Smooth Dissection #Époarraso
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Smooth Dissection #Époarraso
#époarraso
2015/2016
1
PREFÁCIO
A Anatomia é, muito provavelmente, a cadeira mais trabalhosa do 1º ano de Medicina
devido à enorme quantidade de nomes e conceitos que se tem de decorar, mas muito
mais importante que isso, perceber. Felizmente, temos o privilégio de ter uma sebenta
(a amada Move It!) que é uma tradução do Rouvière, o grande mestre da Anatomia de
Locomoção. Contudo, achamos que seria importante se os caloiros tivessem a
oportunidade de ter uma guia que os ajudasse a perceber, de uma forma prática e
eficiente, o que é realmente importante para ter sucesso na oral de Anatomia.
Decidimos elaborar esta sebenta, de forma a dar o nosso pequeno contributo para o
percurso “anatómico” de alunos mais novos. Contudo, gostaríamos de alertar para o
facto de que, obviamente, o objetivo desta sebenta não é, de todo, substituir a leitura
do Rouvière ou da Move It. O seu objectivo é ajudar os alunos que já se sentem
minimamente “ambientados” com os conteúdos da Anatomia e que se sintam aptos a
ler algo mais resumido e elaborado por outros colegas, que também já passaram pelo
“mau momento” que é a oral de Anatomia. Podemos sempre simplificar as coisas, mas
a obra modelo é sempre extremamente importante, pois é um pilar científico que
geralmente não oferece dúvidas.
Desejamos que desfrutem desta sebenta da melhor forma e que sirva para que tenham
algumas dicas e o acesso à informação que, embora mais resumida, se mantém fiel à
obra adotada para a cadeira. Incorporámos ainda, para além dos conteúdos da
Anatomia de Locomoção e imagens, a Angiologia que é abordada no 1º semestre, bem
como alguma Neuroanatomia, para que os nossos leitores se vão ambientando a esta o
mais precocemente possível.
Algum erro detetado ou sugestão, agradecemos que contactem para um dos seguintes
emails:
ana.sofia.silva1@campus.ul.pt
beatrizvilela@campus.ul.pt
carlos.araujo@campus.ul.pt Os autores
filipabreu@campus.ul.pt Ana Sofia Silva
Beatriz Vilela
Carlos Araújo
Filipa Abreu
2
ÍNDICE
1. Considerações Gerais sobre Anatomia Humana ………………………………. 7
3
2.3. Miologia da Cabeça e do Pescoço …………………………………………… 86
2.3.1. Músculos da Cabeça ………………………………………………………. 87
Músculos Mastigadores ………………………………………………………………………………. 87
Músculos da Mímica …………………………………………………………………………………… 92
4
3.3. Bacia 151
5
Aponevroses do Membro Superior ………………………………………………………………. 301
6
1. Considerações Gerais sobre Anatomia Humana
7
Posição Anatómica Descritiva: em pé, posição ortostática, olhar fixo no infinito,
mãos em supinação (1ºdedo externamente), pés totalmente apoiados no chão, com
os calcanhares unidos e a extremidade anterior dos pés a olhar ligeiramente
para fora. Boca fechada, pénis flácido, quatro últimos dedos das mãos juntos e em
extensão
Ossificação:
ARTICULAÇÕES:
8
ESQUINDILESE!!
9
Classificação das diartroses:
Digástricos Poligástricos
10
Músculos com grande deslocamento e pequena tração apresentam fibras longas;
músculos com pequeno deslocamento e grande tração apresentam fibras curtas.
Descrição de um osso:
1. Identificação
2. Classificaçao (longo, curto ou cubóide, placóide ou achatado)
osso placóide
1. Identificação
2. Classificação
3. Superfícies Articulares
4. Meios de união
a. Cápsula articular
b. Ligamentos
5. Sinovial
6. Músculos péri-articulares
7. Movimentos da articulação
11
Movimentos:
Circundução:
Flexão e extensão – aproximação e afastamento do plano frontal conjugação dos
Adução e abdução – aproximação e afastamento do plano sagital movimentos de
flexão/extensão,
Rotação interna e rotação externa
adução/abdução
e rotação
interna/rotação
Elevação e abaixamento externa
Deslizamento
Pronação (face palmar da mão voltada para trás, 1º dedo mais interno) e
supinação (face palmar da mão voltada para a frente, 1ºdedo mais externo) –
movimentos do antebraço
Eversão Inversão
Flexão plantar (aponta dos dedos para baixo) e dorsiflexão (aponta os dedos
para cima) – movimentos exclusivos do pé
12
Báscula – o ângulo inferior da omoplata desloca-se no sentido inverso ao da
cavidade glenoideia – movimento da omoplata
Nutação (base do sacro para diante e vértice do cóccix para trás) e contra-
nutação (base do sacro para trás e vértice do cóccix para a frente).
13
2. CABEÇA E PESCOÇO
14
A cabeça é composta pelo crânio e pela face. O crânio apresenta uma parte
superior ou abóbada craniana e uma parte inferior ou base do crânio.
FRONTAL
É um osso placoide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura)
Face exocraniana:
15
. dois laterais – as
arcadas orbitárias –
localizadas de cada lado da
chanfradura nasal, formam
o rebordo superior da
cavidade orbitária. São
rombas por dentro e
afiladas por fora. Na união
das suas partes romba e
afilada, encontra-se a
chanfradura supra-
orbitária, por onde
passam os vasos e
nervos supra-orbitários.
Internamente a esta
chanfradura, encontra-se
a chanfradura frontal
interna, por onde passam
os vasos e nervos
frontais internos.
As arcadas orbitárias terminam internamente na apófise orbitária interna e,
externamente, na apófise orbitária externa ou zigomática.
16
Porção horizontal ou órbito-nasal: apresenta as seguintes estruturas:
17
. bossas orbitárias – de cada lado da chanfradura etmoidal.
18
ETMÓIDE
É um osso curto ou cubóide (as 3 dimensões são iguais)
19
. bordo póstero-inferior: articula-se com o vómer.
. bordo posterior: articula-se com o corpo do esfenóide.
20
Face externa: designa-se lâmina papirácea ou osso plano. Faz parte do
rebordo interno da órbita.
Os meatos formam-se entre a parede interna das massas laterais do etmóide e a face
externa dos cornetos, existindo assim os meatos superior, médio, inferior, de
Santorini e de Zuckerkandl.
21
ESFENÓIDE
É um osso curto ou cubóide (as 3
dimensões são iguais)
Tem a forma de uma borboleta, sendo possível distinguir-se uma parte média, o
corpo e 3 apófises – grandes asas, pequenas asas e apófises pterigoideias
22
Na parte anterior da sela turca, encontra-se o sulco do seio coronário,
limitado posteriormente pela crista sinustósica, que termina de lado pelas
apófises clinoideias médias.
Na parte posterior da sela turca, encontra-se a lâmina quadrilátera do
esfenóide, que se continua com a apófise basilar do occipital, formando a
Ladeira de Blumenbach. O bordo superior prolonga-se pelas apófises
clinoideias posteriores e os bordos laterais estão em relação com o nervo
motor ocular comum (III) e com o seio petroso inferior.
2. Face anterior: faz parte do teto das fossas nasais. Apresenta uma crista
média vertical, que se une ao bordo posterior da lâmina perpendicular do
etmóide – crista esfenoidal anterior. No meio da crista existe o orifício do
seio esfenoidal. A superfície lateral é escavada pelas semicélulas
esfenoidais, articulando-se com a face posterior das massas laterais do
etmóide e com a apófise orbitária do palatino.
23
3. Face inferior: parte mais recuada das fossas nasais. Apresenta a crista
esfenoidal inferior na linha média, que se continua com a crista esfenoidal
anterior. A extremidade anterior desta crista designa-se bico do esfenóide.
A crista esfenoidal inferior é recebida pelas asas do vómer, formando o canal
esfeno-vomeriano médio, por onde passam pequenos vasos do septo
nasal. A coadaptação entre o vómer e o esfenóide não é perfeita ---
ESQUINDILESE.
24
anel de Zinn (anel tendinoso constituído pelos 4 músculos retos do olho:
superior, inferior, interno e externo).
Veia oftálmica
Nervo patético
Ramo terminal frontal do nervo oftálmico do trigémeo (V1)
Ramo terminal lacrimal do nervo oftálmico do trigémeo (V1)
25
Buraco Pequeno Redondo: dá passagem ao ramo meníngeo do nervo maxilar
inferior (V3) e à artéria meníngea média
Na face exocraniana existem 2 faces, uma face orbitária que faz parte da parede
externa da órbitae uma face têmporo-malar, dividida em 2 porções pela crista
esfeno-temporal: porção temporal – dá inserção ao músculo temporal e porção malar –
dá inserção ao músculo pterigoideu interno.
APÓFISES PTERIGOIDEIAS: têm duas raízes, uma interna e uma externa. Na união
das duas raízes encontra-se o canal vidiano, por onde passam os vasos e nervos
vidianos.
A face externa da asa interna e a face interna da asa externa da apófise pterigoideia,
circunscrevem a fossa pterigoideia. Supero-internamente encontra-se a fosseta
escafoideia onde se insere o músculo periestafilino externo. Na parede externa e
no fundo da fossa pterigoideia, insere-se o músculo pterigoideu interno.
26
TEMPORAL
É um osso placoide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura)
É um osso par
ESCAMA: lâmina óssea vertical que apresenta 2 faces, uma exocraniana e uma
endocraniana, separadas por um bordo circunferencial.
27
Segmento ântero-posterior:
. face externa – convexa
. face interna – côncava
. bordo superior – onde se insere a aponevrose temporal
. bordo inferior – onde se insere o músculo masséter
. extremidade anterior – articula-se com o malar
28
cisura tímpano-escamosa ou de Glaser; uma porção livre que termina atrás na
incisão parietal. Articula-se com o parietal e com a grande asa do esfenóide.
o Occipital
o Esternocleidomastoideu
o Splenius capitis
Perto do bordo posterior existe o buraco mastoideu por onde passa uma veia
emissária anastomótica.
29
Face Endocraniana: atrás do rochedo, contribui para a formação do andar posterior
dabase do crânio. Possui a goteira do seio lateral que apresenta o buraco mastoideu.
30
Acima e atrás do canal auditivo interno, encontra-se a fossa subarquata no
fundo da qual se situa o orifício do canal petro-mastoideu. Atrás do canal
auditivo interno, encontra-se o aqueduto do vestíbulo, por onde passa o canal
endolinfático, artéria e vénula.
31
Apresenta a faceta jugular (atrás e por dentro do buraco estilo-mastoideu),
que se articula com a apófise jugular do occipital.
A fossa jugular (anteriormente à faceta jugular e internamente à apófise
estiloideia) relaciona-se com o golfo da veia jugular interna.
Ostium introitus – por onde passa o ramo auricular do nervo pneumogástrico (X)
Bordo Anterior: apresenta o buraco lácero anterior, dividido pela língula da grande
asa do esfenóide em 2 segmentos: um anterior, em relação com a artéria carótida
32
interna e um posterior, atravessado pelos grandes nervos petrosos superficial e
profundo. O buraco lácero anterior encontra-se entre o bordo anterior do rochedo
do temporal e a extremidade posterior da grande asa do esfenóide.
- uma parte anterior, nervoso, dividido por um septo fibroso em segmentos anterior e
posterior. No segmento anterior, passam o seio petroso inferior e o nervo
glossofaríngeo (IX). No segmento posterior, passam o nervo pneumogástrico (X)
e o nervo espinhal (XI).
O buraco lácero posterior é ainda atravessado pela artéria meníngea posterior e por
um ramo meníngeo da artéria occipital.
33
OCCIPITAL
É um osso placoide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura)
É um osso ímpar
Apresenta 4 partes:
1. Corpo ou apófise basilar (anterior)
2. 2 massas laterais
3. Escama (posterior)
34
Face Endocraniana: é inclinada em baixo e atrás e deprimida numa goteira, a
goteira basilar, que forma com a lâmina quadrilátera do esfenóide a Ladeira de
Blumenbach.
35
Bordo Externo: está dividido em 2 partes pela apófise jugular. Atrás da apófise
jugular, une-se à porção mastoideia do temporal. À frente da apófise jugular, o bordo
externo forma o limite interno do buraco lácero posterior.
36
Face Endocraniana: sobre a linha média encontra-se a protuberância occipital
interior, ao mesmo nível que a protuberância occipital exterior. Da protuberância
occipital interior partem: 2 goteiras laterais – goteiras do seio lateral; 1 goteira
ascendente – goteira do seio longitudinal superior e 1 goteira descendente
(que bifurca no buraco occipital).
37
PARIETAL
É um osso placoide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura)
É um osso par
38
Face Endocraniana: côncava, deprimida na parte média na fossa parietal. A
face endocraniana é percorrida por sulcos vasculares ramificados, em forma de
“folha de figueira”, por onde passam ramos da artéria meníngea. Existem pequenas
depressões, as fossetas de Pacchioni onde se alojam os corpúsculos de
Pacchioni.
39
Ângulo Ântero-inferior ou Esfenoidal: une-se à grande asa do esfenóide por
uma sutura que faz parte do ptérion, um ponto craniométrico que corresponde à
confluência do frontal, do parietal e da grande asa do esfenóide.
OSSOS WORMIANOS
Pequenas peças inconstantes localizadas entre os diversos ossos do crânio.
40
CRÂNIO EM GERAL
O crânio apresenta 2 partes: uma superior, a abóbada craniana, composta pela
porção vertical do frontal, os parietais, a escama dos temporais e o occipital; uma
inferior, a base do crânio, composta pelo etmóide, a porção órbito-nasal do frontal,
o esfenóide, o occipital e os temporais.
ABÓBADA CRANIANA:
A fossa temporal é constituída pela escama do temporal, pelo parietal, pela grande
asa do esfenóide e pelo frontal. O conjunto das suturas que une estas peças ósseas
define o ptérion.
41
BASE DO CRÂNIO:
42
BURACOS E CANAIS DO CRÂNIO:
FRONTAL:
ETMÓIDE:
ESFENÓIDE:
43
Canalículo Inominado de Arnold: pequenos nervos petrosos superficial e
profundo.
Buraco lácero anterior: artéria carótida interna e grandes nervos petrosos
superficial e profundo.
TEMPORAL:
OCCIPITAL:
PARIETAL:
44
45
DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO – FONTANELAS:
PONTOS CRANIOMÉTRICOS:
46
2.1.2. OSSOS DA FACE
MAXILAR SUPERIOR
É um osso curto ou cubóide (as 3 dimensões são semelhantes).
Osso par
47
o Face Posterior ou Zigomática: forma a parede anterior da fossa ptérigo-
maxilar e do seu transfundo. Apresenta a tuberosidade do maxilar
superior onde se encontram os canais dentários posteriores, por
onde passam vasos e nervos dentários posteriores. A face posterior da
tuberosidade apresenta uma goteira, por onde passa o nervo maxilar
superior (V2).
FACE INTERNA: está dividida em 2 partes pela apófise palatina: parte bucal e parte
nasal.
48
o Bordo Interno: apresenta, em cima, uma saliência denominada aresta nasal.
Quando as duas apófises palatinas estão articuladas, unem-se as duas arestas
nasais, formando a crista nasal. Esta eleva-se bruscamente, no 1/3 anterior da
apófise palatina, formando a crista incisiva, que se estende até ao bordo
anterior do osso, numa saliência, a espinha nasal anterior. Na face inferior,
encontra-se a união das duas apófises palatinas, a sutura inter-maxilar, onde
se observa o canal palatino anterior ou incisivo, por onde passam vasos e
nervos naso-palatinos.
49
Posteriormente ao seio maxilar, encontra-se o canal palatino posterior, por onde
passam o nervo palatino anterior e a artéria palatina superior.
BORDO ANTERIOR: limita o orifício anterior das fossas nasais, o orifício piriforme.
50
UNGÚIS ou OSSO LACRIMAL
É um osso placóide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura).
Osso par
A face que apresenta uma crista é externa. A crista da face externa é vertical. A
apófise que se destaca da crista da face externa é inferior e anterior.
o Parte anterior: é escavada pela goteira do seio lacrimal, que contribui em baixo,
para a construção do canal lácrimo-nasal. Assim, o ungúis desce sobre o bordo
superior do maxilar superior, onde os lábios da goteira ungueal se unem aos da
goteira lacrimal do maxilar superior, formando o canal lácrimo-nasal. No ponto
onde a crista lacrimal posterior encontra o maxilar superior, destaca-se uma
saliência em forma de gancho, o hamulus lacrimalis.
51
FACE INTERNA: articula-se com as fossas nasais e com as massas laterais do etmóide.
52
PALATINO
É um osso placóide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura).
Osso par
53
o Bordo Externo: corresponde à junção das lâminas horizontal e vertical. Observa-
se o orifício inferior do canal palatino posterior.
o Bordo Interno: forma uma crista que posteriormente dá continuidade à crista
nasal das apófises palatinas do maxilar superior. A sua extremidade posterior
designa-se espinha nasal posterior.
o Bordo Anterior: apoia-se no bordo posterior da apófise palatina do maxilar
superior.
o Bordo Posterior: liso, forma as coanas – orifícios posteriores das fossas nasais.
o Face Interna ou Nasal: faz parte da parede externa das fossas nasais.
o Face Externa ou Maxilar: apresenta 4 segmentos.
o Bordo Inferior: confunde-se com o bordo externo da lâmina horizontal do
palatino.
o Bordo Superior: apresenta uma apófise anterior ou orbitaria e outra,
posterior ou esfenoidal. As duas apófises estão separadas uma da outra pela
chanfradura esfeno-palatina que forma o buraco esfeno-palatino, por onde
passam vasos e nervos esfeno-palatinos.
54
o Bordo Anterior: apresenta a apófise maxilar do palatino.
55
CORNETO INFERIOR
É um osso placóide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura).
Osso par
56
OSSOS PRÓPRIOS DO NARIZ
É um osso placóide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura).
Osso par
Dos 2 bordos mais curtos do osso, o mais espesso é superior. Dos 2 bordos longos
do osso, o mais curto é interno. A face convexa é anterior e olha para cima e para
fora.
FACE POSTERIOR: articula-se com a espinha nasal do frontal. É escavada pelo sulco
etmoidal onde passa o nervo naso-lobar.
57
VÓMER
É um osso placóide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura).
Osso ímpar
O bordo que apresenta uma goteira mais acentuada é superior. O outro bordo (mais
longo) que apresenta uma goteira é anterior.
BORDO INFERIOR: articula-se com a crista nasal e com o pavimento das fossas
nasais.
58
MALAR
É um osso placóide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura).
Osso par
59
BORDO ÂNTERO-SUPERIOR OU ORBITÁRIO: deste bordo nasce a apófise
orbitaria, que se articula com o frontal, com a grande asa do esfenóide e com o maxilar
superior.
60
MAXILAR INFERIOR ou MANDÍBULA
É um osso placóide ou achatado (predomina o comprimento e a largura sobre a
espessura).
Osso ímpar
CORPO: tem uma face anterior, convexa; uma face posterior, côncava; um bordo
alveolar ou superior e um bordo inferior ou livre.
Face Anterior: Na linha média, observa-se uma crista vertical, a sínfise mentoniana,
que termina em baixo na eminência mentoniana. De cada lado da eminência
mentoniana, nasce a linha oblíqua externa que se continua pelo ramo ascendente do
maxilar inferior. Superiormente à linha oblíqua externa, encontra-se o buraco
mentoniano, por onde passam os vasos e nervos mentonianos.
61
Face Posterior: apresenta 4 saliências, as apófises géni-superiores e géni-
inferiores. As apófises géni-superiores dão inserção aos músculos génio-glossos e
as apófises géni-inferiores dão inserção aos músculos génio-hioideus. Destas
apófises nasce a linha oblíqua interna ou milohioideia, na qual se insere o
músculo milo-hioideu. Inferiormente a esta linha, encontra-se o sulco milo-
hioideu, por onde passam vasos e nervos milo-hioideus. A linha milohioideia divide a
face posterior do corpo do maxilar inferior em 2 partes: uma superior, a fosseta
sublingual e uma inferior, designada fosseta submaxilar.
Bordo Superior ou Alveolar: está escavado por alvéolos, onde se inserem as raízes dos
dentes.
62
Face Interna: apresenta cristas rugosas onde se insere o músculo pterigoideu
interno. Na parte média, encontra-se o canal dentário inferior, por onde passam
nervos e vasos dentários inferiores. O orifício do canal dentário inferior é limitado
anteriormente pela espinha de Spix, onde se insere o ligamento esfeno-maxilar
da articulação têmporo-mandibular (ATM).
Bordo Inferior: formado pelo gónion (ângulo da mandíbula), por onde passa a artéria
facial.
63
FACE EM GERAL
O conjunto dos ossos da face forma um prisma triangular, com 3 faces (duas
ântero-laterais e uma posterior) e 2 bases (uma superior e uma inferior).
Base Inferior: escavação larga e profunda, circunscrita pelo maxilar inferior e cujo
fundo é constituído pela abóbada palatina.
CAVIDADES DA FACE
A face tem 7 cavidades:
CAVIDADE BUCAL
É limitada:
64
FOSSAS NASAIS
São duas cavidades localizadas de cada lado da linha média, entre as cavidades
orbitárias, e que estão separadas pelo septo sagital.
Relacionam-se:
É ainda constituída por mais 2 cornetos, o superior e o médio, podendo ainda existir
os cornetos de Santorini e de Zuckerkandl.
Entre a face externa dos cornetos e a parede externa das fossas nasais encontra-se um
meato.
Para o meato médio drenam o seio frontal, o seio maxilar e as células etmoidais
anteriores.
65
Parede Interna (ou septo das fossas nasais):
Tem a forma de uma concavidade que olha para as fossas nasais. É constituída por 4
segmentos, de anterior por posterior:
66
Orifício Anterior das fossas nasais: orifício piriforme. É limitado
inferior e externamente pelo bordo anterior do maxilar superior e
superiormente pelos ossos próprios do nariz.
67
ESQUELETO CARTILAGÍNEO DO NARIZ: compreende 3 cartilagens principais, a
saber:
68
CAVIDADES ORBITÁRIAS
São duas cavidades que contêm o aparelho da visão, localizadas de cada lado
das fossas nasais, inferiormente ao andar anterior da base do crânio e
superiormente ao maciço facial.
69
Parede Interna: é formada de anterior para
posterior por:
Apresenta:
Parede Inferior (ou pavimento da órbita): separa a cavidade orbitaria do seio maxilar
infrajacente. É formada:
Apresenta:
70
Parede Externa: é formada:
Apresenta:
Sutura esfeno-malar 12
Canal têmporo-malar, por onde passam vasos e nervos têmporo-malares.
Base: tem uma forma quadrilátera e está orientada para baixo, para a frente e para
fora. Tem como limites:
71
Bordo Súpero-externo: constituído anteriormente pela
fosseta lacrimal e posteriormente pela fenda
esfenoidal.
72
FOSSA PTÉRIGO-MAXILAR
É limitada por:
73
Parede Superior: é constituída pela parte inferior horizontal da grande asa do esfenóide
e tem 2 segmentos: um interno e um externo.
Segmento interno – formado pela parte zigomática da face externa da grande asa e
pela superfície plana subtemporal da escama do temporal. Este segmento separa-se da
fossa temporal pela crista esfeno-temporal.
Parede Interna: constituída pela asa externa da apófise pterigoideia. Comuninca com a
parede lateral da faringe e com a região parótidea.
74
A fossa ptérigo-maxilar contém:
Músculos pterigoideus
Aponevrose interpterigoideia
Artéria maxilar interna
Veia maxilar interna
Nervo maxilar superior (V2)
Nervo maxilar inferior (V3)
Parede Posterior: constituída pela apófise pterigoideia, sobre a qual se abre o canal
vidiano.
75
O transfundo NÃO possui parede externa.
É atravessado por:
76
OSSO HIÓIDE
Osso ímpar
Localiza-se na porção
anterior do pescoço e
não se articula com nenhum
outro osso.
Génio-hioideu
Génio-glosso
Hio-glosso
Milo-hioideu
Digástrico
Estilo-hioideu
Tiro-hioideu
Esternocleidomastoideu
Omo-hioideu
77
2.1.3. ANATOMIA FUNCIONAL DO CRÂNIO
A região da base do crânio é mais frágil, visto que a sua integridade é assegurada por
sincondroses e soluções de continuidade.
78
2.2. Artrologia da Cabeça e do Pescoço
79
As articulações da cabeça podem dividir-se em 2 grupos: as articulações dos ossos
do crânio e da face entre si e a articulação do maxilar inferior com o crânio ou
articulação têmporo-mandibular (ATM).
80
Articulação têmporo-mandibular ou ATM
Identificação: articulação têmporo-mandibular
Côndilo do temporal:
Apresenta duas vertentes: uma anterior, que é convexa, que faz parte da articulação, e
uma posterior, que se continua com o bordo posterior do ramo ascendente da
mandíbula.
Meniscos interarticulares:
81
Meios de união: cápsula articular, ligamentos principais e ligamentos acessórios.
Cápsula articular:
É laxa e insere-se:
Ligamentos principais:
82
. Ligamento lateral interno: insere-se na extremidade interna da cisura de Glaser,
na cisura petro-escamosa e na espinha do esfenóide, indo depois inserir-se na face
interna do colo do côndilo do maxilar inferior.
Ligamentos acessórios:
Músculos péri-articulares:
83
. Propulsão da mandíbula: músculos pterigoideus externos (em acção bilateral),
masséter e porção anterior do temporal
84
EM SUMA…
85
2.3. Miologia da Cabeça e do Pescoço
86
2.3.1. MÚSCULOS DA CABEÇA
Músculos Mastigadores
Músculos Subcutâneos/Músculos da Mímica
MÚSCULOS MASTIGADORES
Músculo Temporal
Insere-se na linha curva temporal inferior e daí as fibras convergem para a apófise
coronoideia do maxilar inferior.
87
Músculo Masséter
Tem uma inserção fixa que corresponde ao bordo inferior da arcada zigomática, e
uma inserção móvel em relação com o ramo ascendente homolateral do maxilar
inferior.
Insere-se desde a fossa pterigoideia (inserção fixa) até à face interna do ângulo da
mandíbula e do seu ramo ascendente (inserção móvel).
88
Músculo Pterigoideu Externo
No interstício que separa os dois feixes de inserção anterior passa a artéria maxilar
interna.
APONEVROSE INTERPTERIGOIDEIA
89
esfeno-maxilar propriamente dito e ao ligamento tímpano-maxilar, que
nasce da cisura de Glaser e que vai limitar internamente a Botoeira
Retrocondiliana de Juvara.
É limitada:
É atravessada por:
Ant.
nervo têmporo-bucal
nervo temporal profundo médio
nervo têmporo-masseteriano
Post.
90
MÚSCULOS SUBCUTÂNEOS/DA MÍMICA (Plate 25 – Netter 6ªedição)
Músculo Occipito-frontal
É um músculo digástrico.
Está aplicado desde a linha curva occipital superior até à aponevrose epicraniana e
desta até à região supraciliar.
- Occipito – frontal
- Digástrico
- Omo – hioideu
- Diafragma
- Grande complexo
- Grande reto do abdómen
91
Músculo Piramidal
Insere-se sobre a cartilagem lateral e ossos próprios do nariz terminando sobre a face
profunda da pele da região inter-supraciliar.
Tem como ação a aproximação dos bordos livres das pálpebras (oclusão do orifício
palpebral) e a dilatação do saco lacrimal.
Músculo Supraciliar
Músculos do Nariz
- Músculo transverso do nariz (nasce por uma lâmina aponevrótica que recobre o
dorso do nariz e reúne-se ao homólogo do lado oposto. É um dilatador das narinas);
92
- Músculo dilatador das narinas (insere-se no sulco naso-labial e no bordo externo
da narina correspondente. É um dilatador das narinas);
- Músculo mirtiforme (insere-se desde a arcada alveolar até ao bordo posterior das
narinas. É um abaixador da asa do nariz).
93
Músculos dos lábios
da asa do nariz e do
desde o rebordo da órbita
lábio superior
até ao lábio superior)
-Face externa do osso malar
Puxa para fora/cima
Pequeno zigomático -Face profunda da pele do
o lábio superior
lábio superior
- Face externa do osso
Superficial malar
Grande zigomático
-Pele e mucosa da Move para fora/cima
comissura labial a comissura labial
Risório Parte média da região
(inconstante) geniana
-Linha oblíqua externa do
Move para fora/baixo
Triangular dos lábios maxilar inferior
a comissura labial
-Comissura labial
Recobre a região ântero-
lateral do pescoço e a parte
Cutâneo do pescoço/ Puxa para baixo a
inferior da face (desde o
Platisma pele do mento
tórax até ao maxilar
inferior)
Encerramento da
Orbicular dos lábios À volta do orifício bucal
boca
Constritores
Compressor dos Feixes musculares da frente
Sucção
lábios para trás
94
2.3.2. MÚSCULOS DO PESCOÇO
Dividem-se em 6 grupos, que são, desde o esqueleto até aos planos superficiais:
95
A porção longitudinal insere-se inferiormente nos corpos vertebrais de C5 a D3 (últimas
cervicais e primeiras dorsais). Termina superiormente ligando-se aos corpos de C2, C3 e
C4.
96
Grupo Profundo Lateral (plate 30 – Netter 6ªedição)
- músculos escalenos
- músculos intertransversos do pescoço
- músculo reto lateral
Músculos Escalenos
97
Músculos Intertransversos do Pescoço
98
Grupo Infra-hioideu (plate 28 – Netter 6ªedição)
Músculo Inserções
Esterno- tiroideu
-Manúbrio esternal
- Cartilagem tiroideia
Profundo
Tiro-hioideu
- Cartilagem tiroideia
- Corpo do osso hióide
Esterno-cleido-hioideu
-Extremidade interna da
clavícula
- Manúbrio esternal
-Bordo inferior do osso
hióde
Superficial
99
Grupo Supra-hioideu (plates 28, 59 – Netter 6ªEdição)
Músculo Inserções
Geni-hioideu
-Apófises géni-inferiores
Profundo
(face interna da
mandíbula)
-Face anterior do corpo do
hióide
Milo-hioideu
maxilar inferior
-Osso hióide
Digástrico
É um músculo digástrico.
- Ranhura do digástrico da
apófise mastoideia do
temporal
- Fosseta digástrica do
bordo inferior do maxilar
inferior
Superficial
Estilo - hioideu
- Parte póstero-externa da
apófise estiloideia do
temporal, perto da base
(é um dos elementos do
Ramalhete de Riolan)
-Face anterior do corpo do
hióide
100
Grupo Ântero-lateral (plate 29 – Netter 6ªedição)
101
Músculos da Região Posterior do Pescoço
Os músculos que se estendem entre o atlas e o áxis (ou desde estas duas
vértebras ao occipital). São eles: pequeno reto posterior, grande reto
posterior, grande oblíquo e pequeno oblíquo
A porção cervical do músculo transverso espinhoso
Os músculos interespinhosos do pescoço.
102
Músculo Grande Reto Posterior
Quando apenas o músculo grande reto posterior de um dos lados é contraído, provoca-
se um movimento de rotação homolateral (e extensão associada).
Quando ambos os músculos são contraídos dá-se um movimento de extensão da
cabeça.
103
Os músculos grande reto posterior, pequeno oblíquo e grande oblíquo formam um espaço
triangular atravessado pela artéria vertebral, e no qual penetra o ramo posterior do 1º
nervo cervical.
Este plano compreende quatro músculos, que se justapõem de cada lado da linha
média, do mais interno para o mais externo, da seguinte forma:
104
Músculo Grande Complexo
105
Porção Cervical do Músculo Sacro-lombar/Ílio-costal
Músculo Esplénio
O músculo esplénio da cabeça insere-se nos dois terços externos do lábio inferior
da linha curva occipital superior e na face externa da apófise mastoideia do temporal.
106
Músculo Angular da Omoplata
Se o seu ponto fixo for a omoplata, este músculo inclina a cabeça e a coluna
cervical para o mesmo lado.
Quando o músculo trapézio tomo como ponto fixo a cintura escapular, as fibras
superiores realizam uma inclinação homolateral da cabeça e rotação
contralateral. Os feixes inferiores contribuem para a elevação do trono.
107
2.3.3. APONEVROSES CERVICAIS
Assim, distinguem-se:
Superiormente:
Inferiormente:
108
Da face profunda da aponevrose cervival superficial, destaca-se uma expansão lateral
que permite distinguir 2 partes: uma anterior e uma posterior, em relação com as
regiões anterior e posterior do pescoço, respetivamente.
109
- Lateralmente: pelo bordo anterior do esterno-cleido-mastoideu.
É constituída por:
110
3. TRONCO
111
3.1.1. OSTEOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL
Descrição:
112
Apófises transversas – são unituberculadas e nascem por duas raízes que
circunscrevem o buraco transverso, sendo que estas se reúnem, externamente ao
buraco transverso e formam um tubérculo lateral, que confere inserção a vários
músculos rotadores e flexores da cabeça e do pescoço.
Não possui corpo vertebral, sendo esta porção substituída pela apófise
odontoideia do áxis
O tubérculo posterior representa a apófise espinhosa
As cavidades glenoideias e as facetas articulares na face inferior da massas
laterais representam as superfícies articulares
O arco posterior representa as lâminas e as porções laterais deste os pedículos
113
Áxis ou 2ª vértebra cervical (C2)
Descrição:
114
Pedículos – estendem-se desde as superfícies articulares superiores até à extremidade
anterior das lâminas.
Buraco vertebral – é menor do que o do atlas, mas maior do que o das restantes
vértebras cervicais.
115
Sacro
Descrição:
Resulta a união das 5 vértebras sagradas, formando com a coluna lombar um ângulo,
que toma o nome de promontório. Apresenta a forma de uma pirâmide quadrangular,
com 4 faces, uma base e um vértice.
Face anterior – a sua porção média é composta pelos corpos vertebrais das cinco
vértebras sagradas, soldadas, apresentando entre si quatro cristas transversais. Nas
extremidades destas cristas estão quatro buracos sagrados anteriores, que são
atravessados pelos ramos anteriores do plexo sagrado. A 2ª, 3ª e 4ª vértebras
sagradas conferem inserção ao músculo piramidal.
116
Face posterior – apresenta, na linha média, a crista sagrada, formada por três ou
quatro tubérculos, que resultam da fusão das apófises espinhosas. À altura dos 3º e 4º
buracos sagrados, a crista sagrada bifurca-se nos cornos do sacro, que delimitam a
chanfradura sagrada, no vértice do qual termina o canal sagrado.
De cada lado da crista, observam-se a goteira sagrada (união das lâminas vertebrais),
os tubérculos sagrados póstero-internos (fusão das apófises articulares), os
buracos sagrados posteriores (que são atravessados pelos ramos posteriores do
plexo sagrado) e os tubérculos sagrados póstero-externos (fusão das apófises
transversas).
Entre dois buracos sagrados posteriores consecutivos encontra-se a base das apófises
transversas, que parece bifurcar-se e conjugar-se com os ramos enviados pelas
apófises transversas vizinhas, formando tubérculos que dão origem à crista sagrada
lateral. No intervalo entre os tubérculos conjugados vizinhos e externamente a estes,
encontra-se a fossa crivosa, com buracos vasculares.
Esta face, nomeadamente na crista sagrada e nos tubérculos sagrados póstero-internos
e póstero-externos, confere inserção aos músculos espinhais, sendo o músculo
grande glúteo também se insere nos tubérculos sagrados póstero-externos.
117
Faces laterais – apresentam um segmento superior, que corresponde às duas
primeiras vértebras sagradas, e que contém a faceta auricular, que se articula com o
osso ilíaco, e um segmento inferior, que corresponde às três últimas vértebras
sagradas e que confere inserção aos ligamentos sacro-ciáticos.
118
Cóccix
Orientação – a face côncava é anterior, olhando para baixo e para diante. A porção
mais volumosa e com uma superfície articular ovalar é superior.
Descrição:
119
Coluna vertebral em geral
Generalidades:
Vértebras:
120
Localização – as vértebras localizam-se na porção média e posterior do esqueleto do
tronco, ao longo da coluna vertebral, estendendo-se da cabeça à bacia.
Decrição:
Constituintes da vértebras:
Corpo vertebral
Buraco vertebral
Arco vertebral, formado, anteriormente, pelos pedículos e posteriormente pelas
lâminas vertebrais
Apófises transversas
Apófises articulares
Apófise espinhosa
121
Corpo vertebral – apresenta duas faces horizontais, uma superior e outra inferior
e uma circunferência.
Pedículos vertebrais – estendem-se desde os corpos vertebrais até aos maciços ósseos
que dão origem às apófises transversas, lâminas vertebrais e apófises articulares.
Limitam com os pedículos das vértebras adjacentes os buracos de conjugação ou
buracos intervertebrais.
122
Curvaturas sagitais:
A curvatura frontal dá-se ao nível de T3, T4 e T5 e pensa-se que seja causada pela
pasagem da artéria aorta.
Face posterior – na linha média apresenta a sobreposição das apófises espinhosas, que
forma a crista espinhosa e lateralmente as goteiras vertebrais, cuja vertente interna é
formada pelas apófises espinhosas, sendo a vertente ântero-externa formada pelas
apófises articulares e o fundo pelas lâminas vertebrais.
123
Faces laterais – apresentam os pedículos vertebrais, os buracos de conjugação, as
apófises transversas e as apófises articulares.
Vértebras cervicais:
Corpo vertebral
Pedículos
Lâminas vertebrais
Apófise espinhosa
Apófises articulares
Apófises transversas
Buraco vertebral
124
Pedículos – implantam-se na porção posterior das faces laterais do corpo vertebral, até
às apófises articulares. Apresentam-se chanfrados ao longo dos seus bordos superior e
inferior.
Apófises transversas – apresentam duas raízes, uma anterior (na face lateral do
corpo vertebral), e outra posterior (no ponto de união do pedículo com a apófise
articular). Juntamente com o pedículo, o buraco transverso. No buraco transverso
passam a artéria vertebral e a veia vertebral. Na 5ª e 6ª vértebras cervicais passa
também o nervo vertebral. Cada apófise transversa contém uma goteira na sua face
superior, onde passa o nervo espinhal. São bituberculadas, pois apresentam um
tubérculo anterior e um tubérculo posterior.
C6 – o tubérculo anterior das apófises transversas é mais espesso do que o das outras
vértebras cervicais e toma o nome de tubérculo carotidiano ou de Chassaignac,
que se relaciona com a artéria carótida primitiva.
C7 – o corpo vertebral pode apresentar uma pequena apófise articular em relação com
a 1ª costela. As apófises transversas são unituberculadas. O buraco transverso é
mais pequeno e apenas a veia vertebral o atravessa. As lâminas são mais altas do que
as outras vértebras cervicais. A apófise espinhosa é unituberculada.
As vértebras dorsais com características especiais são a D1, D10, D11 e D12.
125
Corpo vertebral – o seu diâmetro transversal é quase igual ao seu diâmetro
ântero-posterior. Na porção
posterior das faces laterais, junto
ao pedículo, estão presentes as
hemifacetas articulares
costais superiores e inferiores,
que se articulam com a cabeça
das costelas.
Pedículos – implantam-se na
metade superior das porções
laterais da face posterior do corpo
vertebral.
Apófises transversas – a sua face anterior apresenta a faceta articular costal, que se
relaciona com a tuberosidade das costelas.
126
D10 – o seu corpo vertebral não apresenta a hemifaceta articular costal inferior.
D11 – nas faces laterais do seu corpo vertebral existe apenas uma superfície articular
costal completa, em relação com toda a superfície articular da costela. A faceta articular
costal das apófises transversas está ausente.
D12 – tal como em D11, as faces laterais do corpo vertebral apresentam apenas uma
superfície costal completa, sendo que a faceta articular das costelas das apófises
transversas também está ausente. As suas apófises articulares inferiores são
semelhantes às apófises articulares inferiores das vértebras lombares.
Vértebras lombares:
127
Características especiais de L1 e L5:
128
3.1.2. ARTROLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL
129
Cada um apresenta 2 partes: uma periférica,
constituída pelo anel fibroso e uma central,
constituída pelo núcleo pulposo. A altura dos discos
diminui desde a coluna cervical até T5 ou T6 e
aumenta até às lombares.
130
2. Articulações das apófises articulares
Classificação: artrodias, nas cervicais e torácicas; trocartroses, nas
lombares
131
A face posterior relaciona-se, no espaço compreendido entre as laminas
vertebrais, com os músculos extensores da ciluna.
A extremidade interna, une-se, na linha media, ao ligamento amarelo
oposto.
A extremidade externa estende-se até às articulações entre as
apófises articulares, reforçando a superfície interior da cápsula articular.
132
ARTICULAÇÕES PRÓPRIAS DE ALGUMAS VÉRTEBRAS
Superfícies articulares:
facetas articulares das
apófises semilunares dos
corpos vertebrais e as facetas
articulares, correspondents,
dos corpos vertebrais
suprajacentes.
Meios de união: as
superficies articulares estão recobertas por uma camada de fibro-
cartilagem e mantêm-se em contacto através de uma cápsula articular,
revestida interiormente por uma sinovial.
133
3. Articulação sacro-coccígea:
Classificação: anfiartrose
4. Articulação médio-coccígea
Classificação: anfiartrose.
Une as primeiras duas vértebras coccígeas (Co1 e Co2) através do
ligamento interósseo.
CHARNEIRA OCCIPITAL
134
1. Articulação atlóido-odontoideia
O ligamento transverso
é uma lamina fibrosa que
se estende entre os
tubérculos das massas
laterais do atlas. Da parte
media dos seus bordos
superior e inferior, partem
dois feixes longitudinais:
- o ligamento occipito-
transverso, ascendente, fixa-se
superiormente na goteira basilar
do occipital.
- o ligamento transverso-axoideu, descendente, termina na face posterior do
corpo do axis.
135
2. Articulações atlóido-axoideias
Classificação: diartroses disconcordantes – heteroartroses, uma vez que não
são corrigidas por um menisco.
3. Ligamentos atlóido-axoideus
São 2, um anterior, que se estende desde o bordo inferior do arco anterior do
atlas à face anterior do corpo do axis, e um posterior, que une o bordo inferior
do arco posterior do atlas à base da apófise espinhosa do axis. É atravessado
dos lados pelo 2ºnervo cervical.
136
União do occipital ao atlas: o occipital e o atlas estão unidos pelas articulações
occipito-atloideias e pelos ligamentos occipito-atloideus anterior e porterior.
1. Articulações occipito-atloideias
Classificação: diartroses concordantes, do tipo bicondilartroses (as
superficies articulares têm a forma de côndilos)
2. Ligamentos occipito-atloideus
São 2:
- Ligamento occipito-atloideu anterior: estende-se desde o bordo anterior do
buraco occipital até ao bordo superior do arco anterior do atlas.
- Ligamento occipito-atloideu posterior: estende-se desdeo bordo posterior
do buraco occipital até ao arco posterior do atlas.
137
2. Ligamentos occipito-odontoideus
Estende-se desde o occipital até à apófise
odontoideia do axis.
São 3:
- Um ligamento occipito-odontoideu médio,
que se estende desde o bordo anterior do buraco
occipital até ao vértice da apófise odontoideia do
axis.
- Dois ligamentos occipito-odontoideis
laterais ou ligamentos alares, que se
estendem desde os côndilos do occipital às
partes laterais da extremidade superior da apófise odontoideia do axis.
- Ligamentos occipito-atloideus e
atlóido-axoideus anteriores
- Ligamentos occipito-odontoideus
(médio e alares)
- Ligamento occipito-axoideu
138
3.2. Tórax
139
3.2.2. OSTEOLOGIA DO TÓRAX
Esterno
Classificação – osso placóide ou achatado.
Orientação – a face convexa é anterior, sendo que a porção mais volumosa é superior.
Apresenta uma ligeira inclinação de cima para baixo e de trás para a frente.
Descrição:
Face anterior – apresenta cristas transversais. A sua linha de união com o corpo
esternal forma o ângulo de Louis, que está ao nível da 2ª costela. Tem ainda uma
crista rugosa onde se insere o músculo esternocleidomastoideu e outras
rugosidades para a inserção do músculo grande peitoral.
140
Face posterior – apresenta também cristas transversais.
Bordos laterais – cada bordo lateral tem sete chanfraduras costais, que se articulam
com as setes primeiras sete cartilagens costais, sendo que a primeira chanfradura
se encontra na porção superior do bordo lateral do manúbrio esternal e a segunda na
união do manúbrio com o corpo. As chanfraduras costais estão separadas entre si por
seis chanfraduras intercostais.
141
Costelas
Classificação – osso placóide ou achatado.
Descrição:
São em número de doze, sendo que são classificadas em verdadeiras (as primeiras
sete), falsas (8ª, 9ª e 10ª costelas) e flutuantes (11ª e 12ª).
Corpo – tem uma face externa, onde fazem saliência os ângulos anterior e
posterior, uma face interna, que é atravessada, ao longo do seu bordo inferior, pela
goteira costal (onde se inserem os músculos intercostais), um bordo superior e
um bordo
inferior.
142
Extremidade posterior – compreende a cabeça, a tuberosidade e o colo. A cabeça
articula-se com o disco intervertebral, sendo que as suas faces superior e inferior
apresentam duas facetas articulares que se opõem às hemifacetas costais dos
corpos vertebrais correspondentes. A tuberosidade tem duas saliências, sendo
que a ínfero-interna se articula com a superfície articular da apófise transversa
e a súpero-externa confere inserção a ligamentos. O colo encontra-se entre a
cabeça e a tuberosidade da costela, sendo que a sua face posterior tem rugosidades
para inserção de ligamentos.
Primeira costela – é a mais larga e curta de todas. A face superior do seu corpo
apresenta o tubérculo de Lisfranc, onde se insere o músculo escaleno anterior. O
tubérculo de Lisfranc é ladeado por uma goteira anterior, onde passa a veia
subclávia, e uma goteira posterior, que confere passagem à artéria subclávia.
Anteriormente à goteira venosa, insere-se o músculo escaleno subclávio e o
ligamento costo-clavicular. Posteriormente à goteira arterial, inserem-se os
músculos escaleno médio e grande dentado. Esta costela não tem goteira costal.
A cabeça na sua extremidade posterior tem apenas uma faceta articular. Externamente
à tuberosidade da face externa insere-se o músculo pequeno dentado póstero-
superior e internamente o primeiro músculo supracostal.
Segunda costela – a sua face externa tem uma superfície rugosa para a inserção dos
músculos escaleno posterior e grande dentado. O músculo pequeno dentado
póstero-superior insere-se posteriormente ao músculo escaleno posterior e o
143
segundo músculo supracostal insere-se no bordo superior do colo. Esta costela
também não tem goteira costal.
Cartilagens costais:
144
Tórax em geral
Configuração exterior:
A caixa torácica tem uma face anterior, uma face posterior, duas faces laterais,
uma base ou orifício inferior e um vértice ou orifício superior.
Orifício inferior – é limitado, de anterior para posterior, pelo apêndice xifoideu, pelo
bordo inferior das seis últimas cartilagens costais, pela 12ª costela e pela 12ª vértebral
dorsal ou torácica. Apresenta o ângulo xifoideu, que é limitado pelas cartilagens das
costelas falsas e o seu vértice é ocupado pelo apêndice xifoideu.
Configuração interior:
145
3.2.3. ARTROLOGIA DO TÓRAX
- Articulações costo-vertebrais
- Articulações condro-costais
- Articulações intercondrais
- Articulações condro-esternais
- Articulações esternais
- Articulação esterno-condro-clavicular (integrada no complexo articular da
espádua)
Meios de união: as cabeças das costelas estão uunidas aos corpos vertebrais
por uma cápsula articular fina, inserida nos bordos sas superficies articulares e
reforçada pelos ligamentos costo-vertebrais anterior e posterior e pelo
ligamento interósseo.
NOTA!:
Não existe ligamento interósseo as articulações costo-vertebrais da 1ª, 11ª e 12ª costelas.
146
2. Articulações costo-transversas: unem as costelas às apófises transevrsas das
vértebras.
Classificação: trocartroses (superficies articulares em forma de segment de
cilindro)
Superfícies articulares: tuberosidade da costela e faceta costal das apófises
transversas.
3. Ligamentos costo-vertebrais
147
Superfícies articulares: costelas e cartilagens costais.
Meios de união: existe uma cápsula articular, que une o pericôndrio da cartilage ao
periósteo do esterno. É reforçada pelo
ligamento condro-esternal
anterior e pelo ligamento condro-
esternal posterior. O ligamento
interósseo divide a articulação em 2
cavidades que podem ser distintas ou
comunicar entre si, caso a parte
posterior do ligamento não exista.
148
ARTICULAÇÕES INTERCONDRAIS:
Classificação: artrodias
Meios de união: manga capsular constituída pelo pericôndrio que se estende de uma
cartilage à outra.
149
Movimento de contração ou expiração:
A caixa torácica possui uma grande elasticidade e uma maior resistência a choques
externos devido:
- Uma pressão exercida sobre a parede anterior do tórax empurra esta parede
contra a coluna vertebral. Em indivíduos jovens pode nem causar fraturas dos
arcos costais. ---- A pressão exercida na parede anterior do tórax distribui-se por
toda a grelha costal e pelos arcos costais.
EM SUMA:
- As costelas oferecem lateralmente apenas uma resistência isolada e fraturam-se
muito mais facilmente no sentido ântero-posterior, onde as pressões se
distribuem por toda a extensão do esterno.
150
3.3. Bacia
151
3.3.1. OSTEOLOGIA DA BACIA
OSSO ILÍACO
Osso placóide ou achatado
Osso par
Apresenta 3 segmentos:
152
Estas linhas dividem a fossa ilíaca externa em 3 segmentos:
- Segmento posterior: apresenta a zona póstero-superior onde se insere o
músculo grande glúteo e a zona póstero-inferior onde se inserem feixes do
grande ligamento sacro-ciático.
Cavidade Cotiloideia ou
Acetábulo:
- Chanfradura anterior ou
ílio-púbica
- Chanfradura posterior ou
ílio-isquiática
- Chanfradura inferior ou
ísquio-púbica
153
Buraco ísquio-púbico ou obturado:
154
Abaixo da linha inominada, onserva-se:
- anteriormente, o buraco ísquio-púbico ou obturado
- ântero-superiormente, a crista tubercular
- póstero-superiormente, a superfície qaudrilátera para inserção do músculo
obturador interno
155
- espinha ilíaca ântero-inferior: onde se insere o músculo reto anterior da
coxa
- chanfradura do psoas
- eminência ílio-pectínea: na junção do ílion ao pubis
- superfície pectínea
- espinha do pubis: inserção dos músculos piramidal e grande reto do
abdómen
156
Bordo Inferior: continua-se com o bordo anterior, formando o ângulo do pubis.
Apresenta 2 segmentos:
- anterior: articular, forma com o outro ilíaco, a sínfise púbica
- posterior: tem um lábio interno, para inserção dos músculos reto interno e
grande adutor da coxa; um lábio externo, para inserção dos músculos
transverses do períneo.
157
- espinha ciática, onde se insere o pequeno ligamento sacro-ciático
- pequena chanfradura ciática
- tuberosidade isquiática
Dá inserção aos músculos posteriores das coxas e ao grande ligamento
sacro-ciático.
158
BACIA EM GERAL:
Os 2 ossos ilíacos, o sacro e o cóccix constituem a bacia ou pelvis.
Apresenta:
159
O estreito superior é constituído de trás para a frente por:
- promontório
- bordo anterior da asa do sacro
- linha inominada do ilíaco
- crista pectínea
- ângulo do pubis
- sínfise púbica
Estreito Superior:
160
Estreito Médio:
- diâmetro ântero-posterior = 12 cm
Estreito Inferior:
Na mulher:
161
Aspetos Funcionais da Bacia:
162
3.3.2. Artrologia da Bacia
163
Sínfise Púbica
Ligamento interósseo:
164
Articulação Sacro-ilíaca
A superfície auricular do sacro é atravessada por uma goteira cujo centro é o tubérculo
conjugado de S1 e S2.
165
Plano médio – é composto por ligamentos ílio-transversos, sendo que estes são o
ílio-transverso sagrado (que se estende da extremidade posterior da crista
ilíaca até à primeira apófise transversa sagrada), o 1º ligamento ílio-
transverso conjugado (insere-se na tuberosidade ilíaca e no 1º tubérculo
conjugado), o 2º ligamento ílio-transverso conjugado (estende-se de desde
perto da espinha ilíaca póstero-superior até ao 2º tubérculo conjugado), e os
3º e 4º ligamentos ílio-transversos conjugados (unem a espinha ilíaca
póstero-superior ao 3º e 4º tubérculos conjugados).
Ligamento ílio-lombar:
166
transverso lombar superior insere-se no bordo inferior da apófise transversa
de L4 e na crista ilíaca. As fibras mais internas destes ligamentos fixam-se desde a
extremidade posterior da crista ilíaca até à extremidade posterior da linha inominada.
Sinovial – existe.
Nutação – a base do sacro dirige-se para a frente e o cóccix para trás. É limitada
pelos freios de nutação e pelo ligamento sacro-ilíaco interósseo. A sua
amplitude aumenta durante a gravidez.
Contra-nutação – o sacro retorna à posição normal.
167
Ligamentos Sacro-ciáticos
Estes dois ligamentos dividem o intervalo compreendido entre o osso ilíaco e o bordo
lateral do sacro e cóccix em dois orifícios: um superior, que é a grande chanfradura
ciática e que confere passagem ao músculo piramidal, aos vasos e nervos
glúteos superiores, vasos isquiáticos e grande e pequeno nervos ciáticos, e
um inferior, a pequena chanfradura ciática, que confere passagem ao músculo
obturador interno, aos vasos e nervos pudendos internos, ao nervo
hemorroidário inferior e ao nervo do músculo obturador interno.
168
Membrana Obturadora
169
3.4. Miologia do Tronco
170
MÚSCULOS DA REGIÃO POSTERIOR DO TRONCO
Podem dividir-se em 3 grupos principais
Grupo posterior, que compreende os músculos situados por trás das goteiras
vertebrais.
Grupo Posterior
171
Músculo Longo Dorsal: estende-se desde a massa comum até à 2ª costela,
inserindo-se nas apófises transversas das vértebras lombares e torácicas.
172
Músculo Epi-espinhoso: insere-se nas apófises espinhosas desde a 1ª vértebra
torácica até à 2ª vértebra lombar (de T1 a L2), internamente ao longo dorsal.
173
Plano dos Músculos Pequenos Dentados Posteriores
174
Plano do Rombóide
Músculo Rombóide: Apresenta 2 porções que constituem o pequeno e o
grande romboide. Insere-se no ligamento cervical posterior, nas
apófises espinhosas da C7 e de T1-T4 e no bordo interno da omoplata.
Permite a elevação da omoplata e a sua rotação para o ângulo
inferior, com deslocamento do ombro.
Plano Superficial
Músculo Grande Dorsal: Insere-se, inferiormente, nas apófises espinhosas
das 6 últimas vértebras torácicas e nas lombares e sagradas, nos
ligamentos interespinhosos e na crista ilíaca. Superiormente, insere-se nas
4 últimas costelas, no ângulo inferior da omoplata e na goteira bicipial do
úmero.
É rotador e adutor do braço e elevador do tronco.
175
Músculo Trapézio: Insere-se na linha curva occipital superior, na
protuberância occipital externa, no ligamento cervical posterior, nas
apófises espinhosas de C7 a T10, na clavícula, no acrómio e na espinha da
omoplata.
É um elevador do ombro e um inclinador e rotador contra-lateral
da cabeça.
Grupo Médio
176
Músculo Quadrado Lombar: insere-se na crista ilíaca, inferiormente; na
12ª costela, superiormente e nas apófises transversas das vértebras
lombares, internamente.
Abaixador da 12ª costela;
Inclinador da coluna lombar;
Inclinador da bacia (ponto fixo na inserção superior)
Grupo Anterior
Flexão do tronco;
177
Músculo Pequeno-Psoas: insere-se na T12 e na eminência ílio-pectínea.
Permite a flexão da bacia sobre a coluna lombar.
178
Músculos da Parede Ântero-lateral do Tórax
Os músculos da parede ântero-lateral do tórax podem dividir-se em 3 grupos: um
grupo superficial, um grupo intercostal e um grupo profundo.
Grupo Superfícial
Grupo Intercostal
Plano Externo:
Músculo Intercostal Externo: formado por feixes que se inserem no lábio externo da
goteira costal da costela suprajacente e no lábio externo do bordo superior
da costela subjacente.
Este músculo não ocupa toda a extensão do espaço intercostal, encontrando-se desde a
articulação costo-transversária até à articulação condro-costal.
Plano Médio:
179
Plano Interno:
Os músculos intercostais:
Grupo profundo
Este grupo é constituído apenas por um músculo, o músculo triangular do esterno, que
une o esterno às cartilagens costais. Insere-se, internamente, na face posterior do
corpo do esterno, ao longo do seu bordo lateral, e termina, externamente, na face
posterior e bordo inferior da 3ª à 6ª cartilagens costais.
180
Músculos da Parede Ântero-lateral do Abdómen
Os músculos da parede ântero-lateral do abdómen são 5:
Grande oblíquo
Pequeno oblíquo
Transverso do abdómen
Piramidal
Grande reto
181
Músculo Pequeno Oblíquo:
- na rista ilíaca
- 4 últimas cartilagens costais
- Linha branca
182
Músculo Transverso do Abdómen:
Ocupa toda a região lateral da parede abdominal, desde a coluna até à linea
branca.
Insere-se:
- na face interna das 6 últimas costelas e cartilagens costais
- no vértice das apófises transversas das 4 primeiras vértebras lombares
- na crista ilíaca
183
Por fim, destas fibras inferiores, algumas vão-se unir às fibras do músculo pequeno
olbíquo para formar o músculo cremáster, descrito anteriormente.
Músculo Piramidal
Músculo longo e aplanado que se encontra de cada lado da linha média do abdómen,
desde o púbis até à região ântero-inferior do tórax.
O tendão de inserção inferior (no bordo superior do púbis) divide-se em dois feixes, um
interno e um externo, do qual de destaca uma expansão (ligamento de Henlé).
Superiormente, o músculo insere-se na 5ª, 6ª e 7ª cartilagens costais e no
apêndice xifoideu.
Cada um dos músculos grandes retos abdominais está coberto por uma bainha
tendinosa constituída pelas várias aponevroses de inserção anterior dos músculos largos.
Essas mesmas aponevroses vão inserir-se anteriormente ao nível da linha branca, que
(rafe tendinoso que vai separar, na linha média, os dois grandes retos abdominais).
O músculo grande reto do abdómen e o músculo piramidal estão cobertos por uma
bainha fibrosa, constituída pelas aponevroses terminais dos músculos largos do
abdómen. Apresenta 2 folhetos: um anterior e um posterior.
- Folheto anterior: é formado nos 2/3 superiores pelo tendão do músculo grande
oblíquo e pelo folheto anterior do músculo pequeno oblíquo; no seu 1/3 inferior é
formado pelos tendões dos 3 músculos largos do abdómen. A linha que delimita as
duas zonas é marcada pela arcada de Douglas ou linha arcuata .*
184
- Folheto posterior: no segmento umbilical e supra-umbilical é formado pelo
folheto posterior do tendão do músculo pequeno oblíquo e pelo tendão do músculo
transverse do abdómen; no 1/3 inferior é unicamente formado pela fascia
transversalis.
185
Músculos do Períneo
O períneo ou pavimento pélvico é o conjunto das partes moles (músculos e
aponevroses) que encerram inferiormente, a cavidade pélvica.
O períneo é dividido por uma linha transversal que une as tuberosidades isquiáticas em:
Plano Profundo
Músculo elevador do ânus: apresenta 2 porções:
o Porção externa ou esfincteriana: insere-se na face posterior do púbis, na
aponevrose obturadora (formando o arco tendinoso do elevador), na face
interna da espinha ciática e no arco tendinoso da aponevrose pélvica.
Permite a compressão e constrição do reto.
o Porção interna ou elevadora: insere-se no ligamento pubo-vesical e na
parede lateral do reto.
Permite a elevação e dilatação do canal anal.
186
Plano Médio
187
Plano Superficial
Divide-se em 2 grupos: um posterior e um anterior.
Grupo Posterior (Triângulo Anal)
Músculo esfíncter externo do ânus: insere-se, posteriormente, no vértice do
cóccix, no rafe ano-coccígeo e na face profunda da pele. Anteriormente, no
núcleo fibroso central do períneo e na face profunda da pele.
Permite o encerramento do ânus e o controlo voluntário da
defecação.
188
Períneo Feminino – Músculos
Plano Profundo
Apresentam as mesmas inserções nos dois
Músculo elevador do ânus
sexos
Músculo Ísquio-coccígeo
Plano Médio
Músculo Transverso profundo do períneo: mais largo do que no homem. Insere-
se, internamente, no centro tendinoso do períneo.
189
Plano Superficial
Músculo esfíncter externo do ânus
Músculo Transverso Superificial Idênticos aos do homem
Músculo Ísqui-Cavernoso
190
APONEVROSES DO PERÍNEO
Insere-se:
- Lateralmente: lábio externo do bordo inferior do ramo ísquio-púbico;
- Posteriormente: confunde-se com o centro tendinoso do períneo;
- Anteriormente: continua-se com a fascia peniana/clitoriana.
191
Aponevrose Profunda do Períneo
Continua-se para fora e para cima com a aponevrose obturadora interna e, atrás com o
folheto aponevrótico que recobre o plexo sagrado.
192
DIAFRAGMA
É uma lâmina músculo-tendinosa (septo muscular) que separa a cavidade torácica da
cavidade abdominal.
193
1. Constituição
Apresenta 2 porções:
Porção central e tendinosa, denominada centro frénico;
Porção periférica e muscular, formada por 2 feixes distintos.
Na união do folíolo anterior com o folíolo direito, encontra-se o orifício da veia cava
inferior.
194
Porção Periférica (carnuda): é composta por feixes musculares que se inserem em
torno do orifício inferior do tórax, apresentando 3 porções:
Porção Costal – Insere-se por seis digitações na face interna dos 6 últimos arcos
costais e em 3 arcos aponevróticos, entre a 10ª e 11ª costela, entre a 11ª e 12ª
costela e entre a 12ª costela e apófise transversa de L1 (cruzando a face
anterior do músculo quadrado lombar – arcada do quadrado lombar ou ligamento
cintrado).
As fibras que se inserem no ligamento cintrado formam uma lâmina muscular fina,
sendo que a parte externa dessa lâmina pode faltar, existingo nesse caso uma solução
de continuidade, denominada Triângulo lombo-costal ou costo-diafragmático
(que faz comunicar a região renal com o tecido subpleural).
195
As difitações costais estão separadas entre si, por um interstício, por onde passam o
nervo intercostal correspondente e um ramo da artéria músculo-frénica.
2. Orifícios Diafragmáticos
Orifícios Principais:
196
Orifício Aórtico
Fibroso, rodeado por um arco tendinoso, formado pelos pilares do diafragma;
Altura de T12-L1;
Atravessado, anteriormente, pela artéria aorta e, posteriormente, pelo canal
torácico;
Orifício esofágico
É muscular, situa-se à esquerda e à frente do orifício aórtico;
Altura de T10;
Atravessado pelo esófago e pelo nervo pneumgástrico esquerdo, à
frente, e pelo nervo pneumogástrico direito, atrás.
Orifícios Secundários:
Nervosos
Entre a arcada do psoas e o pilar correspondente:
o Cadeia simpática;
o Nervo Pequeno Esplâncnico;
o Nervo Esplâncnico inferior;
Perfura o pilar do diafragma:
o Nervo Grande Esplâncnico;
Entre os feixes condro-costais:
o Nervos intercostais (6º a 11º)
o Artéria Músculo-Frénica
Vasculares
Orifício do nervo grande esplâncnico, ou mais raramentem orifício aórtico:
o Grande veia ázigos;
o Veia hemi-ázios inferior
Fenda de Larrey ou triângulo esterno-costal:
o Artéria Epigástrica Superior
3. Ação
Inervado pelo nervo frénico, pertencente ao plexo cervical, constitui o principal músculo
da inspiraçao.
197
A sua contração provoca o aumento de todos os diâmetros do tórax, devido ao
abaixamento das cúpulas diafragmáticas:
198
3.5. Pontos Fracos da Parede Abdominal
199
Pontos Fracos da Parede Abdominal
São 7:
Região lombar
Quadrilátero de Grynfelt
Região péri-umbilical
Linha branca
Região umbilical
Região inguinal
Anel crural
Canal inguinal
200
Região Lombar
Limites:
É atravessado por:
201
Quadrilátero de Grynfelt
É um ponto fraco da parede abdominal posterior, constituindo uma falha ao nível
do plano músculo-aponevrótico médio, ou seja, do músculo pequeno oblíquo.
Limites:
Atravessado por:
202
Região Péri-umbilical
O verdadeiro ponto fraco desta região será o sulco lateral do ventre de Gerdy, que
corresponde a uma depressão vertical ao longo do bordo externo do músculo grande
reto, a partir da 10ª cartilagem costal. Este ponto é suscetível do aparecimento de
hernias laterais, através de orifícios vásculo-nervosos.
203
Linha Branca
Região Umbilical
Arcada de Douglas:
Em resumo:
Porque existe?
A aponevrose anterior do músculo transverso do abdómen e o folheto posterior
da aponevrose do pequeno oblíquo passam, nos 2/3 superiores, posteriormente
ao grande reto do abdómen e, no 1/3 inferior, anteriormente a este.
204
Onde se situa?
Abaixo do umbigo, é a linha que une as duas espinhas ilíacas ântero-
superiores.
É limitada:
Superiormente – junção dos 2/3 superiroes com o 1/3 inferior das aponevroses
do músculo pequeno oblíquo e do músculo transverso do abdómen.
Região Inguinal
A região inguinal constitui uma zona de transição entre o abdómen e o membro inferior,
situada acima do ramo horizontal do pubis. Constitui uma zona de fácil hiernização
inguinal, devido à existência do buraco músculo-pectíneo de Fruchaud – o
verdadeiro ponto de fraqueza da região inguinal, estando ao nível do plano médio
dos músculos largos.
Limites:
205
Confere passagem aos vasos ílio-femorais e ao cordão espermártico (no homem)
ou ligamento redondo do útero (na mulher).
Defesas Posteriores:
Aponevrose umbílico-prévesical
206
Superior e inferiormente à fita de Thompson, existem 2 zonas de fraqueza:
Canal Inguinal
207
Defesas Anteriores:
208
Anel Crural
Paredes:
209
4. MEMBRO SUPERIOR
4.1. Osteologia do Membro Superior
210
O esqueleto do membro superior é constituído por:
CLAVÍCULA
É um osso longo
É um osso par
Orientação: Das duas extremidades, a mais achatada é externa; das duas faces
desta extremidade, a mais rugosa é inferior; dos dois bordos relacionados com
essa extremidade, o côncavo é anterior;
Apresenta duas faces (uma superior e outra inferior), dois bordos (um anterior e
outro posterior) e duas extremidades (uma interna e outra externa).
Face superior:
211
Face inferior:
212
Bordo anterior:
Dá inserção ao grande peitoral, nos seus 2/3 internos. O seu 1/3 interno dá
inserção aos feixes anteriores do deltóide.
Bordo posterior:
É côncavo e liso nos seus 2/3 internos. No seu 1/3 externo da inserção aos feixes
claviculares do trapézio.
213
OMOPLATA
É um osso placóide ou achatado.
É um osso par.
Localiza-se na porção posterior e superior do tórax, atras das sete primeiras
costelas.
Orientação: A face côncava é anterior. Dos 3 bordos, o mais curto é superior.
Dos 3 ângulos, o que apresenta uma nítida superifície articular é externo e olha
um pouco para diante.
Apresenta duas faces (anterior e posterior), 3 bordos (superior, interno e
externo) e 3 ângulos (superior, inferior e externo).
Face anterior:
214
Face posterior:
215
Apresenta três bordos, dos quais o bordo anterior une-se à omoplata; o bordo
externo continua-se com a face inferior do acrómio; bordo posterior é dividido por
uma crista em duas vertentes: uma vertente supeiror, que dá inserção aomúsuclo
trapézio; e uma vertente inferior que dá inserção ao músculo deltóide. O bordo
posterior apresenta ainda o tubérculo do trapézio na sua parte média e, na sua
extremidade interna, existe uma dilatação, a superfície triangular interna da
espinha da omoplata, sobre a qual deslizam os feixes tendinosos do músuclo
trapézio.
216
fora o lábio inferior do bordo posterior da espinha da omoplata, e nele seinserem
os feixes médios do músculo deltóide.
Bordo externo ou Axilar: é representado por uma crista óssea que separa a goteira
do bordo axilar das superfíes de inserção dos músculos grande redondo e pequeno
redondo. Esta crista termina superiormente na tuberosidade infra-glenoideia, onde
se fixa o tendão da longa porção do músculo tricípete braquial.
Cavidade Glenoideia:
217
Colo da Omoplata:
Apófise Coracoideia:
218
ÚMERO
É um osso longo.
É um osso par.
1. Corpo
Face ântero-externa
Inferiormente ao V deltoideu,
encontra-se a superfície de inserção do
músuclo braquial anterior,
ligeiramente deprimida em forma de
goteria, a goteira de torção.
219
Face ântero-interna
Face posterior
Divide-se em 2 porções por uma goteira larga e pouco profunda, a goteira radial,
que atravessa o terço médio da face posterior.
Goteira radial: presente na face posterior do úmero, forma um canal ósteomuscular que
dá passagem ao nervo radial e aos vasos umerais profundos, e tem como limites:
Acima e para fora da goteira radial, insere-se o músculo vasto externo e abaixo e
para dentro, o músculo vasto interno.
220
Bordo anterior:
Na sua metade superior é rugoso e confunde-se com o lábio anterior da goteira bicipital
e, mais inferiormente, com o ramo anterior do V deltoideu. Na sua metade inferior dá
inserção ao músculo braquial anterior, dividindo-se, na vizinhança da extremidade
inferior, em dois ramos que delimitam a fosseta coracoideia.
Bordo externo:
Bordo interno:
2. Extremidade Superior
Cabeça do úmero:
221
Goteira Bicipital:
3. Extremidade Inferior
Superfície articular:
Tem 3 porções:
222
Epitróclea: interna
Face anterior e vértice: dão inserção aos músculos epitrocleares(redondo
pronador, grande palmar, pequeno palmar, cubital anterior, flexor comum
superificial dos dedos).
Face posterior: dá inserção ao ligamento lateral interno da articulação do
cotovelo. Possui uma goteira que dá passagem ao nervo cubital.
Goteira epitrocleo-olecraniana:
223
CÚBITO
É um osso longo.
É um osso par.
1. Corpo
Face Anterior
224
Face Posterior
Face Interna
Bordo Anterior
225
Bordo Externo ou interósseo
Superiormente, o bordo extenro divide-se em duas cristas que estendem quase até às
duas extremidades da pequena cavidade sigmoideia do cúbito, limitando com esta
a superfície infra-sigmoideia, onde se insere o músculo curto supinador.
226
Bordo Posterior
2. Extremidade Superior
Olecrânio
Face anterior: articular, e contribui para formar a grande cavidade sigmoideia do cúbito.
Face inferior ou base: através da qual o olecrânio se continua com o corpo do úmero;
Apófise Coronoideia
Tem a forma de uma pirâmide quadrangular, com uma base implantada sobre a face
anterior do osso, um vértice e 4 faces:
Face interna: dá inserção aos feixes anterior e médio do ligamento lateral interno
da articulação do cotovelo. Na sua porção média encontra-se o tubérculo coronoideu,
onde se insere o feixe médio do ligamento lateral interno;
227
Bordo posterior: é saliente e dá inserção ao ligamento anular e ao feixe médio do
ligamento lateral externo, continuando-se inferiormente com a crista que limita
posteriormente a superfície infra-sigmoideia.
A grande cavidade sigmoideia encontra-se dividida em duas vertentes por uma crista
longitudinal, que corresponde à garganta da tróclea umeral.
3. Extremidade Inferior
Apresenta 2 saliências:
228
RÁDIO
É um osso longo.
É um osso par.
1. Corpo
229
Face Posterior: na sua porção média existem 1 ou 2 cristas oblíquas que delimitam as
superfícies de inserção dos músculos longo abdutor do 1º dedo e curto extensor
do 1º dedo.
230
2. Extremidade Superior
Apresenta 3 porções:
Cabeça do rádio:
3. Extremidade Inferior
Tem 5 faces:
231
Face Interna: bifurca-se em 2 ramos, sendo que no ramo posterior se insere o
ligamento interósseo. Apresenta 2 partes:
232
ESQUELETO DA MÃO
O esqueleto da mão pode ser dividido em 3 grupos ósseos: carpo, metacarpo e
falanges.
1. Carpo
233
O pisiforme está em relação com a artéria cubital e nele inserem-se os
músculoscubital anterior e abdutor do 5º dedo.
A sua face anterior tem a forma de goteira, a goteira anterior do carpo, tendo como
limites:
234
É atravessado por:
2. Metacarpo
Formado por 5 ossos longos (1º metacarpo, 2º, 3º, 4º e 5º - de externo para
interno), os metacarpos, que se articulam superiormente com os ossos da fileira inferior
do carpo e, inferiormente, com as primeiras falanfes dos dedos.
235
3. Falanges
Cada dedo tem 3 falanges, à exceção do 1º dedo que tem apenas 2. São ossos
longos que apresentam um corpo e 2 extremidades.
Existem:
1ª falange ou falange proximal
2ª falange ou falange média
3ª falange ou falange distal
4. Ossos sesamóides
236
4.2. Artrologia do Membro Superior
237
As articulações do membro superior compreendem:
- Articulação acrómio-clavicular
- Articulação esterno-condro-clavicular
Complexo Articular da Espádua - Articulação escápulo-umeral ou articulação do ombro
- Articulação sub-deltoideia
- Articulação escápulo-torácica
Articulação do Cotovelo
Articulação Rádio-cubital Inferior
Articulação do Punho
Articulações da Mão
- Articulação sub-deltoideia – compreende uma bolsa serosa que existe sobre o músculo
deltóide e que facilita o deslizamento deste músculo.
Articulação acrómio-clavicular
Classificação: artródia
238
Superfícies articulares:
- a cápsula articular é um tubo de ligação fibroso bastante espesso que se insere nos
dois ossos, sendo reforçada na sua face superior pelo ligamento acrómio-clavicular.
239
Sinovial: reveste a face profunda da cápsula ar ticular. É dupla quando existe um
menisco completo.
Ligamentos Córaco-claviculares
240
- Ligamento córaco-clavicular interno: estende-se desde o bordo interno da
apófise coracoideia (anteriormente ao ligamento trapezoide e posteriormente à
inserção do músculo pequeno peitoral) até à face inferior da clavícula, ao longo da
goteira do subclávio.
Articulação Córaco-clavicular
São lâminas fibrosas que se estendem entre duas partes da omoplata. Distinguem-se:
241
coracoideia formam uma abóbada ósteo-fibrosa acrómio-coracoideia, acima da
articulação escapulo-umeral.
Articulação Esterno-condro-clavicular
242
Meios de união: a cápsula articular encontra-se revestida por 4 ligamentos: anterior,
posterior, superior e inferior.
243
Articulação Sub-deltoideia
Classificação: é uma articulação falsa ou funcional, uma vez que é constituída por
2 superfícies de deslizamento muscular: uma superfície de deslizamento profunda e
uma superfície de deslizamento superficial.
244
Articulação Escápulo-torácica
Entre o músculo grande dentado e a parede torácica, uma bolsa celular ocupa o
espaço serrato-torácico propriamente dito.
- posterioremente: rombóide
245
Movimentos da omoplata propriamente ditos:
- abaixamento: desliza sobre a parede torácica até ao nível da 10ªcostela, por ação
dos seguintes músculos:
- projeção para a frente e para fora: todos os músculos com inserção torácica
anterior: porção esterno-costal do músculo grande peitoral, músculo grande dentado e
pequeno peitoral.
- projeção para trás e para dentro: deve-se à ação conjunta do músculo trapézio,
do músculo rombóide e do músculo grande dorsal, que contribui indiretamente para
este movimento, através da sua inserção no úmero.
Cabeça do úmero: revestida por fibrocartilagem limitada pelo lábio interno do colo
anatómico do úmero. Apresenta superiormente ao troquino, uma chanfradura que
corresponde à impressão de inserção supra-troquiniana do ligamento gleno-
umeral superior.
246
Cavidade glenoideia: muito menos extensa que a cabeça do úmero. Revestida por
cartilagem; apresenta no centro uma eminência, o tubérculo glenoideu, onde a
cartilagem é menos espessa. Como a cavidade glenoideua é apenas ligeiramente
côncava, não se adapta perfeitamente à cabeça do úmero, sendo essa adaptação
permitida pelo debrum glenoideu.
Meios de união: o úmero e a omoplata estão unidos por uma cápsula articular,
pelos ligamentos que a reforçam e pelos músculos péri-articulares.
247
da cavidade glenoideia, a cápsula articular une-se ao tendão da longa porção do
músculo bicípete braquial.
248
- ligamento gleno-umeral inferior: reforça a parte inferior da cápsula articular.
Insere-se no debrum glenoideu e no colo da omoplata, desde a chanfradura
glenoideia até à cavidade glenoideia, e termina no úmero, abaixo do troquino.
249
Ligamento umeral transverso: o tendão da longa porção do músculo bicípete
braquial sai da articulação por um orifício compreendido no afastamento dos feixes
troquiteriano e troquiniano do ligamento córaco-umeral, encaixando-se na goteira
bicipital que se transforma num canal ósteo-fibroso, por meio do ligamento umeral
transverso.
Sinovial: reveste a face profunda da cápsula articular. Envolve por completo o tendão
da longa porção do músculo bicípete braquial.
250
Bolsas serosas péri-articulares: existem algumas bolsas serosas entre a cápsula
articular e os músculos péri-articulares.
1. flexão e extensão
2. abdução e adução
3. rotação interna e externa
4. circundução
251
Movimentos de báscula, associados ao movimento de abdução do braço,
deslocando o ângulo inferior da omoplata para fora, provocam a elevação da
cavidade glenoideia, permitindo que o úmero se eleve acima da horizontal.
1. Flexão e extensão:
A flexão projeta o braço para a frente e envolve 3 tempos:
1ºtempo (0º-60º): limitado pela tensão do ligamento córaco-umeral, da cápsula
articular e dos músculos córaco-braquial, pequeno redondo, grande redondo e infra-
escapular.
A extensão projeta o braço para trás e a omoplata báscula para trás e para dentro.
É limitada pela tensão dos ligamentos acrómio-clavicular e gleno-umerais. É de
pequena amplitude.
252
- infra-escapular
- grande peitoral
- longa porção do bicípete braquial.
É limitada pela coifa dos rotadores.
Articulação do Cotovelo
Superfícies articulares:
253
Superfícies articulares da extremidade superior do cúbito:
Grande cavidade sigmoideia – articula-se com a tróclea umeral e apresenta 2
facetas revestidas por cartilagem. A faceta anterior ocupa a face superior da
apófise coronoideia. A faceta posterior é formada pela face anterior do olecrânio.
Meios de união: as superfícies articulares do cotovelo são mantidas por uma cápsula
articular e 5 ligamentos de reforço, que são espessamentos da cápsula:
Ligamento anterior
Ligamento lateral interno
Ligamento lateral externo
Ligamento posterior
Ligamento inferior
254
Cápsula articular: estende-se desde o úmero até aos 2 ossos do antebraço.
Apresenta 2 inserções:
255
Feixe anterior: desde a parte ântero-inferior da epitróclea à parte ântero-interna
da apófise coronoideia.
Feixe médio: desde o bordo inferior da epitróclea ao tubérculo coronoideu da
face interna da apófise coronoideia.
Feixe posterior ou ligamento de Bardinet: desde a parte póstero-inferior da
epitróclea até à face interna do olecrânio.
256
Ligamento posterior: é pouco desenvolvido. Apresenta 3 tipos de feixes: os
feixes úmero-olecranianos, os feixes úmero-umerais e os feixes úmero-
olecraniano verticais.
257
Fibras rádio-cubitais, na zona média do ligamento
Fibras transversais, constituem um feixe do ligamento anular do rádio que não
possui inserção cubital. Estende-se desde a extremidade anterior até à
extremidade posterior deste ligamento e passa na parte interna do
ligamento quadrado de Denucé. Ao longo deste ligamento, observam-se
prolongamentos finos da sinovial, que constituem a franja adiposa linear.
As fibras do ligamento anular do rádio formando os bordos anterior e posterior
do ligamento quadrado de Denucé.
258
Existe ainda uma franja de sinovial, a franja falciforme, entre o côndilo umeral e a
cabeça do rádio.
Flexão/extensão:
Classificação: trocartrose.
Superfícies articulares:
259
Meios de união: compreendem um ligamento triangular e uma cápusla articular
reforçada por ligamentos.
Ligamento triangular: é
uma lâmina fibrocartilagínea que
se estende desde a cavidadade
sigmoideia até à cabeça do
cúbito. Apresenta 2 faces: uma
face superior relacionada com a
faceta inferior da cabeça do
cúbito e uma face inferior que
repousa sobre o semilunar e o
piramidal.
260
Os movimentos de pronação e supinação são limitados pelo ligamento quadrado de
Denucé. O movimento de supinação é ainda limitado pelo ligamento rádio-cubital
anterior da articulação rádio-cubital inferior. Os músculos supinadores são: bicípete
braquial, curto supinador e longo supinador.
261
Articulação do Punho ou Rádio-cárpica
262
Ligamento posterior: estende-se desde o bordo posterior da superfície articular do
rádio até à face posterior do piramidal – LIGAMENTO PRONADOR.
263
Articulações Cárpicas
Articulações Pró-cárpicas
264
Articulações Mesocárpicas:
(planas e recobertas
por fina camada de
cartilagem)
265
Articulação Médio-cárpica
266
TODAS as articulações cárpicas, EXCETO a articulação piso-piramidal,
possuem uma sinovial comum!
flexão e extensão
abdução e adução
circundução
rotação (muito limitados)
267
Articulações Intermetacárpicas
Classificação: enartroses
268
As superfícies articulares estão revestidas por cartilagem. Não se correspondem em
toda a sua extensão. Assim, uma fibrocartilagem prolonga para cima a parte anterior
desta cavidade, fixando-se na face palmar e na porção vizinha das faces laterais da
extremidade superior da 1ªfalande. A fibrocartilagem glenoideia está separada da
superfície glenoideia por um sulco estreito revestido por um prolongamento de sinovial.
Na sua face anterior, passam os tendões dos músculos flexores dos dedos.
Meios de união: apresentam uma cápsula articular e ligamentos laterais. Para além
disso, as articulações metacárpico-falângicas dos 4 últimos dedos estão unidas entre si
por um ligamento comum intercárpico palmar.
Cápsula articular: fina e muito laxa. Insere -se na face dorsal da articulação, perto
do revestimento cartilagíneo.
269
Articulações Metacárpico-falângica do 1ºdedo
flexão/extensão
lateralidade
circundução
movimentos passivos de rotação
O movimento de flexão é limitado pela tensão dos tendões dos músculos extensores
dos dedos; o movimento de extensão é limitado pela tensão dos tendões dos
músculos flexores dos dedos e das fibrocartilagens glenoideias. Os movimentos de
flexão e extensão realizados por um só dedo têm menor amplitude do que se forem
realizados simultaneamente com os dedos vizinhos. Nestes casos, o limite do
movimento deve-se à tensão do ligamento transverso intercárpico.
270
Articulações Interfalângicas
Na face dorsal, passam os feixes dos músculos extensores comuns dos dedos; na face
palmar, passam os feixes dos músculos flexores comuns dos dedos e flexores próprios
dos dedos.
271
Mecanismo das articulações interfalângicas: apenas realizam movimentos de
flexão/extensão e movimentos de lateralidade muito limitados. O movimento de flexão
é limitado pela tensão dos músculos extensores dos dedos e o movimento de extensão
é limitado pela parte palmar da cápsula articular e pela bainha fibrosa dos tendões dos
músculos flexores dos dedos.
Movimentos do 1ºdedo
272
4.3. Miologia do Membro Superior
273
Músculos da Espádua
Dividem-se em quatro grupos: anterior, posterior, interno e externo.
274
Grupo anterior:
. Plano profundo:
275
. Plano superficial:
Grupo posterior:
276
Músculo supra-espinhoso – insere-se na porção interna da fossa supra-espinhosa
da omoplata, bem como na aponevrose que a recobre. Passa inferiormente à
articulação acrómio-clavicular e ao ligamento acrómio-coracoideu e superiormente à
articulação escápulo-umeral.
277
Músculo pequeno redondo – insere-se na
porção externa da fossa infra-espinhosa
da omoplata, da porção inferior da
aponevrose que o recobre, bem como dos
septos fibrosos que o separam dos
músculos infra-espinhoso e grande
redondo. Passa posteriormente à articulação
escápulo-umeral e insere-se então na faceta
inferior do troquíter do úmero.
Apresenta idênticas ações às do músculo
infra-espinhoso.
278
Este espaço é atravessado pelo tendão da longa porção do tricípite braquial, que
o divide em triângulo omo-tricipital (internamente) e quadrilátero úmero-
tricipital.
Triângulo omo-tricipital: limitado superiormente pelo músculo pequeno
redondo, inferiormente pelo músculo grande redondo e externamente pelo
tendão da longa porção do tricípete braquial. É atravessado pela artéria scapular
inferior e veias satellite.
279
**NOTA: algumas fontes bibliográficas apenas consideram como pertencentes à coifa
dos rotadores os 3 músculos extensores e rotadores externos: supra-espinhoso,
infra-espinhoso e pequeno redondo.
Grupo interno
Músculo grande dentado – insere-se nas primeiras dez costelas, apresentando três
porções: porção superior ou primeira porção (bordo externo da primeira
costela, face externa da segunda e arco aponevrótico intermédio a estas
inserções, terminando depois no ângulo súpero-interno da face anterior da
omoplata); porção média ou segunda porção (insere-se nas faces externas das
segunda, terceira e quarta costelas, inserindo-se depois no bordo espinhal da
omoplata); e porção inferior ou terceira porção (insere-se na face externa
desde a quinta à décima costelas, fixando-se depois no ângulo inferior da face
anterior da omoplata).
Este músculo está separado da parede torácica por um espaço celular que funciona
como uma superfície de deslizamento, sobre a qual se movimenta a omoplata sobre o
tórax. Mantém a omoplata aplicada sobre o tórax, sendo que quando toma por
ponto fixo a parede torácica, desloca a omoplata para a frente e para fora,
elevando o ombro, ou seja, constitui o movimento de báscula da omoplata.
280
Grupo externo
281
Músculos do Braço
Grupo anterior Grupo posterior
Músculo córaco-braquial Músculo tricípete braquial
(plano profundo)
Músculo braquial (plano profundo)
Músculo bicípete braquial
(plano superficial)
Grupo anterior
Plano profundo:
282
Músculo braquial anterior – insere-se no bordo anterior, bem
como nas faces interna e externa do úmero e da face
anterior dos septos intermusculares interno e externo do
braço, inserindo-se depois na face inferior da apófise
coronoideia do cúbito. Realiza a flexão do antebraço sobre
o braço. Recebe ramos provenientes do nervo músculo-
cutâneo, bem como do nervo radial.
Plano superficial:
Músculo bicípete braquial – a sua curta porção insere-se, por um tendão comum com
o músculo córaco-braquial, no vértice da apófise coracoideia. A sua longa porção
insere-se na porção superior do debrum glenoideu e no rebordo da cavidade
glenoideia da omoplata, sendo que percorre depois a
goteira bicipital do úmero, onde é recoberta pelo
ligamento umeral transverso.
283
Grupo posterior
Nota: existe uma mnemónica para os músculos que se inserem na goteira bicipital do
úmero: GRANDE P* DO ROUVIÈRE (grande peitoral; grande dorsal e grande
redondo).
284
Músculos do Antebraço
Anterior Externo Posterior
Músculo quadrado pronador Músculo curto supinador Músculo longo abdutor do
(plano profundo ou do 1º dedo (plano profundo)
quadrado pronador)
Músculo flexor comum Músculo curto radial Músculo curto extensor do
profundo dos dedos (plano dos 1º dedo (plano profundo)
flexores profundos)
Músculos lumbricais ou Músculo longo radial Músculo longo extensor do
lumbricóides (plano dos 1º dedo (plano profundo)
flexores profundos)
Músculo longo flexor do 1º Músculo longo supinador Músculo extensor próprio
dedo (plano dos flexores do 2º dedo (plano
profundos) profundo)
Músculo flexor comum Músculo extensor comum
superficial dos dedos (plano do dos dedos (plano
flexor comum superficial dos superficial)
dedos)
Músculo redondo pronador Músculo extensor próprio
(plano dos epitrocleares do 5º dedo (plano
superficiais) superficial)
Músculo grande palmar (plano Músculo cubital posterior
dos epitrocleares superficiais) (plano superficial)
Músculo cubital anterior (plano Músculo ancóneo (plano
dos epitrocleares superficiais) superficial)
Músculo pequeno palmar
(plano dos epitrocleares
superficiais)
Grupo anterior
Plano profundo:
285
Plano dos músculos flexores profundos:
Músculo flexor comum profundo dos dedos – insere-se na
porção superior das faces anterior e interna do cúbito,
nas faces interna e anterior da apófise coronoideia, na
aponevrose tendinosa que o recobre, na face anterior do
ligamento interósseo e no bordo interósseo do rádio. O
músculo divide-se depois em quatro feixes musculares, que
passam anteriormente ao músculo quadrado pronador e que
terminam por quatro tendões perfurantes, que atravessam o
canal cárpico. Vão então inserir-se nos últimos quatro dedos,
nomeadamente na face anterior da base da 3ª falange.
Realiza a flexão da 3ª falange sobre a 2ª, bem como da
2ª sobre a 1ª e da 1ª sobre o metacarpo.
Realiza ainda a flexão da mão sobre o antebraço.
Recebe inervação do nervo mediano e os seus feixes mais
internos são inervados pelo nervo cubital.
286
Músculo longo flexor do 1º dedo – insere-se na face anterior do
rádio, desde a tuberosidade bicipital até ao músculo quadrado
pronador e na face externa da apófise coronoideia. Aos feixes
musculares segue-se um longo tendão, que atravessa o canal
cárpico, reflectindo-se sobre o osso trapézio e fixando-se na
face anterior na base da 2ª falange do 1º dedo. Flexiona a
2ª falange sobre a 1ª e a 1ª sobre o 1º osso metacárpico.
Recebe inervação do nervo mediano do plexo braquial.
Músculo flexor comum superficial dos dedos – insere-se por dois feixes: feixe úmero-
cubital (insere-se na face anterior da epitróclea,
pelo feixe comum dos músculos epitrocleares, na
apófise coronoideia e nos septos tendinosos
intermusculares) e feixe radial (insere-se no bordo
anterior do rádio). Os dois feixes, quando se unem,
formam uma arcada atravessada pela artéria cubital e
pelo nervo mediano.
A massa muscular desce anteriormente aos músculos
flexor comum profundo dos dedos e longo flexor do 1º
dedo, dividindo-se depois em quatro tendões, que
atravessam o canal cárpico, sendo que na palma da
mão cada tendão recobre o tendão do músculo flexor
comum profundo dos dedos, dividindo-se em duas
porções, que se inserem nos bordos externo e
interno da 2ª falange.
Realiza a flexão da 2ª falange sobre a 1ª, bem
como da 1ª falange sobre o metacarpo e da mão
sobre o antebraço. Recebe inervação do nervo
mediano, ramo do plexo braquial.
287
Plano dos músculos epitrocleares superficiais:
288
Músculo pequeno palmar – insere-se na epitróclea, internamente ao músculo grande
palmar, nos septos fibrosos que o separam externamente do grande palmar,
internamente do cubital anterior e
posteriormente do flexor comum superficial
dos dedos.
Continua-se por um tendão que se estende
anteriormente ao ligamento anular anterior do
carpo, continuando-se com a aponevrose palmar
superficial.
Flexiona a mão.
Recebe inervação do nervo mediano.
Músculo cubital anterior – fixa-se por dois feixes: o feixe umeral (insere-
se no vértice e no bordo inferior da epitróclea, pelo tendão comum
dos músculos epitrocleares e nos septos fibrosos que o separam
externamente do pequeno palmar e do músculo comum superficial
dos dedos) e o feixe cubital (que se insere no bordo interno do
olecrânio, na apófise coronoideia e na porção superior do bordo
posterior do cúbito).
Os dois feixes unem-se, formando com a goteira epitrócleo-olecraniana
um espaço onde passa o nervo cubital.
Termina por um tendão que se insere na face anterior do pisiforme.
É flexor e adutor da mão.
É inervado pelo nervo cubital, ramo do plexo braquial.
Grupo externo
Músculo curto supinador – insere-se por dois feixes: o feixe superficial (insere-se no
vértice do epicôndilo e na crista que delimita posteriormente a superfície
triangular infra-sigmoideia do cúbito) e o feixe profundo (que se insere na face
anterior do epicôndilo, na superfície triangular infra-sigmoideia do cúbito e na
aponevrose de origem do feixe superficial). O feixe superficial acaba por fixar-se
na face anterior do rádio. As fibras de origem epicondiliana do feixe profundo
inserem-se no colo do rádio, superiormente à tuberosidade bicipital.
289
As fibras cubitais do feixe profundo inserem-se
nas faces anterior e externa do rádio,
externamente à tuberosidade bicipital.
Ambos os feixes deste músculo estão separados
por um interstício onde passa o ramo posterior
do nervo radial, ramo do plexo braquial.
Este nervo caminha entre os dois feixes e separa-
se do músculo ao alcançar o bordo inferior do
feixe superficial. Realiza a supinação do
antebraço. É atravessado pelo ramo terminal
posterior do nervo radial.
290
É extensor e abdutor da mão. Rcebe inervação do nervo radial, ramo do plexo
braquial.
Grupo posterior
Plano profundo:
291
face externa da extremidade inferior do rádio, à frente do canal dos músculos
radiais. Insere-se por fim na face externa da base do 1º osso metacárpico,
enviando uma expansão tendinosa à aponevrose palmar externa. Realiza a abdução
do 1º dedo.
Recebe inervação dos ramos anteriores provenientes do ramo terminal
posterior do nervo radial.
292
Músculo extensor próprio do 2º dedo – insere-se na face
posterior do cúbito, infero-internamente ao músculo longo
extensor do 1º dedo, no ligamento interósseo do antebraço e
no septo fibroso que o separa do músculo longo extensor
do 1º dedo. O corpo muscular continua-se por um tendão que se
aloja numa bainha ósteo-fibrosa da extremidade inferior do rádio,
por onde passam também os músculos extensor comum dos
dedos. O tendão continua-se na face dorsal do carpo e termina na
articulação metacárpico-falângica do 2º dedo, unindo-se ao
tendão correspondente do músculo extensor comum dos dedos.
É extensor do 2º dedo.
É inervado pelos ramos anteriores do ramo terminal
posterior do nervo radial.
Plano superficial:
293
Ao nível da face dorsal da 1ª falange, cada tendão divide-se em três lamelas
tendinosas: uma média, que se insere na face posterior da base da 2ª falange e
duas laterais, que se inserem na base da face posterior da 3ª falange.
Realiza a extensão das 2ª e 3ª falanges sobre a 1ª, da 1ª sobre o metacarpo e
da mão sobre o antebraço.
É inervado pelos ramos posteriores do ramo terminal posterior do nervo radial.
294
Músculo ancóneo – insere-se no vértice e na face posterior do
epicôndilo, por um tendão próprio. As fibras musculares cobrem a
articulação úmero-radial e a porção posterior do músculo curto supinador.
Insere-se na face lateral externa do olecrânio e no terço superior da
face posterior do cúbito.
É extensor do antebraço.
Recebe inervação do nervo ancóneo.
Mnemónicas:
Músculos epicondilianos:
Segundo Robin, Exterminador (de) Capitalistas Exemplar, Portugal (foi) Corrompido Por
Cavaco Silva.
(Segundo Radial (curto radial); Extensor Comum dos dedos; Extensor Próprio do 5º
dedo; Cubital Posterior; Curto Supinador)
Músculos epitrocleares:
(Redondo Pronador; Grande Palmar; Pequeno Palmar; Cubital Anterior; Flexor comum
Superficial dos dedos)
Censura Salazarista Corta Rédeas (a) Livros Rebeldes (de) Loucos Surrealistas.
295
Músculos da Mão
Grupo Médio
296
Músculos interósseos palmares – cada um destes
músculos insere-se na metade anterior da face
interna ou externa do osso metacárpico que
se encontra mais longe do eixo da mão.
Como só se inserem apenas num osso metacárpico,
o 3º não apresenta músculo interósseo palmar.
O 1º interósseo palmar apresenta uma inserção
particular: insere-se na porção superior do 1º
osso metacárpico, na base do 2º metacárpico
e de uma arcada fibrosa que se estende entre o
1º osso metacárpico e o osso trapézio.
Também continuam por um tendão que divide em
dois feixes, um superficial e outro profundo.
297
metacárpico-falângicas e na aponevrose palmar
profunda, ao nível do 3º espaço interósseo metacárpico.
É adutor do 1º dedo.
Como resultado da união dos dois feixes forma-se uma goteira onde
repousa o tendão do músculo longo flexor do 1º dedo.
Insere-se depois no osso sesamóide externo, no tubérculo lateral externo da
extremidade superior da 1ª falange do 1º dedo.
298
Músculo oponente do 1º dedo – insere-se no tubérculo do
trapézio e na face anterior do ligamento anular anterior
do carpo.
Cobre o 1º osso metacárpico e termina na face anterior
deste.
Desloca o 1º osso metacárpico para a frente e para
dentro.
299
superior da 1ª falange do 5º dedo, no ligamento glenoideiu e no osso
sesamóide.
300
Aponevroses do Membro Superior
Aponevroses musculares:
301
Aponevrose dos músculos infra-espinhoso, pequeno redondo e grande redondo – adere
a estes músculos e é composta de várias fibras entrecruzadas.
A base da cavidade axilar é encerrada por duas lâminas aponevróticas, uma superficial
e outra profunda.
302
Aponevrose braquial:
Aponevrose do antebraquial:
303
outra externa (que se fixa no bordo posterior do rádio), que, em conjunto com o cúbito,
o rádio e o ligamento interósseo, dividem o antebraço em região anterior e região
posterior.
Aponevroses palmares
Aponevrose palmar média – a sua base corresponde às raízes dos quatro últimos dedos
e o seu vértice corresponde ao tendão do músculo pequeno palmar. Cobre o ligamento
anular anterior do carpo, os tendões dos músculos flexores dos dedos e os vasos e
nervos da face palmar da mão. Continua-se com as aponevroses das eminências tenar
e hipotenar. Apresenta fibras longitudinais, que são a continuação do tendão do
músculo pequeno palmar e do ligamento anular anterior do carpo e que irradiam em
direcção aos quatro últimos dedos, e fibras transversais, que são cobertas pelas
longitudinais e que constituem os ligamentos transverso superficial (estende-se desde a
face externa do 2º osso metacárpico até à face interna do 5º osso metacárpico) e inter-
digital (situado anteriormente à base das primeiras falanges).
Cobre a face palmar dos músculos interósseos. Anteriormente à cabeça dos ossos
metacárpicos, forma o ligamento transverso profundo, que se estende desde o 2º ao 5º
ossos metacárpicos, anteriormente às articulações metacárpico-falângicas.
Aponevroses dorsais:
304
4.4. Angiologia do Membro Superior
305
Artérias do Membro Superior
ARTÉRIA AXILAR
306
A artéria axilar é acompanhada em toda a sua extensão pela veia axilar e pelos
ramos principais do plexo braquial:
Quando o plexo braquial entra na região axilar, é constituído por 3 feixes que são
externos à artéria.
RAMOS COLATERAIS: a artéria axilar dá 6 ramos colaterais (de SUP para INF),
agrupados em 4 grupos.
307
Artéria torácica superior: nasce da face anterior da artéria axilar, perto do
bordo inferior do músculo subclávio, atravessa a aponevrose clavi-peitoral e
distribui-se aos músculos peitorais e da região mamária.
308
Artéria circunflexa posterior do úmero: nasce da face posterior da artéria
axilar. Atravessa o quadrilátero úmero-tricipital*, alcançando o músculo
deltóide que irriga. Ao longo do seu trajeto é acompanhada por uma veia
satélite e pelo nervo axilar, superior aos vasos circunflexos posteriores.
309
ARTÉRIA UMERAL OU BRAQUIAL
RELAÇÕES:
No braço, relaciona-se:
Ao longo do seu trajeto, a artéria é acompanhada por duas veias satélites: uma
interna e uma externa. Na entrada da região braquial anterior, relaciona-se ainda com
os ramos terminais do plexo braquial:
310
O nervo cubital separa-se da artéria e penetra na região braquial posterior.
O nervo radial passa para a região braquial posterior, pelo espaço úmero-
tricipital.
O nervo braquial cutâneo interno é anterior ao nervo cubital,
atravessando a aponevrose braquial.
O nervo mediano é, portanto, o único que segue acompanhado pela artéria
braquial até ao cotovelo. Cruza a artéria, pela sua face anterior.
311
Artéria umeral profunda: é o ramo mais importante da artéria braquial. Nasce
perto da extremidade superior da artéria braquial e atravessa o espaço úmero-
tricipital, acompanhada do nervo radial, inferior e interno à artéria. Dá ramos
ao tricípete braquial e ao vasto interno. Alcança o bordo externo do úmero,
dividindo-se em 2 ramos: um ramo anterior e um ramo posterior. O ramo
anterior caminha na goteira bicipital externa. O ramo posterior descende
na espessura do vasto externo.
312
ARTÉRIA RADIAL
RELAÇÕES:
No antebraço, relaciona-se:
313
RAMOS COLATERAIS: a artéria radial dá vários pequenos ramos para o rádio, os
músculos que o cercam e os tegumentos da região externa do antebraço. Os ramos
mais importantes são:
314
Artéria dorsal do 1ºdedo: nasce da artéria braquial, inferiormente aos
tendões reunidos dos músculos longo abdutor e curto extensor do 1ºdedo.
315
ARTÉRIA CUBITAL
RELAÇÕES:
316
No punho, a artéria passa externamente ao pisiforme, sobre a face anterior do
retinaculum dos flexores. Está, pois, contida num canal ósteo-fibroso, denominado
Canal de Guyon formado:
317
Artéria cúbito-palmar: nasce da artéria cubital, ao nível da extremidade
inferior do osso pisiforme, externamente a este. Alcança a face palmar da mão,
onde se anastomose com a artéria radial, formando a arcada palmar
profunda. Dá ramos para os músculos da eminência hipotenar.
318
ARCADAS PALMARES
As arcadas arteriais são formadas pelas anastomoses que unem, na palma da mão, as
artérias radial e cubital. São 2: uma superficial e uma profunda.
319
ARCADA PALMAR PROFUNDA: é formada pela anastomose da artéria radial com a
artéria cúbito-palmar, ramo da artéria cubital. Situa-se anteriormente à extremidade
superior do corpo dos metacárpicos, e atrás dos tendões flexores dos dedos e da
aponevrose palmar profunda.
Dá origem a:
320
Veias do Membro Superior
VEIAS PROFUNDAS:
Acompanham as artérias e tomam o mesmo nome que elas. São 2 por cada artéria,
com exceção da artéria axilar que apresenta um só tronco venoso, a veia axilar.
VEIAS SUPERFICIAIS:
321
mão e anastomosam-se ao formar uma arcada venosa dorsal. Nas
extremidades da arcada venosa dorsal drenam 2 outras veias: a veia
cefálica do 1ºdedo, que vem da face externa do 1ºdedo, e a veia
metacárpica dorsal do 5ºdedo, que vem da face interna do 5ºdedo.
Veias Palmares: a rede palmar drena na rede dorsal dos dedos e da mão.
322
As veias cefálica do antebraço, mediana cefálica, mediana basílica e basílica
do antebraço formam um “M” na prega do cotovelo, chamada “M” venoso.
323
Linfáticos do Membro Superior
Sistema Superficial:
Sistema Profundo:
324
Grupo posterior ou infraescapular: localiza-se contra a omoplata junto
aos vasos escapulares posteriores e recebe a linfa da parte inferior da nuca,
da parede posterior do dorso e da região escapular.
325
5. MEMBRO INFERIOR
5.1. Osteologia do Membro Inferior
326
O esqueleto do membro inferior é constituído por:
FÉMUR
É um osso longo
É um osso par
1. Corpo
327
Bordos laterias: um interno e outro externo, e confundem-se com as faces que
delimitam.
Apresenta 3 porções:
328
Ramo externo ou crista do grande glúteo, dirige-se para o grande trocânter e
nele inserem-se os músculos grande glúteo e grande adutor.
Por vezes, encontra-se uma quarta crista de divisão, por fora do ramo médio e designa-
se por crista do pequeno adutor, onde se insere o músculo pequeno adutor.
ESCAVADO POPLITEU
Limites:
Artéria Popliteia
Veia popliteia
Nervo ciático popliteu interno
Nervo ciático popliteu externo
329
2. Extremidade Superior:
Apresenta 4 porções: cabeça do fémur, grande trocânter, pequeno trocânter e cólo
do fémur.
Cabeça do fémur-> lisa e esférica, circinscrita por uma linha sinuosa. Apresenta uma
depressão, a fosseta do ligamento redondo, onse se insere o ligamento redondo.
330
Grande trocânter -> eminência quadrangular anterior que apresenta 2 faces e 4
bordos.
Face externa: percorrida pela crista de inserção do músculo médio
glúteo.
Face interna: apresenta a fosseta digital onde se insere o músculo
obturador externo. Superiormente a esta fosseta insere-se o músculo
obturador interno e os músculos gémeos.
Bordo inferior: apresenta a crista do vasto externo
Bordo superior: dá inserção ao músculo piramidal
Bordo anterior: também denominado face anterior, dá inserção ao músculo
pequeno glúteo. No seu ângulo súpero-interno encontra-se uma pequena
saliência, o tubérculo pré-trocanteriano.
Bordo posterior: continua-se com a crista intertrocanteriana posterior.
O grande trocânter e o pequeno trocânter estão unidos nas faces anterior e posterior
por duas cristas rugosas, as linhas intertrocanterianas anterior e posterior.
Cólo do Fémur -> estende-se desde a cabeça do fémur aos trocânteres e às linhas
intertrocanterianas anterior e posterior.
331
A face anterior apresenta a impressão ilíaca e resulta da pressão exercidade neste
ponto, na posição de sentado, pelo debrum cotiloideu da articulação coxo femoral.
3. Extremidade Inferior
Os côndilos femorais apresentam uma face inferior, uma face posterior e 2 laterais.
332
Face inferior e posterior:
Ocupadas por uma superfície articular que se relaciona com a rótula e com a tíbia.
Distinguem-se duas partes: anteriormente, a tróclea femoral; posteriormente, as
superfícies condilianas propriamente ditas.
A tróclea femoral está separada das superfícies condilianas propriamente ditas por duas
depressões, as ranhuras côndilo-trocleares, que se estendem desde o bordo lateral
de cada côndilo femoral até à extremidade anterior da chanfradura intercondiliana. A
tróclea femoral articula-se com a face posterior da rótula.
A extremidade inferior do fémur apresenta ainda, na sua face posterior, por cima dos
côndilos femorais, os tubérculos supra-condilianos externo e interno, que dão
inserção a alguns feixes dos músculos gémos, podendo não existir.
Faces Laterais:
333
No côndilo externo, pode observar-se:
334
RÓTULA
É um osso sesamóide (pois desenvolve-se no tendão do músculo quadricípede
femoral)
É um osso par
Face anterior: convexa, apresenta orifícios por onde passam os feixes do tendão do
músculo quadricípede femoral.
Face posterior: compreende 2 partes, uma superior, articular e outra inferior. A parte
superior articula-se com a tróclea femoral. A parte inferior é rugosa e crivada,
apresentando orifícios onde se inserem os ligamentos adiposos do joelho.
Bordos laterais: sobre cada um deles insere-se o músculo vasto e a asa rotuliana
correspondes.
335
TÍBIA
É um osso longo
É um osso par
1. Corpo
PATA DE GANSO
336
Face externa: na metade superior, insere-se o músculo tibial anterior.
Face posterior: na porção superior, apresenta a linha oblíqua da tíbia, onde se insere o
músculo solhar. Superiormente à linha, insere-se o músculo popliteu. Inferiormente
à linha, inserem-se os músculos tibial posterior e flexor comum dos dedos e
encontra-se o buraco nutritivo do osso.
337
2. Extremidade inferior:
Face anterior: continua a face externa do corpo da tíbia. No limite inferior, insere-se a
cápscula articular da articulação tíbio-társica.
3. Extremidade Superior:
Tuberosidade externa:
338
Anteriormente, apresenta o tubérculo de Gerdy ou tibial anterior, que dá
inserção aos músculos tibial anterior e ao tensor da fáscia lata.
Cavidades Glenoideias:
339
o Porção pré-espinhal e retro-espinhal, onde se inserem os
ligamentos cruzados e as fibrocartilagens semilunares da
articulação do joelho;
340
PERÓNIO
É um osso longo
É um osso par
1. Corpo
É uma saliência cónica de base superior, cujo vértice truncado se continua com o
corpo do perónio, por uma parte mais estreita, o colo.
A face superior ou base apresenta, na sua parte interna, uma superfície articular,
que se articula com a superfície peroneal da extremidade superior da tíbia.
341
Da superfície articular, estende-se a apófise estiloideia, onde se inserem o
tendão do músculo bicípede crural e o ligamento lateral externo curto da
articulação do joelho.
342
3. Extremidade Inferior
343
ESQUELETO DO PÉ
1. Tarso
Estes sete ossos estão agrupados de maneira a formar uma arcada côncava
para baixo que permite a sustentação e a distribuição do peso do corpo.
Astrágalo
É um osso cuboide;
É um osso par;
344
Constitui o vértice da abóbada társica e articula-se superiormente com os ossos
da perna, a tíbia e o perónio, e inferiormente com o calcâneo. Anteriormente
articula-se com o escafóide.
Orientação: A faceta articular em forma de roldana é superior. A porção mais
volumosa do osso, em forma de cabeça é anterior. A superfície articular em
forma de vírgula é interna.
Apresenta seis faces; uma superior, uma inferior, uma externa, uma interna,
uma anterior e por fim, uma posterior.
345
Face externa: apresenta uma superfície articular lisa e triangular, a faceta
peroneal ou maleolar externa para se articular com o maléolo externo do
perónio.
346
Calcâneo
É um osso curto
É um osso par.
Localiza-se inferiormente ao astrágalo, na região posterior e inferior do pé.
Orientação: A extremidade mais volumosa do osso, não articular, é posterior.
Nesta extremidade, existem duas saliências que são inferiores. Destas duas
saliências, a maior é interna.
É o osso mais volumoso do tarso e apresenta 6 faces (superior, inferior, interna,
externa, anterior e posterior)
347
Face posterior: dá inserção ao tendão de Aquiles.
Cubóide
Escafóide
3 Cuneiforemes
2. Metatarso
É formado por 5 ossos longos (de interno para externo: 1º metatarso, 2º metatarso,
3º metararso, 4º metatarso e 5º metatarso) que se articulam, posteriormente, com os
ossos da fileira anterior do tarso e, anteriormente, com as falanges.
348
3. Falanges: são 3 em cada dedo, com exceção do 1º dedo que tem apenas 2
falanges. As falanges designam-se 1ª,2ª e 3ª falange, desde o metatarso até à
extremidade dos dedos.
4. Ossos Sesamóides
São ossos alojados em tendões e cápsulas articulares, que lhes fornecem apoio
extra e reduzem a pressão sobre os restantes tecidos.
Estes ossos surgem na face plantar do pé. Dois deles são constantes e
localizam-se na face anterior da 1ª articulação metatársico-falângica, nas
depressões existentes na face plantar da cabeça do 1º osso metatársico.
349
5.2. Artrologia do Membro Inferior
350
Articulação Coxo-femoral ou articulação da anca
Classificação – enartrose.
Cabeça do fémur:
Debrum cotiloideu:
352
chanfraduras ílio-púbica e ílio-isquiática,
sendo que transforma a chanfradura ísquio-
púbica em buraco ísquio-púbico. A porção
do debrum que se estende de uma
extremidade à outra da chanfradura ísquio-
púbica toma o nome de ligamento
transverso do acetábulo. Aumenta a
profundidade e a extensão da cavidade
cotiloideia, regularizando também as suas
irregularidades.
Cápsula articular:
353
Ligamentos de reforço (ílio-femoral, pubo-femoral e ísquio-femoral):
Pubo-femoral:
354
Ísquio-femoral:
Sinovial – existe.
355
Rotação: na rotação externa, a extremidade distal do pé dirige-se para fora, o
grande trocânter dirige-se para trás e o pequeno trocânter e a cabeça do fémur
para a frente, sendo que esta rotação é limitada pelo ligamento ílio-pré-
trocanteriano superior. Na rotação interna, a extremidade distal do pé dirige-se
para dentro, sendo que o grande trocânter orienta-se para a frente e o pequeno
trocânter e a cabeça do fémur para trás. Esta rotação é limitada pelo ligamento
ílio-pré-trocanteriano inferior e o ligamento ísquio-femoral.
356
Articulação do Joelho
357
Superfícies articulares – extremidade inferior do fémur, extremidade superior da
tíbia, meniscos interarticulares e rótula.
358
Meniscos interarticulares:
O menisco interno tem a forma de C muito aberto e insere-se, através do seu corno
anterior, na superfície pré-espinhal, anteriormente ao ligamento cruzado
anterior. Através do seu corno posterior, insere-se na superfície retro-espinhal,
posteriormente ao menisco externo e anteriormente ao ligamento cruzado
posterior. Geralmente, os meniscos estão unidos pelo ligamento transverso.
Rótula:
A rótula articula-se com a tróclea femoral através da sua superfície articular, que se
encontra na sua face posterior. Esta superfície é recoberta por cartilagem e apresenta
uma crista vertical, em relação com a garganta da tróclea femoral e duas
facetas laterais, que se opõem às vertentes da tróclea femoral.
359
Cápsula articular:
Ligamentos anteriores:
360
As expansões tendinosas dos músculos vasto interno e vasto externo do
quadricípede crural apresentam fibras verticais, que se dirigem até ao bordo
lateral da rótula e do tendão rotuliano e até à tíbia, e fibras oblíquas, que terminam
na tuberosidade tibial do lado oposto.
A aponevrose de inserção do
músculo tensor da fascia lata
encontra-se anteriormente às
expansões tendinosas dos
músculos vastos do quadricípede
crural e insere-se no bordo lateral
externo da rótula e na
tuberosidade externa da tíbia.
361
Ligamentos posteriores:
362
Plano fibroso posterior – situa-se posteriormente aos ligamentos cruzados e ao espaço
intercondiliano. Superiormente fixa-se na porção inferior do espaço popliteu e
inferiormente no rebordo posterior da extremidade superior da tíbia.
363
Sinovial – existe.
364
Articulação Tíbio-Peroneal Superior
Classificação – artrodia.
Ligamentos tíbio-peroneais:
São em número de dois, um anterior e outro posterior, sendo que são formados por
feixes oblíquos, que se estendem desde a tíbia até ao perónio.
Sinovial – existe.
365
Articulação Tíbio-Peroneal Inferior
Geralmente é convexa.
É formado por feixes curtos, sendo que uns são transversais, outros descem do
perónio até à tíbia e os outros estendem-se da tíbia até ao perónio.
Sinovial – existe.
366
Membrana Interóssea ou Ligamento Interósseo da Perna
É formada por fibras que se estendem desde o bordo externo ou interósseo da tíbia
até ao bordo interósseo do perónio, sendo reforçada por fibras do músculo tibial
posterior.
Na sua porção superior, confere passagem à artéria tibial anterior e inferiormente à
artéria peroneal anterior.
A sua face anterior confere inserção aos músculos tibial anterior, extensor próprio
do 1º dedo e extensor comum dos dedos.
A sua face posterior insere os músculos tibial posterior e longo flexor do 1º dedo.
A sua extremidade inferior continua-se com o ligamento interósseo da articulação
tíbio-peroneal inferior.
367
Articulação do Tornozelo ou Tíbio-Társica
Classificação: trocleartrose.
Superfícies articulares:
368
Superfície astragaliana
O astrágalo opõe às 3 paredes do encaixe tíbio-peroneal, 3 facetas articulares (uma
superior e duas laterais).
Meios de união: uma cápsula articular e dois ligamentos laterais muito fortes (externo
e interno).
Cápsula articular
369
- O feixe médio/perónio-calcaneano insere-se no bordo anterior do maléolo externo
e termina numa saliência da face externa do calcâneo.
370
Ligamento perónio-astrágalo-calcaneano
É inconstante. Resulta do espessamento da aponevrose da perna, causado pelas
trações existentes nesta região durante a flexão do pé.
Mecanismo da articulação:
371
Dorsiflexão – aproxima a face dorsal do pé da face anterior da perna. É limitado
pela tensão dos feixes posteriores dos ligamentos laterais bem como do músculo
tricípede crural.
372
Articulações do Pé
As articulações do pé compreendem:
O astrágalo e o calcâneo estão unidos por duas articulações (separadas entre si pelo
seio do tarso):
-uma posterior e independente;
-uma anterior e que comunica largamente com a articulação astrágalo-escafoideia.
Classificação: Trocartrose
Superfícies articulares:
Meios de união:
373
apófise externa do astrágalo até à face externa do calcâneo), posterior (desde
o tubérculo externo da face posterior do astrágalo até à face superior do
calcâneo) e interósseo (comum às duas articulações astrágalo-calcaneanas,
ocupandoo seio do tarso, encontra-se desde o sulco astragaliano até ao
sulcocalcaneano.
Une a primeira fileira do tarso à segunda e é formada por duas articulações distintas e
justapostas:
-a articulação astrágalo-calcâneo-escafoideia, que é interna;
-a articulação calcâneo-cuboideia, que é externa.
Articulação astrágalo-calcâneo-escafoideia
Classificação: Enartrose
Superfícies articulares:
Meios de união:
374
interósseo (localiza-se atrás da articulação astrágalo-calcaneana anterior) e o ligamento
calcâneo escafoideu externo (faz parte do ligamento em Y. Insere-se posteriormente na
face dorsal da grande apófise do calcâneo e divide-se em dois feixes: um feixe externo
que se insere no osso cuboide e um feixe interno que se insere ao longo da superfície
articular do osso escafóide)
Articulação calcâneo-cuboideia
Classificação:Efipiartrose
Superfícies articulares:
Meios de união:
Movimentos de torção do pé para dentro e para fora, que são executados segundo um
eixo oblíquo, dirigido para trás, fora e baixo e que se estende desde o colo do astrágalo
até à tuberosidade externa do calcâneo.
375
O movimento de torção externa do pé, ou eversão, resulta na face plantar do pé a
olhar para fora, para baixo e para trás.
Articulações escáfo-cuboideias
Articulações escáfo-cuneanas
Os meios de união compreendem uma cápsula articular fina e reforçada por ligamentos
dorsais (que se inserem no bordo superior do escafóide até aos 3 ossos cuneiformes) e
plantares (que se inserem no tubérculo do escafóide e na sua face plantar até à face
plantar dos ossos cuneiformes).
Articulações intercuneanas
Superfícies articulares:
376
-O 2º e o 3º ossos cuneiformes articulam-se por meio de duas facetas verticais.
Meios de união:
Articulações cuboido-ectocuneanas
Superfícies articulares:
377
Meios de união:
Os dois ossos estão unidos por um ligamento dorsal, um plantar e um interósseo que
reforçam a cápsula articular.
Uma série de artródias pelas quais as duas arcadas társica e metatársica se unem uma
à outra.
Superfícies articulares:
A interlinha articular estende-se desde a parte média do bordo interno do pé até à linha
média do bordo externo do pé. Descreve uma curvatura convexa anteriormente, mas
muito irregular devido ao encaixe das arcadas társica e metatársica.
Meios de união:
378
Sinoviais:
Cada uma das 3 articulações que constituem a articulação de Lisfranc possui uma
sinovial que reveste a face profunda das cápsulas articulares.
Articulações intermetatársicas
Classificação: artrodias
Superfícies articulares:
O 2º metatársico articula-se com o 3º por meio por meio de duas facetas articulares,
uma superior e uma inferior. O 3º metatársico articula-se com o 4º por meio de uma
faceta ovalar. O 4º e o 5º metatársicos articulam-se por uma faceta triangular.
Meios de união:
A sinovial de cada uma das articulações reveste a face profunda das cápsulas
articulares.
379
5.3. Miologia do Membro Inferior
380
Músculos da Bacia
Músculo Psoas-ilíaco
Permite a flexão da coxa sobre a bacia e a sua rotação externa. Se tomar como ponto
fixo o fémur, permite a flexão da coluna vertebral e da bacia e a rotação externa do
tronco.
PLANO PROFUNDO:
381
Músculo Piramidal: insere-se na face anterior do sacro e no grande trocânter
do fémur. Permite a abdução e rotação externa da coxa.
382
Músculo Obturador Externo: insere-se no púbis, no ísquion e na fosseta
trocânterica do fémur.
PLANO MÉDIO:
383
PLANO SUPERFICIAL:
Permite extensão da coxa, sua rotação externa, adução e abdução, inclinação e rotação
do tronco.
384
Músculos da Coxa
GRUPO ANTERIOR:
385
Vasto Externo Reto Anterior
Situa-se externamente ao músculo Situa-se na parte anterior e média da
crural, cobrindo-o em grande parte. coxa, anteriormente aos anteriores,
desde o ilíaco até à rótula.
Nasce de uma ampla linha de inserção,
formada de cima para baixo pela: Insere-se por dois tendões:
. crista rugosa que limita interna e . Tendão direto - insere-se na espinha
inferiormente a face anterior do grande ilíaca ântero-inferior
trocânter;
. Tendão refletido - insere-se na goteira
. crista que limita inferiormente a face situada acima do rebordo cotiloideu
externa do grande trocânter;
Estes dois tendões unem-se por uma
lâmina tendinosa.
. lábio externo da crista do grande glúteo;
A inserção inferior dá-se
. lábio externo da por uma lâmina
linha áspera tendinosa que vai
(em toda a formar os feixes
extensão da superficiais do
mesma) ligamento rotuliano
O músculo
termina numa
aponevrose
tendinosa ao
nível do bordo
lateral da rótula.
386
sinovial que reveste o interior destas bolsas. A sua função é diminuir o atrito entre
os elementos entre os quais se encontra e amortecer os traumatismos
externos.
Triângulo de Scarpa
387
O triângulo de Scarpa dá passagem aos vasos femorais, de externo para interno:
nervo femoral
artéria femoral
veia femoral
PATA DE GANSO
-Costureiro
-Recto Interno
-Semitendinoso
GRUPO INTERNO:
PLANO PROFUNDO:
388
• Porção externa - forma triangular, o seu vértice insere-se no ramo ísquio-
púbico e a sua base a toda a altura da linha áspera do femur.
PLANO MÉDIO:
PLANO SUPERFICIAL:
389
Músculo Pectíneo:
Goteira Femoral: é a goteira que dá passagem aos vasos femorais, no nível médio da
coxa. Nela está contido o segmento médio do canal femoral.
Este canal apresenta também orifício para os ramos perfurantes da artéria femoral
profunda.
390
Músculo Reto Interno:
GRUPO POSTERIOR:
Músculo Semi-Membranoso
391
Músculo Semi-Tendinoso
• Na aponevrose da perna
392
Quanto à sua ação, é um músculo flexor da perna. Quando esta está fletida, converte-
se em extensor da coxa sobre a bacia e rotador externo da perna.
Escavado Popliteu:
É limitado:
Artéria popliteu
Veia popliteia
Nervo ciático popliteu interno
Nervo ciático popliteu externo
393
Músculos da Perna
GRUPO ANTERIOR:
394
• Da tuberosidade externa e da face externa da tíbia (até ao 1/3
inferior do osso)
395
Músculo Extensor Comum dos Dedos
396
Músculo Peroneal Anterior ou 3ºPeroneal
GRUPO EXTERNO:
Dispõem-se em 2 planos:
Plano Profundo:
397
Nasce por fibras musculares:
Plano Superficial:
398
Entre as inserções da cabeça e do corpo do perónio há um espaço livre, onde se
encontra o nervo ciático popliteu externo e o nervo tibial anterior.
A inserção sobre o corpo do perónio é dividida em duas porções, uma anterior e outra
posterior, por uma banda óssea livre de inserções que corresponde ao nervo músculo
cutâneo.
GRUPO POSTERIOR:
Dispõem-se em 2 planos:
Plano profundo: músculo popliteu, músculo longo flexor comum dos dedos,
músculos lumbricais, músculo tibial posterior e músculo longo flexor próprio do
1ºdedo.
Plano superficial: músculo tricípede sural e músculo estreito plantar.
Plano Profundo:
Músculo Popliteu
399
parede lateral externa da membrana sinovial).
400
Músculos Lumbricais ou Lumbricóides
São pequenos feixes fusiformes, anexos aos tendões do músculo longo flexor
comum dos dedos. O 1º é o mais interno e o 4º é o mais externo.
Nascem do ângulo de divisão dos tendões do músculo longo flexor comum dos dedos,
inserindo-se nos dois tendões que delimitam esse ângulo (o 1º lumbrical pode inserir-se
só no bordo interno do tendão do 2º dedo). Alcançam o lado interno da articulação
metatársico-falângica correspondente, onde continuam por pequenos tendões que
se fixam na face interna da base da 1ª falange.
401
Insere-se nos 2/3 superiores da face posterior
da tíbia, na parte externa do lábio inferior da
crista oblíqua da tíbia; nos 2/3 superiores da face
interna do perónio; no ligamento interósseo
e nos septos fibrosos que o separam dos músculos
longos flexores.
Nasce:
402
Plano Superficial:
É uma massa muscular volumosa que forma o volume da barriga da perna. É formado
por 3 massas musculares que se inserem através de um tendão comum, o tendão
de Aquiles.
Solhar
Apresenta 2 feixes:
403
Gémeos
404
Músculo Estreito Plantar
405
Músculos do Pé
REGIÃO DORSAL
REGIÃO PLANTAR
GRUPO MÉDIO
406
Plano Profundo:
Plano Médio:
407
Músculo Acessório do Longo Flexor: insere-se no calcâneo e no tendão do
longo flexor comum dos dedos. É acessório na flexão dos 4 últimos dedos.
Plano Superficial:
408
GRUPO INTERNO
Plano Profundo:
Plano Superficial:
409
GRUPO EXTERNO
Plano Profundo:
Músculo Curto Flexor do 5ºDedo: insere-se no 5ºmetatarso e na 1ª falange do
5ºdedo. Permite a flexão do 5ºdedo.
Plano Superficial:
410
Aponevroses do Membro Inferior
Aponevroses da Coxa
APONEVROSE FEMORAL
A aponevrose femoral emite, pela sua face profunda, expansões que envolvem cada um
dos músculos da coxa.
411
CANAL FEMORAL
A aponevrose femoral forma, ainda, uma bainha fibrosa em torno dos vasos femorais,
constituindo o canal femoral.
• Por uma lâmina que reúne os dois bordos da goteira femoral, passando
anteriormente aos vasos femorais.
412
O orifício inferior do canal femoral é o anel do grande adutor, que se encontra
entre os feixes médio e inferior do músculo grande adutor.
Ao limite mais espesso da fascia cribiformis, que contacta com a aponevrose femoral,
chamamos ligamento de Allan Burns, que permite a passagem da veia safena
interna, sem, por isso, se tratar de um orifício, uma vez que a fascia cribiformis adere
à túnica exterior da veia safena interna, prolongando-se sobre esta.
413
De INT para EXT, passam no canal crural:
. artéria femoral
. veia femoral
. vasos linfáticos
• Parede interna: lâmina fibrosa que vai do tendão do grande adutor até à
aponevrose do vasto interno = lâmina fibrosa de Hunter, que é atravessada por
um ramo da artéria grande anastomótica, pelo nervo safeno interno e pelo ramo
femoral do nervo acessório do safeno interno.
Aponevroses da Perna
414
Aponevroses do Pé
415
Bainhas Ósteo-fibrosas e Serosas dos Tendões do Tornozelo e do Pé
416
5.4. Angiologia do Membro Inferior
417
ARTÉRIAS DO MEMBRO INFERIOR
418
Artéria Glútea Inferior: sai da bacia pela parte inferior da grande chanfradura
ciática, inferiormente ao músculo piramidal e internamente à artéria pudenda
interna. Dá um ramo ascendente inconstante, um ramo terminal inferior e
externo, para o músculo grande glúteo e um ramo terminal ínfero-interno
descendente.
Artéria Pudenda Interna: pertence à região glútea numa pequena parte do seu
trajeto. Sai da bacia pela grande chanfradura ciática, inferiormente ao
músculo piramidal e externamente à artéria glútea inferior. De seguida passa na
fossa ísquio-retal pela pequena chanfradura ciática. Dá ramos para os
músculos gémeos, piramidal e obturador interno.
419
Artéria Femoral
ORIGEM, TRAJETO e RELAÇÕES:
420
A artéria femoral é anterior à veia femoral, na porção superior do canal femoral, e
interna na porção inferior do canal.
421
Artéria profunda da coxa: nasce da face posterior da artéria femoral.
Atravessa o músculo grande adutor e dá vários ramos: artéria do músculo
quadricípede cural, artéria circunflexa interna, artéria circunflexa da coxa e
artérias perfurantes.
422
Artéria Popliteia
ORIGEM e TRAJETO: a artéria popliteia continua a artéria femoral. Estende-se desde
o anel do grande adutor até à arcada tendinosa do músculo solhar, onde se
divide na artéria tibial anterior e o troco tíbio-peroneal.
423
Artéria média do joelho: nasce da face anterior da artéria popliteia. Distribui-
se pelos elementos adiposos e ligamentos do espaço inter-condiliano.
Artérias gémeas: são 2, uma interna e uma externa. Nascem da face posterior
da artéria popliteiam ao nível da interlinha articular. Dirigem-se para os
músculos gémeos correspondentes.
REDE PERI-ROTULIANA:
424
Artéria Tibial Anterior
ORIGEM e TRAJETO: é o ramo de bifurcação anterior da artéria popliteia.
Atravessa o orifício compreendido entre a tíbia, o perónio e o bordo superior da
membrana interóssea. Depois, alcança o retinaculum dos extensores, onde passa a
chamar-se artéria dorsal do pé.
RELAÇÕES:
A artéria tibial anterior é acompanhada ao longo do seu trajeto pelo nervo tibial
anterior, que cruza a sua face anterior, de superior para inferior, e de fora para dentro.
425
Artéria recorrente tibial anterior: nasce da artéria tibial anterior depois de ela
atravessar o espaço interósseo. Dá vários ramos que constituem a rede peri-
rotuliana.
426
Artéria Dorsal do Pé
ORIGEM e TRAJETO: estende-se desde o bordo infeiror do retinaculum dos
extensores, onde continua a artéria tibial anterior até à extremidade posterior do
1ºespaço interósseo.
Artéria interóssea do 1ºespaço: nasce da artéria dorsal do pé, onde esta muda de
direlão para atravessar o primeiro espaço interósseo. Divide-se em 2 ramos um
interno e um externo.
427
Tronco Tíbio-Peroneal
ORIGEM e TRAJETO: é o ramo de bifurcação posterior da artéria popliteia.
Estende-se desde o arco tendinoso do músculo solhar, e termina após ¾ cm de trajeto,
ao se dividir nos seus 2 ramos: artérias peroneal e tibial posterior.
428
Artéria Peroneal
Estende-se desde a terminação do tronco tíbio-peroneal até à extremidade inferior da
membrana interóssea onde se divide em 2 ramos terminais: a artéria peroneal anterior
e a artéria peroneal posterior.
RAMOS TERMINAIS:
429
Artéria Tibial Posterior
Relaciona-se:
Ao nível do maléolo interno, a artéria passa pelo canal társico*, juntamente com as
veias satélites e o nervo tibial posterior, constituindo o feixe vásculo-nervoso tibial
posterior.
430
Artérias Plantares
A artéria tibial posterior divide-se no canal társico em 2 ramos terminais: as artérias
plantares externa e interna.
Mais volumosa que a interna, parece ser o prolongamento da artéria tibial posterior.
Estende-se até ao bordo externo da parte plantar do pé. Aplica-se sobre o músculo
acessório do longo flexor, e é recoberta sucessivamente pelos músculos abdutor do 1º
dedo e curto flexor dos dedos. Depois, introduz-se sob os tendões do flexor comum,
passa sobre a base dos metatársicos e sobre a extremidade posterior dos músculos
interósseos. Termina na extremidade posterior do 1º espaço interósseo.
Muito mais pequena que a externa. É recoberta pelo músculo abdutor do 1º dedo e
cruza a face inferior do tendão do longo flexor comum. Passa ao longo do lado interno
do tendão do longo flexor próprio do 1º dedo. Termina ao formar a colateral interna
do 1o dedo, ou ao se dividir em 2 ramos: um interno e um externo.
431
VEIAS DO MEMBRO INFERIOR
Dividem-se em 2 grupo: as veias tributárias da veia ilíaca interna, e as veias
propriamente ditas do membro inferior, tributárias da veia ilíaca externa.
Veia pudenda interna: surge quando a veia contorna a espinha ciática para
passar da pequena chanfradura para a grande chanfradura ciática. É externa ao
nervo, tal como a artéria.
Veia obturadora: forma-se pela reunião das veias satélites dos ramos da artéria.
No buraco ísquio-púbico é interna ao nervo.
432
VEIAS TRIBUTÁRIAS DA VEIA ILÍACA EXTERNA
Veias Profundas: são 2 por artéria, com exceção do tronco venoso tíbio-peroneal, da
veia popliteia e da veia femoral. Têm o nome da artéria que acompanham.
Rede Venosa Dorsal do Pé: destaca-se uma arcada venosa dorsal que cruza a
região metatársica e continua pelas veias marginais interna e externa.
Recebe o sangue venoso da rede superficial
dorsal, as veias dorsais dos dedos e as veias
interdigitais.
433
contorna o côndilo interno do fémur. Ao chegar à coxa, atravessa a fascia
cribiformis.
Na sua extremidade superior, descreve uma curva, a crossa da veia safena
interna. Drena na veia femoral.
Recebe: veias posteriores da rede dorsal do pé; veias superficiais da parte
ântero-interna da perna; as veias subcutâneas da coxa, as veias pudendas
externas, epigástrica superficial, circunflexa ilíaca superficial e dorsal superficial
do pénis ou clítoris.
Anastomosa-se com:
. veias dorsais do pé e plantares internas
. veias tibiais anteriores
. veias tibiais anteriores e posteriores
. veias articulares ínfero-internas
. veia femoral
. veia safena externa
434
LINFÁTICOS DO MEMBRO INFERIOR
O membro inferior apresenta 2 sistemas de drenagem linfática: superficial e
profundo.
Sistema Superficial:
Quadrantes Inferiores
435
Dos gânglios inguinais superficiais, a linfa segue para os gânglios inguinais
profundos e para os gânglios ilíacos externos, atravessando a fascia cribiformes.
Sistema Profundo
436