Aprender e Ensinar
Aprender e Ensinar
Aprender e Ensinar
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Síntese do Texto Aprender e Ensinar: Significados e Mediações de Óscar C. de Sousa,
elaborada para a disciplina de Estágio de Docência I: Pedagogia Universitária, ministrada pela Prof, Dra
Flavia Caimi.
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Mestrando em Educação pela Universidade de Passo Fundo.
concepções é a aprendizagem do aluno, apesar de os modelos divergirem entre seus
conceitos.
A reflexão da aprendizagem é as indagações sobre a natureza dos processos de
aprendizagem a que estamos expostos. A aprendizagem enquanto processo natural,
inerente aos seres vivos, independentes da complexidade destes seres. É através da
interação que estes organismos mais ou menos complexos processam informações que
permitem identificar os estímulos do meio interno ou externo.
Piaget (apud SOUSA, 2003, p.39) atribuiu à aprendizagem o conceito biológico
de adaptação, que mais tarde viria integrar seu modelo de construção cognitiva; Piaget
afirmaria que toda aprendizagem é uma adaptação, associando-a ao processo de
desenvolvimento. Ainda nesta perspectiva, os organismos dotados de sistema nervoso
apresentam comportamentos ditados pela hereditariedade e/ou em consequência da
inter-relação com o meio ambiente.
No homem, segundo a conceituação de Piaget, há um número reduzido de
padrões de comportamento inatos, mas é a partir deles que constrói toda sua estrutura
cognitiva, afetiva e social. Constituem fatores de desenvolvimento a maturação interna
de natureza hereditária, as experiências a que se expõe o sujeito, experiências físicas e
sociais. Ainda é um fator determinante de desenvolvimento a própria transmissão social
entre sujeitos que diversifica as experiências e torna multicultural a aprendizagem.
A aprendizagem ao longo da vida propicia experiência e garante com isso, a
sobrevivência. Claro que o homem não se reduz a adquirir conceitos observados em seu
meio ambiente. A capacidade de raciocinar de buscar fundamentos sobre sua
experiência e trajetória insere em sua própria vida o elemento reflexivo. As
observações, as ações e os aprendizados refletidos, constituem um corpo de saberes
conservado, primeiro na memória e que, quando partilhados, tornam-se públicos,
patrimônio da humanidade.
Além de uma herança biológica, o indivíduo possui uma herança cultural,
científica e artística que contribui para a construção do sujeito, (pessoal/social), definido
pelo conceito da ontogênese. Acresce dizer que o patrimônio que herdamos não é
estático, seu domínio produz novas curiosidades que se transformam em novos saberes.
As novas tipologias da aprendizagem surgem desta reflexão humano acerca do próprio
saber, e é na apropriação destes saberes que reside alguns problemas relacionados com a
aprendizagem.
A psicologia desde a sua origem interessou-se pelo tema da aprendizagem. No
princípio do século XX apresentaram-se dois paradigmas distintos na abordagem de
questões da psicologia da aprendizagem. O primeiro por John Watson, Edward
Thorndike e Burrhus Skinner, teve origem na corrente empirista e adaptou-se às
exigências do positivismo científico. A afirmação desta linha de pensamento é de que
tudo o que somos é resultado de associações entre estímulos e respostas.
O modelo impôs-se no panorama da pesquisa cientifica durante a primeira
metade do século XX sob a designação de behaviorismo. Este modelo se recusou a falar
da mente e da atividade subjetiva do individuo e tomavam as associações como
conexões neuromusculares do sujeito. Aprender é associar e ensinar é programar. Neste
contexto o meio ambiente e o professor são elementos motivadores, quer porque propõe
aprendizagens, quer porque fornecem estímulos para associações.
O segundo paradigma é a Gestalt, afirmando primado da totalidade, da
configuração sobre as partes e da atividade do sujeito na construção da percepção.
Aprender é compreender e integrar num todo que se reconstrói permanentemente. A
corrente cognitiva tem aqui sua origem. O professor aparece como mediador e deve
estra atento ao sujeito, à sua construção pessoal e à natureza própria do conteúdo.
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A linguagem é um instrumento privilegiado que permite a passagem progressiva do
pensamento concreto ao abstrato.
repartidas por fases; claro que um dos objetivos do processo de instrução é a crescente
autonomia do sujeito, onde o professor deve orientá-lo, para assumir gradualmente sua
autocorreção. Cabe ao professor enquanto mediador entre comunidade, os saberes e o
aluno, dominar a estrutura dos conteúdos e estar atento à estrutura do sujeito. Nessa
proposta cabe ao aluno orientar sua vontade de aprender, tendo em conta as
especialidades e aptidões .
Referências