Lexico de Estruturas Sedimentares e Term PDF
Lexico de Estruturas Sedimentares e Term PDF
Lexico de Estruturas Sedimentares e Term PDF
LÉXICO DE
ESTRUTURAS
SEDIMENTARES
E TERMOS ASSOCIADOS
Com ilustrações
2019
INTRODUÇÃO
O presente léxico é a mais recente publicação de uma série dedicada ao estudo das
estruturas sedimentares, cujo início ocorreu a partir de um projeto elaborado e desenvolvido por
pesquisadores do Departamento de Geologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(UNISINOS) entre os anos de 1981 e 1984. O objetivo principal das primeiras publicações foi o
de não só relatar tais feições, suas origens e morfologias, mas também o de ilustrar, sempre que
possível, as estruturas sedimentares ocorrentes em rochas e depósitos cenozoicos do Estado
do Rio Grande do Sul (RS). Em 1982 publicou-se o Atlas de Estruturas Sedimentares Pré-
Gondwânicas e Gondwânicas do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Parte I - Estruturas
Primárias, em 1983 o Atlas de Estruturas Sedimentares Pré-Gondwânicas e Gondwânicas do
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Parte II – Estruturas Químicas e Orgânicas e, finalmente,
em 1984, o Glossário de Estruturas Sedimentares. Com ilustrações de estruturas em rochas Pré-
Cambrianas, Fanerozóicas e de depósitos recentes do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Durante a vigência daquele projeto o grupo de pesquisadores era composto pelos
professores Carlos Henrique Nowatzki (coordenador), Milton Antônio Araújo dos Santos e Tânia
Lindner Dutra, e pelos alunos-monitores Henrique Záquia Leão, Bárbara Reich dos Santos, Maria
Elisabeth de Souza, Vera Lúcia de Lima Schuster e Mônica Lacroix Wacker. O projeto recebeu
auxílio logístico da UNISINOS e financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) que também destinou bolsas a alguns dos membros da equipe.
Decorridos 35 anos da publicação do glossário o autor disponibiliza a comunidade
científica interessada o Léxico de Estruturas Sedimentares e Termos Associados, uma versão
atualizada e ampliada do estudo editado em 1984. Aos verbetes do glossário foram acrescidos,
no léxico, outros que abrangem temas diversos, contudo, relacionados àquelas feições, tais
como, os ambientes deposicionais, a classificação das rochas quanto a origem, as diversas
modalidades de correntes que transportam os sedimentos, as espécies de transporte, etc. O
resultado se reflete no aumento de 930 verbetes, 157 fotografias e 2 quadros no glossário para
1 393 apontamentos, 224 ilustrações e 10 quadros no léxico. A par disto, este compêndio possui
215 páginas, abstraindo a da capa, a da introdução, a das dedicatórias e a do currículo.
Desde o início de sua elaboração havia o propósito de divulgar este estudo por meio
eletrônico, desejo ora concretizado. Este compêndio é composto, além dos verbetes, da
bibliografia, da listagem dos vocábulos em língua estrangeira, do resumido currículo do autor e
da Escala do Tempo Geológico, criada pela International Commission on Stratigraphy (ICS) da
International Union of Geological Sciences (IUGS), versão 2018.
Durante o manuseio do léxico, o leitor observará que os verbetes são grifados em negrito,
sucedem-se em ordem alfabética morfológica e estão singularizados. A cada apontamento, na
maioria das vezes, há a sua versão em língua estrangeira entre parênteses e em itálico. Na
explicação referente ao verbete podem ocorrer tanto palavras sublinhadas quanto o indicativo
“veja também”, cuja função é remeter o leitor para outro verbete que auxilie e complemente o
esclarecimento procurado. Caso haja alguma ilustração referente ao verbete esta palavra será
usada, na cor vermelha, na anotação pesquisada. Além de números seguidos por Ba, Ma, aC
que significam, respectivamente, bilhões de anos, milhões de anos, antes de Cristo, no manual
consta ainda a sigla CPRM referente ao Serviço Geológico do Brasil. Na lista de termos em
língua estrangeira que também está em ordem alfabética morfológica, há a sua versão adaptada
para o português, o que facilita sua busca no léxico.
Maria Elisabeth de Souza, pela amizade e pela dedicação à pesquisa destas singulares feições.
João José Bigarella, pelo incentivo aos nossos estudos sobre estruturas sedimentares.
Acaustobiólito (acaustobiolite). Rocha
que nestes sedimentos haja registro da Seção longitudinal de delta marinho construtivo. 1. Pró-
atividade orgânica de animais e vegetais da delta. 2. Frente deltaica. 3. Planície deltaica. 4. Nível do mar.
bacia receptora. 5. Nível de base das ondas. 6. Substrato. 7. Linha de tempo.
A espessura dos sedimentos que A seta amarela indica o sentido da progradação. Modificado
de Mendes 1984.
compõe o delta depende da taxa de
subsidência da bacia receptora, pois, o volume
de detritos acumulados está subordinado não
só a quantidade de material transportado pelo 4
NM
rio, mas também da movimentação negativa do 3
sítio deposicional. 2
No sistema deltaico há, idealmente,
uma área de deposição subaérea e outras duas
subaquosas. Esta segmentação foi identificada 1
em delta lacustre (ilustração), onde a atividade
de ondas é desprezível e a de marés é 5
praticamente inexistente, o que é determinante
para a formação de um delta construtivo, ou
Seção longitudinal de delta marinho destrutivo dominado por
seja, aquele em que a ação fluvial domina sobre maré. Delta do Rio Rhone. NM. Nível do mar. 1. Pró-delta e
a das ondas ou marés. lamas da plataforma (veja em ambiente marinho) 2. Areias
de barreiras costeiras. 3. Planície deltaica e bacias costeiras
areno-lamosa. 4. Canais distributários preenchidos. 5.
Substrato. A seta amarela indica o sentido da progradação.
5 Fonte: Oomkens 1970, modificado por Galloway e Hobday
3 1983.
1
2
3 4
C 5 D
B
Interduna
Oásis
Água subterrânea
Argilito (argillite). Veja em Rocha Sedimentar Azoica (azoic). Denominação antiga dada a
Clástica. Era que abrangia o tempo anterior à
Paleozoica. Supostamente não possui fósseis
portanto, registro de vida, donde seu nome.
Veja também Escala do Tempo
Geológico.
B
A. Bactéria aeróbia. Colônias de Mycobacterium
tuberculosis. Disponibilizado: 1976. Acesso: 07.04.2019.
Bacia de deposição (basin of deposition). Créditos: CDC/Dr. George Kunica. Origem: Center for
Sinônimo de bacia sedimentar. Desease Control and Prevention’s Public Health Image
Library, nº 4428. Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/Fuile:TB_Culture.jpg.
Bacia de solução (kamenitzas, solution ba-
sins). São estruturas cársticas formadas so-bre
um plano rochoso levemente inclinado.
Constituem cavidades circunscritas
que contém água estagnada ou misturada com
clastos durante certo tempo. Em geral,
possuem 10 cm a 40 cm de largura e 1 cm a 10
cm de profundidade.
Ocasionalmente alcançam 50 cm de
profundidade e 3 metros de largura.
Em planta são circulares, ovais ou
ameboides. As bacias menores podem coa-
lescer e originar bacias maiores. Os bordos das
B. Bactéria anaeróbia. Clostridium tetani. Disponibilizado:
bacias podem estar sulcados. 1995. Acesso: 07.04.2019. Créditos: Center for Disease
Control and Prevention. Fonte:
Bacia intracratônica (intracratonic basin). É https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Clostridium_tetani.j
uma bacia, em geral, de forma simétrica, origi- pg.
nada tectonicamente sobre uma área cratoni-
zada.
Barlavento (windward). Lado de onde pro-vem Bentos (benthos). Seres vivos que habitam os
a corrente eólica. Num perfil de duna cor- oceanos, mares e lagos. Dividem-se em
responde ao lado com menor inclinação (5o a sedentários (fixos) e vágeis (livres).
12o).
Bentonita (bentonite). É uma argila originada
Barra (bar). Acumulação subaquática ou não de cinza vulcânica alterada, sendo a
de seixos, areias ou lamas, dispostos no canal montmorilonita seu principal componente.
ou na desembocadura de um rio, ou ao longo Quando mergulhada em água aumenta várias
de uma região costeira, sedimentados pelas vezes seu volume.
correntes fluviais ou litorâneas.
Betume (bitumen). É composto natural, infla-
Barra de canal (channel bar). Sedimentações mável, constituída por hidrocarbonetos. A cor
lenticulares alongadas dispostas ao longo de varia de amarela a preta. Apresenta-se na
um canal fluvial. forma de gás (gás natural), de líquido (petró-
Veja também ambiente de planície de leo) e de sólido (asfalto).
inundação.
Betuminoso (bituminous). Carvão com baixo
Barra de desembocadura (bar mouth). teor de umidade, médio teor de material volátil
Depósito fluvial sedimentado na foz de um rio. e alto percentual de material volátil betuminoso
(em torno de 40%). A cor é negra e, quando
Barra em pontal (point bar). Depósitos fluviais queimado emite chama amarela.
Nomenclatura também usada para Orgânica.
folhelhos dos quais se obtém hidrocarbonetos
voláteis por destilação. Biólito (biolite). Designação empregada para
Rochas Sedimentares Organógenas.
Biocenose (biocoenosis). Em Ecologia o ter-
mo é empregado para caracterizar um grupo de Biomicrito (biomicrite). Calcário (veja Rocha
seres vivos, intimamente associados, que Sedimentar Química e também Rocha
formam uma unidade ecológica natural. Sedimentar Orgânica) constituído por porções
Na PalÉontologia corresponde a uma va-riadas de fragmentos esqueletais, tais como
associação de organismos que cohabitaram o conchas, crinoides, etc., envoltos em lama
mesmo local em que agora são encontrados carbonática.
fossilizados.
Biostroma (biostrome). São depósitos sedi-
Bioestratificação (biostratification). Consis-te mentares com laminação tabular, reta ou
em uma estratificação determinada por ação de ondulada, originados pela concentração de
certos organismos, como o estromatólito. restos de organismos.
Alguns estromatólitos, bancos de
Bioestratigrafia (biostratigraphy). Segmento ostras, colonias de corais e de crinoides, e de
da Estratigrafia que estuda a distribuição dos tecas de foraminíferos, estão entre os principais
fósseis e das rochas onde estão contidos no responsáveis pela gênese do biostroma. Alguns
espaço e no tempo. aceitam também que seres não sedentários
(p.ex. foraminíferos) possam formar
Biofácies (biofacies). Veja em fácies. biostromas.
Veja também rochas sedimentares
Biogênico (biogenic). Sedimento composto por orgânicas.
mais de 30% de restos de organismos, tais
como conchas e corais. Biota (biota). Conjunto de características da
fauna e flora de uma região definida.
Bioglifo (bioglyph). Veja icnofóssil.
Bioturbação (bioturbation). Veja estrutura de
Bioherma (bioherm). Ilustração. Recife cons- bioturbação.
tituído por restos de esqueletos calcários de
diversas categorias de organismos (algas Bioturbação por alojamento. Veja estrutura
calcárias, corais, equinodermas, etc.). de moradia.
Apresentam forma de lente ou de
domos e internamente má estratificação. As Biozona (biozone). Também conhecida co-mo
dimensões são variadas, podendo atingir zona de amplitude, inclui as rochas sedi-
muitas dezenas de metros. mentadas desde o surgimento até a extinção de
determinada espécie correspondendo,
portanto, as verdadeiras unidades cronoes-
tratigráficas.
Bloco errático (erratic block). Clasto de grande
dimensão, transportado por geleira.
Veja também sulco glacial.
OCEANO
Bloco escorregado (slip block). Bloco sedi-
mentar anteriormente situado sobre um plano
inclinado que se deslocou por ação da
BIOHERMA
gravidade, mantendo as suas estruturas
originais sem maiores deformações.
Bioherma. Litoral marinho. Cenozoico, Bahia (BA), BR.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. Bloco rompido por tração (keazoglyph,
parting cast, pull apart, pull apart structures).
Veja também Rocha Sedimentar Veja em estrutura brechosa.
Boçoroca (gully). Erosão realizada pelas
águas superficiais ou subterrâneas, podendo
atingir dezenas de metros de profundidade e
centenas de metros de extensão. Ilustração.
É comum que ocorra em sedimentos
ou sedimentitos arenosos, porém, não são ra-
ras em pelitos.
Bola de convolução (convolutional balls, roll- Bola lacustre (burr balls, hair balls, lake balls,
up structure). Ilustração. São corpos pequenos water-rolled weed balls). São corpos
e subesféricos com lâminas concêntricas, esferoidais constituídos por materiais de ori-
associados com estrutura convoluta. gem orgânica, tais como algas, briozoas,
braquiópodos, corais agregados mecânica-
mente, graças ao movimento das ondas, em
águas pouco profundas, possivelmente em
períodos de tempestades. Quando originadas
em ambiente marinho são chamadas bolas
marinhas (aegragopila, pilae marinae, sea
ball).
Veja também estromatólito.
Calhau (pebble). Sinônimo de pedra. Veja em
Bola marinha (aegragopila, pilae marinae, sea clasto.
ball). Veja em bola lacustre.
Caliche (calcreto). Veja em Rocha Sedimentar
Bomba (bomb). É um clasto formado pela Química.
solidificação da lava enquanto se deslocava no
espaço, arremetida pelas explosões de ga-ses Camada (bed, laminaset, layer, strata,
numa ejeção vulcânica. stratum). Ilustração. É unidade de
Possui formas torcidas, arredonda-das sedimentação formada sob condições físicas
ou elípticas e superfície fissurada. essencialmente constantes e contínuo
assentamento do mesmo material durante a
Boneca de sílex (loess-kindchen). São deposição. A espessura de uma camada pode
concreções silicosas com formas bizarras. variar de poucos milímetros a vários metros.
Podem ser inteiramente laminadas.
Bottomset. Veja sequência de fundo em São separadas de camadas adjacen-
ambiente deltaico. tes por superfícies de estratificação,
comumente conhecidas como planos de
Boudinage. Constituem estruturas estratificação.
representadas por adelgaçamentos em
determinadas camadas. Os adelgaçamentos
são espaçados a intervalos regulares e
algumas vezes podem dar origem a blocos
rompidos por tração (veja em estrutura
brechosa). P
A origem está ligada ao efeito das A
forças de tração atuando sobre material plástico P
coesivo do tipo lamoso.
Cimento (cement). Veja em Rocha Sedimentar Clasto pingado (dropped blocks, dropsto-nes,
Clástica. rafted blocks). Ilustração. São areias, grânulos,
seixos, etc., que perturbam as ca-madas
Cinza vulcânica (volcanic ash). É o material constituídas por finas lâminas de pelitos.
piroclástico com dimensões muito finas.
Para Fisher (1961) podem ser cinzas
finas (tamanhos inferiores a 0,0625 mm) e
cinzas grossas (granulometrias entre 0,0625
mm e 2 mm, inclusive).
As rochas daí oriundas recebem os
nomes de tufos finos e tufos grossos, respec-
tivamente.
Cratera de impacto (bomb sags, impact cra- Crinoide. Comaster schlegelii. Créditos: Frédéric Ducarme
ters). São crateras originadas pela queda de (IUCN mission). Disponibilizado: 24.04.2015. Acesso:
06.04.2019. Fonte:
piroclastos grossos sobre superfície de grãos https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Comaster_schlegel
soltos menores ou sobre leitos de lava. ii.jpg.
O impacto provoca um arqueamento
na camada atingida. A profundidade de pene- Criossombra de obstáculo (knob-and-trail).
tração do projétil depende de sua massa, for- Estrutura desenvolvida sobre substrato gla-cial
ma e velocidade no momento do impacto, bem originada por obstáculos resistentes que
como das propriedades da camada impactada. projetam no sentido do movimento do gelo,
feições hemicônicas de rocha menos resis-
Cratera de meteorito (meteor crater). É a área tente.
deprimida onde ocorreu o impacto de um
meteorito que se chocou contra a Crosta Crioturbação (cryoturbation). Veja em es-
Terrestre. O choque origina uma estrutura trutura de escorregamento.
circular no terreno cuja profundidade varia de
poucos centímetros a algumas dezenas de Criptocristalino (cryptocristalline). Designa-
metros e cujo diâmetro pode chegar a muitos ção das texturas ou cimentos cristalinos tão
quilômetros. finos cujos minerais individuais não podem ser
diretamente determinados.
Cretáceo (Cretaceous). Tempo ou sucessão
de rochas sucessoras do Jurássico e prede- Criptozoico (Criptozoic). É uma das duas
cessoras do Cenozoico. grandes divisões do tempo geológico, cha-
Compõe parte da Era Mesozoica madas Éon (a outra denomina-se Fanero-
situada entre 144 Ma e 66,4 Ma atrás. zoico).
Compreende todo o tempo ou as su-
Crevassa (crevasse). Veja crevasse. cessões de rochas anteriores ao Cambriano.
Do Cambriano até o atual (Ceno-zoico)
Crevasse. Denominação das rachaduras é o Éon Fanerozoico.
(fissuras) que se formam em geleiras. Veja também Escala do Tempo
Originam-se por movimentação da Geológico.
geleira.
Crista anormal (rides anormales). Veja em
Crinoide (crinoid). Tratam-se de animais marca de ondulação por onda com crista múl-
marinhos que vivem em profundidade de até 6 tipla.
000 metros que foram muito mais abundantes
no passado geológico da Terra. Crista (de duna) (crest dune). Sinônimo de
É uma classe de equinodermas; cume, a parte mais apical de marca de
algumas espécies são sésseis (fixadas por um ondulação, inclusive de dunas.
Crista de praia (beach crest). Veja em Cronozona (chronozone). Veja em unidade
ambiente praial. cronoestratigráfica.
Cristal de areia (sand crystals). São cristais Crosta salina (salt crust). As crostas salinas
calcíticos ou agregados cristalinos são superfícies com protuberâncias irregulares
incorporados a muita areia assumindo hábito desenvolvidas sobre um substrato aluvio-nar
escale-noédrico euédrico. com, no máximo, 2,5 cm de espessura, mas
Ocorrem em areias friáveis sendo fa- com grande extensão lateral.
cilmente retirados de sua matriz. Originam-se pela cristalização de sais
Sua origem está relacionada com a que se encontravam dissolvidos no meio
cimentação calcítica na areia. aquoso.
Os cristais variam de 5 cm a 10 cm,
podendo ser maiores. Crosta terrestre (Earth’s crust). Também
chamada de litosfera é a camada estrutural
Cristal pseudomorfo (pseudomorphs). Veja mais externa do planeta. É nela que a Vida se
em impressão de cristal. desenvolve e é aí que atuam os agentes
externos (ventos, chuvas, geleiras, rios, etc.)
Crista remanescente de desbaste (scour- que alteram e destroem as rochas existentes,
remant ridges, wind erosional remnants). mas, ao mesmo tempo, são também os res-
Ilustração. Veja em sombra de areia. ponsáveis pela geração de novos litossomas.
D
Darcy (darcy). É a unidade de medida da
permeabilidade de um corpo. Corresponde a
Depósito gravitacional (gravitational deposit).
Veja em movimento de massa.
Dobramento penecontemporâneos
(penecontemporaneous folding). Veja dobra
penecontemporânea.
Era (era). Era, uma unidade geocronológica, Esker. Veja em ambiente glacial.
corresponde a Eratema (erathem), uma
unidade cronoestratigráfica. É uma divisão de Esponja (sponge). Ilustração. São animais cujo
Éon na Escala do Tempo Geológico. corpo apresenta inúmeras cavidades
A categoria imediatamente inferior é o minúsculas denominadas poros e por isto são
Período. enquadradas no filo Porifera (portador de
poros).
Eratema (erathem). Veja em unidade Vivem tanto em água doce quanto
cronoestratigráfica. salgada, são sésseis (fixados no substrato),
alimentam-se por filtração do líquido em que
Erosão (erosion). O termo pode ser analisado vivem, não possuem músculos, sistema
sob dois aspectos: genérico e específico. nervoso ou órgãos internos, sendo cada célula
O primeiro abrange as fases de responsável por sua alimentação.
intemperismo, transporte de detritos e de São encontradas desde a superfície da
elementos e compostos, bem como as ações água até mais de 8 000 metros de
físicas e combinações químicas ocorrentes profundidade.
nesta etapa.
O termo também pode expressar um
acontecimento erosivo estrito, como, por e-
xemplo, a atuação erosiva de cursos d’água, de
ondas, de ventos, de geleiras, de marés, de
seres vivos, de oceanos, etc.
%
Grau Classificação
Bioturbação
0 0 Sem perturbação
1 1a5 Traços esporádicos
2 5 a 30 Bioturbação fraca
3 30 a 60 Bioturbação média
4 60 a 90 Bioturbação forte
5 90 a 99 Bioturbação muito forte
6 100 Completamente bioturbado
Os padrões complicados de
distribuição são, normalmente, estruturas de
alimentação.
As paredes internas das estruturas
podem ser revestidas por secreções e
Estrutura de escape de água intrusiva. Arenitos do Grupo excreções do animal ou por agregação de
Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Referência: cabeça do sedimentos invasores. Estes revestimentos
martelo com 13 cm de comprimento. Créditos: Carlos conferem uma estrutura mais estável ou
Henrique Nowatzki.
mantém a limpeza da moradia, que também
pode ser feita pela expulsão dos sedimentos
Compreendem, normalmente, os e/ou matérias excretadas .Alguns animais, no
diques sedimentares e os sills sedimentares.
entanto, preferem realizar nova escavação ao
Podem ser concordantes, quando a invés de manter a limpeza ou a desobstrução
intrusão é hidroplástica, tipicamente da estrutura em que vivem.
discordante quando a intrusão é fluidificada e, Em locais onde a sedimentação é
concordante ou discordante, quando a intrusão excessiva, os organismos são compelidos a
é liquefeita. fugir do soterramento migrando para níveis
mais altos e mais próximos da superfície,
Estrutura de escavação (burrows, burrow
produzindo, desta forma, os chamados traços
trace, hatching). Ilustração. São estruturas de de escape protrusivos (fugichnia, protrusive
moradia feitas por organismos em sedimentos spreiten, spreite). Às vezes, contudo, os
soltos. organismos adentram mais os sedimentos em
Podem assumir diferentes formas: resposta à erosão, quando então se
retos, em “U”, com uma abertura ou aberta em denominam traços de escape retrusivos
ambas as extremidades, ramificadas, (fugichnia, retrusive spreiten, spreite).
meandrantes, etc. Os traços de escape (escape
Distingue-se, nas estruturas, um structures, escape traces) diferem das
núcleo que representa a escavação feita pelo estruturas de escavação normais por serem
animal e um halo que representa a área, em mais retos, sem ramificações e sempre
torno do núcleo, onde a estratificação é verticais, não possuem reforços de secreções
perturbada dando origem a leitos interrompidos nem revestimento. Ao longo dos traços de
e arrastados para cima ou para baixo, escape, os leitos são invariavelmente curvados
independente do sentido de movimento do para baixo, em contraposição ao movimento do
orga-nismo. a-nimal. Em alguns casos, também
encontramos traços de forma helicoidal e
vertical.
As estruturas de escavação são,
normalmente, produzidas por vermes,
moluscos, equinodermas, etc., por atividade por escorregamento ou por sobrecarga de
bioturbadora, sendo frequentemente formas sedimentos.
estáveis graças à cimentação das partículas Veja dique sedimentar e estrutura em
feita por secreção viscosa, matéria fecal, lama chama.
ou por simples pressão de partículas contra as
paredes da estrutura. Estrutura de moradia (domichnia, dwelling
Veja também estrutura tubular. burrows, dwelling structures, dwelling traces,
residence structures, shelter structure). São
Estrutura de escorregamento estruturas de bioturbação caracterizadas por
(metasedimentary structures, sheet slumps, buracos e outras feições que servem,
slump bedding, slump structure, slurry-slump essencialmente, de moradia aos organismos
bedding). São estruturas caracterizadas por produtores, contudo, podem se prestar também
todas as variações possíveis de dobramentos como locais de alimentação.
ou falhas penecontemporâneas que podem Podem ser estruturas de bioperfuração
determinar um aspecto brechoide nos ou de escavação.
sedimentos originalmente planos.
Distinguem-se da estrutura convoluta, pelo fato Estrutura de paleocorrente. Veja estruturas
de serem descontínuas. direcionais em estrutura sedimentar.
Desenvolvem-se em planos inclinados
devido à gravidade, a deslocamentos de Estrutura de recalque. Veja estrutura de
massas de gelo sobre sedimentos ou à fusão sobrecarga.
de gelo englobado por sedimentos.
Tais processos originam: Estrutura de rompimento (point-up
1. Acamadamento contorcido. structures, ruptured structures). Veja em
2. Falha penecontemporânea. estrutura convoluta.
3. Gravifossa.
4. Dobra penecontemporânea. Estrutura de ruptura. Veja intraclasto.
5. Estrutura brechosa.
6. Blocos rompidos por tração (veja em Estrutura de sobrecarga (flow cast, flow
estrutura brechosa). structure, founder and load structures, load
7. Sobredobra de escorregamento. cast, load-flow structures, load mold, load
8. Lençol de escorregamento. pocket, load pouches, load structures,
Muitas vezes, o padrão dobrado e multidirectional flowage cast, sag structure,
falhado está contido abaixo de leitos planos. teggoglyph). Ilustração. Estrutura de defor-
Isto se deve à erosão parcial das estruturas de mação penecontemporânea geralmente
escorregamento e posterior deposição de reconhecida como marca de sola, preservada
sedimentos. na parte inferior de um leito arenoso que cobre
Quando a estrutura de outro lamoso. Tem a aparência, na superfície,
escorregamento tem origem glacial pode de protuberâncias que podem ser levemente
também ser denominada crioturbação marcadas ou bastante irregulares.
(cryoturbation) ou enquadrada como estrutura
periglacial.
São estruturas de deformação
penecontemporâneos.
Veja estrutura de deslizamento e
também movimento de massa.
F
Fábrica (fabrics). Trata-se da atitude das
partículas (veja em Rocha Sedimentar
Clástica) no espaço e o grau de orientação
preferencial delas.
Geneticamente pode ser fábrica
primária ou fábrica secundária.
A primária é dita fábrica aposicional e
representa a resposta das partículas ao sistema
de forças operante no tempo do transporte ou
deposição, o que inclui forças reológicas (ver
reologia), a gravidade e o magnetismo terrestre.
Se, no entanto, expressa orientação
preferencial de organismos usualmente
escavadores ou sésseis, com relação às
correntes prevalecentes, diz-se fábrica
Estrutura tepee. Calcários da Formação Irati, Permiano, reotática.
RS, BR. Testemunho de sondagem cedido pela CPRM. Já a secundária, denominada fábrica
Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique deformacional, forma-se após a deposição dos
Nowatzki.
sedimentos por ação de forças externas, como,
por exemplo, o fluxo de um sedimento
Estrutura tubular (burrow, burrows trace).
inconsolidado.
Composta por orifícios tubulares escavados por
animais. São comumente chamados de tubos
Fábrica aposicional. Veja em fábrica.
de vermes.
Podem ser verticais, inclinados ou
Fábrica deformacional. Veja em fábrica.
horizontais, retos ou sinuosos.
Usualmente a preservação se dá
Fábrica de grãos verticalizados (vertical grain
quando preenchidos.
fabric). Veja em involução.
Não devem ser confundidos com
pedotúbulos.
Fábrica escalonada (fault steps fabric). Veja
Veja estrutura de bioturbação e
em falha penecontemporânea. (ambiente deposicional), fácies molássica
(tectofácies), etc.
Fábrica primária. Veja em fábrica. Atualmente o termo fácies tem sido
usado no estudo de outros enfoques que não
Fábrica reotática. Veja em fábrica. apenas o das rochas ou depósitos
sedimentares.
Fábrica secundária. Veja em fábrica.
Falhamento. Veja falha penecontemporânea.
Fácies (facies). É um conjunto de
características sedimentares, tais como, cor, Falhamento penecontemporâneo. Veja falha
textura, estrutura, fósseis, geometria, penecontemporânea.
paleocorrentes, que foram “impressas” no
depósito e nos sedimentos que o constituem Falha penecontemporânea (compaction
quando de sua formação em um ambiente faults, fault, faulting, intraformational thrust
deposicional, durante certo intervalo de tempo structures, penecontemporaneous faults,
geológico. synsedimentary faults). Ilustração. Falhas,
Uma sucessão de fácies compõe-se normalmente de pequena envergadura, podem
por algumas fácies diferentes, repetidas ou não, ser desenvolvidas durante processos de
as quais, às vezes, mostram mudanças compactação, movimentos de deslizamento ou
verticais e/ou horizontais de uma, ou mais deslocamento glacial sobre sedimentos.
feições características. Tais mudanças devem- Quando por compactação, são de alto
se a existência de subambientes deposicionais ângulo. O rejeito, por norma, é menor que 3 cm,
adjacentes ao ambiente deposicional principal. permanecendo a estratificação imperturbada.
As modificações faciológicas verticais são São do tipo falhas normais (diretas, de
interpretadas como resultado da migração gravidade), porém, graças a forças laterais,
lateral de um ambiente sobre o outro, enquanto podem aparecer também falhas inversas.
as mudanças horizontais refletem as Em se tratando de falhamentos
deposições ocorridas em subambientes ou advindos de deslizamentos, os planos de falha
ambientes deposicionais adjacentes. A são curvados e côncavos para cima.
observação dos contatos entre estas Normalmente estão associadas a
sucessões (vertical e horizontal) é importante dobras penecontemporâneas. Nesse caso, as
para o entendimento de temporalidade dos falhas poderão ser inversas (indiretas) de alto
eventos, pois, contatos não erosivos indicam ângulo, côncavas para cima.
sobreposição de fácies de ambientes A ocorrência de falhas
deposicionais anteriormente adjacentes. Caso penecontemporâneas também é relacionada
exista longa parada na sedimentação o que se ao processo de avalanche da face que aponta
expressa por contato abrupto ou erosivo entre corrente abaixo de dunas.
sucessões de fácies, o registro vertical pode
refletir que os ambientes deposicionais não
eram adjacentes, portanto, há uma lacuna
temporal entre eles.
O termo biofácies (biofacies) faz
referência ao conteúdo biológico ou fossilífero
de um pacote sedimentar que, dependendo do
caso, determina um nível cronoestratigráfico
e/ou certo ambiente deposicional.
Litofácies (lithofacies) é o termo
empregado quando as características físicas e
químicas são determinantes para caracterizar
depósitos ou rochas sedimentares (veja rocha),
mesmo que ocorram fósseis.
É ainda aceito alguns outros usos para
fácies, entre outros: fácies pelíticas (rocha),
fácies turbidítica (processo), fácies glacial
deltaico.
Fluxo fluidificado (fluidized flow). Veja em Esboço de fluxo homopicnal. A densidade do fluxo e
da bacia receptora é a mesma, portanto, a carga de
movimento de massa. fundo se deposita na desembocadura do rio
imediatamente. As lamas em suspensão também se
Fluxo gravitacional (gravity flow). Veja em depositam rapidamente no sentido da bacia. A seta
amarela indica o sentido da progradação. Fonte:
movimento de massa.
modificado de Fisher 1969. Original de Bates 1953.
Impressão de bolha (bubble impression, Feição cônica com orifício central. Sedimentos arenosos de
bubble print, gas bubble, gas heave structures, ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR.
Referência: 2,0 cm de ∅. Referência: Carlos Henrique
gas pit, pit-and-mound structure, sand holes, Nowatzki.
spring pits-with-mounds). Marcas deixadas na
superfície pela ascensão de gases que
estavam aprisionados no sedimento ou por
geração dos mesmos a partir de matéria
orgânica em putrefação, soterrada por
sedimentos finos.
A retenção do gás sob uma lâmina em
superfície, determina a formação de pequenas
Impressão de bolha com lâminas abatidas. Sedimentos Impressão de espuma. O conjunto de estruturas está
arenosos de ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS, limitado, na parte superior, pela linha de deixa. Sedimentos
BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique arenosos de ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS,
Nowatzki. BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Referência: Carlos Henrique
Nowatzki.
Marca de corrente. Veja marca de ondulação Marca de desbaste com obstáculo. Veja
por corrente e também marca de sulco lavrado estrutura de desbaste em crescente.
por corrente.
Marca de desbaste diagonal. Veja em sulco
Marca de corrente em forma de pequenas erosivo transverso lavrado por corrente.
covas. Veja marca de ondulação de
interferência e também marca de ondulação de Marca de desbaste longitudinal (longitudinal
interferência complexa. scour, longitudinal scour marks, obstacle
scours). Tratam-se de marcas de desbaste que
Marca de cristal de gelo. Veja impressão de são, em grande parte, originadas por erosão
cristal. resultante de extrema concentração de linhas
de corrente.
Marca de cristal de sal. Veja impressão de Canal e estrutura de corte e
cristal. preenchimento podem aqui ser incluídas.
Marca de deformação (deformation marks). Marca de desbaste por corrente. Veja marca
Veja greta tensional transversa. de sulco lavrado por corrente.
Marca de desbaste (flowage marks, flowage Marca de desbaste transversa. Veja sulco
structure, ripple scour, scour marks, scour pit). erosivo transverso lavrado por corrente.
São todas as estruturas produzidas como
resultado de erosão de uma superfície de Marca de desbaste transversa e oblíqua.
sedimentos pelo fluxo da corrente sobre ela. A Veja sulco erosivo transverso lavrado por
superfície coesiva, porém, inconsolidada, corrente.
geralmente lama, é esculturada e reformada
pela ação de desbaste da corrente. Marca de deslizamento (slide casts, slide
A erosão pode ser devida à formação marks). São estruturas produzidas pelo
de redemoinhos em uma corrente turbulenta deslizamento subaquoso de grandes massas
relacionada aos processos de separação do de sedimentos.
fluxo. As marcas aparecem como sistemas
Na gênese das marcas de desbaste há paralelos de sulcos.
uma transferência de pedaços de sedimentos A massa deslocada pode sofrer
ou lascas da camada para o fluxo, rotação deixando as marcas de deslizamento
arranjando-se o desbaste de maneira encurvadas.
Marca de deslizamento a sota-vento (slump Marca de objeto. Veja marca lavrada por
mark). Feições originadas por objeto.
desmoronamento a sota-vento de dunas ou
ondas de areia. Marca de obstáculo. Veja estrutura de
Veja também estrutura de avalanche. desbaste em crescente.
Marca de empuxo (brush cast, brush mark). Marca de ondulação (current ripples on sand
Marcas lavradas por objetos, apresentando-se at near-equilibrium, current ripples on silt,
como depressões rasas e alongadas com ripple mark, ripples, sedimentary ripples).
acúmulo de material argiloso que foi empurrado Superfícies geralmente arenosas podem
pelo objeto, formando rugas com aspecto de cobrir-se por ondulações conhecidas por
meia-lua com suas margens convexas no marcas de ondulações, comumente formadas
sentido da corrente. em alto ângulo com a direção da corrente,
Surgem pelo impacto do objeto sobre a desde que estejam expostas à ação de ondas,
superfície argilosa, em muito baixo ângulo, de correntes de ar ou água, com grau
provocando o amontoamento do sedimento à apropriado de intensidade.
frente do mesmo. Geneticamente podem ser:
1. Marcas de ondulações por ondas.
Marca de erosão. Veja marca de desbaste, 2. Marcas de ondulações por corrente.
canal com marca de ondulação e também 3. Marcas de ondulações combinadas.
estrutura de corte e preenchimento. De acordo com a medida de uma crista
até a crista subsequente (comprimento de
Marca de escoriação. Veja em marca de onda), podem ser separadas em:
percussão. 1. Pequenas marcas de ondulações:
quando a dimensão atinge até 60 cm.
Marca de escorregamento. Veja marca de 2. Mega-marcas de ondulações:
deslizamento. quando a dimensão está entre 60 cm e 30
metros.
Marca de espraiamento. Veja linha de deixa. 3. Marcas de ondulações gigantes:
quando a dimensão for superior a 30 metros.
Marca de estriação por sobrecarga (load cast Segundo Ashley (1990), as marcas de
striation). Estruturas de aspecto como sulcos ondulações subaquáticas, e suas
de lavagem. estratificações cruzadas, podem ser pequenas,
Sua origem na sobrecarga é duvidosa. se possuírem dimensões entre 0,60 m a 5
metros, médias, se de 5 metros a 10 metros,
Marca de granizo (hail imprints, hail marks, grandes, se de 10 metros a 100 metros e muito
hail pits, hail prints, hailstone impact, hailstone grandes, se maiores de 100 metros.
imprints). Feições que lembram às marcas de Não raro as marcas de ondulações
pingos de chuva. As impressões, contudo, são possuem a face de montante menos inclinada
maiores, mais profundas, mais irregulares e que a de jusante. Em ambas as faces são
possuem bordas menos contínuas que nas desenvolvidas lâminas por contínua deposição
marcas de pingos de chuva. de sedimentos. Aquelas construídas na face de
Produzidas pelo impacto de granizo jusante denominam-se lâminas frontais
sobre sedimentos. (foreset, foreset laminae, grain fall laminae,
grain fall lamination).
Marca de impacto (impact cast, impact
marks). Veja em marca lavrada por objeto e Marca de ondulação aerodinâmica
também marca de saltação. (aerodynamic ripples). Veja em marca de
ondulação balística.
Marca de microssulco lavrado por objeto
(microgroove cast). Marcas de sulcos lavrados Marca de ondulação ardosiana (scalloping).
por objetos originados, provavelmente, por Termo empregado para marcas semelhantes
grãos de areia grossa. às marcas de ondulações encontradas
unicamente em ardósias e que tem origem
desconhecida.
Marcas de ondulações simétricas por onda. Arenitos Marca de percussão (crescentic impact
do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A dupla seta scars, percussion marks). Ilustração. São
mostra as direções do movimento oscilatório das ondas feições de choque entre clastos. Tais marcas
geradoras das estruturas. Referência: 5,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. são atribuídas a fluxos de alta velocidade.
Consistem de fraturas arqueadas a
Quando a marca é vista em planta, os semicirculares.
lados são simétricos. Em seção a estrutura
interna é caracterizada por lâminas que se
unem em uma zona central tal qual forquilhas.
Esta feição imbricada denomina-se estrutura
em chevrão.
Originam-se pelo movimento
oscilatório de ondas.
Marca lavrada por corrente. Veja marca de Marca ondulada de corrente. Veja marca de
sulco lavrado por corrente. ondulação por corrente e também marca de
ondulação assimétrica por onda.
Marca lavrada por objeto (discontinuous
marks, erosional structures, tool mark). Marca ondulada de oscilação. Veja marca
Marcas originadas por objetos movimentados de ondulação simétrica por onda e também
por ação de corrente sobre sedimentos de marca de ondulação por corrente.
fundo, normalmente pelíticos.
Por norma, ficam preservados em Marca ondulada de vaga. Veja marca de
sedimentitos, como marcas de sola em ondulação simétrica por onda e também
arenitos. marca de ondulação por corrente.
Tais feições surgem devido ao arrasto
(veja em transporte), rolamento (veja em Marca ondulada eólica. Veja marca de
transporte) ou saltação (veja em transporte) ondulação balística.
dos objetos, podendo ser divididas em
contínuas e descontínuas. As contínuas Marca ondulada linguoide. Veja marca de
ondulação linguoide por corrente. objeto.
Arenito lenticular
6
5m
5
4
Arenito seixoso
N
submersa com baixo mergulho. O deslocamento é lento, a
“cabeça” da corrente é menos espessa que o “corpo” o que
dá origem a deposição debritos (fluxo de lama). B. Rampa
submersa com crescente mergulho. Há o aumento da
velocidade da porção frontal o que reduz a espessura do
“corpo” e aumenta o tamanho da “cabeça”. A velocidade
coloca a lama em suspensão e os detritos mais grossos Nível hidrostático (hydrostatic level). Veja em
seguem na base da corrente (carga de fundo) pendente
abaixo. O depósito final será constituído pelas fácies de um zona de cimentação.
turbidito clássico, não sem antes gerar os depósitos de fluxo
fluidificado e de grãos. Modificado de Middleton e Hampton Nódulo (contraction spheroids, nodules).
1976. Ilustração. Estrutura que identifica corpos
irregulares tuberosos de composição distinta da
Depósitos de corridas de lama, tanto rocha na qual estão contidos. Podem ser de
submersos quanto subaéreos, são mal origem primária ou secundária.
classificados, pois, além da lama que é a
granulometria dominante, neles ocorrem areias
e seixos, estes mais raros. O deslocamento do
material se faz declive abaixo com velocidade
variável que pode chegar, dependendo do
mergulho e do meio onde o evento ocorra
(subaéreo ou subaquoso), a 3 m/s.
Ocasionalmente o fluxo migra dentro de canais
escavados por fluxos anteriores.
As sedimentações devidas a
deslizamento (sliding) e escorregamento
(slump) no meio aquoso (também podem ser
subaéreas) ocorrem pela desestabilização de
depósitos assentados sobre substrato
inclinado. Dividem-se em depósitos de
escorregamento e de deslizamento. A Nódulos. Vários corpos nodulares de pirita desenvolvidos
classificação é feita com base em dois em pelito (veja em Rocha Sedimentar Clástica) da
Formação Rio Bonito, Permiano, RS, BR. Testemunho de
parâmetros: o grau de deformação interna das sondagem cedido pela CPRM. Referência: escala em
camadas que constituem o depósito e a centímetros. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
marcas de ondulações ou marcas de
São muito comuns os nódulos de sílex, ondulações gigantes com altura e comprimento
manganês, calcário, limonita, hematita, etc. definíveis, determinando uma razão baixa do
Veja também concreção. comprimento sobre altura em relação à razão
das dunas.
Nódulo de manganês (manganese nodule). Os hidrodinamistas classificam tais
Veja em ambiente marinho. estruturas sob a denominação de marcas
ondulares bidimensionais (formas 2D).
Nódulo septário (septarian nodules). Veja Estas estruturas podem se apresentar
septária. de acordo com a dimensão, como:
1. Pequenas ondas de areia: 60 cm a
Número de Froude (Froude number). Veja em 30 metros de comprimento de onda.
regime de fluxo. 2. Grandes ondas de areia: mais do
que 30 metros de comprimento de onda.
Novaculita (novaculite). Veja em Rocha As ondas de areia possuem cristas
Sedimentar Química. retas a sinuosas, que formam ângulo reto com
o fluxo da corrente. As calhas apresentam
Nunatak. Veja em ambiente glacial. erosão uniforme e o lado de montante mostra
um relevo baixo.
Ondas de areia são formadas por
correntes de velocidades moderadas,
intermediárias entre aquelas necessárias para
Partícula (particle). Veja em Rocha Sedimentar Pelito. Veja em Rocha Sedimentar Clástica.
Clástica.
Pelota de argila (clay ball). Veja galha de
Partição (partition). É o rompimento de alguns argila.
cristais ou rochas ao longo de superfícies lisas,
mas que não necessariamente são paralelas às Pelota fecal (faecal pellets, fecal pellet). São
faces do mineral ou à estratificação da rocha. excrementos de pequena envergadura, não
raro, microscópicos, produzidos por populações
Pascichnia. Veja traço de pastagem. bentônicas. Quando fossilizados podem ser
chamados de coprólitos.
Pedotúbulo (gleyed, plant roots, reed cast, Para alguns, coprólito é termo para
root-borings, root cast, root dirupted). fezes fossilizadas de vertebrados, enquanto
Estruturas tubiformes, ramificadas ou não, pelotas fecais dizem respeito aos
verticais ou inclinadas, que representam tubos invertebrados.
de raízes preenchidos ou não por sedimentos. A matéria fecal pode ser transportada
São similares à estrutura tubular. Algumas ou não.
vezes encontram-se as próprias raízes Quando autóctones, podem originar
carbonizadas. Ilustração. leitos biogênicos primários de pelotas fecais
que se assentam sobre poucos leitos
sedimentares fortemente bioturbados [grau 4
de classificação de bioturbação (veja em
estrutura de bioturbação)], graças à densa
população de organismos bioturbadores. Neste
caso, podemos encontrar, em um único perfil,
muitos leitos biogênicos primários de pelotas
fecais.
Quando alóctones, podem ser
depositados em calhas de marcas de
ondulações, produzindo estratificação flaser ou
mesmo leitos bem desenvolvidos. No caso, são
denominados leitos biogênicos secundários de
Pedotúbulos. Solo arenoso de pós-praia (veja em ambiente
pelotas fecais, que podem cobrir um leito
praial) marinho. Quaternário, RS, BR. Referência: 5,0 cm de imperturbado (grau 0 da classificação de
∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. bioturbação).
A forma da matéria fecal pode admitir
Os conjuntos de pedotúbulos (solo padrões elípticos, alongados, arredondados ou
pedotubulado, gleyed subsoils) em mesmo em filetes, produzidos por animais que
afloramentos de paleossolos (paleosoil), solos evacuam em andamento. Ilustração.
fossilizados, determina uma estrutura
mosqueada facilmente reconhecida pelas cores
contrastantes entre o mosqueamento e o solo
hospedeiro.
Veja também duna dikaka.
Playa lake. Veja lago de deserto em ambiente Pró-delta. Veja em ambiente deltaico.
eólico.
Proglifo (proglyph). Termo aplicado para
Polígono de areia (pseudo mud cracks, sand hipoglifos (veja em hieroglifo), que representam
polygons). Estrutura poligonal, em planta, o preenchimento de marcas encontradas no
constituída de curtos diques sedimentares plano de estratificação, como, por exemplo, as
arenosos de grossa granulometria, originados, marcas de sulcos lavrados por objetos ou
muito provavelmente, pela ascensão de água marcas de sulcos lavrados por corrente.
que invade uma camada mais fina.
Variam de poucos centímetros até Protista. Correspondem a organismos que não
mais de um metro de diâmetro. pertencem aos reinos Animalia (animais no
sentido estrito), Plantae (plantas) ou Fungi
Polígono de detrito (dirt polygons). Estruturas (fungos).
poligonais limitadas por cristas que acumulam São também designados como
minerais e restos orgânicos. Protoctistas.
As depressões entre as cristas são
rasas e variam de 30 cm a 50 cm em seção, Protoctista. Sinônimo de protista.
sendo em planta, equidimensionais ou
alongadas. Proveniência (provenance). É a busca pela
Surgem rapidamente durante a origem de determinados sedimentos
insolação sobre a neve, determinando um depositados em uma bacia sedimentar.
padrão de correntes de convecção aliado com A “procura” é realizada por todos os
redemoinho de vento. Os detritos originalmente processos pelos quais o sedimento estudado
dispersos sobre a neve podem ser passou antes de ser depositado.
concentrados como cristais durante a sua Além da coleta de dados em
fusão. afloramentos e testemunhos, são analisados
os obtidos em microscopia óptica,
Porosidade (porosity). Corresponde a relação microscopia eletrônica e investigação
entre o volume de vazios e o volume total de química.
uma rocha (ou solo). Esta relação é expressa O estudo pode revelar não só a
em porcentagem do volume total. área-fonte e a rocha-mãe (veja em rocha),
mas também o paleoclima, o paleorrelevo, a
Porosidade primária (primary porosity). Veja distância e a direção do transporte, etc.
em empacotamento.
Psamito (psammite). Sinônimo de arenito.
Veja também Rocha Sedimentar bolsters, flow-fold, flow layer, flow structure,
Clástica. force-aparts, founder and load structures,
hassock bedding, hassocks, hassock
Psefito (psephite). Sinônimo de rudito. structure, intra-stratal flowage, intrastratal
Veja em Rocha Sedimentar Clástica. flowage phenomena, isolated load balls,
isolated sandstone load balls, kneaded
Pseudocamada. Veja estrato transladante e sandstone, load balls, load cast, mammillary
também marca de ondulação cavalgante fora structure, pillow, pillow form structure, pillow
de fase. structure, pseudonodules, quake sheet, rolled-
up pebbles, rolls, sanstone balls, sandstone
Pseudo-estrutura de bioturbação (pseudo- flow, slump rolls, snow ball structure, spiral
lebensspuren). Tratam-se de estruturas structure, storm roller). Ilustração. Constituem
inorgânicas que lembram lebensspuren (veja estrutura de deformação penecontemporânea
em estrutura de bioturbação). com formatos esferoides, oblatos, elipsoidais,
Veja também icnofóssil. de rins, ou de grandes cogumelos invertidos.
São massas arenosas que podem estar parcial
Pseudogreta de contração (false mud ou totalmente isoladas dentro de uma matriz
cracks). Desenho poligonal, semelhante às (veja em Rocha Sedimentar Clástica) pelítica,
gretas de contração, originadas por atividade existindo registro destas feições em calcários
animal. Trata-se de icnofóssil. (veja em Rocha Sedimentar Química e também
em Rocha Sedimentar Orgânica).
Pseudomarca de ondulação (creep wrinkles,
crinkle marks, pseudo ripple marks, pseudo-
ripples). Pequenas dobras ou corrugações no
plano de estratificação, perpendiculares à
direção do movimento.
Originam-se atectonicamente por
deslizamentos provocados em planos
inclinados ou por esforços tectônicos.
É possível ainda que, graças à
erosão estabelecida sobre um depósito
preexistente, origine-se feição que, em planta
ou corte, lembre marcas de ondulações com as
quais podem ser confundidas. Ilustração. Pseudonódulos. Arenitos intercalados a leito de pelito (veja
em Rocha Sedimentar Clástica) no qual se encontram as
feições em apreço, balizadas pela cabeça do martelo. Grupo
Marica, Neoproterozoico, RS, BR. Referência: 30 cm de
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Recife-barreira (barrier reef). Veja em recife. Formas de leito. O esboço associa os regimes de fluxo às
formas de leito. Fonte: Reineck e Singh 1980, modificado
por Mendes 1984.
Recife de corais (coral reef). Veja em recife.
No regime de fluxo inferior (Fr<1) é
Recife franjado (fringing reef). Veja em recife.
que surgem as pequenas marcas de
ondulações. Caso o número se aproxime de
Recife de pedra (stone-reef, beach-reef). Veja
zero ou se estabilize lá (inexistência de
em recife.
movimento), os sedimentos mais finos (lamas)
irão se depositar como leitos planos com
Regime de fluxo (flow regime). Corresponde a
laminação paralela horizontal.
condição hidráulica que tem como base o
Por outro lado, a medida em que a
número de Froude ( Froude number).
velocidade da corrente aumenta, as marcas de
O número de Froude (Fr) é usado
ondulações também aumentam de dimensão
para descrever os diferentes regimes de fluxo
(ondas de areia e dunas) deixam de apresentar
de canal aberto. O número é adimensional,
cristas retas (formas 2D), sendo substituídas,
sendo uma razão de forças inerciais e
paulatinamente, pelas ondulações com cristas
gravitacionais, o que é expresso pela fórmula:
sinuosas (formas 3D).
Quando Fr = 1 o regime de fluxo será
transicional ou crítico, havendo um equilíbrio
entre transporte e deposição.
O regime de fluxo superior (Fr>1) é
aquele onde a velocidade da corrente começa
a erodir as formas de leito existentes e
Na equação, V é a velocidade da
transporta as lamas, corrente abaixo.
água, g é a gravidade e D a profundidade do
As areias sedimentam-se como leitos
canal. Desta forma, se Fr = 1, o fluxo será
planos com estratificação paralela horizontal.
crítico, se Fr> 1, o fluxo será rápido, ou seja,
As partículas arenosas e as granulometrias
supercrítico, mas se Fr<1, o fluxo será inferior
maiores passam assentar-se como camadas
ou subcrítico.
planas com estratificação paralela horizontal.
A expressão, regime de fluxo é
Sendo novamente aumentada a
empregada na definição do processo
velocidade do fluxo, os sedimentos arenosos
transportante de sedimentos e das estruturas
começam a se ondular outra vez, mas eles
sedimentares que o depósito apresentará
tenderão a deslocar-se corrente acima: são as
(ilustração). Divide-se em: regime de fluxo
marcas de ondulações regressivas.
inferior, regime de fluxo crítico e regime de fluxo
superior.
Redução (reduction). Veja em intemperismo.
Restinga (beach ridge). Veja em ambiente Rocha ígnea (igneous rock). Veja em rocha.
lagunar.
Rocha-mãe. Veja em rocha.
Retículo poligonal seixoso (ice wedge
polygons). Veja em greta de congelamento. Rocha metamórfica (metamorphic rock). Veja
em rocha.
Ritmito (rhythmite). Veja em estratificação
finamente interacamada. Rocha sedimentar (sedimentary rock). Veja
em rocha.
Ritmito de maré. Veja estratificação de maré
em estratificação finamente interacamada. Rocha Sedimentar Clástica (clastic
sedimentary rock). São as rochas sedimentares
Ritmito gradacional. Veja estratificação (veja em rocha) compostas por clastos
finamente interacamada. originários de pré-existentes aflorantes, graças
a atuação do intemperismo.
Ritmito sazonal (seasonal rhythmite). Veja em Após a ação intempérica, os detritos
estratificação finamente interacamada. liberados da rocha-mãe sofrem erosão para,
após o transporte, serem depositados em uma
Rocha (rock). Rocha, um agregado natural de bacia sedimentar, local de ocorrência da
minerais, é encontrada na crosta terrestre. diagênese.
Também estão aí incluídas àquelas compostas A análise de uma rocha clástica inicia
por restos orgânicos e por vidro vulcânico. com a observação de suas partículas. Elas são
Quando um litossoma (sinônimo de os clastos de maior dimensão observada em
rocha) contém, por exemplo, um fóssil ou uma uma dada amostra ou em um afloramento. O
concreção, diz que ela, a rocha, é uma rocha- tamanho propriamente dito não importa pelo
hospedeira (host rock). menos num primeiro momento, mas sim que
As rochas expostas na superfície são eles sejam os maiores detritos ou fragmentos
submetidas a ação do intemperismo. Os observados. Também não é considerada a sua
produtos resultantes destes processos podem composição quer sejam minerais, fragmentos
vir a formar outra rocha. Àquela de onde os de rochas ígneas, metamórficas ou de outras
materiais provieram são designadas rocha- sedimentares.
mãe. A textura deste grupo de rochas é
De acordo com a sua origem são baseada nas propriedades fundamentais de
classificadas como: (a) Rocha Ígnea, se suas partículas que é tamanho, forma,
proveniente da direta consolidação do magma, arredondamento e superfície.
(b) Rocha Sedimentar, se oriundas da Os tamanhos das partículas são
consolidação de detritos de rochas pré- enquadrados, numa avaliação expedita, na
existentes, da cristalização de produtos escala granulométrica de Wentworth (veja em
solubilizados no meio aquoso ou, ainda, do clasto), em maiores do que 2 mm (seixo, pedra
acúmulo de restos orgânicos, (c) Rocha e matacão), entre 2 mm e 0,062 mm (areia) e
Metamórfica, quando tem origem a partir de abaixo de 0,062 mm (silte a argila).
rochas pré-existentes submetidas a ação de
Se a rocha clástica for composta por
partículas maiores do que 2 mm será
classificada como psefito (também rudito,
rudite), se, contudo, elas foram areias,
constituirão um psamito (também arenito,
arenite), e, finalmente, se forem silte e/ou argila,
serão pelitos (pelite, também lutitos, lutite).
Caso o pelito seja composto por uma
mistura de silte e argila, podem ser
denominados lamitos. Contudo, será siltito se
dominar a fração, silte ou argilito se o domínio
for da argila.
Os psefitos podem ser
conglomerados se os seixos forem 3cm
arredondados, denotando longo e vigoroso
transporte, ou brechas, se eles possuírem
cantos e vértices agudos, significando curto Brecha. Seixos em matriz de lamas cimentadas por calcita
deslocamento. e óxido de ferro. Formação Irati, Permiano, RS, BR.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Após a identificação do tamanho das
partículas, segue-se a avaliação de outro
As argilas quando ocupam os espaços
componente detrítico, a matriz, cujos clastos
entre os clastos de rochas com granulometrias
apresentam dimensões menores do aquele que
maiores (arenitos ou psefitos) também podem
foram considerados partículas. Por esta razão,
ser considerados cimentos. Tanto para os
os detritos que em uma rocha clástica foram
pelitos como para outras rochas com
considerados matriz, em outra podem ser
abundante matriz desta fração, apenas a
partículas. Exemplo: na rocha 1, os seixos
compactação já bastaria para promover a união
foram considerados partículas e as areias,
entre os fragmentos.
matriz; na rocha 2 as areias poderão
O estudo da forma das partículas tem
corresponder às partículas e os siltes, se
como parâmetro a esfera, pois, os detritos de
ocorrentes, à matriz.
rochas tendem a assumir esta configuração
O cimento, elemento ou composto
após sofrerem intemperismo, erosão e
químico que preenche os poros e interstícios
transporte. A esfera, além de ser a forma que
existentes entre os clastos e a matriz, une os
decanta com a maior velocidade, nos revela o
sedimentos.
comportamento das partículas nas fases de
Entre os cimentos mais comuns estão
transporte e deposição.
óxido de silício (silica, SiO2), na forma de
Há diversos métodos para determinar
quartzo, opala ou calcedônia, óxidos de ferro
o grau de esfericidade dos clastos, porém, eles
[hematita, Fe2O3, limonita, FeO(OH).nH2O] e
não conseguem responder, com absoluta
carbonato de cálcio (CaCO3).
precisão todos os questionamentos sobre o
assunto ou tornam sua utilização inviável por
conta da morosidade na coleta de dados. Por
estas razões e pela praticidade do método são
usadas tabelas-padrão para a comparação
visual da esfericidade. Ilustração.
O arredondamento diz respeito a
agudeza das arestas e dos vértices das
partículas e pode ser expresso por métodos
diversos, como no caso da esfericidade.
Contudo, também neste caso é possível usar a
comparação visual para estudar o
arredondamento dos clastos. Ilustração.
A análise do arredondamento dos
detritos permite avaliar a distância e o rigor do
transporte, pois, quanto maior o impacto entre representam o resultado da atividade deles,
os grãos durante o transporte, mais sem conter seus detritos, originando uma rocha
desgastados ficarão os vértices e as arestas. bioquímica (biochemical rock). Muitas vezes o
diminuto tamanho de seus componentes exige
o emprego de técnicas microscópicas para
observá-las.
Os animais e vegetais que as
constituem podem ter vivido ou vivem em meio
aquoso salgado, dulcícola ou mixohalino.
Suas estruturas esqueletais podem
ser carbonatadas, silicosas, ferríferas,
fosfatadas e carbonosas.
As carbonatadas são ricas em
Escala comparativa visual do arredondamento e da
esfericidade dos detritos. Enquanto o grau de carbonatos de cálcio (calcita) ou carbonato de
arredondamento aumenta na horizontal, no sentido da seta, magnésio (dolomita), constituindo os calcários
o da esfericidade, cresce na vertical, de baixo para cima. Os calcíticos e os calcários dolomíticos,
desenhos inferiores são de classes com baixa esfericidade
respectivamente. Diversos são os responsáveis
e os superiores, de alta. Fonte: Compton 1962, modificado.
por tais depósitos, dentre eles, algas,
Por textura superficial entendem-se os foraminíferos, corais, crinoides, moluscos,
detalhes morfológicos presentes na parte esponjas, etc. ou cuja origem se deva a
externa dos detritos. Sua observação pode ser acumulação de pelotas fecais (calcários
feita a olho nu nos clastos maiores, mas peletoidais)
naqueles com tamanhos areia ou inferiores faz- Se o depósito foi formado por
se necessário o uso de equipamentos ópticos organismos sedentários, tais como, crinoides,
ou eletrônicos. tapetes de algas e conchas, e é estratiforme,
Durante este estudo é determinado se denomina-se biostroma (biostrome), contudo,
os grãos são foscos ou polidos, estriados, com se a estrutura for dômica ou lenticular
marcas de percussão, etc. encaixada em rocha diversa, chama-se
Neste sentido, as areias podem bioherma (bioherm).
apresentar fosqueamento se impactadas por Rochas sedimentares orgânicas
areias transportadas por saltação ou se silicosas são fruto da sedimentação de
estiveram sujeitas a ataque químico. Sendo a radiolários (protozoários com esqueleto
superfície das areias lisa e translúcida admite- silicoso), diatomáceas (algas silicosas),
se ter ocorrido transporte fluvial ou marinho esponjas com espículas de sílica, etc., contudo,
costeiro. os jazimentos mais importantes são os de
As estrias e marcas de percussão radiolários e diatomáceas. Seus restos
eventualmente presentes nos seixos são constituem as rochas descritas como radiolarito
creditadas ao atrito com o substrato durante seu (radiolarite) e diatomito (diatomite),
deslocamento por geleiras. respectivamente.
O transporte fluvial também pode ficar Organismos também podem ser os
registrado, nos seixos, pela presença neles de responsáveis pela acumulação de ferro. Entre
marcas de impacto devidas aos choques entre eles estão algas e as bactérias ferríferas.
os grãos. Rochas ricas em fosfato, as fosforitas,
O facetamento de seixos é creditada a quando aflorantes na superfície, são atingidas
impactos de areias, se ocorrentes em regiões pelo intemperismo que libera aquele
desérticas. componente e o desloca até os corpos de água.
Veja diagênese, fábrica e também Lá, o fosfato é absorvido por alguns
grão facetado. organismos (peixes, crustáceos, certos
braquiópodos, foraminíferos, etc.) e passa a
Rocha Sedimentar Orgânica (organic constituir parte de seus esqueletos.
sedimentary rock). São aquelas rochas A acumulação de suas estruturas
sedimentares (veja em rocha) formadas pela esqueletais pode formar grandes jazimentos.
direta acumulação de restos orgânicos ou Estes podem ser dissolvidos, total ou
parcialmente, e o produto vir a ser depositado
como concreções. Umidade 15 a 45%
Carbono 65 a 75%
As rochas sedimentares carbonosas
Hidrogênio 5%
são o resultado do acúmulo de detritos vegetais Oxigênio 25%
depositados sob condições favoráveis, tais Matéria volátil 40%
como, ausência de oxigênio e ação de bactérias Cinzas 9%
anaeróbicas (veja em bactéria) que não vivem Poder calórico 5 700 ou mais.
em condições atmosféricas normais, isto é, na
presença do oxigênio livre. Ambiente A hulha ou carvão betuminoso possui
subaquático pantanoso, com pouca ou cor negra e, muitas vezes, contém finos restos
nenhuma circulação das águas e rico em restos de madeira carbonizados. Seguem abaixo suas
vegetais, tem sido considerado o local mais propriedades essenciais:
favorável para o desenvolvimento de futuros
jazimentos de carvão (coal). Nessa situação, Densidade 1,2 a 1,5
fruto da atuação das bactérias anaeróbicas, são Umidade 1 a 3%
Carbono 75 a 90%
destruídas as estruturas vegetais ocorrendo a
Hidrogênio 4,5 a 5,5%
gelatinização do depósito. A cor passa de Oxigênio 3 a 11%
marrom clara a marrom escuro, alcançando o Matéria volátil 10 a 45%
preto. No processo de formação do carvão, os Cinzas 0,5 a 40%
restos vegetais são soterrados por outros Poder calórico 5 700 a 9 600
sedimentos onde, sob baixas temperaturas e
pressões, perdem oxigênio e se enriquecem em Já o antracito é duro, possui cor negra,
carbono (C), isto é, ocorre a hulheização brilho vítreo e fratura conchoidal. Eis suas
(incoalation). características:
Do ataque das bactérias anaeróbicas
resulta a liberação de compostos, entre os Densidade 1,3 a 1,7
quais, metano (CH4). Nesse ambiente ocorre a Umidade -
Carbono 90 a 96%
formação crescente de ácido sulfídrico (H2S),
Hidrogênio 2 a 5%
derivado do enxofre resultante da matéria Oxigênio 4 a 11%
orgânica em decomposição que, quando Matéria volátil 3 a 10%
combinado com sais de ferro e de outros Cinzas 3 a 30%
metais, origina sulfetos (p. ex., pirita, FeS2). Poder calórico 8 200 a 9 200
A classificação dos carvões
compreende turfas (peat), lenhitos (lignite), Geneticamente os carvões podem ser
hulhas (bituminous coal) e antracitos classificados em autóctones (autocthonous) e
(anthracite). alóctones (allochtonous).
As turfas, formadas de plantas De acordo com o brilho e a aparência
herbáceas ou arborescentes, apresentam as física, ocorrem quatro categorias de camadas
seguintes características: que constituem o carvão:
1. Fusênio (fusain), camada opaca e
Densidade 0,65 a 0,90 friável, constituída de fragmentos de madeira
Umidade 65 a 90% carbonizados e fibrosos. Originado de ramos e
Carbono 55% troncos expostos em ambiente subaéreo ou
Hidrogênio 6%
Oxigênio 33%
como resultado de queimadas (incêndios).
Matéria volátil 60% 2. Vitrênio (vitrène), camada com brilho
Cinzas 10% vítreo e fratura conchoidal. Parece ter se
Poder calórico 4 000 a 5 700 originado de gel de restos vegetais resultantes
da ação das bactérias anaeróbicas em
Os lenhitos, segundo degrau da escala ambiente subaquático, desprovido de oxigênio.
evolutiva dos carvões, apresentam ainda partes 3. Clarênio (clarain), camada com
lenhosas dos vegetais. Na grade a seguir estão lustro acetinado ou sedoso, onde se alternam
seus caracteres mais importantes: lâminas brilhantes e foscas. Tem sido uma
espécie de transição entre durênio e vitrênio.
Densidade 1,0 a 1,3
4. Durênio (durain), camada opaca,
acinzentada, composto por fragmentos mais
resistentes de vegetais, entre os quais,
cutículas, esporos e resinas.
O petróleo, em razão do tema principal
deste estudo, não será aqui focalizado.
Rompimento em bloco por força de tração. Seixo de lama. Veja galha de argila.
Veja blocos rompidos por tração em estrutura
brechosa. Seixo estriado. Veja grão estriado.
S
Sal-gema. Sinônimo de halita (cloreto de sódio,
NaCl).
Veja em Rocha Sedimentar Química.
Os limites superiores e inferiores são
feitos por superfícies das sequências de
camadas, as quais as separam de outras
sequências de camadas. Podem ser
sequências de camadas simples ou sequências
de camadas compostas.
Sill clástico. Veja sill sedimentar. Sismito. Arenito do Grupo Guaritas, Proterozoico, RS, BR.
A camada delimitada está perturbada. As camadas acima e
abaixo do leito perturbado estão intactas. Referência: 30 cm
Sill de areia. Veja sill sedimentar. de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Sulcos de lavagem arborescentes. Areias de ambiente Sulcos de lavagem cônicos. A sucessão de feições
litorâneo marinho, proximidades de canal fluvial. cônicas bem visíveis à frente de um dos sulcos indica,
Quaternário, RS, BR. As setas vermelhas mostram as provavelmente, os recuos da pequena encosta submetida à
direções dos fluxos que geraram os sulcos menores erosão. A seta indica a direção do fluxo. Zona de Dunas
enquanto às amarelas indicam as direções percorridas (veja em ambiente praial) litorâneo marinho. Quaternário,
pelos somatórios daquelas pequenas correntes. Créditos RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Carlos Henrique Nowatzki. Nowatzki.
Traço de pastagem (browsing traces, feeding Traço de repouso (cubichnia, rest trails,
traces, feeding trails, grazing traces, grazing resting marks, resting traces, resting tracks,
trails, hatching, pascichnia, surface surface lebensspuren). Estruturas de
lebensspuren). Estruturas de bioturbação bioturbação caracterizadas por marcas feitas
caracterizadas por marcas feitas por por animais em repouso temporário sobre um
organismos alimentando-se sobre uma substrato macio, geralmente refletindo a linha
superfície sedimentar. de margem e a distribuição do peso do animal
Em geral, tais marcas formam-se gerador.
sobre lama e são preservadas na base de
siltitos (veja em Rocha Sedimentar Clástica) ou Traço fóssil (fossil trace). Veja icnofóssil.
camadas de arenito fino.
É um padrão deixado sobre ou Transporte (sedimentar) (transport). As rochas
próximo à superfície do substrato por animais aflorantes disponibilizam resíduos insolúveis
bentônicos móveis. (clastos) e solúveis [(carbonato de cálcio
(CaCO3), carbonato de magnésio (MgCO3) e
Traço de rastejamento (crawling traces, sais)], após a ação do intemperismo, para a
crawling trails, repichnia, repichnial traces, erosão e esta, no que lhe concerne, para o
surface lebensspuren). Estruturas de transporte de sedimentos e da matéria
bioturbação caracterizadas por traços e pistas, solubilizada.
refletindo a locomoção de organismos Água, vento e gelo estão entre os
bentônicos, que se movem aleatoriamente em mais significativos agentes transportantes.
busca de alimentação ou abrigo. Abstraindo o vento, a gravidade é o “motor” que
Animais não marinhos, e até mesmo impulsiona a água e o gelo declive abaixo, os
terrestres, podem ser responsáveis pela origem quais conduzem os clastos e os solúveis neste
da feição. Ilustração. mesmo sentido. É também a gravidade a
responsável pelos movimentos de massa
pendente abaixo em áreas de relevo
acentuado. O vento é o único agente capaz de
transportar encosta acima.
Tração (traction), saltação (saltation)
e suspensão (suspension) são as modalidades
mais comuns de transporte pela água e pelo
vento, enquanto o gelo o faz por tração e
suspensão.
Na tração, os detritos são deslocados
por deslizamento (creeping), também chamado
arrasto (drag), e rolamento. O deslizamento alguns centímetros a mais de 15 metros,
ocorre quando o detrito é conduzido arrastado dependendo da região.
sobre o substrato por onde o agente Finalmente, as correntes de ondas
transportante está migrando, originando estrias (wave currents) apresentam-se como
e sulcos sobre o pavimento (veja estria glacial). correntes, costa adentro (onshore currents,
O rolamento se dá quando o transportante rola dirigem-se para a praia) e correntes de costa
o fragmento que conduz sobre o substrato. afora (offshore currents, dirigem-se para o mar)
Saltação é a modalidade de que agem sobre o substrato em profundidade
transporte em que o fluido desloca os clastos atingida pela base das ondas normais.
ora por tração, ora por suspensão. A Durante tempestades a profundidade
movimentação, portanto, se dá aos saltos. atingida pela base das ondas é maior que as
Os detritos mais finos, as lamas, são mencionadas anteriormente, razão pela qual
deslocadas por suspensão, isto é, não são seus depósitos (veja tempestito) não são
tracionadas nem saltam. Isto significa, em destruídos pelo retorno das condições normais.
princípio, que só irão assentar-se se houver Veja ambiente glacial e também
uma estagnação da corrente (vento ou água) ou movimentos de massa.
fusão, no caso do gelo.
É possível também que correntes Travertino (travertine). Veja em Rocha
mais vigorosas (mais velozes) conduzam silte e Sedimentar Química.
areias finas e muito finas em suspensão.
Se ocorrerem certas condições Trombólito (thrombolite). São estromatólitos
químicas no meio aquoso, argilas e siltes que apresentam uma feição caracterizada pela
floculam (ver floculação) e se depositam como ausência de laminação e uma fábrica
agregados. macroscópica coagulada.
No transporte pelas águas pluviais e Origina-se da ação multiplicadora de
fluviais os materiais mais grossos, normalmente algas microscópicas.
areias e elementos maiores, são conduzidos
como carga de fundo (bedload) enquanto os Tubo de verme (tube of worm). Veja estrutura
mais finos (lamas) são conduzidos como carga tubular.
em suspensão (suspended load).
As correntes costeiras que podem Tufa. Veja em Rocha Sedimentar Química.
movimentar desde lamas até detritos grossos,
são classificadas como: (a) longitudinais, (b) de Tundra. Veja em solo permafrost.
retorno, (c) de marés e (d) de ondas.
As correntes longitudinais são Turbidito (turbidite). Veja em ambiente em
geradas por ondas, localizam-se sobre a leque.
plataforma continental interna ou proximal
(inner shelf) e deslocam-se paralelas à costa. Turboglifo (casts of mud furrows, conical flute
Se oblíquas, são também denominadas casts, conical marks, depressed cone,
correntes de deriva litorânea (longshore drift depressed flute casts, direcional load cast,
currents). elongate-symmetrical marks, flow mark, flow
As correntes de retorno (rip currents) structure, flute, flute casts, flute marks, flute
se originam pelo retorno para o mar aberto das molds, horse-shoe, lobate pluge structure,
águas trazidas pelas ondas até a praia. Tais lobate rill marks, scour cast, scour finger,
correntes deslocam sedimentos do fundo simple cones, triangular or conical marks,
abrindo canais com largura entre 30 metros e turboglyph, vortex cast). São marcas de
100 metros, profundidade de 50 cm e desbaste em forma de depressões alongadas
comprimento acima dos 1 500 metros desde a com a porção mais profunda e estreita dirigida
praia onde a lâmina de águas atinge em torno no sentido contrário ao da corrente e com a
dos 30 metros. parte mais rasa e alargada no sentido da
As correntes de marés (tidal currents) jusante.
ocorrem onde há o vai-vem das águas devido à Normalmente, são preservadas como
ocorrência de marés (veja ambiente de planície marcas de sola em sedimentos arenosos e
de maré), cuja amplitude pode variar desde raramente estão isolados. Variam de forma,
tamanho e arranjo, pelo que podem ser
classificados em diversos tipos:
1. Turboglifos isolados.
2. Turboglifos terraceados.
3. Turboglifos interceptados.
4. Turboglifos deformados por
sobrecarga.
5. Turboglifos frondescentes
sulcados por carga (veja em estrutura
frondescente).
6. Turboglifos em cometa.
7. Turboglifos assimétricos.
8. Turboglifos fusiformes.
9. Turboglifos parabólicos.
Um turboglifo especial é aquele em
que um bordo de desbastamento penetra Turboglifos fusiformes. Moldes em arenito do Grupo
Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A direção geral da
desde a lama até o leito arenoso subjacente. paleocorrente está indicada pela seta. Referência: 2,0 cm
Neste caso, a extensão lateral do desbaste de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
predomina sobre a vertical originando
turboglifos em forma de cogumelos Turboglifo assimétrico (asymmetrical flute
(mushroom-shaped flute marks). marks, compound flute marks). São turboglifos
Quando em uma superfície existe comuns, e tais marcas revelam, sobre um
grande número de turboglifos isolados flanco, uma série de cristas e sulcos laterais,
regularmente arranjados, tratam-se de que diminuem gradativamente de tamanho,
turboglifos padronizados (patterned flute). sendo então chamados de turboglifos
Quando distribuídos sem padrão, assimétricos simples.
correspondem a turboglifos dispersos (random Serão turboglifos assimétricos
flute marks). Caso cubram completamente uma helicoidais (corkscrew, corkscrew flute marks,
superfície são turboglifos conjugados corkscrew marks) quando apresentarem na
(conjugate flute marks). porção mais estrita e profunda que aponta para
As marcas surgem por ação erosiva a montante, uma forma similar a um saca-
de redemoinhos sobre sedimentos pelíticos rolhas.
assentados em meio aquoso, por ação Quando a porção mais estreita e
exclusiva da corrente ou devido à ocorrência, profunda (bico) estiver virada para um dos
no substrato, de um objeto estreito no sentido lados, se reconhecem turboglifos assimétricos
longitudinal, que faz com que as linhas de torcidos (twisted asymmetrical flute marks).
corrente se concentrem atrás do objeto e
promovam a erosão. Neste último caso, Turboglifo assimétrico helicoidal
originam as estruturas de desbaste (corkscrew, corkscrew flute casts, corkscrew
longitudinais (longitudinal obstacle scour) e os marks). Veja em turboglifo assimétrico.
turbiditos fusiformes (spindle-shaped flute
marks) com sua forma alongada. Turboglifo assimétrico simples. Veja em
Ilustração. turboglifo assimétrico.
U
Turboglifos parabólicos. Moldes em arenito do Grupo
Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. Na parte inferior
mediana da fotografia, turboglifo parabólico em garra. A Unidade aloestratigráfica (allostratigraphic
paleocorrente (média) está indicada pela seta. Referência: unit). A aloestratigrafia compreende o estudo, e
2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. a mapeabilidade, de corpos sedimentares
estratiformes, geneticamente relacionados
Turboglifo parabólico bulboso (bulbous limitados na base e no topo por discordâncias
parabolic flute marks, voluted parabolic flute ou por contatos concordantes correlativos.
marks). Ilustração. Veja em turboglifo Estas unidades podem suceder-se na
parabólico. vertical, posicionar-se lado a lado ou mesmo
situar-se geograficamente isoladas.
Tal como ocorre com as unidades
litoestratigráficas, as aloestratigráficas são
hierarquizadas. Contudo, enquanto a divisão na
litoestratigrafia tem como critério principal a
identidade litológica ou da associação de
rochas, na aloestratigrafia podem coexistir
rochas formadas em mais do que um ambiente
deposicional, ou seja, ser diferenciadas, mas
limitadas por superfícies de erosão ou não-
deposição.
As unidades aloestratigráficas são:
1. Alogrupo (allogroup): composto por
duas ou mais aloformações.
Turboglifos parabólicos bulbosos. Moldes em arenito do 2. Aloformação (alloformation):
Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A seta mostra a unidade aloestratigráfica fundamental.
direção de fluxo da paleocorrente. Referência: 2,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
3. Alomembro (allomember): divisão
de uma aloformação.
Turboglifo parabólico em garra (peniform
parabolic flute marks). Veja em turboglifo Unidade cronoestratigráfica
parabólico. (chronostratigraphic unit). É uma camada, ou
um conjunto de camadas, de rocha utilizada
Turboglifo parabólico simples (simple como referência para um intervalo geológico
parabolic flute marks). Veja em turboglifo específico, em concordância a hierarquia da
parabólico. subdivisão do tempo geológico.
São as seguintes as unidades
Turboglifo terraceado (flute marks terraced, cronoestratigráficas:
sculptured flute cast, terraced flute cast, 1. Eonotema (eonothem): trata-se de
terraced flute moulds, terraced marks). camada ou sequência de camadas de rochas
Turboglifos de aspecto escalonado. escolhido para referenciar um dado intervalo
Tem origem em fundos lamosos de tempo geológico em atendimento a
laminados onde as lâminas possuem diferentes
estruturação hierárquica da divisão do tempo características particulares de ordem litológica
geológico. em comum.
É a maior unidade As unidades litoestratigráficas
cronoestratigráficas reconhecida. O Éon (eon) é formais são:
seu equivalente geocronológico. 1. Grupo (group): normalmente é
2. Eratema (erathem): é a unidade composto por duas ou mais Formações com
cronoestratigráfica imediatamente abaixo de similaridades litológicas.
Eonotema (eonothem). A sua equivalente É possível dividir-se grupos em
geocronológica é a Era (era). subgrupos (subgroups) ou promover a
3. Sistema (system): é a unidade associação de grupos, ou de grupos e
cronoestratigráfica posicionada abaixo de formações adjacentes em supergrupos
Eratema (erathem) e acima de Série (series). (supergroups).
Período (period) é seu equivalente 2. Formação (formation): é a unidade
geocronológico. litoestratigráfica fundamental.
4. Série (series): é uma unidade Além de suas características
cronoestratigráfica posicionada entre Sistema litológicas são considerados o seu
(system) e Andar (stage). posicionamento estratigráfico e a sua
Seu equivalente geocronológico é mapeabilidade em superfície ou subsuperfície.
Época (epoch). 3. Membro (member): é a unidade
5. Andar (stage): é a unidade distinguida dentro de uma Formação
cronoestratigráfica básica regional que (formation) por alguma peculiaridade litológica.
corresponde a uma sucessão de rochas 4. Camada (bed, layer, stratum): é a
formadas em tempo equivalente a uma Idade menor unidade litoestratigráfica.
(age), esta sua equivalente geocronológica. A denominação é empregada para a
6. Cronozona (chronozone): é a camada que tem especial significado para
menor unidade cronoestratigráfica. É utilizada correlação estratigráfica ou como referência.
localmente e corresponde a um conjunto de
rochas formadas no intervalo de tempo de um
Crono (chron), a menor unidade
geocronológica.
W
Wadi. Veja em ambiente eólico.
Z
Zona de cimentação (cementation zone). Em
Geologia corresponde a zona posicionada
abaixo do nível hidrostático (profundidade em
que se encontra a água numa determinada
região) onde os clastos são cimentados. O
fenômeno ocorre por deposição do material
cimentante (elementos e compostos) lixiviado
de um nível superior.
B lagunar.
Beach-rocks. Veja recifes de pedra em
ambiente marinho e também em recife.
Beach-stone. Veja recifes de pedra em
ambiente marinho e também em recife.
Backset bedding. Veja estratificação cruzada. Bed. Veja camada.
Backset beds. Veja camadas regressivas em Bedding. Veja estratificação.
estratificação cruzada complexa. Bedding planes. Veja plano de estratificação.
Backset cross stratification. Veja estratificação Bedding surfaces. Veja plano de
cruzada em retrocesso em marca de estratificação.
ondulação regressiva. Bedload. Veja carga de fundo em transporte.
Backshore. Veja em ambiente praial e também Bedset. Veja sequência de camadas.
cuspilito de praia. Benthos. Veja bentos.
Backside. Veja em ambiente eólico. Bentonite. Veja bentonita.
Backwash marks. Veja marca de ondulação Beta-cross-stratification. Veja estratificação
romboidal por corrente. cruzada beta.
Backwash ripple. Veja marca de ondulação Bifurcated flaser bedding. Veja estratificação
regressiva. flaser bifurcada.
Backwash ripple marks. Veja marca de
ondulação regressiva.
Bifurcated wavy flaser bedding. Veja Boulder. Veja matacão em clasto.
estratificação flaser ondulada e Bounce cast. Veja marca de roçadura.
bifurcada. Bounce marks. Veja marca de roçadura.
Bifurcating rill marks. Veja sulco de lavagem Boundary surface. Veja plano de
bífido. estratificação.
Biochemical rock. Veja rocha bioquímica em Bow shaped ripple. Veja marca de ondulação
Rocha Sedimentar Orgânica. linguoide em forma de arco em marca de
Biocoenosis. Veja biocenose. ondulação linguóide por corrente.
Biodeformational structures. Veja estrutura de Boxwork. Veja melicária em septária.
bioturbação. Branching rill marks. Veja sulco de lavagem
Bioerosional structures. Veja estrutura de arborescente.
bioperfuração. Break apart structures. Veja estrutura
Biofacies. Veja biofácies em fácies. brechosa.
Biogenic. Veja biogênico. Breccia. Veja brecha.
Biogenic sedimentary structures. Veja estrutura Brecciated structures. Veja estrutura
orgânica e também estrutura de brechosa.
bioturbação. Brecciation. Veja estrutura brechosa.
Biogenic structures. Veja estrutura orgânica e Brown clays. Veja argilas castanhas em
também estrutura de bioturbação. ambiente marinho.
Bioglyphs. Veja icnofóssil. Browsing traces. Veja traço de pastagem.
Bioherm. Veja bioherma. Brush cast. Veja marca de empuxo.
Biohieroglyphs. Veja icnofóssil. Brush marks. Veja marca de empuxo.
Biokinematic structures. Veja estrutura Bubble impression. Veja impressão de bolha.
biocinemática. Bubble prints. Veja impressão de bolha.
Biolite. Veja biólito. Bubble sand structures. Veja arenito
Biomicrite. Veja biomicrito. esponjoso.
Biostratification. Veja bioestratificação. Bulbous marks. Veja turboglifo parabólico.
Biostratigraphy. Veja bioestratigrafia. Bulbous parabolic flute marks. Veja turboglifos
Biostrome. Veja biostromo. parabólicos bulbosos em turboglifo
Biota. Veja biota. parabólico.
Bioturbation. Veja estrutura de bioturbação. Burr balls. Veja bola lacustre.
Bioturbation structures. Veja estrutura de Burrows. Veja estrutura tubular e também
bioturbação. estrutura de escavação.
Biozone. Veja biozona. Bypass. Veja em fluxo homopicnal.
Birdseye structures. Veja estrutura em olhos de
pássaro em arenito esponjoso.
Birdseye vugs. Veja estrutura em olhos de
pássaro em arenito esponjoso.
Bitumen. Veja betume.
Bituminous. Veja betuminoso.
Bituminous coal. Veja hulha em Rocha
C
Sedimentar Orgânica.
Bituminous shale. Veja folhelho pirobetuminoso
em folhelho. Cabbage-leaf casts. Veja estrutura
Blanket. Veja manta ou lençol em geometria. frondescente.
Bolsters. Veja pseudonódulo. Cabbage-leaf marking. Veja estrutura
Bomb. Veja bomba. frondescente.
Bomb sags. Veja cratera de impacto. Cabbage-leaf structures. Veja estrutura
Borings. Veja estrutura de bioperfuração. frondescente.
Borrows traces. Veja estrutura tubular e Calcarenites. Veja calcarenitos em Rocha
também estrutura de escavação. Sedimentar Química.
Bottomset. Veja sequência de fundo em Calcilutites. Veja calcilutitos em Rocha
ambiente deltaico. Sedimentar Química.
Boudinage. Veja na letra B.
Calcirudites. Veja calcirruditos em Rocha Channel lag deposits. Veja depósitos
Sedimentar Química. residuais de canal em ambiente de
Calcreto. Veja caliche em Rocha Sedimentar planície de inundação.
Química. Chattermarks. Veja fratura em crescente.
Caliche. Veja em Rocha Sedimentar Química. Chemical sedimentary rock. Veja Rocha
Capacity. Veja capacidade. Sedimentar Química.
Capillarity. Veja capilaridade. Chemical structures. Veja estrutura
Capillary discharge. Veja descarga capilar em diagenética.
capilaridade. Chenier. Veja cristas alongadas em ambiente
Canyons. Veja em ambiente em leque e praial.
também canyon. Chert. Veja em Rocha Sedimentar Química.
Carbonation. Veja carbonatação em Chevron cross-bedding. Veja estratificação
intemperismo. cruzada espinha de peixe.
Carboniferous. Veja carbonífero. Chevron cross-stratification. Veja
Carbonization. Veja carbonização. estratificação cruzada espinha de peixe.
Carnallite. Veja carnalita em Rocha Chevron marks. Veja marca espigada.
Sedimentar Química. Choppy cross-lamination. Veja estratificação
Cast. Veja contramolde. cruzada festonada.
Casts of mud furrows. Veja turboglifo. Chron. Veja crono em unidade
Catastrophism. Veja catastrofismo. cronoestratigráfica.
Catenary in phase ripples. Veja marcas de Chronozone. Veja cronozona em unidade
ondulações catenárias em fase em marca cronoestratigráfica.
de ondulação catenária. Churned bedding. Veja estrutura de
Catenary out of phase ripples. Veja marcas de bioturbação deformativa.
ondulações catenárias fora de fase em Churned stratification. Veja estrutura de
marca de ondulação catenária. bioturbação deformativa.
Catenary ripples. Veja marca de ondulação Clarain. Veja clarênio em Rocha Sedimentar
catenária. Orgânica.
Catenary swept ripples. Veja marcas de Clast. Veja clasto.
ondulações varridas catenárias em marca Clastic dykes. Veja dique sedimentar.
de ondulação catenária. Clastic sedimentary rock. Veja Rocha
Caustobiolite. Veja caustobiólito. Sedimentar Clástica.
Cave flutes. Veja marca de ondulação Clast strips. Veja costela transversal.
cárstica. Clay. Veja argila em clasto.
Cave scallors. Veja marca de ondulação Clay ball. Veja bola de lama couraçada e
cárstica. também galha de argila.
Cavernous sand. Veja arenito esponjoso. Clay chip. Veja intraclasto.
Cement. Veja cimento em Rocha Sedimentar Clay coarse. Veja argila grossa em clasto.
Clástica. Clay Clastic dykes. Veja dique sedimentar.
Cementation. Veja cimentação. Clay dunes. Veja duna de argila.
Cementation zone. Veja zona de cimentação. Clay fine. Veja argila fina em clasto.
Cenozoic. Veja cenozoica. Clay gall. Veja galha de argila.
Channel. Veja canal, sulco de lavagem e Clay medium. Veja argila média em clasto.
também estrutura de corte e Clay vulcanoe. Veja vulcão de lama.
preenchimento. Cleavage. Veja clivagem.
Channel bar. Veja barra de canal. Climate. Veja clima.
Channel cast. Veja estrutura de corte e Climbing ripple cross-lamination. Veja marca
preenchimento. de ondulação cavalgante.
Channel cut and fill. Veja canal de corte e Climbing ripple laminae. Veja marca de
preenchimento. ondulação cavalgante.
Channel fill. Veja estrutura de corte e Climbing-ripple lamination. Veja marca de
preenchimento. ondulação cavalgante.
Channel-fill cross-bedding. Veja estratificação
cruzada em calha.
Climbing-ripple lamination with ripple laminae Combined structures. Veja camada
in-drift. Veja marca de ondulação gradacional.
cavalgante fora de fase. Comb-shaped rill mark. Veja sulco de lavagem
Climbing-ripple lamination with ripple laminae em pente.
in-phase. Veja marca de ondulação Comet marks. Veja marca em cometa.
cavalgante em fase. Comet-shaped flute casts. Veja turboglifo em
Climbing-ripple pseudo-stratification. Veja cometa.
estratos transladantes cavalgantes em Comet-shaped flute marks. Veja turboglifo em
estrato transladante. cometa.
Climbing ripples. Veja marca de ondulação Compaction. Veja compactação.
cavalgante. Compactation faults. Veja falha
Climbing-ripple stratification. Veja estratos penecontemporânea.
cavalgantes transladantes em estrato Compactation structures. Veja estrutura de
transladante. compactação.
Climbing-ripple structures. Veja marca de Competence. Veja competência em ambiente
ondulação cavalgante. de planície de inundação.
Climbing translatent strata. Veja estratos Complete graded bedding. Veja camada
cavalgantes transladantes em estrato gradacional completa ou normal.
transladante. Complete grading. Veja camada gradacional
Climbing translatent stratification. Veja estratos completa ou normal.
cavalgantes transladantes em estrato Complete ripple-foreset cross lamination. Veja
transladante. marcas de ondulações cavalgantes fora de
Climbing translatent stratum. Veja estratos fase, não erosivas em marca de ondulação
transladantes cavalgantes em estrato cavalgante fora de fase.
transladante. Complete ripple form lamination. Veja marca de
Closed frame. Veja arcabouço fechado em ondulação cavalgante em fase.
paraconglomerado. Complex cross bedding. Veja estratificação
Coal. Veja hulha em Rocha Sedimentar cruzada complexa.
Orgânica. Complex interference ripple mark. Veja marca
Coal balls. Veja bola de carvão em galha de de ondulação de interferência complexa.
argila. Composite bedset. Veja sequência de
Coarsely interlayered bedding. Veja camadas compostas.
estratificação espessamente Compound cross-bedding. Veja estratificação
interacamada. cruzada composta.
Coarse-trail grading. Veja camada gradacional Compound cross-stratification. Veja
de pobre separação. estratificação cruzada composta.
Cobble. Veja pedra ou calhau em clasto. Compound flute marks. Veja turboglifo
Coccolithophorid ooze. Veja vasas de assimétrico.
cocolitoforídeos em ambiente marinho. Compound foreset bedding. Veja
Cockling. Veja estrutura cárstica cinzelada. estratificação cruzada composta.
Collapse breccias. Veja estrutura brechosa de Compound ripple marks. Veja marca de
colapso em estrutura brechosa. ondulação de interferência.
Collapse feactures. Veja estrutura de colapso Compound ripples. Veja marca de ondulação
em falha penecontemporânea. de interferência.
Collunar structures. Veja estrutura colunar. Concave cross-bedding. Veja estratificação
Color. Veja cor. cruzada em calha.
Color-banding. Veja banda. Concave inclined-bedding. Veja estratificação
Combined current wave ripples. Veja marca de cruzada em calha.
ondulação combinada. Concretionary layers. Veja leito
Combined-flow ripples. Veja marca de concrecionário e também estratificação
ondulação combinada. nodular.
Combined-flow ripples and wave ripples. Veja Concretions. Veja concreção.
marca de ondulação combinada. Cone-in-cone. Veja estrutura cone-em-cone.
Cone-in-cone structures. Veja estrutura cone- Convoluted lamination. Veja laminação
em-cone. convoluta em estrutura convoluta.
Cone-shaped structures. Veja língua arenosa Convolute folding. Veja estrutura convoluta.
de avalanche. Convolute laminated structures. Veja laminação
Conglomerate. Veja conglomerado. convoluta em estrutura convoluta.
Conical flute casts. Veja turboglifo. Convolute lamination. Veja laminação
Conical marks. Veja turboglifo. convoluta em estrutura convoluta.
Conical moat. Veja fosso cônico de desbaste. Convolute stratification. Veja estrutura
Conical rill marks. Veja sulco de lavagem convoluta.
cônico. Convolute structures. Veja estrutura
Conjugate flute marks. Veja turboglifos convoluta.
conjugados em turboglifo. Convolutional balls. Veja bola de convolução.
Consolidation. Veja estrutura de escape de Convolutions drift. Veja laminação convoluta
água consolidada. cavalgante em estrutura convoluta.
Contact. Veja contato. Coprolite. Veja coprólito.
Contemporaneous deformation. Veja estrutura Coquina. Veja na letra C.
de deformação penecontemporânea. Coral. Veja na letra C.
Content grading. Veja camada gradacional de Coral reef. Veja recife de corais em recife.
boa separação. Cord. Veja corda ou linear em geometria.
Continental fan. Veja leque continental em Corkscrew. Veja turboglifos assimétricos
ambiente em leque. helicoidais em turboglifo assimétrico.
Continental margin. Veja margem continental Corkscrew flute marks. Veja turboglifos
em ambiente marinho. assimétricos helicoidais em turboglifo
Continental rise. Veja sopé continental em assimétrico.
ambiente marinho. Corkscrew marks. Veja turboglifos assimétricos
Continental shelf. Veja plataforma continental helicoidais em turboglifo assimétrico.
em ambiente marinho. Corrasion. Veja abrasão.
Continental slope. Veja talude continental em Corrasion rills. Veja ondulação de corrasão.
ambiente marinho. Corrasion ripples. Veja ondulação de
Continuous graded bedding. Veja camada corrasão.
gradacional completa ou normal. Corrosion. Veja corrasão.
Continuous marks. Veja marcas contínuas Corrosion surface. Veja superfície de
lavradas por objetos em marca lavrada por corrosão em calcário.
objeto. Corrosion zone. Veja superfície de corrosão
Contorted bedding. Veja acamamento em calcário.
contorcido. Corrugated lamination. Veja laminação
Contorted laminations. Veja acamamento corrugada em estrutura convoluta.
contorcido. Coset. Veja cosequências de camadas.
Contorted sandstone dykes. Veja diques Costal current. Veja corrente costeira em
sedimentares contorcidos em dique transporte.
sedimentar. Counter-current cross lamination. Veja
Contorted stratification. Veja acamamento laminação cruzada em retrocesso em
contorcido. marca de ondulação regressiva.
Contourite. Veja contornito ou contourito em Counter-current ripples. Veja marca de
ambiente marinho. ondulação regressiva.
Contraction spheroids. Veja nódulo. Crack fill ridges. Veja moldes de gretas de
Convex incline-bedding. Veja estratificação contração desconectadas em molde de
cruzada inclinada convexa. greta de contração.
Convolute bedding. Veja estrutura convoluta. Crawling traces. Veja traço de rastejamento.
Convolute corrent-ripple lamination. Veja Crawling trails. Veja traço de rastejamento.
estratificação cruzada convoluta. Creeping. Veja deslizamento.
Convoluted laminae. Veja laminação convoluta Creep wrinkles. Veja pseudomarca de
em estrutura convoluta. ondulação.
Crescent cast. Veja estrutura de desbaste em Cross ripple. Veja marca de ondulação de
crescente. interferência e também marca de
Crescentic fracture. Veja fratura em ondulação de interferência complexa.
crescente. Cross strata. Veja estratificação cruzada.
Crescentic gouge. Veja fratura em crescente. Cross stratification. Veja estratificação
Crescentic impact scars. Veja marca de cruzada.
percussão. Cross stratum. Veja estratificação cruzada.
Crescentic-like ripples. Veja marca de Crumpled ball. Veja pseudonódulo enrugado.
ondulação cuspada por corrente. Crumpled mud-crack. Veja greta de contração
Crescentic ripple. Veja marca de ondulação deformada.
cuspada por corrente. Crumpled mud-cracks casts. Veja greta de
Crescentic ripple mark. Veja marca de contração deformada.
ondulação cuspada por corrente. Cryoturbation. Veja crioturbação em estrutura
Crescentic scour mark. Veja estrutura de de escorregamento.
desbaste em crescente. Cryptocristalline. Veja criptocristalino.
Crescent marks. Veja estrutura de desbaste Crystal casts. Veja impressão de cristal.
em crescente. Crystal clusters. Veja impressão de cristal.
Crescent scour. Veja estrutura de desbaste Crystal imprints. Veja impressão de cristal.
em crescente. Crystal mold. Veja impressão de cristal.
Crescent type cross bedding. Veja Crystal salt mold. Veja molde de impressão de
estratificação cruzada em calha. sal em impressão de cristal.
Crest dune. Veja crista. Ctenoide cast. Veja cilindro ctenoide.
Cretaceous. Veja cretáceo. Cubichnia. Veja traço de repouso.
Crevasse. Veja na letra C. Cumulative curve. Veja curva cumulativa.
Crevasse splay. Veja depósito de rompimento Curled bedding. Veja estrutura convoluta.
de diques marginais em ambiente de Curly bedding. Veja estrutura convoluta.
planície de inundação. Current bedding. Veja estratificação cruzada.
Crinckled bedding. Veja estratificação Current break-through. Veja estrutura
enrugada e também estrutura convoluta. incipiente em costela e sulco.
Crinckle marks. Veja pseudomarca de Current crescente. Veja estrutura de desbaste
ondulação. em crescente.
Crinoid. Veja crinoide. Current cross-ripples. Veja marca de
Criptozoic. Veja criptozoico. ondulação de interferência.
Criss-cross lamination. Veja estratificação Current erosional mark. Veja marca de sulco
cruzada de pequena escala. lavrado por corrente.
Critically climbing ripple. Veja marcas de Current lineation. Veja lineação de partição e
ondulações cavalgantes fora de fase, não também lineação por corrente.
erosivas em marca de ondulação Current mark. Veja marca de sulco lavrado
cavalgante fora de fase. por corrente.
Critically climbing translatent strata. Veja Current parting. Veja lineação de partição.
estrato transladante cavalgante crítico. Current ridges. Veja marcas de adesão
Cross bed. Veja estratificação cruzada. piroclásticas em marca de ondulação por
Cross bedded unit. Veja estratificação adesão.
cruzada. Current ripple lamination. Veja laminação
Cross bedding. Veja estratificação cruzada. cruzada e também marca de ondulação
Cross-grooves. Veja marca de sulco cruzado. cavalgante.
Cross laminae. Veja laminação cruzada. Current ripple marks. Veja marca de
Cross lamination. Veja laminação cruzada e ondulação por corrente.
também marca de ondulação cavalgante. Current ripples. Veja marca de ondulação por
Cross-lamination developed from ripple in corrente.
rythm. Veja marca de ondulação Current ripples on sand at near-equilibrium.
cavalgante em fase. Veja marca de ondulação.
Current ripples on silt. Veja marca de
ondulação.
Current scours. Veja marca de sulco lavrado Deformative structures. Veja estrutura de
por corrente. bioturbação deformativa.
Current shadows. Veja sombra de areia. Deformed cross bedding. Veja estratificação
Current structures. Veja estrutura de corrente. cruzada convoluta.
Curved ripple marks. Veja marca de Delayed graded bedding. Veja camada
ondulação descontínua por corrente. gradacional de pobre separação.
Cushion-like marks. Veja marca como Delayed graded bedding with poor separation.
travesseiro. Veja camada gradacional de pobre
Cusp. Veja cuspilito de praia. separação.
Cuspate ripple mark. Veja marca de Delicate flute casts. Veja turboglifo
ondulação cuspada por corrente. interceptado.
Cuspete small ripples. Veja marca de Delta. Veja na letra D.
ondulação cuspada por corrente. Delta bedding. Veja estratificação cruzada.
Cusplets. Veja cuspilito de praia. Delta foresets. Veja estratificação cruzada.
Cusp ripple. Veja marca de ondulação Delta front. Veja frente deltaica em ambiente
cuspada por corrente. deltaico.
Cusp ripple mark. Veja marca de ondulação Deltaic environment. Veja ambiente deltaico.
cuspada por corrente. Delta plain. Veja planície deltaica em ambiente
Cusp structures. Veja laminação convoluta em deltaico.
cúspide em estrutura convoluta. Deltoidal cast. Veja estrutura frondescente.
Cut-and-fill. Veja estrutura de corte e Deltoidal marks. Veja estrutura frondescente.
preenchimento. Dendrite. Veja dendrito.
Cut-out. Veja estrutura de corte e Dendritic marks. Veja sulco de lavagem.
preenchimento. Dendritic ridge molds. Veja padrão dendrítico
Cyclothem. Veja ciclotema. em sulco e crista longitudinal lavrado por
Cylindrical structures. Veja estrutura corrente.
cilíndrica. Dendritic ridges. Veja padrão dendrítico em
sulco e crista longitudinal lavrado por
corrente.
Dendritic surge marks. Veja sulco de lavagem.
Dendrophyens. Veja sulco de lavagem.
J Lambda-cross-stratification.
estratificação cruzada lambda.
Laminae. Veja lâmina.
Veja
Q ambiente marinho.
Reduction. Veja redução em intemperismo.
Reed cast. Veja pedotúbulo.
Reef. Veja recife.
Regressive ripples. Veja marca de ondulação
Quake sheet. Veja estrutura de sobrecarga regressiva.
sísmica e também pseudonódulo. Regressive sand waves. Veja onda de areia
regressiva em marca de ondulação
regressiva.
Regulary layered structures. Veja estrutura
com aleitamento regular.
T transporte.
Tidal deltas. Veja deltas de maré em ambiente
lagunar.
Tidal flat environment. Veja ambiente de
planície de maré.
Tabular. Veja tabular em geometria. Tidal lamination. Veja estratificação de maré em
Tabular cross-bedding. Veja estratificação estratificação finamente interacamada.
cruzada tabular em estratificação cruzada Tidal plain. Veja planície de maré em ambiente
planar. de planície de maré.
Tabular cross-stratification. Veja estratificação Tidal rhythmites. Veja estratificação de maré em
cruzada tabular em estratificação cruzada estratificação finamente interacamada.
planar. Till. Veja till em ambiente glacial.
Tadpoles nests pattern. Veja padrão em ninho Till balls. Veja bola de lama couraçada.
de girino em marca de ondulação de Tillite. Veja tilito.
interferência. Tongue-shaped structures. Veja língua
Talus. Veja tálus em movimento de massa. arenosa de avalanche.
Talus deposits. Veja depósitos de tálus em Tool mark. Veja marca lavrada por objeto.
movimento de massa. Tooth-shaped rill marks. Veja sulco de
Tangencial cross-bedding. Veja laminação lavagem dentiforme.
tangencial. Topset. Veja sequência de topo em ambiente
Taphoglyph. Veja tafoglifo. deltaico.
Teggoglyph. Veja estrutura de sobrecarga. Toroid. Veja molde de marmita.
Tempestite. Veja tempestito. Torose load cast. Veja estrutura de
Tension cracks. Veja greta tensional sobrecarga nodulosa.
transversa. Torrential cross-bedding. Veja estratificação
Tepee. Veja estrutura tepee em estrutura cruzada planar.
brechosa. Torrential cross lamination. Veja laminação
Tepee structures. Veja estrutura tepee em angular.
estrutura brechosa. Trace fóssil. Veja icnofóssil.
Terraced flute cast. Veja turboglifo Tracks. Veja pista descontínua.
terraceado. Trackway. Veja pista descontínua.
Terraced flute moulds. Veja turboglifo Traction. Veja tração em transporte.
terraceado. Trails. Veja pista contínua e também pista
Terraced marks. Veja turboglifo terraceado. descontínua.
Terrigenous. Veja terrígeno. Transcurrent lamination. Veja laminação
Texture. Veja textura. transcorrente.
Textured surface. Veja superfície texturada em Transition. Veja em ambiente praial.
marca de pingo de chuva. Translatent strata. Veja estrato transladante.
Theta-cross-stratification. Veja estratificação Transpor. Veja transporte.
cruzada theta. Transposed sand sheets. Veja sill sedimentar.
Thinly interlayered bedding. Veja Transversal asymmetrical ripple mark. Veja
estratificação finamente interacamada. sulco erosivo transverso lavrado por
corrente.
Transversal flowage cast. Veja marcas Transverse wrinkle marks. Veja marca
transversais de fluxo em estrutura em corrugada.
chama. Transverse wrinkles. Veja marca corrugada.
Transversal flowage marks. Veja marcas Trash line. Veja linha de escombro.
transversais de fluxo em estrutura em Travertine. Veja travertino em Rocha
chama. Sedimentar Química.
Transverse and diagonal scours. Veja sulco Triangular marks tapering down current. Veja
erosivo transverso lavrado por corrente. marca triangular acunhando-se a
Transverse and oblique scour marks. Veja jusante.
sulco erosivo transverso lavrado por Triangular or conical marks. Veja turboglifo.
corrente. Trichterkarren Strucktur. Veja estruturas
Transverse asymmetrical ripple marks. Veja cársticas fortemente escalonadas em
marca de ondulação por corrente. estrutura cárstica escalonada.
Transverse bar. Veja onda de areia. Trittkarren Strucktur. Veja estrutura cárstica
Transverse catenary in phase ripples. Veja escalonada.
marcas de ondulações catenárias em fase Trough cross-bedding. Veja estratificação
em marca de ondulação catenária. cruzada em calha.
Transverse catenary large scale ripple. Veja Trough-cross-lamination. Veja laminação
marca de ondulação catenária. côncava.
Transverse catenary out of phase ripples. Veja Trough cross-stratification. Veja estratificação
marcas de ondulações catenárias fora de cruzada em calha.
fase em marca de ondulação catenária. Truncated ripple-foreset cross lamination. Veja
Transverse combined current/waves ripples. marcas de ondulações cavalgantes fora de
Veja marca de ondulação combinada fase, erosivas em marca de ondulação
transversal. cavalgante fora de fase.
Transverse dunes. Veja duna transversa. Tube of worm. Veja estrutura tubular.
Transverse erosional markings. Veja sulco Tufa. Veja tufo calcário em Rocha Sedimentar
erosivo transverso lavrado por corrente. Química.
Transverse linear ripples. Veja marca de Tumble marks. Veja marcas de tombamento
ondulação por corrente. em marca de rolamento.
Transverse ribs. Veja costela transversal. Tumbling marks. Veja marcas de tombamento
Transverse ripple marks. Veja marca de em marca de rolamento.
ondulação por corrente. Tundra. Veja tundra em solo permafrost.
Transverse ripples. Veja marca de ondulação Turbidite. Veja turbidito em ambiente em
por corrente. leque.
Transverse scour. Veja sulco erosivo Turbidity current. Veja corrente de turbidez.
transverso lavrado por corrente. Turboglyph. Veja turboglifo.
Transverse scour marks. Veja sulco erosivo Turbulent flow. Veja fluxo turbulento.
transverso lavrado por corrente. Twisted asymmetrical flute marks. Veja
Transverse sinuous in phase ripples. Veja turboglifos assimétricos torcidos em
marcas de ondulações de cristas sinuosas turboglifo assimétrico.
em fase em marca de ondulação de crista Type a climbing ripple cross-lamination. Veja
sinuosa por corrente. marca de ondulação cavalgante.
Transverse sinuous out of phase ripples. Veja Type a ripple-drift cross-lamination. Veja
marcas de ondulações de cristas sinuosas marcas de ondulações cavalgantes fora de
fora de fase em marca de ondulação de fase, erosivas em marca de ondulação
crista sinuosa por corrente. cavalgante fora de fase.
Transverse tension crack. Veja greta tensional Type b climbing-ripple cross lamination. Veja
transversa. marca de ondulação cavalgante.
Transverse wave-current ripples. Veja marca Type b ripple-drift cross-lamination. Veja marca
de ondulação combinada. de ondulação cavalgante em fase.
Transverse wave-like erosional marks. Veja Type c ripple drift cross lamination. Veja
sulco erosivo transverso lavrado por laminação drapeada em marca de
corrente. ondulação cavalgante em fase.
Type s climbing-ripple cross-lamination. Veja
marca de ondulação cavalgante.
Type I megaripple. Veja mega marca de
ondulação.
V
Type I ripple drift. Veja marcas de ondulações
cavalgantes fora de fase, erosivas em
marca de ondulação cavalgante fora de Varve. Veja em estratificação finamente
fase. interacamada.
Type 2 megaripples. Veja mega marca de Varvite. Veja varvito em ambiente glacial.
ondulação. Vector structures. Veja estruturas direcionais
Type 3 ripple drift cross lamination. Veja em estrutura sedimentar.
laminação drapeada em marca de Vein. Veja veio.
ondulação cavalgante em fase. Ventifacts. Veja ventifactos em grão facetado.
Vertical clasts. Veja clastos verticais em clasto
pingado e também em involução.
Vertical grain fabric. Veja fábrica de grãos
verticalizados em involução.