Eletricidade Básica
Eletricidade Básica
Eletricidade Básica
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
ENSINO A DISTÂNCIA
01
UNIDADE
CONCEITOS E
COMPONENTES BÁSICOS
PROF.A NÁGILA RIBEIRO DE MENEZES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
UNIDADES DE MEDIDA ............................................................................................................................................. 6
SISTEMAS DE UNIDADES ......................................................................................................................................... 6
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS ................................................................................................................................ 7
TENSÃO ELÉTRICA .................................................................................................................................................... 8
CORRENTE ELÉTRICA .............................................................................................................................................. 9
POTÊNCIA E ENERGIA ............................................................................................................................................. 11
WWW.UNINGA.BR 3
RESISTÊNCIA ELÉTRICA ......................................................................................................................................... 12
CONDUTÂNCIA ......................................................................................................................................................... 15
COMPONENTES DE UM CIRCUITO ........................................................................................................................ 16
LEI DE OHM ............................................................................................................................................................... 17
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................................................................ 20
WWW.UNINGA.BR 4
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
O entendimento conceitual de grandezas e componentes é fundamental nas teorias de
circuitos elétricos, bem como na vida profissional do engenheiro eletricista, visto que lidamos
frequentemente com grandezas mensuráveis. Esta unidade apresenta o sistema internacional de
unidades (SI) e prefixos utilizados na engenharia. Aborda a fundamentação teórica dos principais
conceitos da eletricidade: tensão, corrente, resistência, energia e potência, com objetivo de formar
um embasamento sólido para auxiliar no bom desenvolvimento dos estudos em todos os campos
de aplicação da eletricidade.
WWW.UNINGA.BR 5
ENSINO A DISTÂNCIA
UNIDADES DE MEDIDA
Trabalhar no campo das ciências exatas requer compreendimento da importância de
uma correta aplicação das unidades, pois uma simples troca de unidades pode comprometer o
resultado de uma equação, de um trabalho ou projeto. Ao realizar a medição de uma grandeza,
está-se realizando a comparação desta com um valor unitário precisamente definido desta mesma
grandeza, uma unidade-padrão. Por exemplo, ao dizer que o comprimento de uma mesa é de 2
metros, significa que esta mesa possui duas vezes o comprimento da unidade-padrão, que é o
metro. Dizer que o comprimento é 2, não faz sentido, é importante, portanto, incluir a unidade,
que para este exemplo é o metro. Portanto é importante lembrar que:
A magnitude de uma grandeza deve ser composta de um número e uma unidade.
Expressar uma grandeza na unidade correta é fundamental para que os cálculos e as
manipulações matemáticas não deem errado, é importante estar atento e sempre conferir as
unidades utilizadas nos cálculos, principalmente ao realizar conversão de unidades.
SISTEMAS DE UNIDADES
WWW.UNINGA.BR 6
ENSINO A DISTÂNCIA
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Em se tratando de grandezas mensuráveis, podemos citar alguns instrumentos digitais
que realizam estas medidas e apresentam como resultado da medição números com uma casa
após a vírgula, outros apesentam duas casas, três, entre outras variações. Como exemplo disto
temos as balanças, os multímetros, trenas digitais e etc.
Nestas quantidades de casas após a vírgula pode-se verificar o grau de precisão desta
medida. Por exemplo, analisando as medidas 12,5 cm e 12,52 cm verifica-se que a primeira
medida foi realizada por um instrumento com grau de precisão na casa dos décimos, de zero a
nove e, a segunda medida por um instrumento com grau de precisão na casa dos centésimos, de
zero a 100. Note que o segundo instrumento foi capaz de medir o comprimento em centímetros
mais fiel a realidade que o primeiro instrumento.
A precisão das medidas realizadas pode ser determinada pelo número de algarismos
significativos presentes no resultado, que são números inteiros de 0 a 9 que quantificam uma
medida. Vale ressaltar que nem sempre o zero é um algarismo significativo. Por exemplo: os zeros
de 4002 são significativos, diferente do zero à esquerda da vírgula de 0,150 que não é significativo.
Existem algumas regras para fazer operações com números cujo os graus de precisão são
diferentes:
WWW.UNINGA.BR 7
ENSINO A DISTÂNCIA
Solução:
a) 52,1
b) 52,14
c)52,146
TENSÃO ELÉTRICA
Comumente escutamos ou falamos que determinado eletrodoméstico é 220 Volts ou
120 Volts. Quando nos referimos aos equipamentos desta forma, estamos na verdade, citando
qual a tensão elétrica necessária para que este equipamento entre em funcionamento. Mas
conceitualmente, do que se trata realmente a tensão elétrica? Para melhor compreensão do que
este termo significa, relembraremos brevemente a estrutura atômica.
O átomo é a estrutura básica da matéria, formado por elétrons, prótons e nêutrons. Os
elétrons encontram-se em órbita em torno do núcleo, que é formado por prótons e nêutrons.
Pode-se dizer que a quantidade mais elementar dos circuitos elétricos é a carga elétrica e sabe-
se, a partir dos estudos de física, que os elétrons em órbita possuem carga negativa, os prótons
possuem carga positiva e os nêutrons não possuem carga. Para este estudo, o que nos interessa é
o movimento destas cargas.
WWW.UNINGA.BR 8
ENSINO A DISTÂNCIA
Para movimentar cargas de um lugar para outro gasta-se uma quantidade de energia
ou trabalho, essa quantidade de energia pode variar conforme a quantidade de carga que será
movimentada. Este trabalho gasto para movimentar a carga é realizado por uma força, chamada
de força eletromotriz (FEM), também conhecida como tensão ou diferença de potencial. Pode ser
descrita, matematicamente, por:
(1.1)
(1.2)
onde F é a força expressa em Newtons (N), k uma constante de valor 9,0 x109 N.m2/C², Q1
e Q2 são cargas expressas em coulombs e r é a distância entre as cargas Q1 e Q2 em metros.
As cargas de mesmo sinal se repelem e as cargas de sinais opostos se atraem, por este
motivo, o fluxo de elétrons ocorre do polo negativo para o polo positivo da bateria, visto que as
cargas do polo negativo são de mesmo sinal às cargas dos elétrons livres.
WWW.UNINGA.BR 9
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 1 - Fluxo orientado de elétrons passando por um condutor. Fonte: Boylestad (2012).
(1.3)
Portanto, corrente elétrica conceitua-se como o fluxo de cargas por unidade de tempo,
medida em ampères (A).
Analisando a equação 1.3, verifica-se que a corrente pode variar com relação ao tempo:
• Corrente contínua (CC): o valor da corrente não apresenta variações com o passar do
tempo;
•Corrente alternada (CA): o valor da corrente varia em relação ao tempo, apresentando
comportamento senoidal.
(a) (b)
Figura 2 – (a) corrente contínua (b) corrente alternada. Fonte: Sadiku (2013)
WWW.UNINGA.BR 10
ENSINO A DISTÂNCIA
Por convenção utilizaremos o símbolo I para corrente contínua (CC) e i para corrente
alternada (CA).
Ao definir a intensidade da corrente elétrica, deve-se definir o seu sentido, o qual pode
ser representado positivamente ou negativamente.
Observando a figura 1, pode-se verificar que há o sentido de corrente deslocando-se
do negativo para o positivo, o mesmo sentido dos elétrons, o qual é chamado de sentido real
da corrente. O sentido da corrente, fluindo do positivo para o negativo, chama-se de sentido
convencional da corrente. Para este estudo assumiremos somente o sentido convencional da
corrente.
Exemplo 2: Para uma secção transversal, semelhante à demonstrada na figura 1, verificou-
se que uma carga de 0,5 C a atravessa no instante 10 ms. Calcule a corrente que passa por esta
secção transversal.
Resolução:
A partir da Equação 1.3, temos:
POTÊNCIA E ENERGIA
Sendo assim, uma lâmpada de 25 Watts realiza, em quantidade, mais trabalho que uma
de 9 Watts no mesmo intervalo de tempo. Matematicamente, temos:
(1.4)
Para a capacidade de realizar trabalho, dá-se o nome de energia, sendo medida em Joules
(J).
As concessionárias de energia elétrica medem a energia em Watts-hora (Wh). Sabemos a
WWW.UNINGA.BR 11
ENSINO A DISTÂNCIA
partir da equação 1.3 que W = Pt, portando para escrevermos energia em Watts-hora, fazemos:
Energia (Wh)= potência(W) x tempo(h) (1.5)
Para escrever a energia na unidade KWh, basta dividirmos o valor da energia expressa
em Wh por 1000.
Exemplo 3: Um secador de cabelo de 1600 W deve ficar ligado quanto tempo para
consumir 10 kWh?
Resolução:
A partir da Equação 1.5, temos:
WWW.UNINGA.BR 12
ENSINO A DISTÂNCIA
(a) (b)
Figura 3 – (a) Simbologia do resistor fixo (b) Simbologia do resistor variável, ex: potenciômetro. Fonte: O
autor.
WWW.UNINGA.BR 13
ENSINO A DISTÂNCIA
Vamos aplicar o sistema de código de faixas coloridas para um resistor fixo de quatro
faixas:
WWW.UNINGA.BR 14
ENSINO A DISTÂNCIA
CONDUTÂNCIA
Considerando que a resistência é o impedimento de passagem de corrente por um
material, chama-se condutância o inverso da resistência, ou a capacidade que um material possui
de permitir a passagem de corrente, seu símbolo é o G e, sua medida é realizada em Siemens (S).
Matematicamente, temos:
(1.9)
onde G é a condutância medida em Siemens (S), R a resistência, A é a área da secção
transversal, ρ representa a resistividade e l o comprimento.
Assim, um resistor de 1 kΩ, possui uma condutância de 1 mS.
WWW.UNINGA.BR 15
ENSINO A DISTÂNCIA
COMPONENTES DE UM CIRCUITO
Com as principais grandezas utilizadas na análise de circuitos definidas, podemos
apresentar o conceito de circuito elétrico:
As interconexões de componentes elétricos e/ou eletrônicos formam um circuito elétrico.
Podemos classificar entre os componentes elétricos em duas classes: os componentes ativos
e os componentes passivos. Os componentes ativos são os componentes que são capazes de gerar
energia para o circuito, como pilhas, baterias, geradores ou amplificadores. Já os componentes
passivos não são capazes de gerar energia, são eles: os resistores, capacitores e indutores, você vai
perceber que o resistor é um componente que está presente na maioria dos circuitos elétricos.
Os principais elementos ativos que veremos são as fontes de tensão ou corrente, que
são capazes de fornecer potência para o circuito em que estão interconectadas. Elas podem ser
independentes ou dependentes. As fontes independentes, tanto de tensão quanto de corrente,
fornecem energia sem depender de qualquer outro elemento do circuito.
As fontes dependentes, também chamadas de fontes controladas, de tensão ou corrente,
são controladas por outra tensão ou corrente presente no circuito.
WWW.UNINGA.BR 16
ENSINO A DISTÂNCIA
(a) (b)
Figura 8 - Simbologia para fontes de tensão (a) e corrente (b) dependentes. Fonte: Sadiku (2013).
Observe que as fontes de tensão apresentam em sua simbologia, sinal positivo e negativo
e, uma seta para as fontes de corrente. Nas fontes de corrente, a seta indica o sentido que a corrente
irá percorrer. No caso das fontes de tensão, o sinal indica a polaridade da fonte, consequentemente
o deslocamento da corrente convencional, saindo do polo positivo para o polo negativo da fonte.
LEI DE OHM
A figura 9 mostra um circuito básico, também conhecido como circuito resistivo, que
é formado por uma fonte de tensão e uma resistência. Considerando que a fonte de tensão está
ligada diretamente nos terminais 2 e 1 do resistor, a tensão do resistor é a mesma tensão da fonte.
Aplicando a lei de Ohm é possível encontrar o valor da corrente que flui através do resistor:
WWW.UNINGA.BR 17
ENSINO A DISTÂNCIA
Exemplo 5: Para o circuito da figura 11, determine a corrente que passa pelo resistor R
utilizando a lei de ohm.
Resolução:
Aplicando a equação 1.0 para calcular a corrente I, que flui pelo resistor R, temos:
ja que:
Então,
(1.12)
WWW.UNINGA.BR 18
ENSINO A DISTÂNCIA
Substituindo a lei de Ohm na equação 1.12, podemos chegar a mais duas equações para
cálculo de potência:
(1.13)
(1.14)
Exemplo 6: Para o circuito da figura 1-11, calcule a potência absorvida pelo resistor R1.
Resolução:
A partir da equação 1.8, temos:
P=V.I = (15V).(15.10-3 A) = 0,225 W = 225 mW
Resolução:
a) = 60A
Preçomês=(720).0,5=R$ 360,00
WWW.UNINGA.BR 19
ENSINO A DISTÂNCIA
THOMPSON, A.; TAYLOR, B. N. Guide for the Use of International System of Units
(SI). NIST Special Publication 811. 1995 Edition. Disponível em: www.nist.gov.
RESUMO DA UNIDADE
• A magnitude de uma grandeza deve ser composta de um número e uma unidade.
• SI ou sistema internacional de unidades estabelece o conjunto de unidades-padrão
utilizado em todo mundo.
• Tensão é definida como quantidade de energia necessária para deslocar uma carga e é
medida em Volts (V).
V=RI
WWW.UNINGA.BR 20
ENSINO A DISTÂNCIA
02
UNIDADE
CIRCUITOS RESISTIVOS
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 23
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM SÉRIE ........................................................................................................... 24
ASSOCIAÇÃO DE FONTES EM SÉRIE ..................................................................................................................... 27
LEI DE KIRCHOFF PARA TENSÕES (LKT) ............................................................................................................. 28
DIVISOR DE TENSÃO ............................................................................................................................................... 30
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO .................................................................................................... 32
LEI DE KIRCHOFF PARA AS CORRENTES (LKC) .................................................................................................. 35
DIVISOR DE CORRENTE .......................................................................................................................................... 36
WWW.UNINGA.BR 21
ASSOCIAÇÃO DE FONTES EM PARALELO ............................................................................................................. 37
CURTO-CIRCUITO E CIRCUITO ABERTO ............................................................................................................... 37
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES SÉRIE-PARALELO ............................................................................................... 38
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................................................................ 42
WWW.UNINGA.BR 22
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Para realizar análise de circuitos é fundamental compreender como efetuar a combinação
de resistores em série, paralelo e série-paralelo, visto que o resistor está presente na maioria dos
circuitos elétricos. Além de realizar combinação destes componentes, a compreensão das leis de
Kirchoff que serão abordadas nesta unidade, servirá como ferramentas para o manuseio destes
circuitos facilitando suas análises.
Esta unidade demonstrará, portanto, técnicas de associação de resistores em série,
paralelo e série-paralelo, bem como as leis de Kirchoff para tensões e correntes, técnicas para
aplicar divisores de tensão e corrente e algumas definições sobre circuitos que são fundamentais
para suas análises.
WWW.UNINGA.BR 23
ENSINO A DISTÂNCIA
Resolução:
Rt=R1+R2+R3+R4+R5+R6
Rt=1kΩ+10kΩ+1,1kΩ+1kΩ+20kΩ+3,3kΩ
Rt=36,4 kΩ
WWW.UNINGA.BR 24
ENSINO A DISTÂNCIA
O valor resultante do cálculo da resistência total não se altera pela ordem com que os
resistores são conectados em série e, quanto maior o número de resistores associados em série,
maior será o resultado de Rt.
Para resistores de mesmo valor, o cálculo da resistência deve seguir a seguinte equação:
Rt=RN (2.2)
onde R é o valor da resistência e N o número de resistores iguais.
Faremos agora a análise do circuito mostrado na figura 2-3, com associação de resistores
em série considerando que:
R1= 47 Ω, R2= 100 Ω e R1= 150 Ω:
A corrente total do circuito (It) flui do pólo positivo para o pólo negativo da fonte. Visto
que os resistores R1, R2 e R3 estão em série, a corrente que passa por estes resistores é a mesma,
a corrente It. Vamos, agora, utilizar a lei de Ohm para encontrar o valor da corrente total , para
isso devemos substituir o valor de R por Rt, da seguinte forma:
Perceba que a polaridade da tensão de cada resistor está indicada no circuito, que é
determinada pela direção da corrente. Agora que conhecemos o valor da corrente total It,
podemos calcular o valor da queda de tensão através de cada resistor, utilizando a lei de Ohm:
VR1=R1.I1=(47Ω).(34m)=1,6 V
VR2=R2.I2=(100Ω).(34m)=3,4 V
VR3=R3.I3=(150Ω).(34m)=5 V
Podemos calcular também a potência aplicada pela fonte V1 (PV1) e a potência dissipada
por cada resistor do circuito. Encontrando a potência aplicada pela fonte:
PV1=V1.It
PV1=(10 V).(34 mA)=340 mW
WWW.UNINGA.BR 25
ENSINO A DISTÂNCIA
Perceba que a potência fornecida pela fonte é igual a soma das potências de cada resistor:
Pv1=PVR1+PVR2+PVR3 (2.3)
Pv1=54,4 mW+115,6 mW+170 mW=340mW
Exemplo 2: Para o circuito da figura 2-4 calcule R1, a corrente total, o valor da queda
de tensão em R3 e, verifique se a potência fornecida pela fonte V é igual à soma das potências
dissipadas pelos resistores.
Dados: Rt= 30 kΩ; V= 60 V; R2= 5 KΩ; R3=15 KΩ
Resolução:
WWW.UNINGA.BR 26
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 5 - Associação de fontes de tensão com mesma polaridade em série. Fonte: o autor.
Figura 6 - Associação de fontes de tensão, com polaridades diferentes, em série. Fonte: O autor.
Note que a fonte de tensão resultante V3 é semelhante a fonte V1, logo, sempre que houver
necessidade de realizar a associação de fontes em série com polaridades diferentes, faz-se a soma
de todas as fontes de mesma polaridade, a soma de todas as fontes com polaridades diferentes e,
para a fonte resultante calcula-se a diferença destas somas realizadas.
A fonte resultante terá polaridade semelhante à polaridade daquelas fontes que somadas
obtiveram maior valor. Analisemos agora a associação de fontes da figura 7:
WWW.UNINGA.BR 27
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 28
ENSINO A DISTÂNCIA
Veja que o sentido da corrente I é o sentido horário, este sentido foi utilizado para definir
a polaridade dos resistores R1 e R2, que já estão representadas nos circuitos. Para aplicar a LKT
é necessário realizar a soma algébrica das tensões e igualá-las a zero, tratando-se de uma soma
algébrica devemos nos atentar a sinais positivos e negativos à medida que a corrente percorre a
malha, sendo assim adotaremos a seguinte convenção:
• Potencial negativo para positivo: adota-se sinal +;
• Potencial positivo para negativo: adota-se sinal -.
Observando o percurso da corrente por toda a malha e, somando potenciais (tensões),
WWW.UNINGA.BR 29
ENSINO A DISTÂNCIA
Resolução:
Calculando a corrente total do circuito:
V=VR1+VR2+VR3
V=1,61 V+16,1 V+32,3 V≃50 V
DIVISOR DE TENSÃO
Vimos que a soma das quedas de tensão em um circuito, com resistores em série, é igual
a tensão fornecida pela fonte à circuito. Podemos calcular a queda de tensão em cada resistor de
V1=R1.I
WWW.UNINGA.BR 30
ENSINO A DISTÂNCIA
Para calcular o valor da queda de tensão em R2, faríamos o mesmo cálculo, entretanto
mudando a resistência do numerador, assim:
(2,5)
WWW.UNINGA.BR 31
ENSINO A DISTÂNCIA
(2,6)
WWW.UNINGA.BR 32
ENSINO A DISTÂNCIA
Note que o valor da resistência total é menor que o menor resistor associado em paralelo no
circuito, portanto o valor de Rt tende a reduzir conforme são adicionados resistores à configuração
de resistores em paralelo. Depois de calcular a resistência total do circuito, podemos desenhar
um circuito equivalente ao circuito inicial, para tanto substituiremos as resistências em paralelo
A partir do circuito equivalente mostrado na figura 2-15, vamos calcular a corrente total
do circuito fornecida pela fonte:
Para realizar o cálculo da resistência total quando os valores das resistências forem iguais,
fazemos:
(2.7)
WWW.UNINGA.BR 33
ENSINO A DISTÂNCIA
Resolução:
Quando analisamos o circuito com resistores em série, notamos que a corrente era a
mesma para todos os resistores no circuito e que, as suas respectivas quedas de tensões eram
V1=VR1=VR2=20 V
It=I1+I2 ,
It
WWW.UNINGA.BR 34
ENSINO A DISTÂNCIA
Assim, podemos dizer que a corrente fornecida pela fonte é igual à soma das correntes das
resistências em paralelo. Utilizando as correntes encontradas para calcular a potência dissipada
por cada resistor, temos:
PR1=V1.I1=(20 V).(3,33 A)=66,6 W
PR2=V1.I2=(20 V).(6,67 A)=133,4 W
Comparando com a potência fornecida pela fonte:
PV1=V1.It=(20 V).(10 A)=200 W
PV1=PR1+PR2=66,6 W+133,4 W=200 W
WWW.UNINGA.BR 35
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 19 - Exemplo 6
Resolução:
Aplicando a equação 2.8, temos:
2 A=0,5 A+I2
I2=2 A-0,5 A=1,5 A
DIVISOR DE CORRENTE
sabendo que:
Então,
(2,9)
WWW.UNINGA.BR 36
ENSINO A DISTÂNCIA
Note que a fonte de corrente equivalente recebe o sentido da maior fonte de corrente, a
fonte I_1 e, sua corrente é definida pela soma algébrica de I1 e I2:
I3= I1-I2=10 A-2 A=8 A
WWW.UNINGA.BR 37
ENSINO A DISTÂNCIA
V=0 V
I=Imáxima
V=Vmáxima
I=0 A
Para o circuito da figura 23, a corrente é igual a zero ampères e a tensão máxima é a
mesma fornecida pela fonte, 5 V.
WWW.UNINGA.BR 38
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 39
ENSINO A DISTÂNCIA
Redesenhando novamente o circuito, figura 27, temos apenas a fonte de tensão em série
com a resistência equivalente Rt, obtivemos, portanto, um circuito reduzido. Através deste
circuito reduzido é possível realizar o cálculo da corrente total do circuito, a corrente It. Note que
a corrente total se trata da corrente fornecida pela fonte V1, esta corrente é a mesma tanto para o
WWW.UNINGA.BR 40
ENSINO A DISTÂNCIA
Perceba que as correntes são iguais, pois os valores das resistências R2 e RA são iguais,
portanto poderíamos ter calculado as correntes I1 e I2 da seguinte forma:
Perceba que a soma de VR3 e VR4 equivale exatamente ao valor de VRA. A partir dos valores
calculados para as quedas de tensão de cada resistor e correntes, é possível realizar os cálculos
de potência fornecida pela fonte e potências dissipadas por cada resistor, chegando aos seguintes
resultados:
PV1=100 mW
PVR1=80 mW
PVR2=10 mW
PVR3=4 mW
PVR4=6 mW
WWW.UNINGA.BR 41
ENSINO A DISTÂNCIA
RESUMO DA UNIDADE
• Associação de resistores em série:
Rt=R1+R2+R3+⋯+RN
• Divisor de corrente:
WWW.UNINGA.BR 42
ENSINO A DISTÂNCIA
• Ao associar duas ou mais fontes de tensão em paralelo, a tensão deve ser a mesma. A
corrente da fonte resultante será a soma das correntes individuais das fontes de tensão.
• Ao associar duas ou mais fontes de corrente em paralelo pode-se substituí-las por uma
única fonte com seu valor correspondente à soma algébrica das fontes associadas.
• Curto-circuito:
V=0 V
I=Imáxima
• Circuito aberto:
V=Vmáxima
I=0 A
WWW.UNINGA.BR 43
ENSINO A DISTÂNCIA
03
UNIDADE
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 45
CONVERSÃO DE FONTES ....................................................................................................................................... 46
ANÁLISE NODAL ...................................................................................................................................................... 48
SUPERNÓ ................................................................................................................................................................. 53
ANÁLISE DE MALHAS ............................................................................................................................................. 56
SUPERMALHA ......................................................................................................................................................... 59
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................................................................ 63
WWW.UNINGA.BR 44
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Os circuitos apresentados nas unidades anteriores formaram um bom embasamento
para compreensão da lei de ohm e das leis de Kirchoff, que são leis fundamentais para análise
de qualquer circuito elétrico. A partir de agora analisaremos alguns circuitos com um grau de
complexidade um pouco maior que os anteriores, que exigirá algumas manipulações matemáticas,
como a resolução de sistemas de equações, determinantes e montagem de matrizes.
Nesta unidade, aprenderemos a utilizar duas técnicas bastante utilizadas para análise de
circuitos mais complexos, tanto em corrente contínua (CC) quanto em corrente alternada (CA):
análise nodal que utiliza como base a lei de Kirchoff das correntes (LKC) e a análise de malhas,
que utiliza como base a lei de Kirchoff das tensões (LKT).
WWW.UNINGA.BR 45
ENSINO A DISTÂNCIA
CONVERSÃO DE FONTES
As fontes de tensão ou de corrente possuem uma resistência interna, que normalmente
desprezamos para realizar os cálculos, ao fazermos isto, estamos considerando que estas fontes
são ideais. Na figura 3 podemos visualizar a fontes de corrente e a fonte de tensão com suas
respectivas resistências internas. Perceba que a fonte de tensão possui sua resistência interna em
série (Rs), enquanto que a fonte de corrente possui sua resistência interna em paralelo (Rp).
Figura 1 - Representação de fontes reais de tensão e corrente com suas respectivas resistências internas.
Figura 1 - Representação de fontes reais de tensão e corrente com suas respectivas resistências internas.
Fonte: O autor.
WWW.UNINGA.BR 46
ENSINO A DISTÂNCIA
Perceba que o sentido da fonte de corrente é definido pela polaridade da fonte de tensão,
que é o sentido convencional da corrente. Para realizar o processo inverso, no exemplo 1, a
conversão de fonte de corrente para uma fonte de tensão, deve-se utilizar a lei de Ohm, os valores
da fonte corrente e de sua resistência em paralelo (figura 3), assim:
Note que o valor de V é o valor da fonte de tensão que tínhamos antes de realizar a
conversão de fontes. Estas conversões são realizadas para facilitar a análise do circuito, haverá
momentos em que você observará o circuito e notará que realizar uma conversão de fontes pode
facilitar e reduzir os cálculos do circuito. Vejamos agora o circuito apresentado na figura 4:
WWW.UNINGA.BR 47
ENSINO A DISTÂNCIA
Para calcularmos a corrente que flui pelo resistor R2 é necessário realizar a conversão
da fonte de corrente, com resistência em paralelo, para uma fonte de tensão com resistência em
série. Assim:
Analisando a figura 5, nota-se que a corrente que flui pelo resistor R2 é, na verdade, a corrente
total do circuito, portanto, temos:
Passo 2: Identificar e nomear os N-1 nós do circuito, atribuindo aos nós identificações
como: V1,V2,V3,…,VN-1
• Passo 4: Aplicar a lei de Kirchoff para as correntes em todos os N-1 nós do circuito,
obtendo N-1 equações.
WWW.UNINGA.BR 48
ENSINO A DISTÂNCIA
• Passo 5: Utilizar a lei de Ohm para escrever as equações das correntes nomeadas no
circuito em função dos nós.
Para deixar claro como devem ser realizados os passos da análise nodal, faremos um
exemplo. Vamos utilizar análise nodal no circuito da figura 7, para encontrar o valor das correntes
que fluem por cada resistência:
• Passo 1: O circuito já está com o nó de referência identificado na figura 7.
WWW.UNINGA.BR 49
ENSINO A DISTÂNCIA
• Passo 3: Vamos colocar todas as correntes que não conhecemos no circuito saindo dos
nós V1 e V2.
• Passo 4:
Aplicando LKC para o nó V1:
• Passo 5: Neste passo é importante lembrarmos que quando a corrente flui por uma
resistência, ela vai de um potencial positivo para um potencial negativo, em outras palavras
a corrente vai de um potencial maior para um potencial menor, definindo uma diferença de
potencial. Sendo assim, através da lei de Ohm, podemos escrever:
WWW.UNINGA.BR 50
ENSINO A DISTÂNCIA
Nó V1:
Nó V2:
[G].[V]=[I] , (3.1)
esta igualdade de matrizes nos faz lembrar a lei de Ohm, utilizaremos esta igualdade
adiante para demonstrar outra maneira de aplicar análise nodal. Continuando na forma matricial
e fazendo a substituição do valor das resistências, temos:
WWW.UNINGA.BR 51
ENSINO A DISTÂNCIA
Calculando V1:
Calculando V2:
onde:
Gii – Soma das condutâncias (1⁄ R N ) conectadas ao nó i.
Gij= Gji – (-∑condutâncias)conectadas entre o nó i e o nó j.
Vi – Tensão no nó que pretende-se descobrir.
Ii – Soma algébrica de todas as fontes de corrente conectadas ao nó i, sendo que as correntes
que entram no nó recebem sinal positivo e, as correntes que saem do nó recebem sinal negativo.
Voltando ao circuito da figura 3-8, para as matrizes [G].[V]=[I], temos:
WWW.UNINGA.BR 52
ENSINO A DISTÂNCIA
SUPERNÓ
Os dois métodos de análise nodal apresentados na sessão anterior, são empregados a
circuitos que contém apenas fontes de corrente, porém, existe a possibilidade de nos depararmos
com circuitos que possuem tanto fontes de tensão quanto fontes de corrente, para analisar
estes circuitos formamos, dentro do circuito, um supernó – é formado por uma fonte de tensão
localizada entre dois nós, que não são nós de referência.
Vamos analisar o circuito da figura 10 utilizando a análise nodal e o supernó. O circuito já
está com os nós identificados e as correntes nomeadas. Sem realizar cálculos, podemos descobrir
o valor da tensão VA, pois a fonte de tensão V1 está entre o nó VA e o nó de referência, portanto
o valor de VA=V1=16 V.
Entre os nós VB e VC foi criado um supernó, devido a presença da fonte de tensão V2.
Deve-se aplicar LKC para o supernó e para os demais nós do circuito. Para este caso, aplicaremos
a LKC apenas para o supernó, já que o valor da tensão VA é conhecido:
• IR2+I2=IR1+IR3
• -VB+6+VC=0
• VB-VC=6
• IR2+I2=IR1+IR3
•IR2-IR1-IR3=-I2
WWW.UNINGA.BR 53
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 54
ENSINO A DISTÂNCIA
Exemplo 2: Para o circuito mostrado na figura 11, utilize análise nodal para encontrar o
valor da corrente ix. Observe que o circuito possui uma fonte de corrente dependente.
Passo 5: Aplicando a lei de Ohm para escrever as correntes em função das tensões nodais,
temos:
• Nó V1
Passo 6:
WWW.UNINGA.BR 55
ENSINO A DISTÂNCIA
Montando a matriz:
Vimos na sessão anterior que ao utilizarmos a análise nodal, obtemos como variáveis no
circuito as tensões nodais. A análise de malhas, também conhecida como análise de laço, utiliza
como ferramenta a lei de Kirchoff das tensões e, apresenta como variáveis no circuito as correntes
para cada malha. Lembre-se de que malha é um caminho fechado no circuito.
Para realizar análise de circuitos com esta técnica, assumiremos que todos os circuitos
contêm apenas fontes de tensão, mais adiante veremos os casos especiais para aplicar esta técnica
em que os circuitos também possuem fontes de corrente. Para analisar um circuito com N malhas,
aplicando a técnica de análise de malhas, podemos seguir os seguintes passos:
• Passo 2: Indicar no circuito a polaridade das resistências de acordo com cada corrente
de malha.
• Passo 3: Aplicar a LKT para cada malha, onde cada malha resultará em uma equação.
WWW.UNINGA.BR 56
ENSINO A DISTÂNCIA
• Passo 1: Demonstrado na figura 13. O circuito possui duas malhas. O caminho fabef
forma a malha 1 e o caminho ebcde forma a malha 2. As correntes I1 e I2 são as correntes de
malha, foram adotados sentidos horários para as correntes, por convenção, faremos sempre desta
forma para padronizar a análise.
WWW.UNINGA.BR 57
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 58
ENSINO A DISTÂNCIA
Perceba que a forma matricial escrita acima é semelhante à lei de Ohm. Assim como na
análise nodal, podemos utilizar esta matriz para encontrar as correntes diretamente, através da
análise do circuito por inspeção.
(3,2)
(3.3)
SUPERMALHA
Veremos agora como aplicar análise de malhas ao circuito com fontes de corrente e fontes
de tensão. Se o circuito em análise tiver uma malha com apenas uma fonte de corrente, como é o
caso da malha I2 da figura 16, a corrente da malha terá o valor da fonte de corrente, I2=3 A .
WWW.UNINGA.BR 59
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 60
ENSINO A DISTÂNCIA
• Passo 4: Ao retirar a fonte de corrente, o circuito ficou com apenas uma malha, agora
deve-se aplicar LKT para esta supermalha.
Resolvendo o sistema:
WWW.UNINGA.BR 61
ENSINO A DISTÂNCIA
Exemplo 3: O circuito mostrado na figura 21, possui uma fonte de tensão dependente
e duas malhas, que já estão representadas. Escreva as equações para cada malha, utilizando a
técnica de análise de malhas e, calcule a corrente que flui pelo resistor R1.
Dados:
V1=15V
V2=2.I1
R1=R2=5 Ω
R3=20 Ω
Resolução:
Você deve ter notado que ambas análises, nodal e de malhas, são utilizadas para circuitos
mais extensos e complexos. Ao analisar um circuito, deve-se procurar a melhor forma de resolvê-
lo, consequentemente, deve-se pensar em quais técnicas aplicar a fim de que o circuito possua
uma solução mais direta e simples.
Antes de iniciar a análise deve-se comparar a quantidades de nós e malhas, procurar por
valores de correntes ou tensões que podem ser obtidas sem necessidade de cálculos, resistores
WWW.UNINGA.BR 62
ENSINO A DISTÂNCIA
que podem ser associados, enfim, procurar características no circuito que facilitem sua análise.
Portanto, é necessário bom conhecimento das técnicas apresentadas anteriormente, pois
conhecendo bem as técnicas é possível ter uma visão mais clara do circuito e, aplicá-las com
maior eficiência.
RESUMO DA UNIDADE
• Supernó: técnica utilizada durante a aplicação da análise nodal para circuitos com
fontes de tensão e corrente.
• A análise de malhas é uma técnica de análise de circuitos que utiliza a aplicação da LKT.
Através dela encontra-se as correntes de malha.
WWW.UNINGA.BR 63
ENSINO A DISTÂNCIA
04
UNIDADE
CIRCUITOS EM PONTE E
CONVERSÕES Y-Δ E Δ-Y
PROF.A NÁGILA RIBEIRO DE MENEZES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 65
CONVERSÃO Y-Δ E Δ-Y .......................................................................................................................................... 66
CIRCUITOS EM PONTE ............................................................................................................................................ 71
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................................................................ 75
WWW.UNINGA.BR 64
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Esta unidade traz circuitos em que a configuração dos resistores não está em série,
paralelo ou em série-paralelo, são as configurações estrela ou triângulo. Demonstra como realizar
a conversão entre estas novas configurações e mostra como realizar a análise de alguns circuitos
que a utilizam. Além disto, esta unidade traz os circuitos em ponte, que são circuitos amplamente
utilizados no campo da eletrônica em circuitos retificadores.
WWW.UNINGA.BR 65
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 66
ENSINO A DISTÂNCIA
(3,1)
(3,2)
Então,
(3,3)
usando a mesma linha de raciocínio para os outros pontos das configurações, temos:
(3.4)
(3.5)
(3.7)
(3.8)
(3.9)
Analisando as equações (3.7), (3.8) e (3.9) notamos uma maneira fácil de memorizar as
equações:
• O resistor da configuração Y conectado ao ponto 1 é igual ao produto dos resistores
conectados ao ponto 1, na configuração Δ.
• O resistor da configuração Y conectado ao ponto 2 é igual ao produto dos resistores
conectados ao ponto 2, na configuração Δ.
• O resistor da configuração Y conectado ao ponto 3 é igual ao produto dos resistores
conectados ao ponto 3, na configuração Δ.
Vejamos agora a conversão Y para Δ:
Dividindo a equação (3.7) pela equação (3.8):
(3.10)
(3.11)
WWW.UNINGA.BR 67
ENSINO A DISTÂNCIA
(3.12)
(3.14)
Analisando as equações (3.12), (3.13) e (3.14) notamos uma maneira fácil de memorizar
as equações:
• O resistor da configuração Δ é a soma de todos os possíveis produtos de R1, R2 e R3,
dividido pelo resistor de Y equivalente ao resistor a ser determinado, onde as equivalências são:
o Ra com R1;
o Rb com R2;
o Rc com R3;
Caso queira encontrar:
• Ra: realiza-se a soma de todos os possíveis produtos de R1, R2 e R3 dividido por R1;
• Rc: realiza-se a soma de todos os possíveis produtos de R1, R2 e R3 dividido por R3;
Logo,
(3.15)
(3.16)
Exemplo 1: Para o circuito mostrado na figura 4, encontre o valor da corrente total It.
WWW.UNINGA.BR 68
ENSINO A DISTÂNCIA
O circuito da figura 4-4 possui duas combinações Δ ou π, a primeira formada por R1, R2
e R3 e, a segunda combinação formada por R3, R4 e R5. Faremos a conversão de Δ para Y, da
combinação R1(Ra), R2(Rb) e R3(Rc), devido os valores das resistências serem menores, apenas
para facilitar o cálculo.
WWW.UNINGA.BR 69
ENSINO A DISTÂNCIA
Agora que foi realizada a conversão, conseguimos analisar o circuito com as técnicas
conhecidas para circuitos série e paralelo.
Fazendo a associação dos resistores em série presentes no circuito da figura 5, temos:
Rx=R2+R4=0,8 Ω+5 Ω=5,8 Ω
Ry=R1+R5=1,5 Ω+3 Ω=1,8 Ω
Redesenhando o circuito, figura:
WWW.UNINGA.BR 70
ENSINO A DISTÂNCIA
CIRCUITOS EM PONTE
Os circuitos em ponte apresentam algumas características especiais, tanto no arranjo da
rede de resistores, quanto na relação dessas resistências. Estes circuitos possuem um grande leque
de aplicações, principalmente no campo da eletrônica, podem ser utilizados em medidores de
corrente contínua e alternada, em circuitos retificadores, dentre outras aplicações. Os circuitos
em ponte podem vir com os seguintes arranjos de resistores:
Vamos analisar um circuito com esta configuração de resistências para verificar o que há
de diferente nesses circuitos em ponte. Vejamos o circuito da figura 8.
WWW.UNINGA.BR 71
ENSINO A DISTÂNCIA
O circuito em ponte, apresenta mais uma particularidade, veja que existe uma igualdade
na razão dos seguintes resistores:
WWW.UNINGA.BR 72
ENSINO A DISTÂNCIA
Substituindo a fonte de tensão com a resistência em série, por uma fonte de corrente
com resistência em paralelo, no circuito da figura 8, teremos outra situação em que podemos
encontrar um circuito em ponte.
Para realizar a análise do circuito em ponte, agora com fonte de corrente, devemos aplicar
a técnica de análise nodal. Observe que os nós já estamos indicados e nomeados no circuito da
figura 11, basta aplicarmos a LKC para encontrar as tensões nos nós ou utilizar o método de
inspeção. Utilizaremos o método de inspeção para analisar o circuito:
WWW.UNINGA.BR 73
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 74
ENSINO A DISTÂNCIA
RESUMO DA UNIDADE
• As conversões Y- Δ e Y- Δ são aplicadas a alguns circuitos resistivos em que os resistores
não estão configurados em série ou em paralelo.
• Equações para conversão Δ -Y:
WWW.UNINGA.BR 75
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 76
ENSINO A DISTÂNCIA
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O.; Análise de Circuitos Elétricos com Aplicações.
McGrawHill, 1ª Edição 2013.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à Análise de Circuitos. 12. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
EDMINISTER, J.A.; Circuitos Elétricos. Editora McGraw-Hill LTDA ; 2010; 3ª Ed. (Coleção
Schaum).
HAYT, W. J.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. Análise de Circuitos em Engenharia.7 ed. São
Paulo:McGrawiHill. 2008.
IRWIN, J. D. Análise de Circuitos em Engenharia. 10.ed. São Paulo: Makron Books, 2013.
NILSSON, J. W. & RIEDEL, S. A. Circuitos Elétricos, 6a Ed., Rio de Janeiro: LTC, 2003.
ORSINI, L. de Q.;CONSONNI, D. Curso de circuitos elétricos Vol 1. 2ª Ed. São Paulo: Blucher,
2002.
TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. Vol. 1: mecânica,
oscilações e ondas, termodinámica. Grupo Gen-LTC, 2000.
THOMPSON, A.; TAYLOR, B. N. Guide for the Use of International System of Units (SI).
NIST Special Publication 811. 1995 Edition. Disponível em: www.nist.gov.
WWW.UNINGA.BR 77