RTQ 32-2004 Inspeção de Sinistro
RTQ 32-2004 Inspeção de Sinistro
RTQ 32-2004 Inspeção de Sinistro
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Índice
1 – Inspeção de Veículos Rodoviários Automotores – Recuperados de Sinistro
2- Inspeção de Veículos Rodoviários Rebocados com PBT acima de 7.500 N – Modificação
ou Fabricação Artesanal
3- Inspeção de Veículos Rodoviários Rebocados – Recuperados de Sinistro
4 – Inspeção de Motocicletas e Assemelhados – Modificação ou Fabricação Artesanal
5- Inspeção de Motocicletas e Assemelhados – Recuperadas de Sinistro
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RTQ - INSPEÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS AUTOMOTORES - RECUPERADOS
DE SINISTRO
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Responsabilidade
3. Documentos Complementares
4. Siglas
5. Definições
6. Condições Gerais
7. Condições Específicas
8. Resultado da Inspeção
Anexo - Lista de Inspeção de Veículos Rodoviários Automotores Recuperados de
Sinistro
1. OBJETIVO
Este Regulamento Técnico estabelece os critérios a serem seguidos por Organismos de
Inspeção Credenciados pelo Inmetro para inspeção de veículos rodoviários automotores
recuperados de sinistro.
2. RESPONSABILIDADE
A responsabilidade pela revisão deste Regulamento Técnico é do Inmetro.
3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
CTB - Lei 9.503/97
Resolução Contran nº 25/1998
NIE-DQUAL-025 do Inmetro
NIT-DICOR-002 do Inmetro
Portaria Conjunta Denatran e Inmetro nº 01/2002
NBR 10966: Desempenho de sistemas de freio para veículos rodoviários
NBR 14040: Inspeção de segurança veicular - Veículos leves e pesados
- Parte 1 Diretrizes básicas
- Parte 2 Identificação
- Parte 3 Equipamentos obrigatórios e proibidos
- Parte 4 Sinalização
- Parte 5 Iluminação
- Parte 6 Freios
- Parte 7 Direção
- Parte 8 Eixos e suspensão
- Parte 9 Pneus e rodas
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- Parte 10 Sistemas e componentes complementares
- Parte 11 Estação de inspeção de segurança veicular
4. SIGLAS
Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Dqual Diretoria da Qualidade
Contran Conselho Nacional de Trânsito
Denatran Departamento Nacional de Trânsito
SBAC Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
RBC Rede Brasileira de Calibração
CTB Código de Trânsito Brasileiro
RTQ Regulamento Técnico da Qualidade
CSV Certificado de Segurança Veicular
OIC Organismo de Inspeção Credenciado
CRLV Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
CRV Certificado de Registro de Veículo
NBR Norma Brasileira Registrada
PBT Peso Bruto Total
GNV Gás Natural Veicular
5. DEFINIÇÕES
Para efeito de utilização deste Regulamento Técnico, são adotadas as definições
constantes na NBR 14040 (Partes 6 e 8), na NIT-DICOR-002 do Inmetro, na Portaria
Conjunta Denatran e Inmetro nº 01/2002, e as seguintes:
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5.5 Categoria M
Veículo rodoviário automotor de passageiros e uso misto, com pelo menos 04 (quatro)
rodas ou 03 (três) rodas e PBT maior do que 10.000 N (1.000 kgf).
5.6 Categoria M1
Veículo rodoviário automotor com no máximo 08 (oito) lugares, além do lugar do condutor e
com PBT menor ou igual a 35.000 N (3.500 kgf).
5.7 Categoria M2
Veículo rodoviário automotor com mais de 08 (oito) lugares, além do lugar do condutor e
com PBT menor ou igual a 50.000 N (5.000 kgf).
5.8 Categoria M3
Veículo rodoviário automotor com mais de 08 (oito) lugares, além do lugar do condutor e
com PBT maior que 50.000 N (5.000 kgf).
5.9 Categoria N
Veículo rodoviário automotor para transporte de carga, com pelo menos 04 (quatro) rodas
ou com 03 (três) rodas com PBT maior que 10.000 N (1.000 kgf).
5.10 Categoria N1
Veículo rodoviário automotor com PBT menor ou igual a 35.000 N (3.500 kgf).
5.11 Categoria N2
Veículo rodoviário automotor com PBT maior que 35.000 N (3.500 kgf) e menor ou igual a
120.000 N (12.000 kgf).
5.12 Categoria N3
Veículo rodoviário automotor com PBT maior que 120.000 N (12.000 kgf).
6. CONDIÇÕES GERAIS
6.1 Documentação a ser apresentada
Para a execução da inspeção de segurança veicular, para fins de caracterização do veículo
rodoviário, o OIC deve solicitar a apresentação de um dos seguintes documentos:
- CRLV ou CRV ou documentos fiscais de aquisição do veículo rodoviário.
7.1.2 O OIC deve possuir lista de inspeção que contemple, no mínimo, os itens constantes
no Anexo.
7.1.4 O OIC deve realizar o registro fotográfico colorido e digitalizado dos veículos
rodoviários automotores, de forma que permita quando posicionados na linha de inspeção
mecanizada, durante a inspeção, a visualização completa da dianteira/lateral direita e
traseira/lateral esquerda dos mesmos, ou visualização completa da dianteira/lateral
esquerda e traseira/lateral direita, evidenciando claramente as suas placas, a identificação
da data (dia/mês/ano), o horário (hora:minuto) da realização da inspeção, o nome do OIC,
e o seu número de credenciamento.
7.1.5 O OIC deve realizar a impressão de 02 (dois) decalques do número do chassi dos
veículos rodoviários.
7.1.5.1 No caso da aprovação técnica da inspeção, os decalques devem ser colados nas
1ª e 2ª vias do CSV, de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
7.1.6 O OIC deve calibrar a pressão dos pneus conforme especificação do fabricante do
veículo.
7.1.7 As inspeções realizadas com o uso do equipamento para verificação de folgas devem
ser feitas com o uso simultâneo de dispositivo que mantenha pressionado o pedal do freio
de serviço durante a realização das mesmas.
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7.1.11 As inspeções dos veículos rodoviários devem ser feitas levando-se em consideração
o seu peso em ordem de marcha, exceto para aqueles ensaios específicos que necessitam
de aplicação de massas.
7.2.2 O OIC deve verificar se o veículo sofreu alteração de suas características originais,
incluindo-se a instalação de sistema de GNV. Em caso positivo, se tais alterações não
constarem na documentação do veículo, este será considerado reprovado, até sua
regularização através de inspeção específica.
7.3.1.4 Pára-sol
Verificar regulagem e fixação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente (condutor).
• Fixação/regulagem deficiente.
7.3.1.5 Velocímetro
Verificar existência e integridade.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Integridade deficiente.
7.3.1.6 Buzina
Verificar funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Funcionamento deficiente.
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7.3.1.7 Cintos de segurança
Verificar conformidade, estado geral, fixação, quantidade dos cintos e funcionamento dos
fechos.
A quantidade de cintos de segurança deve ser compatível com o número de lugares do
veículo. As fixações, funcionamento dos fechos e travamento devem ser verificados
através de movimentação do cinto.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação deficiente.
• Quantidade insuficiente.
• Fixação/funcionamento não conforme.
• Fechos inoperantes.
• Não conforme com ano de fabricação do veículo.
7.3.1.10 Ferramentas
Verificar existência (quando aplicável) e conservação.
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As ferramentas devem estar em boas condições e devidamente acondicionadas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes, quando obrigatórias.
• Conservação deficiente.
7.3.1.11 Estepe
Verificar originalidade, estado geral e fixação.
O estepe deve estar em perfeito estado de conservação e estar devidamente fixado, não
permitindo sua movimentação indevida.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Não conforme com o original.
• Inexistente, quando obrigatório.
• Conservação/fixação deficiente.
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7.3.1.15 Detector de radar
Verificar existência.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Existência.
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7.3.2.2 Lanternas de posição
Verificar estado geral, posicionamento, funcionamento e cor da luz emitida.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Uma ou mais não funcionam.
• Interruptor com atuação deficiente.
• Visualização deficiente.
• Conservação deficiente.
• Cor não regulamentada.
• Fixação deficiente.
• Posicionamento não regulamentado.
7.3.2.8 Retrorrefletores
Verificar o estado geral, posicionamento e cor.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes, quando obrigatórios.
• Conservação/fixação deficiente.
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• Um ou mais não funcionam adequadamente.
• Conservação dos faróis e/ou superfícies refletoras deficiente.
• Comutação alta/baixa inoperante.
• Cor emitida não regulamentada.
• Fixação deficiente.
• Aplicação de pintura ou películas sobre as lentes.
Figura 1
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• Conservação deficiente.
• Cor não regulamentada.
• Localização/fixação não conforme.
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Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Eficiência total de frenagem abaixo de 55% em veículos das categorias M1, M2 e N1.
• Eficiência total de frenagem abaixo de 50% em veículos das categorias M3, N2 e N3.
7.3.4.3.2 Servofreio
Verificar o estado geral e o funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação deficiente.
• Funcionamento deficiente.
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• Falta de estanqueidade.
• Nível de líquido insuficiente.
• Fixação deficiente.
7.3.4.8 Discos, freio a disco, tambores, freio a tambor e outros componentes, quando
visíveis e/ou acessíveis.
Verificar o estado geral e estanqueidade.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
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• Conservação/fixação deficiente.
• Falta de estanqueidade.
7.3.5.5 Articulações
Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para
verificação de folgas e verificar o estado geral das articulações/terminais, a existência de
elementos de trava e as folgas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação inadequada.
• Reparação inadequada.
• Folgas/desgastes excessivos.
• Deformação/sinais de soldagem.
• Ausência de elementos de trava.
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Acionando-se o equipamento, o veículo é testado quanto ao índice de transferência de
peso individual de cada roda deste eixo e o equipamento calcula e fornece o índice de
desequilíbrio de funcionamento da suspensão deste eixo.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Desequilíbrio superior a 15%.
7.3.6.5 Eixos
Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para
verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação, empenamento e folgas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente/empenamento.
• Folgas excessivas.
• Uso de solda para recuperação/reparação.
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Deve-se verificar a existência de trincas nas molas helicoidais/feixe. Para veículos que
possuam feixe de molas, verificar se existe desalinhamento entre as lâminas
Deve-se verificar a barra de torção (quando aplicável) quanto ao seu estado geral e
se suas buchas estão ressecadas e/ou cortadas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente.
• Deformações permanentes.
• Modificações das características originais.
• Folgas excessivas.
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Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente.
• Folga excessiva.
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• Conservação/fixação deficiente.
• Falta de estanqueidade.
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Verificar existência de rodas que se sobressaiam à carroçaria.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Falta de um ou mais elementos de fixação por roda.
• Amassamentos que comprometam a fixação da roda e/ou ocasionem perda de ar.
• Existência de trincas.
• Rodas recuperadas/reparadas em veículos das categorias M2 e M3.
• Empenamento acentuado.
• Corrosão acentuada.
• Existência de uma ou mais rodas que se sobressaiam à carroçaria.
7.3.8.3 Bancos
Verificar a estrutura, travas e fixação, as folgas e o estado de conservação dos
bancos, que não devem apresentar rasgos, falhas de costura, molas soltas,
saliências ou falhas no seu enchimento, que comprometam a segurança.
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Os encostos não devem possuir folgas excessivas, quando em posição travada.
As travas de segurança do trilho de regulagem de altura e do encosto devem estar em
perfeito funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Estrutura comprometida do banco.
• Fixação deficiente do banco.
• Funcionamento deficiente das travas do assento e/ou encosto do banco do condutor.
7.3.8.7 Carroçaria
Com o veículo no fosso ou elevador, verificar o estado de conservação da carroçaria e
seus elementos, quanto à corrosão, trincas, deformações e a presença de saliências
cortantes.
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Devem ser examinadas todas as partes salientes do veículo, as quais devem estar de
acordo com as condições originais de fabricação. Em caso de acessórios não originais,
estes devem estar instalados de forma a não oferecerem riscos.
Deve-se verificar a integridade dos elementos internos do habitáculo, para que não
ofereçam riscos aos passageiros.
Deve-se verificar a existência de pontos de corrosão que possam comprometer os
elementos estruturais, ou qualquer outra parte que coloque em risco o seu perfeito
funcionamento, inclusive quanto à segurança dos usuários e transeuntes.
Deve-se verificar o estado geral dos pára-lamas, que devem estar em perfeito estado de
conservação e bem fixados
Deve-se verificar visualmente, se o teto não sofreu deformações estruturais que
comprometam o alinhamento do conjunto chassi/carroçaria.
Deve-se verificar o estado geral do assoalho, quanto à existência de corrosão acentuada,
de soldas expostas sem proteção, de buracos não vedados e de fendas na chapa.
Verificar o estado geral e a existência de revestimento térmico e/ou acústico da parede
corta fogo entre o compartimento do motor e o habitáculo. (quando aplicável)
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Corrosão acentuada ou trincas que comprometam a integridade.
• Deformações com saliências cortantes.
• Deformações estruturais.
• Não integridade dos elementos internos do habitáculo.
• Soldas inadequadas.
• Inexistência de revestimento (quando aplicável).
• Conservação deficiente da parede corta-fogo.
7.3.8.9 Chassi/estrutura
7.3.8.9.1 Inspeção visual
Com o veículo no fosso ou elevador verificar se o chassi/estrutura do veículo, ao longo de
toda sua extensão, apresenta fissuras, corrosão ou deformações acentuadas, que possam
comprometer sua integridade.
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Deve-se verificar a existência de pontos de corrosão na carroçaria, no chassi e nos demais
complementos, que no caso de existirem, não devem comprometer os elementos
estruturais, ou qualquer outra parte que coloque em risco o seu perfeito funcionamento,
inclusive quanto à segurança dos usuários e transeuntes.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Presença de fissuras, corrosão, deformações acentuadas.
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7.3.8.11 Sistema de transmissão e seus elementos
Verificar o sistema de transmissão e seus elementos, tais como caixa de mudanças,
juntas, diferencial, árvore de transmissão (quando existente) cruzetas e mancais
intermediários, quanto a folgas anormais, vazamentos de óleo, ancoragem da caixa de
mudança e do diferencial.
Verificar a conservação/fixação das coifas de proteção das juntas articuladas
(homocinéticas), e seu cintamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente de elemento da transmissão.
• Coifas soltas ou danificadas.
• Vazamentos significativos.
7.4.6 Dirigibilidade
Verificar se existe interferência ou dificuldade de acionamento dos pedais, do câmbio,
folgas no volante, facilidade de acionamento do freio de estacionamento, funcionamento do
cinto de segurança do condutor, equipamentos e acessórios que interfiram na segurança
do veículo.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Funcionamento deficiente.
8. RESULTADO DA INSPEÇÃO
8.1 Concluída a inspeção do veículo rodoviário, o OIC deve registrar e manter registrado
todos os resultados encontrados.
8.2 No caso da aprovação técnica na inspeção, deve ser emitido o CSV, cujo
preenchimento deve ser realizado de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
8.3 Uma das vias do documento fiscal emitido pelo OIC, referente ao serviço de inspeção,
deve ser anexada à 1ª via do CSV.
30
Anexo/
Anexo - Lista de Inspeção de Veículos Rodoviários Automotores Recuperados de
Sinistro
31
7.3.2.9 Faixas refletivas
7.3.3 Sistema de iluminação
7.3.3.1 Faróis principais
7.3.3.2 Faróis de neblina (uso facultativo)
7.3.3.3 Faróis de longo alcance (uso facultativo)
7.3.3.4 Lanterna de iluminação da placa traseira
7.3.3.5 Luzes do painel
7.3.4 Sistema de freios
7.3.4.1.1 Equilíbrio de funcionamento dos freios de serviço
dianteiros
7.3.4.1.2 Equilíbrio de funcionamento dos freios de serviço
traseiros e/ou demais eixos
7.3.4.1.3 Eficiência total de frenagem dos freios de serviço
7.3.4.1.4 Funcionamento dos freios de reboques ou semi-
reboques
7.3.4.1.3 Eficiência total de frenagem do freio de
estacionamento
7.3.4.3.1 Comandos
7.3.4.3.2 Servofreio
7.3.4.3.3 Reservatório do líquido de freio
7.3.4.6 Reservatório de ar/vácuo
7.3.4.7 Circuito de freio (tubulações, conexões, cilindro-
mestre, manômetros, válvulas e servomecanismo)
7.3.4.8 Discos, freio a disco, tambores, freio a tambor e outros
componentes
7.3.5 Sistema de direção
7.3.5.1 Alinhamento
7.3.5.2 Volante e coluna
7.3.5.3 Funcionamento do sistema
7.3.5.4 Mecanismo, barras e braços
7.3.5.5 Articulações
7.3.5.6 Servo-direção hidráulica (quando aplicável)
7.3.5.7 Amortecedor de direção (quando aplicável)
7.3.6 Eixos e sistema de suspensão
7.3.6.1 Equilíbrio de funcionamento da suspensão dianteira
(quando aplicável)
7.3.6.2 Equilíbrio de funcionamento da suspensão traseira
(quando aplicável)
7.3.6.3 Eficiência da suspensão individual por roda
7.3.6.4 Funcionamento da suspensão em veículos de
categorias M2, M3, N2, N3, O3 e O4.
7.3.6.5 Eixos
7.3.6.6 Elementos elásticos (molas)
7.3.6.7 Elementos absorvedores de energia (amortecedores)
7.3.6.8 Elementos estruturais (braços, suportes e tensores)
7.3.6.9 Elementos de articulação
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7.3.6.10 Elementos de regulagem (excêntricos, calços,
parafusos reguladores)
7.3.6.11 Elementos limitadores (batentes)
7.3.6.12 Elementos de fixação (grampos, parafusos, rebites)
7.3.6.13 Elementos complementares (estabilizadores)
7.3.6.14 Suspensão pneumática (quando aplicável)
7.3.7 Pneus e rodas
7.3.7.1 Desgaste da banda de rodagem
7.3.7.2 Tamanho e tipo dos pneus
7.3.7.3 Simetria dos pneus e rodas
7.3.7.4 Estado geral dos pneus
7.3.7.5 Estado geral das rodas ou aros desmontáveis
7.3.8 Sistemas e componentes complementares
7.3.8.1 Portas e tampas
7.3.8.2 Vidros e janelas
7.3.8.3 Bancos
7.3.8.4 Sistema de alimentação de combustível
7.3.8.5 Sistema de exaustão dos gases
7.3.8.6 Sistema de engate do veículo trator
7.3.8.7 Carroçaria
7.3.8.8 Instalação elétrica e bateria
7.3.8.9 Chassi/estrutura
7.3.8.9.1 Inspeção visual
7.3.8.9.2 Resistência estrutural
7.3.8.10 Sistema de arrefecimento
7.3.8.11 Sistema de transmissão e seus elementos
7.4 Inspeção em pista
7.4.1 Funcionamento do velocímetro ou tacógrafo
7.4.2 Funcionamento do sistema de direção
7.4.3 Eficiência de frenagem
7.4.4 Funcionamento do sistema de transmissão
7.4.5 Funcionamento do sistema de suspensão
7.4.6 Dirigibilidade
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RTQ - INSPEÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS REBOCADOS COM PBT ACIMA DE
7.500 N - MODIFICAÇÃO OU FABRICAÇÃO ARTESANAL
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Responsabilidade
3. Documentos Complementares
4. Siglas
5. Definições
6. Condições Gerais
7. Condições Específicas
8. Resultado da Inspeção
Anexo - Lista de Inspeção de Veículos Rebocados Modificados ou Fabricados
Artesanalmente (PBT acima de 7.500 N)
1. OBJETIVO
Este Regulamento Técnico estabelece os critérios a serem seguidos por Organismos de
Inspeção Credenciados pelo Inmetro para inspeção de veículos rodoviários rebocados
modificados ou fabricados artesanalmente, com PBT acima de 7.500N (750 kgf).
2. RESPONSABILIDADE
A responsabilidade pela revisão deste Regulamento Técnico é do Inmetro.
3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
CTB - Lei 9.503/97
Resolução Contran nº 25/1998
NIE-DQUAL-025 do Inmetro
NIT-DICOR-002 do Inmetro
Portaria Conjunta Denatran e Inmetro nº 01/2002
NBR 10966: Desempenho de sistemas de freio para veículos rodoviários
NBR 14040: Inspeção de segurança veicular - Veículos leves e pesados
- Parte 1 Diretrizes básicas
- Parte 2 Identificação
- Parte 3 Equipamentos obrigatórios e proibidos
- Parte 4 Sinalização
- Parte 5 Iluminação
- Parte 6 Freios
- Parte 7 Direção.
- Parte 8 Eixos e suspensão
- Parte 9 Pneus e rodas
34
- Parte 10 Sistemas e componentes complementares
- Parte 11 Estação de inspeção de segurança veicular
4. SIGLAS
Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Dqual Diretoria de Qualidade
Cotran Conselho Nacional de Trânsito
Denatran Departamento Nacional de Trânsito
SBAC Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
RBC Rede Brasileira de Calibração
CTB Código de Trânsito Brasileiro
RTQ Regulamento Técnico da Qualidade
CSV Certificado de Segurança Veicular
OIC Organismo de Inspeção Credenciado
CRLV Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
CRV Certificado de Registro de Veículo
NBR Norma Brasileira Registrada
PBT Peso Bruto Total
5. DEFINIÇÕES
Para efeito de utilização deste Regulamento Técnico, são adotadas as definições
constantes na NBR-14040 (Partes 6 e 8), na NIT-DICOR-002 do Inmetro, Portaria Conjunta
Denatran e Inmetro nº 01/2002, e as seguintes:
35
Avaliação realizada com o auxílio de equipamentos específicos, que determina, através de
medida, a condição de desempenho de componentes e/ou sistemas do veículo.
5.6 Categoria O
Veículos rodoviários rebocados.
5.7 Categoria O1
Veículo rodoviário rebocado com um eixo, que não seja semi-reboque, com PBT não
excedente a 7.500 N (750 kgf).
5.8 Categoria O2
Veículo rodoviário rebocado com PBT não excedente a 35.000 N (3.500 kgf), e que não
seja rebocado da categoria O1.
5.9 Categoria O3
Veículo rodoviário rebocado com PBT superior a 35.000 N (3.500 kgf), e que não exceda
100.000 N (10.000 kgf).
5.10 Categoria O4
Veículo rodoviário rebocado com PBT superior a 100.000 N (10.000 kgf).
6. CONDIÇÕES GERAIS
6.1 Documentação a ser apresentada
Para a execução da inspeção de segurança veicular, para fins de caracterização do
veículo, o OIC deve solicitar a apresentação dos seguintes documentos:
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6.2 Documentação para arquivo
Para fins de arquivo o OIC deve reter os seguintes documentos (fotocópias):
7. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
7.1 Procedimentos para realização da inspeção de segurança veicular
7.1.1 O OIC deve realizar as inspeções segundo os seus procedimentos técnicos de
inspeção documentados.
7.1.2 O OIC deve possuir lista de inspeção que preveja, no mínimo, os itens constantes no
Anexo.
7.1.3 O OIC deve realizar o registro fotográfico colorido e digitalizado dos veículos
rodoviários rebocados, de forma que permita quando posicionados na linha de inspeção
mecanizada, durante a inspeção, a visualização completa da dianteira/lateral direita e
traseira/lateral esquerda dos mesmos, ou visualização completa da dianteira/lateral
esquerda e traseira/lateral direita, evidenciando claramente a sua placa, a identificação da
data (dia/mês/ano), o horário (hora:minuto) da realização da inspeção, o nome do OIC, e o
seu número de credenciamento.
7.1.4 O OIC deve realizar a impressão de 02 (dois) decalques do número do chassi dos
veículos rodoviários (quando aplicável).
7.1.4.1 No caso da aprovação técnica da inspeção, os decalques devem ser colados nas
1ª e 2ª vias do CSV, de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
7.1.5 O OIC deve calibrar a pressão dos pneus conforme especificação do fabricante do
veículo.
37
7.1.6 As inspeções dos veículos rodoviários devem ser feitas levando-se em consideração
o seu peso em ordem de marcha, exceto para aqueles ensaios específicos que necessitam
de aplicação de massas.
40
7.3.2.5 Luzes intermitentes de advertência
Verificar o funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Funcionamento deficiente.
7.3.2.6 Retrorrefletores
Verificar o estado geral, posicionamento e cor.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes, quando obrigatórios.
• Conservação/fixação deficiente.
41
7.3.4.1 Inspeção mecanizada dos freios de serviço
7.3.4.1.1 Inspeção do equilíbrio de funcionamento dos freios de serviço do primeiro
ou único eixo (quando aplicável)
Conduzir o veículo rebocado posicionando as rodas do primeiro eixo sobre os rolos do
frenômetro e acioná-lo. Em seguida, o condutor pressionará gradualmente o pedal de freio
do veículo trator, com o motor ligado, até ocorrer deslizamento dos pneus sobre os rolos
ou atingir-se a máxima força.
Nessa fase são registradas as forças indicadas no frenômetro para cada uma das rodas desse eixo e, em
função destas, obtêm-se os valores de eficiência por roda e o desequilíbrio.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Desequilíbrio por eixo superior a 20%.
Nota: Quando não for possível realizar esta inspeção com a utilização do frenômetro,
deve-se realizar o ensaio de pista conforme item 7.4 deste RTQ.
Nota: Quando não for possível realizar esta inspeção com a utilização do frenômetro,
deve-se realizar o ensaio de pista conforme item 7.4 deste RTQ.
42
7.3.4.3 Inspeção visual
7.3.4.3.1 Componentes principais
Deve ser verificada a fixação do freio ao flange da viga de eixo.
Verificar a fixação do eixo expansor na viga de eixo.
Verificar a fixação das câmaras de freio e seu funcionamento. Devem estar isentas de
vazamentos.
Verificar o funcionamento do ajustador de freio (catraca de freio).
Quando do uso de sistema pneumático o fabricante deve apresentar desenho esquemático
do circuito de freio, contendo os principais componentes como válvulas, filtros, etc. e os
diâmetros das tubulações de serviço e de emergência.
O acoplamento do freio pneumático entre o veículo trator e o veículo rebocado (mão-de-
amigo) deve atender aos requisitos da NBR 7025 e se os anéis de vedação dos engates de
ar (mão-de-amigo) possuem desgaste, ressecamento ou rupturas, se as mangueiras
flexíveis de conexão apresentam rupturas ou vazamentos, se existe vazamento de ar em
todo o sistema pneumático, com os freios acionados, e ainda a existência de proteção para
evitar atrito da tubulação com a estrutura do rebocado.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Fixação inadequada de componentes.
• Estanqueidade deficiente.
• Acoplamento do freio pneumático inadequado.
• Falta de proteção entre tubulação e estrutura do rebocado.
• Fixação inadequada do comando.
7.3.4.3.2 Comandos
Verificar o comando do freio de estacionamento e sua trava.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Estanqueidade deficiente.
• Fixação inadequada do comando.
7.3.4.3.3 Reservatório de ar
Verificar o estado geral, existência do dreno na parte inferior, estanqueidade e fixação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Fixação/conservação deficiente.
• Falta de estanqueidade.
• Falta de dreno no reservatório de ar.
7.3.4.3.4 Circuito de freio (tubulações, conexões e válvulas)
Verificar o estado geral, fixação, estanqueidade e funcionamento das válvulas.
As tubulações devem ser verificadas quanto a corrosão, amassamentos, dobras e a
correta fixação em seus suportes. Verificar ainda se não existe interferência dos
43
componentes do sistema de freio com a estrutura ou suspensão quando carregado,
principalmente em chassi rebaixado.
Os flexíveis não podem apresentar rachaduras nem ressecamentos. Deve-se verificar os
possíveis vazamentos em todo o circuito. Deve-se verificar a fixação da válvula principal de
acionamento do sistema.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente.
• Falta de estanqueidade.
• Válvula(s) danificada(s).
• Interferência de componentes com a estrutura ou suspensão do veículo.
44
Figura 1
7.3.5.2 Eixos
Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para
verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação, empenamento e folgas.
Verificar a documentação que comprove a capacidade nominal de carga e relatório de
ensaio que comprove suas características de acordo com as NBR 10960 e NBR 10961.
Tapa-pó ou guarda-pó: deve existir proteção contra a entrada de corpos estranhos (pedras,
etc.) pelo lado interno do tambor de freio. Nessa proteção deve existir janela que permita a
verificação do desgaste da lona de freio.
As soldas não devem apresentar falhas de fusão, penetração incompleta, porosidades,
sobreposição e trincas nos cordões de solda.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Eixo(s) inadequado(s).
• Conservação/fixação deficiente/empenamento.
45
• Folgas excessivas.
• Emendas.
• Soldagem com falhas de fusão, penetração incompleta, excesso de porosidade,
sobreposição e trincas.
• Guarda pó inexistente.
• Guarda pó danificado.
46
Figura 2
48
7.3.5.10 Elementos complementares (estabilizadores)
Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para
verificação de folgas e verificar o estado geral e fixação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente quando obrigatório.
• Conservação/fixação deficiente.
• Folgas excessivas.
Figura 3
49
7.3.6.1 Desgaste da banda de rodagem
Através de inspeção visual dos indicadores de desgastes e, quando necessário, com o
auxílio do verificador de profundidade, verificar o desgaste da banda de rodagem.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Um ou mais pneus com profundidade de sulco menor que 1,6 mm em qualquer parte
do pneu.
50
• Existência de trincas.
• Empenamento acentuado.
• Corrosão acentuada.
• Existência de uma ou mais rodas que se sobressaiam à carroçaria.
51
O fabricante (ou seu fornecedor) deve apresentar certificado de qualidade e relatório de
ensaio de desempenho do pino-rei atestando sua capacidade de tração de acordo com a
NBR 7333, para pino-rei de 50 mm de diâmetro.
As dimensões básicas e de montagem devem estar em acordo com as especificações das
Normas NBR 5548 para pino-rei de 50 mm, e NBR 5550 para pino-rei de 90mm.
O fabricante (ou seu fornecedor) deve apresentar comprovação de que o pino-rei e seu
sistema de fixação são compatíveis com o PBTC (Peso Bruto Total Combinado) do
conjunto, através do seu valor D (DIN 74080), no caso de veículos utilizados em
combinações (rodotrens).
O fabricante deve apresentar documento que comprove a procedência do pino-rei ou da
sua matéria-prima no caso de fabricação própria.
A mesa do pino-rei deve estar bem fixada e em bom estado, não podendo apresentar
desgastes, trincas ou empenamento. Deve ser fabricado com espessura mínima de 8 mm.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente.
• Dimensionamento inadequado.
7.3.7.5 Carroçaria
7.3.7.5.1 Componentes gerais
Verificar o estado de conservação da carroçaria e seus elementos, quanto à corrosão,
trincas, deformações e a presença de saliências cortantes.
Deve-se verificar a existência de pontos de corrosão que possam comprometer os
elementos estruturais, ou qualquer outra parte que coloque em risco o seu perfeito
funcionamento, inclusive quanto à segurança dos usuários e transeuntes.
Devem haver dispositivos para a fixação adequada da carga no rebocado de modo a
impedir o seu deslocamento transversal ou longitudinal conforme requisitos estabelecidos
nas NBR 7468, NBR 7469 e NBR 7470.
No caso de transporte de sólidos à granel devem ser atendidos os requisitos estabelecidos
na Resolução Contran nº 732/89, quanto a cobertura da carga por lona ou similar. No caso
de rebocados com carroçaria aberta deve haver dispositivo de segurança e reforço como
correntes, cintas ou equivalente, que impeçam a abertura acidental das laterais durante o
trajeto.
No caso de rebocados para o transporte de produtos perigosos devem ser atendidos os
requisitos específicos exigidos nos Regulamentos Técnicos do Inmetro da área de
produtos perigosos.
52
No caso de transporte de produtos alimentícios deve ser comprovada a compatibilidade do
material utilizado na carroçaria com o material transportado.
No caso de rebocados para o transporte de produtos siderúrgicos deve haver dispositivos
de fixação de acordo com a Resolução Contran nº 699/88.
No caso de rebocados do tipo carroçaria aberta (transporte de recipientes de GLP), devem
haver dispositivos para sinalização de acordo com a NBR 8286 e extintores de incêndio
conforme exigido na Resolução Contran nº 560/80.
No caso de veículo rodoviário porta-conteiner deve ser apresentado o Certificado de
Conformidade do Inmetro atendendo a Resolução Contran nº 725/88.
No caso de rebocados para o transporte de sólidos a granel como areia, brita e similares,
do tipo caçamba basculante deve existir mecanismo duplo (um automático e outro manual)
de segurança na tampa traseira que impeça a sua abertura acidental na estrada.
No caso de rebocados do tipo carroçaria aberta (transporte de animais) devem ser
atendidos os requisitos estabelecidos na NBR 10452;
Toda abertura da carroçaria, para carga, descarga ou manutenção, deve possuir a
vedação adequada a carga transportada.
Deve-se verificar o estado geral do assoalho, quanto à existência de corrosão acentuada,
de soldas expostas sem proteção, de buracos não vedados e de fendas na chapa.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Corrosão acentuada ou trincas que comprometam a integridade.
• Deformações com saliências cortantes.
• Deformações estruturais.
• Soldas inadequadas.
• Falta de pontos de fixação para carga.
• Vedação da tampa traseira inadequada.
7.3.7.5.2 Pára-lamas
Verificar estado geral e fixação.
Todos os rebocados devem possuir pára-lama e/ou dispositivo similar, com resistência
compatível com as suas condições normais de utilização.
Não devem ser aceitos pára-lamas fabricados com materiais, que em uso normal venham
por meio de objetos lançados pelos pneumáticos, sofrer danos que possam inutilizá-los.
O pára-lama deve estar rigidamente fixado ao chassi ou fazer parte da carroçaria, sem
apresentar pontos contundentes ou cortantes.
Os limites externos da largura do pára-lama devem no mínimo, coincidir com os limites
externos das rodas.
Os limites inferiores das abas devem ter a configuração conforme Figura 4.
Nota: O pára-lama pode ter qualquer outra configuração desde que obedeça aos ângulos
indicados na Figura 4.
A partir da linha de centro do eixo (A), devem ser medidos os ângulos das extremidades
das abas em relação ao centro do eixo (Figura 5).
Deve ser verificada a distância entre os pneumáticos e os pára-lamas, sendo que esta
deve ser de 50 mm na condição crítica de final de curso da suspensão.
53
Figura 4
Figura 5
54
7.3.7.7 Chassi/estrutura
Verificar se o chassi/estrutura do veículo, ao longo de toda sua extensão, apresenta
fissuras, corrosão ou deformações acentuadas, que possam comprometer sua integridade.
Deve-se verificar a existência de pontos de corrosão na carroçaria, no chassi e nos demais
complementos, que no caso de existirem, não devem comprometer os elementos
estruturais, ou qualquer outra parte que coloque em risco o seu perfeito funcionamento,
inclusive quanto à segurança dos usuários e transeuntes.
As soldas não devem apresentar falhas de fusão, penetração incompleta, mordeduras,
porosidades, sobreposição e trincas nos cordões de solda dos elementos estruturais. Para
os elementos estruturais principais (longarinas) pode-se aceitar os critérios para nível de
imperfeição grau B (ISO 5817) e para os demais componentes soldados grau C.
Devem ser verificados os pontos críticos das longarinas principais localizados nas regiões
de apoio: mesa do pino-rei ou da rala giratória no caso de reboque, suportes da suspensão
e na ligação com as travessas, quanto a existência de trincas e deformações.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Presença de fissuras, corrosão, deformações acentuadas.
• Existência de falta de fusão, penetração, trincas, mordeduras, porosidades excessivas,
sobreposição em cordões de solda.
• Dimensionamento inadequado.
55
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Raio de recobrimento não conforme.
Figura 6
56
8. RESULTADO DA INSPEÇÃO
8.1 Concluída a inspeção do veículo rodoviário, o OIC deve registrar e manter registrado
todos os resultados encontrados.
8.2 No caso da aprovação técnica na inspeção, deve ser emitido o CSV, cujo
preenchimento deve ser realizado de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
8.3 Uma das vias do documento fiscal emitido pelo OIC, referente ao serviço de inspeção,
deve ser anexada à 1ª via do CSV.
57
Anexo/
Anexo - Lista de Inspeção de Veículos Rebocados Modificados ou Fabricados
Artesanalmente (PBT acima de 7.500 N)
58
Item Descrição A R OBS
60
RTQ - INSPEÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS REBOCADOS - RECUPERADOS DE
SINISTRO
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Responsabilidade
3. Documentos Complementares
4. Siglas
5. Definições
6. Condições Gerais
7. Condições Específicas
8. Resultado da Inspeção
Anexo - Lista de Inspeção de Veículos Rebocados Recuperados de Sinistro
1. OBJETIVO
Este Regulamento Técnico estabelece os critérios a serem seguidos por Organismos de
Inspeção Credenciados pelo Inmetro para inspeção de veículos rodoviários rebocados
recuperados de sinistro.
2. RESPONSABILIDADE
A responsabilidade pela revisão deste Regulamento Técnico é do Inmetro.
3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
CTB - Lei 9.503/97
Resolução Contran nº 25/1998
NIE-DQUAL-025 do Inmetro
NIT-DICOR-002 do Inmetro
Portaria Conjunta Denatran e Inmetro nº 01/2002
NBR 10966: Desempenho de sistemas de freio para veículos rodoviários
NBR 14040: Inspeção de segurança veicular - Veículos leves e pesados
- Parte 1 Diretrizes básicas
- Parte 2 Identificação
- Parte 3 Equipamentos obrigatórios e proibidos
- Parte 4 Sinalização
- Parte 5 Iluminação
- Parte 6 Freios
- Parte 7 Direção
- Parte 8 Eixos e suspensão
- Parte 9 Pneus e rodas
- Parte 10 Sistemas e componentes complementares
61
- Parte 11 Estação de inspeção de segurança veicular
4. SIGLAS
Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Dqual Diretoria de Qualidade
Contran Conselho Nacional de Trânsito
Denatran Departamento Nacional de Trânsito
SBAC Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
RBC Rede Brasileira de Calibração
CTB Código de Trânsito Brasileiro
RTQ Regulamento Técnico da Qualidade
CSV Certificado de Segurança Veicular
OIC Organismo de Inspeção Credenciado
CRLV Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
CRV Certificado de Registro de Veículo
NBR Norma Brasileira Registrada
PBT Peso Bruto Total
5. DEFINIÇÕES
Para efeito de utilização deste Regulamento Técnico, são adotadas as definições
constantes na NBR-14040 (Partes 6 e 8), na NIT-DICOR-002 do Inmetro, Portaria Conjunta
Denatran e Inmetro nº 01/2002, e as seguintes:
5.6 Categoria O
Veículos rodoviários rebocados.
62
5.7 Categoria O1
Veículo rodoviário rebocado com um eixo, que não seja semi-reboque, com PBT não
excedente a 7.500 N (750 kgf).
5.8 Categoria O2
Veículo rodoviário rebocado com PBT não excedente a 35.000 N (3.500 kgf), e que não
seja rebocado da categoria O1.
5.9 Categoria O3
Veículo rodoviário rebocado com PBT superior a 35.000 N (3.500 kgf), e que não exceda
100.000 N (10.000 kgf).
5.10 Categoria O4
Veículo rodoviário rebocado com PBT superior a 100.000 N (10.000 kgf).
6. CONDIÇÕES GERAIS
6.1 Documentação a ser apresentada
Para a execução da inspeção de segurança veicular, para fins de caracterização do
veículo, o OIC deve solicitar a apresentação de um dos seguintes documentos:
- CRLV ou CRV ou documentos fiscais de aquisição do veículo.
7. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
7.1 Procedimentos para realização da inspeção de segurança veicular
7.1.1 O OIC deve realizar as inspeções segundo os seus procedimentos técnicos de
inspeção documentados.
7.1.2 O OIC deve possuir lista de inspeção que preveja, no mínimo, os itens constantes no
Anexo.
7.1.3 O OIC deve realizar o registro fotográfico colorido e digitalizado dos veículos
rodoviários rebocados, de forma que permita quando posicionados na linha de inspeção
mecanizada, durante a inspeção, a visualização completa da dianteira/lateral direita e
traseira/lateral esquerda dos mesmos, ou visualização completa da dianteira/lateral
esquerda e traseira/lateral direita, evidenciando claramente a sua placa, a identificação da
data (dia/mês/ano), o horário (hora:minuto) da realização da inspeção, o nome do OIC, e o
seu número de credenciamento.
63
7.1.3.1 O registro fotográfico da visualização traseira/lateral esquerda ou lateral direita,
deverá ser impresso no verso das 1ª e 2ª vias do CSV, de acordo com a NIE-DQUAL-025
do Inmetro.
7.1.4 O OIC deve realizar a impressão de 02 (dois) decalques do número do chassi dos
veículos rodoviários (quando aplicável).
7.1.4.1 No caso da aprovação técnica da inspeção, os decalques devem ser colados nas
1ª e 2ª vias do CSV, de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
7.1.5 O OIC deve calibrar a pressão dos pneus conforme especificação do fabricante do
veículo.
7.1.6 As inspeções dos veículos rodoviários devem ser feitas levando-se em consideração
o seu peso em ordem de marcha, exceto para aqueles ensaios específicos que necessitam
de aplicação de massas.
7.2.2 O OIC deve verificar se o veículo sofreu alteração de suas características originais.
Em caso positivo, se tais alterações não constarem na documentação do veículo, o veículo
será considerado reprovado, até sua regularização através de inspeção específica.
64
• Fixação deficiente.
• Excessivamente deformados ou apresentando saliências cortantes.
• Pintura não regulamentar do pará-choque traseiro.
65
• Cor não regulamentada.
• Fixação deficiente.
• Posicionamento não regulamentado.
7.3.2.6 Retrorrefletores
Verificar o estado geral, posicionamento e cor.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes, quando obrigatórios.
• Conservação/fixação deficiente.
Nota: Quando não for possível realizar este ensaio com a utilização do frenômetro, deve-
se realizar o ensaio de pista conforme item 7.4 deste RTQ.
Nota: Quando não for possível realizar este ensaio com a utilização do frenômetro, deve-
se realizar o ensaio de pista conforme item 7.4 deste RTQ.
7.3.4.3.2 Reservatório de ar
Verificar o estado geral, estanqueidade e fixação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Fixação/conservação deficiente.
• Falta de estanqueidade.
68
• Conservação/fixação deficiente.
• Falta de estanqueidade.
• Válvula(s) danificada(s).
7.3.5.2 Eixos
Com o veículo posicionado no fosso ou no elevador, acionar o equipamento para
verificação de folgas e verificar o estado geral, fixação, empenamento e folgas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente/empenamento.
• Folgas excessivas.
• Uso de solda para recuperação/reparação.
72
Os vidros, assim como películas aplicadas por sobre os vidros, devem atender à legislação
de trânsito vigente.
Critério(s) de reprovação É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Ausência de vidro(s).
• Vidro(s) com integridade deficiente.
• Vidro(s) ou película(s) não regulamentado(s).
• Sistema de acionamento dos vidros deficiente.
7.3.7.5 Carroçaria
Verificar o estado de conservação da carroçaria e seus elementos, quanto à corrosão,
trincas, deformações e a presença de saliências cortantes.
Deve-se verificar a existência de pontos de corrosão que possam comprometer os
elementos estruturais, ou qualquer outra parte que coloque em risco o seu perfeito
funcionamento, inclusive quanto à segurança dos usuários e transeuntes.
Deve-se verificar o estado geral dos pára-lamas, que devem estar em perfeito estado de
conservação e bem fixados.
Deve-se verificar o estado geral do assoalho, quanto à existência de corrosão acentuada,
de soldas expostas sem proteção , de buracos não vedados e de fendas na chapa.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Corrosão acentuada ou trincas que comprometam a integridade.
• Deformações com saliências cortantes.
• Deformações estruturais.
• Soldas inadequadas.
73
7.3.7.6 Instalação elétrica
Verificar fixação, estado geral e conexões entre o veículo trator e o rebocado.
Deve-se verificar a fiação interna do veículo, que não deve apresentar emendas
desprotegidas ou mal fixadas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação ou posicionamento inadequados/fixação deficiente da bateria.
• Conservação ou posicionamento inadequados/fixação deficiente da fiação/caixa de
fusíveis.
• Conexões elétricas entre o veículo trator e o rebocado deficientes.
7.3.7.7 Chassi/estrutura
Verificar se o chassi/estrutura do veículo, ao longo de toda sua extensão, apresenta
fissuras, corrosão ou deformações acentuadas, que possam comprometer sua integridade.
Deve-se verificar a existência de pontos de corrosão na carroçaria, no chassi e nos demais
complementos, que no caso de existirem, não devem comprometer os elementos
estruturais, ou qualquer outra parte que coloque em risco o seu perfeito funcionamento,
inclusive quanto à segurança dos usuários e transeuntes.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Presença de fissuras, corrosão, deformações acentuadas.
74
• Funcionamento deficiente.
8. RESULTADO DA INSPEÇÃO
8.1 Concluída a inspeção do veículo rodoviário, o OIC deve registrar e manter registrado
todos os resultados encontrados.
8.2 No caso da aprovação técnica na inspeção, deve ser emitido o CSV, cujo
preenchimento deve ser realizado de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
8.3 Uma das vias do documento fiscal emitido pelo OIC, referente ao serviço de inspeção,
deve ser anexada à 1ª via do CSV.
75
Anexo /
Anexo - Lista de Inspeção de Veículos Rebocados Recuperados de Sinistro
76
componentes, quando visíveis e/ou acessíveis.
7.3.5 Eixos e sistema de suspensão
7.3.5.1 Verificação do funcionamento da suspensão
7.3.5.2 Eixos
7.3.5.3 Elementos elásticos (molas)
7.3.5.4 Elementos absorvedores de energia (amortecedores)
(quando aplicável)
7.3.5.5 Elementos estruturais (braços, suportes e tensores)
7.3.5.6 Elementos de articulação
7.3.5.7 Elementos de regulagem (excêntricos, calços, parafusos
reguladores)
7.3.5.8 Elementos limitadores (batentes)
7.3.5.9 Elementos de fixação (grampos, parafusos, rebites)
7.3.5.10 Elementos complementares (estabilizadores)
7.3.5.11 Suspensão pneumática. (quando aplicável)
7.3.6 Pneus e rodas
7.3.6.1 Desgaste da banda de rodagem
7.3.6.2 Tamanho e tipo dos pneus
7.3.6.3 Simetria dos pneus e rodas
7.3.6.4 Estado geral dos pneus
7.3.6.5 Estado geral das rodas ou aros desmontáveis
7.3.7 Sistemas e componentes complementares
7.3.7.1 Portas e tampas (quando aplicável)
7.3.7.2 Vidros e janelas (quando aplicável)
7.3.7.3 Bancos (quando aplicável)
7.3.7.4 Sistema de engate entre o veículo trator e o rebocado
7.3.7.5 Carroçaria
7.3.7.6 Instalação elétrica
7.3.7.7 Chassi/estrutura
7.4 Inspeção em pista
7.4.1 Funcionamento do freio de serviço
7.4.1 Funcionamento do freio de estacionamento
7.4.2 Funcionamento do sistema de suspensão
77
RTQ - INSPEÇÃO DE SEGURANÇA VEICULAR DE MOTOCICLETAS E
ASSEMELHADOS - MODIFICAÇÃO OU FABRICAÇÃO ARTESANAL
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Responsabilidade
3. Documentos Complementares
4. Siglas
5. Definições
6. Condições Gerais
7. Condições Específicas
8. Resultado da Inspeção
Anexo - Lista de Inspeção de Motocicletas e Assemelhados Modificadas ou
Fabricadas Artesanalmente
1. OBJETIVO
2. RESPONSABILIDADE
3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
78
- Parte 9 Pneus e rodas
- Parte 10 Sistemas e componentes complementares
- Parte 11 Estação de inspeção de segurança veicular
4. SIGLAS
5. DEFINIÇÕES
Para efeito de utilização deste Regulamento Técnico, são adotadas as definições
constantes na NBR-14180 (Partes 6 e 8), NIT-DICOR-002 do Inmetro, Portaria Conjunta
Denatran e Inmetro nº 01/2002, e as seguintes:
5.6 Categoria L1
Veículo rodoviário automotor com duas rodas, com motor de cilindrada menor ou igual a 50
cc, e com velocidade máxima de projeto menor ou igual a 50 km/h.
5.7 Categoria L2
Veículo rodoviário automotor com três rodas, com motor de cilindrada menor ou igual a 50
cc, e com velocidade máxima de projeto menor ou igual a 50 km/h.
5.8 Categoria L3
Veículo rodoviário automotor com duas rodas, com motor de cilindrada acima de 50 cc ou
com velocidade máxima de projeto maior que 50 km/h.
5.9 Categoria L4
Veículo rodoviário automotor com três rodas, com arranjo assimétrico em relação ao plano
longitudinal médio, com motor de cilindrada maior que 50 cc ou com velocidade máxima de
projeto maior que 50 km/h (motocicleta com carro lateral).
5.10 Categoria L5
Veículo rodoviário automotor com três rodas, com arranjo simétrico em relação ao plano
longitudinal médio, com peso total máximo menor ou igual a 10.000 N (1000 kg), e com
motor de cilindrada maior que 50 cc ou com velocidade de projeto maior que 50 km/h.
6. CONDIÇÕES GERAIS
80
conforme projeto de engenharia e memorial descritivo arquivados sob sua
responsabilidade.
7. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
7.1 Procedimentos para realização da inspeção de segurança veicular
7.1.1 O OIC deve realizar as inspeções segundo os seus procedimentos técnicos de
inspeção documentados.
7.1.2 O OIC deve possuir lista de Inspeção que contemple, no mínimo, os itens constantes
no anexo.
7.1.4 O OIC deve realizar o registro fotográfico colorido e digitalizado dos veículos
rodoviários, de forma que permita quando da inspeção, a visualização dianteira/lateral
direita e traseira/lateral esquerda dos mesmos, ou visualização dianteira/lateral esquerda e
traseira/lateral direita, evidenciando claramente a sua placa traseira ( dianteira quando
aplicável), a identificação da data (dia/mês/ano) e horário (hora:minuto) da realização da
inspeção, o nome do OIC, e o seu número de credenciamento.
7.1.5 O OIC deve realizar a impressão de 02 (dois) decalques do número do chassi dos
veículos rodoviários.
7.1.5.1 No caso da aprovação técnica da inspeção, os decalques devem ser colados nas
1ª e 2ª vias do CSV, de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
81
7.1.6 O OIC deve calibrar a pressão dos pneus conforme especificação do fabricante do
veículo.
7.2.1 O OIC deve realizar as inspeções segundo os critérios estabelecidos neste RTQ.
82
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes.
• Danificados ou com visibilidade deficiente.
• Fixação ou ajuste deficiente.
• Falta de um dos lados.
• Localização irregular.
7.3.1.4 Velocímetro
Verificar existência, integridade e funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Integridade deficiente.
• Não funciona.
7.3.1.5 Buzina
Verificar existência e funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Funcionamento deficiente.
84
• Conservação deficiente.
• Cor não regulamentada.
• Fixação deficiente.
• Posicionamento não regulamentado.
7.3.2.4 Retrorrefletor
Verificar o estado geral, posicionamento e cor.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes, quando obrigatórios.
• Conservação/fixação deficiente.
Figura 1
86
7.3.3.1.4 Luzes do painel
Para veículos que possuam sistema de freio a cabo, deve-se verificar a existência de
possíveis esgarçamentos nos cabos.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Vazamento no circuito.
• Frenagem inadequada.
• Fixação da válvula deficiente.
• Estanqueidade deficiente.
• Fixação inadequada de qualquer dos comandos.
• Curso excessivo ou retorno lento do pedal do freio de serviço.
• Curso/folga excessiva do comando do freio (pedal e manete) .
• Trava do freio de estacionamento inoperante (quando aplicável).
87
• Cabo de acionamento do freio deteriorado.
Verificar o estado geral do sistema do freio de estacionamento tais como cabos de aço,
parafusos, alavanca de acionamento e válvulas.
O sistema de freio de estacionamento deve ser testado por cerca de 5 minutos em rampa
com 30 % de inclinação, o veículo não deverá movimentar-se. O veículo não poderá esta
com nenhuma marcha engatada durante a realização deste ensaio.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Frenagem inadequada.
88
A verificação da estanqueidade em sistemas hidráulicos deve ser realizada através do
acionamento do pedal de freio com força moderada e constante, por cerca de 30
segundos, avaliando-se a estabilidade da posição do pedal que não deve ceder.
Se o veículo dispuser de sistema de freios hidráulico, verificar o estado geral quanto a
corrosão, amassamentos, estanqueidade, dobras e a correta fixação em seus suportes. Os
flexíveis não podem apresentar rachaduras nem ressecamentos.
7.3.6 Articulações
Com o veículo apoiado em seu próprio cavalete ou em apoio lateral e com a roda dianteira
afastada do solo, movimentar a roda com as mãos no sentido radial e axial para
verificação de folgas, estado geral e fixação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação inadequada.
• Folgas/desgastes excessivos.
Verificar o estado geral do amortecedor, nas suas superfícies externas, quanto a corrosão
e mossas. Verificar se existem vazamentos pelos retentores. A haste do pistão não deve
ter riscos profundos, oxidação ou incrustações.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Vazamento de óleo.
• Conservação/fixação deficiente.
Verificar a existência de trincas nas molas helicoidais/feixe. Para veículos que possuam
feixe de molas, verificar se existe desalinhamento entre as lâminas. (quando aplicável)
Verificar a barra de torção (quando aplicável) quanto ao seu estado geral e se suas buchas
estão ressecadas ou cortadas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente.
• Deformações permanentes.
• Modificações das características originais(quando aplicável).
91
• Folgas excessivas.
• Trincas ou partições nas molas helicoidais.
• Dimensionamento inadequado.
A haste do pistão não deve ter riscos profundos, oxidação ou incrustações. (quando visível)
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente.
• Vazamento de fluido dos amortecedores.
• Modificações das características originais (quando aplicável).
• Inclinação do amortecedor superior a 40o em relação ao curso da suspensão.
92
7.3.8.6 Elementos limitadores (batentes)
Com o veículo apoiado no solo, verificar o estado geral e fixação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente(s).
• Conservação/fixação deficiente.
94
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Existência de bolhas.
• Existência de cortes ou quebras com exposição dos cordonéis.
• Existência de separação da banda de rodagem.
• Existência de indícios de ressulcagem.
95
O reservatório de combustível não deve possuir oxidação, amassados profundos e deve ter
a correta fixação.
A tubulação de combustível deve estar em perfeito estado de conservação, não devendo
apresentar vazamentos, amassados, cortes, grandes vincos, posicionada em local
apropriado e devidamente conectada e fixada.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Vazamento de combustível.
• Conservação/fixação deficiente.
• Não existência/deficiência da tampa do reservatório.
• Reservatório de combustível com trincas ou recuperações inadequadas.
96
• Conservação deficiente da parede corta-fogo (quando aplicável).
• Partes com saliências cortantes/suportes corroídos, mal fixados ou danificados.
• Deformações estruturais.
• Soldas inadequadas.
• Inexistência de revestimento (quando aplicável).
7.3.10.7 Pára-lamas
Verificar o estado geral, dimensões, fixação, corrosão, deformações e saliências cortantes
dos pára-lamas, que devem estar em perfeito estado de conservação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Existente com dimensões impróprias.
• Com saliências cortantes.
97
• Mal conservado com folga ou mal fixado.
7.3.10.8 Motor/transmissão
Com o veículo apoiado em seu cavalete, verificar se a corrente e engrenagens (ou árvore
de transmissão - quando houver) não apresentam folgas ou desgaste excessivos. Deve
possuir capa protetora.
Verificar a correia ou corrente de transmissão, que não deverá apresentar indícios de
trincas, rasgos, etc.
Verificar a árvore de transmissão (quando existente) e seus elementos, tais como cruzetas,
procurando folgas anormais ou outro tipo de problemas pertinentes.
Verificar possíveis vazamentos de óleo/graxa da caixa de mudança, diferencial (quando
aplicável).
Verificar se as coifas de proteção das juntas articuladas (homocinéticas), e seu cintamento,
não estão rompidas (quando aplicável).
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Tipo de motor divergente do estabelecido pelo fabricante.
• Vazamento de óleo.
• Transmissão por corrente gasta ou com folga superior à recomendada pelo fabricante
do veículo.
• Ausência de flange protetor de corrente (quando aplicável).
• Transmissão por eixo cardã vazando e ou contendo trincas, deformações e
recuperações inadequadas.
• Conservação/fixação deficiente de elemento da transmissão.
• Coifas soltas ou danificadas.
98
Esta inspeção deve ser executada em velocidade compatível com as condições do local,
não excedendo 80 km/h.
Verificar o sistema de direção, quanto ao seu funcionamento, que não deve apresentar
barulhos, rangidos no manuseio e nem desalinhamento em pista.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Não funcionamento ou funcionamento deficiente.
99
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Funcionamento deficiente.
• Trepidações.
• Falta de precisão na troca de marchas.
• Folgas, ruídos na suspensão.
• Não mantém alinhamento.
• Trepidações.
• Suspensão inadequada.
7.3.12 Estabilidade
Em pista reta e plana, manter o veículo na velocidade especificada, deve-se verificar,
acionando o pedal de freio simulando uma frenagem imediata, se o veículo deriva para os
lados e se ocorre o travamento das rodas. Posteriormente, o inspetor deverá executar
curvas para ambos os lados, verificando o comportamento do sistema de suspensão.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Veículos deriva para os lados.
• Barulhos/folgas no sistema de direção.
• Travamento pré maturo das rodas traseiras.
7.3.13 Dirigibilidade
Na velocidade média especificada, o inspetor deve verificar se existe interferência ou
dificuldade de acionamento dos pedais, do câmbio, folgas no guidão, facilidade de
acionamento do freio de serviço, equipamentos e acessórios que interfiram na segurança e
conforto do condutor do veículo.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Dificuldade de acionamento dos pedais, câmbio, freios.
• Barulhos/folgas no sistema de direção.
• Dificuldade de acionamento dos comandos.
8. RESULTADO DA INSPEÇÃO
8.1 Concluída a inspeção do veículo rodoviário, o OIC deve registrar e manter registrado
todos os resultados encontrados.
8.2 No caso da aprovação técnica na inspeção, deve ser emitido o CSV, cujo
preenchimento deve ser realizado de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
8.3 Uma das vias do documento fiscal emitido pelo OIC, referente ao serviço de inspeção,
deve ser anexada à 1ª via do CSV.
100
Anexo /
Anexo - Lista de Inspeção de Motocicletas e Assemelhados Modificadas ou
Fabricadas Artesanalmente
101
7.3.1.7 Luzes Intermitentes de sinalização de veículo de socorro
7.3.2 Sistema de sinalização
7.3.2.1 Lanternas indicadoras de direção
7.3.2.2 Lanternas de posição
7.3.2.3 Lanterna de freio
7.3.2.4 Retrorrefletor
7.3.3 Sistema de iluminação
7.3.3.1 Farol principal
7.3.3.1.1 Inspeção visual
7.3.3.1.2 Inspeção mecanizada
7.3.3.1.3 Lanterna de iluminação da placa traseira (quando
aplicável)
7.3.3.1.4 Luzes do painel
7.3.4 Sistema de freios
7.3.4.1 Freios de serviço
7.3.4.2 Inspeção de funcionamento do freio de estacionamento
(quando aplicável)
7.3.4.3. Inspeção visual
7.3.4.3.1 Comandos
7.3.4.3.2 Reservatório do líquido de freio
7.3.4.3.3 Circuito de freio (tubulações, conexões, cilindro-mestre)
(quando aplicável)
7.3.4.3.4 Discos, freio a disco, tambores, freio a tambor e outros
componentes
7.3.5 Sistema de direção
7.3.5.1 Alinhamento das rodas
7.3.5.2 Guidão e sistema de direção
7.3.5.2.1 Funcionamento e comandos manuais
7.3.6 Articulações
7.3.7 Amortecedor de direção
7.3.8 Eixos e suspensão
7.3.8.1 Eixos
7.3.8.2 Elementos elásticos (molas)
7.3.8.3 Elementos absorvedores de energia (amortecedores)
7.3.8.4 Elementos estruturais (braços, suportes e tensores)
7.3.8.5 Elementos de articulação
7.3.8.6 Elementos limitadores (batentes)
7.3.8.7 Elementos de regulagem (excêntricos, calços e
parafusos reguladores)
7.3.8.8 Elementos de fixação (porcas, parafusos, rebites)
7.3.8.9 Elementos complementares (estabilizadores) (quando
aplicável)
7.3.8.10 Suspensão pressurizada
7.3.8.11 Verificação do funcionamento da suspensão
7.3.9 Pneus e rodas
7.3.9.1 Desgaste da banda de rodagem
7.3.9.2 Tamanho e tipo dos pneus
7.3.9.3 Estado geral dos pneus
7.3.9.4 Estado geral das rodas ou aros desmontáveis
7.3.10 Sistemas e componentes complementares
7.3.10.1 Bancos/assentos
7.3.10.2 Sistema de alimentação de combustível
7.3.10.3 Sistema de exaustão dos gases
7.3.10.4 Carroçaria (carenagem)
7.3.10.5 Instalação elétrica e bateria
102
7.3.10.6 Chassi/estrutura do veículo/cavalete central e lateral
7.3.10.7 Pára-lamas
7.3.10.8 Motor/transmissão
7.3.10.9 Sistema de arrefecimento
7.3.10.10 Pedal de apoio (plataforma de apoio)
7.3.11 Inspeção em pista
7.3.11.1 Funcionamento do velocímetro
7.3.11.2 Funcionamento do sistema de direção
7.3.11.3 Eficiência de frenagem
7.3.11.4 Funcionamento do sistema de transmissão
7.3.11.5 Funcionamento do sistema de suspensão
7.3.12 Estabilidade
7.3.13 Dirigibilidade
103
RTQ - INSPEÇÃO DE SEGURANÇA VEICULAR DE MOTOCICLETAS E
ASSEMELHADOS - RECUPERADAS DE SINISTRO
SUMÁRIO
1.Objetivo
2. Responsabilidade
3. Documentos Complementares
4. Siglas
5. Definições
6. Condições Gerais
7. Condições Específicas
8. Resultado da Inspeção
Anexos - Lista de Inspeção de Motocicletas e Assemelhados Recuperadas de
Sinistro
1. OBJETIVO
2. RESPONSABILIDADE
3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
4. SIGLAS
5. DEFINIÇÕES
Para efeito de utilização deste Regulamento Técnico, são adotadas as definições
constantes na NBR-14180 (Partes 6 e 8), NIT-DICOR-002 do Inmetro, Portaria Conjunta
Denatran e Inmetro nº 01/2002, e as seguintes:
105
5.6 Categoria L1
Veículo rodoviário automotor com duas rodas, com motor de cilindrada menor ou igual a 50
cc, e com velocidade máxima de projeto menor ou igual a 50 km/h.
5.7 Categoria L2
Veículo rodoviário automotor com três rodas, com motor de cilindrada menor ou igual a 50
cc, e com velocidade máxima de projeto menor ou igual a 50 km/h.
5.8 Categoria L3
Veículo rodoviário automotor com duas rodas, com motor de cilindrada acima de 50 cc ou
com velocidade máxima de projeto maior que 50 km/h.
5.9 Categoria L4
Veículo rodoviário automotor com três rodas, com arranjo assimétrico em relação ao plano
longitudinal médio, com motor de cilindrada maior que 50 cc ou com velocidade máxima de
projeto maior que 50 km/h (motocicleta com carro lateral).
5.10 Categoria L5
Veículo rodoviário automotor com três rodas, com arranjo simétrico em relação ao plano
longitudinal médio, com peso total máximo menor ou igual a 10.000 N (1000 kg), e com
motor de cilindrada maior que 50 cc ou com velocidade de projeto maior que 50 km/h.
6. CONDIÇÕES GERAIS
7. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
7.1.2 O OIC deve possuir lista de inspeção que contemple, no mínimo, os itens constantes
no Anexo.
7.1.4 O OIC deve realizar o registro fotográfico colorido e digitalizado dos veículos
rodoviários automotores, de forma que permita quando da inspeção, a visualização
completa da dianteira/lateral direita e traseira/lateral esquerda dos mesmos, ou
106
visualização completa da dianteira/lateral esquerda e traseira/lateral direita, evidenciando
claramente as suas placas, a identificação da data (dia/mês/ano), o horário (hora:minuto)
da realização da inspeção, o nome do OIC, e o seu número de credenciamento.
7.1.5.1 No caso da aprovação técnica da inspeção, os decalques devem ser colados nas
1ª e 2ª vias do CSV, de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
7.1.6 O OIC deve calibrar a pressão dos pneus conforme especificação do fabricante do
veículo.
7.1.7 As inspeções dos veículos rodoviários devem ser feitas levando-se em consideração
o seu peso em ordem de marcha, exceto para aqueles ensaios específicos que necessitam
de aplicação de massas.
7.2.1 O OIC deve realizar as inspeções segundo os critérios estabelecidos neste RTQ.
7.2.2 O OIC deve verificar se o veículo sofreu alteração de suas características originais.
Em caso positivo, se tais alterações não constarem na documentação do veículo, este será
considerado reprovado, até sua regularização através de inspeção específica.
107
7.3.1.2 Espelho retrovisor
Verificar estado geral, fixação, localização, ajuste e visibilidade.
O espelhos retrovisores devem estar conforme o sistema original, não devendo apresentar
quebras, trincas, folgas excessivas ou problemas de fixação e ajuste.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes.
• Danificados ou com visibilidade deficiente.
• Fixação ou ajuste deficiente.
• Falta de um dos lados.
• Localização irregular.
7.3.1.4 Velocímetro
Verificar existência, integridade e funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Integridade deficiente.
• Não funciona.
7.3.1.5 Buzina
Verificar existência e funcionamento.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Funcionamento deficiente.
108
7.3.1.6 Farol traseiro
Verificar existência.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Existência de farol traseiro.
109
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Uma ou as duas não funcionam.
• Visualização deficiente.
• Conservação deficiente.
• Cor não regulamentada.
• Fixação deficiente.
• Posicionamento não regulamentado.
7.3.2.4 Retrorrefletor
Verificar o estado geral, posicionamento e cor.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistentes, quando obrigatórios.
• Conservação/fixação deficiente.
Figura 1
Para veículos que possuam sistema de freio a cabo, deve-se verificar a existência de
possíveis esgarçamentos nos cabos.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Vazamento no circuito.
• Frenagem inadequada.
• Fixação da válvula deficiente.
• Estanqueidade deficiente.
• Fixação inadequada de qualquer dos comandos.
112
• Curso excessivo ou retorno lento do pedal do freio de serviço.
• Curso/folga excessiva do comando do freio (pedal e manete) .
• Trava do freio de estacionamento inoperante (quando aplicável).
• Cabo de acionamento do freio deteriorado.
Verificar o estado geral do sistema do freio de estacionamento tais como cabos de aço,
parafusos, alavanca de acionamento e válvulas.
O sistema de freio de estacionamento deve ser testado por cerca de 5 minutos em rampa
com 30 % de inclinação, o veículo não deverá movimentar-se. O veículo não poderá esta
com nenhuma marcha engatada durante a realização deste ensaio.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Frenagem inadequada.
115
• Manopla do acelerador com retorno difícil, irregular ou incompleto.
• Alavancas (manetes) de freio/embreagem e seus suportes contendo trincas, quebras ou
deformações.
• Alavancas (manetes) de freio/embreagem com extremidades agudas (desprovidas de
formato esférico).
7.3.6 Articulações
Com o veículo apoiado em seu próprio cavalete ou em apoio lateral e com a roda dianteira
afastada do solo, movimentar a roda com as mãos no sentido radial e axial para
verificação de folgas, estado geral e fixação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação inadequada.
• Folgas/desgastes excessivos.
Verificar o estado geral do amortecedor, nas suas superfícies externas, quanto a corrosão
e mossas. Verificar se existem vazamentos pelos retentores. A haste do pistão não deve
ter riscos profundos, oxidação ou incrustações.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Vazamento de óleo.
• Conservação/fixação deficiente.
Verificar a existência de trincas nas molas helicoidais/feixe. Para veículos que possuam
feixe de molas, verificar se existe desalinhamento entre as lâminas. (quando aplicável)
Verificar a barra de torção (quando aplicável) quanto ao seu estado geral e se suas buchas
estão ressecadas ou cortadas.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
116
• Conservação/fixação deficiente.
• Deformações permanentes.
• Modificações das características originais(quando aplicável).
• Folgas excessivas.
• Trincas ou partições nas molas helicoidais.
• Dimensionamento inadequado.
A haste do pistão não deve ter riscos profundos, oxidação ou incrustações. (quando visível)
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Conservação/fixação deficiente.
• Vazamento de fluido dos amortecedores.
• Modificações das características originais (quando aplicável).
• Inclinação do amortecedor superior a 40o em relação ao curso da suspensão.
118
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente quando obrigatório.
• Conservação/fixação deficiente.
• Vazamentos no sistema.
119
Verificar se os pneus atendem as especificações técnicas, tais como capacidade de carga
e velocidade máxima admissível.
O veículo deve ter, por eixo, pneus iguais, ou seja, mesma marca e especificação técnica
(triciclos e quadriciclos).
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Existência de bolhas.
• Existência de cortes ou quebras com exposição dos cordonéis.
• Existência de separação da banda de rodagem.
• Existência de indícios de ressulcagem.
120
7.3.10.2 Sistema de alimentação de combustível
Verificar vazamentos, fixação e estado geral dos componentes.
A tampa do reservatório de combustível deve estar adequadamente posicionada e oferecer
a devida vedação quanto a vazamentos.
O reservatório de combustível não deve possuir oxidação, amassados profundos e deve ter
a correta fixação.
A tubulação de combustível deve estar em perfeito estado de conservação, não devendo
apresentar vazamentos, amassados, cortes, grandes vincos, posicionada em local
apropriado e devidamente conectada e fixada.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Vazamento de combustível.
• Conservação/fixação deficiente.
• Não existência/deficiência da tampa do reservatório.
• Reservatório de combustível com trincas ou recuperações inadequadas.
7.3.10.7 Pára-lamas
Verificar o estado geral, dimensões, fixação, corrosão, deformações e saliências cortantes
dos pára-lamas, que devem estar em perfeito estado de conservação.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Inexistente.
• Existente com dimensões impróprias.
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• Com saliências cortantes.
• Mal conservado com folga ou mal fixado.
7.3.10.8 Motor/transmissão
Com o veículo apoiado em seu cavalete, verificar se a corrente e engrenagens (ou árvore
de transmissão - quando houver) não apresentam folgas ou desgaste excessivos. Deve
possuir capa protetora.
Verificar a correia ou corrente de transmissão, que não deverá apresentar indícios de
trincas, rasgos, etc.
Verificar a árvore de transmissão (quando existente) e seus elementos, tais como cruzetas,
procurando folgas anormais ou outro tipo de problemas pertinentes.
Verificar possíveis vazamentos de óleo/graxa da caixa de mudança, diferencial (quando
aplicável).
Verificar se as coifas de proteção das juntas articuladas (homocinéticas), e seu cintamento,
não estão rompidas (quando aplicável).
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Tipo de motor divergente do estabelecido pelo fabricante.
• Vazamento de óleo.
• Transmissão por corrente gasta ou com folga superior à recomendada pelo fabricante
do veículo.
• Ausência de flange protetor de corrente (quando aplicável).
• Transmissão por eixo cardã vazando e ou contendo trincas, deformações e
recuperações inadequadas.
• Conservação/fixação deficiente de elemento da transmissão.
• Coifas soltas ou danificadas.
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7.3.11 Inspeção em pista
Esta inspeção deve ser executada em velocidade compatível com as condições do local,
não excedendo 80 km/h.
Verificar o sistema de direção, quanto ao seu funcionamento, que não deve apresentar
barulhos, rangidos no manuseio e nem desalinhamento em pista.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Não funcionamento ou funcionamento deficiente.
7.3.12 Estabilidade
Em pista reta e plana, manter o veículo na velocidade especificada, deve-se verificar,
acionando o pedal de freio simulando uma frenagem imediata, se o veículo deriva para os
lados e se ocorre o travamento das rodas. Posteriormente, o inspetor deverá executar
curvas para ambos os lados, verificando o comportamento do sistema de suspensão.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Veículos deriva para os lados.
• Barulhos/folgas no sistema de direção.
• Travamento pré maturo das rodas traseiras.
7.3.13 Dirigibilidade
Na velocidade média especificada, o inspetor deve verificar se existe interferência ou
dificuldade de acionamento dos pedais, do câmbio, folgas no guidão, facilidade de
acionamento do freio de serviço, equipamentos e acessórios que interfiram na segurança e
conforto do condutor do veículo.
Critério(s) de reprovação: É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s)
ocorrência(s), dentre outras previstas em regulamentação específica:
• Dificuldade de acionamento dos pedais, câmbio, freios.
• Barulhos/folgas no sistema de direção.
• Dificuldade de acionamento dos comandos.
8. RESULTADO DA INSPEÇÃO
8.1 Concluída a inspeção do veículo rodoviário, o OIC deve registrar e manter registrado
todos os resultados encontrados.
8.2 No caso da aprovação técnica na inspeção, deve ser emitido o CSV, cujo
preenchimento deve ser realizado de acordo com a NIE-DQUAL-025 do Inmetro.
8.3 Uma das vias do documento fiscal emitido pelo OIC, referente ao serviço de inspeção,
deve ser anexada à 1ª via do CSV.
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Anexo /
Anexo - Lista de Inspeção de Motocicletas e Assemelhados Recuperadas de Sinistro
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