Estrutura Cristalina

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Estrutura Cristalina

Vamos lá
Ordem x desordem
Sem ordem

Ordem a longas distâncias

Adaptado de Askeland, D.R., Ciência e engenharia de materiais,


Sólidos Cristalinos x sólidos amorfos

 Amorfos
 Qualquer material que possui apenas ordem de curto alcance de átomos ou íons;
exemplos: os vidros inorgânicos, os polímeros, e os metais desde que passem por
um processo térmico.
 Cristalinos
 compostos por átomos, moléculas ou íons arranjados de uma forma periódica em
três dimensões. As posições ocupadas seguem uma ordenação que se repete para
grandes distâncias atômicas (de longo alcance).
Estruturas Cristalinas
 Definições básicas
 Uma rede é um conjunto de pontos denominados pontos de rede, dispostos
segundo um padrão periódico, de modo que a vizinhança de cada ponto de
rede seja idêntica. As redes podem ter uma, duas, ou três dimensões.
 Um átomo ou um grupo de átomos, localizados de forma específica entre si e
associados a cada ponto de rede, é conhecido como base ou unidade de
repetição.
 Obtemos uma estrutura cristalina ao agrupar redes e bases.
Célula Unitária: é uma subdivisão da rede que ainda
mantém as características típicas da rede.

O empilhamento de células unitárias forma os Sistemas


Cristalinos, que preenchem o um espaço tridimensional.
 O sistemas cristalinos são classificados como:
 Cúbico, tetragonal, ortorrômbico, romboédrico (também conhecido como trigonal), hexagonal,
monoclínico e triclínico.
Adaptado de Askeland, D.R., Ciência e engenharia de

Embora haja sete sistemas cristalinos, temos


um total de catorze arranjos distintos de
pontos de rede, chamados de redes de
Bravais
materiais, 2011.
Características dos sistemas cristalinos

Adaptado de Askeland, D.R., Ciência e engenharia de materiais,


2011.
 Parâmetros de rede
 Descrevem o tamanho e o formato da célula unitária, incluem as dimensões das arestas da célula
unitária e os ângulos entre tais arestas.

Adaptado de Askeland, D.R., Ciência e engenharia de materiais,


2011.
 Características do sistema cúbico

Cúbica Simples

face
Célula cúbica de corpo centrado

Diagonal
do cubo
Célula cúbica de face centrada

Diagonal
da face
Número de coordenação

Corresponde ao número de átomos que está em contato com um átomo específico ou ao número de
vizinhos mais próximos a esse átomo específico. Esse número indica como os átomos estão, estreita e
efetivamente, compactados entre si.
Fator de empacotamento

Corresponde a fração de espaço ocupado por átomos, pressupondo que eles são esferas rígidas
dimensionadas de forma a tocar, sempre que possível, o seu vizinho mais próximos.

á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠
(𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 )(𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 á𝑡𝑜𝑚𝑜)
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎
Massa específica

á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠
(𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 )(𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑡ô𝑚𝑖𝑐𝑎)
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎  = 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎
(𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎)(𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑣𝑜𝑔𝑟𝑎𝑑𝑜)

Exemplo:
O cobre possui um raio atômico de 0,128nm, uma estrutura cristalina CFC e um peso atômico de 63,5
g/mol. Calcule a sua massa específica teórica e compare a resposta com a massa específica medida.
Estrutura hexagonal compacta
Resumo

Adaptado de Askeland, D.R., Ciência e engenharia de materiais,


2011.
 Alotropia e polimorfismo
 Polimorfismo: fenômeno no qual um sólido (metálico ou não) pode apresentar
mais de uma estrutura cristalina, dependendo da temperatura e da pressão.
 Alotropia
 É o “polimorfismo” em materiais puros
Pontos, direções e planos na célula
unitária
 Coordenadas de pontos
 É possível localizar pontos na célula unitária construindo o sistema de coordenadas
positivamente orientadas.
 Direção cristalográfica:
 vetor que une dois pontos de rede cristalina, definido pelos Índices de Miller.

 Procedimento para determinação do dos índices de Miller de uma direção cristalográfica:


 Transladar o ‘vetor direção’ de maneira que ele passe pela origem do sistema de coordenadas;
 Determinar a projeção do vetor em cada um dos três eixos de coordenadas. Essas projeções devem ser
medidas em termos dos parâmetros de rede (a, b, c).
 Multiplicar ou dividir esses três números por um fator comum, tal que os três números resultantes sejam
menores inteiros possíveis.
 Representar a direção escrevendo os três números entre colchetes [u v w]
 Observações e significado dos Índices de Miller
1. Como as direções são vetores, determinada a direção e o seu negativo não são
idênticos (sentidos opostos);
2. Toda direção e seu múltiplo são idênticos;
3. Certos grupos de direções são equivalentes; têm índices específicos devido ao
modo como construímos as coordenadas. A estes grupos com direções equivalentes
chamamos de Família de Direções.

Adaptado de Askeland, D.R., Ciência e engenharia de materiais, 2011.


Extraído de Askeland, D.R., Ciência e engenharia de materiais, pg. 61, 2011.
 Índices de Miller: Planos Cristalográficos
 Determinação dos índices de Miller de um plano cristalográfico:
 Determinar os interceptos do plano com os eixos do sistema de coordenadas em
termos dos parâmetros de rede a, b e c. Se o plano passar pela origem, transladar
o plano para uma nova posição no sistema de coordenadas;
 Obter os recíprocos desses três interceptos. Se o plano for paralelo a um dos eixos,
considera-se o intercepto infinito e o seu recíproco zero;
 Representar na forma (h k l).
 Obs.: às vezes é necessário multiplicar os três números resultantes por um
fator comum para assim obter três índices inteiros.
 Densidade Atômica Linear (DL)
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 á𝒕𝒐𝒎𝒐𝒔 𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒐 𝒗𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒊𝒓𝒆çã𝒐
 𝑫𝑳 =
𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒗𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒊𝒓𝒆çã𝒐
 Densidade atômica planar (DP)
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 á𝒕𝒐𝒎𝒐𝒔 𝒏𝒐 𝒑𝒍𝒂𝒏𝒐
 𝑫𝑷 =
Á𝒓𝒆𝒂 𝒑𝒍𝒂𝒏𝒐
 Para cristais hexagonais
Um problema existe para a representação de direções onde não existe o mesmo conjunto de índices. Isto é
contornado pela adoção de quatro índices, os Miller-Bravais. Os três eixos a1, a2 e a3, estão todos dentro do plano
basal e apresentam 120º de ângulo de separação entre cada um. O eixo z é perpendicular ao eixo basal. Os quatro
índices adotados serão:
[u v t w]
Por convenção, os três primeiros índices correspondem aos eixos a1, a2 e a3, onde a conversão para os índices será
dado pelas seguintes fórmulas:

Os índices u’, v’ e w’ são referentes


aos índices a1, a2 e a3 e os índices u,
v, t e w são os índices Miller-Bravais

Adaptado de Callister, Jr., W.D., Ciência e engenharia de


materiais – uma introdução, 2008
 Planos cristalográficos – em uma célula hexagonal

Para cristais de simetria Hexagonal, da mesma forma que nas direções, usa-se um
sistema de Miller-Bravais com quatro índices, sendo(h k i l), onde i = -(h+k)

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