Teoria de Getalista
Teoria de Getalista
Teoria de Getalista
Índice
1.0.Introdução
teoria de campos, Kurt Lewin parte teoria da Gestalt para construir um conhecimento novo e
genuíno, Lewin denomina de campo cognitivo a forma como o indivíduo percebe o ambiente em
que se situa. E o espaço de vida é a percepção e experiencia do mundo, em conjunto com os
objectivos e as barreiras a esses mesmos objectivos. O espaço de vida seria a Pessoa e o seu
Ambiente. O comportamento é determinado por esse espaço.
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo geral
Conhecer a teoria de aprendizagem gestaltista e de campo.
1.1.2.Objectivos específicos
Identificar os princípios da teoria gestaltista;
Distinguir o objecto de estudo da teoria gestaltista e de campo;
Explicar a ideia da teoria gestaltista e de campo.
Kurt Koffka, psicólogo alemão, foi responsável por difundir a Psicologia da Gestalt nos Estados
Unidos através de palestras que dava nas Universidades. Nesta época, a Psicologia americana
centrava-se no Positivismo, e assim sendo, a Gestalt sofreu duras críticas. Köhler foi também um
outro pesquisador da Psicologia da Gestalt e desenvolveu pesquisas com macacos na época da
Primeira Grande Guerra. Este pesquisador visava conhecer a capacidade mental dos macacos. Em
1935, tornou-se o presidente da APA (Associação Psicológica Americana).
A teoria da Gestalt tem como ponto inicial e principal objeto a percepção. De acordo com os
gestaltistas, o processo da percepção encontra-se entre os estímulos fornecidos pelo meio e a
resposta do indivíduo. Destarte, o que é percebido pelo indivíduo e como é percebido são
importantes elementos para que se possa compreender o comportamento humano. Assim como
para o Behaviorismo, a Gestalt entende a Psicologia como uma ciência que estuda o
comportamento, todavia, com suas diferenças teóricas – os behavioristas estudavam o
comportamento pela relação estímulo-resposta e desconsideravam os conteúdos conscientes
devido à impossibilidade de controla-los de modo científico. De acordo com os gestaltistas, o
comportamento deveria ser observado em seus aspectos mais globais e deveria haver a
consideração das condições que alteram a percepção do estímulo. Como justificativa a essa
teoria, embasavam-se na teoria do isomorfismo – esta pressupunha uma ideia de unidade no
universo e pressupunha que a parte sempre se relacionava ao todo. Quando se vê somente a parte
de um determinado objeto, por exemplo, há a tendência da restauração do equilíbrio da forma e
isso garante que se entenda o objeto que se está percebendo. “Esse fenômeno da percepção é
norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma
figura (objeto)” (TEIXEIRA, 2007, p.60). (Http://www.psicologiamsn.com/2013/03/a-
psicologia-da-gestalt.html).
A teoria da gestal
A sua teoria, inicialmente na área da psicologia, se estendeu à física e à filosofia. Passou-se então
a estudar as formas psicológicas, formas fisiológicas e formas filosóficas. As formas psicológicas
são colocadas pelos gestaltistas de maneira bem materialista, não existe uma alma ou um espírito,
tudo é material. Em relação às formas fisiológicas, que dizem respeito ao organismo vivo,
funcionariam do “todo para o uno”, sendo, por exemplo, “as células dependentes dos organismos,
mas não o inverso, pois estes teriam a capacidade de se adaptar”. E a última, que trata do mundo
físico, tende a buscar uma boa forma, mais simétrica e homogênea, para um equilíbrio total.
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Esta teoria da Gestalt triunfou sobre as outras graças ao empenho de Wertheimer, Köhler e
Koffka. A partir de seus estudos surgiram as Leis da Gestalt. Para eles, em qualquer tipo de
manifestação visual, os fatores de equilíbrio, clareza e harmonia visual se tornam indispensáveis
Precussores da gestalt
Considera-se que o precursor da Gestalt seria Von Endenfels, filósofo vienense, no fim do século
XIX. Mas a Gestalt teve seu início efetivo por volta de 1910, na Universidade de Frankurt. E
quem mais contribuiu para a sua fundamentação foram Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e
Kurt Koffka. O estudo gestaltista sobre o fenômeno da percepção vem se opor aos
associacionistas (escola de psicologia predominante no século XIX), no que diz respeito à relação
sujeito/objeto. Para os associacionistas há uma intervenção do pensamento na percepção do
sujeito em relação ao objeto e que uma determinada sensação em relação a um objeto seria
corrigida pelo cérebro de acordo coma experiência do sujeito. “O dado sensorial seria menos real
que a percepção e interpretado de acordo com a experiência”. Para os gestaltistas tudo acontece
de uma só vez e não de acordo com a experiência, mas de acordo com o que é dado em cada nova
situação. Nossa percepção varia conforme o contexto em que o objeto está inserido, “nossa
sensação é global e muda conforme nos é apresentado o evento/forma.
(http://aescoladagestalt.blogspot.com/2006/11/psicologia-da-forma-psicologia-da.html).
Segundo (Bock, 2002 apud Sousa, 2009: 44), Gestalt é um termo alemão que possui uma
tradução difícil. Dentro da língua portuguesa, o termo que mais se aproxima é forma,
configuração ou organização, mas, enquanto teoria, ela é conhecida como Psicologia da Gestalt,
por não ter uma tradução que compreenda seu sentido.
Os gestaltistas defendem a ideia de que o indivíduo aprende a partir do todo, por isso,
preocupam-se com a percepção das formas e formatos a partir de uma visão global (Braço, 2013).
A teoria gestaltista, vê a aprendizagem como a relação entre o todo e uma parte, onde o todo tem
papel fundamental na compreensão do objecto percebido. A teoria gestaltista valoriza a
percepção do ser humano, ou seja, “o que o indivíduo percebe e como percebe são dados
importantes para a compreensão do comportamento humano”.
Este movimento formal, conhecido como psicologia da Gestalt, foi criada pelos psicólogos
alemães Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Kohler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-
1940), nos princípios do século XX (Bock, 2002). Baseados nos estudos psicofísicos que
relacionaram a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente
psicológica. Eles iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Os gestaltistas
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Gestalt resultou de uma pesquisa feita em 1910 por Max Wertheimer, considerado o pai da
Gestalt, quando durante as férias, viajava num comboio, e teve a ideia de fazer uma experiência
sobre a visão do movimento quando nenhum movimento real tinha ocorrido. Abandonando
prontamente seus alunos de férias, ele desceu do comboio em Frankfurt, comprou um
estroboscópio (Dispositivo que utiliza recurso de luz estroboscópica para controle de velocidade)
de brinquedos verificou a ideia que lhe ocorrera, de modo preliminar, num quarto de hotel. O
problema de pesquisa de Wertheimer, em que Koffka e Kohler serviram de sujeitos, envolvia a
percepção do movimento aparente, isto é a percepção do movimento quando nenhum movimento
físico real tinha acontecido.
Os gestaltistas alegam que “um determinado objecto é apreendido através da sua visão geral e
não pela análise detalhada de cada aspecto particular (Mwamwenda, 2004:195 apud Braço
2013:35). Os teóricos da Gestalt primam por aprendizagem cognitiva, mas eles apresentam uma
visão que os faz serem tratado de forma separada.
Não apenas teoria psicológica da Gestalt, mas teoria gestaltista ampla sobre o Universo
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É verdade que os germes da teoria explícita de Köhler já se encontravam nas idéias iniciais de
Wertheimer. Köhler trabalhou de 1915 a 1917 no livro "Gestalten físicas em repouso e em estado
estacionário". Mandou-o para a Alemanha com a recomendação que fosse publicado, isto em
1917. Sabia que a maneira de tratar de assuntos físicos e matemáticos poderia ser considerada
muito elementar. Afinal, apesar de ter seguido muitas matérias de física, era apenas um
psicólogo. Recebeu inúmeras críticas, mas a opinião favorável de Albert Einstein permitiu que
fosse editado sob a forma que tinha sido apresentado (Ash, 1995.)
No livro Köhler diferencia entre e-somas, formado pela soma genuína dos elementos, e sistemas
físicos, nos quais não há partes do sistema que mudem sem alterar o sistema como um todo. Um
exemplo de sistema fisico seria o condutor elétrico isolado. A carga elétrica no condutor não
depende em nada de pequenas cargas elétricas de trechos desse mesmo condutor. Pode-se falar
em física apenas na eletricidade do condutor, não nas suas subdivisões. O condutor só pode ser
visto como um sistema físico.
Um sistema físico pode mostrar-se (1) em repouso, (2) num processo estacionário no qual há uma
mudança constante mas cujo resultado é continuar com as propriedades em repouso, (3) num
processo quase-estacionário no qual a mudança gradativa no tempo é tão lenta que o resultado
será quase idêntico ao processo estacionário, (4) num processo estacionário periódico no qual há
uma repetição contínua tal que o novo resultado mantenha as mesmas propriedades de repouso e,
finalmente, (5) num processo dinâmico resultando numa mudança.
Köhler acha que as distribuições físicas estacionárias apresentam a mesma tendência que
Wertheimer denominou de lei da pregnância. Por exemplo, ao se soprar com um canudo para
constituir uma bolha de sabão, essa bolha, ao se libertar, apresentará uma forma esférica, aquela
que tem menor superfície para um máximo de volume (Köhler, 1920/1938a.)
Percebe-se como no espaço de poucos anos a teoria psicológica da Gestalt vai se transformando
numa teoria ampla do Universo. A física também pode ser gestáltica; mas seria elementarista
enquanto lida com e-somas. Seria isto que Köhler pensava?
2.1.Percepção
Os experimentos realizados com a percepção, fizeram com que eles questionassem a teoria
behaviorista. Lembrar que os behavioristas se preocuparam em estudar o comportamento baseado
na relação estímulo e resposta. Os gestaltistas acreditavam que havia relação de causa e efeito
entre o estímulo e a resposta, pois, para eles, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do
indivíduo, existe o que eles chamam de processo de percepção.
2.2.Teoria do isomorfismo
processos corticais para os dois têm de ser semelhantes. Os psicólogos da Gestalt comparam a
percepção a um mapa, que é idêntico (iso) em forma (mórfico) aquilo que representa, embora não
seja uma cópia literal do território. O mapa, no entanto, serve de guia confiável para o mundo real
percebido.
1. Princípio da proximidade: partes que estão próximas no tempo e no espaço tende a ser
percebidos em conjunto, ou seja, elementos próximos tendem a se agruparem,
constituindo uma unidade. Na figura abaixo, nota-se 4 grupos de círculos e não 16
círculos.
2. Princípio da semelhança: partes semelhantes são vistas em conjunto com que a formar
um grupo, ou seja, o princípio de semelhança dita que objectos similares se agruparão
entre si. Na figura abaixo, a maioria das pessoas vê colunas de quadrados e colunas de
círculos.
Princípio da continuidade: este princípio dita que pontos que estão conectados por uma linha
recta ou curva, são vistos de uma maneira a seguirem um caminho mais suave. Em vez de ver
linhas e ângulos separados,
linhas são vistas como uma só.
4.
4 Princípio da pregnância: é chamado também de princípio da simplicidade ou
equilíbrio. Ele dita que objectos em um ambiente são vistos da forma mais simples
possíveis. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada. Na figura abaixo,
vemos vários círculos em vez de uma forma complexa:
2.4.Objecto da Gestalt
Os gestaltistas conceberam o seu objecto de estudo como sendo a experiência subjectiva humana
global, com ênfase na percepção, no pensamento e na resolução de problemas. Significa que a
psicologia gestaltista, preocupa-se não só com todo campo visual, nem mesmo com todo campo
sensorial, ele pode abranger a aprendizagem, o pensamento, as emoções e o comportamento.
Resumindo, a psicologia gestaltista tem como objecto de estudo a percepção visual.
2.5.Método da Gestalt
Como temos estado a analisar os gestaltistas estudaram o movimento aparente, que é uma das
suas características/objecto desta psicologia. De acordo com (Davidoff, 2001), Para levarem
acabo os seus estudos, faziam os seus sujeitos de pesquisa relatarem o que viam (um tipo de
introspecção informal). Os psicólogos da gestalt acreditavam que os cientistas do comportamento
deviam estudar experiências subjectivas conscientes das pessoas e encorajavam também o uso de
métodos objectivos. Significa que esta teoria defendia como método de pesquisa a introspecção
informal e métodos objectivos.
Kurt Lewin (1890-1947) trabalhou durante 10 anos com Wertheimer, Koffka, Kõhler na
Universidade de Berlim, e dessa colaboração com os pioneiros da Gestalt nasceu a sua Teoria de
Campo. Entretanto não podemos considerar Lewin como um gestaltista, já que ele acaba
seguindo um outro rumo. Lewin parte da teoria da Gestalt para construir um conhecimento novo
e genuíno. Ele abandona a preocupação psicofisiologia da Gestalt, para buscar na Física as bases
metodológicas de sua psicologia.
Kurt Lewin baseando-se nos princípios da Física aplicada à Psicologia elaborou a teoria de
campo. Na sua analise o campo “é um sistema dinâmico e inter-relacionado, onde qualquer uma
das partes influencia as restantes” (Mwamwenda, 2004:200 apud Braço 2013:36).
Lewin denomina de campo cognitivo a forma como o indivíduo percebe o ambiente em que se
situa. E o espaço de vida é a percepção e experiencia do mundo, em conjunto com os objectivos e
as barreiras a esses mesmos objectivos. O espaço de vida seria a Pessoa e o seu Ambiente. O
comportamento é determinado por esse espaço.
O campo deve ser representado tal como ele existe para o indivíduo em questão, num
determinado momento, e não como ele é em si. Para a constituição desse campo, as amizades, os
objectivos conscientes e inconscientes, os sonhos e os medos são tão essenciais como qualquer
ambiente físico. A realidade fenoménica em Lewin pode ser compreendida como o meio
comportamental da Gestalt, ou seja, a maneira particular como o indivíduo interpreta uma
determinada situação. Entretanto, para Lewin, esse conceito não está se referindo apenas à
percepção (enquanto fenómeno psicofisiológico), mas também a características de personalidade
do indivíduo, a componentes emocionais ligados ao grupo e à própria situação vivida, assim
como a situações passadas e que estejam ligadas ao acontecimento, na forma em que são
representadas no espaço de vida actual do indivíduo.
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3. Conclusão
Terminado a elaboração do presente trabalho, salientar que, a teoria gestaltista se preocupa com a
percepção e a teoria de campo preocupa-se com o espaço vital, esta teoria de campo faz parte ou
é um ramo da teoria gestaltista. Na teoria gestaltista, o processo de percepção ocorre de acordo
com os seguintes princípios, a princípio da proximidade, princípio da semelhança, princípio do
fechamento, princípio da continuidade, princípio da pregnância e princípio da unificação. Os
gestaltistas diziam que, quando vemos uma parte de um objecto, ocorre uma tendência de
completarmos, ou seja, ocorre a restauração do equilíbrio da forma, para, assim, entendermos o
que estamos percebendo. A Gestalt encontra nesses fenómenos da percepção as condições para a
compreensão do comportamento humano. A maneira como percebemos um determinado estímulo
irá desencadear nosso comportamento.
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4. Bibliografia
BOCK, A. Maria. A Psicologia e as Psicologias pdf. 13ª ed. reform. e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2002. in http://groupsbeta.google.com/group/digitalsourcepdf, acessado aos 3/09/14.
BRAÇO, A. Domingos. Psicologia de Desenvolvimento. Universidade Católica de
Moçambique, CED, 2013.
DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. 3 ed. São Paulo, Artmed, 2001.
SOUZA, Laruse. Psicologia Geral. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD,
2009.
HTTP://www.psicologiamsn.com/2013/03/a-psicologia-da-gestalt.html