Galerias Mun
Galerias Mun
Galerias Mun
Arte
1º semestre
Arte e Mercado na Sociedade
Contemporânea
Professor Celso dos Santos
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Introdução
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Galerias Municipais de Lisboa
Prossigo para um dos outros objetivos deste trabalho de investigação que consiste
em perceber as preexistências dos espaços galerísticos e, por sua vez, a tipologia atual
de cada uma das galerias (municipais) e a elaboração de um histórico de exposições das
mesmas.
Primeiramente, o Pavilhão Branco (imagens 1, vv. apêndices): «situado nos jardins
do Palácio Pimenta, no Campo Grande, o Pavilhão Banco foi edificado em 1995. As
caraterísticas arquitetónicas do espaço – cubo branco, com algumas fachadas totalmente
de vidro, viradas para o jardim –, convidam à realização de exposições com cariz
“específico”. Tem desempenhado um papel central na divulgação de arte
contemporânea, nomeadamente através de exposições individuais de artistas com um
percurso consolidado ou de média carreira. É um espaço plenamente inserido no mapa
das instituições artísticas portuguesas e no circuito da arte contemporânea, pelo que
simboliza uma mais-valia no currículo artístico dos autores que por ele passam. Acolhe
exposições de nomes reconhecidos no meio artístico português, com trabalho em
desenvolvimento e já consolidado, procurando contribuir para alavancar os seus
percursos, proporcionando-lhes momentos singulares de exposição» (in
https://galeriasmunicipais.pt/pavilhao-branco-apresentacao/).
Para 2020 o Pavilhão Branco «continuará a acolher exposições de nomes
reconhecidos no meio artístico português, de meio de carreira, com trabalho em
desenvolvimento e já consolidado. O primeiro semestre de 2020 apresenta uma
exposição site-specific que se relaciona com as problemáticas da habitação e urbanismo
(Catarina Botelho) e uma outra fortemente ligada à natureza e à sobreposição da
intuição estética com a materialidade do acaso (Joana Escoval/Geum Beollae). Numa
tentativa de criar ´clusters´ de programação, o segundo semestre terá um especial
enfoque na música e som com uma série de concertos colaborativos, a que se segue uma
exposição sobre a Coleção do António Neto. O Pavilhão Branco também acolherá o
Lisboa Soa, no âmbito do Lisboa na Rua» (in IGP 2020).
Seguem-se print screens das exposições citadas nos IGP, para efetuar, deste modo,
um histórico de exposições:
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agora pertence à Câmara de Lisboa (Santos, Melo & Martinho, 2001: 125).129 Dulce
D’Agro foi a fundadora e diretora deste espaço até ao início da década de noventa,
sendo referenciada em todas as fontes como a força impulsionadora da galeria e a sua
enorme preocupação com a dimensão cultural deste projeto, mesmo em prejuízo da
dimensão económica da galeria. 130 A Galeria Quadrum inaugurou em 1973 com uma
exposição que reunia cerca de trinta artistas portugueses, dos mais representativos no
momento (Melo, 1999: 38). Logo em 1974 incitou o lançamento de novos estilos
artísticos em Portugal trazendo do estrangeiro artistas de movimentos como a Op Art,
131 a arte cinética, a Body art, a video art e ainda artistas do grupo CoBrA132 ou do
novo abstracionismo.133 A presença estrangeira sempre teve um papel bastante
relevante nesta galeria: 134 no ano de 1978 trouxe ainda, com a ajuda de Ernesto de
Sousa, 135 artistas como Ulrike Rosenbach, Gina Page, Dany Bloch, Silvie e Chérif
Defraoui (Melo, 1999: 38). Relativamente ao seu posicionamento no panorama
internacional, foi a galeria portuguesa pioneira na participação em feiras estrangeiras,
136 tendo tido a sua primeira presença internacional na Art Fiera, de Bolonha, em 1977.
A galeria distinguiu-se ainda pelos projetos pedagógicos, nomeadamente os diversos
cursos que promoveu de iniciação à arte moderna (Melo, 1999: 38; Jürgens, 2016: 277),
abertos a toda a comunidade, 137 e conduzidos por profissionais da área. 138
Os primeiros cursos realizaram-se em 1975 e os últimos na década de noventa (Melo,
1999: 38). De facto, Dulce D’Agro sempre contou com o apoio de muitos críticos de
arte como Ernesto de Sousa, 139 José-Augusto França, Rui Mário Gonçalves e
Fernando Azevedo.140 Esta vertente mais experimental e arejada era reconhecida na
época e foi devidamente assinalada por importantes historiadores de arte portugueses:
“A Galeria Quadrum é a mais audaciosa, acentuando o vanguardismo estético do seu
programa, promovendo um intercâmbio internacional, realizando ciclos de palestras e
oferecendo semanalmente às crianças do bairro sessões de expressão livre” (Gonçalves,
1991: 10). Durante o período do Processo Revolucionário em Curso (PREC) (entre
1974 e 1976), a galeria resistiu ao contexto económico adverso e alterou o seu rumo
para uma atitude mais vanguardista e ousada (Melo, 1999: 41): “Deixa-me fazer o que
eu gosto e não o que se vende!” (apud Dulce D’Argo in Melo, 1999: 41).141 Desta
forma, a galerista arriscou em artistas em início de carreira, com práticas bastante
heterogéneas, que poderíamos designar como artistas da “vanguarda portuguesa”. 142
Em contraponto com o início da década de oitenta em que a Quadrum era uma das mais
ativas no plano nacional, na segunda metade da década, com a forte mudança do
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panorama galerístico e com o esbatimento da liderança de Dulce D’Agro, que se foi
afastando gradualmente, a galeria foi perdendo o seu fulgor e vitalidade (Melo, 1999:
40). No início da década de noventa, a galerista convidou Cerveira Pinto para ser
programador da Quadrum. Este crítico tentou reavivar a galeria, expondo artistas de
uma nova geração (Santos, Melo & Martinho, 2001: 125).143 Fernando Santos ainda se
encontrou ligado à programação da galeria entre 1994-1995, mas esta acabou por ir
encerrando, de forma intermitente entre 1995 e 1999 (Santos, Melo & Martinho, 2001:
125). Em 1999 reabriu com uma exposição de Miguel Palma, sob a direção de Cerveira
Pinto (Santos, Melo & Martinho, 2001: 126). Esta reabertura surgiu com a intenção de
reatar a relação da galeria entre arte e tecnologia, num espaço que honrasse o espírito
pioneiro da galeria.144 Após um novo encerramento no início do milénio, a Galeria
Quadrum renasceu pela terceira vez em 2010 com nova gerência, desta vez por parte da
Câmara Municipal de Lisboa. Dulce D’Agro faleceu em 2011, tendo a imprensa
realçado o seu papel pioneiro enquanto galerista. 145 (RAMIRES, 2018) (vv.
apêndices)
No presente, a Quadrum «mantém-se como espaço de investigação sobre e para
a arte contemporânea. No futuro, e após obras de remodelação do espaço expositivo,
devolvendo a original ligação visual do interior ao exterior, e das áreas de trabalho,
iniciar-se-á um conjunto de exposições de revisitação de momentos, artistas e
exposições paradigmáticos da arte contemporânea. As exposições, que poderão vir a ter
um teor documental acentuado contarão ainda com encomendas específicas de
trabalhos: artísticos, ensaísticos, editoriais, etc» (in https://galeriasmunicipais.pt/galeria-
quadrum-apresentacao/); a Quadrum «mantendo viva esta tradição da sua génese, quer
continuar a ser um espaço de apresentação de jovens artistas, onde se construam
projetos continuados de serviço educativo envolvendo a comunidade local» (in
http://www.egeac.pt/equipamento/galeria-quadrum/), com um passado de três décadas
de contributo para o “universo” das artes em Portugal, reinventa-se: «Inserida no
complexo dos Coruchéus que celebra o seu 50 aniversario em 2020, a Galeria Quadrum
mantém-se como espaço de investigação sobre e para a arte contemporânea. As
exposições da Elisa Pone e Igor Jesus irão trabalhar o legado da Galeria Quadrum numa
relação com o meio criativo de Alvalade. Earthkeeping/Earthshaking é uma exposição
coletiva com abordagens históricas tanto como contemporâneas que exploram as
relações entre feminismo e ecologia. Pretende-se ainda apresentar um conjunto de obras
de artistas da Europa de Leste nunca antes mostrados em Portugal, em colaboração com
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Erste Bank/ Kontakt Collection. As Galerias Municipais integram o Programa
DESCOLA, com três projetos educativos anuais. As visitas guiadas às exposições, o
projeto de continuidade articulado com escolas vizinhas das cinco galerias (procurando
replicar para os restantes equipamentos o que já acontece desde 2013 na Galeria
Quadrum com a Escola Básica dos Coruchéus), e o projeto de continuidade para o qual
se convida um artista a desenvolver um trabalho especificamente criado para ser
realizado com uma escola da cidade serão desenvolvidos em 2020. Os programas
públicos têm vindo a revelar-se essenciais na dinamização dos espaços e na
diversificação da sua oferta, envolvendo poucos meios, permitindo criar parcerias com
outras entidades e convocando um público diversificado. Podem tomar a forma de ações
de reflexão, ciclos de conferências, debates envolvendo curadores, teóricos, artistas e
público, lançamento de livros, filmes, concertos, performances e sessões de
apresentação de trabalho de artistas que acontecerão ao longo do próximo ano nos
diversos espaços que integram as Galerias Municipais» (in IGP 2020).
Seguem-se print screens das exposições citadas nos IGP, para efetuar, deste modo,
um histórico de exposições:
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Como o próprio nome nos indica, «instalada num edifício célebre pela sua fachada em
ferro e azulejo, no número 50 da Rua da Boavista, a Galeria acolhe regularmente
mostras de jovens criadores, nas suas 2 salas, com uma área expositiva de cerca de 150
m2» (in https://galeriasmunicipais.pt/galeria-boavista-apresentacao/). Já com uma
década a trabalhar com o “sangue novo” das artes, « aberta em 2009, a Galeria da Rua
da Boavista [imagem 3, vv. apêndices] revelou, desde a primeira hora, uma vocação
abrangente e multifacetada. A programação tem vindo a ser partilhada com agentes
culturais vários que aqui desenvolvem exposições, performances, concertos ou
outras actividades» (in http://www.egeac.pt/equipamento/galeria-boavista/); neste
sentido, «nos andares superiores, funcionam residências artísticas. Geridas pelo Pólo
Cultural das Gaivotas, proporcionam acolhimento temporário a artistas e profissionais
que pretendam desenvolver projectos, no âmbito da criação contemporânea,
relacionados com a cidade ou as suas organizações culturais. Devido à sua tipologia
física, a Galeria da Boavista é um espaço para apresentação de propostas disciplinares
com informalidade vincada. É vocacionada para exposições concebidas por jovens
curadores ou para a mostra de artistas emergentes, sem percurso ainda estabelecido ou
reconhecido no meio, que aí testam as suas primeiras apresentações ao público e
realizam as primeiras publicações» (in https://galeriasmunicipais.pt/galeria-boavista-
apresentacao/).
Para o vigiente ano, a Galeria Boavista vai continuar a tirar partido das
características físicas do espaço onde se encontra, «devido à sua localização e à sua
tipologia espacial, esta galeria tem uma apetência para apresentação de exposições que
aproveitam as características da zona geográfica em que se insere e desenvolve
discursos urbanísticos, ou do espaço específico da galeria que permite criar um efeito de
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black box. Em 2020 existe uma aposta em artistas de meia carreira nacionais e
internacionais que permitem um maior diálogo com o meio envolvente, e afirmam o
espaço da galeria na cidade criando maior visibilidade internacional. As investigações
recentes de Barbara Wagner/Benjamim de Burca centraram-se no trabalho criativo de
jovens que vivem nas periferias do nordeste do Brasil. Com o objetivo de se relacionar
com as novas centralidades de Lisboa, a exposição introduz uma série de obras
diferentes desta dupla que representou o Brasil na Bienal de Veneza (2019). Seguir-se-á
uma exposição de Mariana Caló e Francisco Queimadela a que se sucede o seminário do
coletivo Common Room (Brussels/Manchester/NYC) visando abordar questões
estéticas e conceptuais da arquitetura de Álvaro Siza, sendo um projeto que se pretende
continuado por mais dois anos, com um segundo seminário em 2020 e uma exposição
em 2021. As esculturas e filmes de Roberto Winter, cuja apresentação fecha o ano de
2020, pretendem aferir a nossa capacidade de distinguir entre ficção e realidade e
suportar consequências trazidas à nossa existência psicológica e corporal por meio de
interações no domínio digital» (in IGP 2020).
Seguem-se print screens das exposições citadas nos IGP, para efetuar, deste modo,
um histórico de exposições:
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obras, a programação irá focar em exposições coletivas como Incognitum: Circum-
navegações contemporâneas (em colaboração com Padrão dos Descobrimentos e Casa
da América Latina), a mostra da coleção da entidade Madeirense Porta 33, com apoio
do Governo Regional da Madeira, e o acolhimento de uma exposição da coleção da
Fundação PLMJ O Torreão Nascente da Cordoaria Nacional estará fechado para obras
de reabilitação urgentes durante o primeiro semestre de 2020. Após conclusão das
obras, a programação irá focar em exposições coletivas como Incognitum: Circum-
navegações contemporâneas (em colaboração com Padrão dos Descobrimentos e Casa
da América Latina), a mostra da coleção da entidade Madeirense Porta 33, com apoio
do Governo Regional da Madeira, e o acolhimento de uma exposição da coleção da
Fundação PLMJ» (in IGP 2020).
Seguem-se print screens das exposições citadas nos IGP, para efetuar, deste modo,
um histórico de exposições:
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A Galeria da Avenida da Índia (imagem 5, vv. apêndices) «está instalada num
antigo complexo de armazéns em Belém, a 300 metros do CCB, onde funcionaram os
ateliers de artistas plásticos como Lagoa Henriques, Maria Helena Matos, António
Cândido dos Reis e Carlos Amado»; e também nesta galeria o espaço onde se implanta
é simbólico, «aberto ao público desde Outubro de 2015, com a exposição “Retornar –
Traços de Memória”, que assinalou os 40 anos da ponte aérea de 1975, é um espaço
com uma abordagem multidisciplinar que procura mostrar e cruzar propostas artísticas
de várias geografias, apostando numa vocação de diálogo e questionamento da herança
e memória colonial. Futuramente, pretende-se que esta Galeria faça uma interarticulação
com outras temáticas, nomeadamente com questões de género ou com
problemáticas queer, explorando no âmbito da prática artística contemporânea questões
económicas, políticas, sociais e culturais diversas. Devido à sua tipologia física – uma
ampla sala de exposições com grandes janelas – e luminosidade é um espaço onde se
deve dar preferência a propostas com materialização tridimensional e espacial» (in
https://galeriasmunicipais.pt/galeria-avenida-india-apresentacao/).
No ano de 2020, as diretrizes traçadas vão no sentido que «esta galeria continue
a trabalhar as questões sobre a memória e herança pós-colonial com pesquisas voltadas
para a história de Moçambique (Catarina Simão) ou com artistas cujas raízes estão EM
Angola (Yonamine, Tiago Borges) e que atuam num cenário internacional como é o
caso da mostra de Kiluanji Kia Henda. Também são abordadas as questões de
identidade de género ou perspetivas queer (Leandro Nerefuh/ Cecilia Lisa Eliceche). O
discurso na Galeria da Av. da Índia será alargado a questões ecológicas e a sua relação
com o mar, no ano em que Lisboa acolhe o World Ocean Fórum e se apresenta como
Capital Verde» (IGP 2020).
Seguem-se print screens das exposições citadas nos IGP, para efetuar, deste modo,
um histórico de exposições:
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Considerações finais
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com o Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde durante um ano coordenou um
programa para a formação de artistas e curadores, e a do Goethe-Institut de Nova
Iorque, onde criou um programa de residências. “Posso dizer que a sua proposta vinha
com uma grande ligação ao Brasil, o que é natural porque os últimos anos da sua vida
profissional foram passados aí. Ele tem essa vontade de criar cruzamentos e diálogos e
uma grande experiência no campo das residências artísticas e curatoriais. Sabe o que é
trabalhar para uma entidade que não é apenas artística, mas que tem também um perfil e
uma missão institucional.” Sem querer criar muitas expectativas, Joana Gomes Cardoso
diz que as residências são uma das lacunas identificadas em Lisboa. “Com o interesse
que a cidade desperta, ter alguém com experiência nessa área talvez nos permita
construir algo um bocadinho mais consistente” (in
https://www.publico.pt/2019/02/18/culturaipsilon/noticia/revolucao-continuar-galerias-
municipais-lisboa-1861822) – A equipa das GM foi renovada e reorganizada. Foram
criados núcleos com as respetivas coordenações, (Produção, Comunicação) e foi criada
a equipa de Mediação e Programas Públicos – esta constituída por coordenação e
técnicos com formação assente nas Artes Plásticas, na História de Arte e nas Artes
Performativas, vinculados aos espaços e respetivas exposições, com funções
polivalentes na área da mediação, da produção e da assistência de sala no período de
abertura ao público. A mediação educativa estará assim presente em todas as
exposições» (in IGP 2020). – para o ano de 2020 foi também delineado uma nova
calendarização de obras nas diversas galerias, em articulação com a respetiva
programaçã; no vigente ano, os objetivos terão como principal foco: o apoio à cena
local e artistas emergentes, fortalecer o crescimento profissional de colaboradores;
colaborar com juntas de freguesia e outras instituições nacionais/internacionais no
desenvolvimento da programação e da sua mediação. Nesse sentido, e considerando o
contexto específico que caracteriza a cidade de Lisboa, as Galerias Municipais, com a
programação que apresentam, procuram implementar diferentes temporalidades –
exposições com duração variável, bem como eventos discursivos, performances ou
residências – através de um programa que mantêm uma competência transdisciplinar e
transcultural. Procuram também, para além de desenvolver parcerias locais e
internacionais, a oportunidade de diálogo com o público em geral, e com artistas e
curadores» (in IGP 2020) – «as Galerias Municipais de Lisboa vão inaugurar 17 novas
exposições durante a temporada 2019/2020, até setembro do próximo ano, pondo em
destaque temas como a ecologia, o colonialismo e o feminismo, anunciou hoje o
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município. Uma exposição dedicada a Alberto Carneiro, a mostra "Hoje, Nada", de
Daniel Blaufuks, e "Estás Vendo Coisas", da dupla Bárbara Wagner e Benjamin de
Burca, são três das mostras previstas para os cinco espaços de exposição de arte
contemporânea da capital portuguesa, sem coleção própria: Galeria Quadrum, Pavilhão
Branco, Galeria da Boavista, Torreão Nascente da Cordoaria e Galeria da Avenida da
Índia. No domingo, realiza-se a primeira inauguração, a de "A Oficina de Pintura
Encarregar-se-á das Partes Pintadas do Cenário", que vai ficar patente até 24 de
novembro, na Galeria Quadrum, em Alvalade, reunindo objetos e outros materiais
decorrentes do trabalho de artistas plásticos com companhias de teatro no São Luiz
Teatro Municipal. Júlio Pomar, Joana Villaverde, Mariana Silva ou Adriana Molder são
alguns dos nomes desta mostra curada por Susana Pomba, a primeira de um programa
de inaugurações que segue com "Bad Behaviuouor", de Adriana Progranó, na Galeria
Boavista, onde vai ficar de 13 de setembro a 10 de novembro. Com inauguração
marcada para 08 de janeiro de 2020, e comissariada pelo novo diretor artístico das
Galerias Municipais de Lisboa, Tobi Maier, uma exibição individual de Alberto
Carneiro celebra os 40 anos da Cooperativa Diferença, com polos na Galeria Diferença
e na Galeria Quadrum, noutro dos destaques para 2019/2020. Carneiro expôs na Galeria
Quadrum em 1975, a que se seguiram outras cinco mostras até 1983, sendo desta feita
acompanhado "de outras artistas convidadas". A Cooperativa Diferença foi fundada em
1979 por Helena Almeida, Irene Buarque, José Carvalho, José Conduto, Monteiro Gil,
António Palolo, Fernanda Pissarro, Maria Rolão, Ernesto de Sousa e Marília Viegas.
Está na base da Galeria Diferença, na rua S. Filipe Néri, ampliada com um projeto do
arquiteto Nuno Teotónio Pereira. No Pavilhão Branco, no jardim do Palácio Pimenta
(Museu de Lisboa) vai estar patente "Hoje, Nada", entre 22 de setembro e 24 de
novembro, num trabalho do curador Sérgio Mah, que reúne trabalhos de Blaufuks,
vindos de séries fotográficas anteriores, a par de algumas obras inéditas, num "quadro
conceptual e especulativo sobre o caráter projetivo das imagens". A escultura de Rui
Sanches, em "Espelho", será exibida no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, com
peças inéditas do início de carreira até objetos desenhados especificamente para a
mostra, a inaugurar no dia 28 de setembro e que ficará patente até janeiro de 2020.
Quarenta obras de Claire Fontaine, de pinturas a vídeos e esculturas, estarão na Galeria
da Avenida da Índia, a partir de 23 de outubro, depois de idealizada para o Palazzo
Ducale, em Génova. A mostra é agora adaptada para permitir "novas associações" do
debate sobre a economia e o lucro, nos dias de hoje» (in
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https://www.rtp.pt/noticias/cultura/galerias-municipais-de-lisboa-com-17-novas-exposicoes-ate-
setembro-de-2020_n1170392) (vv. apêndices).
Tendo em conta que «para o próximo ano foi também delineado uma nova
calendarização de obras nas diversas galerias, em articulação com a respetiva
programação» (in IGP 2020), em 2020, definiram-se como objetivos primeiros: «o
apoio à cena local e artistas emergentes, fortalecer o crescimento profissional de
colaboradores; colaborar com juntas de freguesia e outras instituições
nacionais/internacionais no desenvolvimento da programação e da sua mediação. Nesse
sentido, e considerando o contexto específico que caracteriza a cidade de Lisboa, as
Galerias Municipais, com a programação que apresentam, procuram implementar
diferentes temporalidades – exposições com duração variável, bem como eventos
discursivos, performances ou residências – através de um programa que mantêm uma
competência transdisciplinar e transcultural. Procuram também, para além de
desenvolver parcerias locais e internacionais, a oportunidade de diálogo com o público
em geral, e com artistas e curadores» (in IGP 2020).
Num mundo cada vez mais globalização, onde a arte acontece também nas redes
sociais, as Galerias Municipais pretenderam nos últimos ano que «a comunicação
tornar-se-á mais dinâmica e atuante, pretendendo-se efetivar e consolidar a nova
imagem das Galerias e, a partir daí, criar um site e dinamizar as redes sociais. Será
montada toda uma nova estratégia de comunicação por exposição e por públicos-alvo.
Em 2017 investir-se-á, essencialmente, na manutenção dos espaços expositivos, criando
melhores condições para as obras e para os visitantes (in IGP 2017).
(IGP) Instrumentos de Gestão Previsional da EGEAC (2016, 2017, 2018, 2019, 2020).
Disponível em: https://www.egeac.pt/egeac/documentos-institucionais/
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(RC) Relatórios e Contas da EGEAC (2016, 2017 e 2018).
Disponível em: https://www.egeac.pt/egeac/documentos-institucionais/
https://galeriasmunicipais.pt/
https://www.egeac.pt/?post_type=equipamento&p=754
http://quadrumarquivoparalelo.blogspot.com/
https://www.publico.pt/2019/02/18/culturaipsilon/noticia/revolucao-continuar-galerias-
municipais-lisboa-1861822
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/galerias-municipais-de-lisboa-com-17-novas-
exposicoes-ate-setembro-de-2020_n1170392
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Apêndices
«Em 1973 abri a Galeria Quadrum. Era o momento pleno da arte Conceptual e
Minimal. Depois de três exposições – a inaugural, só com artistas modernos
portugueses, e a de Vasarely, e finalmente a grande exposição de Karel Appel –, veio o
25 de Abril. Com este veio a «travessia do deserto» para a venda de arte e para as
galerias em Portugal. Começou um período difícil, mas não me senti, de forma alguma
vencida, em todo o tempo que, quase solitária, prossegui a divulgação da arte moderna,
antes pelo contrário, não me rendi e nada pude, mesmo, dar largas, se assim posso dizer,
ao meu desejo de actualização cultural em Portugal limitada embora ao meu reduzido
poder económico.
Por amor à arte moderna abri a Quadrum e esse amor resiste a tudo e com a ajuda dos
artistas que me interessavam consegui durante esses anos fazer uma coisa muito
importante – fazer aquilo de que gosto.
Com a Quadrum, participei em Feiras Internacionais, desde 1977, divulgando o
trabalho e a criação dos artistas portugueses; orgulho-me aliás de ter aberto este
caminho para a arte portuguesa. Realizaei na Quadrum, com colaborações plurais,
cursos de arte moderna e estética, promovi cursos de gravura, com isso procurei
sensibilizar e informar sobre a arte moderna contemporânea. Fiz com esta actividade
uma pequena fogueira cultural onde se aqueceram os espíritos dos apaixonados da arte,
como eu. Hoje, muitos jovens que visitam a Quadrum fazem-me feliz, quando, com
algum espanto, me recordam ter assistido a estas iniciativas e continuarem ligados à
arte. Alguns destes expuseram trabalhos já na Quadrum.
Nesta constante luta tive sempre a preciosa ajuda de muitos amigos mas quero
aqui destacar a confiança que me concedeu o José Augusto França e a colaboração e
trabalho interessado mesmo entusiasmado de Fernando de Azevedo, do Rui Mário
Gonçalves e do Ernesto de Sousa.
Podem, agora, chamar-me «louca» mas nunca «ingénua». O amor é também
feito de loucura e foi esta «loucura-amor» à arte moderna, às potencialidades dos
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artistas plásticos portugueses que me levou a dirigir a Quadrum estes dezassete anos
sem me arrepender dos meu entusiasmos e dos desgostos que alguns me custaram.
Se a compensação foi algumas vezes o sofrimento, resta-me a grande alegria de ter
realizado, ainda que só numa parte, o meu sonho. (Novembro de 1990, Dulce d’Agro)»
«Há muitos e muitos anos, dezassete no caso, abriu em Lisboa uma galeria, com
palavras minhas no catálogo. Era então tempo eufórico ao jeito do «enrichissez-vous»
de conselho antigo, e vender quadros coisa esperançosa. Do «boom» passou-se, porém,
ao «boomrang» (alguém o disse então), como em Portugal já muitas vezes
historicamente, acontecera, mesmo sem prefácio meu. Fecharam as galerias nessa altura
abertas e sumiram-se marchands – uns porque o povo não precisava de quadros, outros
porque o clero e a nobreza também não e ainda menos os militares e os burgueses, o que
era, aliás, verdade por todos os lados.
Uma galeria, porém, não fechou, nem a dona sumiu, tão únicas, a galeria e a
dona, na circunstância, que até pareceu que nenhuma outra casa de exposição e venda
ficou para testemunho, ou viria algum dia a aparecer ou reaparecer. Não foi, felizmente,
assim, e muitíssimas mais depois e agora abriram, nem sempre sabendo porquê – o que
continua como uma grande razão de ser galeria de arte em Portugal.
A galeria em questão não abriu nem reabriu: aberta esteve sempre com aflições
de contas e custos. E roubaram-na, ameaçaram-na, quiseram tirar-lhe o aluguer, e dar-
lhe à casa e às obras feitas outro destino de bairro social. Evitou-se tal coisa por
inteligência de quem, ainda assim, mandava – e a galeria ficou aberta, silenciosa e vazia
de gente, com uma exposição de Appel cortada a meio por um grande revolvimento,
esse, sim, social...
Faz agora dezassete anos que isso aconteceu, com texto meu – que repito, persisto e
assino. Dezassetre anos de aniversário não dá jeito, mas é como que uma maneira de
serem cem; e são anos que provam que vender quandros pode ser, quando é, obra de
gosto e de amor, de ilusão, de sacrifício e de alegria.
Quase todos os pintores portugueses que expuseram na galeria, ou que por ela
foram lançados e levados ao estrangeiro (e sem esquecer que, ao mesmo tempo, depois
de Appel ou de Vasarely, muitas acções de arte estrangeira foram ali realizadas, como
em nenhuma outra galeria), estão presentes neste aniversário. O que é bom sinal para
eles e para nós. Como se aprendessemos com isso que o melhor do nosso «quadrum» de
vida não pode mudar assim...» (Outubro de 1990, José Augusto França)
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«Corria bom vento, parecia, para o comércio da arte quando daquele espaço
camarário, distante do centro, sem vocação definida mas envolvida por um bairro de
ateliers, Dulce d’Agro fez a Galeria Quadrum (...) É de não esquecer, na confusa
situação que a arte vive em Portugal, o haver-se passado de uma inércia comercial,
nestes anos que separam os começos da Quadrum até hoje, para a presente desmesura
incontrolável. Dulce d’Agro teve, nem chegou a um ano, apenas alguns meses – abriu a
Galeria a 22 de Novembro de 1973 – para se firmar: a meio do ano seguinte as vendas
de arte paralizavam, como se sabe, e todas as galerias, mesmo as melhores com mais
experiências e meios, iriam pouco a pouco fechando. Dulce d’Agro e a Quadrum, porém
aguentaram-se, é a palavra própria. Resisitiram à debandada, resistiram ao pavor do crac
com uma energia e um fervor ainda hoje inexplicáveis para lá de serem mesmo energia
e um fervor os seus suportes. Não foi a vida do negócio, como se calcula e sabe, que lhe
deu essa força e esse gosto da resistência de modo que a enxurrada passasse por si e
seguisse. E ela ficasse de pé, dividindo os caminhos. Creio que foi mesmo uma luta,
como as outras que então se travaram. Dulce d’Agro lutou pelo que queria e mais do
que queria pelo que amava verdadeiramente. Bateu-se corajosamente naquele espaço
livre, como quem defende uma terra ameaçada, sem meios, como pôde – e não se sabe
mesmo como pôde – porque a vida se confundia, com todo o risco possível, com o seu
desejo. E fazendo por paixão o que tantos outros só percebiam por negócio (...) ajudou a
salvar da morte certa – uma morte temporário é sempre morte – a arte portuguesa dos
anos setenta. Quer dizer que participou na salvação da arte de hoje, herdeira e por isso
mesmo tão contestária da aflição e promessa desses anos.
As suas paredes e belo chão de mármore mostraram – e foram quase únicas por
largo tempo – a novidade que os artistas lhe traziam, eles também fazendo o que havia
que ser feito, sem saberem de futuros e ainda menos como ganhar o presente. Quem
havia que comprasse? E comprar o quê? Era o momento, foram os momentos de uma
arte então incomprarável, agitada e imprevisível; o tempo do conceptualismo, dos
environments, do narcisismo da body art, do impacto do vídeo. Os operadores estéticos
tiveram, naquele palco propício da Quadrum toda a assiduidade para o seu teatro
exorcista. Passou pela sua galeria muito do que, naquela instantaneidade do discurso
estético era indispensável que tivesse passado por Portugal. Esse papel da Galeria
Quadrum encarado assim, sobretudo como dever e responsabilidade cultural concorreu
em muito para que se não tivesse produzido um provável hiato que teria separado (ou
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ajudado a formar, nesses anos) um certo público para uma atitude diferente, de difícil
linguagem, em que ao obejto se substituia não imagem mas projecto ou ideia de
imagem, tão perigosamente ocupada estava, em toda a parte, a arte com a sua auto-
análise e meditação.
Esta proposta, envolvente e crispada como foi, de mais uma «morte da Arte»
ocupou o espaço da Galeria Quadrum de um modo tão persistente e necessário que
quási a prefigurou por vasto período. Como conseguiu sobreviver a Quadrum, a este
arrepio seu ao negócio de banalidades e saldos com que recomeçou aqui e ali o
arremedo do negócio da arte? Deve ser caso único de galerista, o seu viver da arte mas
na mesma aflição, no mesmo transe e na mesma esperança em que os artistas vivem. E
mesmo assim insistir, insistir como eles e levá-los por esse mundo. Foi a Quadrum a
primeira galeria portuguesa a participar com artistas portugueses em Feiras de Arte, a
criar o hábito e a procurar os apoios. Há uma via internacional que assim iniciou, que
não foi fácil, de modo nenhum começar; e um prestígio invejado tanto como merecido
que com essa acção foi ganhando e prolongando. E ali se fizeram, com a colaboração de
especialistas, cursos de história da arte, de estética, se abriram olhares a originais
mensagens (...) Ainda gravadores ali ensinaram e outros aprenderam. E as crianças do
bairro, ocuparam seus ócios, comentando, com a verve e os olhos limpos de imaginação
infantil, excelentes exposições, por um processo didático, lúdico e natural» (Novembro
de 1990, Fernando de Azevedo).
1973
Inauguração da Quadrum – Galeria de Arte – 22 de Novembro
Exposições de Artistas Modernos Portugueses: Nadir Afonso, Justino Alvez, Fernando
de Azevedo, Manuel Baptista, Fernando Calhau, Carlos Calvet, Manuel Cargaleiro,
António Charrua, Noronha da Costa, Vasco Costa, Cruz Filipe, Eurico Gonçalves, Alice
Jorge, Fernando Lemos, Gil Teixeira Lopes, Jorge Martins, António Mendes, Menês,
Eduardo Nery, Sá Nogueira, António Palolo, Costa Pinheiro, Júlio Pomar, Paula Rego,
Júlio Resende, Joaquim Ribeiro, Artur Rosa, António Sena, Nuno Siqueira, Nikias
Skapinakis, Ângelo de Sousa, Vespeira e João Vieira.
25
1974
Março: Exposição de Vasarelly – óleos, serigrafias, múltiplos
Maio: Exposição de Karel Appel – óleos, gouaches, acrílicos, aguarelas, litografias
Outubro: Exposição de Vieira da Silva
Novembro: Exposição de Vasco Costa
Dezembro: Exposição de Guilherme Parente
1975
Abril: Exposição de Ângelo de Sousa
Junho: Exposição de Nadir Afonso
Setembro: Exposição de António Sena
Outubro: Exposição de Alberto Carneiro
Dezembro: Exposição de 15 pintores da Nova Abstracção Francesa
1976
Janeiro: Exposição de Aspectos da Nova Abstracção Portuguesa
Março: Exposição de Art Socio-Critique de Bernard Teyssedre
Abril: Exposição de Álvaro Lapa
Junho: Exposição de Jorge Pinheiro
Julho: Exposição de Noronha da Costa
Setembro: Exposição de Alguns Aspectos da Vanguarda Portuguesa (AICA)
Novembro: Exposição de Marc Devade; Exposição de Pires Vieira
Dezembro: Exposição de António Sena
1977
Janeiro: Exposição de Hoyland
Fevereiro: Exposição de João Moniz
Março: Exposição de Ann Hatherley
Abril: Exposição de Alberto Carneiro
Maio: Exposição colectiva de artistas portugueses
Junho: Exposição de Cruz Filipe
Setembro: Exposição de artistas participantes da Art Fiera 1977
Outubro: Exposição de Menez
Dezembro: Exposição de Vitor Fortes
26
1978
Janeiro: Exposição de Ana Vieira
Março: Exposição de Valentino Vago – intercâmbio com a Galeria Morone – Milão
Abril: Perfomance de Gina Pane e arte corporal; Exposição de Defraoui «La route des
Indes»; Exposição de Jorge Pinheiro na Galeria Morone – Milão
Maio: Video com Danio Bloch – Arc Deux Paris; Exposição de Melo e Castro
Junho: Exposição de Eurico Gonçalves
Setembro: Acrochade de artistas portugueses
Outubro: Perfomance de Ulrikke Rosenbach; Exposição de Di Fillippi
Novembro: Exposição de Ernesto de Sousa
Dezembro: Exposição de Irene Buarque; Exposição de Mário Varela
1979
Janeiro: Exposição de Leonel Moura; Exposição de José Conduto
Fevereiro: Exposição de João Moniz
Março: Exposição de Alberto Carneiro
Abril: Exposição de José de Carvalho
Maio: Exposição de Marc Devade
Junho: Exposição de Eduardo Nery
Setembro: Acrochage de pintores da galeria
Novembro: Exposição de Salette Tavares
1980
Janeiro: Instalação de António Palolo
Fevereiro: Exposição de José Barrias; Exposição de João Moniz – intercâmbio Galeria
Katia Pissaro
Março: Exposição de Isaac Pomié – intercâmbio Galeria Katia Pissaro
Abril: Exposição de Votame
Maio: Exposição de serigrafias nacionais e estrangeiras: Lanskoy, Vieira da Silva, Bran
Vanveld, Karel Appel, Nadir Afonso, António Sampaio, António Sena
Junho: Exposição de Eduardo Nery
Setembro: Exposição de Arte Postal de Irene Ribeiro
27
Outubro: Exposição de Nadir Afonso – gouaches, fase egipcía
Novembro: Exposição de Artur Varela; Intervenção de Gracinda Candeias
Dezembro: Exposição de Renata Boero
1981
Janeiro: Exposição de Rocha Pinto
Fevereiro: Exposição de Mário Américo
Março: Exposição de Dellfina Camuratti – Intercâmbio com a Galeria Unde (Torino)
Abril/Maio: Exposição de Alberto Carneiro; Exposição de Rocha Pinto no CACoimbra;
Exposição de Lon Pennock; Exposição de Mário Américo na Cooperativa
Árvore, Porto
Julho: Acrochage de artistas de galeria
Outubro: Exposição de José de Carvalho
Novembro: Exposição de Fernando Calhau
Dezembro: Exposição de José Vieira
1982
Janeiro: Exposição de Cesar Colone – em colaboração com a F. C. Gulbenkian
Feveiro: Exposição de Zulmiro de Carvalho
Março: Instalação de Ana Vieira
Abril: Exposição de Melo e Castro; Exposição de Artur Varela
Junho: Exposição de Patrício Court – em colaboração com a F. C. Gulbenkian
Julho: Exposição de A. Nova Escultura em Pedra – uma experiência em colaboração
com o Arco, em seguimento de encontro de escultores nacionais e estrangeiros no
«Simpósio da Pedra», em Évora. Artistas participantes: Brígida Arez, Graça Costa
Cabral, Nelson Cabral, Anabela Costa, José Pedro Croft, Amaral de Cunha, José
Esteves, Pedro Fazenda, Maria Felizol, Manuel Gil, Vera Faria Gonçalves, Luís
Neuparth, Luísa Perienes, Pedro Ramos, Manuel Rosa, António Campos Rosado, Sérgio
Taborda e Rui Anahory
Julho: Exposição de Álvaro Lapa
Outubro: Exposição de Joaquim Rodrigo
Novembro: Colectiva de artistas da primeira exposição da Galeria
Dezembro: Exposição de Jorge Pinheiro
28
1983
Janeiro: Exposição de João Moniz
Fevereiro: Exposição de Rocha Pinto; Exposição de Amaral de Cunha
Março: Exposição de Julião Sarmento
Abril: Exposição de Robert Schaad
Maio: Exposição de Graça Costa Cabral; Exposição de Gil Teixeira Lopes
Junho: Exposição de Teresa Cortês
Julho: Exposição de artistas premiados 1983
Setembro: Exposição de Joaquim Bravo
Outubro: Exposição de Mesas – Escultura – João Cutileiro, Pedro Fazenda, Maria
Felizol,
Cristina Ataíde e Sílvia Westphallen
1984
Janeiro: Exposição de Sérgio Pombo – pinturas; Exposição de Pires Vieira – pinturas
recentes
Fevereiro: Exposição de Cruz Filipe – pinturas
Março: Exposição de Vítor Fortes – pintura (1983-1984)
Abril: Exposição de António Palolo – pinturas (1984)
Maio/Junho: Exposição de Graça Costa Cabral – escultura (1983-1984); Exposição de
Leonel Moura
Julho: Exposição organizada em colaboração com Sílvia Chicó. António Sena, Eurico
Gonçalves, Jaime Silva, Joaquim Bravo, José Mouga, Teresa Magalhães, “O Gesto, o
Signo e a Escrita” – pintura
Outubro: Exposição de João Vieira, “Caretos” – performance e pintura
Novembro: Exposição de António Palolo – pinturas (1984); Exposição de Gracinda
Candeias – pinturas
Dezembro: Exposição de Pires Vieira, “Regresso a Sefard” – desenhos (1984)
1985
Janeiro: Exposição de Rocha Pinto, “Reflexões. Quatro Portas de Berlim” – pintura
(inauguração com concerto ao vivo por Telectu)
29
Fevereiro: Exposição de José Mouga, “Sinais da Memória” – pintura e desenho (1984-
1985)
Março/Abril: Exposição de Pedro Campos Rosado – escultura; Exposição de António
Charrua, António Mira, António Palolo, Fernando Calhau, João Moniz, Joaquim
Rodrigo, José de Carvalho, Julião Sarmento, Pedro Calapez, Sérgio Pombo, Vítor
Fortes, “Diálogo”
Maio: Exposição de Vítor Fortes – pinturas (1984-1985); Exposição de Ulrich Gehret –
pintura
Junho: Exposição de Renato Miceli
Julho: Accrochage de Artistas da Galeria
Outubro: Exposição da Gerrit Rietveld Academy. Pintura – desenho, arte gráfica, vídeo;
Exposição de Jaime Silva – pinturas (1984-1985)
Novembro: Exposição de Eduardo Nery, “Paisagem: Re-Construção” – pintura e
fotografia
Dezembro: Exposição de António Mira, António Sena, Eduardo Nery, Gracinda
Candeias, Jaime Silva, Joaquim Rodrigo, Jorge Pinheiro, José de Guimarães, José
Mouga, Mário Américo, Nadir Afonso, Graça Costa Cabral, Maria Felizol, Pedro
Calapez, Pires Vieira, Sérgio Pombo, Vítor Fortes, “Pequeno Formato”
1986
Fevereiro: Exposição de Pedro Calapez, “Manuscrito Incompleto” – pintura
Março: Exposição de Ernesto de Sousa, “Esse Ouro Dantes” – fotografia
Abril: Exposição de Graça Pereira Coutinho – pinturas (1985-1986)
Maio: Exposição de António Mira – pintura
Junho: Exposição de Túlia Saldanha, “Travelling” – pintura
Julho: Exposição de Gracinda Candeias
Agosto: Exposição de José de Carvalho – pintura
Setembro: Exposição Colectiva – António Mira, António Palolo, Eurico Gonçalves,
Gracinda Candeias, João Moniz, Joaquim Rodrigo, José de Carvalho, José de
Guimarães, Julião Sarmento, José Miranda Justo, Pedro Campos Rosado, Sérgio Pombo
Outubro: Exposição de Maria Felizol, “Limite” – escultura
Novembro: Exposição de João Moniz, “Confluências do Nada” – pintura
Dezembro: Exposição de José Miranda Justo, “Noites de Alf” – pintura
30
1987
Janeiro: Exposição de José de Carvalho – pintura recente; Exposição de António Mira,
“Obras sobre Papel” (1977-1987)
Fevereiro: Exposição de Amaral da Cunha – escultura
Março: Exposição de Sérgio Pombo – pintura (1986-1987)
Abril: Exposição de Vítor Fortes – pintura (1986-1987)
Maio: Exposição de Graça Costa Cabral – escultura (1987)
Junho: Exposição de Helena Vaz, “Marionetas” (1987)
Outubro: Exposição de Luís Neuparth – escultura (1987)
Novembro: Exposição de Graça Pereira Coutinho – pintura (1987)
1988
Janeiro: Exposição de Fernando Brito
Fevereiro: Exposição de Ivo – pintura (1987)
Março: Exposição de Manuel Valente Alves, “Indícios” – pintura
Maio: Exposição de Minoru Nozuma – escultura
Julho: Accrochage de Artistas da Galeria
Outubro: Exposição de Catarina Baleiras e Pedro Campos Rosado – escultura
Novembro: Exposição de Lisa Santos Silva – pintura
1989
Janeiro: Exposição de Pedro Portugal, Manuel João Vieira, Fernando Brito, João Paulo
Feliciano, “Ases da Paleta”
Fevereiro: Exposição de Cecília e E. M. de Melo e Castro – infopintura e videopoesia
Março: Exposição de Isabel Laginhas, “Jogos das Mil e Uma Noites” – pintura (1988-
1989)
Abril: Exposição de José de Carvalho, “Estruturas Matéricas” – pintura
Maio: Exposição de Ivo, “Resíduo Oculto” – pintura
Junho: Exposição de João Cruz da Rosa, “Meridionais” – pintura (1989)
31
Setembro: Exposição de Augusto Canedo, Filipa Farraia, Graça Delgado, Isabel Cabral,
Manuel Magalhães, Manuel Taborda Pereira, Rodrigo, “Norte/Sul” – pintura, pintura
sobre têxteis, fotografia, mobiliário contemporâneo e escultura
Outubro: Exposição de Miguel Palma, “Ludo” – escultura
Dezembro: Accrochage de Artistas da Galeria
1990
Fevereiro: Exposição de Graça Delgado, “Arte Têxtil Contemporânea”
Abril: Exposição de Regina Chulan, “Master Lines”
Junho: Exposição de João Cruz da Rosa, “Paralelos” – pintura
Setembro: Exposição colectiva de Artistas da Galeria
Outubro: Exposição de Novos Pintores Portugueses (Fernando Figueiredo, Patrícia
Garrido, Jaime Lebre, Fátima Pinto, Helena Pinto, Gonçalo Ruivo, Teresa Silva, Jorge
Varanda)
17 Anos da Quadrum. Artistas Modernos Portugueses. Nov. (Alberto Carneiro, Amaral
da Cunha, Ana Vieira, Ângelo de Sousa, António Palolo, António Sena, Cruz Filipe,
Eduardo Nery, E. M. de Melo e Castro, Ernesto de Sousa, Eurico Gonçalves, Fernando
Azevedo, Graça Costa Cabral, Graça Pereira Coutinho, Gracinda Candeias, João Moniz,
João Vieira, Joaquim Rodrigo, Jorge Pinheiro, José de Carvalho, José Conduto, José de
Guimarães, José Nuno da Câmara Pereira, Julião Sarmento, Leonel Moura, Nadir
Afonso, Pedro Campos Rosado, Pires Vieira, Rocha Pinto, Salette Tavares, Sérgio
Pombo, Vasco Costa, Vítor Fortes, Zulmiro de Carvalho)
1991
Janeiro: Exposição de Sebastian Heiner – pintura (exposição realizada a partir de
intercâmbio com a Exhibir Galerie, Berlim)
Maio: Exposição de Regina Chulan – pintura
Junho: João Pais. Empatias Paradoxais. Pintura. 4 - 29 Jun. (exposição realizada a partir
de intercâmbio com a Exhibir Galerie, Berlim)
Outubro: Patrícia Garrido. Pinturas. Out.
1992
Janeiro: Exposição de Miguel Palma, “Ordem”
Fevereiro: Exposição de Eugeni Torrens, “Amor Fusta” – pintura
32
Março: Exposição de Rosário Rebelo de Andrade – pintura
Abril: Exposição de Amaral da Cunha
Maio: Exposição de Luís Delgado
Novembro: Exposição de Nikias Skapinakis, “Pinturas Cor de Barro” – pintura
Dezembro: Exposição colectiva (Amaral da Cunha, Ângelo de Sousa, António Palolo,
Cruz Filipe, David de Almeida, Eugeni Torrens, Eurico Gonçalves, Isabel Laginhas,
Nadir Afonso, Rosário Rebelo de Andrade, Fernando Brito, Gracinda Candeias, João
Cruz da Rosa, João Vieira, José de Guimarães, Manuel Baptista, Miguel Palma, Nikias
Skapinakis, Noronha da Costa, Patrícia Garrido, Paulo Mendes, Pedro Portugal, Rocha
Pinto, Rui Serra, Rui Matos, Sérgio Pombo) – pintura e escultura
1993
Janeiro: Exposição de João Álvaro Rocha e José Manuel Gigante, “Um Projecto” –
arquitectura; Fernando Brito – pintura
Fevereiro: Exposição de Miguel Palma, “Olho Mágico” – instalação
Março: Exposição de António Cerveira Pinto, Carlos Nogueira, Carlos Vidal, Fernando
Brito, João Louro, Leonel Moura, Miguel Palma, Nuno Silva, Paulo Mendes, Pedro
Portugal, Pedro Pousada, Rui Serra, “Arte Pública – Projectos e Ideias”
Abril: Exposição de Carlos Vidal
Maio: Exposição de Rui Serra, “Sistemas de Recepção”
Junho: Exposição de Paulo Mendes, “Do It Yourself/Faça Você Mesmo”
Julho: Exposição de José Pastor e Tiago Manuel, “Da vida e da Morte” – fotografia e
instalação
Setembro: Exposição de Artistas da Galeria (Carlos Vidal, Fernando Brito, José Pastor,
Miguel Palma, Nikias Skapinakis, Paulo Mendes, Rui Serra, Tiago Manuel)
1994
Janeiro: Exposição de Miguel Palma, “Crash Test”; Exposição de Paulo Mendes e Nuno
Silva, “O Processo”, Exposição de Eugeni Torrens, “Nocturn Horizontal” (exposição
realizada no âmbito de LIsboa 94 Capital Europeia da Cultura) – pintura
Fevereiro: Exposição de João Cruz da Rosa, “Ensaios de Imagem”
Março: Exposição de Miguel Leal, “Que Realidade?”
Maio: Exposição de Nikias Skapinakis, “Cartazes” – pintura
33
Junho: Exposição de Patrícia Garrido, “Jogos de Cama”
Setembro: Exposição de Cristina Mateus, “Grau Zero”
Dezembro: Exposição de Alain Davie – pintura (1990-1993)
1995
Maio: Exposição de António Mira
1977
Bolonha, Arte Fiera 77. Jun. (Alberto Carneiro, Ana Vieira, Ângelo de Sousa, António
Sena, Fernando Calhau, Graça Pereira Coutinho, Helena Almeida, Noronha da Costa,
João Moniz, Jorge Pinheiro, Julião Sarmento, Pires Vieira)
1978
Bolonha, Arte Fiera 78, Jun. (Alberto Carneiro, Ana Vieira, António Palolo, Irene
Buarque, Ernesto de Sousa, José Conduto, João Moniz, Jorge Pinheiro, José Rodrigues,
Leonel Moura, Lourdes Castro, Vítor Fortes); Basileia, Art Basel 9'78, 14-19 Jun. (Ana
Vieira, João Moniz, Jorge Pinheiro, Lourdes Castro, Vítor Fortes); Lisboa, Galeria
Nacional de Arte Moderna de Belém, Panorama das Galerias. Out.
1979
Basileia, Art Basel 10'79, Jun. (Alberto Carneiro); Paris, FIAC, Out. (João Moniz, José
Nuno Câmara Pereira)
1982
Madrid, Arco. Fev.
1984
Madrid, Arco. Fev. (António Palolo, João Vieira, José de Guimarães, Julião Sarmento)
1985
Madrid, Arco. Fev. (4 artistas)
1986
Madrid, Arco, Fev. (4 artistas)
34
1987
Madrid, Arco, Fev. (7 artistas); Funchal, Marca Madeira'87. 3-9 Set.
1988
Madrid, Arco, Fev. (3 artistas); Los Angeles, The 3rd International Contemporary Art
Fair. Dez. (Helena Almeida, José de Guimarães)
1989
Lisboa, 2º Forum de Arte Contemporânea. 31 Maio - 5 Jun; Los Angeles, The 4th
International Contemporary Art Fair. 7-11 Dez. (Helena Almeida, José de Guimarães)
1990
Los Angeles, The 5th International Contemporary Art Fair. Dez. (David de Almeida,
Lourdes Castro)
1) Pavilhão Branco.
Disponível em:
http://www.cm-
lisboa.pt/equipamentos/e
quipamento/info/pavilha
o-branco
Pavilhão Branco.
Disponível em:
https://www.trienaldelis
boa.com/ohl/espaco/pav
ilhao-branco/
35
Interior do Pavilhão
Branco.
36
Imagens disponíveis em:
https://galeriasmunicipais
.pt/exposicoes/galerias/pa
vilhao-branco/?
qd=passado
Hector Zamora/Victor
Gama – Vibrações
Centrífugas (04/2018)
Curadoria: Galerias
Municipais
37
Imagens disponíveis em:
https://galeriasmunicipai
s.pt/exposicoes/galerias/
pavilhao-branco/?
qd=passado
João Louro – Ni le
soleil ni la mort (05-
09/2019)
Curadoria: Nuno Faria
38
2) Galeria Quadrum.
Disponível em:
http://www.egeac.pt/
equipamento/galeria-
quadrum/
Galeria Quadrum.
Disponível em:
https://www.trienald
elisboa.com/ohl/espa
co/complexo-
corucheus/
39
40
Imagens disponíveis em:
http://quadrumarquivoparal
Imagens disponíveis em:
elo.blogspot.com/search/lab
https://www.facebook.com/galeriasmunicipai
el/Alberto%20Carneiro
slisboa/
Galeria Quadrum –
Alberto Carneiro/Ana Lupas/Lala
Alberto Carneiro (1975)
Meredith-Vula/Claire de Santa Coloma –
Topografias Rurais (até 02/20)
Curadoria: Tobi Meier
41
42
3) Galeria Boavista.
Disponível em:
http://www.egeac.pt/equip
amento/galeria-boavista/
João Gabriel, My
Favourite Things (04-
07/2018).
Curadoria: Sara Antónia
Matos e Pedro Faro
43
44
Imagens disponíveis em:
https://galeriasmunicipais.pt/
exposicoes/galerias/boavista/
?qd=passado
45
46
4) Torreão Nascente da Cordoaria Nacional.
Imagem disponível em: https://galeriasmunicipais.pt/galeria-torreao-nascente-cordoaria-
nacional-apresentacao
49