Historial Pós Independência em Moçambique

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INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSOR – CHIBATA

TRABALHO

DE

PESQUISA

Formando: Janete Pedro Paulo Leitão

N°19, R5

Formador: Matambo Tomás

Beira, ao 1 de Maio de 2020


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Índice
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………………………………………………………..3
PESQUISAS DATAS HISTÓRICAS……………………………………………………………………………………….………….4
BREVE HISTORIAL DESDE A FUNDAÇÃO DA FRELIMO ATÉ A INDEPENDÊNCIA NACIONAL…………..5
SÍMBOLOS DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE E OS SIGNIFICADOS DE CADA ELEMENTO…………….7
ÓRGÃOS DA SOBERANIA DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE E SUAS FUNÇÕES……………………………8
DEMOCRACIA EM MOÇAMBIQUE……………………………………………………………………………………………….9
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS…………………………………………………………………10
PAÍSES DE ÁFRICA AUSTRAL……………………………………………………………………………………………………….11
CONCLUSÃO………………………………………………………………………………………………………………………………12
BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………………………………………………………………………13
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INTRODUÇÃO

No presente trabalho irei apresentar as pesquisas das datas históricas do nosso país, o
acontecimento dessas respectivas datas e o que se comemora, ao longo do trabalho
encontramos o breve historial desde a fundação da Frelimo até a independência nacional,
Símbolos da República de Moçambique e o significado de cada elemento, Órgãos da
soberania da República de Moçambique e as suas funções, Democracia em Moçambique,
Declaração Universal dos Direitos Humanos, Vamos encontrar também os países da áfrica
austral: País, Partidos Libertador, Líder e ano da independência.
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PESQUISAS DATAS HISTÓRICAS:

1 De Janeiro - Ano Novo

Mas é mais do que isso. Este dia representa o Dia Mundial da Paz e também o dia da
Fraternidade. É por este motivo que o primeiro de Janeiro é feriado. O significado do feriado
do dia 1 de Janeiro é entendido, pela maior parte das pessoas, como sendo apenas o dia de ano
novo.
3 De Fevereiro - Dia dos Heróis Moçambicanos

Esta data foi escolhida em homenagem ao fundador da FRELIMO, o Doutor Eduardo


Mondlane, assassinado nesta data, em 1969, na Tanzânia, por meio de uma carta-bomba que
até à data não se conseguiu desvendar a autoria nem as motivações.

7 De Abril - Dia da Mulher Moçambicana

Em homenagem à guerrilheira e activista Josina Muthemba, que integrou a Frente de


Libertação de Moçambique (FRELIMO) e lutou pela independência do seu país, o dia 7 de
Abril é comemorado como o Dia da Mulher Moçambicana.

1°Maio - Dia do Trabalhador

1 De Maio é o Dia do Trabalhador, data que tem origem a primeira manifestação de 500 mil
trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos, em 1886.

25 De Junho - Dia da independência de Moçambique

Nesse dia que se oficializou por completo a independência de Moçambique. Oficialmente, a


guerra teve início a 25 de Setembro de 1964, com um ataque ao posto administrativo de Chai
no então distrito (actualmente província) de Cabo Delgado, e terminou com um cessar-fogo a
8 de Setembro de 1974, resultando numa independência negociada em 1975.

7 De Setembro - Dia da vitória em Moçambique

Os acordos de Lusaca foram assinados nesse dia em Lusaca (Zâmbia), entre o Estado
Português e a Frelimo, movimento nacionalista que desencadeou a luta armada de Libertação
Nacional.

25 De Setembro - Dia da Revolução


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Foi nesta data, no ano de 1964, que guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO), encabeçados por Alberto Chipande, assaltaram o Posto Administrativo do Chai,
Província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, iniciando a Luta Armada de Libertação
Nacional.

4 De Outubro - Dia da Paz e Reconciliação


É assinado em Roma um acordo de paz entre a Frelimo e a Renamo, que põe fim a 16
anos de guerra que fizeram um milhão de mortos e obrigaram à deslocação de
milhões de pessoas.

25 De Dezembro - Dia da Família/Natal

Na maior parte dos países de cultura cristã, celebra-se o nascimento de Jesus Cristo,
considerado pela tradição cristã como o Filho de Deus e uma das três pessoas da Trindade
Santa, junto ao Espírito Santo e Deus Pai.

BREVE HISTORIAL DESDE A FUNDAÇÃO DA FRELIMO ATÉ A


INDEPENDÊNCIA NACIONAL

A linha oficial da Frelimo desde sempre foi a seguinte: “A Frelimo foi fundada em Dar-es-Salaam, Tanzânia,
em 25 de Junho de 1962.”

A partir da sua casa aqui na internet, Fernando Gil ontem deu mais um passo no sentido de esclarecer um
pequeno detalhe relativo à história da organização que mais tarde combateu e recebeu o poder em
Moçambique das autoridades coloniais.

Segundo o testemunho do Sr. Dr. Jaime Maurício Khamba, que mais tarde consubstancia apresentando o
documento fundacional que se reproduz em baixo, e de cujo original não sei bem quem tem posse, a Frente de
Libertação de Moçambique terá sido, na génese, criada por moçambicanos de quem quase ninguém ouviu
falar, na cidade de Accra, no Ghana, no dia 2 de Fevereiro de 1962.

No dia 25 de Junho de 1962, de acordo com o protocolo, a UDENAMO, criada na Rodésia do


Sul, cujos membros eram recrutados entre os trabalhadores e emigrados vindos, sobretudo, de
Manica, Sofala, Gaza e Lourenço Marques; a UNAMI, constituída no Malawi por
moçambicanos maioritariamente originários de Tete, Zambézia e Niassa, e a MANU, que se
forma em Mombaça, no Quénia, agrupando particularmente elementos de origem Makonde de
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Cabo Delgado, dissolvem-se e constitui-se a Frente de Libertação de Moçambique


(FRELIMO). 

Na ocasião, é nomeada uma direcção provisória, encabeçada por Eduardo Mondlane, com o
objectivo de organizar o I congresso da Frelimo, que se realiza de 23 a 28 de Setembro de
1962, em Dar-es-Salam, no Tanganyika.

O I Congresso da FRELIMO, o “Congresso da Vitória”, define que o objectivo principal do


movimento é a liquidação total da dominação estrangeira e a conquista da Independência de
Moçambique.

Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no


exilo, nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU
(Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique
Independente).

Dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, a FRELIMO iniciou com a luta de libertação
Nacional a 25 de Setembro de 1964 no posto administrativo de Chai na província de Cabo
Delgado. O primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane, acabaria por morrer
assassinado a 3 de Fevereiro de 1969.

A ele sucedeu Samora Moisés Machel que proclamou a independência do País a 25 de junho
de 1975. Machel que acabou morrendo num acidente aéreo em M'buzini, vizinha África do
Sul acabou sendo sucedido por Joaquim Alberto Chissano, que por sua vez foi substituido
pelo actual Presidente Armando Emílio Guebuza.

A partir do início dos anos 80, o País viveu um conflito armado dirigido pela RENAMO
(Resistência Nacional de Moçambique).

O conflito que ceifou muitas vidas e destruiu muitas infra-estruturas económicas só terminaria
em 1992 com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre a o Governo da FRELIMO e a
RENAMO.

Em 1994 o País realizou as suas primeiras eleições multipartidárias ganhas pela FRELIMO
que voltou a ganhar as segundas e terceira realizadas em 2000 e 2004.
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SÍMBOLOS DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE E OS SIGNIFICADOS DE CADA


ELEMENTO

O significado destes símbolos, segundo a Constituição da República de Moçambique, é o


seguinte:

 O livro simboliza a educação;


 A arma simboliza a luta de resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação
Nacional e a defesa da soberania;
 A enxada simboliza o campesinato;
 O sol nascente simboliza a nova vida em construção;
 A roda dentada simboliza a indústria e o operariado;
 As plantas simbolizam a riqueza agrícola;
 A estrela representa a solidariedade entre os povos.

O significado das cores, segundo a constituição da República de Moçambique, é o seguinte:

 Vermelha – a luta de resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação


Nacional e a defesa da soberania;
 Preta – o continente africano;
 Verde – a riqueza do solo;
 Amarela-dourada – a riqueza do subsolo;
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 Branca – a paz.
 A estrela representa a solidariedade entre os povos;
 A arma AK-47 simboliza de novo a luta armada e a defesa do país;
 O livro faz lembrar a educação por um país melhor;
 A enxada a agricultura.

ÓRGÃOS DA SOBERANIA DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE E SUAS


FUNÇÕES
 O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa
Moçambique internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o
funcionamento correcto dos órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República
de Moçambique).

 A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos


moçambicanos (art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A
Assembleia da República é o mais alto órgão legislativo na República de
Moçambique.

 O Governo de Moçambique é o Conselho de Ministros (art. 200º da Constituição da


República). Esse é composto pelo Presidente da República, Primeiro/a Ministro/a e
pelos Ministros (art. 201º da Constituição da República de Moçambique).

 Os tribunais têm como objectivo garantir e reforçar a legalidade como factor da


estabilidade jurídica. Eles devem garantir o respeito pelas leis, asseguram os direitos e
liberdades dos cidadãos, punem as violações da lei e decidem os problemas de acordo
como está escrito na lei (art. 212º n.º 2 da Constituição da República de Moçambique).

 Ao Conselho Constitucional compete administrar a justiça em matérias de natureza


jurídica-constitucional (art. 241º da Constituição da República de Moçambique). Bem
como os tribunais velam sobre o cumprimento das leis, o Conselho Constitucional zela
sobre o cumprimento da Constituição da República de Moçambique.
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DEMOCRACIA EM MOÇAMBIQUE
Os principais tipos de democracia
Há diferentes variantes da democracia. Este se pode classificar por dois tipos principais, quais
são a democracia directa e a democracia indirecta. A democracia indirecta executa-se por
representantes, por isso, este tipo também é chamado democracia representativa.

Trago aqui dois tipos de democracia que são directa e indirecta ou representativa, Além
desses dois tipos de democracia se encontram formas de democracia, que têm elementos de
ambos tipos da democracia. Muitas das vezes, a democracia representativa reúne alguns
elementos da democracia directa.

a) Democracia directa
A democracia directa acontece quando todos os membros duma colectividade se reúnem para
discutir e resolver os seus próprios problemas. A votação faz-se com a participação de todos,
cada um tem um voto.

b) Democracia indirecta ou representativa


Quando as comunidades tornaram-se maiores e criaram-se Estados com milhões de
habitantes, tornou-se impossível reunirem-se todos ao mesmo tempo e tratarem dos problemas
de interesse geral. Por isso, surgiu um outro tipo de resolver os assuntos, através de
representantes, concretizando-se deste modo a democracia representativa. Nela, elegem-se os
representantes para tratar dos assuntos da sociedade em nome dela. Portanto, a democracia
indirecta, é um sistema de eleger representantes que são mandatados para exprimir a vontade
dos eleitores.

Um dos objectivos do Estado moçambicano é o reforço da democracia, da liberdade, da


estabilidade social e da harmonia social e individual (art. 11º al. f da Constituição da
República de Moçambique).
A democracia é o governo do povo. Implica, que a legitimação do poder político, em
palavras mais simples: o governo, deve sair do próprio povo. O número dos habitantes em
Moçambique não permite que todos possam estar presentes numa reunião. Por isso, os
cidadãos elegem representantes com a tarefa de exprimir a vontade do povo e, deste modo,
governar o país. A Constituição da República prevê que a população elege deputados para a
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Assembleia da República, que são representantes do povo. Para a escolha dos representantes,
arts. 73º e 135º da Constituição da República exige eleições transparentes, livres e justas,
onde todos os cidadãos maiores de 18 anos têm o direito de participar (arts. 147 n.º 1 e 170º
n.º 1 da Constituição da República de Moçambique). Todos podem participar de igual
maneira, quer dizer, o voto do Chefe do Posto Administrativo conta igual como o voto da
camponesa Margarida por exemplo.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

A Declaração Universal dos Direitos Humanos  (DUDH), que delineia os direitos


humanos básicos, foi adoptada pela Organização das Nações Unidas em 10 de
Dezembro de 1948. Foi esboçada principalmente pelo canadense John Peters Humphrey,
contando também, com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo.

Abalados pela recente barbárie da Segunda Guerra Mundial, e com o intuito de construir um
mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram
como potências no período pós-guerra, liderados por Estados Unidos e União Soviética,
estabeleceram, na Conferência de Yalta, na Rússia, em 1945, as bases de uma futura paz
mundial, definindo áreas de influência das potências e acertando a criação de uma
organização multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais, para
evitar guerras e promover a paz e a democracia, e fortalecer os Direitos Humanos.

Embora não seja um documento com obrigatoriedade legal, serviu como base para os
dois tratados sobre direitos humanos da ONU de força legal: o Pacto Internacional dos
Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e
Culturais. Continua a ser amplamente citado por académicos, advogados e cortes
constitucionais. Especialistas em direito internacional discutem, com frequência, quais de seus
artigos representam o direito internacional usual.

A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o
ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objectivo de que cada
indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce,
através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela
adopção de medidas progressivas de carácter nacional e internacional, por assegurar o seu
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reconhecimento e a sua observância universal e efectiva, tanto entre os povos dos próprios
estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Segundo o Guinness Book of World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é
o documento traduzido no maior número de línguas. Em setembro de 2018, o site oficial da
Declaração Universal dos Direitos Humanos informou a existência de 508 traduções
disponíveis.

PAÍSES DE ÁFRICA AUSTRAL

País Partido libertador Líder Ano de


independência
Angola MPLA Agostinho Neto 1975
África do Sul ANC Daniel Malan 1961
Botswana BDP Mokgweetsi 1966
Lesoto LCD Maseru 1966
Malawi DPP Hastings Banda 1964
Moçambique FRELIMO Eduardo Mondlane 1975
Namíbia SWAPO Sobhuza 1968
Suazilândia PUDEMU Sam Nujoma 1990
Zâmbia SWAPO Keneet Kauda 1964
Zimbabué ZANU-PF Robert Mugabe 1980

CONCLUSÃO
A partir desse trabalho pude aprender mais sobre os principais governantes do nosso país e
que o I Congresso da FRELIMO, o “Congresso da Vitória”, define que o objectivo principal
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do movimento é a liquidação total da dominação estrangeira e a conquista da Independência


de Moçambique.

Pude ver também que há diferentes variantes da democracia. Este se pode classificar por dois
tipos principais, quais são a democracia directa e a democracia indirecta. A democracia
indirecta executa-se por representantes, por isso, este tipo também é chamado democracia
representativa e que a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos
Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações,
com o objectivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade.
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BIBLIOGRAFIA

Davila, Jerry. Hotel Trópico - o Brasil e o Desafio da Descolonização Africana, 1950-1980.


EdPaz & Terra, 2011. ISBN 9788577531790

Dietmar Rothermund, The Routledge Companion to Decolonization, Arlington & Nova


Iorque: Routledge, 2005
Matusse, R.., (2015). Captura do Quartel de Omar. (Maputo: ARPAC).

Moiane, J., (2009). Memórias de um Guerrilheiro. (Maputo: King Ngungunhane Institute).

Pachinuapa, R., Liphola, M., & Tiago, P. (Eds.). (2015). Moçambique: 40 Anos de
Independência e Soberania. (Maputo:Nachingwea Editores).

Pachinuapa, R. (2011). Memória das Revolução 1962 -1974. (Maputo:Nachingwea Editores).

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_de_Mo%C3%A7ambique

www.portaldogoverno.gov.mz

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