2 -4 + 1 f ( -3) = 2 -3 + 1
1 1
f ( -4) = 4 + 1 f ( -3) = 3 + 1
2 2
1 1
f ( -4) = +1 f ( -3) = + 1
16 8
=f ( -4) 1,0625 = f ( -3) 1,125
Perceba que 2x nunca será negativo e também nunca será zero, porém sua
tendência é se aproximar cada vez mais de zero e, consequentemente, f (x)
se aproximará de 1. Nesse caso, podemos observar que: se x tende a -∞,
então ax tende a 0, e dessa forma f (x) tenderá a c.
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• Com 0 < a < 1 ocorrerá o mesmo raciocínio anterior (usado na
explicação para a>1), porém, você poderá perceber que os casos irão se
inverter. Ou seja, quando x tender a +∞, teremos que f (x) tenderá a c,
e quando x tender a -∞, teremos que f (x) tenderá a +∞.
Com essa análise, podemos concluir que, para a função exponencial f (x) = ax
+ c, com a > 0 e a ≠ 1, temos que sua imagem será o conjunto Im = ]c, +∞[
e a função constante y = c é denominada de assíntota da função.
Note ainda que: se c = 0, teremos a função exponencial f (x) = ax, com a >
0 e a ≠ 1, que possui como imagem o conjunto Im = ]0, +∞[, e nesse caso
y = 0 é a assíntota da função.
Agora vamos estudar o gráfico dessas funções. Você perceberá que com o
gráfico a explicação do domínio da imagem ficará mais clara.
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Tabela 17 – Alguns valores de x e y, para y = f (x) = 2x.
x y
-3 0,125
-2 0,25
-1 0,5
0 1
1 2
2 4
3 8
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Com base no gráfico da função y = f (x) = 2x, podemos perceber o que
estávamos discutindo na seção anterior, que D = R e Im = ]0, +∞[.
Veja que nesse caso o eixo x será assíntota horizontal da função, ou seja, a
função se aproxima cada vez mais do eixo x, mas nunca irá cruzá-lo.
Vimos também que quando 0 < a < 1 a função será decrescente. Vamos
x
1
esboçar o gráfico para o exemplo: f ( x ) =
+ 1, em que c =1.
2
Vamos aplicar a função em alguns valores de x e encontrar alguns pontos
para o esboço do gráfico. Veja a tabela a seguir:
x
1
=
Tabela 18 – Alguns valores de x e y , para y f=
( x ) + 1.
2
x y
-3 9
-2 5
-1 3
0 2
1 1,5
2 1,25
3 1,125
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Encontrados alguns pontos, podemos fazer a marcação destes no plano
xy e esboçar o gráfico. Veja a figura a seguir:
y
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
x
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
x
1
=
Figura 45 – Gráfico da função exponencial y f=
( x ) + 1.
2
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
x
1
Com base no gráfico da função =
f ( x ) + 1, podemos perceber que
Im = ]1, +∞[. 2
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22 Aplicações de função exponencial
Objetivo
Apresentar aplicações de funções exponenciais em Administração e
juros compostos.
Exemplo 1
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Logo, ao final do oitavo mês serão vendidos 255 produtos, e dessa forma
serão arrecadados R$ 22.500,00, pois multiplicamos R$ 100,00 x 255
(valor do produto x a quantidade do produto).
3t - 218 =
511 igualando a função a 511;
adicionando + 218 a ambos
=
3t 511 + 218
os lados e efetuando cálculos;
3t = 729 efetuando a soma;
3t = 36 fatorando 729, temos que 729 = 36 ;
t =6 eliminando as bases iguais.
Logo, se a função a ser obedecida for f (t) = 3t ‒ 218, teremos que ao final
do sexto mês será alcançado o ponto de equilíbrio.
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Para sua reflexão
Você percebeu que com a função f (t= ) 2t - 1
o ponto de equilíbrio é alcançado em nove meses,
e já com a função f (t= ) 3t - 218 ele é
alcançado em menos tempo? Você consegue
explicar por que isso acontece? (Dica: lembre-se
do fator de crescimento da função exponencial,
visto na unidade 21).
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
Exemplo 2
a. Qual é o preço a que deve ser vendido o produto para que haja
equilíbrio entre a oferta e a demanda?
Solução: Para que ocorra o equilíbrio, devemos encontrar o valor de x tal
que sua imagem seja a mesma nas duas funções, ou seja:
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d ( x ) = o( x ) igualando as funções;
80 × 0, 4 x =20 × 1,6 x
4 × 0, 4 x =
1,6 x dividindo ambos os lados por 20;
1,6 x
4= dividindo ambos os lados por 0,4 x ;
0, 4 x
x
1,6
4= usando a propriedade (vi) da unidade 20;
0, 4
4 = 4x dividindo 1,6 por 0,4 temos 4;
41 4=
x
lembre-se de que 4 41 ;
1= x eliminando as bases iguais.
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22.2 Fórmulas para o cálculo de juros compostos
Os juros compostos representam uma aplicação em que funções
exponenciais são utilizadas. Mas afinal, o que é juro composto?
M = P(1 + i) e J = M ‒ P
Em que:
• P = principal;
• i = taxa de juros;
• n = tempo de aplicação dos juros;
• M = montante
Vamos agora ver um exemplo de como utilizar essas fórmulas:
Dados:
• P = R$ 1.000,00
10
• =i 10%= = 0,1 ao mês
100
• n = 3 meses
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Para o cálculo do montante vamos usar a fórmula: M = P(1 + i)n.
=
M 1000(1 + 0,1)3 substituindo os dados da fórmula;
=
M 1000 × (1,1)3 dsomando 1 com 0,1;
=
M 1000 × 1,331 aplicando a potenciação.
M = 1331 aplicando a multiplicação.
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23 Função logarítmica – parte I
Objetivo
Compreender situação-problema envolvendo função logarítmica e
conceituar logaritmo e suas propriedades.
Maria era uma empresária que se interessava pelas ideias de Taylor e Ford,
principalmente aquelas relacionadas com a criação de mecanismos de remuneração
para estimular a maior produtividade. Após alguns estudos, Maria constatou que
a melhor forma de conceder a comissão para seus vendedores seria a seguinte:
a comissão deveria iniciar em um percentual muito pequeno, mas que crescesse
rapidamente, oferecendo tranquilidade e garantia de ganhos para os vendedores,
de tal forma que depois de um tempo esse percentual continuasse crescendo,
porém de forma cada vez menos acelerada. A empresária queria que a função que
representasse o percentual de comissão fosse de acordo com o gráfico apresentado a
seguir (SILVA; ABRÃO, 2008).
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4
% de comissão 2
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Vejamos algumas delas:
b. log 3 3 = x se e somente se 3 x = 3;
1 1
=3 3= x
pois: 3 3 ; 2 2
1
x= eliminando as bases iguais.
2
1
Portanto, log 3 3 = .
2
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Observação: quando a base do logaritmo é 10, não precisamos escrever a
base:
1 1
d. log =x se e somente se 10 x = ;
1000 1000
1 1
10 x = 10-3 pois: = 3 =10-3 ;
1000 10
x = -3 eliminando as bases iguais.
1
Portanto, log = -3.
1000
Logaritmos com base “e” (número de Euler) são denotados por “ln” e são
chamados de logaritmos naturais ou neperianos:
=e. ln e 5 x=
temos que ln e 5 log e e 5 ;
=log e e 5 x=
se e somente se e x e 5 ;
e x = e5;
x =5 eliminando as bases iguais.
Portanto, ln e 5 = 5.
=f. ln e x=
temos que ln e log e e ;
=log e e x=
se e somente se e x e;
ex = e;
1 1
=e e= x
pois e e ; 2 2
1
x= eliminando as bases iguais.
2
1
Portanto, ln e = .
2
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Dica
Em geral, as calculadoras possuem duas teclas
para os cálculos utilizando logaritmos, que são
“log” e “ln”, ou seja, os logaritmos de base “10”
e base “e”, respectivamente. Dessa forma, é
interessante saber como transformar (como visto
nesta unidade) qualquer outra base nessas duas.
ln16
g. log 3 16 = usando mudança de base;
ln 3
ln16 usando calculadora
≅ 2,52
ln 3 ( ≅ representa aproximadamente).
Portanto, log 3 16 ≅ 2,52.
log10
h. log 6 10 = usando mudança de base;
log 6
pois: log10 = 1,
log10 1
= já que log10 = log10 10
log 6 log 6
e 101 = 10;
1 usando calculadora
≅ 1,29
log 6 ( ≅ representa aproximadamente).
Portanto, log 6 10 ≅ 1,29.
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Nesta unidade, começamos nosso estudo sobre funções logarítmicas,
vimos uma situação-problema, o conceito de logaritmo, suas
propriedades e como fazer cálculos com logaritmos. Na próxima
unidade, vamos definir as funções logarítmicas, pois isso ainda não foi
feito, e dar continuidade ao nosso estudo sobre elas.
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24 Função logarítmica – parte II
Objetivo
Conceituar função logarítmica, domínio, imagem e gráficos.
y = f (x) = logb x
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24.2 Transformação entre a forma logarítmica e a
forma exponencial
Como já visto na unidade anterior, o logaritmo de um número positivo a em
uma base b (b > 0 e b ≠ 1) é o número c, tal que se logb a = c então bc = a.
Vamos agora ver quais os valores que x e f (x) podem assumir, ou seja,
vamos identificar qual é o conjunto domínio e o conjunto imagem da
função logarítmica.
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24.4 Gráfico de uma função logarítmica
Você se lembra do problema da empresária Maria (unidade 23), que
queria encontrar uma forma de dar comissões para seus funcionários?
Vamos imaginar que a função que resolve o problema da Maria é dada
por f (x) = 1n(x) ‒5,5, com x ≥ 250, na qual x representa a quantidade
em reais de produtos que foi vendida por um funcionário. Podemos
observar que o funcionário começará a receber comissão após a venda
mínima de R$ 250,00.
Dessa forma, vamos usar uma tabela para nos ajudar a esboçar o gráfico
da função f (x) = 1n(x) ‒5,5, com o valor inicial para x sendo 250 (para
os cálculos encontrados na tabela a seguir, utilizamos uma calculadora
científica).
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Veja na figura a seguir o gráfico da função f (x) = 1n(x) ‒5,5:
% de comissão 4
3
2
1
250 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000
Quantidade vendida em reais
=
Figura 47 – Gráfico da função logarítmica y f= ( x ) ln( x ) - 5,5.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
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Tabela 21 – Alguns valores de x e y para g ( x ) = 2 x .
x y
0 = 2=
g (0) x
1
2 = 2=
g (2) 2
4
3 = 2=
g (3) 3
8
Dessa forma, temos que os pontos (0, 1), (2, 4) e (3, 8) são pontos
da função exponencial g(x). Vamos traçá-los no plano xy e então
traçar primeiramente o gráfico da função g(x). Sabemos que a função
logarítmica f (x) que queremos esboçar é inversa da função g(x). Dessa
forma, os pontos (0, 1), (2, 4) e (3, 8) farão parte do gráfico de f (x).
Logo, traçamos esses pontos no mesmo plano xy e conseguimos esboçar o
gráfico da função logarítmica f (x) conforme a figura a seguir:
y
9 2x
8
y=x
7
6
5
4
3 log 2 ( x )
2
1
x
−3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
y = 2 x , da logarítmica
Figura 48 – Gráfico da função exponencial
= =
y log 2 x e da reta y x.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
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Veja outros gráficos e perceba que novamente a construção do gráfico
da função logarítmica pode ser feita a partir do gráfico da sua inversa
exponencial.
Os gráficos f (x) = log(x) (em cor vermelha) e f (x) = 10x (em cor azul) são
simétricos em relação à reta y = x (em cor verde).
y
4 y=x
y = 10 x
3
1 y = log x
x
−3 −2 −1 0 1 2 3 4
−1
−2
Veja que nesse caso o eixo y será a assíntota vertical da função, ou seja, a
função se aproxima cada vez mais do eixo y, mas nunca irá interceptá-lo.
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Gráfico da função f ( x ) = ln( x )
Os gráficos f (x) = ln(x) (em cor vermelha) e f (x) = ex(em cor azul)
também são simétricos em relação à reta y = x (em cor verde).
y
y = ex
4 y=x
2
y = ln x
1
x
−3 −2 −1 0 1 2 3 4
−1
−2
Aqui também podemos perceber que para a função f (x) = ln(x) (em
cor vermelha) temos D = {x ∈ R / x > 0} e Im = R e que o eixo y será a
assíntota vertical.
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Estudo complementar
Caro aluno, clique aqui e acesse informações
importantes sobre a construção de gráficos
traçados a partir das transformações
sofridas pela função logarítmica. Por
exemplo, qual é a diferença do gráfico da
função f = ( x ) ln( x + 1) e da função
f=( x ) ln( x ) + 1 em relação à função
f ( x ) = ln( x )? Você verá a resposta no link
indicado.
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Resumo
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25 Aplicações de funções logarítmicas
Objetivo
Apresentar situações-problema de Administração envolvendo
funções logarítmicas.
Acompanhe o exemplo:
(11, 2)5 × 7 2, 07
x=
(1,103)11
Primeiro aplicamos o logaritmo nos dois lados da igualdade, conforme segue:
(11, 2)5 × 7 2, 07
log x = log
(1,103)11
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Aplicando as propriedades dos logaritmos (propriedade da divisão), vistas
na Tabela 19 da unidade 23 temos:
x
propriedade ( iii ) → log = log( x) - log( y ), assim:
y
x log (11, 2)5 × 7 2, 07 - log(1,103)11
log=
propriedade ( i ) → log( x ⋅ y=
) log( x) + log( y ), então:
log x = log(11, 2)5 + log 7 2, 07 - log(1,103)11
Os logaritmos mais usados nas aplicações são os naturais, que têm uma
base natural denotada pela letra e, adoção feita em homenagem ao
matemático suíço Leonard Euler, que, em um artigo, foi o primeiro a
sugerir sua aplicação.
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Exemplo 1
8000
= (1 + 0, 0078) n
5000
n x 00,003374= 0,204120
0,204120
n=
0,003374
n = 60, 49
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Exemplo 2
V = 35000⋅0,875t
Vamos substituir V=17500, que é a metade do valor inicial de R$
35.000,00, já que a questão pede o tempo necessário para que o valor
chegue à metade do valor inicial:
35000⋅0,875t = 17500
Agora isolaremos o termo 0,875t, conforme segue:
17500
0,875t =
35000
t
0,875 = 0,5
t × log 0,875 =
log 0,5
log 0,5
t=
log 0,875
t ≅ 5,19089317
t ≅ 5,2 anos
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Essa aplicação permite concluir que o valor do carro será a metade do
valor inicial entre o 5º e o 6º ano.
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Exercícios sobre função inversa,
26 composta, exponencial e
logarítmicas
Objetivo
Propor exercícios sobre função inversa, composta, exponencial e
logarítmica.
Exemplo 1
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1
f ( x) = 20 - x ×1000
2
1
f (3) = 20 - 3 ×1000
2
1
f (3) = 20 - ×1000
8
160 - 1
f (3)
= ×1000
8
159 159000000
f (3) = ×1000 =
8 8
f (3) = 19875
Exercício 2
40000
1, 05 x =
10000
x
1, 05 = 4
log1,05x = log4
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Aplicando a propriedade (ii) log(x y) = y ⋅ log(x) da Tabela 19 da unidade
23, que se aplica também aos logaritmos naturais, temos:
x ⋅ log1,05 =
log 4
log 4
x=
log1,05
Usando a calculadora, obtemos o valor de x:
0,602060
x≅
0,021189
x ≅ 28, 41339817
x ≅ 28, 41
O que nos permite concluir que o montante da dívida será de R$
40.000,00 entre o 28º e o 29º mês.
Exercício 3
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Então:
x = y2
Expressando y em função de x:
x =y 2 ⇒ y = x ou y =- x
Exercício 4
Encontre a função composta fog (x) para as funções f (x) = 2x+3 e g (x) =
2x ‒ 1.
Solução: Vimos, na unidade 19, que: fog (x) = f (g(x)), ou seja, colaremos
dentro da função f (x) a função g (x), então:
fog (x) = 4x + 1
Exemplo 5
www.esab.edu.br 164
Solução: Neste exemplo, temos uma função exponencial. Substituindo
o valor de 40 anos (4 décadas) em t, teremos a população da região nesse
período. Portanto:
P ( t ) 50.000 × 20,125t
=
( 40 ) 50.000 × 20,125×40
P=
( 40 ) 50.000 × 25
P=
( 40 ) 50.000 × 1.024
P=
P ( 40 ) = 1.600.000
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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27 O limite de uma função
Objetivo
Introduzir o conceito de limites a partir de situações-problema e
cálculo do limite de funções.
www.esab.edu.br 166
domínio, ou seja, quando o valor de x tende a valores muito grandes
ou muito pequenos. Aqui trataremos essas situações como x → +∞ (x
tendendo a mais infinito) e x → –∞ (x tendendo a menos infinito).
=f ( 2,9 ) 2,9
= 2
f ( 2,99 ) 2,99
= 2
f ( 2,999 ) 2,9992
=f ( 2,9 ) 8,=
41 f ( 2,99 ) 8,9401
= f ( 2,999 ) 8,9940
=
Tabela 22 – Limite de uma função f ( x ) x 2 , com x → 3- (lê-se x tendendo a 3 pela esquerda).
x 2,9 2,99 2,999
y 8,41 8,9401 8,9940
=f ( 3,1) 3,1
= 2
f ( 3, 01) 3,=
012 f ( 3, 001) 3, 0012
=f ( 2,9 ) 9,=
61 f ( 2,99 ) 9, 0601
= f ( 2,999 ) 9, 0060
www.esab.edu.br 167
=
Tabela 23 – Limite de uma função f ( x ) x 2 , com x → 3+ (lê-se x tendendo a 3 pela direita).
x 3,1 3,01 3,001
y 9,61 9,0601 9,0060
Nesse caso, os limites laterais são iguais. Então, podemos dizer que
lim f ( x ) = 9, e f é continua no ponto 3.
x →3
x
Pela esquerda 3 Pela direita
=
Figura 51 – Representação gráfica da função f ( x ) x 2 com x → ±3.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
1
Vamos considerar agora outra função f ( x ) = 1 - , a fim de discutir e
x
aplicar o conceito de limite.
1
Sendo f ( x ) = 1 - e adotando valores para a variável x cada vez maiores,
x
podemos dizer que x tende ao infinito, ou seja, x → ∞. Assim:
www.esab.edu.br 168
1
Tabela 24 – Limite de uma função f ( x ) = 1 - com x → ±∞ .
x
1
Figura 52 – Representação gráfica da função f ( x ) = 1 - com x → ±∞.
x
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Note que quando os valores de x vão aumentando na tabela – ou seja,
1
tendem ao infinito –, os respectivos valores de f ( x ) = 1 - aproximam-
x
1
se de 1. Assim, escreve-se: lim 1 Observe também que quando
1 - =
x →∞
x
o valor de x tende ao infinito – ou seja, a valores cada vez maiores –, o
1
termo tende a zero.
x
www.esab.edu.br 169
Em termos de simbologia, quando pretendemos demonstrar que uma
função tem sua variável independente assumindo valores cada vez
maiores, expressamos isso mostrando que x → +∞, ou seja, x tende a
mais infinito, ou simplesmente x → ∞ (x tende a infinito). Da mesma
forma, quando pretendemos demonstrar que uma função tem sua
variável independente assumindo valores cada vez menores, expressamos
isso dizendo que x → –∞, ou seja, x tende a menos infinito.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 19 a 27. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Cálculo de limites usando suas leis
28 – parte I
Objetivo
Apresentar cálculo de limites usando suas leis.
Propriedades de limites
www.esab.edu.br 171
Considerando m, n e k números reais, segue:
(i) lim k = k ;
x→ a
(ii) lim x = a;
x→ a
(iii) lim(mx + n) = ma + n;
x→ a
f ( x) lim f ( x)
x→ a
=(vii) lim desde que lim g ( x) ≠ 0;
x→ a g ( x) lim g ( x) x→ a
x→ a
Exemplo 1:
Calcule o lim x 2 - 4.
1
x→
4
2
2 1 1 1 - 16 15
lim x - 4 ⇒ - 4 ⇒ - 4 ⇒ ⇒-
x→
1
2
2 4 4 4
-15
Assim lim x 2 - 4 =
x→
1 4
2
www.esab.edu.br 172
Exemplo 2:
x-4
Calcule o lim .
x →6 2x - 2
lim f ( x )
f ( x ) x→ a
=lim desde que lim g ( x ) ≠ 0,
x→ a g ( x ) lim g ( x ) x→ a
x→ a
substituindo x = 6, temos:
x-4 lim x - 4
lim ⇒ x →6 .
x →6 2 x - 2 lim 2 x - 2
x →6
Substituindo x = 6, segue:
6-4 2 1 x-4 1
= = . Assim o lim = .
2 × 6 - 2 10 5 x → 6 2x - 2 5
Exemplo 3:
1
Calcule o lim
x →6
( 4 x + 3) 3 .
( )
1
lim ( 4 x + 3) 3 ⇒ lim 4 x + 3 3 . Substituindo x =
6, temos
x →6 x →6
1 1 n
( 4 × 6 + 3) 3 ⇒ ( 27 ) 3 , como sabemos
= que m x n x m =
, temos: 3 27 3.
1
Logo, o limite procurado é lim ( 4 x + 3) 3 =
3
x →6
www.esab.edu.br 173
Exemplo 4:
Calcule o lim ( 4 x + 3) × ( x + 2 )
x →1
3
lim[ f ( x) ⋅ g ( x)]
= lim f ( x) ⋅ lim g ( x), assim teremos:
x→ a x→ a x→ a
x →1 x →1 x →1
Exemplo 5:
x2 - 4 x
Calcule o lim .
x→2 2x - 2
lim f ( x )
f ( x ) x→ a
(vii) lim =
x→ a g ( x ) lim g ( x )
x→ a
Substituindo x = 2 , segue:
lim x 2 - lim 4 x 22 - 4 × 2 4-8 -4
x→2 x→2
⇒ ⇒ ⇒ ⇒ -2
lim 2 x - 2 2× 2 - 2 4-2 2
x→2
x2 - 4 x
Assim o resultado será lim = -2.
x→2 2x - 2
www.esab.edu.br 174
Com esses exercícios, oportunizamos a você a aplicação de algumas
propriedades dos limites vistas nesta unidade. Através da resolução de
exercícios, estudaremos na unidade seguinte mais ferramentas para a
aplicação prática de limites de uma função, o que irá aumentar seu
conhecimento sobre o assunto.
Saiba mais
Para se inteirar, ainda mais, sobre a matéria
de limite de uma função, assista à videoaula
disponível clicando aqui. Nesse vídeo, é possível
conferir o que significa limite do ponto de vista
matemático, conceito que será essencial para as
próximas unidades sobre derivadas.
www.esab.edu.br 175
Cálculo de limites usando suas leis
29 – parte II
Objetivo
Apresentar o cálculo de limites usando suas leis.
Exemplo 1
Solução: Percebemos que P = P(x) não está definida para x = 2, já que esse
valor faz x ‒ 2 = 0, ou seja, quando x → 2, o numerador e o denominador
tendem a zero, o que não deixa claro o valor do limite, caracterizando
uma indeterminação na matemática. No entanto, essa dificuldade pode
ser contornada se fatorarmos o numerador da seguinte forma:
x2 - 4
⇒
( x + 2) × ( x - 2)
x-2 x-2
www.esab.edu.br 176
Agora, tomamos o limite quando x → 2 e avaliamos o que ocorre com a
produção, isto é, quando a produção x tende a esse valor.
lim P ( x)
x→2
x2 - 4
lim
x→2 x-2
( x + 2) × ( x - 2 )
lim
x→2 x-2
lim( x + 2) = 4
x→2
Exemplo 2
x 2 - 7 x + 10
A função f ( x ) determina a produção de certo produto.
x2 - 4
Calcule o limite dessa função quando x → 2.
Solução: f (x) não está definida para x = 2, já que esse valor faz x2 –4 = 0,
22 - 7 × 2 + 10 0
ou seja, subtituindo 2 na função teremos:=
f ( x) 2
⇒
= f ( x)
2 -4 0
o que caracteriza uma indeterminação na matemática. A saída
encontrada para este impasse, é usarmos o recurso da fatoração, e
trabalharmos a função de modo que fujamos da indeterminação. Assim,
se fatorarmos o numerador e o denominador, obteremos:
x 2 - 7 x + 10 ( x - 2 ) .( x - 5)
lim ⇒ lim .
x→2 x2 - 4 x→2
( x - 2) .( x + 2)
Aqui aplicaremos a propriedade
f ( x) lim f ( x)
x→ a
(vii) lim
= , desde que lim g ( x) ≠ 0,
x→ a g ( x) lim g ( x) x→ a
x→ a
www.esab.edu.br 177
desde que lim g ( x) ≠ 0. Desse modo, aplicando o limite x → 2
x→ a
(substituindo x por 2 no numerador e no denominador), teremos:
lim
( x - 5) = -
3
x→2 ( x + 2 ) 4
Exemplo 3
Calcule xlim(
→-1
x 2 + x + 1).
( )
2
lim( x 2 + x + 1) = lim x 2 + lim x + lim 1 = lim x + lim x + 1
x →-1 x →-1 x →-1 x →-1 x →-1 x →-1
lim( x 2 + x + 1) = (-1) 2 - 1 + 1 = 1
x →-1
Perceba que as duas formas que utilizamos para calcular o limite chegam
ao mesmo resultado. Então, é preciso primeiramente avaliar qual é o
caminho mais fácil para resolver determinado limite.
Exemplo 4
x2 + 7 x - 2
Calcule lim
x →1 3x - 5
www.esab.edu.br 178
na expressão, temos 3x – 5 ≠ 0. Então, resolveremos o limite trocando
diretamente o valor de x (x = 1) no argumento do limite. Aplicando a
propriedade (iv) lim
x→a
[ f ( x) + g ( x)=] lix→ma f ( x) + lim
x→a
g ( x), em que para cada
parte da expressão o limite é calculado separadamente e a propriedade
f ( x) lim f ( x)
x→ a
=(vii) lim desde que lim g ( x) ≠ 0, temos:
x→ a g ( x) lim g ( x) x→ a
x→ a
x2 + 7 x - 2
lim
x →1 3x - 5
2
lim x + lim 7 x - lim 2
x →1 x →1 x →1
lim 3x - lim 5
x →1 x →1
2
1 +7-2 6
= = -3
3-5 -2
Exemplo 5
x -5
Calcule o lim .
x →1 x3 - 7
Aplicando a propriedade
f ( x) lim f ( x)
x→ a
=(vii) lim , desde que lim g ( x) ≠ 0, temos:
x→ a g ( x) lim g ( x) x→ a
x→ a
x -5 lim x - 5 1- 5 -4 4
lim 3
⇒ x →1
⇒ ⇒ ⇒ .
x →1 x -7 lim x3 - 7 3
1 -7 -6 6
x →1
x -5 4
Assim, o limite lim será igual a .
x →1 x -7
3
6
www.esab.edu.br 179
Nesta unidade aplicamos algumas propriedades e resolvemos situações
envolvendo o conceito de limite de uma função através de exemplos
práticos e contextualizados. Na próxima unidade, resolveremos mais
exercícios sobre limite, a fim de revisar e reforçar os conceitos vistos até o
momento.
Saiba mais
Sugerimos que você assista à videoaula disponível
clicando aqui. Nessa reprodução, você terá acesso
à continuação do vídeo indicado na unidade
anterior para consolidar a teoria de limites.
www.esab.edu.br 180
Cálculo de limites usando suas leis
30 – parte III
Objetivo
Apresentar o cálculo de limites usando suas leis.
=
(ix) lim n f ( x ) n lim f ( x ), desde que lim f ( x ) > 0, n ∈ N
x→ a x→ a x→ a
Exercício 1
Calcular o lim
x→2
x3 - x 2 + 2 x - 1.
www.esab.edu.br 181
lim x3 - x 2 + 2 x - 1 ⇒ lim ( x3 - x 2 + 2 x - 1)
x→2 x→2
Substituindo x = 2 segue:
23 - 2 2 + 2 × 2 - 1 ⇒ 8 - 4 + 4 -1 = 7
Desse modo teremos que lim x 3 - x 2 + 2 x - 1 = 7.
x→2
Exercício 2
Calcular lim
x →3
(ex - 2x ).
Solução: Aplicando a propriedade (iv) lim
x→a
[ f ( x) + g ( x)=] lix→ma f ( x) + lim
x→a
g ( x),
em que para cada parte da expressão o limite é calculado separadamente,
e a propriedade
lim f ( x )
(xiii) lim e f ( x ) = e x→ a , temos:
x→ a
( )
lim x
lim e x - 2 x ⇒ lim e x - lim 2 x ⇒ e x→3 - lim 2 x.
x →3 x →3 x →3 x →3
Exercício 3
Calcular lim(
x→2
x3 - 5 x + 2).
lim x3 = 8
x→2 .
lim - 5 x =-10 ⇒ lim( x3 - 5 x + 2) =8 - 10 + 2 =0
x→2 x→2
lim(2) = 2
x→2
Note que para cada parte da expressão fez-se x=2, obtendo o valor do
limite da expressão inteira, somando cada valor encontrado.
www.esab.edu.br 182
Exercício 4
x 2 + 10
Calcular o lim
x →5 x + 5
.
lim f ( x )
f ( x ) x→ a
=(vii) lim , desde que lim g ( x ) ≠ 0,
x→ a g ( x ) lim g ( x ) x→ a
x→ a
x 2 + 10 lim( x 2 + 10) 35 7 x 2 + 10 7
lim = x →5
= = . Assim, temos: lim = .
x →5 x + 5 lim( x + 5) 10 2 x →5 x + 5 2
x →5
Exercício 5
3x + 2
Calcule o lim .
x→2 x +1
lim f ( x )
f ( x ) x→ a
=(vii) lim , desde que lim g ( x ) ≠ 0,
x→ a g ( x ) lim g ( x ) x→ a
x→ a
3 x + 2 lim 3 x + 2 3 ⋅ 2 + 2 8
lim= x →2= = .
x→2 x + 1 lim x + 1 2 +1 3
x→2
www.esab.edu.br 183
Exercício 6
x -9
Calcule o lim .
x →9 x -3
x -9 ( x - 9) × ( x + 3) ( x - 9) × ( x + 3)
=
lim = lim
lim
x →9 x - 3 x →9 ( x - 3) × ( x + 3) x →9 ( x - 9)
x -9
lim = lim x= -3 6.
x →9 x - 3 x →9
Estudo complementar
Caro aluno: no link aqui, você encontrará
informações sobre a matemática aplicada à
Administração, voltada ao dia a dia de uma
empresa. Poderá refletir sobre a importância que
um bom profissional pode ter dentro da instituição
em que trabalha.
www.esab.edu.br 184
Resumo
www.esab.edu.br 185
Continuidade e descontinuidade
31 de funções
Objetivo
Verificar a continuidade e a descontinuidade de funções.
Sobre esse tema, Silva e Abrão (2008) explicam que se uma função tem
limite em um determinado ponto e é possível calcular o valor dessa
função, coincidindo os dois valores, essa função é contínua nesse ponto.
Observe o exemplo:
Exemplo 1
Uma empresa tem como função de custo, para certo produto x, a função:
2 x se 0 < x ≤ 10
C(x ) =
0,6 x + 14 se x > 10
www.esab.edu.br 186
Tabela 25 – Alguns valores de x para determinar y.
x y
0 2×0 =0
2 2×2 = 4
10 2 × 10 = 20
20 0,6 × 20 + 14 = 26
30 0,6 × 30 + 14 = 32
40
35
30
25
20
15
10
5
10 20 30 40
Figura 53 – Gráfico da função C (x).
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 187
c. A função é contínua ou descontínua?
Solução: Como vimos no item anterior, a função C (x) é contínua pois
os limites tanto pela direita como pela esquerda são iguais a 20.
Exemplo 2
f(x)
x
a
www.esab.edu.br 188
Segundo Guidorizzi (2010), para haver continuidade uma função deverá
ser contínua em todos os pontos do seu domínio e, além disso, é necessário
que exista o limite no ponto p e que os limites, tanto pela direita como pela
esquerda no ponto p sejam iguais, conforme vimos no exemplo 1.
Exemplo 3
t 2 - 8t + 50 se 0 ≤ t ≤ 10
h(t ) = 38t - 100
0, 4t se t > 10
De início percebemos que o único ponto problemático é t = 10 dias, pois
38t - 100
neste ponto a função h(t ) = não está definida, uma vez que o
0, 4t
denominador da fração não pode ser zero. Então devemos verificar se as
três condições são satisfeitas para sabermos se a função é contínua neste
ponto ou não:
www.esab.edu.br 189
a. o ponto deve pertencer ao domínio da função, ou seja, ∃ f (a);
De fato, o domínio da função são todos os números reais menos o zero.
Portanto, a primeira condição está satisfeita.
lim- h(=
t ) lim t 2 - 8t + 50
= 70
h →10 h →10
38t - 100
= = 70
lim+ h(t ) lim
h →10 h →10 0, 4t
Note que primeiro calculamos o limite quando h tende a 10 pela
esquerda, ou seja, quanto h tende a 10 por valores menores que 10.
Então lim- h(t ), pois na função h (t) = t2 –8t + 50, t só pode assumir
h →10
valores entre 0 e 10, inclusive.
38t - 100
Já na função h(t ) = , calculamos o limite quando h tende a 10
0, 4t
pela direita , ou seja, quando h tende a 10 por valores maiores que 10,
porque nesta função t só pode assumir valores maiores que 10. E como
os limites laterais têm o mesmo valor (pela direita e pela esquerda) temos
que h (10) = 70.
www.esab.edu.br 190
Por outro lado, quando uma ou mais dessas condições não é satisfeita
para x = a, dizemos que a função é descontínua em a. Ou seja, em uma
função descontínua o gráfico apresenta interrupções. Veja como fica o
gráfico de uma função descontínua, através do exemplo 4.
Exemplo 4
= P=
lim =
(t ) lim 0 0
t →20- -
t →20
= P=
lim =
(t ) lim+ 0,1 = 2
t 0,1.20
t →20+ t →20
www.esab.edu.br 191
40t - 1000
P (t ) = , então:
2t + 100
40t - 1000 40.100 - 1000
=
lim P=
(t ) lim- = = 10
-
t →100 t →100 2t + 100 2.100 + 100
40t - 1000 40.100 - 1000
=
lim P=
(t ) lim+ = = 10
+
t →100 t →100 2t + 100 2.100 + 100
P (t)
14
12
10
8
6
4
2
10 20 50 100 t
www.esab.edu.br 192
Então, seja f uma função real, de variável real, e a um ponto de
acumulação do domínio de f e pertencente a Df , diz-se que a função f é
contínua no ponto a se, e somente se, existir o limite de f quando x tende
para a e o valor desse limite coincide com o valor da função no ponto a.
• existe f (a);
• não existe lim f ( x ) ou lim f ( x ) ≠ f ( a ).
x →a x →a
= P=
lim =
(t ) lim 0 0
t →20- -
t →20
= P=
lim =
(t ) lim+ 0,1 = 2
t 0,1.20
t →20+ t →20
Estudo complementar
Assista ao vídeo “Cálculo I – Limites e
continuidade”, disponível clicando aqui, para
acompanhar alguns exemplos interessantes de
continuidade de função. Seria muito proveitoso
se você resolvesse alguns exercícios e depois
conferisse o resultado na explicação passo a passo.
www.esab.edu.br 193
Nesta unidade, você aprendeu como identificar uma função contínua e
uma função descontínua e suas propriedades. Aprendemos, também, a
identificar graficamente quando uma função é contínua e descontínua.
Na próxima unidade, iremos estudar limites no infinito, seus teoremas,
suas características e seus cálculos.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
www.esab.edu.br 194
32 Limites no infinito
Objetivo
Apresentar cálculos de limites no infinito.
Exemplo 1:
1000
Verifique o comportamento da função f ( x ) = 2 quando x tende ao
x
1000
infinito, ou seja, lim 2 .
x →+∞ x
1
Solução: Podemos escrever esse limite como: lim 1000 ⋅ ≤ 2
x →+∞ x
1 1
Como lim 2 = 0, resulta que: lim= 1000. 2 lim = 1000.0 0.
x →+∞ x x →+∞ x x →+∞
1000 1000
Assim, lim 2 = 0. Quando x vai se tornando cada vez maior, 2
x →+∞ x x
vai ficando cada vez mais próximo de zero. Você pode ver melhor
observando os valores da Tabela 26:
www.esab.edu.br 195
1
Tabela 26 – Alguns valores para a função quando x aumenta.
x2
1 1
0, 01 0,001 0,0001 0,00001 0,000001
x2 x2 → 0
0,01
0,0001
0,000001
0,00000001
10 100 1000 10000 x
1
Figura 56 – Gráfico de uma função mostrando que, quando x aumenta a função tende para o infinito.
x2
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Exemplo 2
www.esab.edu.br 196
Solução: Para x tendendo a mais infinito, x3 tenderá, também, para mais
infinito, ou seja, lim x 3 =[∞3 ] =∞. Assim, de acordo com Guidorizzi
x →+∞
(2010, p. 84), “[...] se um número positivo for muito grande, tão grande
quanto se possa imaginar, o seu cubo será, também, tão grande quanto se
possa imaginar”.
www.esab.edu.br 197
Exemplo 3:
1
Estude o limite da função f ( x ) = quando x tender a ∞–. ∞+, 0–, 0+.
x
Solução: Para melhor entendimento, vamos montar quatro tabelas de
valores:
1
f (x ) = ‒1 ‒ 0,1 ‒ 0,01 ‒ 0,001
x
1
f (x ) = 1 0,1 0,01 0,001
x
Tabela 30 - Quando x se aproxima de zero por valores menores que zero, isto é, x → 0–.
x ‒1 ‒ 0,1 ‒ 0,01 ‒ 0,001
1
f (x ) = ‒1 ‒ 10 ‒ 100 ‒ 1000
x
Tabela 31 - Quando x se aproxima de zero por valores maiores que zero, isto é, x → 0+.
x 1 0,1 0,01 0,001
1 10 100 1000
limite é zero;
www.esab.edu.br 198
1
• lim = 0, ou seja, à medida que x diminui, x tende para zero e o
x →-∞ x
limite é zero;
1
• lim = ∞, ou seja, quando x se aproxima do zero pela direita
x →0+ x
y
1
y=
x
0 x
1
Figura 57 –Gráfico que representa a função f ( x ) = e assume valores positivos ou negativos conforme x
x
tende para o infinito positivo ou infinito negativo.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 199
33 Assíntotas horizontais
Objetivo
Apresentar assíntotas horizontais.
x 3
+
x +3 x x lim 1+ 0
= lim
Calculando-se o lim = = 1
x →+∞ x - 2 x →+∞ x 2 x →+∞ 1 - 0
-
x x
-x 3
+
-x + 3 x x lim -1 + 0
= lim
e o lim = = 1,
x →-∞ - x - 2 x →+∞ - x 2 x →+∞ -1 - 0
-
x x
podemos observar que tanto o x tendendo a +∞ como x tendendo a –∞,
temos que o limite é igual a 1.
www.esab.edu.br 200
y
2 x
Exemplo 1
3x + 4
Guidorizzi (2010, p. 89) questiona: “[...] a função y = admite
x
assíntota em +∞? E em –∞? Admite assíntota horizontal? Esboce o
gráfico.”
3x + 4 3x 4 4
Solução: =
y = + , daí segue que y= 3 + . Para x
x x x x
4
tendendo a +∞, a parcela tende a zero, o que significa que, quando x
x
cresce, o valor de y vai ficando cada vez mais próximo de 3.
www.esab.edu.br 201
A reta y = 3 é uma assíntota horizontal para a função em +∞. Do mesmo
modo y = 3 é uma assíntota horizontal em –∞ e o gráfico da função
3x + 4
y= tem o seguinte aspecto.
x
Exemplo 2
2x 2
Seja a função f (x) definida por f ( x ) = , descubra suas assíntotas.
1+ x2
Solução: Para verificar se f (x) possui assíntotas, calculamos os limites
2x 2
tendendo ao infinito positivo e negativo, ou seja, lim = 2, pois se
x →±∞ 1 + x 2
2x 2
x2 2
x 2 , temos: lim = = 2,
lim
x →+∞ 1 + x 2 x →+∞ 1
x2
2x 2
ou ainda, de forma análoga, temos que: lim = 2.
x →-∞ 1 + x 2
www.esab.edu.br 202
Nesse caso, como ambos os limites deram iguais, concluímos que y = 2 é
a única assíntota horizontal de f.
y=2
Exemplo 3
www.esab.edu.br 203
pois de forma análoga aos exemplos anteriores, vamos obter o limite
quando x tendo +∞ igual a 3 e
3x
3x x 3
= lim
lim = = 3.
lim
x →-∞ x - 1 x →-∞ x 1 x →-∞ 1 - 0
-
x x
Como ambos os limites (infinito positivo e infinito negativo) possuem o
mesmo valor, podemos concluir que y = 3 é a única assíntota horizontal
de f, como podemos perceber no gráfico mostrado a seguir.
y
y=3
3
3x
=
Figura 61 – Gráfico da assíntota horizontal da função f (x ) , x ≠ 1.
x -1
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Exemplo 4
x 2 -1
A reta de equação y = 1 é assíntota horizontal da função y = .
1+ x2
Solução: Dado o limite
x2 -1
lim ,
x →+∞ 1 + x 2
ou
x →-∞
www.esab.edu.br 204
para resolvermos esse limite, devemos dividir o numerador e o
denominador pelo maior expoente. Assim:
x2 1 1
- 2 1- 2
x -1
2
x 2
x x .
=lim =
lim lim
x →+∞ 1 + x 2 x →+∞ 1 x 2 x →+∞ 1
ou ou + ou +1
x →-∞ x →-∞ 2 2 x →-∞ x 2
x x
1
Como vimos na unidade 32, lim = 0 podemos reescrever o limite
x →∞ x n
1
1-
lim x 2 , como: lim 1 - 0= 1= 1.
x →+∞ 1 x →+∞ 0 + 1 1
ou
2
+ 1 ou
x →-∞ x x →-∞
y=1
1
x
x 2 -1
Figura 62 – Gráfico da assíntora horizontal da função y= .
1+ x2
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 205
Finalizando esta parte sobre limites, podemos iniciar a próxima unidade
com o assunto a respeito das derivadas, que nada mais é do que a taxa de
variação instantânea de uma função. Vamo lá?
Estudo complementar
Sugiro que você assista ao vídeo disponível
aqui, e acompanhe a videoaula sobre assíntotas
horizontais para melhor entendimento da matéria
estudada e resolva os exercícios propostos pelo
professor da aula. Essa aula é muito interessante,
vale a pena conferir!
www.esab.edu.br 206
34 Derivadas
Objetivo
Conceituar derivadas.
Por ora, iniciaremos esses estudos com Silva e Abrão (2008) e Guidorizzi
(2010), que conceituam, exemplificam e abordam a origem histórica das
derivadas.
www.esab.edu.br 207
34.1 Como surgiu o estudo das derivadas
Historicamente, o estudo da derivada é o resultado de uma lenta
evolução, que se iniciou na Antiguidade, quando os matemáticos da
época utilizaram tabelas de quadrados e de raízes quadradas e cúbicas
ou quando os Pitagóricos tentaram relacionar a altura do som emitido
por cordas tensionadas. Naquela época, o conceito de limite não estava
claramente definido. As relações entre as variáveis surgiram de forma
implícita e eram descritas verbalmente ou por um gráfico.
www.esab.edu.br 208
A
y s
Q
f(x)
P
f(xo)
Xo X x
y s
Q
f(x) s1
f(x1)
Q1
t
P
f(xo)
Xo x1 X x
www.esab.edu.br 209
Essas ideias constituíram o embrião do conceito de derivada. A
derivada surgiu para resolver um problema muito interessante, que seria
determinar a inclinação de uma curva f (x) em um determinado
ponto x. Sabemos que existem infinitas inclinações em uma mesma
curva e elas variam com a curva, diferentemente de uma reta, na qual
existe apenas uma inclinação. A Figura 64 representa graficamente o
comportamento dessa função.
Note que quando os pontos Q1, Q2, Q3, ..., Qn deslizam sobre a curva,
se aproximando do ponto P, os pontos X1, X2, X3, ..., Xn se aproximam
de zero e também podemos observar que as retas r1, r2, r3, ..., rn têm
coeficiente angular diferente, em relação à reta tangente.
f(x)
rn r3
Qn Q3 Q2 r2
Q1 r1
f(x)
P
x
X0 Xn X3 X2 X1
Figura 64 – Gráfico que representa a variação de uma curva quando Q1 se aproxima de P .
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 210
Reta tangente
f(x1)
f(xo)
xo x1
Figura 65 – Gráfico do trajeto que um automóvel faz em linha reta em uma estrada sinuosa.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013)
www.esab.edu.br 211
C(x)
f(x1) B B B
f(xo)
A
x
xo x1
Figura 66 – Mostra que quanto mais o valor de x1 tender para x0, mais o ponto B se aproxima do ponto A e a
reta tende a ficar tangente no ponto A.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 212
35 Derivadas: Taxa de Variação
Objetivo
Interpretar a derivada como uma taxa de variação.
www.esab.edu.br 213
Graficamente, a taxa média de variação mede o coeficiente angular da
reta secante ao gráfico da função nos pontos, como podemos observar na
Figura 67, na qual a reta s é secante à curva de f (x) e corta essa curva em
dois pontos: P e Q.
C(x)
f(y2 ) Q
f(y1 )
P
x
P1 P2
www.esab.edu.br 214
Exemplo 1
02 + 10 10
f ( x=
1) =
f (0) = = 2,50
3.0 + 4 4
6 2 + 10 46
f ( x=
2) =
f (6) = = 2,09.
3.6 + 4 22
f ( x 2 ) - f ( x1 )
Então, a taxa média de variação (TMV) é dada por: .
Substituindo os valores x 2 - x1
=
x1 0,=
x 2 6, f=
( x1 ) 2,50 e f =
( x 2 ) 2,09 vamos obter:
f ( x 2 ) - f ( x1 )
.
x 2 - x1
Em que:
Dx = 6 – 0 = 6
Dy = 2,09 –2,50 = –0,41.
www.esab.edu.br 215
Portanto:
Dy -0, 41
TMV = = = -0,07
Dx 6
2,50
2,09
6
x 2 + 10
Figura 68 – Gráfico da função f ( x ) = , no intervalo [0, 6].
3x + 4
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Exemplo 2
www.esab.edu.br 216
Solução: Primeiramente precisamos calcular a taxa de variação média
no intervalo [3, 4] horas. Então: Taxa de variação média de f (x) para o
intervalo de 3 até 4:
x=
3 ⇒ f (3) ==
32 9
Para
x=
4 ⇒ f (4) ==
4 2 16
f (4) - f (3) 16 - 39
= = 16 - 9 = 7 ton/h
4-3 1
Em seguida calcula-se, de forma análoga, a taxa de variação para o
intervalo [4, 5] horas.
x=
4 ⇒ f (4) ==
4 2 16
x=
5 ⇒ f (5) ==
52 25
f (5) - f (4) 25 - 16
= = 25 - 16 = 9 ton/h
5-4 1
www.esab.edu.br 217
Ao estudar a taxa de variação média, verifica-se que ela fica a desejar
quando estamos interessados em conhecer o comportamento de uma
função. Para conhecer tal intervalo, tem-se a taxa de variação instantânea.
Ela nos mostrará intervalos muito pequenos, mas como “muito pequeno”
é um valor relativo, o ideal é definir o que é taxa de variação em cada
ponto. Em outras palavras, a taxa de variação instantânea é dada pela
derivada da derivada da função dada. Observe como se pode calcular a
taxa de variação instantânea no exemplo anterior:
Exemplo 3
www.esab.edu.br 218
Agora que você já aprendeu a interpretar a derivada como uma taxa
de variação, podemos ir adiante e aprofundar nossos conhecimentos
estudando sobre as derivadas das funções polinomiais e exponenciais.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 219
Derivadas de Funções Polinominais
36 e Exponenciais
Objetivo
Encontrar a derivada de funções polinomiais e exponenciais.
Exemplo 1
f (x) = 3x2
f ′(x) = 2⋅3x2–1
f ′(x) = 6x
Assim, se quisermos calcular a derivada da função f (x) = 3x2 em qualquer
ponto, basta calcular o valor numérico da função f ′(x) = 6x para esse
ponto dado.
www.esab.edu.br 220
Logo, os resultados obtidos asseguram que o ponto x = 2 pertence ao
intervalo em que a função f (x) = 3x2 é crescente pelo fato da derivada
desse ponto ter dado um resultado positivo. Da mesma forma, o ponto
x = ‒3 pertence ao intervalo em que a função é decrescente pelo fato da
derivada nesse ponto ter dado um valor negativo.
www.esab.edu.br 221
g, então sua derivada é f ′(x) = (f ± g)′ = f ′± g″′.
Conforme mostra o exemplo.
Se f (x) = 4x3 + 5x, então
f ′(x) = (4x3)′ + (5x)′, logo:
f ′(x) = (4x3 + 5x)′ = 12x2 + 5.
Pelo que mostramos nas taxas de variação, quando uma função for
crescente, sua derivada será positiva no intervalo; quando for decrescente,
será negativa.
Exemplo 2
f (x) = x3 –12x2 + 8
f ′(x) = 3x3–1 –2⋅12x1–1
f ′(x) = 3x2 –24x
www.esab.edu.br 222
Para sabermos onde a função cresce e onde decresce, precisamos igualar
a zero a função derivada pois quando f ‘ (x) = 0 podemos resolver a
equação e determinarmos os pontos onde o gráfico corta o eixo x e a
função é nula, assim resolvendo a equação, obtemos: 3x2 –24x = 0.
Aplicando o caso de resolução de equação quadrática incompleto, temos:
3x (x –8) = 0, então: 3x = 0 ⇒ x = 0
e x –8 = 0 ⇒ x = 8
-b ± b 2 - 4.a.c
x= e vamos obter:
2.a
24 + 24
= x' = 8
então 6
24 - 24
= x" = 0
6
Figura 69 – Parábola com a concavidade voltada para cima e cortando o eixo x nos pontos x ‘ = 0 e x ‘‘ = 8.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 223
Analisando o gráfico, temos que:
Como ax2 > 0, pois a função derivada é dada por f ′(x) = 3x2 –24x e 3x2
> 0, portanto a parábola tem a concavidade voltada para cima como
vimos na unidade 14.
Dica
Para você relembrar um pouco mais sobre função
do segundo grau, concavidade, gráfico e estudo do
sinal, assista ao vídeo “ Função do 2º Grau (Função
Quadrática) - Definição, coeficientes”, disponível
clicando aqui.
Exemplo 3
www.esab.edu.br 224
+++++++++++ -------------
-3
Exemplo 1
x
1
Obter a função derivada da função f ( x ) = .
2
Solução: Como acabamos de estudar, nossa função é do tipo
1
= =
f (u ) a u , em que a =e u x . De nossa fórmula, precisamos
2
1 -21 1
calcular u ‘, que será u ' =( x )' = ⋅ x = . De acordo com
2 2 x
www.esab.edu.br 225
x
1 1 1
na função f ’ (x), temos que: f '( x ) = ⋅ ln ⋅ , que é o
2 2 2 x
resultado de nossa derivada.
Exemplo 2
2
+3 x -1
Determine a função derivada da função f ( x ) = 32 x .
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 28 a 36. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 226
Resumo
Nas últimas seis unidades, estudamos que o resultado para o limite pode
ser um número real finito ou infinito. Na unidade 31, aprendemos
como identificar uma função contínua e uma função descontínua, suas
propriedades, sua representação gráfica e sua aplicabilidade no ramo da
economia. Vimos também que para que uma função seja contínua em
um ponto, é necessário que o ponto permaneça no domínio, que exista
limite no ponto (laterais e iguais) e que o limite seja igual ao valor da
função no ponto.
www.esab.edu.br 227
37 Derivadas: regra do produto
Objetivo
Calcular a derivada pela regra do produto.
Exemplo 1
f (x) = x2
g (x) = x5 + 3x + 1
www.esab.edu.br 228
Então:
Exemplo 2
Exemplo 3
www.esab.edu.br 229
Solução: Se f (x) = x2 e g (x) = ex. Ao aplicar a regra do produto, temos
que: (f (x)⋅g (x))′ = f ′(x)⋅g (x) + f (x)⋅g ′(x). Substituindo os valores da
f (x) e da g (x) na fórmula, temos:
ex é igual a ex.
Colocando o termo x ⋅ ex em evidência, temos a derivada de
h (x) = x2 ⋅ ex:
Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos em derivada,
assista ao vídeo “Curso básico de Derivada aula
1”, do professor José Fernando Grings, que está
disponível aqui, e entenda melhor a definição de
derivada através de alguns exemplos.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 230
Solução: Se f (x) = 3 e g (x) = x2, temos:
Exemplo 2
Exemplo 3
=
Solução: Para f ( x ) 5=
e g(x ) x , temos:
www.esab.edu.br 231
Substituindo os valores da f (x) e da g (x), na fórmula:
( f ( x=
). g ( x ))' (5)'.( x ) + (5).( x )'
1
1 - 12 5 - 12
Logo: ( f ( x ). g ( x ))' =
0 + (5. x ) = x
2 2
5 - 12
Portanto: ( f ( x ). g ( x ))' = x pode ser escrita como:
2
5
( f ( x ). g ( x ))' = , que é a derivada de h( x ) = 5 x .
2 x
Nos exemplos citados, você pode observar que toda função do tipo
f (x) = k ⋅ f (x) pode ser simplificadamente derivada colocando a
constante fora do sinal da derivação. Agora, observe como ficaria o
Exemplo 1 na forma simplificada: f (x) = 3x2 = 3 ⋅ (x2)′ = 3 ⋅ 2x2–1 = 6x.
www.esab.edu.br 232
38 Derivadas: regra do quociente
Objetivo
Calcular a derivada pela regra do quociente.
www.esab.edu.br 233
Exemplo 1
Exemplo 2:
2+x
Dada a função h( x ) = , determine sua derivada no ponto x = 1.
3-x
Solução: Identificando f (x) = 2 + x,
'
f (x ) f '( x ). g ( x ) - g '( x ). f ( x )
g(x ) =
3-x e = 2
e, podemos substituir
g ( x ) ( g ( x ))
os valores da f (x) e g (x).
'
f ( x ) (2 + x )'.(3 - x ) - (2 + x ).(3 - x )'
Assim, = . Derivando as
g ( x ) (3 - x )2
funções, temos:
www.esab.edu.br 234
'
f ( x ) 1(3 - x ) - (2 + x )( -1)
= . Aplicando a propriedade distributiva,
g ( x ) (3 - x )2
vamos obter:
'
f (x ) 3 - x + 2 + x
=
g ( x ) (3 - x )2
Reduzindo os termos semelhantes, chegaremos ao resultado:
'
f (x ) 5
= , que é a derivada de h( x ) = 2 + x .
g ( x ) (3 - x )
2
3-x
Agora, calculamos a derivada no ponto x = 1. Para isso basta
substituirmos o valor de x na função derivada. Assim, temos:
'
f (1) 5 5
= = . Então, 5 é o valor da derivada da função
g (1) (3 - 1)
2
4 4
h (x) no ponto x = 1.
Exemplo 3:
x+5
Seja f ( x) = , determine os itens a seguir.
x +1
www.esab.edu.br 235
b) De acordo com a derivada do quociente, temos que:
se f (x) = x + 5 e g (x) = x + 1, temos que
'
f (x ) f '( x ). g ( x ) - g '( x ). f ( x )
= . Podemos substituir os valores da
g(x ) ( g ( x ))2
f (x) e da g (x), e teremos:
'
f (x ) ( x + 5)'.( x + 1) - ( x + 1)'.( x + 5) 1( x + 1) - (1)( x + 5)
= .
g(x ) ( x + 1)2 ( x + 1)2
x +5
c) Dada a função f ( x ) =
x +1
Vamos verificar se existe assíntotas de acordo com o que estudamos na
unidade 33.
www.esab.edu.br 236
Então, podemos concluir que para y = 1, é uma assíntota horizontal e
para x = –1, é uma assíntota vertical.
1
-1 x
Estudo complementar
Para aprofundar um pouco mais o assunto sobre
regra de derivada do quociente, assista ao vídeo:
“Derivadas, exercícios resolvidos passo a passo”,
disponível aqui.
www.esab.edu.br 237
39 Exercícios sobre derivadas
Objetivo
Resolver problemas e exercícios sobre derivadas de funções
polinomiais, exponenciais e o uso da regra do produto e do quociente.
Para darmos início aos exercícios, vamos fazer uma pequena revisão sobre
derivadas – você pode acompanhá-la no ícone a seguir.
Saiba mais
Como vimos nas unidades anteriores, a derivada
tem suas regras e definições. Para relembrá-las,
assista ao vídeo “Cálculo I – derivadas”, disponível
aqui. Nessa aula, o professor apresenta e
exemplifica a definição de função derivada.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 238
Solução: Como podemos observar na função dada, temos uma função
na qual os termos estão se multiplicando. Então, podemos escrever: h (x)
= f (x) ⋅ g (x) e f (x) = –4x2 e g (x) = (x2 –3x). Daí, podemos derivar pela
regra do produto: (f (x) ⋅ g (x))′ = f (x) ⋅ g (x) + f (x) ⋅ g ′(x). Substituindo
os valores, temos: (f (x) ⋅ g (x))′ = (–4x2) ⋅ (x2 –3x) + (–4x2) ⋅ (x2 –3x)′.
Assim: (f (x) ⋅ g (x))′ = (–8x) ⋅ (x2 –3x) + (–4x2) ⋅ (2x –3). Portanto, h ′(x)
= –8x3 + 24x2 –8x3 + 12x2 ⇒ h ′(x) = –16x3 + 36x2.
Exemplo 2
-34567 ,8345
Explique por que a derivada da função f ( x ) = - (e ) é igual a
zero?
Exemplo 3
www.esab.edu.br 239
Como a regra prática de derivação de polinômios nos diz que para
derivarmos um polinômio basta multiplicar o expoente pelo coeficiente
numérico e o expoente da parte literal diminui 1 unidade, temos:
Exemplo 4
4+x
Se f ( x ) = , encontre a derivada de f (x) e determine o domínio da
5- x
f ′(x).
4+x
Solução: Se f ( x ) = , temos, por definição, que f (x) = 4 + x e g
5- x
(x) = 5 – x.
www.esab.edu.br 240
Exemplo 5
Exemplo 6
www.esab.edu.br 241
-5
Portanto: f '( x ) = , mas como queremos determinar a derivada
( x - 3)2
no ponto x = 1, temos que substituir o valor de x na função derivada por 1.
-5 -5 -5 -5
Logo: f=
'( x ) = f=
'( x ) = = .
( x - 3)2
(1 - 3) ( -2)
2 2
4
Da qual se pode concluir que a derivada da função no ponto x = 1é igual
-5
a .
4
Conforme os exemplos apresentados nesta unidade, tivemos a
oportunidade de revisar e fixar o estudo das derivadas das funções
polinomiais e exponenciais, bem como o uso da regra do produto e do
quociente para resolver problemas de derivação. Na próxima unidade,
aproveitando o estudo que já fizemos nesta, daremos continuação ao
estudo das derivadas com a parte I da regra da cadeia. Vamos em frente!
www.esab.edu.br 242
40 Derivadas: regra da cadeia – parte I
Objetivo
Calcular as derivadas pela regra da cadeia.
Para você entender melhor a definição, note que: Se f (x) = (2x + 3)2,
podemos escrever essa função como f (x) = u2 em que u = (2x + 3).
Perceba nesta escrita que há uma composição de funções, ou seja, uma
dentro da outra. Assim, usando a regra da cadeia, podemos derivar a
função f (x) = (2x + 3)2 da seguinte forma: f ′(x) = (u2)′⋅u′. Substituindo
os valores, temos: f ′(x) = [(2x + 3)2]′⋅(2x + 3)′.
www.esab.edu.br 243
Até aqui o exercício torna-se muito fácil. Porém, podemos agora
questionar como seria a derivada da função f (x) = (2x + 1)200. Poderia
também ser desenvolvida pelo Binômio de Newton, mas demoraria
muito tempo e a chance de erro seria muito grande.
Sabendo que a função f (x) = (2x + 1)200, suponha que f (u) = u200 e que
u(x) = 2x + 1 é uma função composta, pois podemos escrever a função
f (x) = (2x + 1)200 como f (u) = (2x + 1)200 ou seja, escrevermos a função f
(u) = u200 e no lugar de u, trocamos por u(x).
Da qual se tem que a derivada da função f (x) = (2x + 1)200 é igual a f ′(x)
= 400(2x + 1)199.
www.esab.edu.br 244
Dica
Para entender melhor a regra da cadeia, assista
ao vídeo “Derivada de função composta, raiz,
polinomial aula 11” que está disponível neste link.
Neste vídeo, o professor José Fernando Grings
resolve alguns exemplos de função composta e
sua derivação. Vale a pena conferir!
Exemplo 1
x
Substituindo u por x2 + 5, temos como resultado: y ' = 2
, a derivada
x +5
que queríamos obter.
www.esab.edu.br 245
Exemplo 2
y ′= (u5)′ = 5u4
u ′= (x4)′ = 4x3
x ′= (t3)′ = 3t2
www.esab.edu.br 246
41 Regra da cadeia – parte II
Objetivo
Calcular as derivadas pela regra da cadeia.
Para Silva e Abrão (2008), a regra da cadeia pode ser calculada derivando
a função simples e depois derivando a função composta. Por meio
de alguns exemplos, entenda melhor o que diz o autor. Note que os
exemplos 1 e 2 correspondem a uma mesma função, mas que a solução
será por métodos diferentes.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 247
1 1 x
obter: f '( x ) = ( x 2 + 1)', então f '( x ) = .2 x = .
2 x +1
2
2 x +1
2
x +1
2
x
Portando : y ' =
x2 +1
Exemplo 2
du du
Por outro lado, ( x 2 + 1) ' e, portanto,
= 2 x. De onde se tem que a
=
dx dx
derivada de u é igual a 2x.
dy dy du
Pela regra da cadeia, temos que: = . . Substituindo os valores,
dx du dx
temos:
dy dy du 1 2x x
=. ⇒ .2 x = = . Substituindo u por
dx du dx 2 u 2 u u
dy x
x 2 + 1, resulta: = .
dx x +1
2
www.esab.edu.br 248
Estudo complementar
Para você entender melhor sobre a derivada da
função composta, assista à videoaula “Derivada
– Regra da Cadeia Aula 1”. Você pode acessá-la
clicando aqui e observar como podemos derivar
alguns polinômios. Também seria interessante que
você refizesse alguns dos exercícios para fixar o
conteúdo trabalhado.
Exemplo 3
www.esab.edu.br 249
Exemplo 4
f (x) = (x + 1)2
y = u2 ⇒ y ′= 2u
u = x + 1 ⇒ u ′= 1
Usando a fórmula da regra da cadeia (estudada na unidade 40), temos:
y ′(x) = y ′(u)⋅u(x) ⇒ y ′(x) = 2u⋅1. Voltando à derivada, para a variável
original x, teremos: u = x + 1. Logo: y ′(x) = 2(x + 1) ⋅1 = 2x + 2.
Portanto, a derivada de f (x) = (x + 1)2 é f ′(x) = 2x + 2.
www.esab.edu.br 250
f (x)
4
-1 1 x
Exemplo 5
5
x
Encontre a derivada da função f ( x ) = .
1 + 3x
Solução: Note que, primeiramente, devemos fragmentar a função em
duas funções elementares, observe:
5
x
f (x ) =
1 + 3x
y = u5
x
u=
1 + 3x
Usando a fórmula da regra da cadeia estudada na unidade 40, temos:
(1).(1 - 3 x) - ( x)(-3)
y= '( x) 5u 4 .
'( x) y '(u ) . u '( x) ⇒ y=
(1 - 3 x) 2 . Note que para
x
derivarmos u = , precisamos usar a regra do quociente (que vimos
1 - 3x
na unidade 38).
www.esab.edu.br 251
Então, continuando a derivar a função
(1).(1 - 3 x ) - ( x )( -3)
y '( x ) = 5u 4 . , temos:
(1 - 3 x )2
4
x (1)(1 - 3 x ) - ( x )( -3)
y '( x ) = 5 . . Resolvendo as
1 - 3x - 2
(1 3 x )
multiplicações e reduzindo os termos semelhantes, chegamos ao seguinte
5x 4
resultado: f '( x ) = , que é a derivada procurada.
(1 - 3 x )6
De acordo com os exemplos que vimos nesta unidade e segundo
Guidorizzi (2010) e Silva e Abrão (2008), podemos entender que toda
função composta do tipo fog (x) (que estudamos na unidade 26) pode ser
derivada aplicando a regra da cadeia.
www.esab.edu.br 252
42 Derivada de ordem superior
Objetivo
Apresentar derivadas de ordem superior.
www.esab.edu.br 253
Portanto, segundo Murolo e Bonetto (2012, p. 214), “[...]
generalizando as derivadas sucessivas, teremos a derivada e – nézima ou
derivada de e – nézima ordem, ou ainda derivada de ordem n de f (x)”.
dny
Ainda segundo o autor, obtemos a derivada e – nézima f ( x ) = n
n
dx
derivando n vezes a função f (x).
Exemplo 1
Extraído de Murolo e Bonetto (2012). Dada a função f (x) = x5, obtenha
a derivada terceira.
assim:
f "( x ) = 20 x
3
f "'( x ) = 60 x 2
Pode-se concluir que f "'( x ) = 60 x 2 .
Exemplo 2
Se f (x) = x8, calcule a derivada de ordem 3
www.esab.edu.br 254
Outro exemplo em que podemos usar a derivada de segunda ordem é na
área de Economia, na qual a primeira derivada da função, f ′(t), fornece
a variação da taxa de inflação em qualquer instante de tempo t. Dessa
forma, quando um economista ou um político alega que “a inflação está
diminuindo”, o que ele quer dizer é que a taxa de inflação está decrescendo.
Exemplo 3
Suponha que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de uma economia
é descrito pela função f (t) = –0,2t3 + 3t2 + 100, com (0 ≤ t ≤ 9). Em que
t = 0 corresponde ao início do tempo em anos. Calcule a f ′(6) e f ″(6).
Agora que você já sabe que para derivar a função em qualquer ordem,
basta derivar a derivada sucessivamente, observe o Exemplo 4.
Exemplo 4
Determine as derivadas de todas as ordens da função polinomial f (x) =
2x5 – 3x4 + 2x3 + 5x – 12.
www.esab.edu.br 255
Solução: Para encontrarmos todas as derivadas dessa função, devemos
derivá-la o máximo possível, até que se obtenha uma constante. Pois,
como vimos em unidades anteriores, a derivada de uma constante é igual
a zero. Assim:
Saiba mais
Agora, é interessante que você assista ao vídeo
“Cálculo I – Derivada de ordem superior”
disponível aqui. Nessa videoaula, você terá a
oportunidade de aprender mais um pouco sobre a
derivada de ordem superior e também relembrar
sobre algumas propriedades que vimos nas
unidades anteriores.
www.esab.edu.br 256
Resumo
www.esab.edu.br 257
43 Exercícios sobre derivadas
Objetivo
Propor exercícios sobre a regra da cadeia e derivadas de ordem
superior.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 258
Exemplo 2
5
3x + 3
Dada a função y = , encontre y ′.
2x + 1
Solução: Aqui aplicaremos novamente a regra da cadeia, vista nas
unidades 40 e 41, do seguinte modo:
dy dy du
= .
dx du dx
Como anteriormente, primeiro escreveremos
3x + 3
= y g= ( u ) u5= eu , ou seja, vamos considerar que toda a
2x + 1
expressão que está elevada na 5ª potência é uma variável u, e mostrar a
dy du
fórmula , que é u′ = 5u4. Depois, fazemos , que neste caso é uma
du dx
expressão mais complexa, pois teremos que aplicar a regra para derivação
de um quociente, conforme vimos na unidade 38.
3x + 3
Para derivar a expressão , aplicaremos a regra do quociente, dada
2x + 1
g ( x ). f '( x ) - f ( x ).g '( x )
por: y ' ( x ) = , considerando que
g ( x )
2
( 2 x + 1) ⋅ 3 - ( 3 x + 3 ) ⋅ 2
y '( x ) =
( 2 x + 1)2
6x + 3 - 6x - 6
y '( x ) =
( 2 x + 1)2
-3
y '( x ) =
( 2 x + 1)2
www.esab.edu.br 259
Dessa forma, aplicando a regra da cadeia, e dada a função
5
3x + 3 -3 3x + 3
y = , temos: =y ' 5u 4 ⋅ . Substituindo u = ,
2x + 1 ( 2 x + 1)2 2x + 1
teremos a expressão final para nossa derivada que será:
4
3x + 3 -3
=y ' 5 ⋅
2 x + 1 ( 2 x + 1)
2
Exemplo 3
Exemplo 4
www.esab.edu.br 260
1
Comparando a função=
y (x 2
+ 1) com a regra da cadeia, podemos
2
1
identificar =
n e f ( x=
) x 2 + 1. Para aplicarmos a regra da cadeia,
2
precisamos calcular f ′(x) que será f ′(x) = 2x. Agora, basta substituirmos
esses resultados na fórmula da regra da cadeia:
1 1
n -1 1 2 -1 1 2 -
y =' n( f ( x )) ⋅ f '( x ) ⇒ y =' ( x + 1) ⋅ 2 x=
2
( x + 1) 2 ⋅ 2 x
2 2
1
-
Dessa forma, nossa primeira derivada será y ' =( x + 1) ⋅ x .
2 2
1
x ) ( x + 1) . Desse
-
as quais podemos identificar como f (= x ) x e g (= 2 2
( x + 1) com y =
-
g (x) = 2 2( f ( x ))n , podemos identificar que
1
n= - e f (x) = x 2 + 1. Mas como a fórmula da derivada pela regra da
2
cadeia é y ′= n (f (x))n–1 ⋅ f ′(x), sabemos que ainda precisamos calcular
f ′(x). Calculando essa derivada, teremos f ′(x) = 2x. Agora substituímos
esses resultados na regra da cadeia para obtermos g ′(x). Assim, teremos:
1 3
1 2
- ( x + 1)
- -1 -
g '( x ) = 2 ⋅ 2x = ( x + 1) ⋅ x . Agora que já temos g ′(x),
2 2
2
podemos substituir os dados na fórmula da derivada da regra do produto,
que era o que nos faltava para aplicar essa fórmula.
www.esab.edu.br 261
Dos cálculos que havíamos feito inicialmente, sabemos que:
1
x , g ( x ) ( x + 1) , f ' ( x ) =
-
f ( x ) == 2
1 e também que
2
3
-
g ' ( x ) =( x + 1) ⋅ x (como acabamos de calcular). Substituindo estes na
2 2
www.esab.edu.br 262
Aplicações de derivadas no estudo
44 das funções
Objetivo
Estudar máximos e mínimos de uma função.
www.esab.edu.br 263
mg/L
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
1 2 3 4 5 6 7 8 9 t (h)
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y
P1 Ponto de máximo
P2
Ponto de mínimo
www.esab.edu.br 265
A B
y Crescente Decrescente y
Decrescente Crescente
P x P x
Decrescente Crescente
---------- ++++++++++
Sinal de y
P
www.esab.edu.br 266
Crescente Decrescente
++++++++++ ----------
Sinal de y
P
Acompanhe o exemplo:
y ′ = – 2x + 4
Agora, iremos analisar o sinal da função da seguinte maneira:
y ' > 0 ⇒ -2 x + 4 > 0 ⇒ x < 2
Quando , ou seja: à esquerda de 2, y ′ é
y ' < 0 ⇒ -2 x + 4 < 0 ⇒ x > 2
positivo, e à direita ele é negativo. Logo x = 2 é um ponto de máximo.
Acompanhe o esquema da Figura 78:
Crescente Decrescente
++++++++++ ----------
Ponto de máximo 2
Figura 78 – Ponto de máximo.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 267
Na maioria de nossas aplicações, usaremos o critério da segunda derivada
para identificar os pontos de máximo e mínimo, o qual será apresentado
na próxima unidade. Contudo, apresentaremos, como exemplo ilustrativo,
uma aplicação em que encontraremos o valor de máximo usando
exclusivamente o critério da primeira derivada. A partir de agora, usaremos
o critério da primeira derivada somente em situações inconcludentes ou
quando o cálculo da segunda derivada for muito trabalhoso.
3
q é a quantidade do produto. Esse produto é vendido em unidades a um
preço de R$ 33,00. Qual a quantidade que deve ser produzida a fim de
se obter o máximo lucro mensal?
L′ = – x2 + 4x + 21
Essa equação tem raízes (‒3, 7). Logo:
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‒ + ‒
Sinais de L’
‒3 7
Analisando o comportamento de L:
-3 7
Comentário da análise:
Não consideramos a quantidade –3, que se trata de uma
quantidade negativa. Observando a figura anterior, nota-se
que à esquerda de 7 L’ > 0 e à direita L’ < 0, o que caracteriza
um ponto de máximo.
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Aplicações de derivadas no estudo
45 das funções – parte I
Objetivo
Apresentar derivada segunda e concavidade de um gráfico.
www.esab.edu.br 270
Gráfico 2: função crescente
y Como no gráfico anterior, quando a função for
crescente, a primeira derivada será positiva.
Entretanto, a curvatura – ou concavidade –
está para baixo. Assim, a segunda derivada
apresentará um valor negativo.
x
Figura 82 – Função crescente II.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 271
Gráfico 5: função crescente e decrescente
y
reta 1 - crescente
reta 2 - decrescente
x
Figura 85 – Função crescente (reta 1) e função decrescente (reta 2).
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 272
Exemplo 1
2x – 8 = 0
2x = 8
x=4
Exemplo 2
www.esab.edu.br 273
Calculando a primeira derivada, teremos:
Q ′(t) = – 15 + 18t – 3t 2 = 0
Como se trata de uma equação do segundo grau, podemos encontrar
os pontos que anulam a função utilizando a fórmula de Bhaskara, com
a qual em nosso caso identificamos como a = ‒3, b = 18 e c = ‒15.
Substituindo esses valores na fórmula de Bhaskara, temos:
www.esab.edu.br 274
Sabendo disso, podemos fazer uma análise sobre o aumento e a queda
das vendas. Como t = 1 é um ponto de mínimo, sabemos que antes
desse período as vendas estavam caindo até atingir o mínimo de vendas
em t = 1 ano. Em seguida, sabemos que temos um ponto de máximo
em t = 5. Então após atingir o mínimo de vendas em 1 ano, as vendas
começaram a crescer até um máximo que foi atingido em t = 5 anos.
Se este é um ponto de máximo, então após esse tempo as vendas
começaram a cair novamente. Veja um resumo na tabela a seguir.
125,00
t=5
100,00 Ponto de máximo
75,00 t=1
Ponto de mínimo
50,00
25,00
0,00 t
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00
Figura 86 – Gráfico da função Q(t).
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 275
Perceba que antes do primeiro ano a função desce até t = 1, e depois
começa a crescer até atingir t = 5. Em seguida, volta a cair.
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Aplicações de derivadas no estudo
46 das funções – parte II
Objetivo
Analisar as funções por meio derivadas.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 277
Substituindo o valor de x na função, temos: y ″(0) = 2 > 0. Como a
segunda derivada apresenta um valor positivo, a concavidade é para cima,
caracterizando um ponto de mínimo (P.m.). Portanto, x = 0 é um ponto
de mínimo (P.m.).
87,50
75,00
62,50
x=0
ponto de 50,00
mínimo
37,50
25,00
12,50
0,00
-10,00 -7,50 -5,00 -2,50 2,50 5,00 7,50 10,00 x
Exemplo 2
www.esab.edu.br 278
y ′= 2x – 6, fazendo y ′= 0, obtém-se:
y' = 0
2x - 6 =0
2x = 6
6
x=
2
x =3
O candidato é o 3. Calculando a segunda derivada, temos: y ″= 2.
Substituindo o valor de x na função, temos: y ″(3) = 2 > 0. Como a
segunda derivada apresenta um valor positivo, a concavidade é para cima,
caracterizando um ponto de mínimo (P.m.). Portanto, o x = 3 é um ponto
de mínimo (P.m.). Vamos conferir esse resultado através da Figura 88.
y
30,00
20,00
x=3
ponto de
10,00 mínimo
0,00 x
-2,00 -1,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
www.esab.edu.br 279
Exemplo 3
y' = 0
4x + 2 = 0
- 4x =-2
-2
x=
-4
1
x=
2
1
O candidato é o . Aplicando a segunda derivada, adquire-se o seguinte:
2
1
y ″= – 4. Substituindo, temos: y '' =-4 < 0. Como a segunda
2
derivada apresenta um valor negativo, a concavidade é para baixo,
caracterizando um ponto de máximo (P.M.).
1
Portanto, o x = é um ponto de máximo (P.M.). Vamos conferir esse
2
resultado na Figura 89.
www.esab.edu.br 280
y
20,00
x = 1/2
15,00
ponto de
máximo
10,00
5,00
0,00 x
-1,00 1,00 2,00 3,00
Figura 89 – Gráfico da função y = –2x2 + 2x + 18.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Exemplo 4
www.esab.edu.br 281
x 3 3/ x 3-1
⇒ = = x2
3 3/
9 2/ × 9 2-1
⇒ - x2 = - x = 9x
2 2/
⇒ 18 x =
18
⇒ -23 =0
D= 81 - 72
D =9
- ( -9 ) ± 9
x=
2
9±3
x=
2
9 + 3 12
x1= ⇒ ⇒6
2 2
9-3 6
x=
2 ⇒ ⇒3
2 2
x = 3
Assim, para y' = x - 9 x + 18 = 0 x = 6 , o que nos dá dois candidatos a
2
pontos de máximo e ou mínimo. Calculando a segunda derivada, temos:
y ″= 2x – 9. Substituindo o valor de x na função, obtém-se o seguinte:
y ″(3) = 2(3) – 9
y ″(3) = 6 – 9
y ″(3) = – 3 < 0
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Neste caso, a segunda derivada apresenta um valor negativo. Logo, sua
concavidade é para baixo, caracterizando um ponto de máximo (P.M.).
Portanto, o x = 3 é um ponto de máximo (P.M.).
y ″(6) = 2(6) – 9
y ″(6) = 12 – 9
y ″(6) = 3 > 0
y
10,00 x=3
ponto de máximo
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00
x
-10,00 x=6
ponto de mínimo
x3 9 2
Figura 90 – Gráfico da função y = - x + 18 x - 23.
3 2
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
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Aplicações das derivadas nas áreas
47 econômica e administrativa
Objetivo
Aplicar as derivadas nas áreas econômica e administrativa.
www.esab.edu.br 284
Função custo
Custo
Nível de produção
Figura 91 – Representação gráfica da Função Custo.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Função receita
www.esab.edu.br 285
R (x)
0 X1 x
Função lucro
Medeiros (2005) diz que, sendo C (x) o custo total associado à produção
de uma utilidade e R (x) a receita total referente à venda desta utilidade, a
função lucro associada à venda da utilidade é dada por L(x) = R (x) ‒ C(x)
(lucro gerado pela produção e venda de x unidades de um produto). A
derivada da Função Lucro nos dá o lucro marginal, que expressa a variação
dessa função. A função demanda é representada pelo gráfico da Figura 93.
L(x) Lucro
máximo
x1 x2 x
Pontos de
equilíbrio
Figura 93 – Representação gráfica da Função Lucro.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
www.esab.edu.br 286
Veja que quando a curva encontra os pontos x1 e x2, o lucro é nulo. Já o
lucro máximo acontece nos valores correspondentes ao ponto mais alto
da curva.
Função demanda
Demanda
Preço
Figura 94 – Representação gráfica da função demanda.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Função oferta
www.esab.edu.br 287
funções são definidas para valores inteiros positivos. A razão disto está
no fato de não fazer sentido discutir o custo para produzir -1 sapato ou
o faturamento gerado pela venda de ‒2,45 automóveis. Se tivermos, por
2
exemplo, uma função de oferta dada por S =-4 + P , com 10 < P ≤ 20,
5
a representação gráfica permanece da seguinte forma:
Oferta
10 20 Preço ($)
‒4
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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48 Exercícios de revisão
Objetivo
Propor exercícios de revisão.
Exemplo 1
www.esab.edu.br 289
Mostramos, na unidade 47, que a função lucro é dada por L(x) = R(x) ‒
C(x). Assim, temos:
L'( x ) = 0
-2 x + 26 = 0
- 2x = -26
-26
x=
-2
x = 13
O candidato a ponto de máximo ou mínimo é o 13. Calculando a
segunda derivada, obtemos: L ″(x) = – 2. Substituindo o valor de x na
função, adquirimos: L ″(13) = – 2 < 0.
www.esab.edu.br 290
L(x) ponto de máximo
200,00
x = 13
100,00
R ' (13=
) 30 - 2. (13 )
R ' (13=
) 30 - 26
R ' (13 ) = R $ 4,00
Considerando C ( x=
) 20 - 4 x , temos:
=C ' ( x ) 4.=
Assim, C ' (13 ) R $ 4,00.
' (13 ) C=
Logo, mostramos que R= ' (13 ) R $ 4,00.
Exemplo 2
Uma fábrica de brinquedos infantis tem a sua receita diária dada pela
função R (x) = – 2x2 + 100x. Diante disso:
www.esab.edu.br 291
Solução:
R '( x ) = 0
-4 x + 100 = 0
- 4x = -100
-100
x=
-4
x = 25
www.esab.edu.br 292
R(x)
1.250,00
1.000,00 x = 25
ponto de
máximo
750,00
500,00
250,00
www.esab.edu.br 293
Nesta unidade, resolvemos em detalhes alguns exercícios aplicados à
Administração, que, com o auxílio das derivadas, proporcionaram uma
solução profícua para o problema proposto.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 37 a 48. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 294
Resumo
www.esab.edu.br 295
Glossário
Álgebra
Segundo Demana (2009, p. 7), “a álgebra é o uso de letras ou símbolos
para representar números reais.” R
Análogo
Que faz analogia, semelhante, similar. R
Assíntota
Em matemática, uma assíntota de uma curva C é um ponto ou uma
curva de onde os pontos de C se aproximam à medida que se percorre C.
Quando C é o gráfico de uma função, em geral o termo assíntota refere-
se a uma reta. R
Assíntota horizontal
É a assíntota que intercepta o eixo. R
Assíntota vertical
É a assíntota que intercepta o eixo. R
Binômio de Newton
Definido pelo físico e matemático Isaac Newton permite que se calculem
potências do tipo. R
Coeficiente angular
O valor do coeficiente angular de uma reta é a tangente do seu ângulo de
inclinação. R
www.esab.edu.br 296
Conjuntura
Refere-se à determinada circunstância ou ocasião. R
Consolidar
Tornar firme; sólido; reunir. R
Constante
Em Matemática, chamamos de constante qualquer número real que
possa realizar operações com expressões algébricas. R
Contextualização
É a inserção de algum contexto para a melhor compreensão dos
conceitos. R
Custo fixo
Segundo Silva e Abrão (2008), é aquele que não depende da produção
ou das vendas. Alguns exemplos são: aluguel, salário dos funcionários,
impostos, contas de água e luz, entre outros. R
Custo total
É a soma do custo fixo e do custo variável. R
Custo variável
Segundo Silva e Abrão (2008), é aquele que varia de acordo com a
produção ou a venda. R
Demandada
É a quantidade de um produto que os consumidores desejam adquirir
por um preço fixado. R
Denotada
Mostrada através de determinados sinais. R
www.esab.edu.br 297
Depreciação
No contexto, reflete o valor desvalorizado do bem a cada período. R
Descartes
René Descartes, por vezes chamado de o fundador da filosofia moderna
e o pai da matemática moderna, é considerado um dos pensadores mais
influentes da história humana. R
Domínio da função
Significa encontrar todos os valores de x para que a função f(x) exista.
R
Fermat
Pierre de Fermat foi um matemático francês que viveu no século
XVII. Trabalhou na Universidade de Toulouse antes de se mudar para
Bordeaux na segunda metade dos anos 1620. Em Bordeaux, começou
suas primeiras pesquisas matemáticas sérias e, em 1629, ele deu uma
cópia de sua restauração do trabalho de Apolônio – “Planos” – a um dos
matemáticos da instituição. R
Forma fatorada
Fatorar um polinômio, escrever esse polinômio como uma multiplicação
de dois ou mais polinômios. Ao fazer a fatoração, obtém-se a forma
fatorada. Por exemplo:
( x - 4)( x + 3)
x 2 - x - 12 =
forma fatorada R
Função constante
Toda função f: R → R na forma f(x) = k, com k ∈ R, é denominada
função constante, ou seja, não importa o valor de x , sua imagem por f
será sempre k. Aproxima-se de sua assíntota, mas nunca a ultrapassará.
R
www.esab.edu.br 298
Inconcludentes
Refere-se a uma situação que admite uma possível conclusão. R
Interceptar
Que se cruzam ou cortam. Neste caso, é o ponto no qual os gráficos se
cruzam. R
Investidor
É um agente ou instituição que realiza investimentos financeiros,
disponibilizando capital para a realização de um determinado projeto. R
Logística
É uma área da gestão responsável por prover recursos e equipamentos
para a execução das atividades de uma empresa. No contexto, refere-se ao
armazenamento de mercadorias. R
Lucro
Pode ser entendido como a diferença entre a receita e o custo total. R
Mercado de ações
É um ambiente organizado para a negociação de títulos, ações; essas
transações podem ocorrer por intermédio das bolsas de valores. R
www.esab.edu.br 299
Mercado de capitais
Representa o mercado da Bolsa de Valores, cujas ações de determinada
empresa são comercializadas. R
Notações
Símbolos matemáticos usados para expressar os problemas. R
Número de Euler
O número vale aproximadamente 2,71826 e a letra é em homenagem a
Leonard Euler (1707-1783), que foi quem introduziu a notação. R
Papéis
Em Administração, é um título que representa dinheiro, uma ação, por
exemplo. R
Parábola
O formato de uma parábola é uma curva aberta e sempre será o gráfico
de uma função polinomial do segundo grau, também chamada de função
quadrática. R
Permutando
Trocando; dar reciprocamente. R
Pitagóricos
Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos
números. Para eles, o número, sinônimo de harmonia, constituído da
soma de pares e ímpares – os números pares e ímpares expressando as
relações que se encontram em permanente processo de mutação –, era
considerado como a essência das coisas, criando noções opostas (limitado
e ilimitado) e sendo a base da teoria da harmonia das esferas. R
www.esab.edu.br 300
Plano cartesiano
Sistema de coordenadas criado pelo matemático René Descartes com
o objetivo de localizar pontos. Ele é formado por dois eixos: eixo das
abscissas (horizontal), geralmente chamado de eixo , e eixo das ordenadas
(vertical), geralmente chamado de eixo . R
Polinômio
Expressão algébrica formada por números e letras. Quando possui um
só termo é chamado de monômio, dois termos, binômio e três termos,
trinômio. R
Ponto de acumulação
Em matemática, um ponto limite ou ponto de acumulação é um ponto
em um conjunto que pode ser aproximado tão bem quanto se queira
por infinitos outros pontos do conjunto. Por definição, todo ponto de
acumulação é um ponto de fecho. R
Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio ocorre quando a receita é igual ao custo total. R
Profícua
Significa algo bem feito, vantajoso. R
Quociente
É o termo usado para designar o resultado da operação de divisão. R
Radicando
O símbolo n x , chamado radical, indica a raiz enésima de x. Nele, x é
chamado radicando e n, índice. R
Receita
A receita de uma empresa é a soma total de suas vendas e recebimentos.
R
www.esab.edu.br 301
Resgatar
Recuperar o valor cedido a outra pessoa mediante pagamento; libertar a
preço de dinheiro ou concessões. R
Secante
Reta que toca a circunferência ou a curva em dois de seus pontos
distintos. R
Simbologia
Estudo dos símbolos; conjunto dos símbolos. R
Subconjunto
Dados dois conjuntos A e B, dizemos que A é subconjunto de B quando
todo elemento de A é elemento de B. Por exemplo, se A = {1, 2, 3} e B =
{1, 2, 3, 4, 5}, todos os elementos de A são elementos de B, ou seja, A é
subconjunto de B. R
Translação
É um deslocamento paralelo que mantém a figura inalterada. R
Variável
Um símbolo, geralmente representado por uma letra, que representa
números. R
www.esab.edu.br 302
Referências
www.esab.edu.br 303