Guia Da Aventura Escoteira Pistas e Trilha PDF
Guia Da Aventura Escoteira Pistas e Trilha PDF
Guia Da Aventura Escoteira Pistas e Trilha PDF
Este é o guia oficial da UEB - União dos Escoteiros do Brasil - para escoteiras e escoteiros
nas etapas de Pistas e Trilha, conforme sistema aprovado pelo CAN – Conselho de
Administração Nacional, e produzido por orientação da Diretoria Executiva Nacional
com base na experiência centenária do Movimento Escoteiro no Brasil.
Ilustrações
Muitas das ilustrações que aparecem neste guia foram retiradas, com autorização do autor,
da Bitácora Pistas y Senda e Bitácora Rumbo e Travesía produzidos pelo Escritório
Escoteiro Mundial – Região Interamericana.
Diagramação
Andréa Queirolo, Raphael Luis K.
Edição
Luiz Cesar de Simas Horn, Vitor Augusto Gay
Escritório Nacional
Rua Coronel Dulcídio, 2107 - Bairro Água Verde | CEP 80250 100 - Curitiba - PR
Tel.: 41. 3353-4732 | www.escoteiros.org.br
Mensagem
Nos últimos quinze anos, a União dos Escoteiros do Brasil vem
investindo na atualização do seu Programa Educativo, buscando torná-lo,
conceitualmente, o mais próximo possível ao proposto por Baden-Powell,
considerando a realidade do mundo em que vivemos, com um conteúdo
que desperte o interesse e produza experiências relevantes para contribuir
no crescimento pessoal dos jovens.
A partir da implantação de algumas propostas, foi possível perceber o
impacto, os aspectos positivos e as dificuldades, permitindo à Instituição
desenvolver uma análise mais profunda, que nos levou a fazer algumas
alterações significativas no sistema de progressão oferecido aos jovens, que
é o principal instrumento para direcionar e avaliar seu desenvolvimento.
Nesse importante processo, que começou com um estudo da então
Comissão Nacional de Programa de Jovens, somaram-se várias forças da
UEB, com a participação efetiva do CAN – Conselho de Administração
Nacional, das Regiões Escoteiras, do Escritório Nacional e da estrutura da
área de Métodos Educativos.
Graças a este esforço conjunto, que a Diretoria Executiva Nacional teve
a satisfação de coordenar, chegamos a um resultado totalmente positivo, de
tal forma que podemos lançar, simultaneamente, os quatro livros necessários
para aplicação no Ramo Escoteiro: guia da “Aventura Escoteira – Etapas
Pistas e Trilha”, “guia da Aventura Escoteira – Etapas Rumo e Travessia”, os
livro de bolso “Tropa Escoteira em Ação” (para o jovem), e o livro de bolso
“Escotistas em Ação” (para os chefes).
Agradecemos a todos que contribuíram, de uma forma ou outra, para
alcançarmos este momento. Estamos certos de que este passo terá um
importante reflexo no futuro da União dos Escoteiros do Brasil, para torná-
la cada vez melhor e com maior capacidade de realizar a sua missão.
Sempre Alerta!
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da tropa, e nossos amigos e amigas nos acompanham nesta caminhada,
as vezes de longe, outras bem de perto, muitas vezes nos ouvindo, e outras
tendo muito a nos dizer.
Nossa jornada começa quando decidimos ir a algum lugar. Mas, não o
conhecemos ainda... Não existe um caminho... Espere! Olhe em volta! Há
indícios aqui... Outras pessoas já estiveram por aqui! São as PISTAS que
usaremos para seguir em frente. Este guia tem muitas PISTAS - exemplos e
conhecimentos - que servirão para que você inicie esta bela aventura de ser
escoteiro, encontre a TRILHA que melhor lhe convém.
Existem muitas formas de descobrir o mundo, mas todas elas têm
algo em comum: juntam os passos de muitos caminhantes. Esta
TRILHA tem tudo para nos levar a um bom lugar.
Contudo, não basta seguir uma TRILHA, seguir
os passos de outras pessoas. É um
bom começo, sem dúvida, mas não
é suficiente. Uma hora a estrada se
divide... E aí? É preciso que sejamos
capazes de tomar nossas próprias
decisões, de escolher o nosso RUMO.
A partir desta hora o caminho é mais
nosso do que dos outros. O RUMO a seguir
foi uma escolha pessoal. Mas, para onde isso vai
nos levar? Certamente a um lugar por onde poucas
pessoas passaram... E, nesta hora será preciso
enfrentar os medos e vencer um
desafio. Talvez, a primeira grande
TRAVESSIA de nossas vidas. A
primeira, mas não a única...
Mas, isso já é outra história!
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1
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Participar de pelo menos cinco atividades ao Ar livre da
patrulha (jornadas , excursões , acampamentos de patrulha ou
tropa) utilizando normas de baixo impacto ambiental
Conhecer e aplicar normas de limpeza no tratamento e na conservação
de alimentos nas atividades de patrulha;
Aferir seu passo duplo, conhecer as medidas de seu corpo e aplicá-las em
avaliações e medições.
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Vá marcando, no guia, as atividades que você entender que está
realizando, e no momento adequado, quando sentar-se para discutir sua
progressão com seus companheiros de patrulha e depois, com seu chefe,
apresente aquilo que você entende que progrediu, e na conversa com seu
chefe defina quais os itens que serão considerados concluídos.
Desejamos que este período desta sua “Aventura Escoteira” você consiga
realizar boas e produtivas atividades, desenvolva-se como um bom escoteiro
e cresça como pessoa. E que este seu guia seja um bom companheiro nesta
aventura!
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Especialidades
Cada distintivo de especialidade está vinculado a um conhecimento ou
habilidade particular, e estão distribuídas em cinco ramos de conhecimento –
Ciência e Tecnologia, Cultura, Desportos, Serviços e Habilidades Escoteiras
– e podem ser conquistadas em três diferentes níveis, conforme o grau de
complexidade e dificuldade dos requisitos estabelecidos para a conquista.
Você pode encontrar mais informações no Guia de Especialidades.
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No Ramo Escoteiro, ela reforça o que os países do Cone Sul tem em
comum, propiciando o intercâmbio e vivência cultural entre os jovens.
Insígnia da Lusofonia
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No Ramo Escoteiro, ela propicia a vivência da cultura de outros países da
CEL, reforçando o “trazer o de lá, para cá”.
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Insígnias das Modalidades
Para avançar no seu crescimento pessoal, você também pode conquistar
estas insígnias, que são baseadas na conquista de especialidades,
relacionadas as modalidades Básica, do Ar e do Mar.
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Insígnia da Modalidade do Mar – Grumete: Para conquista-la, você
deverá possuir 3 especialidades relacionadas à Modalidade do Mar, pelo
menos no nível 2, dentre as seguintes: Arte da Marinharia, Aquariofilia,
Canoagem, História Marítima, Marinharia, Mergulho Autônomo, Mergulho
Livre, Mecânica de Motor de Popa, Natação, Pesca, Vela, Meteorologia,
Oceanologia, Reparos Navais, Salvamento, Sinalização, Aquicultura,
Sinalização Marítima, Remo, Navegação Marítima, Cozinheiro Naval,
Segurança Naval, Salvatagem e Sobrevivência no Mar.
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Cordão Vermelho e Branco
Para conquistar este importante cordão, você deverá ter conquistado
o Cordão Verde e Amarelo e pelo menos doze especialidades, estando
entre estas a especialidade de Primeiros Socorros, no nível 2, e mais três
especialidades do ramo de conhecimento serviços, também no nível 2.
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Fluxograma de Progressão
Ramo Escoteiro
Período
Introdutório
e/ou
Acesso direto
e/ou
e/ou
• Ter realizado a totalidade das atividades previstas no Guia da Aventura Escoteira - Rumo e Travessia;
• Possuir o Cordão Vermelho e Branco;
• Possuir uma das seguintes Insígnias de Interesse Especial do Ramo Escoteiro: Insígnia Mundial do Meio
Lis de Ouro Ambiente, Insígnia da Lusofonia, Insígnia Cone Sul ou Insígnia da Ação Comunitária.
• Possuir pelo menos 10 noites de acampamento com sua patrulha ou tropa Escoteira.
• Possuir uma das Insígnias da Modalidade do Ramo Escoteiro (Aviador, Grumete ou Explorador).
• Seja especialmente recomendado pelos Escotistas e pela Corte de Honra da tropa.
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Vestuário Escoteiro - Ramo Escoteiro - Camisa de Manga Curta | REGRA 045
Cordão Verde e Amarelo /
Vermelho e Branco
Distintivo de Progressão
uniforme e vestuário
Distintivo de Patrulha
COMPLEMENTOS:
Distintivo de Progressão
Uso correto dos distintivos no
Distintivos de Especialidades
COMPLEMENTOS: (Habilidades Escoteiras / Serviços)
MANGA ESQUERDA
Distintivos de Especialidades
(Habilidades Escoteiras / Serviços)
Opcional + escolhido por Bermuda, calça ou saia Opcional + escolhido por Escolhido por Azul marinho (padrão
MANGA ESQUERDA
decisão individual Obrigatório decisão individual decisão individual definido pela DEN)
Publicado em 17/03/2014
Opcional + escolhido por Bermuda, calça ou saia Opcional + escolhido por Escolhido por Azul marinho (padrão
decisão individual Obrigatório decisão individual decisão individual definido pela DEN)
Publicado em 17/03/2014
Meu Desenvolvimento
Físico
Desenvolver e manter um
corpo forte e saudável, praticar
atividades ao ar livre, cuidar do seu
corpo, saber como funciona seu
organismo, são alguns dos desafios
que esta área de desenvolvimento
lhe propõe.
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DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Participar de pelo menos cinco atividades ao ar livre da
patrulha (jornadas , excursões , acampamentos de patrulha ou
tropa) utilizando normas de baixo impacto ambiental
Conhecer e aplicar normas de limpeza no tratamento e na conservação
de alimentos nas atividades de patrulha;
Aferir seu passo duplo, conhecer as medidas de seu corpo e aplicá-las em
avaliações e medições.
Excursões
São atividades ao ar livre, sem pernoite e normalmente em área não
urbana, onde é aprimorada a aplicação de técnicas mateiras, orientação,
observação, avaliação, entre outras. No Escotismo, as atividades com
objetivo de turismo e/ou recreação são chamadas de visitas ou passeios.
Jornadas
Uma jornada também é um tipo de excursão, uma expedição ao ar livre
em área não urbana, usualmente feita a pé, mas que também pode ser
feita por outro meio de locomoção não motorizado. A jornada não implica
apenas em caminhar, mas em usar mapas e bússolas para orientar-se, e
seguir instruções previamente transmitidas.
Bivaques
São atividades de campo em que a pernoite é realizada em abrigo
constuído, e não em barracas. Depende de treinamento prévio, boas
condições de tempo e material disponível. Em alguns lugares do Brasil se
entende bivaque como uma atividade no campo, sem pernoite, semelhante
a uma excursão.
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Acampamentos
Uma das atividades mais interessantes
que realizamos! Sair da sede e entrar em
contato direto com a natureza durante
alguns dias é uma experiência que
realmente nos motiva a sermos escoteiros.
No acampamento vamos colocar
em prática todas as técnicas escoteiras,
mateiras e de segurança, ou seja, tudo
aquilo que aprendemos na sede.
Montando a barraca, as pioneirias
do canto de patrulha, cozinhando as
próprias refeições, divertindo-se nos
jogos, cantando no fogo de conselho
ao redor da fogueira são momentos que
você irá lembrar por muito tempo, por ter
vivenciado a fraternidade escoteira.
Acampamentos Volantes
Nos acampamentos volantes a patrulha ou tropa sai em excursão ou
jornada, porém, em pontos pré-determinados, para para armar as barracas
e a cozinha do acampamento. Para isso a patrulha deverá ter em conta que
todo o material da atividade deverá estar acondicionado nas mochilas.
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Acampamento de Longa duração
É a atividade desenvolvida durante mais de uma semana, geralmente
ocorridas durante as férias de verão. É preciso considerar que este
acampamento marca o final do “ano escoteiro” e deve ter toda a estrutura
de um acampamento de média duração. Durante o desenrolar destes
acampamentos, cada patrulha deve realizar, pelo menos uma vez, uma
excursão para fora do local em que a patrulha está acampada. Esta saída
pode durar até 48 horas. Não se trata de um passeio e, por isso, deve
ter um forte conteúdo de exploração da natureza e observação do meio
ambiente, conhecimento da região e de seus habitantes e, evidentemente,
uma dose equilibrada de esforço físico.
Acantonamentos
A principal diferença entre acampamento e acantonamento é que no
acampamento os escoteiros montam seu canto de patrulha, dormindo nas
barracas. Enquanto no acantonamento os escoteiros dormem em área
coberta, tais como galpões, ginásios, casas, etc, sendo que as demais
atividades podem ocorrer normalmente como em um acampamento,
conforme a programação planejada.
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Ar puro e fresco é meio
caminho andado para
obter-se resultados dos
exercícios físicos e deve,
sempre que possível,
ser absorvido tanto pela
pele como pelo nariz.
Sinceramente : - este
“ar livre” é o segredo
do êxito. E para isto foi
criado o Escotismo: para
desenvolver ao máximo o
hábito da vida ao ar livre.
(guia do Chefe Escoteiro –
Baden-Powell)
Jornadas
A caminhada
Caminhar carregando uma mochila, por trilhas naturais é muito diferente
de fazer isso em uma rua da cidade. Ainda que a técnica não seja difícil,
existem alguns segredos que você deve conhecer:
· Caminhem sempre em fila pelas laterais das estradas, na mão inversa do
trânsito, de maneira que seja possível ver os automóveis vindo de frente.
· Quando a caminhada for de noite o primeiro da frente deve levar de
modo visível uma luz branca e o último da fila uma luz vermelha.
· Sem perder sua forma natural de caminhar, avance apoiando a totalidade
da planta do pé e flexionando levemente os joelhos.
· Um ritmo apropriado de caminhada é aquele que permite economia
de energia. Correr em algumas áreas ou saltar e subir obstáculos sem
necessidade, somente gastará suas forças que você poderá ter que usar
mais adiante.
· O ritmo da caminhada também depende do objetivo da sua excursão.
Se for observar animais ou recolher plantas, será mais adequado mover-se
num ritmo lento. Mas se, por outro lado, o objetivo é fortalecer a musculatura
das pernas, então pode ser melhor que o ritmo seja mais rápido do que
uma caminhada normal.
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· O ritmo da caminhada deve adaptar-se ao declive
do terreno.
· Ao enfrentar um declive você deverá reduzir a
velocidade, manter o corpo erguido, dar passos
curtos e avançar em ziguezague – nunca de forma
direta ou correndo. É mais longo, porém cansa
menos e é mais seguro.
· Mantenha um ritmo tranquilo e relaxado de
respiração (adequado à velocidade da marcha).
· Seguramente em sua patrulha há alguém que
ande mais rápido do que outros. Encontrar um
ritmo comum a toda a patrulha é uma tarefa que
ajudará a fortalecer o sentido de equipe.
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descanse na sombra. Lembre-se de beber água para manter-se hidratado,
porém sem excessos, para não se sentir pesado.
· Ainda que sinta calor, não se descubra de repente. A parada também
será boa se você organizar o equipamento, ajustar sua mochila e beber
água.
Alimentação
· Leve sanduíches e frutas frescas para comer ao meio-dia.
· Nozes, frutas secas, balas azedas e barras de chocolate podem fornecer
energia extra durante a caminhada.
· Para beber prefira sempre água.
· Uma opção divertida é preparar a alimentação durante a caminhada
mediante técnicas de “cozinha mateira”.
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Barracas
A barraca
A barraca da patrulha é o nosso dormitório ao ar livre e igual que fazemos
em nossa casa, é um espaço que devemos cuidar e desfrutar. Para nos
beneficiar, existem dois requisitos fundamentais: manter a barraca em boas
condições e armá-la corretamente.
Localização da barraca
• Escolha um local elevado, plano e com uma boa drenagem no caso de
chuva, ou levemente inclinado para não empoçar água da chuva.
• Nunca ponha sua barraca nas margens de um rio ou arroio, nem
dentro do leito seco.
• Não monte a barraca debaixo de grandes árvores. A queda de ganhos
ou grandes frutos poderão causar acidentes. A resina de algumas árvores
pode inutilizar o sobre-teto da barraca.
• É perigoso armar a barraca debaixo de árvores solitárias, porque
poderão atrair raios em caso de tempestade.
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Preparando o local
• Limpe o local de elementos duros
tais como paus, pedras, espinhos,
vidros, latas e outros que possam rasgas
o piso da barraca e incomodar na hora
de dormir. Lembre que alguns objetos
podem parecer muito pequenos, porém
podem resultar em grandes tormentos
na hora de deitarmos sobre eles.
• Prepare um colchão de palha, ervas e folhas secas e cubra-os com
plástico grosso para que o piso da barraca não se suje nem umedeça.
Orientação
• Oriente a entrada da barraca para que receba sol pela manhã e
sombra a tarde.
• Coloque-a de modo que a entrada não fique para o lado dos ventos
dominantes.
A montagem da barraca
• Desembale a barraca e estenda no
local escolhido, alisando-a bem para
não formar dobras.
• Durante a montagem, todos os
zíperes devem permanecer fechados.
• Fixe o piso da barraca usando
espeques, começando pelos vértices
opostos para que a tensão seja
constante e parelha.
Durante o acampamento
• Ao fazer o asseio matinal, abra bem a barraca para que ventile e
feche-a depois de um tempo para que não entre animais ou suje.
• Procure não entrar e sair constantemente da barraca, pois além de
sujá-la você pode ainda fazer algum estrago.
• Nunca entre com os calçados nos pés.
• Tencione, estique ou afrouxe os estais
diariamente.
• Mantenha os zipers totalmente abertos
ou totalmente fechados, pois ao contrário
se quebram facilmente.
Desmontando
• Antes de desmontá-la, limpe bem seu
interior e exterior.
• Siga os mesmos passos da montagem
porém em sentido inverso.
• Limpe a terra dos espeques e guarde-os imediatamente em sua sacola,
deste modo você evitará que se deteriorem e se percam.
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IMPORTANTE: lembre-se que em parques, reservas e áreas públicas
existem regras específicas, e normalmente não se pode fazer buracos, valetas
e fogo. Por isso, sempre se informe sobre o lugar onde irá acampar.
Cozinha ao Ar livre
Cozinhar ao ar livre ou sobre as brasas não significa cozinhar
sujo ou desleixado. Ao contrário, devido a maior exposição ao
solo no acampamento e excursões você deverá ter mais cuidado
com as regras de higiene do que teria se estivesse cozinhando
em sua casa.
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• Esteja protegido do vento, assim evitará que este possa propagar o
fogo e causar incêndios.
• Não tenha vegetação ao redor, nem um galho sobre a fogueira.
• Se encontre longe de barracas e lugares onde pessoas transitam; o espaço
da cozinha deve permitir o livre e seguro movimento dos cozinheiros.
• Esteja longe de latrinas.
• Esteja próximo de um fornecimento de água
• Tenha a área da fogueira protegida com pedras que a rodeiem ou
possa ser montada em um buraco.
• Distribuam as tarefas entre os cozinheiros de modo que possam
trabalhar com facilidade e não estejam se chocando um com os outros ou
trombando-se.
• Nunca cozinhem descalços nem com o cordão dos sapatos
desamarrados.
• Manipulem facas e objetos cortantes e pontiagudos com precaução.
• Tenham à mão panos secos para pegar as panelas e frigideiras
quentes.
• Não permitam que a cozinha se encha de curiosos e muito menos
pessoas que estejam jogando ou correndo enquanto se preparam os
alimentos.
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Receitas Tradicionais
Um escoteiro deve saber preparar uma refeição para sua patrulha, de
forma higiênica e nutritiva. Veja a seguir alguns pratos simples que podem
ser feitos no campo.
Saladas
Prefira as saladas cruas, fáceis de serem
feitas, usando alface, tomate, cebola, cenoura,
pimentão, rabanete, etc. Não se esqueça de
lavar bem antes de preparar o prato.
Arroz
Lave o arroz e escorra bem. Em uma
panela coloque uma colher de óleo vegetal
e refogue um pouco de alho e cebola
bem picado. Quando estiver dourando,
coloque o arroz e mexa aos poucos até que
esteja bem solto. Em seguida acrescente a
água quente e sal a gosto. Normalmente
a proporção de água é de 2 a 3 vezes a
quantidade de arroz, podendo-se usar uma
caneca como medida. Espere que cozinhe
sem mexer, até que a água seque. Se isso acontecer antes de que o
arroz esteja cozido, coloque um pouco mais de água quente.
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Macarrão
Coloque no fogo uma panela grande com água, acrescentando sal e
um “fio” de óleo vegetal. Quando a água estiver fervendo, acrescente
o macarrão. Normalmente o macarrão leva em torno de 7 minutos de
fervura para estar pronto. Quando estiver cozido (experimente um
fio) despeje o macarrão em uma peneira ou escorredor. O
molho para o macarrão pode ser feito em uma panela com
um pouco de óleo vegetal, refogando tempero (alho,
cebola, salsinha, cebolinha e sal) e acrescentando
massa de tomate ou carne moída. Quando o
molho estiver pronto pode ser misturado com o
macarrão, espalhando um pouco de queijo ralado
por cima.
Pão de Caçador
Este é um tradicional prato escoteiro
da cozinha sem utensílios. É feito com
farinha de trigo e uma pitada de sal
e outra de fermento, ao que se vai
adicionando-se água aos poucos e
misturando e amassando até ter boa
consistência. Alonga-se a massa como
uma cobra que deverá ser enrolada
em uma vara antes preparada (limpar
e passar no fogo). A massa vai ser assada na brasa e o pão deve ser
comido quente.
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Conservação de Alimentos
Quando saímos de excursão ou para acampar e
deixamos as comodidades de nossa casa, devemos
tomar algumas precauções para evitar que os alimentos
que levamos não se estraguem.
O período de conservação dos alimentos varia de
acordo com as características de cada produto. É por
isso que nas excursões e acampamentos deve-se levar
principalmente, alimentos não perecíveis. Para ajudar
em sua conservação, estes alimentos devem ser guardados em lugar fresco,
seco e bem ventilado, protegidos de insetos, roedores e outros animais.
Porém uma alimentação sadia requer também o consumo de alimentos
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frescos como carnes, peixes e verduras. Por isso, um acampamento bem
preparado deve considerar a preservação de alimentos mais perecíveis.
Lembre-se que consumir alimentos em mau estado pode causar sérias
enfermidades.
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Cavidade abdominal: a pele interna que envolve deve ser brilhante, limpa,
suave e difícil de retirar.
Carne: deve ser firme e consistente. Sua cor tem características diferentes
segundo a espécie.
Odor: tem que cheirar a umidade limpa, a mar ou a água doce, segundo
a espécie.
Espinha central ou vértebra
Pele ou Escamas
Olhos
Carne
Cavidade abdominal
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O pior inimigo dos alimentos é o calor, já que favorece a reprodução das
bactérias e, por consequência, sua decomposição.
Caso tenha uma corrente de água próxima, você pode guardar os
alimentos em recipientes impermeáveis e mergulhá-los, porém se garantindo
com um bom peso ou uma corda amarrada a uma pedra, árvore ou outro
objeto imóvel. O importante é que estejam ali quando voltarem para pegá-
los.
A comida enlatada que não tenha sido aberta, deverá ser guardada
em áreas fresca, secas e a sombra. Aquela que foi aberta deverá ser
consumida em seguida. Não use o material das latas cujas embalagens
estejam danificadas ou amassadas. Tampouco quando estejam infladas ou
liberarem pressão ao abrir. Verifique a data de vencimento.
Os alimentos devem manter-se longe de todos os tipos de animais,
especialmente moscas, formigas e ratos. Para isso, é recomendável o uso
de despensas de acampamento.
30 cm
Materiais:
- Lona impermeável;
- Cordas costuradas com linha na
Lona impermeável
lona;
- Ilhoses metálicos ou plásticos; 90 cm
- Madeira;
- Pregos.
35 cm 30 cm 35 cm 30 cm
Como montar:
Corte a lona no tamanho
corda costurada
indicado; na lona
Bata pregos nas laterais da
madeira e entorte-os ao meio,
para que quando prender a
lona ela não escape. 30 cm
madeira
Arme conforme a figura:
35 cm
40
s
lico
m etá
s s
se tico
ilho plás
ou
armado
Dica:
Para refrescar manter a
lona molhada no verão;
As medidas do Corpo
Nos próximos anos seu corpo vai apresentar várias transformações.
Uma forma útil de acompanhar este processo é a utilização de
medidas pessoais para avaliar distâncias.
Antigamente, antes dos sistemas modernos, as medições estavam
ligadas ao corpo, em medidas como “braça”, “polegada”, “pés”,
“palmo”, etc. Claro, antigamente também era difícil ter padrões
comuns às várias pessoas, pois as medidas de uma pessoa não
coincidiam com as outras. De qualquer maneira é interessante que
você saiba usar o seu corpo para medir, e isso é bastante fácil.
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A polegada PALMO
Falange do polegar – 2,50cm
O Palmo POLEGADA
Com a mão aberta, meça a distância entre as
duas extremidades mais distantes, ou seja, da ponta
do polegar até a ponta do dedo mínimo. Esta
unidade pode ser usada para medir pequenas superfícies. – 22,50cm. E a
maior abertura entre as pontas do polegar e do indicador é o palmo menor
– 20 cm.
O Pé
Tal como o palmo, meça o comprimento total do seu pé.
Você pode ter duas medidas – com o pé descalço e com o
calçado que você usa habitualmente. Esta unidade serve para PÉ
medir o chão de pequenas áreas.
Braça
É a medida da extensão dos seus braços abertos, de uma mão até a
outra. Esta unidade também é chamada de “envergadura”, e serve para
medir comprimento de cabos, fitas, tecidos, etc. e é aproximadamente igual
à altura da mesma pessoa.
Côvado côvAdo
É a medida do cotovelo à
ponta do indicador – unidade
de medida muito antiga –
Braça
mede aproximadamente ou
42,50 cm.
O Passo Normal
Para aferir o passo normal faça o seguinte: em uma pista de atletismo
ou no passeio em sua rua marque uma distância de 100 metros; faça o
percurso três vezes, contando os passos de cada vez. Some o total dos
passos e divida o resultado por 3, achando, assim, a média de seus passos
em 100 metros. Dividindo este número pela média de seus passos, terá o
seu passo aferido. Exemplo: média dos passos = 142; 100m divididos por
142 passes, igual a 0,70m; seu passo normal mede 70 centímetros.
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O Passo Duplo
Para utilizar numa distância muita longa recomendamos a utilização do
passo duplo, que nada mais é do que a contagem do passo toda vez que
o pé direito tocar no chão. O aferimento deste passo se faz no mesmo
processo do passo normal.
Passo Escoteiro
O passo do escoteiro é digno de toda atenção. Pode servir para medir
distâncias, como para calcular tempo, sabendo-se a extensão do passo
normal e o tempo comumente gasto em percorrer certos limites.
Caminhando podemos dar 80 passos por minuto; em marcha cadenciada
normal chegamos a 110 passos; em ritmo de “parada”, 120 passos; em
marcha acelerada, correndo, não apenas o passo é mais extenso, como
podemos dar até 180 passos por minuto.
Para habituar o escoteiro a
ter regularidade na caminhada
e desenvolver, sem se cansar, a
maior velocidade na execução de
uma tarefa, é interessante exercitar
o percurso de 1.600 metros em 12
minutos, procurando limitar o erro
em um minuto para mais ou para
menos. Ora, você só conseguirá
esta média de tempo se empregar
o “passo escoteiro”, isto é, se fizer
o percurso andando 40 passos
e correndo 40, alternadamente.
Você já percebeu como os animais,
especialmente os cães, podem
vencer distâncias enormes sem
cansaço? Trotam em cadência certo
espaço e a seguir correm outro
tanto, alternadamente. Quando
diminuem o ritmo retomam a
respiração normal, voltam à calma,
chegando ao fim da jornada sem
agitação, tranquilos.
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2
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Conhecer os elementos que compõem a caixa de
primeiros socorros da patrulha;
Conhecer as ações iniciais que devem ser tomadas
num acidente e saber como cuidar de ferimentos leves;
bandagens e transporte de feridos, pequenos cortes e insetos.
Aplicar medidas de segurança nas atividades de patrulha e tropa;
Saber como prevenir os males da exposição ao sol: insolação, desidratação,
queimaduras, câncer de pele.
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Material:
Medicamentos: Indicação:
Soro fisiológico Limpeza
Anti séptico à base de Desinfecção e cicatrização
clorexidina
Pomada com corticóide ou Picadas de inseto
anti-histamínico
Vaselina líquida Queimaduras
Primeiros Socorros
Primeiros socorros ou socorros de urgência é o nome dado às primeiras
providências que tomamos para diminuir as consequências e o sofrimento
da vítima.
Em qualquer caso lembre-se do seguinte:
1) Mantenha a calma.
2) Observe se o local está seguro para poder atender a vítima, sem riscos
para você.
3) Verifique se a vítima está respirando. Se não estiver, deve-se passar
para as manobras de ressuscitação cardiorrespiratória.
4) Em seguida, verifique o pulso. Pulso fraco pode ser sinal de hemorragia
ou problema cardíaco.
5) Se tudo estiver bem, tranquilize a vítima, mantenha-a deitada e cuide
dos ferimentos.
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Hemorragias
Hemorragia e sangramento significam a mesma coisa, isto é, sangue que
escapa de artérias ou veias. Todo ferimento produz hemorragia, mesmo
pequeno. Porém, se após o curativo a hemorragia persistir, use a seguinte
técnica.
1) Coloque uma compressa de gaze sobre o ferimento e comprima com a
mão o local;
2) Se isto não for suficiente, levante o membro ferido para que fique em
posição mais alta que o coração;
3) Se a vítima perdeu muito sangue, mantenha-a deitada, aquecida com
cobertores e com os membros inferiores (pernas) elevados.
Queimaduras
Há, de acordo com a gravidade, uma classificação para as queimaduras:
1º Grau - A pele fica avermelhada. Aplica-se água fria em abundância
(não use gelo) sobre a região afetada. Sempre que for possível, deve-se deixar
as queimaduras expostas ao ar, livres de ataduras ou qualquer cobertura.
2º Grau - Há formação de bolhas. Estas bolhas não devem ser perfuradas.
Se a queimadura for pequena, faça o tratamento já indicado para o 1º grau
e procure um médico.
3º Grau - Há partes carbonizadas com desagregação dos tecidos,
apresentando as vezes bolhas de sangue. Proteja o ferimento com uma
compressa de soro fisiológico e leva a vítima ao médico.
No caso de uma queimadura por água-viva, aplique vinagre (ácido acético)
sobre o local, por no mínimo 30 minutos. Não use água doce nem esfregue.
(Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos
- FUNASA-MS).
46
Importante:
Em casos graves, nenhuma medida deve atrasar a busca de
atendimento médico. Se necessário ligue para os serviços de
emergência: SAMU 192 ou Bombeiros 193.
Ferimentos
Lave com água e sabão ou soro fisiológico. Se houver algum corpo
estranho (caco de vidro, espinho, farpa, etc) remova-o com a pinça, se
puder fazê-lo com facilidade. Senão, deixe esta tarefa para o médico.
Se o ferimento for pequeno, cubra com curativo adesivo. Se for maior,
coloque uma atadura de gaze e prenda com esparadrapo.
Quando o ferimento for um pouco profundo ou não muito pequeno,
pode-se aplicar um cicatrizante, cobrindo então com a atadura.
Choque elétrico
- Não toque na vítima enquanto ela estiver em
contato com aquilo que está transmitindo a energia
elétrica.
- Tentar separar a vítima de um cabo condutor de energia
é muito perigoso, principalmente se
estiver em lugar úmido ou molhado,
ou cercado de muitos materiais
condutores (ferramentas, fios,
pedaços de ferro, máquinas, etc.)
- Assim, sabendo que é
importante para a sobrevivência
da vítima interromper o contato
com a corrente. Caso você tenha
conhecimento desligue a tomada
ou a chave geral de corrente
elétrica. Se não souber fazer isso, chame imediatamente quem
entenda do assunto ou então use uma vara de madeira seca para afastar
ou empurrar o fio para longe da vítima. Toque apenas em material seco não
condutor de eletricidade.
- Se for preciso, inicie a respiração boca-a-boca logo que a vítima estiver
livre do contato com a corrente.
47
Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio
A primeira providência é verificar se é possível cortar com segurança
a fonte dos gases e vapor e, se positivo, fazer isso. Se a fonte está dentro
do mesmo ambiente que a vítima, procure arejar o local para não ser
vítima também. Depois, remova a vítima para um local arejado e não
contaminado, e somente em segurança, se necessário, inicie a respiração
de socorro pelo método boca-a-boca.
Pé
Tornozelo
49
Cabeça Ombro
Mão
Joelho
Ajudando a caminhar
Alguém que sofreu um acidente menor ou
que se sente fraco pode ser ajudado a andar.
Coloque um de seus braços sobre seu pescoço
e prenda em seu pulso, e passe seu braço livre
em torno da cintura da pessoa.
50
Carregar uma pessoa
Ajoelhe-se de lado ou de costas junto à vítima.
Segure suas mãos e procure deixar a pessoa
sentada, e passe os seus braços ao redor do
pescoço, segurando-os junto ao seu peito. Para
erguer-se evite forçar as suas costas, mantendo-a
em linha reta, e erga-se usando as pernas. Use
este método somente se você não suspeitar de
lesão na coluna.
51
Medidas de Segurança
O Lema dos Escoteiros é SEMPRE ALERTA! Portanto, um escoteiro
está sempre prevenido para alguma eventualidade, devendo sempre
agir de forma a prevenir um acidente e, ainda, orientar os adultos
quando regras de segurança estiverem sendo esquecidas. Observe
estas regras de segurança em casa, na rua e em atividades escoteiras.
a) De modo geral
Gás de cozinha:
Um escoteiro deve sempre observar se o botijão de gás está em condições
de uso (sem grandes marcas de amassado), bem como se a mangueira e
o registro de gás do fogão estão adequados e sem remendos. Ao trocar o
botijão não devemos utilizar nenhuma ferramenta para apertar o registro
(torneirinha). Para verificar se existe vazamento devemos colocar espuma
de sabão em volta do bocal da rosca; se fizer bolhas devemos refazer a
colocação do registro. Se em qualquer
momento você sentir cheiro forte de gás,
cuide para que não sejam acionados
interruptores de eletricidade (de luz, por
exemplo), e também para que não sejam
ligados ou desligados equipamentos elétrico
ou eletrônico que possam produzir faíscas.
Desligue a chave geral de eletricidade somente
se ela estiver fora da residência. Chame a
atenção dos adultos e abra bem as portas
e janelas para ventilar naturalmente o local.
Nunca acenda fósforos ou isqueiros para verificar vazamentos de gás. Com
relação ao fogão, sempre que estiverem sendo preparados alimentos, as
panelas devem ficar com o cabo virado para o lado de
dentro do fogão.
Energia elétrica:
Aparelhos elétricos não devem ser ligados em
lugares úmidos ou se estiverem molhados. Também
não devemos brincar com equipamentos
elétricos, principalmente desmontando-os
para ver como são por dentro. Nunca desligue
52
um equipamento elétrico puxando pelo fio, pois pode provocar um curto-
circuito. Use sempre o botão liga-desliga do aparelho. Não introduza nada
pelos orifícios de uma tomada, nem se deve utilizar uma única tomada para
ligar, ao mesmo tempo, vários aparelhos.
Precauções gerais:
Devemos sempre deixar nossa casa bem arrumada.
Objetos ou brinquedos esquecidos em caminhos ou
corredores podem causar acidentes graves. Nunca
jogue um fósforo aceso dentro da lata de lixo, pois pode
iniciar um incêndio. Ao sair de casa lembre aos adultos
para fechar o registro do gás e verificar se nenhum aparelho elétrico foi
esquecido ligado, principalmente o ferro elétrico. Se existir algum degrau de
escada muito alto, piso escorregadio ou uma porta muito baixa, devemos
utilizar um pequeno cartaz informando. Podemos assim evitar um acidente.
b) Na Sede
Na sede de nosso grupo escoteiro devemos também prestar atenção nas
regras de segurança, evitando, principalmente, correrias desnecessárias e o
uso indevido de facas, facões e machadinhas. Além disto, devemos também
prestar atenção no que já foi anteriormente exposto, tais como: energia
elétrica, produtos químicos e semelhantes.
c) Na rua
Ande sempre pela calçada. Se ela não existir, caminhe pelo canto da
rua, sempre na contramão dos veículos, para que você possa enxergá-los
de frente.
Para atravessar uma rua, todos devem utilizar a faixa de pedestres,
respeitando o semáforo para pedestres e tomando cuidado adicional de
olhar para os lados. Caso não haja nenhuma faixa de pedestres por perto,
53
deve-se olhar para os dois lados e, não vindo nenhum veículo, atravessar
em linha reta sem correr. Sempre siga as orientações de guardas e policiais
de trânsito.
O escoteiro é uma pessoa educada, e como tal não anda de skate, patins
ou bicicleta sobre as calçadas. Quando está se divertindo ou utilizando
algum deles, não esquece de usar os equipamentos de proteção individual
(joelheiras, cotoveleiras, capacetes, etc.).
d) Em excursão no campo
Utilize calçado adequado para caminhar no campo. Nunca pise em cima
de pedra ou tronco caído que possa rolar ou quebrar. Se alguém torcer o
tornozelo, lá se vai a alegria do passeio.
Ao subir um morro ou quando estiver contornando um barranco, procure
ter a certeza que o arbusto, capim ou árvore está bem firme antes de agarrá-
lo.
Quando necessário, utilize um bastão de madeira para poder remexer
nos arbustos antes de sentar-se ou passar por eles. Nunca sabemos quando
iremos nas deparar com algum animal peçonhento.
e) Em excursão na estrada
A patrulha deve sempre caminhar em fila indiana pelo acostamento e na
contramão, com o monitor à frente e o sub-monitor como último da fila.
De noite, o primeiro (monitor) deve levar de modo visível uma luz branca,
e o último (submonitor) deve levar uma luz vermelha. Pode ser uma lanterna
com cone de sinalização acoplada ou um pequeno lampião (a pilha ou a
gás) com vidro pintado ou aplicado nas cores específicas.
Só peça carona em casos de emergência.
55
Câncer de Pele e Cuidados Durante Exposição ao Sol
O câncer de pele é bastante encontrado em países tropicais, como o
Brasil, e os raios solares em horários inadequados podem trazer um risco
maior de câncer, especialmente o mais temível deles, o melanoma. O
melanoma é relativamente raro, mas é o mais perigoso entre os tipos de
câncer de pele.
A seguir, os principais conselhos para você aproveitar a praia ou piscina
de maneira correta:
56
FS 15, por exemplo, a mesma pele leva 15 vezes mais tempo para ficar
vermelha. Se, em vez disso, usarmos FS 30, significa que a pele levará 30
vezes mais o tempo para ficar vermelha.
A Desidratação
A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais do
corpo. Normalmente, perdemos em média 2,5 litros de
água por dia, seja pela urina, fezes, suor ou até mesmo pela
respiração. Essa perda pode ser aumentada por vários fatores
no verão. O aumento da transpiração, ou ainda alterações
provocadas pela ingestão de alimentos contaminados ou mal
conservados como vômitos e diarréias são mais freqüentes
neste período.
Quando uma pessoa está desidratada, ela apresenta sede,
fica muito tempo sem urinar, com a boca e mucosas secas,
olhos ressecados e fundos, e mais irritada.
A desidratação pode ser grave e por isso, deve ser evitada. Algumas
dicas importantes para prevenir a desidratação são: prefira local arejado
e com sombra, use roupas leves e ingira constantemente líquidos. Deve-se
estar atento, também, aos alimentos consumidos.
O soro caseiro pode ser utilizado sempre que se suspeitar de uma
desidratação. Ele deve ser feito misturando uma colher de sopa de açúcar e
uma colher de café de sal em um litro de água fervida ou mineral. Deve-se
oferecer à pessoa desidratada à vontade a cada 20 minutos e após cada
evacuação no caso de diarréia. Há casos em que a desidratação se torna
mais grave sendo necessário o atendimento hospitalar.
Insolação
A insolação é provocada pela exposição excessiva ao sol. Ela pode
provocar intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas
e tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente,
avermelhada e seca, extremidades arroxeadas e até mesmo
a inconsciência.
Mesmo sem estar diretamente exposto ao sol, é possível
ter insolação. A areia reflete o sol e, desse jeito, aumenta
a temperatura da pessoa pelo calor, não pela exposição
direta ao sol. Nesse caso, a pessoa não queima, mas
“assa”.
Na insolação ocorre também desidratação e o individuo
57
apresenta queimaduras que no início se manifestam por pele vermelha e
ardida, e quando em estágios mais avançados e graves, leva a formação
de bolhas na pele.
Ao primeiro sinal de insolação é aconselhado que a pessoa procure
a sombra, além de se hidratar de forma adequada. Em casos graves de
queimadura e de aumento da temperatura corporal, é necessário procurar
o atendimento médico.
Queimadura Solar
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, os cuidados
a serem tomados após a queimadura solar vão depender da intensidade
do acometimento, tanto em extensão como em relação à profundidade
atingida na pele:
• Se o quadro se resumir à presença de vermelhidão, sem outros sintomas,
a queimadura foi superficial (epidérmica), e devemos promover uma boa
hidratação da pele, tanto através da ingestão de líquidos como a utilização
de cremes e loções cremosas aplicadas ao corpo, após banhos frios e sem
usar sabonetes, especialmente, nas áreas mais expostas ao contato (mãos e
pés), regiões de dobras (axilas e pescoço) e nos genitais.
• Quando, além da vermelhidão (eritema), a queimadura for acompanhada
de lesões e bolhas, ardor ou dor, calafrios e febre, pela intensidade, extensão
e profundidade atingida, recomenda-se de início os mesmos cuidados
anteriores, evitando a manipulação das bolhas e procurar com urgência
cuidados médicos para evitar infecções, seqüelas de manchas e cicatrizes
na pele.
58
3
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
.Manter hábitos de higiene individual, demonstrar
cuidado com o vestuário ou uniforme escoteiro e utilizar
corretamente os distintivos e insígnias;
Classificar o lixo em diferentes categorias e saber como tratar os diferentes
tipos de resíduos de acampamentos ou excursões, utilizando “engenhocas”
para melhorar a higiene e o conforto nos acampamentos;
Participar da manutenção do canto de patrulha; conhecer os materiais de
sua patrulha e contribuir para a sua conservação, organização e limpeza;
1Montar corretamente uma mochila para um acampamento de três dias e
manter seu equipamento pessoal em bom estado.
59
A aparência também é importante
O uso correto do vestuário ou uniforme, com uso adequado dos distintivos
e insígnias de acordo com nossas regras, e a maneira de usá-lo com orgulho
e, por que não dizer, com certa elegância, torna cada escoteiro motivo de
crédito para o Movimento como um todo. Por outro lado, um escoteiro
desleixado, mal vestido, pode causar, aos olhos do público, uma péssima
impressão sobre todo o Movimento.
Mesmo no retorno de um acampamento de vários dias, ou ao final de
uma reunião muito ativa, que deixam marcas no vestuário ou uniforme,
usá-lo corretamente faz parte da conduta de um escoteiro.
60
Higiene de Campo
“Engenhocas” – as pequenas pioneirias que ajudam no acampamento.
A palavra “engenhoca” foi adotada pelo Escotismo para descrever
as pequenas pioneirias que oferecem conforto ou uma solução criativa
nos acampamentos. A denominação deriva de “engenho”, que significa
invenção ou a capacidade criativa.
Você pode imaginar, por exemplo, que está acampando com muita
chuva, e o barro está se agarrando ao seu sapato, e que seria muito útil
um raspador de barro, para deixá-lo fora do canto da patrulha. Você vai
construir uma engenhoca!
Em um acampamento existem muitas possibilidades de construir
“engenhocas”, para melhorar as condições do canto de patrulha, para
proteger os alimentos, para facilitar o corte de lenha, para secar a louça,
etc. Veja alguns exemplos de engenhocas que ajudam na higiene de campo,
mas o importante é que você e sua patrulha pensem no que pode ser feito
em cada ocasião.
61
Repensar, arrumar, reutilizar, reduzir e
reciclar.
Existe muito material que consideramos lixo e que na verdade ainda tem
utilidade. É importante separar o papel, o alumínio, o plástico, o vidro e a
matéria orgânica para reutilizá-las.
Classifica-se o lixo em três diferentes categorias:
Lixo orgânico:
Forma-se a partir de restos orgânicos
como cascas de frutas e verduras, restos
de alimentos, ossos, papel e tecidos
naturais como seda, linho e o algodão.
Este tipo de lixo é biodegradável. Os
dejetos orgânicos podem converter-se em
fertilizantes, adubo caseiro ou alimento
para certos animais.
Lixo sanitário:
São os materiais utilizados para realizar curativos médicos, como gazes,
faixas e algodão, papel higiênico, absorvente higiênico, lenços e ataduras
descartáveis, etc. Estes são realmente os que consideramos lixo, já que neles
existem microorganismos que podem causar enfermidades e doenças. Por
tudo isso que devemos despachá-los em sacos fechados e anotados em
local visível “Lixo Sanitário” ou “Lixo Hospitalar”.
62
Meu porta-treco de objetos úteis
“Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.”
O Canto de Patrulha
É normal que, na sede onde a tropa está instalada, também exista um
espaço específico e exclusivo para cada patrulha. É o canto de patrulha.
Em muitos lugares o canto de patrulha é um espaço fechado, uma sala
pequena, suficiente para que todos se sentem em bancos ou cadeiras, que
deve ser arrumado e decorado de acordo com a história, os gostos e interesses
dos membros da patrulha.
Fotografias, certificados, troféus, eficiências, distintivos, emblemas, lenços,
uniformes ou trajes, pôster e cartazes, desenhos e tudo o mais que tenha
significado para a patrulha serve como ornamentação.
Nesse canto também será guardada a caixa de patrulha, com todos os
seus equipamentos e materiais. Também é importante um baú ou armário,
onde se mantenha o livro da patrulha, os documentos, as fichas, etc., que
devem ser bem guardadas.
Quando a patrulha acampa, este espaço próprio deve se refletir na escolha
dos campos de patrulha, que deverão ser suficientemente independentes
uns dos outros, permitindo assim identidade e vida própria. É neste canto
de patrulha, no campo, que a patrulha dorme, cozinha e faz suas refeições,
guarda o material e mantém padrões de higiene e limpeza.
Em resumo, o canto de patrulha, seja na sede ou no campo, reflete a
formação e a dedicação dos jovens, e a qualidade de tempo e amor que
oferecem à patrulha.
63
Material de Patrulha -
Conservação, Organização e Asseio
Para que possa fazer suas atividades, uma patrulha precisa ter material
e equipamento adequado. A forma de usar e guardar o que estiver aos
cuidados da patrulha vai determinar seu tempo de vida, o que pode
representar maiores ou menores gastos e investimentos.
Vamos relacionar tudo o que é importante para a patrulha:
64
Saber Escolher uma Mochila
Existe grande variedade de mochilas no comércio. Escolher
a mais adequada depende do uso que você quer dar e de
quanto dinheiro pode gastar.
Por isso, no momento de escolher uma mochila você tem
que ter em conta estas recomendações:
Tecido:
Não se deixe enganar pelo aspecto externo de uma mochila. Dê uma
olhada no tecido, preste atenção que não tenha raspões, rasgos, furos
ou outras falhas. É melhor se puder comprar uma mochila com tecido
impermeável, porém não se preocupe com isso se o dinheiro for pouco,
porque poderá proteger suas coisas com sacos plásticos.
Comodidade:
Uma boa mochila deve distribuir eficazmente o peso ao longo dos
ombros, das costas e do quadril. Ao carregá-la deve sentir-se cômodo,
como se ela fosse parte de teu corpo.
Capacidade:
Escolha um tamanho de mochila proporcional a seu peso e estatura. De
nada servirá uma mochila com capacidade para um peso que não poderá
carregar. Os ortopedistas recomendam que na sua idade, o peso de uma
mochila carregada corresponda a no máximo 15 por cento de seu peso
corporal.
Você sabia que a capacidade das mochilas se mede em litros? Descubra
o porquê e compartilhe com sua patrulha!
Costuras e zíperes:
Observe que os zíperes e as costuras sejam fortes, bem herméticos e
parelhos. Caso descosture ou rasgue sua mochila durante uma atividade,
pode lhe trazer muitos inconvenientes e a seus companheiros.
Correias e alças:
São os elementos os quais se une a mochila a seu corpo. De sua
comodidade e modelo depende em grande parte que a mochila seja
confortável. As correias devem ser largas e acolchoadas na parte interna e
um tanto mais rígida em sua parte externa.
65
Vértebra cervical
União dos
anéis das
alças
Alça
Quadril
Modelos:
Existem no mercado modelos de mochilas que têm em conta a anatomia
feminina e masculina, ou seja, mochilas pensadas para serem usadas por
mulheres e mochilas para homens. Considere isso no momento de comprar
uma.
O ideal é contar com duas mochilas de diferentes tamanhos, uma
maior para grandes acampamentos e outra menor para excursões e saídas
curtas.
armação
saco de dormir
cinto do quadril asseio pessoal / material
para costura / estojo de
primeiros socorros
66
Lista de Material Para Acampamento
Higiene pessoal Para dormir:
Xampu e creme Saco de dormir ou cobertas
Pente ou escova de cabelo Isolante para o piso da barraca
Sabonete
Escova e pasta de dente
Papel higiênico Equipamento de emergência
Toalha de mão Fósforos protegidos da umidade
Toalha de banho Tesoura pequena
Lenços umedecidos Quite de costura: agulhas, linhas,
Talco para os pés botões, alfinetes de segurança...
Espelho Band-aids
Cortador de unhas Cadarços para sapatos.
Material de mesa
Prato (inquebrável) Outros objetos
Caneco (inquebrável) Mapas
Garfo, faca e colher Dinheiro para emergência
Pano de prato Documentos pessoais
Cantil Carteira da UEB
Relógio
Vestimentas Repelente para insetos
Uniforme ou vestuário escoteiro Câmera fotográfica
Calças compridas Óculo de sol
Bermudas Protetor solar
Roupa íntima Bússola
Meias Canivete (com abridor de latas,
Agasalho (apto para o clima) alicate...)
Camisetas Caneta ou lápis
Traje de banho Caderneta para anotações
Lenços Cabo solteiro
Gorro ou chapéu Lanterna com pilhas extras
Jaqueta ou capa impermeável Pequenos instrumentos musicais
Poncho para o fogo de conselho (gaita de boca, flauta...)
Sandálias
Calçado para trocar
Sacolas para roupa suja.
67
4
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Montar o cardápio de uma jornada e durante as
atividades de sua patrulha, fazer as refeições de maneira
equilibrada;
Colaborar na elaboração de alimentos (como cozinheiro ou copeiro) em
pelo menos três atividades ao ar livre da patrulha; (jornadas, excursões
ou acampamento de patrulha)
Montar uma solução para purificação de água em acampamentos.
Utilizar diversos tipos de fogos de acampamento, de maneira adequada e
segura.
Atividades de Patrulha
As atividades de patrulha são aquelas que uma patrulha realiza sem ter,
necessariamente, relação com as outras patrulhas.
De acordo com o calendário estabelecido, cada patrulha realiza suas
atividades com autonomia, sob a coordenação do monitor da patrulha,
com o apoio dos chefes e a supervisão da Corte de Honra.
68
As atividades de patrulha se articulam com as atividades de tropa, por
vezes, sucessivas e, em outras ocasiões, simultâneas. Servem para fortalecer
o espírito de patrulha, mas também como oportunidades de treinamento
técnico ou desenvolvimento de um programa de interesse dos seus membros.
Para que a chefia da tropa e a direção do grupo escoteiro autorizem uma
atividade de patrulha, ela deve ser adequadamente planejada e organizada.
Isso significa que além da atividade estar dentro do calendário da tropa,
e autorizada pela Corte de Honra, alguns itens devem ser submetidos à
análise e aprovação da chefia, tais como:
responsáveis e
1. Programação, incluindo os horários,
material necessário;
autorização de uso
2. Informes sobre as condições do local,
e indicações de como chegar;
rança no trajeto;
3. Meio de transporte e questões de segu
4. Cardápio;
5. Autorização dos pais.
Pirâmide da Alimentação
Na pirâmide alimentar estão descritas a faixa de porções adequadas para
cada grupo, no entanto a quantidade que cada indivíduo precisa, depende
de quantas calorias são necessárias para o mesmo, levando em conta o
sexo, idade, peso, altura e atividade física.
Começando pela base da pirâmide, é nela que estão os alimentos
ricos em carboidratos como pães, massas, cereais e arroz. Por estarem
compreendidos no maior grupo de alimentos devem ser ingeridos em
maiores quantidades, pois são importantes fontes de energia. Mas não
confundam essa propriedade com uma maior importância na alimentação,
já que todos os grupos aqui citados são necessários e importantes para a
saúde; cada grupo com uma quantidade diária recomendada para o bom
funcionamento do organismo.
69
Gorduras, óleos e doces
Use moderadamente
Vegeteais Frutas
3 - 5 Porções 2 - 4 Porções
70
Grupo das Frutas Grupo das hortaliças
71
Grupo dos Pães, Cereais,
Raízes e Tubérculos
O que é uma
caloria?
Os alimentos produzem
energia quando são
metabolizados pelo
organismo. Esta energia
se manifesta na forma
de calor e se mede em
calorias, que equivale
à quantidade de calor
necessário para elevar
em 1°C a temperatura
de 1 grama de água.
A Água no Acampamento
Não pense que a água de mananciais,
rios e poços é potável só por estar distante
da civilização, e tenha muita precaução no
momento de beber água no acampamento.
As regras que mostraremos servirão como
guia ao escolher os lugares para beber
água na natureza:
72
· A água estagnada e as de lagoas não são boas para beber. Pode-se
utilizar a de poços profundos. Descarte os poços velhos e abandonados; pois
não se sabe o que caiu ou o que tem acontecido em seu interior.
· Poucas vezes a água dos rios é potável, quando em seu trajeto passa por
povoados e casas, pois geralmente o usam para deságüe.
· Se na água flutuam plantas parasitas ou insetos, é provável que contenham
organismos em decomposição.
· Da água de arroios é melhor beber a que corre pelo fundo.
· De todas as fontes de água possível, é altamente recomendável a água
dos mananciais que nascem entre as pedras das montanhas e quebradas.
a) Por filtração:
Fazendo a água passar através de um filtro. Estes
filtros são fáceis de construir, podem ser de muitas
maneiras diferentes e são geralmente feitos de areia,
pedra porosa e carvão. A areia retira as substâncias
sólidas em suspensão. O carvão absorve os gases
contidos na água. Para beber com maior segurança,
a água filtrada deve ser fervida.
Mais adiante, neste guia, ensinaremos passo a
passo como construir um filtro. a) filtrar
b) Por fervura:
Filtre a água dentro de um recipiente e ferva-a
por pelo menos durante uns 20 minutos. Passe-a
várias vezes de um recipiente para outro para
“aerá-la”. Tape-a e deixe esfriar. Já está pronta para
ser consumida. Fervê-la mata as plantas e animais
daninhos; aerá-la dá um bom sabor e impede a
indigestão.
73
a água, como os tabletes de “halazona”,
solução de hipoclorito e permanganato de
potássio. Verifique com um perito da área
da saúde qual deles poderá usar e que dose
empregar. Não use produtos caso não esteja
seguro das doses adequadas; alguns deles
utilizado em excesso, podem resultar em
venenos.
c) Oxigenar e clorar
d) Por destilação:
Se a água contém uma grande quantidade de
sais dissolvidos, então será necessário destilá-
la. Neste procedimento, de um recipiente para
outro através de uma mangueira, a água ferve,
se condensa e logo goteja já purificada. A água
que resulta da destilação deve ser aerada antes
de bebê-la.
d) Destilação
Construir um Filtro
A natureza filtra naturalmente toda a água que vem da chuva. A água
passa por diversa camadas de solo até chegar aos rios subterrâneos para
voltar à superfície numa nascente cristalina.
O filtro descrito a seguir é uma maneira de eliminar sedimentos da água.
Ela ficará mais limpa e com melhor gosto, mas isso não basta para que
esta água seja bebida. Ainda assim é necessário que ela seja fervida. Este
filtro se destina, em princípio, para filtrar água corrente, não contaminada
quimicamente, mas que esteja suja com barro ou outros elementos. Águas
paradas deve ser evitadas.
O filtro pode ser feito em um saco plástico, um pedaço de bambu, um
balde, etc., desde que seja um reservatório com uma abertura maior na parte
superior e um pequeno orifício de saída em baixo. No nosso caso vamos
usar uma garrafa PET, de dois litros, transparente para que o processo de
filtragem seja melhor observado.
1- Cortar o fundo de uma garrafa de refrigerante de dois litros.
2- Colocar primeiro um pouco de algodão limpo ou um pedaço de pano
tampando a saída do gargalo.
74
3. Sobre o algodão colocar uma
camada de carvão moído. Esse carvão
pode ser resto de uma fogueira recente,
bem triturado.
4- Depois, em ordem, conforme o
desenho, colocar pedras e areia.
5- Colocar a garrafa sobre um copo
grande ou qualquer reservatório para
receber a água limpa.
6- Colocar água no filtro para que
seja feita uma primeira lavação. Isso
também faz com que a areia e as pedras
se acomodem.
7- Despejar a água suja aos poucos
e esperar que saia limpa pelo gargalo, deixando toda a sujeira dentro do
filtro.
8- Com o tempo o filtro ficará saturado de sujeira e seus elementos
precisarão ser trocados.
75
Fogos e Fogueiras
Um bom fogo de acampamento se caracteriza porque:
• Produz mais calor com menos combustível;
• Resulta pouca fumaça e chispas;
• Causa pouco impacto ao solo e sua cobertura de grama.
Primeiro passo:
escolha um local
Segundo passo:
limpe o local escolhido
Limpe o local onde você irá acender o fogo, retirando todo o material que
possa queimar a uma distância de pelo menos três metros de raio.
Após, cubra com pedra uma área circular ou quadrada, sobre a qual será
feito o fogo.
76
Caso tenha que fazer o fogo numa área coberta de grama, corte um pedaço
quadrado de 50 x 50 cm e de 8 cm de profundidade na grama: retire-o com
cuidado com uma pá, e coloque num local reservado. De maneira que possa
voltar a colocar no lugar original quando você for embora.
Em solo úmido construa uma plataforma de lenha verde ou pedras.
Em solos esponjosos e compostos por uma grande quantidade de materiais
orgânicos não o faça em um buraco ou cova. O fogo poderia espalhar sob
forma subterrânea até chegar a um tronco de uma árvore seca que servirá
para sair a superfície; o incêndio brota em chamas muitas vezes bem distantes
de seu local de origem.
Terceiro passo :
preparar a lenha
77
ramos secos de pinheiro ou agulhas de pinos caídas
no chão, ramos secos de trepadeiras ou pequenas
pinhas. Caso não encontre nada apropriado, corte
lascas de uma galho seco.
Lenha pequena ou ligeira: ramos e galhos secos
com um diâmetro pouco maior que um lápis.
Quarto passo:
montar a fogueira
Antes de montar uma fogueira deverá saber qual o objetivo dela. Caso
for usada para ferver algo ou para conversar ao redor dela, é conveniente
que produza chamas, e se irá utilizá-la para assar algum alimento, então
convém que tenha brasa.
Provavelmente você já conhece algum tipo de fogo. Agora mostraremos
dois tipos diferentes para que possa escolher o que mais lhe convir.
Pirâmide
Utilidade: produz muita chama, é ideal para cozinhar.
Preparação: Coloque um pouco de isca no centro do local selecionado.
Crave uma vara inclinada em relação ao solo sobre a isca. Apóie gravetos
sobre a vara, formando uma espécie de pirâmide e deixando uma abertura
orientada para o vento.
Faça um anteparo com o corpo e acenda um fósforo e coloque-o na
abertura que você deixou. Se necessário, pode ajudar a acender o fogo
soprando de forma suave e contínua.
Quando a chama envolver toda a isca e os gravetos, comece a por
gradualmente ramos ou galhos mais grossos, evitando derrubar a pirâmide.
Lembre-se que o princípio fundamental para acender um fogo é “abundante
material combustível ao alcance da mão para alimentar o fogo por cima e
uma boa ventilação por baixo”.
Não tape com galhos ou ramos a abertura deixada, lembre-se que o
fogo consome oxigênio e precisa de uma boa circulação de ar.
78
Pagode
Utilidade: utiliza-se para cozinhar, nos brindar
com o calor e é o fogo típico dos fogões de
acampamento.
Preparação: Monta-se um fogo pirâmide e
feche-o ao redor com quatro lenhas que vão
diminuindo seu tamanho e diâmetro a medida
que se sobrepõem umas sobre as outras. As
lenhas mais grossas se colocam na base e as
mais fina na parte superior.
Para saber a intensidade necessária do
fogo para cozinhar, ponha a palma da mão
em direção a brasa a uma distância de aproximadamente 10 cm e conta
os segundos desta maneira “1001, 1002, 1003, etc.” até que sintas que o
calor está incomodando (não se trata de queimar).
6 a 8 segundos: leve (120 a 175 graus)
4 a 5 segundos: moderado (175 a 200 graus)
2 a 3 segundos: forte (200 a 230 graus)
1 ou menos segundos: muito forte (230 a 260 graus)
Apagando o Fogo
79
5
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Organizar seu tempo utilizando uma agenda ou
instrumento similar;
Realizar, dentro do prazo, as suas tarefas escolares
Freqüentar regularmente as atividades e reuniões da sua patrulha e da
tropa;
A Administração do Tempo
Uma das angústias dos dias que vivemos é, sem dúvida, a falta de tempo
para fazer tudo que gostaríamos. Muitas pessoas têm a constante sensação
de que o tempo está passando rápido demais para dar conta
de tudo o que ha para fazer.
Administrar o tempo se tornou algo totalmente indispensável
e necessário, mas não existem técnicas milagrosas que
resolverão o problema do dia para a noite. É preciso
repensar seu estílo de vida para ter mais tempo, pois cada
um é responsável pela importãncia que dá a cada atividade
ou tarefa.
Para começar este trabalho de organizar seu tempo, seguem
algumas dicas interessantes:
81
Um tempo apropriado para estudar
Todas as pessoas são diferentes e necessitam diferentes tempos para
os estudos. Segundo nossa atividade, os costumes de nossas casas e
nosso próprio ritmo, tem horas que é mais adequada que outras para nos
concentrar e estudar. Qual é sua melhor hora?
Descubra em que momento do dia você tem mais energia e se sente mais
disposto para estudar. Acostume-se a ter nessa hora por dia seu “tempo de
estudo”, depois é só cumprir.
Determinar um horário para o estudo ajudará a melhorar seu rendimento,
e também ajudará a dirigir seu tempo para que possa fazer coisas que
também são importantes, como divertir-se, jogar e descobrir novas aventuras
com os amigos e amigas.
Recomendações para melhorar sua concentração:
82
6
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Realizar regularmente uma atividade física ou o esporte
que escolheu.
Participar de diversos jogos com sua patrulha e tropa
respeitando as regras e aos demais participantes.
83
Desporto é atividade de alto rendimento, voltado ao resultado, tendo que
superar os seus limites. O treino tem como objetivo ter o resultado de ser o
melhor. A base é o mesmo esporte praticado por lazer ou para manter boa
forma, mas o objetivo é outro. É o futebol profissional, por exemplo, que
paga salários e exige uma condição de treinamento extremamente rígida,
onde o objetivo é ganhar um campeonato como realização profissional. Ou
o Volei de alto nível da Seleção Brasileira, ou a natação quebrando recordes
mundiais.
O que é interessante para você, neste momento? Sem dúvida que é praticar
Esportes, divertir-se e crescer com sua prática. Quem sabe, num futuro não
muito distânte, você faça a opção de ser um desportista, praticando o mesmo
esporte em alto rendimento. Isso pode acontecer, mas para chegar lá você
tem que primeiro praticar bastante o esporte escolhido.
Para jogar é necessário conhecer as regras, mas para jogar bem é
necessário respeitá-las.
84
Neste mesmo ano, a revista de esportes OLIMPIA, publicou a seguinte
nota: “Setembro de 1913 – Scratch Militar – jogo contra a seleção do Chile:
Mimi, depois de passar por toda a defesa contrária, quando levantou a bola
para enviar a goal, esta tocou em sua mão e, com espanto geral, mesmo
dos chilenos, o jogador brasileiro acusou sua falta.” O gol foi anulado.
“O Mimi era corretíssimo. Até exagerado. Parece até lenda mas não é
não”; afirmava o jornalista Emanuel Sodré Viveiros de Castro.
que é de seu interesse, e vai contar com ajuda de seus ESCOTISMO ESCOTISMO
Basquetebol Slackline
Cubo Mágico Surf
Futebol de Mesa Voleibol
Handebol Yoga
Ioiô Escalada
Musculação Ginática
Paraquedismo Hipismo
Parkour Natação
Remo Xadrez
RPG
85
Meu Desenvolvimento
Intelectual
William Shakespeare
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Traçar e seguir sinais de pista em um percurso de pelo
menos 500 metros em área de campo, e pelo menos
1.000 metros em área urbana.
Utilizar um mapa e uma bússola para orientar-se;
Aplicar as técnicas de “tocaia” em um jogo com sua patrulha ou tropa.
Sinais de Pista
88
Bússolas
A palavra “bússola” vem do italiano bussola, que significa
“pequena caixa”. Uma bússola é um instrumento para
encontrar direções, composta por uma agulha magnética
na horizontal que aponta sempre para o eixo norte-
sul, ao seguir a direção do centro magnético da
Terra.
Atribui-se a descoberta
da orientação natural dos
ímans aos chineses, por
volta do ano 2000 a.C., e
por consequência, a invenção
da bússola. Foi introduzida na Europa pelos árabes, e
foi Flávio Gioia, em 1302, em Amalfi, na Itália, que
introduziu também o desenho da rosa-dos-ventos na
bússola.
A bússola é sem dúvida o instrumento mais
conhecido relacionado aos “Descobrimentos”, pois foi provavelmente o
89
mais importante. Indicando sempre o Norte, é uma ajuda preciosa para
todo e qualquer navegador. As bússolas atuais variam um pouco entre si,
mas têm os mesmos componentes básicos.
A Bússola
A parte mais importante de uma bússola é a “agulha magnética”, colocada
em equilíbrio sobre um ponto chamado “estilo”, e que gira livremente,
apontando uma certa direção. Isto acontece devido a uma força que atrai a
agulha. Deste modo a Terra age como um imã gigantesco, tendo um polo
ao norte e outro ao sul. Este magnetismo faz com que a ponta da agulha
aponte o NORTE MAGNÉTICO. Esta ponta é marcada a cores ou tem nela
estampada um “N”, ou, ainda, um formato de flecha. Basta encontrar o
norte, indicado pela agulha, para encontrar os outros pontos.
Agulha magnética
Flecha de direção
Caixa da bússola da rota
Base de plástico
90
Os Mapas
Já no ano de 2300 a.C. os babilônios
talhavam mapas em placas de argila. Os povos
primitivos produziram mapas sobre grande
variedade de materiais como madeira, pedra,
pele de animais...
Um mapa é uma representação gráfica
por meio de símbolos de uma determinada
superfície visto de cima.
As Escalas
Como seria impossível desenhar um mapa de uma localidade no
tamanho real, tudo é desenhado em uma proporção reduzida de seu
verdadeiro tamanho. Por exemplo, se desenhas algo reduzido a metade de
seu tamanho real, a escala é 1:2 ; se desenhas 10 vezes menor, a escala
será de 1:10.
A escala adequada dos mapas utilizados para a exploração geralmente
são de 1:50.000 isso quer dizer que um centímetro do terreno no mapa
91
representa 50.000 centímetros de
terreno real, ou seja 1 cm é igual a 500
metros.
A escala empregada nos mapas está
indicada em alguma parte do mesmo;
você deve procurá-la com cuidado
para que possa calcular as verdadeiras
distâncias e os reais tamanhos dos
objetos.
Os sinais topográficos
Os sinais topográficos são sinais
convencionais (quer dizer que existe
um acordo internacional sobre o que
significam), que nos falam sobre os
elementos que existem no terreno.
Alguns dos principais símbolos são:
92
Mina
Ponte
Curvas de nível
Ponte de pedestres
Fronteira/limite
Edificações urbanas
Linhas elétricas
Rodovia Cemitério
Rodovia secundária
Edificações rurais
Caminho secundário
Trilha Alambrado/cercas
Areial/dunas
Rio ou riacho
Floresta
Manancial
Plantações
Lago
Prados
Pântano
Observação e Tocaia
Antigamente estas técnicas eram usadas para caçar ou para obter dados
de inimigos. Hoje são muito úteis para quem quer observar ou fotografar
animais. A constante prática, seja em jogos ou em efetiva observação de
animais, vai ajudar no aperfeiçoamento.
94
8
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Explorar com sua patrulha ou tropa a comunidade onde
vive, identificando problemas e buscando soluções;
Estimar altura e distâncias utilizando distintos métodos.
Ler um livro e após a leitura apresentar um resumo a patrulha
Saber utilizar alguma técnica de previsão do tempo por indícios naturais;
95
que todos cumpram com seus deveres. A preocupação com o bem estar
comum, com a sociedade como um todo, é a base de desenvolvimento de
uma comunidade.
Devemos, cada um de nós, ocupar um lugar em nossas comunidades, e
trabalhar para o seu progresso. Mais do que isso, devemos estar aptos para
contribuir. Para isso o primeiro passo é o conhecimento. E pelo exemplo,
pela educação que se recebe em casa, pela dedicação aos estudos, e pela
disposição em conhecer a realidade em que se vive, que se pode encontrar
as soluções para os problemas comuns.
Avaliação de Altura
Pela Sombra
• Pegue um bastão que, após ser fixado no chão, reste 1 metro ou outra
medida conhecida (DE).
• Verifique o tamanho da sombra que ele faz (DF). Guarde esta medida
em um cabo de sisal ou outra
coisa.
• A seguir vá até a sombra do
objeto que você quer avaliar a
altura (uma árvore, por exemplo)
e, usando a medida da sombra
do bastão, veja quantas vezes ela
cabe dentro da sombra do objeto
a ser avaliado (dentro de AC).
• Multiplique este número pela
altura do bastão (DE) e você terá
a medida o objeto (AB).
96
Processo das Unidades
• Coloque seu bastão em pé, ao lado do objeto que você quer avaliar a
altura (uma árvore, por exemplo).
• Caminhe até uma distância mínima de 10 passos da árvore e vire-
se em direção a ela.
• Peque um pequeno graveto e com o braço esticado segure-o
de maneira que a sobra de alguns centímetros acima da
mão coincida com o tamanho do bastão que está
junto à arvore.
• Movendo o braço para cima,
conte quantas vezes o tamanho
marcado no graveto cabe
dentro do tamanho da árvore.
• Multiplique este número
pelo tamanho do bastão.
Avaliando Distâncias
Pela Estádia
Estádia é uma longa haste que os topógrafos usam para medir distâncias,
mas a nossa é um pequeno pedaço de papelão que se transporta
comodamente no bolso ou na mochila.
• Toma-se um pequeno retângulo de papelão e faz-se no meio um
vazado triangular, como o da figura.
• Para graduá-la mede-se em um terreno aberto distâncias exatas de 50,
100, 200, 300 metros ou mais, colocando-se em cada ponto desses um
escoteiro com um bastão (todos os bastões têm que ter o mesmo tamanho).
• Colocando a estádia verticalmente diante dos olhos, com o braço
estendido, e movendo-a levemente, observam-se os pontos em que os dois
extremos do bastão que está a uma determinada distância ficam em contato
com a linha inferior e superior do triângulo, e marca-se nesse ponto a
distância correspondente.
97
A maneira de usar é simples. Desejando-se saber a distância do ponto
onde se está até um ponto qualquer, orienta-se a um escoteiro portando um
bastão que vá até lá. Visando-se com a estádia basta verificar a posição em
que os dois extremos do bastão se encaixem com a linha de cima e de baixo
do triângulo, e olha-se a graduação correspondente.
A estádia é individual, e tem utilidade quando for necessário repetidas
vezes avaliar distâncias, como para marcar um campo, por exemplo.
Previsão do Tempo
É possível prever mudanças de tempo, especialmente se vai chover ou não,
baseando-se na observação dos indícios que a natureza proporciona.
As nuvens
Sempre têm sido um bom indicador do clima que fará na manhã seguinte.
Classifica-se em:
98
• Cúmulus: em geral, têm uma base plana, por
mover-se sobre uma coluna de ar quente. Dão a
sensação de salpicos brancos. Encontram-se a
5.000 metros de altura e são sinônimos de bom
tempo.
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• Cúmulos nimbus: desenvolvimento máximo de
uma nuvem cúmulos. Formam uma grande torre
com uma base escura, e seguramente provocará
precipitações e trovoadas.
A coloração do céu
É outro método para dar um prognóstico do tempo e sua observação se
faz no nascer ou pôr do sol.
• Céu colorado (vermelho) anuncia chuva se na tarde ou na manhã se
observa uma coloração anormal entre um véu nublado de nuvens cinzas e
cheias (estratos)
• Céu oculto entre uma capa de nuvens ao entardecer, seguramente
amanhecerá igual e com possibilidades de precipitações. Se no poente o
sol reaparecer por trás da capa de nuvens, o possível mau tempo tardará a
se apresentar.
• Céu amarelo pela tarde ou vermelho com nuvens pela manhã anunciará
vento.
• Céu alaranjado ao poente ou ao nascer do sol é sinônimo de bom
tempo.
100
A umidade
É diretamente proporcional à possibilidade de chuva. Se o ar está seco, a
fumaça das fogueiras sobe ao céu e se dispersa indicando bom tempo; ao
contrário se a fumaça se arrasta, tem possibilidade de chuva próxima. Se,
ao observar uma fogueira, a fumaça e as chamas trocam de direção muitas
vezes pode indicar mau tempo próximo.
O vento
Geralmente o portador do mau tempo e das precipitações. Em cada zona
geográfica há ventos característicos de chuva que precisam ser conhecidos.
O vento se produz pelo deslocamento da massa de ar da zona de ar frio e
seco ou baixa pressão para as zonas de alta pressão. As nuvens se formam
no limite destas duas massas de ar, assumindo o nome de Frentes.
Os animais e plantas
Os animais e as plantas têm um sexto sentido para antecipar-se ao clima
e a observação de alguns detalhes ajudará na previsão. Algumas indicações
claras da proximidade de uma frente de mau tempo: as abelhas, formigas
e a grande maioria dos insetos começam a procurar refúgio e voar baixo;
as aves o farão também para alimentar-se; no caso dos peixes, estarão
saltando para fora da água para capturar suas presas.
101
Barômetro caseiro
Objetivo
Construir um modelo simples de barômetro para constatar as variações
da pressão exercida pela atmosfera.
Lata
Canudo de refresco
Cola
Balão de borracha
Vidro de Maionese
Material
Pote de boca larga; balão de
borracha; canudo de refresco;
tira de lata; cola e cordão forte
de algodão.
Montagem Funcionamento
Corte um balão de borracha Ao diminuir a pressão
pela metade. Envolva a boca de atmosférica ambiente, o ar
um frasco de maionese (limpo aprisionado no interior do
e bem seco) com a borracha frasco, por ter pressão maior,
e amarre no gargalo, com o forçará a membrana para fora
cordão. — o ponteiro baixa na escala
Ponha uma gota de cola (baixa pressão, tempo ruim).
no centro da membrana Ao aumentar a pressão
de borracha. Encoste uma atmosférica ambiente, a
extremidade de um canudo de membrana agora se ‘abaula’
refresco nessa gota, deitado para dentro — o ponteiro sobe
sobre a boca do vidro e coloque na escala (alta pressão, tempo
um peso em cima para esperar bom).
a secagem. Uma tira de lata, Esse barômetro também é
presa ao vidro com fita adesiva, sensível à temperatura, o que o
servirá de escala. torna pouco preciso quando a
temperatura não é constante.
Experiência apresentada pelo Prof. Luiz Ferraz Netto no site www.feiradeciencias.com.br
102
9
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Participar de, pelo menos, dois jogos democráticos de
sua tropa
Participar ativamente de seu Conselho de Patrulha
contribuindo com idéias e pontos de vista.
Participar da organização e planejamento de uma excursão de patrulha; e
contribuir com idéias para as atividades de patrulha ou tropa;
Avaliar as atividades juntamente com sua patrulha ou tropa;
103
Para trabalhar esta “ênfase” a Corte de Honra sugere algumas atividades,
que depois de analisadas pelas patrulhas e, se for o caso, receberem
acréscimos, são levadas para que a tropa decida quais, entre as sugestões,
prefere realizar.
Isso se faz através dos jogos democráticos, que devem ser divertidas
atividades, que simulam diferentes situações em que os jovens representam
papéis, atuando de acordo com as regras do ambiente simulado, procurando
obter o apoio da tropa para a proposta que representam.
São chamados jogos democráticos porque permitem que, sob a forma
de um jogo de desempenho de papéis, a vontade da maioria se expresse,
mesmo quando em tais simulações nem sempre se represente uma instituição
ou atividade privativa da vida democrática.
O jogo democrático pode ser feito como se fosse um debate parlamentar,
um processo eleitoral, uma defesa ante um tribunal, um leilão público, uma
rodada de compras em um mercado, um pregão da bolsa de valores, uma
reunião ministerial ou qualquer outra situação semelhante.
É uma excelente oportunidade para que você e seus companheiros
apresentem diferentes ideias, defendam posições,
aprendam a argumentar, fazem opções e desenvolver
muitas outras habilidades e atitudes
que, você vai perceber,
fazem parte de um processo
democrático de tomada de
decisões.
Desta maneira, a
seleção das atividades
(normalmente não mais do
que duas), assim como
todas as demais fases
do ciclo de programa,
se converte em uma
atividade a mais,
que se funde com
todas as outras
que a tropa realiza
habitualmente.
104
Conselho de Patrulha
O Conselho de Patrulha é a reunião de todos os integrantes da patrulha,
para discutir e tomar decisões sobre aqueles temas que são do interesse de
todos.
Nestas reuniões se tratam de tema importantes como as atividades
que a patrulha vai realizar durante um ciclo de programa e as atividades
que vai propor na Assembleia de Tropa para que seja realizada por toda
a tropa Escoteira. Também avaliam as atividades que a patrulha tem
realizado, compartilham os comentários que cada escoteiro pode fazer a
seus demais companheiros (para ajudar na avaliação de sua progressão
pessoal), elegem monitor e aprovam o sub-monitor, distribuem os encargos
e avaliar o que se tem feito, quem assumiu esses cargos e a administração
dos recursos da patrulha.
É importante que esta reunião se faça num local cômodo e tranquilo,
sem ruídos nem distrações, para que todos possam falar e escutar. Como
só tratam certos temas, esta reunião se realiza cada vez que a patrulha ache
necessário, porém não a todo momento.
O conselho é presidido pelo monitor, porém isso não quer dizer que é a
única pessoa que fala ou que só ela decide ou ainda que ela que traz os
temas que vão decidir; sua função é coordenar as discussões para que todos
tenham a oportunidade de expressar-se. Por isso é importante que, antes da
realização de um conselho, todos os membros da patrulha conheçam os
temas que irão tratar e recebam uma pauta prévia que os ajude a preparar-
se para a discussão. A esta pauta se chama “ordem do dia”.
105
Conhecendo com antecipação o temas que discutirá no
Conselho de Patrulha você pode se preparar para melhor
participar. Por exemplo, se a patrulha deve decidir que atividades
desejam realizar no próximo ciclo de programa, poderá pensar
com antecipação que coisas gostaria muito de fazer, anotando
suas idéias e comentando-as com seus companheiros.
Em sua patrulha...
106
Excursão de Patrulha
Cinco passos para organizar uma excursão de patrulha
Mostraremos cinco passos que ajudarão a patrulha a se organizar melhor
na próxima excursão.
108
10
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Demonstrar que utiliza as especialidades que conquista
para colaborar em sua patrulha, casa ou escola.
Ajudar um escoteiro da patrulha a conquistar uma especialidade.
As Especialidades e Você
Quantas vezes ouvimos alguém dizer que gostaria de ter aprendido tal ou
qual coisa ou de ter adquirido essa ou aquela habilidade, mas que deixou de
fazê-lo porque nunca teve oportunidade ou porque jamais conheceu alguém
que o estimulasse naquela direção. Você, escoteiro, é um privilegiado!
Escolha que coisas você quer aprender, que habilidades você deseja
adquirir; discuta o assunto no âmbito da tropa e...
CONQUISTE MAIS UMA ESPECIALIDADE!
Os chefes da tropa saberão orientá-lo na conquista,
para que você não seja mais um a se queixar, no futuro,
que não lhe ofereceram as oportunidades, ou que não o
estimularam para que você pudesse desenvolver todas as
suas aptidões.
109
A prática é necessária para a conquista de especialidades.
Para ser um acampador, por exemplo, você precisa praticar
construindo pioneirias para o conforto no acampamento.
110
informações por você mesmo não se mostrar suficiente, ele poderá lhe
transmitir alguns conhecimentos complementares.
Depois de aprender e de fazer coisas, você deve colocar seus conhecimentos
e habilidades a serviço do próximo, isto é, procurar fazer com que tudo
aquilo que você aprendeu e praticou seja útil e atenda a uma necessidade
de alguém.
Embora as especialidades não se relacionem diretamente com sua
progressão pessoal, elas representam crescimento e, no Movimento
Escoteiro, crescer é igual a ser mais útil, ser mais participante, ser mais
responsável.
Especialidades de Serviço
Embora qualquer especialidade possa ser útil
ao próximo, um ramo de conhecimentos envolve
aquelas que se voltam, por excelência, para a
prestação de um serviço de qualquer natureza ao
nosso semelhante, em todos os campos da atividade
humana, incluindo a saúde, a religião, as tarefas
de natureza doméstica ou comunitária e outras
formas de servir. É o ramo de conhecimentos a que
denominamos SERVIÇOS, representado pela cruz e
pá de pedreiro.
Lembre-se que...
Para chegar a ser um verdadeiro
especialista é necessário tempo, estudo
e dedicação.
Possuir uma especialidade traz
consigo a responsabilidade de colocar
seus conhecimentos e habilidades a
serviço dos demais.
112
11
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Participar de um fogo de conselho e de uma
apresentação com sua patrulha;
Construir, com sucata, um instrumento musical;
Conhecer e cantar algumas canções e danças tradicionais do
Movimento Escoteiro e de sua tropa, em especial, o Hino Alerta.
Fogo de Conselho
113
Sobre o conteúdo de um Fogo de Conselho recomendamos:
114
Sucata e Reciclagem
Considera-se sucata aquilo que se tornou definitiva e totalmente inservível
para o uso a que se destinava originalmente, somente se prestando ao
emprego, como matéria-prima, na fabricação de outro produto.
Já a reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade
aproveitar materiais cuja vida útil já se esgotou (sucatas de obsolescência),
ou que foram gerados de forma não intencional (sucatas de processo),
reintroduzindo-os na cadeia produtiva. É um processo de reaproveitamento
desses materiais descartados, de forma a reduzir a quantidade de lixo
produzido, principalmente aqueles de materiais que demoram a se
decompor e a se reintegrar no meio ambiente, dentre os quais podem ser
citados os derivados da borracha, metal, papel, plástico e vidro.
Cada material reciclável deve ser separado em recipientes de coloração
padrão já que são coletados separadamente:
115
A reciclagem beneficia o meio ambiente,
a economia e a sociedade, já que diminui a
poluição, melhora as condições de limpeza
da cidade, prolonga a vida útil de aterros
sanitários, melhora a produção de compostos
orgânicos, gera emprego, estimula a produção de
materiais com fonte reciclável, valoriza a limpeza pública e
melhora a consciência ecológica.
A reciclagem de diversos tipos de materiais é uma atividade que já
movimenta R$ 3 bilhões ao ano no país, gerando milhões de empregos
diretos e indiretos.
O alumínio é o material mais lembrado quando se fala em reciclagem
devido, principalmente, às suas propriedades que permitem que ele seja
reutilizado inúmeras vezes sem perder suas características físico-químicas,
pelo valor econômico atrativo e pela boa disponibilidade. Na reciclagem
de latas de alumínio para bebidas, o Brasil é líder mundial, registrando
índice de mais de 96% de reaproveitamento.
Reaproveitando sucata
116
Chocalho de Lata de Alumínio os furos com cuidado. Prenda o
Material necessário pedaço de papel vegetal em uma
• 01 lata de alumínio das extremidades com elástico ou
• Grãos de feijão, milho, arroz ou fita adesiva.
areia grossa Aperte a outra extremidade para
• Fita adesiva
Modo de fazer:
Coloque uma boa quantidade de
um tipo de grão ou de areia dentro
da lata. Em seguida feche a abertura que seja possível soprar por ela, e
com fita adesiva. Para personalizar, toque cobrindo ou descobrindo os
você pode enfeitar seu chocalho furos ao longo do tupo.
com figuras que você imprime e
cola, ou pode pintar sua lata com Violão de Caixa de Sapatos
tinta plástica. Material necessário
• 1 caixa de sapatos com
tampa.
• 6 elásticos de dinheiro
• Fita adesiva
• Cola
Modo de fazer:
Recorte uma abertura na tampa da
caixa de sapatos. Da parte que foi
retirada corte dois pequenos pedaços
O divertido é que variando o que de papelão, de mais ou menos 8 x
vai dentro da lata, seja o tipo de 4 cm, dobre ao meio (ficando 8 x
grão ou a quantidade, o chocalho 2 cm) e cole sobre a tampa, mais
fará um som diferente. próximo da extremidade.
Flauta de Papelão
Material necessário
• 01 tubo grande de papelão –
que pode ser o tubo vazio de papel
alumínio ou tubo de filme de PVC, do
tipo que se usa para cobrir comida. Prenda a tampa com fita adesiva
• Um pedaço de papel vegetal e coloque os 6 elásticos em volta
• Elástico ou fita adesiva da caixa, passando sobre os dois
Modo de fazer: pedaços mais alto nas extremidades
Fure o tubo com lápis ou recorte e pelo buraco no centro da caixa.
117
Cantando Nossos Hinos
Hino Alerta
Ra-ta-plan, do arrebol, Escoteiros vede a luz!
Ra-ta-plan, olhai o sol do Brasil, que nos conduz!
(Estribilho)
Alerta, ó Escoteiros do Brasil, alerta!
Erguei para o ideal os corações em flor!
Ó mocidade ao sol da Pátria já desperta:
À Pátria consagrai o vosso eterno amor!
Por entre os densos bosques e vergéis floridos
Ecoem as nossas vozes de alegria intensa
E pelos campos fora, em cânticos sentidos,
Ressoe um hino ovante à nossa Pátria imensa!
Alerta! Alerta! Sempre Alerta!
Um-dois, um-dois, um!
(Estribilho)
Unindo o passo firme à trilha do dever,
Tendo um Brasil feliz por nosso escopo e norte,
Façamos o futuro em flores antever
A nova geração, jovial, confiante e forte!
Mas se algum dia, acaso, a Pátria estremecida
De súbito bradar: Alerta! Ó Escoteiros!
Alerta respondendo, à Pátria nossas vidas
E as almas entregar, iremos, prazenteiros!
Alerta! Alerta! Sempre Alerta!
Um-dois, um-dois, um!
(Estribilho)
O Hino Alerta é de autoria de Bevenuto Cellini
O Hino Alerta é uma forma de expressar nossa alegria por tudo o que
representa ser um escoteiro.
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“Avançam as patrulhas”
Uma tradicional canção escoteira:
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Ler e escrever mensagens usando um código secreto
de sua patrulha;
Utilizar corretamente um rádio comunicador numa
atividade de sua patrulha
Montar um blog, lista de e-mails ou projeto similar que contribua para
melhorar a comunicação em sua patrulha ou tropa;
Os Códigos Secretos
Para garantir que ninguém se inteirava dos segredos da primeira
expedição oficial dos Estados Unidos da América, em partes desconhecidas
do território, o Presidente Jefferson idealizou um sistema de escrita em código
para trocar mensagens
com o explorador M.
Lewis. A palavra chave era
ALCACHOFRAS. Não foram
encontradas mensagens
trocadas por ambos,
mas isso não significa
que não tenha existido
porque, segundo relatam
os historiadores, é muito
provável que o presidente
Jefferson tenha recebido,
decifrado e após destruído
as mensagens para que não
ficassem rastros.
120
As patrulhas também podem proteger suas mensagens usando
códigos ou chaves secretas. Para poder trocar mensagens secretas entre
os membros de uma patrulha, é necessário que todos concordem com a
chave que utilizarão.
Os romanos utilizavam um método que consistia em mudar as letras
do alfabeto para que outras ocupassem seu lugar. Por exemplo, se
mudássemos a letra “A” sete casas a direita, a letra “H” iria substituí-la.
Veja a seguir:
Alfabeto original
A B C D E F G H I J K L M
Alfabeto em
A B C D E F
chave T U V W X Y Z
Alfabeto original
N O P Q R S T U V W X Y Z
Alfabeto em G H I J K L M N O P Q R S
chave
121
Uma patrulha bem comunicada
As comunicações são parte importante do funcionamento de uma boa
patrulha. Uma forma de transmitir uma notícia de maneira rápida e segura
é utilizando uma cadeia de chamados.
A cadeia de chamados é um procedimento no qual cada um que faz
parte da patrulha é responsável de transmitir a notícia que recebeu a outro
integrante da patrulha. O resultado só acontecerá se cada integrante souber
previamente a quem deve contatar e a mensagem deve voltar
para a pessoa que iniciou, e só assim saberão que a cadeia
fechou.
A informática nos dá outros meios rápidos, econômicos
e eficientes de comunicação: o correio eletrônico
e o chat.
Você sabe o que é uma lista de distribuição?
Quem sabe pode montar uma com os
integrantes da sua patrulha; entrarem num
acordo de dia da semana e hora para
entrar em contato em um canal de chat;
ou construir uma página web da patrulha
que permita manter informação “on
line”. Se você gosta de informática,
pode preparar um pequeno projeto
para a patrulha e que este faça parte
de uma especialidade.
Usando um Rádiocomunicador
122
Os aparelhos são dotados de diferentes canais, e para que possam
comunicar-se devem estar no mesmo canal. Em alguns eventos escoteiros é
comum que a coordenação defina canais para alguns serviços, como por
exemplo, que o canal 4 será da segurança, o canal 2 do transporte e assim
por diante. A boa educação determina que não se invada estes canais para
manter outro tipo de comunicação.
Algumas regras básicas de uso dos rádios:
• O aparelho de rádio é projetado para maximizar o desempenho e
melhorar o alcance de transmissão. Não se usam os aparelhos quando se
esteja a menos de 5 metros de distância.
• Verificado o canal antes de transmitir - O rádio tem vários canais
compartilhados, razão pela qual se deve definir qual será usado.
• Não se fala em um canal se alguém está falando sobre ele, e se for
absolutamente necessário, peça licença ao entrar em uma interrupção.
• Para verificar a atividade em um canal antes de falar, aperte o
botão de falar. Se você ouvir estática, o canal está livre para usar.
• Falar e ouvir – para falar mantenha pressionado o
botão apropriado. Ao terminar sua fala, independente
de você dizer o tradicional “câmbio” (troca) que passa a
palavra ao outro lado, o aparelho emite um sinal sonoro
para avisar que é a vez do outro falar.
• Para falar mantenha o rádio a uma distância de 5 a
8 cm de distância da própria boca.
• Seja educado e cortês, sem piadas ou palavras de
mal gosto.
123
único em todo o mundo, e é composto pela designação
do usuário + @ (o símbolo arroba, que em inglês
significa “at” – em) + designação do provedor (terra,
escoteiros, gmail, hotmail, etc.) + domínio (a expressão
.com, .gov, .org) + abreviatura do país (.br para Brasil,
.cl para Chile, etc.)
Conhecendo-se o endereço eletrônico da sua caixa
postal, qualquer pessoa poderá enviar uma mensagem
(e-mail) para você. Todas as mensagens enviadas ficam armazenadas no
servidor de e-mail do seu provedor, até que você acesse a Internet e as veja,
recebendo-as em seu computador, salvando-as ou eliminando-as.
Uma das formas de melhorar a comunicação é fazer uma lista de e-mails
dos componentes da patrulha ou tropa, ou montar um “grupo”, no qual as
mensagens são endereçadas ao grupo e todos os seus membros recebem
tudo. Muitos provedores da internet – Gmail, Terra, Google, Yahoo, etc.,
permitem e orientam a montagem de um grupo.
Blog
Um blog (contração do termo "Web log”) é um site cuja estrutura permite
a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou
"posts". Estes podem ser escritos por um número variável de pessoas, de
acordo com a política do blog.
Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em
particular; outros funcionam mais como diários online. Um blog típico
combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da web e mídias
relacionadas a seu tema. A capacidade de leitores deixarem comentários
de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante
de muitos blogs. A grande vantagem é que um Blog da patrulha pode ser a
forma de comunicação direta entre seus membros, além de um lugar para
expor fotos e relatórios de atividades.
Alguns sistemas de criação e edição
de blogs são muito atraentes pelas
facilidades que oferecem, disponibilizando
ferramentas próprias que dispensam o
conhecimento mais profundos. Muitos
sites oferecem gratuitamente serviço de
hospedagem de blog com ferramentas
que ajudam na configuração da página
na web.
124
13
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Participar ativamente da construção de pioneiras num
acampamento de tropa, aplicando pelo menos os
seguintes nós e amarras: direito, volta do fiel ou volta da
ribeira, nó de escota, amarra quadrada e diagonal.
Saber utilizar e conservar as ferramentas típicas de uma patrulha
(machadinha, facão, etc.) e demonstrar os cuidados básicos com os
utensílios de campo (como lampiões e fogareiros);
Participar da construção de um fogão suspenso ou forno de
acampamento.
Nó direito
Utiliza-se para unir dois cabos da mesma espessura.
Nó direito alceado
Como o nó direito simples é utilizado para unir dois
cabos da mesma espessura, porém possui uma alça
que desata o nó quando puxada. Geralmente é usado
quando o nó direito não é permanente e precisará ser
desfeito mais tarde.
125
Nó de escota
Utiliza-se para unir dois cabo de diferentes
espessuras, ou um cabo de uma alça.
Nó de escota alceado
Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de
destar. É muito utilizado para prender a adriça
na alça da bandeira.
Volta do Fiel
É uma volta simples de grande
utilidade. Basicamente serve para
atar um cabo em volta de um
bastão ou poste, especialmente
se o cabo é submetido a tensão. Por
isso, é uma volta usada na maioria
das amarras.
Volta da Ribeira
Utilizado para prender um cabo a um poste
ou bastão (tronco, galhos, etc.), depois
mante-lo sob tensão.
Amarras
Para fazer construções, é necessário conhecer no mínimo dois tipos de
amarras: a quadrada e a diagonal.
A amarra quadrada se usa para unir dois pedaços de troncos cruzados
em ângulo retos e quando o peso aplicado sobre eles tende a fazer um
deslizar sobre o outro.
Para começar, se faz uma volta do fiel em um dos troncos. (fig. 1)
Logo se dá três voltas aos troncos, tal como mostra a figura, ajustando
fortemente em cada volta. (fig. 2)
126
Finalmente aperte essas voltas com três voltas, enforcando a amarra com
firmeza e termine com volta do fiel e nó direito (fig. 3) para unir as duas
pontas do cabo. (fig. 4)
1 2 3 4
A amarra diagonal serve para unir dois troncos que formam um ângulo
mais aberto e assim deverá manter sua posição quando submetido a uma
tensão que tende a separá-los.
Comece por fazer a volta da ribeira em um dos troncos. (fig. 1)
Logo realize algumas voltas passando o cabo entre os ângulos opostos
maiores. (fig. 2)
Continue dando voltas com o cabo entre os ângulos opostos menores (fig. 3).
Para que a amarra fique firme, dê umas voltas entrecruzadas como mostra a
imagem e termine com a volta do fiel e nó direito unindo as pontas (fig. 4)..
1 2 3 4
Uma das nossas características como escoteiros é o gosto
pelas atividades de contato com a natureza. Sabemos que para
desfrutar mais e melhor dos acampamentos e excursões devemos
conhecer certas técnicas, como o uso correto dos cabos, saber
fazer nós e amarras e montar barracas.
127
A construção de um Tripé
O tripé tem muitas utilidades, em diversas ocasiões: está na base de
construção de muitas pontes, passarelas e mesas ou simplesmente para
sustentar panelas sobre o fogo.
128
Uso de Equipamentos:
Ferramentas de Corte
As ferramentas de corte, como a faca, o canivete, o serrote, o facão e
a machadinha, são instrumentos muito úteis para se usar no mato. É no
acampamento, ou dentro do mato, que se pode andar de faca, facão ou
machadinha na cintura, quando eles são necessários. Em atividades na
cidade, nunca os use na cintura. No máximo leve um canivete no bolso.
Além de ser proibido por lei, é perigoso para você e para as pessoas ao
seu redor.
Apesar de servirem para cortar, as ferramentas não devem ser
usadas indiscriminadamente, ou seja, não podemos esquecer
que um escoteiro não machuca uma árvore. Se precisar de
madeira ou bambu para pioneiria, só cortará com permissão.
Nem todos agem como escoteiros, pois existe gente que assim
que se vê com uma faca na mão, começa a dar facadas nas árvores
sem nenhum objetivo. Eles não se dão conta que a casca da árvore é
como a nossa pele. A árvore perde seiva pelo corte e pode até morrer, ou
então várias doenças podem entrar pelo corte e chegam a matar a árvore.
Todos as ferramentas de corte requerem cuidados especiais:
Mantenha-as sempre limpas, secas e afiadas.
Se elas ficam pelo chão, ou enterradas no solo, a umidade e a sujeira
acabam com elas.
Se ficam esquecidas à noite, a chuva e o orvalho podem enferruja-las,
além de que alguém pode se machucar nelas.
Se ficam perto do fogo, o calor destempera o aço, tornando a lâmina
imprestável.
Quando terminar o trabalho, coloque a ferramenta limpa e afiada na
bainha ou estojo.
Limpe bem a lâmina antes de guardar na bainha ou estojo, porque
depois de sujar a bainha por dentro, ela é que suja a ferramenta.
Sempre que a ferramenta não estiver em uso, deixe-a na bainha.
Não use a faca, ou canivete, para abrir latas, pois isto estraga a
lâmina e pode causar acidentes.
Não martele as ferramentas. Se você não está conseguindo cortar,
talvez seja porque não está sendo usada a ferramenta adequada.
Parece mentira, mas quanto mais afiada está uma ferramenta de corte,
menos perigosa ela é. A faca sem fio escapa em vez de cortar e dá bem
mais trabalho.
129
Além destas questões de segurança, cuidar da manutenção das
ferramentas também significa economia, pois assim elas podem durar bem
mais tempo e prestar bons serviços a você.
Faca
Para afiar sua faca ou canivete use uma pedra
de amolar. Esfregue o fio de lado contra a pedra,
como se quisesse tirar uma lasca da pedra. Repita
de um lado para outro, até estar bem afiado. Limpe
bem a lâmina e pronto.
Quando estiver usando a faca ou canivete, corte
sempre de seu corpo para fora, pois assim evitará
acidentes. Esfiapar gravetos para começar um fogo
é bom para treinar. Segure um graveto numa ponta
e vá cortando lascas, como se quisesse fazer uma ponta, mas deixe as
lascas no graveto até ele ficar parecendo um pinheiro. Três ou mais destes
gravetos já nos ajudam a iniciar um fogo.
Facão e machadinha
A machadinha é um machado de pequenas dimensões, que é adequada
para cortar a lenha que precisamos para cozinhar. O facão é indicado para
abrir uma trilha no mato, que fechou para falta de uso; limpar de pequenos
arbustos o local que você vai montar seu acampamento; e realizar trabalhos
leves, substituindo a machadinha, como por exemplo, fazer entalhes para
encaixar peças de pioneiras, fazer ponta em vara de pequeno diâmetro, etc.
Para usá-los, siga estas regras de segurança:
Trabalhe afastado dos demais, de preferência a uns 3m de distância da
pessoa mais próxima.
Trabalhe de preferência no “canto do lenhador”, ou seja, aquela área
cercada onde apenas a pessoa da
patrulha encarregada de cortar lenha
deve entrar. Neste canto também há um
tronco seco grosso, também chamado
de cepo, que serve para apoiar o que
esta sendo cortado.
Quando golpear, faça-o sempre para
fora de seu corpo. Observe que o facão
ou machadinha errar o alvo, não atinja Corte para fora
nenhuma parte de seu corpo.
130
Não fique andando de um lado para outro com a ferramenta na mão.
Terminado o trabalho, limpe a ferramenta e passe um óleo ou graxa
para evitar que enferruje.
Não use a machadinha como martela ou marreta.
Preste muita atenção quando passar a ferramenta para outra pessoa.
Tenha certeza que ela está firmemente segurando a ferramenta.
Tronco
Retocando o fio:
Lima
Lima
Estaca
Ângulo de corte
Toco de madeira
131
Cortar um galho Rachar um galho
Cortando um tronco
Canto do lenhador
Lenha
Porta ferramentas
132
Lampiões e fogareiros
Uso de lampiões
São dois os tipos de lampiões mais usados pelos escoteiros: à gás e a
querosene. O lampião á gás devido a facilidade de uso, limpeza e menor
risco de acidente, deve ser preferido. Para o uso de qualquer tipo de
lampião, é muito importante observar as seguintes regras:
Antes de usar:
Verificar na sede as condições do lampião: Conforme o tipo de lampião,
observe o seguinte:
Lampião a gás
- Estado da “camisinha” (leve reserva).
- Quantidade de gás no bujão e reserva.
- Se o lampião se adaptar ao bujão disponível.
- Estado do “filtro” ou “vaporizador”
- Estado do vidro (leve reserva).
- Estado dos anéis de borracha de vedação. (se estiverem ressecados, com
rachaduras, troque).
133
Durante o uso
- Coloque sempre o lampião em lugar firme e plano.
- Se pendurar, verifique antes se a pioneiria ou galho
suporta realmente o peso,
- Não coloque onde possa apanhar chuva ou orvalho.
Deixe-o sob o toldo da cozinha, na barraca de
intendência ou cubra-o com um plástico depois que
esfriar.
- Jamais deixe qualquer lampião apagado dentro da
barraca ou no local em que você estiver dormindo! Há
perigo de vazamento, e acidente mortal.
- Transporte com cuidado, evitando choques ou
pancadas. Se o lampião estiver aceso ou se foi apagado
há pouco, cuidado com onde põe as mãos, pois pode
queimar-se gravemente.
Acendimento
A maneira de acender um lampião varia de acordo com o tipo, mas
sempre tome as seguintes precauções:
- Que o botijão esteja em local ventilado (nunca dentro da barraca)
- Que o lampião esteja firme, sem risco de tombar.
- Que não haja nada de inflamável por perto (álcool, querosene, gasolina,
plástico etc.)
- Que haja combustível, que a “camisa” ou mecha esteja em perfeito
estado.
- Que o lampião esteja bem fixado ao bujão de combustível.
Querosene simples
Levanta-se o vidro pressionando a alavanca que existe para esse fim,
normalmente próximo a base do vidro. Suspenso o vidro, aproxima-se a
chama do fósforo ao pavio. Quando acender, baixa-se o vidro, e regula-se
a chama, para que não escureça o vidro. Para apagar, basta suspender o
vidro e soprar.
Querosene a pressão
O processo para acender esse tipo de lampião, varia de acordo com o seu
fabricante. Portanto o melhor é consultar alguém que possua um lampião
igual e que já tenha prática em seu manejo.
134
A gás
Se a “camisa” estiver em perfeito estado, abra um
pouquinho a torneira de gás e aproxime a chama do
fósforo (pela abertura existente) da “camisa” sem tocá-la.
O lampião está aceso. Aumente o fluxo de gás, torcendo
o botão da torneira e terá maior claridade. Para apagar é
só fechar a torneira.
Trocar a “camisa”
Remova a parte superior e retire o vidro. Tire a
camisa danificada e amarre no mesmo local uma
nova. Aperte o barbante com cuidado para não
romper. Recoloque todas as peças no lugar e fixe a
tampa com o parafuso.
Para acender com a “camisa” nova, depois do
lampião montado acenda a “camisa” sem ligar o
gás nem tocá-la com fósforo. Quando ela estiver
queimada, abra um pouquinho a torneira e acenda o
lampião conforme já foi explicado.
Limpeza
Qualquer equipamento dura mais e presta melhores
serviços se for bem cuidado. Portanto, mantenha o
seu lampião sempre em boa ordem, livre de sujeira e
ferrugem. Verifique sempre o seu estado antes e depois
de cada atividade, reparando ou trocando alguma
Lampião a gás com
peça sempre que houver necessidade.
carga descartável
Uso de fogareiros
Os fogareiros que podem ser usado são a gás e o de querosene a pressão.
As regras de segurança
As regras de segurança são idênticas as que já foram explicadas para uso
do lampião. Vamos apenas lembrar uma das mais importantes:
135
- Em nenhuma hipótese durma próximo a um fogareiro, mesmo apagado.
- Cuide para que a mangueira não fique encostada no fogareiro, evitando
que ela derreta e cause acidente.
Para que os fogareiros possam prestar bons serviços, é indispensável que
sejam mantidos limpos e em ordem. O que foi falado sobre limpeza de
lampiões, também vale para fogareiros.
Fogareiro a gás
- Quantidade de combustível.
- Se a rosca se adapta ao bujão disponível.
- Estado das borrachas de vedação.
(troque se estiverem ressecadas, com
rachaduras).
Acendimento
Para acender cada tipo de fogareiro e só ler com atenção as instruções
abaixo:
Fogareiro a gás
Fixe muito bem no bujão (se houver vazamento é porque os anéis de
borracha da vedação estão velhos. Troque-os) Abra a torneira do gás e
aproxime o fósforo aceso do queimador,
- Se a chama não estiver satisfatória, gire o anel da entrada de ar.
- Para apagar é só torcer a torneira em sentido contrário.
136
Fogão Suspenso
Em um acampamento de vários dias é muito útil construir um fogão
suspenso, que é mais confortável, higiênico e seguro para trabalhar.
137
Forno de Acampamento
Existem várias possibilidades para construir um forno, mas vamos tratar
de um tipo rústico, com poucos recursos, que você pode construir mesmo
num local muito distante. É o Forno de Barro.
Para construir esse forno você vai precisar de
muito barro (tipo argila) úmido e maleável.
Também é necessário algum material que
ajude na estrutura das paredes. E vamos
propor o uso de bambu, cortado em tira,
mas também podem ser usados galhos e
cipós. Também é interessante ter bastante
pedras, principalmente para fazer a base do
forno.
Comece cortando varas de bambu de
aproximadamente 11/2 m, bem verde (são mais
flexíveis), e divida cada um em um mínimo de 4 tiras. Use essas tiras para
montar a estrutura do forno, que servirá para ser aplicado barro por cima.
Comece juntando umas 8 varas, juntando-as com um sisal pelo centro
(sem apertar), e curve cada uma das varas amarrando suas duas pontas
com sisal. Quando todas estiverm curvas, você terá uma espécie de
estrutura de guarda-chuva (sem o pano). Agora basta pegar as outras
varas e ir “costurando”, como se estivesse fazendo um grande cesto. Deixe
uma entrada para a abertura do forno.
Feita a montagem, veja que área ele vai ocupar e prepare a base, com
muita pedra e barro. Fixe a estrutura no chão e comece a aplicar barro
sobre ela, prendendo o barro no trançado dos bambus, e fazendo uma
camada grossa como parede. Deixe no alto um pequeno orifício para
alimentação de ar.
O primeiro uso vai queimar, internamente, o bambu que não estiver
recoberto de barro, e após isso o forno estará pronto para receber seus
pratos favoritos.
A maneira de usar este forno é fazendo fogo com madeira
grossa até que se forme um bom braseiro. Use um galho
para limpar o forno das brasas (algumas podem ficar ao
redor) e coloque o prato a assar. Tampe a entrada do
forno com uma pedra ou um pedaço de madeira,
para não perder o calor.
138
Meu Desenvolvimento do
Caráter
A tartaruga evoca a determinação,
a tranquilidade e a estabilidade.
Em algumas culturas aparece como
símbolo que sustenta o mundo e
representa a integridade nos valores,
própria do caráter.
DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER
Propor objetivos e ações para melhorar em alguns
aspectos da sua vida;
Participar da avaliação de sua progressão pessoal e das de seus
companheiros em Conselho de Patrulha.
Avaliar o seu desempenho e o de seus companheiros nos cargos de
patrulha;
Para ser melhor você conta com a ajuda dos outros...
Recorde sempre que as coisas que deseja, as mais importantes, somente
são alcançadas com esforço e dedicação, e nunca esqueça que conta com
a ajuda de seus amigos de patrulha, sua família, seus professores e seus
chefes escoteiros.
140
Avaliação da progressão pessoal no Conselho de Patrulha
141
Este quadro pode servir para avaliar seu desempenho e o dos demais
membros da patrulha em seus cargos.
142
Em agosto de 1907, Baden-Powell
realizou em Brownsea o que seria o
primeiro acampamento escoteiro da
história. Pela manhã do primeiro dia do
acampamento, os jovens formaram quatro
patrulhas que denominaram Maçarico,
Corvo, Lobo e Touro.
Todos os dias Baden-Powell se reunia
com os monitores das quatro patrulhas,
e revisava com eles as atividades que se
realizariam no dia seguinte. Em seguida
ensinava aos monitores técnicas de
pioneirismo, campismo, sinalização, etc.
Ao final do dia avaliavam o desempenho
dos integrantes de cada patrulha
143
15
DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER
Explicar o significado da Lei e da Promessa Escoteiras
aos novos integrantes da sua patrulha;
Participar corretamente das cerimônias com os símbolos
nacionais e saber cantar o Hino Nacional
144
ainda, publicar usando alguma técnica de comunicação – jornal, diário
mural, etc.
5. Você pode explicar a um novo integrante da patrulha o que significa
para você a Lei e a Promessa Escoteira, usando algum exemplo encontrado
no primeiro item.
145
A Promessa Escoteira
As Cerimônias de Hasteamento e
Arriamento da Bandeira Nacional
Preparando a bandeira para a cerimônia de hasteamento.
A formação da tropa será em ferradura, com o chefe e assistentes se
colocando na sua abertura, lateralmente e um pouco afastados do mastro.
É importante que se verifique, com antecedência, se os nós de fixação da
bandeira na adriça são os certos e devidamente apertados, evitando-se que
a bandeira se solte, em decorrência de um nó frouxo ou mal aplicado; assim
como se a perna de subida da adriça está amarrada no canto superior da
bandeira, evitando-se que seja hasteada de cabeça para baixo;
O chefe convida dois membros juvenis, previamente definidos, para que
se dirijam ao mastro, onde retiram a “cobertura”, um deles se coloca com
o mastro às suas costas, tendo nas mãos a adriça que deve ser puxada;
enquanto o outro, com a bandeira em suas mãos, se coloca de frente e
afastado do mastro, formando com a adriça um triângulo retângulo, cujo
ângulo reto está justamente na pessoa que fica junto ao mastro.
Quando está tudo preparado a pessoa que está com a bandeira dirige-se
ao chefe dizendo: “CHEFE, BANDEIRA NACIONAL PRONTA!”,
O chefe, então, dirá:
- ALERTA TROPA, FIRMES!
146
Todos ficam firmes.
- BANDEIRA NACIONAL EM SAUDAÇÃO!
Todos fazem a saudação.
- HASTEAR!
A pessoa que estiver junto ao mastro vai puxando a adriça, de maneira
uniforme, enquanto o outro vai liberando a adriça e mantendo-a esticada,
de tal forma que a bandeira possa alcançar o topo do mastro.
Quando a bandeira atingir o topo, a pessoa que está junto ao
mastro continua segurando a adriça, enquanto o outro se
aproxima, recolhendo a sobra, que será presa ao mastro.
Enquanto isso é feito o chefe comanda o descansar.
Feito isso, os dois colocam a cobertura,
distanciam-se 3 metros do mastro e, voltando-
se para a bandeira fazem a saudação,
retornando em seguida para os seus
lugares.
ARRIANDO: O processo
segue o mesmo ritual, com
pequenas mudanças na
sequência.
147
Hinos
Hino Nacional
Autor: Francisco Manuel da Silva
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Brasil, de amor eterno seja símbolo
De amor e de esperança à terra desce. O lábaro que ostentas estrelado,
Se em teu formoso céu, risonho e E diga o verde-louro desta flâmula
límpido, Paz no futuro e glória no passado.
A imagem do cruzeiro resplandece.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Gigante pela própria natureza Verás que um filho teu não foge à luta,
És belo, és forte, impávido colosso, Nem teme quem te adora a própria
E o teu futuro espelha essa grandeza, morte
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Pátria amada,
Brasil. Brasil.
148
Bandeira Nacional
Todo escoteiro tem
o dever de conhecer
a bandeira de seu
País e saber preparar,
h a s t e a r, a r r i a r a
Bandeira Nacional.
A fabricação da
Bandeira Nacional
obedece a regras
bem definidas por
lei. Seja qual for o
tamanho, este sempre
será determinado pela
largura do pavilhão
que se divide em 14 partes, ou módulos iguais e o comprimento deverá
compreender a medida de 20 módulos.
MAS O QUE É UM MÓDULO? O módulo significa uma unidade de medida
da bandeira, ou melhor, torna-se por base a largura desejada da bandeira,
divide-se em 14 partes iguais e cada uma destas partes será considerada
uma medida ou um módulo.
Portanto, para a confecção da bandeira serão mantidas as seguintes
proporções:
A largura deverá ser de 14 módulos, o comprimento é de 20 módulos, a
distancia dos vértices do losango amarelo ao quadro externo será um módulo
a sete décimos (1,7M), o círculo azul no meio do losango amarelo terá raio
de três módulos e meio (3,5M), o centro dos arcos da faixa branca estará
a dois módulos (2M) à esquerda do ponto do encontro do prolongamento
do diâmetro vertical do círculo com a base do quadrado externo (ponto
C indicado na figura), o raio do arco inferior da faixa branca será de oito
módulos (8M), o raio do arco superior da faixa branca será de oito módulos
e meio (8,5M) e, finalmente, a largura da faixa branca será de meio módulo
(0,5M) com as letras da legenda ORDEM E PROGRESSO, escritas com a cor
verde, colocadas no meio da faixa e com a altura de um terço do módulo
(1/3M) com o detalhe que o P ficará sobre o diâmetro vertical do círculo.
Observem o desenho e as medidas corretas para traçar a bandeira e o
esquema para memorizar a posição das estrelas.
149
16
DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER
Explicar, a partir do seu ponto de vista, o que significa
ser leal;
Aplicar o conceito de lealdade em jogos e atividades de sua
patrulha e tropa;
O Escoteiro é Leal
A lealdade - ou fidelidade, que é a mesma coisa – é, antes de tudo, a
confirmação do que acreditamos e uma demonstração de fé daquilo que
achamos importante.
Ser leal significa que nossas ações respondem a confiança que é
depositada em nós, que nos mantemos verdadeiros aos sentimentos, e que
somos pessoas firmes e constantes.
Nossos pais, nossos professores, nossos irmãos, nossos amigos, nossos
chefes escoteiros e nossos companheiros de patrulha, todos esperam de nós
uma conduta leal, ou seja, esperam que sejamos sinceros e nossas ações
estejam de acordo como aquilo que afirmamos.
Evidentemente não se trata de ser leal a qualquer coisa. Essa dedicação,
que é a lealdade, só pode existir quando nossas atitudes estejam de acordo
com os outros valores escoteiros. Não se pode, sob o pretexto de ser leal a
alguém, mentir para outros, agir contra as normas da nossa sociedade ou
enganar outras pessoas que confiam na gente.
150
Um escoteiro se esforça para que as outras pessoas o reconheçam
como leal. Fala só a verdade e assume aquilo que faz. Suas palavras são
garantidas por suas ações. Principalmente, sua lealdade se expressam na
síntese de nossa Promessa: o amor a Deus; o serviço ao país, sua terra e sua
gente; e o esforço contínuo para viver os valores contidos na Lei Escoteira,
tais como a verdade, a solidariedade, a proteção à vida e à natureza, a
alegria, a limpeza de coração.
Essa lealdade, enfim, passa a fazer parte da nossa identidade pessoal.
Se é verdade que nós, seres humanos, vivemos a vida sempre aprendendo
e evoluindo, e isso provoca mudanças na nossa forma de ser, encontramos
nossa identidade na lealdade que prometemos a nós mesmos, aos outros,
ao mundo e a Deus.
DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER
Participar como animador em um acampamento de sua
patrulha
Conhecer historias de pessoas que se sobrepuseram em
momentos difíceis e os relatar aos seus companheiros de patrulha.
152
As representações e esquetes de Fogo de
Conselho
O fundador Baden-Powell disse sobre representar: “Eu nem precisaria
enumerar os vários pontos de desenvolvimento que delineiam uma
representação, tais como auto-expressão, concentração, desenvolvimento
da imaginação, o patético, o humor, o equilíbrio, a disciplina, a instrução
histórica e moral, etc. Os jogos de representações e improvisações são
justamente tão bons em sua forma como os espetáculos mais altamente
elaborados e ensaiados”.
Representar, além de ser muito
divertido, dá oportunidade sãs para
expressar os vários sentimentos,
e ajudam a adquirir mais
segurança em si mesmos
e cria situações propicias
para desenvolver e incentivar
a criatividade, a facilidade
de expressão, a alegria, a
sociabilidade, as habilidades
artísticas e a autoconfiança.
O principal objetivo da
representação no Fogo
de Conselho é estimular
a imaginação, valorizar a
observação e melhorar a
memória.
As apresentações podem girar
em torno de comédias, história
brasileira e mundial, temas sobre
a Lei e a Promessa, esquetes sobre
a vida escoteira, passagens na vida de
personalidades importantes e exemplos de condutas, etc.
Baden-Powell era um exímio ator, conhecedor das técnicas de
caracterização a ponto de conseguir se fazer passar por diversos
personagens. É importante saber se caracterizar adequadamente quando
fazemos um papel em uma esquete, e para isso deveremos considerar o uso
de vestuário adequado, a maquilagem e a postura.
153
A caracterização implica em usar roupas e peças próprias do personagem,
Esta roupa, além das peças normais, pode ser reforçada por ornamentação,
dando destaque para os pontos chaves do personagem. Por exemplo – um
policial fica mais bem configurado se estiver de posse de um cassetete. Um
mágico deve possuir um chapéu próprio e uma varinha, e assim por diante.
A MAQUILAGEM deve ser cuidadosamente preparada. Existem produtos
especiais que podem ser comprados em farmácias. Sobrancelhas cerradas,
bigode e barba podem ser confeccionados com fios finos de uma vassoura
de pêlo preso em fita crepe. Maçãs do rosto, queixo pontudo e rugas podem
ser confeccionados com massa de jornal (mistura de jornal picado, trigo e
água) e pintados.
Tudo isso, entretanto,
só obterá sucesso se a
POSTURA for própria
do personagem.
O uso da voz, o
maneirismo, o
jeito de andar, etc.,
são indispensáveis
para bem identificar
o personagem.
154
organizou uma excursão técnica-cultural a São Paulo. A
delegação era formada por 25 membros.
A composição do trem noturno estava formada com
11 vagões, sendo o do meio, 1ª Classe, ocupado pelos
escoteiros. A viagem se desenrolava normalmente até que
às 2h05 da madrugada do dia 19 de dezembro, entre
as pequenas estações de Sítio e João Aires, aconteceu
o terrível desastre, quando se chocaram o trem noturno
que descia, com o trem cargueiro que subia. Muitos
vagões descarrilaram, outros engavetaram e alguns se
levantaram.
O vagão da frente ao ocupado pelos escoteiros saltou
dos trilhos, atravessando para a direita, engavetando-se,
partindo-se e tombando sobre o barranco, comprimido
pela pressão dos carros restaurante e leito.
155
Os escoteiros que resistiram ao impacto das composições reuniram-se
em um ponto à direita da estrada. Nesse momento o grupo sentiu falta do
escoteiro Gerson Issa Satuf e do lobinho Hélio Marcos. Na procura ambos
foram encontrados mortos.
Do vagão-leito foram retirados colchões e cobertores, usados para abrigar
os sobreviventes. Para uma cabine foram levados os feridos com maior
gravidade. Alguns escoteiros trabalharam na confecção de macas com
lençóis e paus enquanto os demais, com as tábuas que foram retiradas dos
vagões, fizeram uma fogueira para iluminar o local, facilitando o trabalho
de salvamento.
Os primeiros socorros chegaram somente às sete horas da manhã (cinco
horas após o acidente). Os passageiros feridos, inclusive alguns escoteiros,
foram transportados para Barbacena. No desastre morreram 40 pessoas.
O monitor Caio recebeu forte pancada na região lombar, sofrendo
esmagamento e hemorragia interna. Retirado do vagão pelos companheiros
e recolhido ao vagão leito, Caio Martins parecia dar sinais de estar melhor.
Pouco depois quando seria levado para Barbacena e notando que um
enfermeiro se aproximava com a maca, ele
olhou ao redor e viu que havia outros feridos
mais necessitados. Encarando o enfermeiro
disse: “Não. Há muitos feridos aí. Deixe-
me que irei só. Um Escoteiro caminha com
as próprias pernas”. Acompanhado dos
amigos, seguiu andando, para a cidade. O
esforço que fez, porém, foi muito grande.
Ao chegar ao hotel golfadas de sangue
saíram de sua boca, em consequência da
hemorragia interna que sofreu. Levado para
a Santa Casa veio a falecer às duas horas
do dia 20 na presença de seus pais. Foi
sepultado no cemitério de Bonfim, zona norte
de Belo Horizonte, junto do Escoteiro Gerson
e do Lobinho Hélio Marcos.
156
18
DESENVOLVIMENTO DO CARÁTER
Respeitar e apoiar as decisões tomadas no
Conselho de Patrulha, ainda que não esteja de
acordo;
Ajudar a melhorar a organização de seu Conselho de Patrulha;
Participar da eleição do monitor da sua patrulha
157
Num Conselho de Patrulha, as decisões se podem tomar...
Uma coisa está clara, por consenso, por votação ou qualquer outra
forma que tenhamos decidido na tomada de decisões, participamos todos
e ficamos responsáveis para levá-las adiante.
158
Para o bem da patrulha é necessário
administrar as diferenças e resolver os conflitos
A negociação é um exercício de convivência, a maneira mais democrática
de resolver diferenças. E, essas diferenças são próprias da natureza humana.
Onde houver mais de uma pessoa haverá, com certeza, duas opiniões
diferentes sobre muita coisa.
Sabemos que a existência de opiniões diferentes enriquece a convivência.
Uma patrulha que tem várias pessoas pensando tem mais probabilidade
de sucesso do que outra, em que seus membros evitam pensar. Mas, para
aproveitar bem essa riqueza é necessário que as divergências sejam mantidas
dentro do campo das idéias apenas, e os conflitos sejam rapidamente
resolvidos.
E por conflitos podemos entender coisas pequenas e grandes, que são
próprias da vida da patrulha, como a conservação de equipamentos, o
local e a data de realizar um acampamento, onde aplicar os recursos da
patrulha, o filme que a patrulha quer ir à noite do sábado, etc.
Negociação é um processo no qual duas ou mais partes, com objetivos
comuns e controversos, debatem e discutem idéias e propostas claras com
a finalidade de conseguir um acordo. É a maneira mais democrática de
resolver divergências e encontrar soluções.
159
Nas discussões dentro da patrulha todos são responsáveis em manter um
clima cordial, que busque uma solução. Existem três tipos de posturas para
negociar, são elas:
160
Meu Desenvolvimento
Afetivo
A flor, símbolo de beleza, harmonia e bom gosto, desde tempos remotos
tem sido considerada como expressão de afeto.
Ser capaz de dizer o que acontece com você; o que lhe aborrece, o que
dói, o que lhe faz sentir bem, o que lhe anima; conseguir dominar essas
emoções para que não machuque os demais e pedir ajuda a seus amigos
quando precisar de apoio, é parte do desafio que propõe esta área de
crescimento. Escutar e respeitar outras pessoas, atuar com afetividade,
relacionar seus sentimentos com a expressão da sua sexualidade, reconhecer
igual dignidade entre homens e mulheres e compartilhar com sua família o
que você está vivendo, são, também, outros importantes desafios.
DESENVOLVIMENTO AFETIVO
Pesquisar os malefícios de drogas e entorpecentes;
Contribuir na manutenção de livro de patrulha;
Participar de um turno de ronda em um acampamento de Tropa;
Registrar, em algum tipo de diario ou arquivo, os principais momentos da
sua historia pessoal.
162
inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, anfetaminas, clorofórmio, ópio e
outras.
Por causa das drogas muitas vidas promissoras são perdidas; muitas
pessoas com talento se transformam em criminosos; muitos pais sofrem e
muitas famílias são destruídas. Por tudo isso, tenha uma posição firme e seja
sempre muito direto quando se falar em drogas: DIGA NÃO!
O Fumo
O tabaco tem origem numa espécie de planta
(Nicotiniana Tabacun), originária da América do
Sul, viscosa, com grandes folhas e numerosas
flores rosadas ou avermelhadas.
O tabaco comercial obtém-se das suas folhas
que, depois de recolhidas, são penduradas
a secar, com o objetivo de perder a água. Em
seguida são atadas em grandes fardos, submetendo-
se a fermentações posteriores, para diminuir a
percentagem de matérias albuminóides e de alcalóides, que
permitem aumentar o aroma, uniformizar a cor e uma melhor conservação.
Depois fica armazenado para melhorar qualidade. Antes da elaboração
são adicionadas essências aromatizantes e substâncias estimulantes, para
finalmente serem transformados em cigarros e comercializados.
Os perigos
Dos seus perigos destaca-se o efeito estimulante, embora nocivo, que
atua sobre o sistema nervoso. Este se deve a sua percentagem de nicotina,
mas o fumo do tabaco contém ainda outras substancias nocivas, tais como
o benzopireno, considerado cancerígeno.
O tabaco provoca um aumento de atividade cardíaca, queda da pressão
arterial, aumento da atividade intestinal, diminuição da secreção glandular.
Afeta a visão e o olfato. Ao fumar entram em ação as venenosas bases de
piridina do fumo, que excita, sobretudo o bulbo raquidiano e provocam
enjôos, vômitos, palpitações e diarréia.
O tabagismo crônico é responsável por arteriosclerose precoce,
distúrbios circulatórios, distúrbios digestivos, câncer pulmonar e outros
malefícios.
É importante ter consciência sobre os malefícios do cigarro, já citados,
e como este vício vai contra a opção de uma vida saudável, feita
por você quando passou a fazer parte do Movimento Escoteiro.
Que fazer? A escolha será sempre sua. O nosso conselho só
163
pode ser um: seja esperto, não fume!
O Álcool
Vamos abordar os perigos do álcool etílico,
conhecido como álcool comum, obtido pela destilação
e que já era conhecida dos povos primitivos.
O consumo em quantidade de vinho, cerveja,
licores e aguardentes e outras bebidas semelhantes,
embriagam, produzindo sonolência. O grau
de embriaguez, depois de ter consumido uma
quantidade razoável de álcool, depende de diversos
fatores, como, por exemplo, o peso da pessoa, a sua
constituição física, a sua habituação ao consumo de
álcool, tipo e hora de ingestão da ultima refeição.
A ingestão excessiva do mesmo produz danos no
fígado, estômago, rins, cérebro e nervos, podendo
conduzir ao delírio e ao estado de coma.
O álcool entra imediatamente no sangue, o
que provoca a redução de reflexos, colocando os
operadores de máquina, por exemplo, em situação
de perigo ( a si mesmo e aos outros ).
A grande maioria dos acidentes de trânsito, desde os mais simples até
verdadeiras tragédias, com mortes, mutilações permanentes e feridos,
especialmente entre jovens adolescentes, têm como principal causador
o álcool, que, aliado ao excesso de velocidade e outras imprudências,
colaboram para colocar o Brasil como um país de trânsito excepcionalmente
violento.
164
O Livro de Patrulha
É nele que se registram as coisas importantes que se passam na patrulha
e a seus membros. Dizendo de outra maneira, no livro de patrulha está a
história da patrulha.
165
trabalhamos, as cerimônia, os acampamentos...ainda que passe o tempo,
os grandes momentos da patrulha ficarão para sempre nessas páginas.
Para apresentar a história da patrulha a um novo integrante:
quer melhor carta de apresentação que um livro que conte a história da
patrulha, símbolos e tradições, que fale o que estamos fazendo juntos?
Quanto mais conheça a história da patrulha, mais rapidamente sentirá fazer
parte dela.
Para aprender com as experiências: para tirar novas ideias de
velhas atividades, saber sobre locais de acampamento e excursões na qual
a patrulha tenha participado; para não começar do zero, nem para inventar
a roda novamente; para não cair outra vez em erros já cometidos.
Para expressar os sentimentos: que tenham vontade de contar, de
compartilhar com os companheiros. Pode ser um desenho uma foto, um
texto...
Escrever é uma forma de expressar nossos sentimentos e emoções, como
desenhar, cantar, dançar ou conversar. Ajuda-nos a conhecermos e a
expressar a necessidade que todos temos de contar o que sabemos e o que
tem acontecido. Arrisque-se a escrever! Com o tempo e a experiência seus
textos serão cada vez melhores.
Na sua patrulha existe o Livro de Patrulha?
Um especial e diferente, escrito e desenhado
por vocês com as coisas que gostam? Vocês
o atualizam regularmente? Foi nomeado um
responsável pela sua manutenção e cuidado?
166
A ordem das duplas pode sorteada pela chefia ou acertada pela Corte
de Honra, ou, nos acampamentos de patrulha, definida pelo monitor. De
qualquer maneira é prudente que os jovens que dormem em uma mesma
barraca se sucedam primeiro, e que cada um saiba onde estará dormindo
o que o substituirá, evitando ter que acordar os demais naquela hora.
Os instrumentos dos vigias devem ser apenas lanternas e bastão. Nunca
se deve deixar equipamentos de corte ou com pontas com os vigias, sob
pena de alguém machucar-se.
Este serviço é muito útil, mas não deverá haver abuso. A maior parte do
tempo noturno deve ser reservado para o sono e descanso.
168
Para confeccionar um diário pessoal
Veja algumas opções de como montar um diário pessoal:
• Compre um caderno
e coloque capa ou uma • Tire as folhas limpas de cadernos
pintura que goste. Com velhos, corte-as no tamanho desejado para
fotos, papeis coloridos, seu caderno pessoal, una as folhas com cola
tecido, cola e alguns ou perfure-as e prenda com uma fita. Não
poucos elementos você esqueça de confeccionar uma boa capa,
pode fazer um lindo que pode ser com cartolina de diferentes
trabalho. cores onde será colada foto ou feito um
desenho especial.
169
20
DESENVOLVIMENTO AFETIVO
Participar de um debate sobre um filme ou um
documentário com temática ambiental ou social;
Participar ativamente nas assembléias expressando sua
opinião de forma respeitosa;
Propor temas para debater em seu Conselho de Patrulha;
Participar da avaliação de um acampamento de tropa
Organizando Debates
Os debates e o Escotismo
Em todos os órgãos de tropa irão acontecer, uma hora ou outra, algum
debate. Veja alguns exemplos: No Conselho de Patrulha, para eleger o
novo monitor ou para definir uma programação de atividade; Na Corte de
Honra, fazendo o diagnóstico para começar um novo ciclo de programa ou
para decidir sobre alguma questão disciplinar; ou pode ser na Assembléia de
Tropa, discutindo sobre a participação da tropa em um Jamboree Nacional
ou sobre o calendário anual da tropa.
Para que os debates sejam produtivos é importante que vocês saibam
alguma coisa sobre este processo democrático de análise e decisão, e
alguns pontos importantes estão a seguir:
170
Para que serve um debate?
1. Definir o tema
A primeira coisa é definir claramente sobre
o que se está debatendo. Somente ficando
claro sobre o que se está falando é que se
pode chegar a um bom resultado.
Papel do Presidente:
• Abre o debate, apresenta o tema Papel do Moderador:
e as regras; • Toma nota das inscrições;
• Abre a discussão e passa a • Dá a palavra a quem a pedir,
palavra ao moderador; de acordo com a ordem em que
• Intervém quando sente que a foram inscritos;
discussão pode fugir de controle; • Controla a agitação dos
• Coloca as propostas em votação intervenientes; e
e proclama os resultados, se for o • Controla o tempo previamente
caso; e estipulado.
• Resume, ao final, e agradece aos
debatedores.
Papel do Secretário:
• Registra as opiniões apresentadas; e
• Registra as conclusões; e
• Faz a ata do debate registrando de modo resumido e
objetivo tudo o que foi dito e concluído
REGRAS:
• Levantar o braço para pedir a palavra e aguardar que seja visto e
inscrito;
• Respeita a ordem de inscrição;
• Evitar repetir o que foi dito pelos que falaram anteriormente. Caso
o que você for falar tenha sido abordado por alguém que usou a
palavra antes de você, ao chegar sua vez agradeça e diga que sua
opinião foi apresentada por “fulano”, e que você une-se a ele neste
pensamento;
• Utilizar linguagem clara;
• Jamais usar linguagem obscena ou grosseira;
172
• Ser breve e não repetir-se;
• Não ser arrogante nem provocador;
• Para explicar suas posições pode utilizar expressões como:
o Parece-me que…
o Digo isto, porque …
o Eu também acho que …
o Não penso da mesma maneira…
o O que eu quis dizer foi…
Assembleia de Tropa
Durante o ano, em algumas oportunidades, haverá reunião da
Assembleia de Tropa. Este é um órgão muito importante da tropa, pois
são nessas reuniões que se estabelecem as normas de convivência e
se decide quanto aos objetivos e atividades da tropa.
A assembleia é integrada por todos os jovens da tropa, que nela
atuam individualmente, e não como representantes de suas patrulhas.
Ela se reúne pelo menos duas vezes em cada ciclo de programa ou
quando as circunstâncias o exigem. É presidida por um jovem eleito
com esta finalidade no momento de sua instalação. Os escotistas
também participam da Assembleia de Tropa, orientando-a.
Sempre que se faz necessário, na tropa, o estabelecimento de
normas de funcionamento ou de convivência, elas devem se originar
da Assembleia de Tropa. Como as normas afetam a todos, todos
participam de sua determinação. Esta é a principal contribuição da
Assembléia ao funcionamento da tropa e do Escotismo.
Além disso, a Assembléia de Tropa também trata de assuntos que
afetam a todos, como:
Determina os objetivos anuais da tropa, tal como aparecerão no
planejamento anual do grupo. Em outras palavras, fixa a visão.
Decide quanto às atividades da tropa que serão realizadas em
cada ciclo de programa e aprova o calendário de atividades, uma
vez que as atividades tenham sido organizadas pela Corte de Honra.
173
21
DESENVOLVIMENTO AFETIVO
Auxiliar a um novo integrante da patrulha a
se ambientar;
Convidar sua patrulha para uma reunião em sua residência.
174
· Emprestando livros que ajudem a conhecer a história de Baden-Powell
e do Escotismo;
· Contando histórias interessantes das atividades que já participou, que
motivem o novo escoteiro;
· Ajudando-o para que entenda bem as tarefas que lhe cabem na
patrulha, e como devem ser feitas;
· Orientando-o na aquisição de material de acampamento, como
mochila, saco de dormir, etc., para que ele não desperdice dinheiro e tenha
o necessário.
· Ajudando o novo escoteiro a sentir-se membro da patrulha e da tropa,
e a conquistar os itens do Período Introdutório, fazer sua Integração e sua
Promessa Escoteira.
· Sendo um exemplo a ser seguido.
175
Reunindo a patrulha em sua residência.
Uma patrulha é formada por um grupo de amigos. Só assim ela funcionará
bem - amigos trabalhando com objetivos comuns, vencendo desafios,
superando obstáculos, aprendendo uns com os outros e aproveitando
a força que só existe na amizade. Quanto mais sólida a amizade entre
membros da patrulha, mais forte ela será.
Uma das maneiras de consolidar ainda mais esta amizade é, como é
normal entre amigos, que vocês se encontrem em outros momentos além
da reunião da Tropa Escoteira. E, evidentemente, que se conheçam melhor,
compartilhe interesses, conhecendo também os pais e familiares dos
companheiros.
Então, que tal convidar sua patrulha para reunir-se em sua casa? Isso
pode ser feito para uma simples reunião de patrulha, para divertir-se como
amigos, ou para treinar alguma coisa, para aprender uma especialidade,
ou mesmo para fazer uma reunião formal do Conselho de Patrulha.
Algumas providências são necessárias:
1. Consulte os seus pais ou
responsáveis, e obtenha deles a
concordância antes de “fechar” o
convite;
2. Prepare um lugar para a
reunião. Se for apenas um encontro
informal, pode ser no seu quarto
ou em outra área confortável, mas
se for uma reunião do Conselho de
Patrulha é melhor que seja em uma
sala, cozinha ou escritório, onde
vocês possam sentar-se em volta
de uma mesa.
3. Oferecer aos companheiros
um refresco e um lanche é uma
boa idéia, mas também pode ser o
inverso, com a patrulha indo para
a cozinha e preparando um lanche
para sua família.
4. Não podem esquecer de
limpar tudo antes de sair.
176
22
DESENVOLVIMENTO AFETIVO
Participar de atividades nas quais se promove
a igualdade de direitos e deveres entre as
pessoas;
Compartilhar por igual com seus irmãos as tarefas domésticas;
Investigar sobre mulheres que se destacaram na história de nosso país;
178
A que o estado garanta aos pais a
possibilidade de cumprir deus deveres e
direitos.
A crescer são física, mental e
espiritualmente.
A receber atenção
especial se tiver
algum problema de
incapacidade, seja
física, mental ou social.
A que se respeite suas
vidas privadas, seus
direitos para descansar
e brincar.
A ter a própria
cultura, idioma e
religião.
A pedir e difundir a
informação necessária
que promove seu bem-
estar e o desenvolvimento como cidadão.
A que seus interesses sejam o primeiro em
ter em conta nas emergências e cada tema
que os afete, tanto na escola, nos hospitais,
entre os juízes e as autoridades.
A crescer em um ambiente de paz,
solidariedade e compreensão entre os povos.
Assim aprenderemos a
ser solidários, a entender
aos demais e a ser
justo com todas
as pessoas de
todas as partes
A expressarmos
livremente, a ser
escutado e a que
nossa opinião seja
levada em conta.
179
Homens e Mulheres têm direitos e deveres
iguais
No Escotismo costumamos dizer que homens e mulheres são iguais e
diferentes, ou seja, não podemos deixar de reconhecer que existem diferenças
entre homens e mulheres, tanto nos aspectos físico como psicológico,
mas estas diferenças não representam antagonismos ou superioridade
de um sexo em relação ao outro. Ao contrário, a convivência resulta em
enriquecimento de todos, seja na relação entre irmãos e irmãs, em casa, ou
entre escoteiros e escoteiras na patrulha ou na tropa.
Homens e mulheres devem ter os mesmos direitos e oportunidades. O
Fundador do Escotismo, Robert Baden-Powell, não teve dúvidas sobre isso,
ao perceber que o Movimento atraía, também, a atenção das meninas, e
tratou de oferecer sua prática à elas.
Como patrulha, dêem uma folheada nos jornais, olhem as notícias,
observem o que acontece no pais, na comunidade, em seus lares, no
comportamento de cada um de vocês. Descrevam situações ou fatos que,
a seu ver, sejam discriminações contra as mulheres ou contra os homens.
Não deixem de ver a si mesmo, lembrando que a mudança começa pela
sua casa... e não existe poder mais forte que o exemplo que cada um pode
dar. Inclusive podem preparar uma exposição sobre o tema.
180
Mulheres que fizeram história
Nosso país é rico em mulheres que se destacaram em diferentes campos
de atuação, e entraram para a história. Veja a seguir algumas delas.
181
num barracão, para onde levava doentes
e desabrigados. Ali trabalhou com idosos,
doentes, pobres, crianças e jovens carentes.
Em 1959, Irmã Dulce conseguiu um terreno
para construir o Albergue Santo Antônio. Em
1970, foi fundado o Hospital Santo Antônio,
ao lado do albergue, obra que hoje possui mais
de mil leitos e atende a 4 mil pessoas por dia.
Irmã Dulce também abriu um orfanato para
300 menores e passou muitos anos saindo
diariamente para pedir donativos de porta em
porta.
Com problemas respiratórios, Irmã Dulce foi internada em novembro de
1990, passando por vários hospitais. Faleceu no dia 13 de março de 1992,
em sua casa, no Convento Santo Antonio.
182
23
DESENVOLVIMENTO AFETIVO
Participar de uma cerimônia com a presença
dos pais, responsáveis ou irmãos;
Participar de uma atividade de sua patrulha junto aos seus
pais, responsáveis, irmãos;
Solicitar ajuda dos seus pais ou familiares para capacitar a patrulha em
algum tema de interesse (por exemplo: cozinha, mecânica, pintura, etc.).
183
Algumas idéias de atividade para fazer junto a tua família
Cada integrante da patrulha consulta a seus pais, avós e outros membros
de sua família sobre o que brincavam quando criança, preparam os materiais
necessários e organizam uma tarde em que convidam a seus familiares para
brincar junto com a patrulha “como nos velhos tempos”.
Durante um acampamento da Tropa Escoteira, os participantes tiram fotos
das atividades e uma vez de retorno ao local de reunião habitual, preparam
um audiovisual e convidam aos pais a uma sessão em que estrearão a
super produção. Caso se animem, podem fazer um vídeo.
E se fizerem um acampamento da Tropa Escoteira perto da cidade e
convidarem a seus familiares para que visitem num dia pré-estabelecido?
Conhecerão o acampamento, almoçarão juntos, farão jogos e atividades,
sairão em excursão pelos arredores e ao cair a noite, poderão voltar juntos
para seus lares. Também podem organizar de maneira que as famílias fiquem
com vocês na última noite do acampamento. E para culminar este dia de
atividades no acampamento com a família, um bom fogo de conselho!
184
Meu Desenvolvimento
Social
Imagem retirada de uma antiga
moeda de Éfeso, na Grécia.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Investigar sobre a vida de pessoas que lutaram
pelos direitos humanos no Brasil e no Mundo, e
apresentar para a tropa.
Participar de atividades nas quais se divulga a Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
186
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram,
na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na
dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre
homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e
melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a
promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal
aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância
desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e
liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento
desse compromisso, agora portanto,
A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal
dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos
os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e
cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração,
se esforce, através do ensino e da educação, por promover o
respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas
progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu
reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre
os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos
territórios sob sua jurisdição.
O que está escrito nos artigos que compõem esta declaração? Você sabe
quais são? Uma boa ideia é pesquisar a respeito, buscando informar-se,
pois só é possível defender aquilo que se conhece.
187
Alguns defensores dos Direitos Humanos
Princesa Isabel
Princesa Isabel nasceu no Rio de
Janeiro, em 1846 e morreu na França,
em 1921. Foi princesa imperial do
Brasil e regente do Império do Brasil
por três ocasiões, na qualidade de
herdeira de seu pai, o imperador D.
Pedro II. Foi cognominada a Redentora
por ter abolido a escravidão no Brasil.
A princesa Isabel foi também a
primeira senadora do Brasil, cargo
a que tinha direito como herdeira do
trono a partir dos 25 anos de idade,
segundo a Constituição do Império
do Brasil de 1824.
Liberal, a princesa uniu-se aos
partidários da abolição da escravidão.
De pensamento arrojado para sua
época, Dona Isabel era partidária de ideias modernas, como o sufrágio
feminino e a reforma agrária.
Em 30 de junho de 1887 assumiu a regência do império pela terceira vez,
pois seu pai fora obrigado a afastar-se para tratamento de saúde na Europa.
A abolição provocava grande oposição entre os fazendeiros escravocratas.
Poderosos, esses escravocratas infundiram na opinião pública, através
do Parlamento e da imprensa, a idéia de que a abolição da escravidão
seria a bancarrota econômica do império, pois as prósperas fazendas de
café e açucar do Brasil de então eram todas elas, regadas com o suor do
escravo.
Em 13 de maio de 1888, num domingo, aconteceram as últimas votações
de um projeto de abolição total. Certa da vitória, a regente desceu de
Petrópolis, cidade serrana, para aguardar no Paço Imperial o momento de
assinar a Lei Áurea. Usou uma pena de ouro especialmente confeccionada
para a ocasião, recebendo a aclamação do povo do Rio de Janeiro.
Mas a elite cafeeira não aceitava a abolição. Cotegipe, ao cumprimentar
a princesa, vaticinou: “Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono”.
Mas a Princesa não hesitou em responder: “Mil tronos eu tivesse, mil tronos
eu daria para libertar os escravos do Brasil”
188
Martin Luther King Jr.
Martin Luther king nasceu em Atlanta, Estados Unidos, em 1929, e morreu
assassinado, em Memphis, em 4 de abril de 1968. Foi um pastor protestante
e ativista político estadunidense. Membro da Igreja Batista, tornou-se um dos
mais importantes líderes do ativismo pelos direitos
civis (para negros e mulheres, principalmente)
nos Estados Unidos e no mundo, através de uma
campanha de não-violência e de amor para com o
próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber
o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes
de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e
lembrado é “Eu Tenho Um Sonho”.
Em 1955, época em que existia segregação
racial nos Estados Unidos, Rosa Parks, uma mulher
negra, se negou a dar seu lugar em um ônibus
para uma mulher branca e foi presa. Os líderes
negros da cidade organizaram um boicote aos ônibus de Montgomery
para protestar contra a segregação racial em vigor no transporte. Durante
a campanha de 381 dias, co-liderada por King, muitas ameaças foram
feitas contra a sua vida, foi preso e viu sua casa ser atacada. O boicote foi
encerrado com a decisão da Suprema Corte Americana em tornar ilegal a
discriminação racial em transporte público.
Martin Luther King Jr. profere o seu famoso discurso “Eu tenho um sonho”
em março de 1963, frente ao Memorial Lincoln, em Washington, durante
a chamada “marcha pelo emprego e pela liberdade”. Ele organizou e
liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação,
o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior
parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei estado-unidense com
a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964), e da Lei de Direitos Eleitorais
(1965).
Em 1964 King se tornou a pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz,
que lhe foi outorgado em reconhecimento à sua liderança na resistência
não-violenta e pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos.
Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do sul, o
que culminou em seu assassinato no dia 4 de abril de 1968, momentos
antes de uma marcha, num hotel da cidade de Memphis. Em 1986 foi
estabelecido um feriado nacional nos EUA para homenagear Martin Luther
King, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-
feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário de King. Em 1993,
pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os estados do país.
189
25
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Assumir distintas responsabilidades nas atividades
de sua patrulha e sua tropa
Colaborar para definição de metas da sua patrulha.
Assumir e desempenhar satisfatoriamente um cargo na patrulha
Participar das decisões que toma seu Conselho de Patrulha, contribuindo
com ideias, votando e assumindo responsabilidades em distintas tarefas,
atividades e projetos.
190
• Se esforçar para manter a coesão, as tradições e história da patrulha.
Baden-Powell destacou a relevância do monitor e assinalou que “o
monitor é responsável pela eficiência e boa apresentação de sua patrulha.
Os escoteiros da patrulha obedecem a suas ordens não por medo do
castigo, como ocorre com frequência na disciplina militar, mas porque são
uma equipe que joga em conjunto e que apoia seu monitor para maior
honra e sucesso da patrulha.” (Baden-Powell, Escotismo para Rapazes,
1908). Em outro dos seus livros, ele definiu claramente que “...a autoridade
e a responsabilidade repousam nas mãos dos monitores.” (Baden-Powell,
Guia do Chefe Escoteiro, 1919).
191
Uma patrulha alcança o êxito em seus projetos quando cada um
desempenha com eficácia a sua função.
a) Almoxarife - encarregado
da guarda e da conservação do
material da patrulha;
b) Secretário - encarregado
da escrituração e dos arquivos;
c) Tesoureiro - encarregado da
arrecadação de fundos e das compras;
d) Administrador - encarregado da
organização e da manutenção do “canto” de patrulha;
e) Bibliotecário - encarregado dos livros, manuais e demais publicações;
f) Animador - encarregado de jogos e canções;
g) Outros, de acordo com as necessidades da patrulha.
192
Cargos de patrulha no campo
Quando a patrulha sai para atividades ao ar livre é importante que tenha
bem definido as funções de cada um de seus membros, principalmente
quando a atividade que vai acontecer tenha duração um pouco mais longa.
Cada um deve ter treinado previamente suas habilidades para assumir suas
responsabilidades, e é no campo que cada um vai exercer liderança na
atividade sob seu encargo.
O sucesso da patrulha depende de que todos saibam exercer a liderança
definidas para seus cargos e, por outro lado, saibam colaborar com o
trabalho necessário para que tudo aconteça da melhor forma possível.
Assim, por exemplo, quando o cozinheiro solicitar que alguém o ajude
buscando lenha, isso deve acontecer sem reclamações e com urgência.
Veja os principais cargos necessários para a boa vida da patrulha no
campo:
193
26
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Participar ativamente de uma Assembleia de
Tropa, analisando as normas de convivência e
propondo melhorias;
Estudar sobre a organização do Escotismo no Brasil e apresentar o
resultado para sua patrulha ou tropa;
Conhecer a estrutura de um grupo escoteiro
194
A organização do Escotismo no Brasil
Quando Robert Baden-Powell publicou o livro “Escotismo para Rapazes” e
percebeu a adesão dos jovens ingleses às suas ideias, imediatamente tratou
de fundar uma organização para cuidar do Movimento que crescia. Assim
surgiu a primeira organização escoteira do mundo, a Scout Association,
que até hoje dirige o Escotismo na Inglaterra.
195
Estrutura do grupo escoteiro
O grupo escoteiro é a organização local destinada a proporcionar
a prática do Escotismo às crianças e jovens. Para que ele funcione são
necessários adultos que assumam as funções de administração (dirigentes)
e o trabalho diretamente com os membros juvenis (escotistas).
O sucesso do grupo escoteiro depende, também, da participação e
apoio dos pais.
São órgãos do erupo escoteiro:
• a Assembleia de Grupo; • a comissão fiscal de grupo; e
• a diretoria de grupo; • as seções.
ASSEMBLEIA DE GRUPO
A Assembleia de Grupo é o órgão máximo, normativo e deliberativo do
grupo escoteiro, composta pelos membros eleitos da diretoria de grupo, pelos
escotistas, pioneiros, participantes contribuintes da UEB vinculados ao grupo
(pais, responsáveis e membros do Clube da Flor de Lis), e representação
juvenil, caso seja prevista no regulamento ou estatuto do grupo escoteiro. A
Assembleia de Grupo se reúne e delibera, com qualquer número de presentes,
por convocação da diretoria de grupo, ordinariamente, até o mês de julho de
cada ano.
196
27
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Realizar boas ações individuais e participar de
boas ações coletivas com sua patrulha ou tropa;
Participar de um MUTCOM;
A Boa Ação
Os escoteiros são pessoas que se caracterizam por estar sempre dispostas
a ajudar o próximo e a fazê-lo com alegria.
Nossa Lei nos convida a servir ao próximo e disso resulta uma boa ação:
um serviço que procuramos realizar todos os dias. Também é uma forma de
cumprir nossa Promessa Escoteira.
E porque fazer uma boa ação todos os dias? Porque assim como
exercitamos os músculos para ficarem fortes e saudáveis, assim também,
mediante de uma boa ação diária, exercitamos nosso espírito de serviço,
nos tornando mais solidários e ficamos mais preparados para ajudar o
próximo.
Por isso não importa quão grande ou pequena seja sua boa
ação. Quem sabe as vezes é apenas um gesto de cortesia, um
sorriso, mas não deixe de fazê-lo, somente assim poderá dizer
realmente - Sempre Alerta!
197
algumas moedas para dar ao jovem, mas antes
que tivesse a oportunidade de oferecer este lhe
disse:
- Não senhor, muito obrigado, sou escoteiro
e um escoteiro não aceita nada por ajudar
alguém.
- Um escoteiro? E o que é isso? Perguntou o
homem surpreendido.
- Não tem ouvido falar dos Boys Scouts de
Baden-Powell? Lhe perguntou na sua vez o
rapaz.
- A verdade é que não, mas poderia contar-me algo sobre eles? Perguntou
o Sr. Boyce.
O rapaz contou ao norte-americano sobre ele e seus irmãos escoteiros.
O Sr. Boyce ficou muito interessado e depois de terminar seus negócios,
pediu ao rapaz que o levasse ao escritório dos Escoteiros Britânicos.
Uma vez no escritório, o jovem desapareceu tão rápido como havia
chegado.
Neste local o Sr. Boyce conheceu Baden-Powell, o famoso general inglês
que havia fundado o Movimento Escoteiro há somente dois anos.
Boyce ficou tão impressionado com o que Baden-Powell lhe contou sobre
o Movimento Escoteiro, que decidiu levar a idéia para seu país, uma vez
que regressa da Inglaterra.
O que aconteceu com o jovem que ajudou a Boyce?
Nada se sabe. Nunca se voltou a falar dele. Mas sem dúvida, nunca
esqueceram dele. Os Escoteiros Americanos presentearam ao parque de
Gilwell, na Inglaterra, uma formosa estátua de um búfalo americano com
uma simples inscrição que diz:
“Ao escoteiro desconhecido que, em sua lealdade ao diário cumprimento
da Boa Ação, tormou possível
trazer o Movimento Escoteiro aos
Estados Unidos da América”.
Uma boa ação que um jovem
faz a favor de um homem, se
transformou numa Boa Ação a
milhões de jovens.
198
Boa ação coletiva, uma oportunidade de
servir
Todo escoteiro assume um compromisso de realizar diariamente uma boa
ação. Assim, de uma maneira ativa, procura as oportunidades em que pode
servir e cumprir com sua Promessa.
Muitas boas ações são individuais, e embora sejam importantes para
quem faz e quem recebe, sem sempre têm força e alcance capaz de fazer
expressiva diferença em uma situação de ajuda ao próximo.
Assim, uma boa estratégia é reunir a patrulha em uma boa ação coletiva.
Reunindo a inteligência e criatividade de todos na busca de soluções,
juntando a capacidade de todos para a realização das tarefas, com certeza
uma boa ação poderá alterar de fato a condição de alguém, ou seja, não
será apenas uma oportunidade de servir, mas uma oportunidade de ajudar
alguém a crescer e a resolver seus próprios problemas.
199
O que acontece é que podemos ajudar de suas formas:
Qual a diferença??
A diferença é que no primeiro caso nós realizamos a ação para a
comunidade. Por exemplo, vamos até um bairro carente onde existe uma
escola com um prédio em péssimas condições, e nós trabalhamos para
arrumar este prédio, de forma a deixá-lo em condições de uso. No segundo
caso nós envolvemos a comunidade na solução do problema. No caso
da escola, vamos nos reunir com lideranças locais e da escola, pensar em
como arrumar e ajudá-los a obter uma solução e desenvolver os trabalhos.
Assim, com o engajamento da comunidade, estaremos trabalhando para
que eles aprendam a tratar das suas questões e resolver seus problemas.
Quando conseguimos condições para trabalhar o Desenvolvimento
Comunitário, estaremos fazendo o que diz um antigo ditado chinês, que
“mais importante do que dar o peixe é ensinar a pescar”.
200
Juntando-se a grupos comunitários - Por exemplo: oferecer trabalho
para a associação de moradores do seu bairro.
Trabalhando com organizações sociais - Por exemplo: Rotary ou
Lions, que atuam em diferentes causas.
Participando de projetos públicos - Por exemplo: as ações que visam
à melhoria da cidade e das condições de vida das pessoas, promovidas
pela prefeitura.
Sendo voluntário em escolas - Por exemplo: participar de projetos de
revitalização das áreas de escola de seu bairro.
201
Seja voluntário: legislação
A Lei nº 9.608/98 descreve como trabalho voluntário a atividade não
remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública, ou a instituição
privada que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos,
recreativos ou de assistência social.
Todos os adultos que atuam no seu grupo escoteiro, sejam chefes
ou dirigentes, são voluntários que estão oferecendo seu
tempo, suas capacidades e seus conhecimentos para que
você e os demais jovens e as crianças possam praticar
Escotismo. Isso não é legal?!
202
28
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Fazer um croqui da área onde reside,
identificando os serviços públicos de seu bairro.
Conhecer a localização e número de telefone dos distintos
serviços públicos de seu bairro.
203
Um croqui da área em que você reside, portanto, nada mais é do que um
desenho simples, tendo sua casa como ponto central, e a ruas que estão
ao redor, num raio aproximado de 2 km, identificando as ruas principais e,
é claro, os serviços públicos e de utilidade pública, tais como bombeiros,
delegacia de polícia, quartel de polícia militar, serviço telefônico, hospitais,
pronto-socorros, serviço de energia elétrica, serviço de água, pontos de
ônibus, pontos de taxi, supermercados, escolas, etc.
Para começar o seu trabalho você pode usar um mapa local ou, ainda
mais fácil, procurar na internet, no site http://maps.google.com.br/, onde
você pode baixar um mapa do seu bairro que servirá como referência para
montar o croqui.
Depois, deixe o croqui exposto em um local visível, que possa servir para
você e sua família.
204
Para saber o que fazer em casos de emergência e saber como ajudar, é
fundamental estar bem informado. Sua patrulha pode ajudar a tropa fazendo
um fichário sobre os principais serviços existentes em nossa comunidade.
Este modelo de ficha pode ser útil.
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
Nome da Instituição:
Endereço:
Telefone:
Objetivo da Instituição:
Não esqueçam que para este fichário seja útil deve ser
permanentemente atualizado e estar num local de rápido acesso.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Participar, junto com sua patrulha, de uma
comemoração típica de sua região;
Participar de um jantar festivo na tropa, representando um
Estado diferente do seu;
Pesquisar e colocar em prática alguns jogos e atividades típicas dos
habitantes da região onde você vive;
Participar de um evento cívico, com sua patrulha ou tropa;
206
A organização do jantar festivo começa na Corte de Honra, onde será
combinado data, horário, local e o que cada patrulha representará. A partir
daí cada patrulha deverá buscar informações para preparar um cardápio
específico e a ambientação do seu local. Isso significa que cada patrulha
deverá preparar:
207
Folclore brasileiro
O folclore é passado de pais para filhos, geração após geração.
Conhecendo o folclore de um país podemos compreender o seu povo. E
assim passamos a saber, ao mesmo tempo, parte de sua história.
O folclore brasileiro é um dos mais ricos do mundo. Nele, estão as marcas
dos diferentes povos que formaram nossa nação, principalmente
o indígena, o africano e o europeu. Imagine uma colcha
de retalhos multicolorida com uma mistura de figuras
geométricas, estampas e texturas. Assim é nossa herança
cultural.
Conhecer, cultivar e estudar nossas tradições é uma
forma de manter vivas as raízes nacionais. Conheça as
principais tradições do nosso povo
Fazem parte do folclore:
· As festas populares, as canções de ninar, as cantigas de roda, as
brincadeiras e jogos e também os mitos e lendas que aprendemos quando
criança.
· Os utensílios que o povo fabrica para o uso e ornamentação, como as
cestas de vime, e os objetos de cerâmica, madeira e couro, os tecidos, a
renda, os adornos de miçangas e penas.
· Comidas típicas, redes de dormir, chinelo de palha, fita do Nosso
Senhor do Bonfim, brincadeira de esconde-esconde, bumba-meu-boi, boi
de mamão, samba, panelas de barro, ferradura atrás da porta, carnaval e
futebol.
O Dia do Folclore é comemorado, aqui no Brasil, com eventos e festas,
no dia 22 de Agosto.
208
Jogos típicos brasileiros
Bocha - Trazido para a Brasil pelos imigrantes
italianos, o jogo de bocha é muito popular nos
Estados de São Paulo, onde iniciou no Brasil,
além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais. É jogado
em uma cancha cumprida entre duas pessoas
ou duas equipes, que consiste em lançar bochas
(bolas) e situá-las o mais perto possível de um
bolim (bola pequena), previamente lançado. O adversário por sua vez,
tentará situar as suas bolas mais perto ainda do bolim, ou remover as bolas
dos seus oponentes.
Pião - O pião foi trazido ao Brasil pelos portugueses, na época
da colonização. O brinquedo popular é feito de madeira ou
metal, tendo na ponta um prego ou ferrão. Para brincar
enrola-se uma corda da ponta ao corpo do pião, segurando
uma ponta. Depois, é só atirar o pião em direção ao chão,
desenrolando o barbante de um impulso só. O brinquedo
cai no chão rodopiando e assim permanece durante um bom
tempo, podendo, de acordo com a habilidade de cada
um, ser equilibrado na mão ou no próprio barbante.
Bilboquê - É um brinquedo antigo que consiste em uma
esfera de madeira (ou de forma semelhante), com um orifício
central, e presa por uma corda numa espécie de suporte. Através
do movimento das mãos, esta bola deve ser encaixada no suporte.
Em francês, a palavra bilboquet tem relação com a palavra
bille, que tanto pode ser traduzida como “pequeno bastão”
ou como por “bolinha-de-gude”.
Bola de gude - Bola-de-gude ou
bolinha-de-gude, também conhecido
como búlica, bolita ou peca, entre outros
tantos nomes, é uma pequena bola de vidro maciço,
pedra, ou metal, escura, manchada ou intensamente
colorida, de tamanho variável, usada em jogos de
criança, em que se compete de diferentes formas,
mas levando em conta sempre a habilidade de lançar
a bola usando os dedos da mão.
209
30
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Explicar aos novos integrantes de sua patrulha os
significados da flor de lis e saudação escoteira;
Conhecer a história de seu grupo escoteiro e seus símbolos;
Participar de uma atividade, distrital, regional e ou Jamboree Nacional
Participar de um JOTI ou JOTA;
A Flor de Lis
A flor de lis é o símbolo dos escoteiros. Uma recordação da Promessa
Escoteira e do compromisso com a Lei. Usam-na os escoteiros e as escoteiras
que fizeram sua Promessa, em qualquer parte do mundo.
Na época em que se criou o Movimento Escoteiro, a flor de lis era usada
em bússolas e mapas para indicar o Norte. Provavelmente por isso que
Baden-Powell escolheu como nosso símbolo, por estar vinculado a exploração
e a ajuda necessária para encontrar o bom rumo. B-P dizia que a flor de lis
representava “a boa trilha que todo escoteiro vai seguir”.
210
Pétala principal - Dever Agulha que
para com Deus indica o Norte
211
Além da flor de lis, que você já conhece, o Movimento Escoteiro
tem outros símbolos universais:
A Saudação
Os escoteiros de todo o mundo têm uma saudação que nos é próprio
e comum. Uma saudação de paz e boa vontade que nos faz
recordar o compromisso com a Promessa.
Durante a II Guerra, numa pequena ilha dos
Mares do Sul onde se desenrolou terríveis
combates dos japoneses contra os norte-
americanos, um soldado norte-americano
jazia gravemente ferido no campo de
batalha, quando chegou um soldado
japonês com sua baioneta em riste para
matá-lo. O soldado norte-americano
considerou que já não havia nada que
pudesse fazer e num último gesto quase
inconsciente fez a saudação escoteira.
Horas mais tarde recobrou a consciência e comprovou com surpresa que
suas feridas estavam curadas. Na sua camisa encontrou um nota que
dizia:
eu sou o soldado japonês que estava pronto para te
matar, mas tua saudação escoteira me fez lembrar que
também fui escoteiro quando criança. Como poderia
te matar? Fiz em ti os primeiros socorros, o melhor que
pude. Boa sorte.
212
Aperto de mão
Os escoteiros estão acostumados se
cumprimentarem estendendo a mão
esquerda. É possível que Baden-Powell
tenha tirado esta tradição dos Ashanti.
Os Ashanti viveram no que agora é o sul
de Gana e nosso fundador entrou em
contato com sua cultura nos anos que
esteve na África como coronel do exército
inglês.
Os guerreiros ashanti costumavam
se cumprimentar com a mão esquerda
pois nela levavam o escudo para se
proteger. Somente quando encontravam
com um amigo, largavam o escudo e
cumprimentavam com a mão esquerda
em sinal de confiança, já que, frente a essa
pessoa não temiam ficar desprotegidos.
213
Os grandes eventos escoteiros para jovens
Você sabe o que é um Jamboree?
É um grande acampamento de escoteiros provenientes de diferentes partes.
Pode ser mundial, continental ou nacional.
A palavra Jamboree quer dizer “grande festa ou celebração”. O próprio
Baden-Powell dizia que escolheu esta palavra porque gostou como soava e
pelo seu sentido jovial e de festa, que iria bem com os jovens participantes
destes eventos.
O Jamboree Mundial é o máximo evento da Organização Mundial do
Movimento escoteiro. Realiza-se a cada quatro anos, sempre num país
diferente e reúne jovens provenientes de mais de 100 países.
Participar de um Jamboree Mundial é uma experiência maravilhosa, mas
nem sempre é possível fazê-lo. Além do Jamboree Mundial, nas Américas,
se realiza o Jamboree Pan-Americano, a cada três anos, também sempre em
um país diferente.
O primeiro Jamboree Escoteiro Mundial foi realizado em Olímpia, Londres,
Inglaterra, no ano de 1920 e participaram 8 mil escoteiros de 34 países.
Nesse Jamboree, Baden-Powell foi aclamado Chefe Escoteiro Mundial.
214
Você sabia que existe um Jamboree pela Internet? É chamado
JOTI pela sua sigla em inglês: Jamboree On The Internet
e também um Jamboree nas ondas do rádio, chamado de JOTA,
que significa Jamboree On The Air.
215
31
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Participar de uma atividade da sua patrulha e/ou
tropa em que se promova a paz e compreensão
entre as pessoas;
Pesquisar sobre a vida de pessoas que trabalharam pela paz no Brasil e
apresentar o resultado para sua patrulha ou tropa;
216
Não se poderiam fundar, em tempos de paz e
tranqüilidade, sociedades de socorro compostas
por abnegados voluntários devidamente
qualificados, cuja finalidade seja prestar, em
tempos de guerra, assistência aos feridos?
H. Dunant
217
32
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Participar de um projeto ambiental com
sua patrulha ou tropa e aplicar as normas de
acampamento de baixo impacto em acampamentos
e excursões.
Realizar levantamento de pegadas de animais de sua região;
Participar de uma excursão urbana com motivo ecológico.
Biomas Brasileiros
O Brasil é o país de maior biodiversidade do
Planeta. Foi o primeiro signatário da Convenção
sobre a Diversidade Biológica (CDB), e é
considerado megabiodiverso – país que reúne
ao menos 70% das espécies vegetais e animais
do Planeta – pela Conservation International (CI).
A biodiversidade pode ser qualificada pela diversidade
em ecossistemas, em espécies biológicas, em endemismos
(espécies restritas a uma região) e em patrimônio genético.
Devido a sua dimensão continental e à grande variação
geomorfológica e climática, o Brasil abriga sete biomas, 49
ecorregiões, já classificadas, e incalculáveis ecossistemas.
O conjunto de seres vivos (biota terrestre) possui a flora mais rica do
mundo, com até 56.000 espécies de plantas superiores, já descritas; acima
de 3.000 espécies de peixes de água doce; 517 espécies de anfíbios; 1.677
espécies de aves;
e 518 espécies de
mamíferos; pode ter
até 10 milhões de
insetos.
218
Acampamentos de baixo impacto ambiental
Como escoteiros temos obrigação de deixar os locais em que acampamos
melhor do que encontramos. Devemos ter o mesmo cuidado com o lugar
onde vivemos, fazendo da nossa casa e nossa cidade um lugar mais habitável
e humano.
Observe sua maneira de atuar e a das pessoas com quem divide sua
cidade. Faça uma lista das situações observadas e que, a seu ver, prejudicam
o seu ambiente. Pense no que é possível fazer para melhorá-lo.
219
Nunca devemos esquecer que o estado do local, depois que o
acampamento terminou, mostra exatamente se a Patrulha ou Tropa
que dele se utilizou era de boa qualidade. Nenhum Escoteiro digno
desse nome jamais deixará sujo o terreno onde acampou. Os
fazendeiros assim não terão o trabalho de limpar o terreno depois
que você se tenha retirado, e ficarão, conseqüentemente, muito mais
propensos a deixar que você o use outra vez. Lembre-se que ao
levantar acampamento, só duas coisas deve deixar no local: 1º Nada.
2º Os seus agradecimentos ao proprietário do terreno.
220
Pegadas em gesso
1 - Limpar o local sem alterar
a pegada e rodeá-la com uma
tira de cartolina ou metal, afim de
impedir que o gesso se espalhe.
2 - Misturado o gesso com
água, lentamente, até ficar um
creme grosso e adicionado um
pouco de sal, derramá-lo sobre a
pegada.
3 - Após quinze minutos ou
pouco mais, retirar o modelo
com cuidado, limpando-o
delicadamehte de quaisquer
residuos do solo. (Tendo assim o
negativo).
4 - Para obter o positivo, untar
o negativo com óleo, colocá-lo
sobre uma tábua, cercá-lo com
uma tira de cartolina ou metal
presa por um cordel e aí derramar
o gesso como no n° 2.
5 - Depois de estar seco o
gesso, retirá-lo com cuidado,
desprendendo-se o modelo
facilmente por causa do óleo.
(Você terá, então, o positivo).
6 - Enquanto a pasta estiver úmida, inscrever no bordo o nome do animal
a que se refere a pegada, assim como a data que foi obtida.
221
Esboços para construção:
Comece com um grande pedaço
de papelão, medindo 1m x 1,33m.
Corte e dobre como é mostrado no
esboço. Os ângulos e dobras são
os mais indicados, mas pequenas
variações também podem ser feitas.
Dicas: Para fazer dobras retas
no papelão, primeiro faça um vinco
sobre a linha da dobra com um
objeto de ponta cega, como o cabo
de uma colher, então dobre o papelão contra uma superfície firme e reta.
Faça as fendas um pouco menores e estreitas que as abas a serem
encaixadas, de modo que estas se prendam firmemente ao painel frontal.
Cole folhas de alumínio nas áreas que formarão as superfícies internas
quando o forno estiver pronto para cozinhar.
Para instalar, deite o painel com o lado
brilhante para cima. Dobre para cima as
partes frontais e traseiras e encaixe as
pontas das abas nas fendas à sua frente.
Você está pronto para cozinhar!
Coloque a sua comida em uma
panela preta. Então coloque a panela
dentro de um saco plástico (um saco
de cozinhar irá suportar melhor o calor).
Depois, feche a abertura do saco e coloque a
panela, envolta no saco, no centro do seu fogão solar.
Nesse forno/fogão podem ser feitos todos os tipos de comida, e o tempo
de cozimento fica entre uma a uma hora e meia.
222
LINHAS DE CORTE LINHAS DE DOBRA LINHAS OPCIONAIS DE DOBRA PARA
ARMAZENAMENTO COMPACTO
cm
13
223
Meu Desenvolvimento
Espiritual
A imagem é a árvore da vida, segundo uma
pintura Huichol, originária do México.
DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
Fazer orações rotineiras na tropa ou patrulha,
inclusive a Oração do Escoteiro
Participar das celebrações de sua confissão religiosa;
Realizar reflexões junto a sua patrulha nas excursões e acampamentos;
Orações Escoteiras
Qualquer que seja sua confissão religiosa, os escoteiros de vários países
adotaram como própria esta oração formosa e singela:
Oração do Escoteiro
Senhor
ensina-nos a ser generosos,
a servir-Te como o mereces,
a dar sem medida,
a combater sem medo que nos firam,
a trabalhar sem descanso
e não buscar outra recompensa
que saber que fazemos Tua vontade.
Além desta Oração, existem outras para diferentes momentos, que são
usadas há muitos anos pelos escoteiros.
Às refeições
Uns têm e não podem,
Outros podem e não têm,
Nós, que temos e podemos,
Bendigamos ao Senhor.
226
Pela manhã
Senhor, Tu que estendeste o céu como
imensa barraca sobre nós,
Olhes misericordioso Teus filhos, já
alertas na aurora de um novo dia.
Afastes, Senhor, deste acampamento,
tudo que possa Te ofender,
E nos una para ajudarmo-nos
mutuamente
A fim de que este dia transcorra entre
amizade e alegria.
Local para orações
À noite
Senhor, depois de um dia cheio de
trabalhos e de lutas,
Queremos repousar nossos corpos
fatigados.
Vigies nossas barracas, a fim de que o
nosso sono seja descanso
Para mais trabalharmos no dia de
amanhã.
Afastes os perigos de nosso
acampamento,
Cercai-o com o calor da Tua Bondade. Local para orações
Perdoes, Senhor, todas as nossas faltas,
Para que nós, que vamos dormir sob as
estrelas,
Possamos faze-lo em Tua Graça.
Estendas Tua proteção em torno deste
acampamento.
Para que nos defenda de todo o mal.
Assim seja
227
Refletindo sobre Valores
Já ouviu falar dos cavaleiros antigos?
Eram homens de fé, cheios
de despreendimentos, que
abandonavam o conforto e o bem-
estar dos castelos, onde tudo era
riqueza e comodidade e seguia,
cobertos de pesadas armaduras de
ferro, armados de lança e espada, a
correr o mundo, com o fim de fazer
o bem, distribuir justiça, proteger os
fracos.
Obedeciam às leis que nunca
foram escritas, mas que eram
religiosamente seguidas.
Nunca mentiam, eram leais,
valentes, nobres e generosos.
Pois bem, você obedecendo,
praticando as leis do escoteiro,
vai ser um pequeno cavaleiro, vai
reviver, depois de tantos séculos
passados, aquelas belas tradições de lealdade e cortesia dos cavaleiros
antigos.
Você é o cavaleiro de hoje, sempre pronto a correr em defesa dos fracos,
sempre pronto a proteger a verdade. Todos confiam em você, na sua
palavra, na sua açao como confiavam outrora nos cavaleiros.
O escoteiro tem um código de honra que é representado pela Lei
e a Promessa. A Lei Escoteira contém normas que são cumpridas pelos
escoteiros do mundo inteiro. Você passou a obedecer a estas normas a partir
do momento em que se tornou escoteiro, ou seja, quando você realizou a
Promessa Escoteira.
229
idoso e gostará é claro, de receber respeito e consideração dos mais
jovens... Não se esqueça que as pessoas mais velhas podem, com a sua
experiência, nos ensinar muita coisa.
O mundo ideal seria aquele em que todos vivessem em paz, respeitassem
o próximo e produzissem com o seu trabalho, o bastante para viver
confortavelmente com sua família e participar do desenvolvimento do seu
país.
Desenvolvimento pessoal
Vamos citar cinco aspectos em que você deverá avaliar sua vida numa
conversa com seus companheiros de patrulha ou com seu chefe. Você
poderá dizer como tem agido em relação a cada um desses aspectos na
sua vida dentro e fora do Escotismo.
230
Periodicamente, em uma conversa franca e amiga com seu
chefe de tropa, você poderá fazer um balanço de toda a sua
experiência no Movimento Escoteiro,
e avaliar o quanto progrediu e
aprendeu desde que entrou na
Tropa Escoteira.
Certamente você
compreende, que para um
Escoteiro, conquistar novos
distintivos e desempenhar
funções na tropa, não
significam honrarias ou que
seja superior aos outros, mas
sim que se tem um maior
número de conhecimentos e
portanto está mais apto a colaborar mais eficientemente com o seu próximo,
com a sua comunidade e consigo mesmo, de acordo com a Promessa e a
Lei Escoteira.
Em todos os aspectos que citamos, você deve ter se desenvolvido e
certamente hoje você já tem uma visão muito mais ampla sobre o Escotismo,
que reúne tantas pessoas nas mais diversas partes do mundo.
E evidente que ninguém é perfeito, mas o que se espera de um escoteiro é
que ele esteja permanentemente procurando se aperfeiçoar, enfim fazendo
o seu melhor possível para viver de acordo com a sua Promessa, e para isso
é necessário não se acomodar, mais sim estar sempre evoluindo.
231
34
DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
Participar de uma atividade de serviço
comunitário com os integrantes de sua comunidade
religiosa;
Aplicar os ensinamentos de sua confissão religiosa nas coisas que faz no
seu dia-a-dia;
Apresentar à tropa um pequeno relato de ensinamentos da sua confissão
religiosa.
232
a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole
combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a
sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o Imperador a lhe
conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na
corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Começou a mudar como pessoa após o falecimento de sua mãe, quando
resolveu distribuir toda a riqueza que tinha aos pobres. Logo em seguida,
durante uma reunião em que o imperador Diocleciano falou de seus planos
de matar todos os cristãos, Jorge declarou-se um deles e se opôs.
O Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos,
todavia Jorge a reafirmava, tendo seu martírio aos poucos ganhado
notoriedade e muitos romanos se sensibilizaram com a convicção do
jovem soldado. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou que o
matassem, no dia 23 de abril de 303, segundo a tradição.
Formou-se uma lenda em torno de Jorge, em que, geralmente ele é
apresentado como um cavaleiro, montado e de armadura, atacando com
uma lança um dragão que queria devorar uma donzela. É apenas uma
imagem simbólica, em que o dragão representa a maldade e os erros, e a
donzela é o pensamento puro e a fé em Deus que devem ser defendidos.
Para os escoteiros Jorge representa a juventude destemida, valente, leal,
pronta a sacrificar-se por seu ideal lutando para fazer o bem.
233
35
DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
Participar da construção de um espaço de reflexão
em um acampamento de tropa;
Orar utilizando uma oração própria da tropa ou de sua patrulha.
Praticar a oração como forma de relacionar-se com Deus.
Organizar ou contribuir com um livreto de orações para a sua patrulha.
234
Deitem-se de costas no chão e em silêncio observem fixamente o
firmamento durante 10 ou 15 minutos. Observem a distribuição dos astros
no firmamento e procurem estabelecer grupos de estrelas, imaginando
figuras e formas.
Quando os povos da antiguidade, vencendo seus medos, atreveram-se
a viajar a noite, tiveram que encontrar um meio que os ajudassem a se
orientar e descobriram nas estrelas suas principais aliadas. Para que fosse
possível reconhecer o céu noturno, agruparam as estrelas formando figuras
que na atualidade chamamos constelações.
Foram os gregos quem deram os nomes das constelações mais conhecidas
no hemisfério norte. Quando os marinheiros portugueses começaram suas
explorações, navegando paralelo a costa do continente africano, descobrem
que o céu do sul era diferente ao que conheciam na Europa. Por essa
razão, as constelações do hemisfério sul têm nomes de instrumentos de
navegação.
235
Mesmo as diferentes culturas se dirigem de modo
semelhante ao mesmo Deus.
Agora uma benção usada pelos beduínos, tribo nômade que habita o
deserto do Saara.
236
Albert Schweitzer (1875 – 1965), prêmio Nobel da Paz, músico, pastor e
médico nos conta...
237
36
DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
Conhecer as diferentes confissões religiosas as quais
pertencem seus amigos de patrulha, tropa, escola de
comunidade.
Pesquisar os principais pontos de uma confissão religiosa diferente da sua
e apresentar para a tropa
As religiões no Brasil
No Livro Escotismo Para Rapazes, Baden-Powell fala sobre
Religião, e diz: “O homem pouco vale se não acredita em Deus
e obedece suas leis. Por isso todo o Escoteiro deve ter uma
religião. A religião é uma coisa muito simples. Primeiro: Amar e
servir a Deus. Segundo: Amar e servir ao próximo.”
238
citadas em ordem alfabética tal como são denominadas no relatório do
recenseamento demográfico do IBGE, realizado em 2000.
239
Itens Específicos da Modalidade
do Mar
Os escoteiros do mar
desenvolvem atividades orientadas
para a marinharia e o ambiente
náutico.
São aqueles que têm gosto
pelo mar, pela navegação e pelas
atividades aquaticas em geral, seja
em rios, lagos ou mares.
241
37
Modalidade do Mar
Nadar 25 metros em qualquer estilo. Conhecer e
saber usar um colete salva-vidas.
Cantar sozinho ou com sua patrulha, em coro, o Ra-ta-pan
do Mar e fazer uma exposição sobre a história do Escotismo do Mar
para escoteiros de outra modalidade ou para jovens não pertencentes ao
escotismo.
Demonstrar que sabe as nomenclaturas de uma embarcação miúda.
Conhecer o Sistema de Patrulhas do Mar tripulando uma embarcação
escoteira a remo ou vela em atividade.
Acampar com sua patrulha ou tropa numa praia, e/ou ilha, e/ou às
margens de um rio, e/ou lago (lagoa), e/ou represa, demonstrando
(durante esta atividade) que é capaz de boiar por pelo menos 2 minutos.
Participar de um jogo naval ou missão onde realize uma transmissão de
mensagem utilizando o código morse, de uma embarcação para outra,
de embarcação para terra ou de uma ilha para terra.
Observar a costa marítima local fazendo a descrição dos locais mais
perigosos e com índice de acidentes marítimos, possuindo uma relação
de contatos de socorro local emergencial para casos de afogamentos e
desastres marítimos, em que possa agir rapidamente.
Empatar um anzol, preparar uma vara de pesca, conhecendo o material
necessário para a pesca organizando ou participando de uma atividade
de pesca com sua patrulha ou tropa, cozinhando a pesca à lenha.
Participar ou ajudar a organizar uma regata de qualquer tipo de
embarcações como membro de uma tripulação ou na comissão de
regatas.
Fazer um prumo de mão e usá-lo para medição em algum local quando
em atividade, tendo uma noção de profundidades em cartas náuticas.
242
Conhecer e saber usar um colete salva-
vidas.
Toda embarcação escoteira deve ter o número de coletes
salva-vidas suficiente para todos os tripulantes e passageiros.
Um Escoteiro do Mar deve saber utilizar corretamente um
Salva-vidas tendo a mão quando for navegar, vestindo-o
sempre quando embarcar, independente de existir um
risco aparente ou não (mau tempo, regatas, fainas
de atracação e desatracação, etc.). As vezes, em
uma situação que não apresenta risco, pode
ocorrer um acidente como uma retranca na
cabeça, passar mal e cair na água etc.
Os coletes Salva-vidas apresentam tiras
para serem amarradas ou com fivelas de
encaixe. Elas devem ser usadas sempre, pois
não foram colocadas para enfeitar o colete. A
seguir as orientações básicas para utilização do
colete mais comumente encontrado no mercado
atualmente.
Outros coletes podem exigir diferentes modos de amarração
243
Passe a parte do cinto inferior por Por fim, amarre os cintos, primeiro
trás das costas e arraste-o pelo primeiro o inferior, depois o superior,
passador. pressionando até os gomos se
encontrarem
244
História do Escotismo do Mar
Liderados pelo irmão mais velho Warington, os irmãos B-P realizavam
aventuras marítimas em família durante as férias. Warington conduzia
seus irmãos a descobrir novos mundos enquanto vivenciavam a divisão de
tarefas nas embarcações, as responsabilidades, posturas e o sangue frio
para encarar os apuros dos mares revoltos.
Estas experiências de Robert B-P na adolescência viriam a servir de base
para suas ideias que ajudaram a pensar no escotismo, e o que lhe fez
escrever “se eu tivesse sido um escoteiro na minha infância, teria sido um
Escoteiro do Mar”.
Entre os dias 1 e 15 de agosto de 1909 Robert B-P liderou o primeiro
Acampamento de Escoteiros do Mar, às margens do Rio Beaulieu, em
Buckler’s Hard. Metade dos jovens estiveram embarcados no navio cedido
à Tropa Mercúrio, enquanto a outra parte, acampada às margens. O
acampamento foi aberto com B-P entregando aos jovens da Tropa Mercúrio
um chapéu de marinheiro, um cinto com o símbolo de “Sea Scouts” e uma
faca de pesca. Na metade da atividade, quem estava acampado foi para o
navio e quem estava no navio, foi para o campo. No ano seguinte, 1910,
Robert B-P lançou o livro “Escotismo do Mar para Rapazes” difundindo as
idéias para a primeira especialização do escotismo enquanto aguardava
que seu irmão Warington terminasse o manual mais completo que acabou
por ser lançado em 1912, com o título “Escotismo do Mar e Marinharia
para Rapazes”. Em 1910 B-P autorizou o uso de um uniforme marinheiro
para os “Sea Scouts” e em 1911 solicitou o reconhecimento do Almirantado
inglês, prontamente atendido. As primeiras tropas de Escoteiros do Mar na
Inglaterra e no exterior foram: Mercúrio, ‘British Boys’, Petersham and Ham,
Barry, Cleethorpes, Ratcliffe, Skegness, e Gibraltar.
246
visitar o cruzador auxiliar “José
Bonifácio”. Pequenas baleeiras
de salvamento foram colocadas
na água para uso dos escoteiros.
Assistindo a atividade dos jovens,
Benjamin Sodré, Frederico Villar e
Gumercindo Loretti tiveram a idéia
da criação do Escotismo do Mar
no Brasil. O cruzador partiu em
retorno, incentivando a abertura
de Grupos de Escoteiros do Mar
junto às escolas das colônias de
pesca. Em dois anos mobilizaram A tropa Tiradentes desfila para o
Presidente da República em 1917
a fundação da Federação Brasileira
de Escoteiros do Mar e em agosto
de 1921, a tropa Tiradentes da 4ª Escola Masculina, recebeu roupas
marinheiras e passou a se dedicar a marinharia, recebendo o número 10 e
sendo o primeiro grupo de Escoteiros do Mar do Brasil. Em 7 de setembro,
reunindo mais três grupos, o Santos, o Jequiá e o Cabo Frio, com um belíssimo
acampamento na enseada de Jurujuba (Niterói), foi oficializado o Escotismo
do Mar no Brasil. Logo, se juntaram os grupos Jurujuba, Copacabana, São
João da Barra, Caju, Saquarema, Pará, Maranhão, Paquetá, Euclides da
Cunha e Marcílio Dias. A primeira embarcação, um navio patrulha, foi
comprada pelo 10º Grupo e recebeu o nome de “Loretti”.
Quer saber mais??? Visite http://www.escoteirodomar.org
247
Hino Escoteiro do Mar
O RA-TA-PLAN DO MAR
248
E ao nosso brado: - Alerta! Alerta! Sempre Alerta!
Repondem-nos: - Alerta - as vozes do oceano.
Em cadência firme e Sá
Nossos peitos faz vibrar
O Rataplan, Rataplan, Rataplan
Dos Escoteiros do Mar.
VOCABULÁRIO
Esplendente - resplandecente, que brilha
muitíssimo.
Inerte - sem atividade, abandonada.
Infenso - adverso, inimigo.
Atroz - cruel
Paul - pântano
Torvelinho - redemoinho “confusão”
Turbilhão - redemoinho de vento, mov.
Forte e Giratório das águas.
Insano - demente, louco.
Cúpidas - ávidas, cedentes, ardentes
Audaz - ousado, corajoso.
Tibieza - fraqueza. Autor da letra e música:
Coberta - Abaixo de um teto, em estar ao Benevenuto Celline dos
ar livre. Santos
249
Nomenclatura de Embarcações
Existem muitos modelos diferentes de embarcações, mas todas seguem a
mesma estrutura básica tendo, portanto, uma nomenclatura semelhante.
Mesmo as embarcações a vela pequenas, como o OPTMIST, também são
muito úteis para Escoteiros do Mar. Por isso, prestre atenção na nomencla-
tura abaixo:
250
9 – Paneiro: espaço situado a ré da embarcação com bancadas
em redor para passageiros e um estrado em forma de xadrez para
assento dos pés.
10 – Guarda-Patrão: encosto da bancada do patrão, onde geral-
mente está inscrito o nome da embarcação ou daquela a que a
mesma pertence.
11 - Casa do Cão: compartimento à popa, destinado à guarda de
material e de mantimentos.
12 – Cana do Leme: peça utilizada pelo patrão ou timoneiro para
manejar o leme, às vezes substituído por um braço em meia lua ou
em forma de canga, em cujas extremidades são fixadas aos gual-
dropes ou cabos destinados à manobra do leme.
251
25 Mastro 40 Numeral (registro na Associação Nacional)
26 Pau de espicha 41 Emblema da classe Internacional Optimist
27 Testa 42 Batente da bolina
28 Esteira 43 Braçadeiras
29 Valuma 44 Longarina
30 Gurutil 45 Sobrequilha
31 Punho da pena 46 Lais de retranca
32 Punho da boca 47 Lais da espicha
33 Punho da amura 48 Verdugo
34 Punho da escota 49 Fundo
35 Retranca 50 Faixa
36 Costura 51 Faixa da retranca
37 Bolsa de tala 01-A Bordo de ataque da bolina
38 Tala 01-B Bordo de fuga da bolina
39 Letras designativas do país (YIRU,reg.25) 01-C Ponta ou bordo inferior da bolina
Também é importante
que você se acostume
com a forma típica
dos homens do mar se
referirem às direções
(pontos cardeais e
colaterais).
CORPO
OU
HASTE
PÁ
252
Encargos da patrulha embarcada
Em qualquer embarcação marítima existe a necessidade dos tripulantes
se organizarem por tarefas, por capacidade e por disposição.
●● BOMBA D’ÁGUA - é
o principal responsável pela
manutenção do navio esgotado,
cabendo ainda compensar,
manter limpa a bancada e
paineiros durante a viagem,
ficar “de pau”, zelar e embarcar
os baldes, pedaços de lonas
velhas e lambas.
●● REMADOR - Remar,
compensar, pequenos serviços,
“pau”, zelar pela conservação e
embarque dos remos, forquetas,
defensas e salva-vidas.
●● PROEIRO - Vigilância da
proa e geral do navio durante a viagem, iluminação, zelar pelo
material de sinalização, pelo ferro, pela amarra, cabo de reboque
e revezar com o timoneiro.
●● TIMONEIRO - Tirar quarto no leme, verificar se o navio está
bem compensado e compassado, revezar com o proeiro, auxiliar
nas manobras, cuidar e embarcar o leme e demais pertences do
mesmo, retinida, espia e aguada.
●● GAGEIRO - Responsável pelo seu mastro, vela, massame,
poleame, bem como dirigir a manobra do seu pano. Seus deveres
começam com a manutenção do material acima, continuam
com a retirada do mesmo para a atividade e só terminam com a
devolução do mesmo para o paiol.
●● CONTRA-MESTRE - É o responsável pelo cumprimento
253
das obrigações dos gageiros nas manobras e na conservação do
material quando desembarcados.
●● MESTRE - É responsável pelo bom desempenho do Contra-
Mestre, pela conservação do material de aguada e pela provisão
da mesma, pela iluminação em geral, pela RSVHM, e ainda
timoneiro, remador, e bomba d’água.
●● PILOTO - Responsável pelos roteiros, rotas, tábuas de marés,
Anuários, Previsão do Tempo, Bússola, relatórios, lápis, borracha,
papel, fundeio, segurança do navio, manobras e amarração.
●● IMEDIATO - Responsável pela disciplina, arrumação da
carga, pessoal, licenças, alojamento, relações públicas, asseio,
quarena, pintura do navio, uniformes, cardápios e serviços (pau).
●● COMANDANTE - Responsável pelo cumprimento das
obrigações de cada um, zelar pelo bom cumprimento das missões
a que o navio for designado, decidir soberanamente, quando
embarcado, sobre TUDO ou sobre TODOS, respondendo pelos
seus atos, decisões, navio, tripulação e carga perante o chefe de
tropa ou autoridade competente
Por segurança, o embarque como tripulante deve ser feito mais
pela necessidade do que pela ordem da patrulha, embora se deva
sempre que possível, embarcar no mesmo navio, elementos da
mesma patrulha. Isto quer dizer que,
se for possível ter um navio
para cada patrulha, é
a melhor opção.
254
Escoteiros do mar também acampam
Acampamentos em praia.
- Aproveite o local para fazer atividades de: pesca, mergulho, surf e
jacaré, jogos de praia, torneios de esculturas em areia, identificação das
embarcações locais, treinamento de resgate e prevenção de afogamentos,
competições e etapas de natação, Kim submerso, caça ao tesouro submerso,
jogos embarcados e etc.
- Conheça a tábua de marés, para não ter seu acampamento inundado
pelo mar.
- Saiba previamente, os contatos das autoridades marítimas locais para
contato em casos de situações de emergência como naufrágios, fogo a
bordo, desastres e etc.
- Não enterre na areia o lixo produzido no acampamento – a maré
desenterra e espalha o lixo. Leve o lixo de volta para a cidade dando o
destino correto.
- Lembre-se de observar todas as regras de segurança em um acampamento
comum, tendo consigo a maleta de primeiros socorros e telefones úteis.
255
- Montar equipe de vigilância das embarcações durante noite e dia.
- Observe a geografia submersa do entorno da ilha, identificando os locais
mais seguros para atracações e atividades, evitando acidentes.
- Mantenha a ilha limpa após a sua saída, levando o lixo consigo.
- Faça uma benfeitoria à ilha. Plante espécies nativas, limpe o lixo encontrado,
etc.
Flutuar e Boiar
Antes de saber nadar, é necessário que um escoteiro saiba boiar. Esta
habilidade permite que se descanse após um período longo de nado ou que
possamos aguardar algum auxílio sem nos cansarmos. Veja abaixo algumas
dicas que o ajudarão a realizar a flutuação.
Código Morse
A transmissão pelo Código Morse constitui um meio de comunicação
econômico e certo. Mesmo hoje em dia existindo telefones celulares e
rádios transmissores, estes nem sempre podem estar disponíveis para sua
utilização, dando defeitos ou problemas mecânicos. Nestes casos, o código
Morse será bastante útil para treinar a atenção e a destreza dos jovens,
além de uma desafiante atividade escoteira que poderá ser feita de uma
embarcação para outra, para uma ilha, para uma praia e etc a noite com
luzes ou, durante o dia com apitos.
Código Internacional Morse
257
O Guarda-Costeiro
Na patrulha de um escoteiro do mar, sempre devemos ter um dos jovens
dedicados por estudar, observar e conhecer a fundo os locais por onde a
patrulha navegará, além de escrever no diário de bordo como foram as
saídas das embarcações. Este jovem é conhecido como guarda-costeiro e
como qualquer outra responsabilidade do sistema de patrulhas, deve ser
frequentemente redistribuída entre os participantes.
J (juliet) X (x-ray)
259
7º Grupo – Amarelo e vermelho. 8º Grupo – Amarelo e azul.
Z (zulu)
Pesca
Empatar um anzol é o ato de prender a linha de pesca a parte superior
do anzol, geralmente chata e que se chama “pata”. A amarração faz-se por
meio de uma falcaça, volta do fiel ou nó de frade.
Iscar é o ato de pôr a isca no anzol de modo que a mesma cubra
perfeitamente a parte destinada a fisgar o peixe e que se chama “balela”
(fisga, farpa, ponta do anzol...).
Em pescarias eventuais dão os
pescadores uma “volta do fiel” na
haste, firmando-a junto à palheta
ou anel; outras vezes dão um “nó
de escota” no anel. Todavia, os que
costumam pescar fazem na haste uma
“falcaça” bem feita, deixando solta
uma ponta da linha, à qual prendem
a linha do caniço por um “nó de
pescador” ou, se deixam uma alça no
anzol, prendem por um “nó direito” ou
“nó de escota”, conforme o diâmetro
das linhas. Nesse caso pode o anzol ser guardado em uma caixinha, após
a pescaria, evitando-se acidentes com crianças ou pessoas desatentas ao
mexerem no caniço.
260
“Põe-se no anzol a isca de que o peixe gosta”. De fato, se não soubermos
de que isca pode o peixe gostar, como o apanharemos? É esse o primeiro
cuidado do escoteiro, incorporando conhecimento às suas experiências de
pescador, pesquisando sobre os peixes locais e suas preferências de iscas e
como fazê-las.
Há peixes que só fisgam iscas em movimento, daí haver necessidade de
colocar no anzol pequenos animais ainda vivos. O camarão e a sardinha
são bons exemplos, porém é bom saber que o peixe estando com fome pega
qualquer isca. Além das também iscas artificiais, que podem ser compradas
em lojas de produtos de pescaria, pode-se pescar com sementes, plantas,
minhocas, pequenos pedaços de peixes e preparos com ração (massas).
Mas, obviamente, a proposição do “cardápio” deverá seguir o gosto do
“cliente”(peixe). Pesquise bem, se desejar ter sucesso em sua pesaria.
Os peixes mais consumidos no Brasil são de água salgada (badejo, cação,
linguado, robalo, sardinha e tainha entre outros). Os peixes de água doce
(dourado, pintado, tucunaré, tilápia e pacu entre outros) são uma outra boa
opção. Experimente também técnicas para capturar frutos do mar como
camarão, caranguejo, siri, lagosta, lagostim, mexilhão, etc.
Preparando um peixe.
Podem existir diversas receitas bem simples para o preparo dos diferentes
tipos de peixes.
Quando acampado numa praia
você pode fazer um buraco na areia
e no fundo deixar ficar um braseiro,
semelhante a um forno a lenha. Tempere
o peixe com sal, limão e outro tempero
a seu gosto, como, por exemplo, o
coentro. Também pode colocar pedaços
de tomate e rodelas de cebolas. Coloque
o peixe temperado embrulhado em uma
folha de bananeira levando-o ao forno
até que a carne se solte em lascas. Você
poderá preparar um molho especial ou
legumes cozidos para comer junto com o
peixe, assim como arroz. Sem a folha de
bananeira poderá improvisar uma grelha
para deitar o peixe.
261
Prumo de mão
O prumo é uma ferramenta usada
para medir profundidade no mar, em ALÇA
262
pedaço de cabo fino, com 1 nó, 2 nós, 3 D E S C O N T O
sondagem a embarcação deve estar com d’água, igual é altura da borda, ao nível da
264
Itens Específicos da Modalidade
do Ar
265
38
modalidade do ar
Construir sozinho, ou em conjunto com a
Patrulha, uma pipa com no mínimo 1 metro de
envergadura e a elevá-la a uma altura de mais de 25
metros ou 100 metros de cabo.
Apresentar em uma maquete as partes principais de uma aeronave de
pequeno porte
Reconhecer no céu, durante um acampamento, três constelações, além do
Cruzeiro do Sul
Construir uma estação meteorológica simples com os principais
instrumentos (barômetro, pluviômetro, e higrômetro) e demonstrar sua
utilização para a tropa.
Conhecer e demonstrar para a tropa as quatro principais forças atuantes
em uma aeronave durante o vôo.
Cantar, individualmente ou em conjunto com sua patrulha, a canção
“Rataplan do Ar” ou o “Hino da Modalidade do Ar”
Realizar uma conversa telefônica ou por internet com outro jovem em
diferente localidade com base no horário UTC e efetuar o ajuste no
relógio para sua localidade.
Apresentar (com cartaz, maquetes, recortes, painel, fazer vídeo ou peça
teatral), sozinho ou em conjunto com a patrulha, a história de Alberto
Santos Dumont e suas criações.
Apresentar (com cartaz, maquetes, recortes, painel, fazer vídeo ou
peça teatral), sozinho ou em conjunto com a patrulha, a história da
Modalidade do AR.
Construir um planador lançado a mão que voe pelo menos cinco
segundos, na melhor de três tentativas.
266
História da Modalidade do Ar
A origem do Escotismo do Ar
tem como cenário inicial o ano
de 1938, no 5º Regimento de
Aviação do Exército, na Cidade de
Curitiba – PR, onde foi idealizado
por militares daquele regimento.
O Escotismo do Ar não foi
pensado pelo Fundador Baden-
Powell, mas os seus idealizadores
tiveram a percepção de que as
práticas aeronáuticas poderiam
oferecer tanto para o escotismo quanto o campismo ou as práticas navais,
e desta forma surgiu esta contribuição brasileira.
Dia 28 de abril de 1938 foi oficializado o primeiro grupo escoteiro da
modalidade do ar, o Grupo de Escoteiros do Ar “Capitão Ricardo Kirk”,
tendo como responsáveis o Major Aviador Godofredo Vidal, o Tenente
Coronel Aviador Vasco Alves Secco e o Primeiro Sargento Telegrafista Jayme
Janeiro Rodrigues, na época servindo no 5º Regimento de Aviação, atual
CINDACTA II, em Curitiba.
Em 19 de abril de 1944, foi criada a Federação Brasileira de Escoteiros
do Ar, que congregava grupos escoteiros da modalidade. Foram fundadoras
dezesseis instituições Escoteiras dos Estados: Rio Grande do Sul, Paraná,
Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Pará, Maranhão e Minas Gerais.
O Brigadeiro Nero Moura, em 6 de julho de 1951, então Ministro da
Aeronáutica, reconhecendo a tamanha expansão registrada e seus valiosos
objetivos entre eles o de incentivar o interesse dos jovens pela aeronáutica,
determinou que todas
as unidades da Força Aérea
Brasileira dessem total apoio
à Modalidade do Ar, o que
acontece até os dias presentes,
como reforça a portaria 914
de 29 de Setembro de 2003,
assinada pelo Ten.-Brig.-do-
Ar Luis Carlos da Silva Bueno.
267
História de Santos Dumont
268
Influenciado por vários precursores, Santos-Dumont também influenciou
os construtores que despontaram a partir de 1906, atraindo, ainda, a
atenção do Exército para as possíveis aplicações dos artefatos aéreos.
Embora tenha vivido numa época na qual surgiram as primeiras indústrias
aeronáuticas, nunca se interessou em criar uma que Ihe pertencesse.
Da mesma forma, a partir de uma opção consciente e idealista, não
patenteou seus inventos, colocando-os à disposição de quem quisesse
construí-los e utilizá-los. Seus anseios e sonhos, seus hábitos e superstições
formaram uma personalidade muito singular, que acabou por conduzir o
rumo da sua própria vida.
No ano de 1910, Santos-Dumont encerrou sua carreira na aviação
com o "Demoiselle", abrindo espaço para outros aviadores e construtores.
Já afastado da atividade aérea, presenciou a Primeira Guerra Mundial e
decidiu retornar ao Brasil em 1915, onde passou os últimos anos de sua
vida.
Alberto Santos-Dumont é considerado o Pai da Aviação.
Rataplan Do Ar
Letra e música de
Jayme Janeiro Rodrigues
Somos Escoteiros do Ar
E vamos cantar, O nosso Rataplan
Rataplan, plan plan...
269
Hino Dos Escoteiros Do Ar
Letra e música de
Jayme Janeiro Rodrigues
E no ardor da vitória
Esquece o inimigo e seu fuzil
Partes fixas
A presença de asa(s): o que parece ser um par de asas é, na verdade,
uma estrutura única rigidamente conectada com a fuselagem da aeronave.
Os aviões podem ser monoplanos (uma asa), biplanos (duas asas) ou
triplanos (três asas). A maioria dos aviões é do tipo monoplano, com uma
asa e um elevador atuando na sustentação e manobrabilidade. A asa é
também onde geralmente se armazena o combustível da aeronave.
270
Reta Trapezoidal Elíptica Flecha
Tipos de fuselagens:
271
3 - para vôo subsônico e grande 4 - para vôo supersônico e
capacidade de carga alta capacidade de manobra
Partes móveis
• Ailerons: estão localizados na asa da aeronave. Atuam sempre ao
mesmo tempo, mas em direção inversa, alterando a sustentação nas pontas
da asa para que assim o avião possa rolar em torno do seu eixo longitudinal
(bancagem).
• Leme de direção: que se situa, na maioria dos aviões, na empenagem
vertical, é uma parte móvel da aeronave que permite que a mesma gire em
torno de seu eixo vertical (guinada).
• Leme de profundidade: estão localizados na empenagem horizontal.
A função do leme de profundidade. É de, basicamente, alterar a estabilidade
da asa para que a aeronave possa rolar em torno do eixo transversal (subir
— termo técnico: cabrar — e baixar o nariz — termo técnico: picar).
• Compensadores: superfícies que tem como finalidade diminuir a força
necessária a ser exercida pelo piloto durante as manobras de rolagem
(bancagem), guinada e picadas/cabradas, assim como neutralizar a
tendência de movimento da aeronave (como por exemplo, na perda de um
dos motores). Normalmente são pequenas aletas na parte mais interna dos
ailerons e profundores. No leme podem ser localizados na parte mais baixa
do mesmo, mais junto ao charuto.
272
• Estabilizador vertical ou empenagem vertical: é um aerofólio de
perfil simétrico, que tem como finalidade evitar que a aeronave glisse ou
derrape durante uma curva (embora sozinho não seja capaz de evitar que
esses efeitos ocorram), além de ser suporte do leme direcional, responsável
pela guinada.
• Estabilizador horizontal ou empenagem horizontal: é um
aerofólio de perfil simétrico que está localizado na cauda da aeronave,
contra-balanceando a instabilidade da asa (que é gerada pela sustentação)
para que a aeronave possa manter uma atitude em vôo suficiente para
poder subir e/ou voar em uma altitude de cruzeiro e descer. Assim como o
estabilizador vertical, é uma superfície vital na aeronave para que ela possa
ser "voável". Em algumas aeronaves de grande velocidade (alguns "jatos"
comerciais ou turbo-hélices), o mesmo serve como compensador, sendo
chamado também de “stab trim”, ou simplesmente “trim”.
• Trens de pouso ou trens de aterragem: Permitem que o avião
transite em solo, gelo ou água (no caso dos hidro-aviões) e podem ser
retráteis ou fixos.
• Flaps: É um dispositivo hipersustentador. Mudam o perfil da asa do avião,
ajudando na sustentabilidade e no controle da velocidade da aeronave no
ar, ambas em operações de baixa velocidade - especialmente importantes
nas operações de pouso e decolagem. Atualmente os mais utilizados são
os flaps "Fowler" que além de aumentar a curvatura da asas, aumentam
também a área desta, aumentando assim a sustentação.
Leme
Estabilizador Vertical
Profundores
Asa
Cabine de comando
Aileron Flap
Winglet
Spoiler
Slats
Fuselagem
Propulsores
273
Construindo uma Pipa
Materiais:
• Varetas de qualquer tipo, sendo:
01 de 101cm de comprimento e 5mm de espessura.
02 de 62cm de comprimento e 5mm de espessura.
• Tesoura
• Papel de seda
• Cola branca
• Linha 20
1 2
3 4
274
5 6
7 8
9 10
275
Regulagem ao Uma regra prática para
estirante regular o estirante consiste em
pendurá-lo e regular de modo
que a superfície "D" forme um
ângulo de aproximadamente
30º, como se vê a ilustração
acima.
Esta regulagem é aproximada, pois a definitiva será feita no momento
de empinar.
Estique a linha até chegar
a um ponto que esteja a
dois dedos de distância
(3 cm) da extremidade
vertical e horizontal e dê um
nó, fazendo o ângulo do
estirante.
A linha para empinar deve
estirante ser amarrada neste ângulo.
Constelações
Nossos olhos foram projetados para
fornecer uma visão tridimensional do
mundo que nos rodeia. Mas não somos
capazes de perceber a profundidade
além de uma certa distância.
No firmamento, essa falta de
percepção chega ao seu extremo e isso
gera a falsa impressão de que a Lua,
uma estrela ou uma nebulosa estão
eqüidistantes de nós. Para os gregos,
eles estavam todos numa imensa
esfera que circundava a Terra: a esfera O Equador terrestre se projeta na
celeste (gravura à direita). esfera, dando origem ao Equador
Celeste.
276
Junte os pontos
Apesar de incorreto (e difícil de perceber na prática!), o conceito da esfera
celeste revelou-se um excelente sistema de referência centrado na Terra, no
observador humano.
Outra ação involuntária do ser humano é associar os grupos de estrelas
mais brilhantes a figuras conhecidas, como num jogo de juntar os pontos.
Esses desenhos imaginários são as constelações. Constelação, do latim
constellatio, significa reunião de estrelas, um agrupamento arbitrário de
estrelas que representa a silhueta de entes mitológicos, animais ou objetos.
Criar constelações é um processo muito particular. Para os chineses, por
exemplo, existem mais de duzentas delas, pois é costume local utilizar poucas
estrelas para compor um desenho. A maioria dos nomes das constelações
ocidentais é de origem grega e a elas estão associadas às histórias daquela
mitologia.
Hoje, as luzes artificiais das cidades não ajudam a entender por que a
constelação de Orion, por exemplo, tenha este nome por conter a figura de
um caçador. Assim, é mais fácil associar figuras mais familiares. Olhe para
Sagitário e responda: você vê um bule ou um ser metade homem, metade
cavalo?
O conceito moderno
Para minimizar os inevitáveis rearranjos estelares e facilitar o estudo do
céu, os astrônomos concordaram em fixar o número das constelações em 88,
porém modificando o seu conceito. Para a Astronomia moderna, constelação
é simplesmente uma área da esfera celeste. Assim, tudo o que observamos
no céu, seja a olho nu ou com poderosos telescópios, está sempre “dentro”
de uma determinada constelação.
277
Nome em Estrela mais
Nome latino Abreviatura
português brilhante
Aquarius Aquário AQR Sadal Melik
Libra Balança LIB Zubenelgenubi
Cetus Baleia CET Menkar
Capricornus Capricórnio CAP Algedi (Al Giedi)
Caranguejo
Cancer CNC Acubens
(ou Câncer)
Centaurus Centauro CEN Toliman
Crux Cruzeiro do Sul CRU Acrux
Scorpius Escorpião SCO Antares
Gemini Gêmeos GEM Castor
Hydra Hidra HYA Alphard
Leo Leão LEO Regulus
Microscopium Microscópio MIC Alpha Microscopii
Orion Órion Ori Betelgeuse
Pisces Peixes Psc Alrescha
Sagittarius Sagitário SGR Rukbat
Taurus Touro TAU Aldebaran
Triangulum Australe Triângulo Austral TRA Atria
Tucana Tucano TUC Alpha Tucanae
Vela Vela VEL Suhail al Muhlif
Virgo Virgem VIR Spica
278
Fusos Horário
Como a hora não é a mesma em
todos os lugares do mundo,
Meridiano de Greenwich
cada país tinha uma hora e
nenhum deles usava uma
hora padrão que servisse de Linha do Equador
orientação. Foi necessário
que uma Conferência
Científica se reunisse e, após
muitos debates, estabelecesse
a noção de “fusos horários”.
Na Meridiana Internacional, depois de muita discordância, a Inglaterra
foi escolhida para que ficasse com o meridiano "zero". Ele foi chamado
de "Greenwich", em homenagem à cidade localizada às margens do rio
Tâmisa, também sede do Real Colégio Naval Inglês.
Após o primeiro meridiano, a decisão dos participantes da conferência
foi de traçar no mapa os 24 demais meridianos, sendo cada uma dessas
partes uma zona de tempo ou fuso horário. Essa quantidade de meridianos
foi calculada para que cada fuso horário tivesse 15 graus de longitude
(linhas imaginarias que passam de um pólo a outro).
De posse da hora zero – Greenwich – ficou convencionado que toda
hora que estivesse à esquerda do meridiano (oeste) seria “hora menos” e
as que estivessem à direita (leste) seriam “hora mais”.
Como as transmissões internacionais tem origem em vários pontos
do mundo, isto determina que a maior parte da radiodifusão em ondas
curtas seja feita de acordo com o horário padrão internacional, o GMT
(“Greenwich Mean Time”) ou UTC (Universal Coordinated Time), também
conhecido como hora "Zulu" no setor aeronáutico.
HORA UTC (ZULU)
HORA UTC (Z)
Quando a referência é o
Meridiano de Greenwich
279
Uma estação meteorológica simples
Higrômetro
Prenda um fio de cabelo a uma CARTÃO
ponta de um lápis ou alguma haste
de madeira ou plástico, usando fita
adesiva. Prenda a outra ponta do TIRA de BORRACHA
fio a uma tira de borracha, dessas
de prender cédulas, e prenda a tira CABELO
CANUDO de
na outra ponta do lápis. Dobre um REFRESCO
canudo de refresco em ângulo reto LÁPIS
e coloque-o sob a tira de borracha,
como mostra a figura. Faça um mostrador com um cartão e monte todo
o conjunto em uma base qualquer, bem firme. Esse é seu higrômetro.
Quando a umidade do ar cresce o cabelo se expande e o ponteiro gira no
mostrador. Para calibrar esse mostrador peça emprestado um higrômetro
profissional. Marque as posições do ponteiro de seu higrômetro pela medida
do higrômetro comercial, levando para uma sala com ar condicionado,
onde a umidade é baixa, e para um banheiro, onde ela é mais alta.
280
Todo o truque do funcionamento desse higrômetro reside na expansão
do cabelo quando a umidade do ar aumenta. Isso se dá porque as
moléculas de água se infiltram entre as moléculas do fio de cabelo e toda a
estrutura molecular aumenta de volume. Como as moléculas de água estão
fracamente ligadas ao fio de cabelo, elas se desprendem facilmente quando
a umidade baixa.
(adaptado de http://fisicomaluco.com/experimentos/2008/08/05/como-construir-um-
medidor-de-umidade-do-ar )
Pluviômetro
Para construir um pluviômetro caseiro, você vai precisar
de uma garrafa PET lisa, uma régua de plástico, uma fita
adesiva larga e transparente, e um punhado de areia com
cimento. Primeiro corte a parte de cima da garrafa logo
abaixo onde termina a curva, fazendo assim um funil.
Depois misture a areia com cimento e coloque um pouco
de água, formando uma massa, sem deixar ficar muito
aguado. Depois coloque no fundo da garrafa até ficar
levemente acima da linha entre a parte lisa e a curvatura
da base. Dê várias batidinhas nas laterais da garrafa para
assentar bem a massa. Quando ver que chegou na linha,
jogue um pouquinho de cimento sobre a água que deve ter
empoçado, dê mais algumas batidinhas e deixe
secar por umas 12 horas. Depois verifique se a
superfície do cimento ficou bem plana. Caso
não tenha ficado, jogue um pouquinho de
cimento com água para deixar a superfície bem
plana. Depois deixe secar por uns dois ou três
dias. Agora prenda a régua verticalmente e do
lado de fora da garrafa com a fita adesiva, de
maneira que o "0" da régua fique exatamente
rente a superfície do cimento. Depois coloque o
funil na boca conforme a foto ao lado. Pronto,
você já tem um pluviômetro caseiro.
A condição ideal para instalar um pluviômetro
é em campo aberto e pelo menos a 1,5m de
altura.
Na régua do pluviômetro, cada milímetro vai
indicar que caiu 1L/m2 (um litro de água por
281
metro quadrado). Anotando regularmente os valores, terá uma boa idéia do
regime de chuvas de sua região
(adaptado de http://www.sociedadedosol.org.br/agua/aguadechuva/agua-de-chuva.htm )
Barômetro
Neste mesmo guia (página 85) você encontrá os passos para montar um
barômetro.
Forças aerodinâmicas
Peso
O peso é uma força que é sempre dirigida para o centro da terra,
pois trata-se da força da gravidade agindo sobre a massa do avião.
A magnitude desta força depende de todas as partes do avião, mais a
quantidade de combustível, mais toda a carga (pessoas, bagagens, etc.).
Mas, nós podemos simplesmente imaginá-la como se atuasse num único
ponto, chamado centro de gravidade. Em vôo, o avião gira sobre o centro
de gravidade, e o sentido da força do peso dirige-se sempre para o centro
da terra. Durante um vôo, o peso do avião muda constantemente à medida
que o avião consome combustível. A distribuição do peso e do centro de
gravidade pode também mudar, e por isso o piloto deve constantemente
ajustar os controles, ou transferir o combustível entre os depósitos, para
manter o avião equilibrado.
Sustentação
Para fazer um avião voar deve ser gerada
uma força para compensar o peso. Esta
força é chamada de sustentação, e é gerada
pelo movimento do avião pelo do ar. A
sustentação é uma força aerodinâmica
("aero" significa ar e " dinâmica" significa
movimento). A sustentação é perpendicular (em ângulo reto) ao
sentido do vôo. Tal como acontece com o peso, cada parte do avião contribui
para uma única força de sustentação, mas a maior parte da sustentação
do avião é gerada pelas asas. A sustentação do avião funciona como se
atuasse num único ponto, chamado centro de pressão. O centro de pressão
é definido tal como o centro de gravidade, mas usando a distribuição da
282
pressão em torno de toda a aeronave, em lugar da distribuição do peso.
Além do centro de pressão, outro ponto no aerofólio é de grande importância
no projeto de uma aeronave: o centro aerodinâmico. Este é um conceito
bem mais complexo e que não explicaremos no momento. Mas, saiba que
ele existe e é fundamental para a definição da estrutura do avião e para o
projeto de sistemas de controle, como o profundor.
Arrasto
À medida que o avião se move através do ar, há uma outra
força aerodinâmica presente. O ar resiste ao movimento
do avião, e esta força de resistência
é denominada arrasto (ou atrito).
Tal como a sustentação, há muitos
fatores que afetam a magnitude da
força de arrasto, como a forma do
avião, a viscosidade do ar e a velocidade.
E tal como acontece com a sustentação,
consideram-se usualmente todos os
componentes individuais como se estivessem
agregados num único valor de arrasto de todo o avião. O sentido da força
de arrasto é sempre oposto ao sentido do vôo e o arrasto atua através do
centro de pressão.
Quando um avião aumenta o ângulo de ataque, aumenta também a
sustentação; mas há uma geração de gradientes de pressão adversos. À partir
de um certo ângulo de ataque, acontece um fenômeno conhecido como
estol. No estol, perde-se sustentação, e o arrasto aumenta significantemente.
É por este fato que, na fase de decolagem de um aeromodelo, não se
deve fazê-lo subir em ângulo muito acentuado. Algumas aeronaves,
principalmente aquelas com projeto de calda em T, correm o risco de
sofrerem "deep stall" (estol profundo), pois a esteira gerada na asa durante
o estol cobre o estabilizador horizontal, fazendo-a perder capacidade de
controle e impedindo que a aeronave retorne para sua atitude inicial. Por
este motivo, além disso, aeronaves acrobáticas devem possuir um projeto
estrutural que garanta a saída do estol e parafuso. Aeronaves com sistemas
de controle mais complexos, como os caças e jatos comerciais, em geral
possuem sistemas automáticos para proteção de estol, como o "shaker" e o
"pusher".
283
Empuxo
Para superar o arrasto, todos de aviões tem algum tipo de propulsão
para gerar uma força chamada empuxo. A intensidade da força de empuxo
depende de muitos fatores associados com o sistema de propulsão:
· O tipo de motor;
· O número de motores;
· O ajuste da aceleração;
· A hélice
· A velocidade.
O sentido da força de empuxo depende de como os motores estão
colocados no avião. Em alguns aviões (tal como o Harrier) o sentido do
impulso pode ser orientado para ajudar o avião a descolar numa distância
muito curta.
Um planador é um tipo especial de avião que não tem nenhum motor.
Alguma fonte externa da potência tem que ser aplicada para iniciar o
movimento. Os aviões de papel são um exemplo óbvio, mas há muitos
outros tipos de planadores. Alguns planadores são pilotados e rebocados
para o alto por um outro avião, e a seguir são deixados livres para deslizar
em distâncias longas antes de aterrar. No entanto os planadores recorrem
também a uma outra fonte de energia disponibilizada pela natureza: as
correntes de ar ascendente que fazem o planador ou avião ganhar altura e
assim se manterem mais tempo no ar sem uso de motores.
Sustentação
Empuxo Arrasto
Ângulo de ataque
o do
Direçã nto
e
movim
Peso
284
Planador Sementinha
Esse modelo é muito fácil de fazer e utiliza materiais que podem ser
encontrados em casa, essa é a idéia, um modelo que voa bem pois se lançado
da forma correta sobe e faz três curvas completas antes de pousar.
285
2. Corte as peças conforme a planta, pode-se decalcar usando um papel
carbono ou cole a planta sobre o Depron utilizando cola Pritt e retire o
papel depois de cortadas.
3. Certifique-se que as asas e a cauda estão simétricas e idênticas, lixe
para tirar defeitos e arredonde as partes superiores das asas com lixa.
4. Cole as asas e a cauda na vareta seguindo as dimensões da planta.
Lançamento do Modelo:
O lançamento correto faz parte do treinamento, segure o modelo com o
polegar e o indicador em pinça segurando-o pelo CG, o braço deve ficar
totalmente flexionado, com cotovelo pra baixo e colado ao corpo, mão
acima do ombro, com o antebraço bem na vertical e na hora de lançar o
modelo somente projetar a mão pra frente terminando o movimento com o
braço esticado e bem na horizontal. Se o modelo está indo para cima, que
o movimento termine com o braço esticado um pouco para baixo, e vice
versa.
Lançamentos mais altos SÃO SIM arremessando o modelo para cima,
porém com uma asa bem mais alta que a outra, de modo que com a ajuda
286
do vento o modelo descreva uma curva ascendente à medida que diminui
sua velocidade e se estabiliza a favor do vento. Por isso, para aqueles que
não conseguem lançar reto, que lancem alto mas em curva, o modelo tem
que ser trimado para executar uma curva de uns 5m de raio (uma rotatória
aprox.) ai que está a graça da brincadeira, fazer o modelo voltar na mão
depois de uma, duas ou até três voltas voando. Esses que lançam pra cima
devem lançar o modelo com a asa de fora da curva bem mais alta.
287
Você definiu metas pessoais... E alcançou a
maior parte delas! Felicitações!
Este guia lhe acompanhou durante uma jornada. Você viveu muitas
aventuras junto com sua patrulha e conquistou importantes desafios.
Deixou registrado seu crescimento neste guia, que será, a partir de agora,
uma boa lembrança de tudo o que você foi capaz e das coisas que fez para
chegar até aqui.
O seu crescimento não pára...
É o momento de novas metas
288
Prepararam este guia para você
O conteúdo deste guia foi organizado e montado com a colaboração de: