Manual-BIM-FIEMG FINAL 0106 WEB
Manual-BIM-FIEMG FINAL 0106 WEB
Manual-BIM-FIEMG FINAL 0106 WEB
DE PROJETOS EM BIM
Belo Horizonte / MG
2020
MANUAL PARA DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS EM BIM
MENSAGEM DA DIRETORIA
É com enorme satisfação que a Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (FIEMG) apresenta este Manual para Desenvolvimento de Projetos em
BIM. Inovador e conectado aos conceitos mais modernos da indústria 4.0, o
documento simboliza para a entidade passo fundamental para o aumento na
eficiência de projetos construtivos.
Com este Manual, a FIEMG se coloca como referência em Minas Gerais para
o desenvolvimento de projetos na metodologia BIM. A inteligência embarcada
neste documento é fruto de amplo debate promovido pela Câmara da Indústria
da Construção da Federação, com participação dos sindicatos e profissionais
da cadeia produtiva e de importantes entidades, como o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG), a Associação Brasileira de
Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip) e a Câmara BIM.
Boa leitura.
A FIEMG acredita que o BIM está entre as principais inovações no setor da cons-
trução civil que pode auxiliá-la nas metas da qualidade, diminuição de custos
e prazos, e maior transparência nos processos referentes à cultura de
compliance, entre outros objetivos de toda a cadeia da construção.
Sendo assim, pretende-se que o manual seja uma referência para as contrata-
ções de órgãos públicos e privados de Minas Gerais para os projetos a serem
desenvolvidos a partir da metodologia BIM.
GLOSSÁRIO
ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AP – Anteprojeto
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
BIM – Building Information Modeling – Modelagem da Informação da Construção
CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo
CLT – Convenção Coletiva de Trabalho
CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
COSEMA – Conselho Superior de Meio Ambiente
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança
EP – Estudo Preliminar
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
ISO – Organização Internacional de Normalização
LAP – Licença Ambiental Prévia
LV – Levantamento de Dados
NBR – Norma Brasileira
ND – Nível de Detalhes
PB – Projeto Básico
PCI – Projeto de Combate a Incêndio
PE – Projeto Executivo
PEB – Plano Executivo BIM
PL – Projeto Legal
PN – Programa de Necessidades
PNE – Portador de Necessidades Especiais
RRT – Recibo de Responsabilidade Técnica
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Números e Índices
SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas
TCPO – Tabela de Composições e Preços para Orçamentos
TCU – Tribunal de Contas da União
QUADRO 1
Atributos geométricos e não geométricos dos elementos em BIM
LEVANTAMENTO DE
DADOS (LV) Levantamento de informações (urbanística,
ambiental, fundiária e econômica);
CONCEPÇÃO DO PROGRAMA DE Identificação das necessidades;
PRODUTO NECESSIDADES (PN) Esboços; e
ESTUDO DE Estudo de massa.
VIABILIDADE (EV)
Desenhos esquemáticos;
Volumetria Geral;
DEFINIÇÃO DO ESTUDO PRELIMINAR Análise do prédio (Orientações, custos
PRODUTO (EP) de metragem), dos componentes e elementos;
Definição de premissas para instalações e
complementares.
Fonte: SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Caderno de especificações de projetos em BIM.
1. Deverão ser observados os itens desta seção, fazendo as devidas verificações de atendimento e executar as
atividades necessárias em cada etapa dos projetos de edificações, indicadas e sugeridas pela ABNT.
2. A progressão das etapas de projeto de edificações em BIM é fundamentada na quantidade e na confiabilidade
da informação necessária à modelagem do projeto virtual. Em cada etapa de projeto serão acumuladas mais
informações, sendo elas caracterizadas como atributos geométricos e não geométricos.
3. O planejamento do Nível de Desenvolvimento (ND) apresentado no Plano Executivo BIM (PEB) deverá identifi-
car ainda as informações que são confiáveis de serem utilizadas por outras partes em uma determinada etapa
do projeto, bem como o responsável por gerar cada uma das informações do modelo.
4. A evolução do modelo BIM deverá ser planejada em função do tipo de uso pretendido para ele e sempre orien-
tada a objetos, e não a modelos. Ou seja, deverá ser planejada no PEB a evolução do ND ao longo do projeto
para cada tipo de elemento do edifício (portas, janelas, paredes, pisos, etc.) que serão categorizados conforme
um sistema de classificação.
5. Na gestão das etapas de projeto de edificações, é possível identificar de forma macro, as etapas de evolução
do projeto. Ao final de cada estágio, faz-se a análise crítica a partir das informações caracterizadas pelos atri-
butos geométricos e não geométricos e extraídas diretamente do modelo BIM.
6. Nas etapas do projeto, há a evolução do modelo ao longo do tempo e a ela novos agentes vão sendo agregados,
acumulando mais informações e tornando o processo complexo, exigindo que o fluxo de informações seja mais
bem monitorado e controlado.
7. Em cada estágio da gestão das fases de projeto de edificações os objetivos são configurados e confrontados
com os resultados obtidos no estágio anterior. Nesse sentido é possível, no processo de decisão e na condução
da gestão, criar indicadores de desempenho, que servem de base para as tomadas de decisão e para diagnosti-
car o processo de projeto, atuando como mecanismo de retroalimentação ou de diagnóstico. Ou seja, a análise
crítica a partir dos dados representados nos indicadores de desempenho formaliza o que acontece e garante a
comunicação entre todos os interessados, de forma que a responsabilidade seja compartilhada com todos os
participantes.
QUADRO 3
Requisitos gerais para a modelagem da informação da construção
Definição e
georreferencia- Deverá ser definida e utilizada durante todo o desenvolvimento do projeto uma origem comum
mento do zero – “zero”, com as coordenadas x, y, z.
do projeto
Os espaços devem ser modelados com objetos do espaço tridimensional. Devem existir espaços
Espaços –
para todas as áreas que representam uma função definida, independentemente de o espaço ser
em geral
delimitado por paredes físicas/lajes, cubículos ou espaços verdes.
Os espaços técnicos devem ser modelados logo no início do desenvolvimento do projeto arquite-
Espaços tônico e nas demais disciplinas, quando necessário. Exemplos de espaços técnicos: Refrigeração,
técnicos Shaft, Centrais de água gelada, Centrais de Ar-Condicionado, Salas de Caldeira, Centrais de
gases, Salas de geradores, Salas de transformadores, Data centers, etc.
Espaços Os espaços entre forros e pisos (ou pisos e forros) devem ser modelados no início do desenvolvi-
entre forro mento do projeto arquitetônico e nas demais disciplinas quando esses tenham relação com “As
e piso Built” e “Facilities Management” – FM.
Espaços – Para cada pavimento, deverão estar incluídas as informações relativas à área bruta, que ex-
áreas brutas pressa a área total do pavimento incluindo todas as paredes.
Espaços – áreas As áreas externas deverão ser modeladas como espaços, mesmo que não delimitados por
externas paredes, etc.
Componentes Os requisitos dos componentes físicos do edifício estão relacionados aos requisitos BIM de cada
do edifício uma das disciplinas.
Fonte: SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Caderno de especificações de projetos em BIM.
PAREDES
INFORMAÇÕES EP AP PB PL PE
Altura X X X X X
Espessura X X X X X
Função estrutural X X X X
Eficiência Acústica X
Classificação SINAPI X
PORTAS
INFORMAÇÕES EP AP PB PL PE
Piso (pavimento) X X X X X
Altura X X X X X
Largura X X X X X
Largura Batente X X X
Largura Alisar X X X
Material X X
Ferragem (descrição) X
Fonte: SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Caderno de especificações de projetos em BIM.
Fonte: SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Caderno de especificações de projetos em BIM.
Fonte: SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Caderno de especificações de projetos em BIM.
2. No desenvolvimento do projeto, para fins de representação, a escala adotada irá definir o nível de detalha-
mento da vista, sendo:
A. Até 1:100 – Nível de detalhe baixo;
B. De 1:100 a 1:75 – Nível de detalhe médio;
C. De 1:75 a 1:1 – Nível de detalhe alto.
3.3. COMPATIBILIZAÇÃO
1. É responsabilidade do coordenador da CONTRATADA garantir que todos os projetos estejam coordenados e
compatibilizados. Ademais quanto à compatibilização, devem ser observadas as seguintes orientações:
A. A CONTRATADA deverá coordenar a conceituação (quando couber) e a caracterização de todos os elementos
do projeto do certame, com definições claras e necessárias ao projeto e a todos da equipe técnica nele envol-
vidos, com o objetivo de garantir um projeto executivo sem problemas de integridade;
B. A CONTRATADA deverá fazer a compatibilização multidisciplinar a partir dos arquivos de cada disciplina
modelada em BIM;
C. A compatibilização dos projetos em BIM, conforme as etapas de progressão dos projetos será supervisionada
pelo coordenador de projeto, de modo a promover e facilitar as consultas e o fluxo de informações entre os
autores dos projetos e solucionar as interferências entre os elementos dos diversos sistemas da edificação;
D. A CONTRATADA será responsável pelo levantamento dos equipamentos básicos que utilizam instalações
elétricas, hidrossanitário e que afetam na climatização;
E. A CONTRATADA deverá definir no Plano Executivo BIM – PEB – o cronograma de compatibilização dos proje-
tos da edificação;
F. A CONTRATADA deverá fazer a compatibilização por Fases, Etapas e Nível de Desenvolvimento do projeto em
BIM;
G. A compatibilização será realizada com base na interferência entre as distintas disciplinas, considerando atri-
butos geométricos e não geométricos, utilizando-se de regras por meio de softwares como o Navisworks,
Solibri, Tekla BIMsight, Trimble Connect, BIMcollab, etc.;
H. Caso a CONTRATADA venha a utilizar plataformas de gestão de BCF como o BIMcollab ou o BIMSync, deverá
ser fornecido um acesso para cada fiscal do projeto por parte da CONTRATANTE, visando integrá-los ao pro-
cesso de coordenação e permitir a criação de issues por parte da fiscalização. A CONTRATADA deverá ainda
ser responsável por dar as instruções necessárias para que a fiscalização se integre à plataforma de gestão
de BCF;
I. Para a compatibilização por geometria, no mínimo e conforme edital, todas as disciplinas deverão estar com a
informação modelada em BIM;
3.5. FISCALIZAÇÃO
1. Para fins de acompanhamento e fiscalização do cronograma das etapas de progressão e dos níveis de de-
senvolvimento dos projetos, a CONTRATADA deverá entregar cronogramas de atividades por disciplinas ou
acompanhamento de porcentagem de desenvolvimento dos projetos, atualizando-os semanalmente.
2. No ato das entregas, a CONTRATADA também deverá entregar, em formato PDF, o respectivo relatório de
conflitos do período.
3. A entrega dos documentos deverá ocorrer em meio digital e com ofício relacionando:
A. Data;
B. Projeto;
C. Disciplina(s);
D. Fases de progressão do processo;
E. Etapas do modelo BIM;
F. Conteúdo;
G. Relatório de conflitos do período dos projetos coordenados e compatibilizados;
H. Sumário de documentação entregue com listagem, nome do arquivo e conteúdo, para todos os arquivos en-
tregues.
4.1. COMPOSIÇÃO
1. As entidades (elementos, componentes e objetos) tridimensionais necessárias para a elaboração dos projetos
arquitetônico e das engenharias, que não estejam disponíveis na internet ou em outro banco de dados, deverão
ser obrigatoriamente desenvolvidos pela CONTRATADA. Essas deverão possuir os atributos necessários à sua
caracterização e identificação como dimensões, materiais, cores, texturas, entre outras informações;
2. As entidades, acima citadas, devem também possuir informações que permitam e garantam a coordenação, a
orçamentação, o planejamento e a manutenção e operação;
3. Todas as entidades utilizadas no desenvolvimento do projeto arquitetônico e de engenharia deverão estar ou
ser desenvolvidas de tal forma que a CONTRATANTE possa utilizá-las livremente em futuros projetos desen-
volvidos ou contratados;
4. A CONTRATANTE poderá editar e utilizar os arquivos de elementos do projeto sem ônus algum para o desen-
volvimento de outros projetos ou licitações.
4.2. TABELAS
4.2.1. Classificação das informações nas tabelas
1. As tabelas de quantitativos de objetos e de materiais devem estar formatadas de tal forma a extrair as in-
formações diretamente do projeto arquitetônico a partir do arquivo de informação BIM e de todos os demais
projetos de engenharia.
2. Em todas as tabelas, quando couber, deve constar a classificação definida no SINAPI ou, quando não classifi-
cado neste sistema, deverá ser utilizada a NBR 15965 ou NC (Não Classificado).
3. Devem ser seguidas as seguintes prioridades de classificação:
A. SINAPI;
B. ABNT NBR 15965.
4. Quando a classificação for NC (Não Classificado) será necessária a entrega de no mínimo três (03) orçamentos
e a definição de um novo código de classificação.
5. A CONTRATANTE poderá, a qualquer tempo durante o desenvolvimento dos projetos, solicitar outras tabelas
pertinentes ou a inclusão de outros parâmetros e elementos que não estejam definidos a princípio.
6. Se for preciso, a CONTRATADA deverá criar novos parâmetros (Dados de Identidade) para classificar os ele-
mentos de projeto a serem extraídos para cada Tabela, desde que compatível com a ISO – 16739:2013.
5.1. INTRODUÇÃO
1. O Plano Executivo de BIM – PEB tem como finalidade ser o conteúdo inicial de desenvolvimento do projeto em
BIM. O PEB deve ser o documento de base, aprovado pelo CONTRATANTE, para orientar a equipe de projeto
no alcance de suas metas, estabelecidas com relação às entregas ao longo do projeto em BIM, e ser também
o documento de orientação da equipe de fiscalização.
2. O PEB deve especificar as funções e responsabilidades dos membros da equipe do projeto em suas diferentes
etapas. Deve conter detalhes a respeito das entregas em BIM e oriundas dos modelos, como os documentos
técnicos, o fluxo do processo de projeto para obtenção dos produtos e forma e meios de compartilhamento,
coordenação e compatibilização dos modelos das disciplinas.
3. O PEB deverá ser desenvolvido seguindo os critérios do “Guia 4 – Contratação e elaboração de projetos BIM
na Arquitetura e Engenharia” desenvolvido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que
pode ser baixado através do link (https://www.abdi.com.br/inovacao/modernizacao-da-construcao).
4. Os conteúdos necessários à elaboração do PEB devem estar associados a um mapa de processo. O modelo do
Mapa de Processo do PEB também deverá seguir os critérios e modelos do Guia 4 da ABDI.
5.3. GERENCIAMENTO
1. Para o gerenciamento e fiscalização do desenvolvimento dos projetos em BIM, em cada disciplina de projeto
deverá ser gerado um arquivo único em formato IFC, que conterá todas as entidades (elementos, componentes
e objetos) do projeto correspondente à etapa de projeto no momento.
2. Também deverão ser entregues os documentos que contenham as seguintes informações extraídas do modelo,
como:
A. Detalhes;
B. Anotações;
C. Quadros de quantitativos de objetos;
D. Quadros de quantitativos de materiais;
E. Quadro de quantitativos de serviços;
F. Lista de pranchas/folhas;
G. Lista de revisões;
H. Pranchas/Folhas.
6.5. RELATÓRIOS
1. Alguns projetos devem ser acompanhados de um relatório para fundamentar o projeto, por exemplo, relatório
de sondagem. Esses relatórios devem ser entregues com o projeto.
2. Outros relatórios mínimos a apresentar:
A. Memória de cálculo do levantamento de quantitativos dos serviços compostos da planilha;
B. Composições de custo da mão de obra (homem/hora) de acordo com a convenção coletiva de trabalho da
região;
C. Composições de todos os preços unitários dos serviços, inclusive da administração local;
D. Curvas ABC de Mão de obra, de materiais e de serviços;
E. Mapa de coleta de preços e propostas de fornecedores com, no mínimo, 3 (três) fornecedores de insumos
materiais e serviços para adotar a mediana entre eles. (ver Anexo I);
F. Propostas das cotações de materiais e serviços;
G. Planilha orçamentária (ver modelo Anexo II);
H. Planejamento: apresentar cronograma físico básico, histogramas de mão de obra e equipamentos conforme
alinhamento prévio com a CONTRATANTE;
I. Projetos executivos, memorial descritivo, especificações, planilha orçamentária e o planejamento de obra de-
verão estar compatibilizados e alinhados entre si;
J. Todos os relatórios deverão ser apresentados em meio físico e eletrônico.
6.6. ORÇAMENTO
1. Os quantitativos devem ser extraídos por disciplina das ferramentas proprietárias utilizadas e especificadas no
Plano Executivo BIM (PE).
2. Nos casos da modelagem de entidades que não possuam ferramentas próprias para a sua modelagem, como
pingadeira, calha, entre outras, o responsável por essa modelagem deverá validar a utilização da ferramenta
adotada, especialmente para extração de quantitativos, registrando os passos num manual para os casos de
auditoria, internas e externas.
COMPOSIÇÃO DO BDI
Administração Central
Despesas Financeiras
Lucro Bruto
ISS
PIS
COFINS
TOTAL
Fonte: SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Caderno de especificações de projetos em BIM
10. Deverá ser apresentado Demonstrativo Analítico da Taxa de BDI utilizada, tomando como valores de referên-
cia o Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) 2622/2013–P.
11. O Orçamento Analítico deverá ser formado por Composições de Custo Unitário de todos os serviços existentes
nos orçamentos sintéticos. Assim, cada item do orçamento sintético é desmembrado em uma composição de
custo unitário. Ou seja, para todos os serviços deve ser apresentada Ficha de Composição de Custos Unitários,
em que constem no mínimo as seguintes informações:
A. Descritivo do Serviço;
B. Unidade de Medida;
C. Código da Composição de Custo Unitária: Código único do sistema de referência SINAPI;
D. Base de Referência: Sistema de referência usado para a composição (caso o SINAPI não possua a codificação
adequada);
E. Código dos Insumos: devidamente correlacionado ao sistema de referência;
F. Descrição dos Insumos: descrição sucinta do insumo, conforme sistema de referência;
G. Unidade do Insumo: qual a unidade de medida do insumo;
H. Consumo Unitário: quantidade de consumo do insumo para a fabricação de uma unidade da composição de
custo unitária;
12.0 É importante destacar que a Lei 12.017/2009, art. 112, § 5o estabelece que:
Deverá constar do projeto básico a que se refere o art. 6o, inciso IX, da Lei no 8.666, de 1993, inclu-
sive de suas eventuais alterações, a anotação de responsabilidade técnica e declaração expressa do
autor das planilhas orçamentárias, quanto à compatibilidade dos quantitativos e dos custos cons-
tantes de referidas planilhas com os quantitativos do projeto de engenharia e os custos do SINAPI,
nos termos deste artigo (BRASIL. Congresso Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12017.htm>). Acesso: em: 17 jul. 2019.
AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI. Coletânea guias BIM ABDI – MDIC. Disponível em:
http://old.abdi.com.br/Paginas/bim_construcao_download.aspx. Acesso: 21 out. 2019.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei n. 12.017, de 12 de agosto de 2009. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e
execução da lei orçamentária de 2010 e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder
Executivo, Brasília, DF, 13. ago. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/
L12017.htm>. Acesso em: 17 jul. 2019.
Building Smart International. Desenvolvido por building SMART All. Apresenta produtos e serviços que objetivam
fornecer melhorias através da criação e adoção de padrões e soluções internacionais abertos para infraestrutura e
edifícios. Disponível em: < https://www.buildingsmart.org/>. Acesso em: 13 ago. 2019.
EASTMAN, Chuch et al. Manual de BIM: um guia de modelagem da informação da construção para arquitetos, enge-
nheiros, gerentes, construtores e incorporadores. São Paulo: Bookman, 2014. 500 p.
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Caderno de especificações de projetos em BIM. Disponível
em: http://www.spg.sc.gov.br/visualizar-biblioteca/acoes/1176-393-1/file. Acesso em: 07 ago.2019.
DATA: ___/___/___
Orçamento Sintético Global (GLOBAL)
ORÇAMENTO:
LOCAL:
ITEM DESCRIÇÃO R$ -
1 SERVIÇOS PRELIMINARES R$ -
2 REPARO DO TERRENO R$ -
3 EDIFICAÇÃO XXXXXXXXXX R$ -
EDIFICAÇÃO YYYYYYYYYYY
EDIFICAÇÃO ZZZZZZZZZZZ
4 QUADRA DESCOBERTA R$ -
5 INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE AR COMPRIMIDO E GLP R$ -
6 URBANIZAÇÃO R$ -
7 PAISAGISMO R$ -
SUBESTAÇÃO ABRIGADA COM TRANSFORMADOR A SECO (Serviços
8 correspondentes a alvenarias, estruturas, esquadrias, instalação de PCIPIP,
estão em itens específicos na planilha) R$ -
EDIFICAÇÃO DA CASA DE GÁS E COMPRESSORES (As instalações dos
9
sistemas estão em itens específicos da planilha) R$ -
10 R$ -
11 R$ -
12 R$ -
13 ARS - ABRIGO DE RESÍDUOS SÓLIDOS R$ -
14 SERVIÇOS DIVERSOS R$ -
15 SERVIÇOS FINAIS R$ -
TOTAL R$ -
BDI:
TOTAL GERAL R$ -
ORÇAMENTO:
LOCAL:
CÓDIGO DESCRIÇÃO CLASS UNI QUANT PREÇO (R$) PREÇO TOTAL (R$)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES
01.01 Mobilização
01.01.01 Mobilização de equipes para a obra SER.CG UN
01.02 Administração local
01.02.01 SER.CG MÊS
Administração local composta no mínimo de: equipe indireta de 1
engenheiro de produção, 1 mestre de obras, 1 encarregado, 1 almoxarife, 1
técnico de segurança, mão de obra para instalação e desmontagem do
canteiro, incluindo despesas com EPC, encargos complementares e sociais,
mobiliário necessário e toda despesa para manutenção do canteiro.
01.03 Instalação de canteiro de obras, incluindo área coberta para bancas
01.03.01 SER.CG MÊS
Locação de 1 container para almoxarifado incluindo instalações elétricas,
larg = 2,20m, comprimento = 6,2m, altura = 2,5m, composto de chapa de
aço com nervuras trapezoidais, forro com isolamento termoacústico,
chassis reforçado, piso compensado naval, exclusive sanitários, divisórias
internas, transporte, carga e descarga.
01.03.02 Locação de 1 container para escritório incluindo instalações elétricas e SER.CG MÊS
hidráulicas, 1 bacia sanitária, 1 mictório, 1 lavatório e 4 chuveiros, larg =
2,20m, comprimento = 6,2m, altura = 2,5m, composto de chapa de aço com
nervuras trapezoidais, forro com isolamento termoacústico, chassis
reforçado, piso compensado naval, exclusive divisórias internas, transporte,
carga e descarga.
01.03.03 Locação de 1 container sanitário incluindo instalações elétricas e SER.CG MÊS
hidráulicas, 4 bacias sanitárias, 1 mictório, 1 lavatório e 8 chuveiros, larg =
2,20m, comprimento = 6,2m, altura = 2,5m, composto de chapa de aço com
nervuras trapezoidais, forro com isolamento termoacústico, chassis
reforçado, piso compensado naval, exclusive divisórias internas, transporte,
carga e descarga.
01.03.04 Carga, manobras e descarga de containers, com caminhão carroceria
equipado com munk 8T, incluindo servente auxiliar.
01.03.05 Transporte de container com caminhão carroceria equipado com munk 8T,
velocidade 30km/h, exclusive carga / descarga / espera do caminhão /
servente ou equipamento auxiliar. R$ -
01.03.06 Cobertura com telha de fibrocimento, perfil ondulado, e = 4mm, altura
24mm, largura nominal 500mm, inclinação 27%. R$ -