NIRF1 e 2-Por Sidney Paz Simbine

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Instituto Superior de Comunicação

e Imagem de Moçambique
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria
Data: Março de 2020

NCRF 1
Balanço

Norma
Índice
DF’S
DF’S

Apresentação de Demonstrações Financeiras


Demonstração de fluxos de Caixa

NCRF 2
Disciplina: Contabilidade Financeira II
Docente: MSc. Abílio Muchanga
Discente: Sidney Paz Simbine
Índice

Índice…………………………………...…..............… i
1. Norma…….……….…………………………………1
Balanço

Norma

1.1 Objectivo ………………………………………….....1

Índice
DF’S
DF’S

1.2 Âmbito …….………………………………………....1


2 . Demonstrações financeiras……………………...…... 2
2.2.1 Balanço………………………………………………4
2.2.2 Demonstração de fluxos de caixa…………………...7
2.2.3 Demonstração de resultado………...………………12
2.2.4 Demonstração de variações no capital próprio……14
2.2.5 Notas explicativas………………………………….16

i
1 Norma
1.1 Objectivo
Esta norma tem como objectivo, ditar e evidenciar os requisitos de
apresentação das demonstrações financeiras, para todos os fins. Ou
seja esta norma visa assegurar que as demonstrações financeiras
Balanço

cheguem em conformidade aos seus utilizadores.

Norma
DF’S
DF’S

1.2 Âmbito
As entidades devem aplicar esta norma ao elaborar e apresentas as
Demonstrações financeiras aos seus utilizadores. Sejam essas
demonstrações financeiras individuais ou consolidadas
De acordo com a norma estás demonstrações financeiras devem ser
apresentadas pelo menos uma vez por ano, salve se a empresa
estiver sob o regime de relato financeiro intercalar (vide NCRF 8)

1
2. Demonstrações financeiras
2.1 Objectivo das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras tem como objectivo evidenciar o
posicionamento e o desempenho financeiro da entidade e, ainda
proporcionar informações dos fluxos de caixa para os seus utilizadores
e tomadores de decisão. Estão contidas nas demonstrações financeiras
Balanço

Norma
informações como:

DF’S
DF’S

• Activos e passivos
• Rendimentos e gastos
• Capital próprio
• Fluxos de caixa
• Contribuições de e, aos detentores de capital

2
2.2. Conjunto completo de demonstrações financeiras
Um conjunto completo de demonstrações financeiras deve
incluir:
1. Um balanço;
2. Uma demonstração de resultados do período contabilístico;
3. Uma demonstração na variação de capital próprio;
4. Uma demonstração dos fluxos de caixa durante o período;
Balanço
Balanço

contabilístico;

DF’S
DF’S
5. Notas explicativas, incluindo um conjunto de políticas mais
significativas adoptadas e, informação adicional.

3
2.2.1 Balanço patrimonial
(- O equilíbrio derivado de débito e crédito é que produz balanço).
O balanço, segundo a norma deve apresentar os activos e os passivos da empresa,
devidamente classificados entre correntes e não correntes.

2.2.1.1 Activos

Prevê a norma que os activos são classificadas em correntes quando:

Balanço
Balanço

• Se espera que este seja realizado, vendido ou consumido,

DF’S
DFC

durante o ciclo operacional normal da entidade;


• Este é detido com o objectivo principal de o negociar;
• Se trata de caixa ou equivalentes.

2.2.1.2 Passivos
Segundo a norma deverá a entidade classificar os passivos como correntes quando:
• Espera que seja liquidado no decurso do ciclo operacional, não estando a
empresa em condições de negociar prazos a cima do mesmo;
• Detém o passivo com o objectivo principal de negociar;
• A liquidação do passivo vence dentro de um ano após a data de relato.
4
2.2.1.3 Exemplo de balanço
BALANÇO (Simplificado) de João Manhique, Ei em 10 de Julho de ano 2002
(Modelo de acordo com o Sistema de Contabilidade aprovado para o Sector Empresarial em Moçambique )
Aprovado pelo Decreto n.º 70/2009 de 22 de Dezembro

ACTIVO Notas 2002 2001

ACTIVO NÃO CORRENTE


Activos Tangíveis 1 1.505.000 752.500

ACTIVOS CORRENTES
Inventário 2 200.000 100.000

Balanço
Balanço
Clientes 3 2.000 1.000
DFC
DFC

Caixa e Bancos 4 40.600 20.300


Total dos Activos 1.747.600 873.800
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 5 1.571.600 785.800
Total Capital Próprio 1571.600 785.800
PASSIVO NÃO CORRENTES
Empréstimos Obtidos 6 175.000 87.500
PASSIVO CORRENTE
Fornecedores 7 1.000 500
Total do Passivo 176.000 88.000
Total do Cap. Próprio e do Passivo 1.747.600 873.800

5
2.2.2 Demonstração de Fluxos de Caixa
A informação dos fluxos de caixa proporciona aos utilizadores das DFs
uma base para a avaliação da capacidade da entidade para gerar caixa e
equivalentes de caixa e das necessidades dessa entidade em utilizar
esses fluxos.

Vejamos a seguir os requisitos para a apresentação e a divulgação dos

Balanço
fluxos de caixa tratados na norma:

DFC
DFC
DR

2.2.2.1 NCRF 2 Demonstração de Fluxos de Caixa.


Esta Norma tem como objectivo exigir a prestação de informação sobre
as alterações históricas na caixa e nos equivalentes de caixa de uma
entidade através de uma demonstração de fluxos de caixa que
classifique esses fluxos durante o período por actividades operacionais,
actividades de investimento e actividades de financiamento.

7
2.2.2.1.1 Actividades Operacionais
São gerados fluxos de caixa para:
Pagamento de empréstimos; Pagamento de dividendos; Investimentos;
manter a capacidade operacional.

Exemplos de actividades operacionais: recebimentos de caixa


provenientes de vendas e prestações de serviços, royalties, honorários,
comissões e outros réditos, pagamentos de caixa a fornecedores de

DFC
DFC
DR
DR

bens e serviços e, ainda, por conta de empregados.

2.2.2.1.2 Actividades de investimentos


Geram determinados recursos e fluxos de caixa futuros.

Exemplos de actividades de investimentos: pagamentos de caixa


para aquisição de activos fixos tangíveis, intangíveis e outros activos
de longo prazo, recebimentos referentes à venda de activos tangíveis e
intangíveis, etc.
8
2.2.2.1.3 Actividades de financiamento
São fluxos de caixa que geram reivindicações
futuras com fornecedores de capitais à entidade.

Exemplos de actividades de financiamento: recebimentos


provenientes da emissão de certificados de dívidas,
empréstimos, livranças, obrigações, hipotecas, aumento de
capital social, etc.

DFC
DFC
DR
DR

2.2.2.1.4 Caso prático


Dois melhores amigos decidiram, após uma correcta análise
SWOT, constituir uma sociedade com Capital Social de
25.000mt detido em 50% por cada um deles.
Face às dificuldades do momento, foi decidido realizar 70%
no capital no acto da constituição da sociedade e os restantes
30% no prazo máximo de 1 ano.

9
Pelos registos, publicações, etc., desembolsaram a quantia de
3.000mt e desencadearam a seguinte série de operações, já previstas
e negociadas:
• Aquisição de um armazém por 50.000mt e de Equipamento Básico
por 10.000mt;
• Realização de uma quota simbólica mas com sentido estratégico
no principal cliente alvo (já lhe encomendara 2 unidades) no valor
de 15.000mt;

DFC
DFC
DR
DR

• Contração no Banco CAN1 dum financiamento no montante de


75.000mt, baseado na hipoteca do armazém, com um prazo de
reembolso de 3 anos, em prestações semestrais iguais, anuais e
liquidadas no fim dos meses de Julho e Janeiro de cada ano e
sujeito a uma taxa de juros anual de 8%, a liquidar também na data
de vencimento das prestações.

Pretende-se: Elaboração dos fluxos de caixa da Sociedade

10
2.2.2.1.4.1 Exemplo de demonstração de fluxos de caixa
Demonstração de Fluxos de Caixa (Simplificado) de BEST FRIENDS Lda a 30 de Dezembro do ano
2000
(Modelo de acordo com o Sistema de Contabilidade aprovado para o Sector Empresarial em Moçambique )
Aprovado pelo Decreto n.º 70/2009 de 22 de Dezembro

Notas 2000 1999


Fluxos de caixa das actividades operacionais
Pagamentos a Fornecedores (-3.000,00) 0

Caixa gerada pelas operaçõoes (-3.000,00) 0
Caixa liquida gerada pelas actividades operacionais (-3.000,00)
Fluxos de caica das actividades de Investimento
Pagamentos respeitantes a:

DFC
DFC
DR
DR

ACTIVOS TANGÍVEIS (-60.000,00) 0


Investimentos Financeiros (-15.000,00) 0
Caixa liquida usada nas actividades deinvestimento (-75.000,00) 0
Fluxos de caixa das actividades de Financiamento
Recebimentos respeitantes a:
Financiamentos Obtidos 75.000,00 0
Realização de Capital 17.500.00 [25.000 * 70%] 0
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos Obtidos (-12.500,00) [75.000 / 6] 0
Juros e gastos similares (- 3.000,00) [75.000 * 8% / 2] 0
Caixa liquida usada nas actividades de financiamento (-1000,00) 0
Variação de caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no inicio do periodo
Caixa e equivalentes de caixa no fim do periodo

11
2.2.3 Demonstração de resultados
(A informação respeitante ao desempenho de uma entidade é
proporcionada pela demonstração dos resultados)

De acordo com a norma uma entidade deve apresentar todos os itens e


gastos reconhecidos no período contabilístico, quer tenham sido
reconhecidos no resultado do período, quer tenham sido diretamente
DVCP
DVCP

reconhecidos em outras componentes do capital.

DFC
DR

DR
NOTA: Itens de rendimentos e de gastos extraordinários não devem ser
incluídos nas DRs.

As DRs podem ser apresentadas quer por natureza quer por funções, a
selecção do modelo de apresentação fica a cargo do julgamento da
empresa, pautando sempre pelo modelo que apresente informação mais
fiável e relevante.

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2.2.3.1 Exemplo de demonstração de resultados
Demonstração de Resultados (Simplificado) de João Manhique em 10 de Julho de ano 2003
(Modelo de acordo com o Sistema de Contabilidade aprovado para o Sector Empresarial em Moçambique )
Aprovado pelo Decreto n.º 70/2009 de 22 de Dezembro

Notas 2003 2002


Vendas de bens e de servicos 1.500.000,00 750.000,00
Variação da producao e de trabalhos em curso
Investimentos realizados pela propria empresa
Custo dos inventarios vendidos ou consumidos (-600.000,00) (-300.000,00)
Custos com pessoal (-208.000,00) (-104.000)
Fornecimentos e servicos de terceiros (-30.000,00) (-15.000,00)
Notas
DVCP
DVCP

Amortizacoes

DR
DR
Provisoes (-250.000,00) (-125.000,00)
Ajustamentos de inventarios
ajustamentos de contas a receber
Outros ganhos e perdas operacionais

Rendimentos financeiros 188.150,00 94.075,00


Gastos financeiros (-43.750,00) (-21.875)
Ganhos/perdas imputados de associadas
Resultados antes de impostos 556.400,00 278.200,00

imposto sobre o rendimento 178.048,00 89.024,00


Resultados liquidos do periodo 378.352,00 189.176,00

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2.2.4 Demonstração de variações no capital próprio
(A combinação do aumento/redução nos activos líquidos e, alterações
resultantes de transações com detentores de capital, originam a DVCP)

2.2.4.1 Caso prático


A empresa BEST FRIENDS Lda, tinha os seguintes saldos a 31 de
dezembro do período n-1:
Notas
Notas
DVCP

DVCP
Capital social 25.000,00 e resultados do período 500.000,00.

DR
Durante o período contabilístico subsequente a assembleia decidiu por
bem constituir uma reserva livre de 10% do resultado de n-1 e ainda
reforçar o seu capital social em 10%. No dia 31 de Dezembro de n o
resultado do período era de 600.000,00.
Pretende-se:

Elaboração de demonstração de variações no capital próprio

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2.2.4.1 Exemplo de demonstração de variações no capital próprio
Demonstração de variações no capital próprio (Simplificado) de BEST FRIENDS em 31 de Dezembro de ano N
(Modelo de acordo com o Sistema de Contabilidade aprovado para o Sector Empresarial em Moçambique )
Aprovado pelo Decreto n.º 70/2009 de 22 de Dezembro

em Meticais
Capital Próprio
resultados
Natureza dos movimentos resultados
capital social Reservas livres do Sub total
transitados
período
Saldo no inicio do período 25.000,00 500.000,00 525.000,00
Alterações no período:
Notas
Notas

DVCP
DVCP
Correções relativas a exercícios anteriores
FIM

Movimentos em reservas:
Constituicao (reservas livres) 50.000,00 (500.000,00*10%)
Saldo de abertura apos alterações
Resultados de período 600.000,00
Aplicação de resultados (-50.000,00) (-2.500)
Aumento do capital social 2.500,00 (25.000,00*10%)
Saldo no fim do período 27.500,00 50.000,00 450.000,00 597.500,00 525.000,00

15
2.2.5 Notas explicativas
• Estrutura;
• Divulgação das politicas contabilísticas;
• Principais fontes de incertezas das estimativas;
• Explicação das rubricas do Balanço e Demonstração dos resultados

2.2.5.1 Exemplo de Notas explicativas


Notas

Notas
DVCP
Notas explicativas (Simplificado) de João Manhique, EI em 10 de Julho de ano N
FIM

(Modelo de acordo com o Sistema de Contabilidade aprovado para o Sector Empresarial em Moçambique )
Aprovado pelo Decreto n.º 70/2009 de 22 de Dezembro

Introdução

A Joao Manhique é uma entidade indivudual, dedicada a venda de material


industrial diverso. Atuando no mercado a mais de 10anos, concorrendo para
titulo de maior empresa do ramo na zona sul e centro do Pais.

A Joao Manhique tem a sua sede em Maputo, Kamubukwa, bairro 25 de junho,


n 1877. Com 2 sucursais, Imhambane e Manica respectivamente. Inscrita sob o
NUIT 0000000000. 16
A. Bases de apresentação e principais politicas contabilísticas
As DFs para o ano findo a 31 de Dezembro de n, foram preparadas de acordo com
PGC-NIRF, aprovado pelo decreto 70/2009 de 22 de Dezembro, e com base no
principio de custo Histórico, excepto onde expressamente indicado em contrario pelas
politicas contabilísticas. Foram também considerados os princípios de acréscimo e de
continuidade.

B. Principais politicas contabilísticas


1- Activos não correntes tangíveis
Os activos tangíveis utilizados no decurso das suas actividades, são registados ao custo

Notas
Notas
FIM

de aquisição, deduzidos da depreciação e perdas por imparidade.

Depreciação anual dos activos tangíveis- 10%

2- Caixa e equivalentes de caixa


Correspondem a valores de caixa em cofre e valores depositados em bancos a ordem e
prazo

4. Caixa e equivalentes de caixa


Corresponde caixa 600,00
Corresponde Banco 40.000,00
17
FIM
“O insucesso é apenas uma oportunidade para
recomeçar com mais inteligência”.
Henry Ford

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