METODOS SINCRONICOS - Compactado
METODOS SINCRONICOS - Compactado
METODOS SINCRONICOS - Compactado
EXEGESE BIBLICA
Métodos Sincrónicos
Compilado por
Xavier Massingue
2020
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Introdução aos métodos sincrónicos
Os métodos sincrónicos tem como foco a forma final do texto. Diferentement dos
métodos diacrónicos não se preocupam em ir para trás do texto para reconstruir quer tradições
orais ou escritas anteriores, olham simplesmente para o texto como se apresenta na forma final.
como os diacrónicos, analisam e questionam o texto com igual rigor, seguindo procedimentos
aos outros. O foco dos primeiros é o autor e o dos ultimos é o leitor. O texto impões entre os doi
metodos.
Exemplo:
Crítica canônica
Nos últimos anos, tem havido um chamado vigoroso para ler e fazer exegese dos textos
designado crítica canônica. A crítica canônica faz parte dos métodos sincrônicos, portanto, é
eclesiastica que lê o texto acredita. Por exemplo, o cânon bíblico católico, ortodoxo e protestante
estrutura do canon que cada uma destas comunidades eclesiasticas orienta o sentido dos textos.
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Constata-se que a canonização tem tendencia de separar o significado dos textos da dependência
de seu uso histórico original. Textos que orginalmente estavam associados a contextos históricos
e comunidades específicas o seu sentido é expandido tornado acessível a um público mais amplo.
canônica sustenta a leitura do texto como parte da Bíblia em sua na totalidade, contra tomar a
este como uma unidade única e independente. Cada passagem é lida como parte de um livro
bíblico, e o livro bíblico é visto como parte de um livro ainda maior entidade - o cânon como um
todo. O todo é assim maior e mais autoritário do que qualquer uma das suas partes. Neste
contexto, um livro bíblico, tem autoridade limitada em relação a Bíblia no seu todo. Mais ainda,
argumentar-se que mesmo o cânon tem uma autoridade relativa uma vez que a Bíblia é lida
dentro do contexto de uma comunidade de crentes que a fornece as lentes da interpretação da fé.
possíveis que o texto pode ter. A comunidade eclesiastica lê e ouve as Escrituras, assumindo a
coesão interna do cânon. É por exemplo neste sentido que uma passagem do Antigo Testamento
lida na igreja é compreendida a luz do Novo Testamento. Acima de tudoa crítica canônica
sustenta que a interação mútua dos textos cujos resultados produziram o sentido acumulativo,
livros individuais da Bíblia originalmente significam, a crítica canônica está preocupada com o
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A crítica retórica
A crítica retórica preocupa-se com a forma como o texto bíblico procura estabelecer o seu
ponto. Esta baseia-se no pressuposto de que compreender como um texto procura passar a
mensagem, é essencial para entender o que ele comunica. A forma e o significado de um texto não
podem ser separados. Pode notar-se a crítica retórica tem um relacionamento directo com a crítica
de forma. No entanto estes dois metodos também diferenças significantes um do outro. A diferença
mais notavel é que enquanto a crítica de forma olha para como a configuração especifica do texto
foi usada anteriormente em outros contextos, a crítica retórica preocupa-se com a forma escrita
final do texto.
A crítica retórica primeiro procura estabelecer os limites do texto na base da sua estrutura
geral. Posterior a este passo requer uma observação atenta da estrutura interna do texto. Isto iplica
ler atentamente a passagem perguntndo como o texto se move de um ponto para outro. Poderá
notar-se que alguns textos parecem obter sua estrutura a partir da alternância da fala e da ação
narrada. Outros textos parece que se movem de um local para outro, e outros ainda, são ordenados
pela passagem do tempo. Alguns textos que pode oferecer exemplo são:
1) I Samuel 4 - esta é uma história que se move de um lugar para outro: Campo de batalha>
câmara de nascimento. Observe que o texto dá muito pouca indicação de quanto tempo
passa na história.
tempo. O tempo é marcado pela passagem dos dias. Existem outras características
eventos de criação, "E houve ....". Estes, no entanto, são colocados dentro da estrutura
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dominante de sete dias. Observe que, em Gênesis 1, a localização ou configuração
história.
Uma vez que a estrutura geral é estabelecida, o próximo passo é ler o texto cuidadosamente
para detalhes menores. Como o texto começa e termina? Durante cada etapa, o intérprete deve
confirmar os limites apropriados do texto, a fim de assegurar que eles continuam sendo
compatíveis com a análise em progresso. Lucas 19: 1-10 contém o único relato bíblico da história
de Zaqueu. A história começa: "Ele estava passando de Jericó. Um homem chamado Zaqueu estava
lá ..." No final da história, Jesus diz: "O Filho do Homem veio para buscar e salvar os perdidos".
O começo e o fim se complementam, com a definição de Jesus de sua missão no final da história,
Outro tipo de detalhe a ser observado com cuidado é a repetição. Alguns textos usam
Deus são repetidas nos relatos dos atos da criação. Em I Reis 12, o comando de Roboão ao povo é
relatado duas vezes, nos versos 5 e v. 12. O primeiro capítulo de Jonas faz uso repetido das palavras
"levante-se" e "desça". Críticos retóricos perguntam por que o texto usa a linguagem dessa
maneira.
importante. Muitas vezes, uma parte de um texto reflete outro, mas com algumas variações
importantes. Essas variações podem ou não comunicar algum significado, mas devem ser
contada em dois episódios um tanto repetitivos, o primeiro relato da morte de Ananias e o segundo
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da morte de Safira. Ao contrário do episódio de Ananias, o episódio de Safira relata em 5:10 que
ela caiu "aos pés de [Pedro] e morreu". Essa variação tem algum significado? Existe uma diferença
significativa entre a morte dela e a dele? Naturalmente, é mais fácil perceber tais características do
tradução. Os intérpretes bíblicos que se especializam em crítica retórica o fazem lendo a Bíblia em
seus idiomas originais. Aqueles que não lêem línguas bíblicas podem também engajar-se na crítica
retórica, mas devem fazê-lo com cuidado. Eles devem consultar várias traduções. Frequentemente,
os tradutores seguem convenções aceitas em seus próprios idiomas, que destroem as características
retóricas do texto. Por exemplo, em Portugues, a repetição é considerada um estilo de escrita ruim.
traduções em Português freqüentemente usam palavras diferentes para criar uma variedade de
variedade de traduções, será útil consultar versões interlineares do Antigo e do Novo Testamento.
Existe também uma forte relação entre crítica retórica e crítica narrativa. Neste caso ambas
fazem parte dos métodos sincronicos. Além das características retóricas discutidas acima, a crítica
histórias bíblicas e com o movimento de uma história. A linguagem usada sobre os personagens
à medida que a história avança. Como o texto cria esses pensamentos e impressões? O que o texto
nos diz sobre um personagem e como ele nos diz? Como os eventos que compõem uma história
são reunidos para formar um enredo? Como a história avança, e como a estrutura da história afecta
as impressões dos leitores sobre os eventos dentro dela? Essas são questões importantes para a
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crítica retórica. Depois que todas as informações descritas acima, incluindo estrutura e detalhes
linguísticos, forem reunidas, o intérprete deverá fazer a pergunta-chave. Que idéias estas
Critica narrativa
A crítica da narrativa compreende que os textos bíblicos que são histórias, devem ser
lidos como histórias. Portanto, ela olha principalmente para quatro componentes da narrativa:
elementos pode parecer bem diferente dos outros três. Eventos, personagens e configurações são
os ingredientes que compõem uma história. Pessoas (personagens) realizam ações (eventos) em
reflexão mais cuidadosa, revela que o narrador também faz parte da história. É o narrador que
guia o leitor através da história, dizendo ao leitor para onde ir, o que olhar e a quem escutar. Em
certo sentido, o leitor vê a história acontecer através dos olhos do narrador. Os críticos
narrativos chamam este aspecto da uma história de "ponto de vista". Se mudar o narrador a
Alguns críticos de narrativa fazem uma distinção bastante nítida entre o autor e o
narrador. Muitas vezes estas componentes se revelam distintas quando uma história é contada
dentro da história. Por exemplo, Jesus narra as parábolas para nós, mas outra pessoa nos conta a
história de Jesus contando a parábola. Compreende-se então que existem dois tipos básicos de
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narradores; os manifestos e os dissimulados. Os narradores manifestos são mais fáceis de
identificar. Eles se tornam visíveis ao contar uma história falando diretamente ao leitor. Há dois
Em II Samuel 2: 12-17 há uma batalha entre um grupo liderado por Abner e um grupo
liderado por Joabe. Nos vesrsiculos 12-16a, assistimos a batalha através dos olhos do narrador.
Ouvimos Abner e Joabe falar pelos ouvidos do narrador. No versiculo 16b, o tom da história
muda. Aqui o narrador fala diretamente para nós, não descrevendo a ação ou citando a fala, mas
explicando como esse evento levou à nomeação do lugar. O narrador sai do esconderijo e se
torna aberto. A mesma coisa acontece, de uma maneira ainda mais óbvia, em João 12: 1-8.
Durante esta história da unção de Jesus em Betânia, o narrador deixa de contar a história para
falar com o leitor e fornecer informações. No versiculo 4 o narrador nos diz algo sobre Judas,
que não tem nada a ver diretamente com a história, e no versículo 6 o narrador pára para explicar
o motivo de Judas. Você pode até achar que em algumas traduções da Bíblia em Portugues essas
Exemplos de narradores encobertos ou ocultos são menos óbvios exatamente por esse
motivo. Há momentos, porém, em que o narrador está visivelmente oculto. Um exemplo claro
disso está na história do levita e sua concubina em Juízes 19. Ao longo desta história
perturbadora, o leitor deseja que o narrador saia e pronuncie juízo sobre o comportamento dos
leitor.
podem incluir alguns elementos de uma história e deixar os outros de fora. Eles podem vincular
elementos para indicar semelhança, contraste ou causação. Eles podem fornecer informações
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básicas para o leitor. Eles podem prever eventos ou lançá-los no leitor com uma sensação de
surpresa. Entender o papel do narrador requer a se faça uma pergunta muito importante - "Por
37:11, o leitor é informado de que os irmãos de José tinham ciúmes dele. Alguns versículos
depois, em Gênesis 37: 18-24, o leitor vê os irmãos de José em ação e ouve suas palavras.
Mesmo sem o relato em 37:11, os leitores perspicazes deste capítulo podem notar que os irmãos
são ciumentos. Suas palavras e ações indicam ou mostram seus sentimentos. Esses dois tipos de
história faz as duas coisas, mas geralmente apenas um padrão está presente. Um narrador pode
indiretamente, descrevendo ações e relatando fala. O último método geralmente leva mais tempo
Esta discussão sobre personagens oferece uma boa oportunidade para definir mais
narrativo, todos os métodos estão virados a entender os personagens e suas ações. No entanto a
maneira atravez da qual estes metodos procuram determinar estas questões é diferente. A
narrativa, examina como os personagens são retratados no mundo que o texto produz.
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Bibliografia
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