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DICAS PARA

SAXOFONISTAS
Como se tornar um saxofonista
acima da média
E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

AS PRINCIPAIS DICAS PARA OS SAXOFONISTAS

NO FINAL DESSE E-BOOK, VOCÊ VAI DESCOBRIR COMO SE


TORNAR UM SAXOFONISTA ACIMA DA MÉDIA

INTRODUÇÃO

Após sua primeira audição em uma obra orquestral, por volta de


1844 na ópera Last King of Juda, de Georges Kastner(1810-1867),
o saxofone se popularizou pelo território europeu, passando a
fazer parte das bandas militares francesas.

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Com a fabricação em série, o saxofone passou a ser distribuído
em todos os continentes, adquirindo uma personalidade distinta
em cada cultura.

Na Europa seu som aproxima-se das cordas; nos Estados Unidos


da América o saxofone tornou-se uma das vozes mais radicais e
importantes do Jazz, conquistando o mercado fonográfico e
tornando-se conhecido em todo mundo.

O saxofone é um instrumento muito versátil e expressivo, por isso


ele deve ser bem controlado. Se o músico não aprender a
controlar bem o seu saxofone, ele sempre vai soar exagerado e
caricato, e é justamente aí que se esconde a dificuldade de tocar
verdadeiramente bem.

Dependendo da boquilha, palheta, embocadura, possui uma


gama de timbre e sonoridades que vai do som mais amadeirado e
escuro (saxofone erudito) ao som mais metálico e estridente
música popular (Jazz, Rock, pop, mpb etc.); portanto é necessário
ter conhecimento do instrumento para buscar um timbre que
seja compatível com instrumentos de orquestras sinfônicas.

UMA BREVE HISTÓRIA DO


SAXOFONE

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Antoine Joseph Sax nasceu no dia 6 de Novembro de 1814 numa
cidade belga chamada Dinant. Sax aprendeu o ofício de seu pai,
que era construtor de instrumentos e desde muito novo esteve
ligado ao mundo da fabricação de instrumentos musicais.

Antoine Joseph, apelidado de “Adolphe”, estudou clarinete e


flauta no conservatório de Bruxelas com Bender (diretor de
música do regimento de Guides). Ao tocar e familiarizar-se com o
clarinete foi-se apercebendo daquilo que achava serem
imperfeições e logo fez questão de melhorá-las.

Sax destacou-se na construção de instrumentos de sopro entre


eles, clarinetes e flautas. Apresentou-se oficialmente pela
primeira vez na Exposição Nacional de Bruxelas entre Outubro e
Novembro de 1835, exibindo um clarinete com 24 chaves.

O trabalho deste fabricante foi apoiado por muitas


personalidades estrangeiras tais como Georges Kastner (autor de
obras pedagógicas e algumas composições), Fétis (fundador da
Revue Musical), Habeneck (que estreou as sinfonias de
Beethoven em Paris), Savart (professor do Colégio de França),
Berlioz e o general Rumigny.

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Em Outubro de 1842, depois de obter um subsídio do governo
belga, Sax fixou-se na Rua Neuve-Saint-Georgesem Paris, onde
teve que competir com outros grandes fabricantes de
instrumentos.

Graças a um empréstimo do flautista Dorus, Sax adquire uma


espécie de armazém que vai lhe servir de alojamento. Pouco
depois, em 1843 abre uma fábrica de instrumentos onde vende
seus produtos, em Outubro do mesmo ano a Revueet Gazette
Musicale fala do interesse despertado pelo clarinete baixo de Sax
nos clarinetistas da ópera de Paris.

No ano de 1848, transformou a sua modesta oficina numa grande


fábrica, que contava com 191 trabalhadores e de onde saíram
20.000 instrumentos entre os anos de 1843 e 1860.

Nessa mesma oficina construiu também uma sala de concertos


que, pouco a pouco, foi conseguindo uma grande reputação. Com
este sucesso, não tardaram as conspirações contra Sax.

Em Dezembro de 1843 amplia novamente o seu clarinete baixo e


desta vez Berlioz utiliza-o no seu Requiem, sendo o próprio Sax a
interpretá-la.

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Pouco tempo depois, o mesmo Berlioz organiza um concerto que
foi realizado na sala Herz de Paris, transcrevendo o seu Chant
Sacré para um conjunto de seis instrumentos, todos eles
inventados por Sax.

Sax demonstrou que o timbre de um instrumento está


determinado, não pela natureza do material que o instrumento é
construído, mas sim pela proporção de ar que é emitida para
dentro deste.

CARACTERÍSTICAS
CONSTRUTIVAS

O Saxofone é um instrumento jovem, nascido em meados do


século XIX. Nessa época, a fabricação de instrumentos baseava-se
na afinação, na facilidade da emissão de som e na digitação.

Em 1840, Adolphe Sax, já em Bruxelas, se encarrega de gerir a


oficina de seu pai; ele teve a ideia de criar um instrumento de
sopro em que a sonoridade deste se aproximasse dos
instrumentos de cordas, mas que tivesse mais intensidade e, ao
mesmo tempo, não fosse muito difícil de tocar.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
A partir dessa ideia surge o saxofone, um dos poucos
instrumentos de uso comum na música ocidental que é tão
conhecido e, ao mesmo tempo, tão desconhecido.

Este instrumento combina as características do oboé (tubo


cônico, porém mais largo) e do clarinete (boquilha e palheta
simples).

A popularidade do saxofone deve-se à sua difusão em meios


como o teatro musical, a opereta e em movimentos musicais tais
como música militar e, sobretudo, o Jazz, apesar de ter sido
criado para tocar em bandas e orquestras sinfônicas.

Os saxofones foram construídos em várias tonalidades: em Fá e


Dó, destinados à orquestra sinfônica e em Mib e Sib, destinados a
tocar em bandas militares.

O saxofone surge a partir de uma experiência de Adolphe, que


adaptou uma boquilha de Clarinete ao bocal de um Oficleide.

O Oficleide é um instrumento antecessor ao Saxofone e foi


largamente usado em bandas marciais e civis até o século
passado.

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Trata-se de um instrumento feito de metal que possuía chaves


com sapatilhas e bocal como o trompete. É uma evolução de
outro instrumento chamado “Serpentão”, que também era feito
de um tubo oco contorcido de madeira.

O resultado foi um novo instrumento que ele batizou de


Saxofone; o nome é o resultado da junção do nome de sua
família, ”Sax”, com o sufixo “fone” que quer dizer voz.

O Saxofone foi patenteado em 1846 incluindo 14 variações:


Sopranino em Eb, Sopranino em F, Soprano em Bb, Soprano em C,
Alto em Eb, Alto em F, Tenor em Bb, Tenor em C, Barítono em Eb,
Barítono em F, Baixo em Bb, Baixo em C, Contra Baixo em Eb,
Contra Baixo em F.

Contudo os mais usados pela relação acústica são o Soprano em


Bb, Alto em Eb, Tenor em Bb e o Barítono em Eb.

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TESSITURA

O saxofone, tal como muitos outros instrumentos, é transpositor,


isto quer dizer que não se escreve na partitura do saxofone as
mesmas notas que o público ouve. Isto acontece para que os
saxofonistas só tenham de aprender uma digitação para toda a
família dos saxofones.

Por exemplo, se quer que um saxofonista toque o lá do diapasão,


na partitura aparecerá: Para saxofone sopranino: Fá # Para
saxofone soprano: Si Para saxofone alto: Fá # Para saxofone
tenor: Si Para saxofone barítono: Fá # (agudo).

Diz-se que o soprano está em Sib, porque quando ele toca a nota
Dó, o que se ouve é um Sib.

Apesar das possibilidades de extensão nos agudos, todos os


saxofones têm o mesmo âmbito, duas oitavas e uma quinta
aumentada, com exceção do saxofone barítono, que possui mais
uma nota (Lá grave), que lhe permite tocar, em som real, um Dó1,
que seria um Dó grave para o violoncelo.

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
PARA EXECUÇÃO

O Som do saxofone/como o som é produzido:

O som do saxofone é produzido através da vibração da palheta


que se espalha pela vibração da boquilha e para todo o
instrumento.

A palheta vibra porque ela é flexível. Fazemos a palheta vibrar


porque quando sopramos criamos uma diferença de pressão de
ar.

“SOM BÁSICO” E “SOM MODIFICADO”


Todos que decidem aprender tocar saxofone iniciam nesse
momento (ou deveriam), suas buscas, discussões, pesquisas,
debates e experiências sobre os equipamentos e fundamentos
básicos necessários para tocar esse instrumento. Contudo, antes
de qualquer coisa, julgamos necessário pensar um pouco sobre o
lugar que o saxofone ocupa em nosso universo musical.

Com frequência, as pessoas iniciam o estudo do saxofone tendo


em mente um estilo musical determinado que gostam de ouvir. É
natural, portanto, que dediquem todas suas forças em tentar

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(desde as primeiras notas) reproduzir o som e esses estilos ao
tocar o instrumento.

Entretanto, o saxofone é um instrumento muito propício às


modulações do timbre e às distorções do som. Aliás, essas são
características principais que tornaram o saxofone tão popular
como instrumento solista.

Desta forma, acreditamos ser de grande utilidade a reflexão sobre


dois conceitos sonoros extremamente importantes, os quais
chamaremos de “som básico” e de “som modificado” (ou “som
alterado”).

Compreender a diferença entre esses dois simples conceitos é


determinante para o bom desenvolvimento dos fundamentos
básicos, para a escolha dos fundamentos básicos e para a
metodologia a ser utilizada para aperfeiçoar o controle sobre o
que realmente se quer realizar com o instrumento.

“Som básico”- É aquele que reflete fielmente o timbre do


conjunto instrumento-boquilha-palheta-abraçadeira, produzido
por um sopro com velocidade constante através de uma
embocadura firme e estável.

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Esse som tem as mesmas características de timbre nas diferentes
regiões do instrumento e nas diferentes dinâmicas. As notas não
possuem modulações ou distorções de afinação.

“Som modificado”- É toda e qualquer alteração que se faça ao


“som básico”, por movimento e alterações da embocadura, da
língua, do sopro, da garganta etc. No “Som modificado”, a nota
não aparece simplesmente com aquela altura definida por uma
frequência, mas, sim, envolto por efeitos sonoros que
caracterizam determinados estilos musicais.

COMO MELHORAR SEU SOM

Eu gostaria de dar algumas dicas, para tentarmos melhorar o seu


Som.

Vou utilizar o Sax Alto, mas os princípios aqui ensinados, podem


ser aplicados em todos os saxofones.

O SOM.
Você que está iniciando, deve ter percebido algo elementar. Seu
som não é parecido com aquele Saxofonista mais experiente que
você admira.

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Ao Soprar seu instrumento, o Som, na verdade não tem nada a
ver com o Saxofonista que você admira.

Isso porque, para tirar som no instrumento, é relativamente fácil.


Basta colocar a boca na boquilha e soprar. Se você não apertar
demais o lábio inferior na palheta, o Ar vai passar pela palheta,
está vai vibrar e vai produzir um Som.

Pronto.

Sim pronto, mas para tirarmos o som bonito, precisamos algo


mais.

Som Bonito? Mas O que é Bonito?

Você precisa saber que som quer alcançar.

O som do Sax pode ser dentre outras classificações Erudito ou


popular.

NO ERUDITO
É O som do Sax, pelo Som do Sax entendeu? Sim é muito bonito,
mas não é o que a maioria está acostumada a ouvir. Acontece,
que no Erudito, não se usa “Ornamentos” como Vibratos, som
Rasgado, Harmônicos e etc. As notas soam mais ou menos
parecidas em todas as regiões do Sax. A embocadura é estática.

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O SAX POPULAR
Na linha Popular, cada nota possui uma característica.

Existe o uso do vibrato, trabalho da câmara interna da Boca para


abrir e encorpar ainda mais o Som, e inúmeros outros efeitos.

Posição da Boquilha na Boca.

Se você ainda não se fez essa pergunta, creio que em breve ela
surgirá.

É difícil falar em certo ou errado. Isso depende do tipo de som


que você deseja.

Dependendo do ponto em que você coloca a Boquilha dentro da


sua boca você terá um Som mais voltado para o Som encorpado,
pesado, denso, ou um Som mais ardido, estridente.

Se você não tem idéia de onde começar.

Observe sua boquilha da Ponta seguindo em direção ao Sax.

Veja a Palheta agora. Confira em que ponto a palheta começa a


deixar a Boquilha, ou seja, Sua palheta está presa por uma
abraçadeira na sua boquilha, veja qual é o ponto em que ela
começa a deixar se desgrudar a palheta. Nesse ponto seus lábios
precisão estar.

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Ao colocar a Boca mais para dentro, em direção ao Tudél


(pescocinho do sax), o som tenderá a ser mais estridente, ardido.

Se você montar a embocadura mais para a ponta da boquilha,


você terá um Som, mais encorpado, pesado.

BOQUILHA

As boquilhas normalmente são construídas em ebonite ou metal,


mas também podem ser construídas em plástico e, muito
raramente, em madeira ou cristal.

Ao contrário do que se costuma pensar, o material com que as


boquilhas são construídas importa muito menos do que a sua
forma. A boquilha é constituída por várias partes: a abertura, a
mesa, a câmara, paredes laterais, bisel, janela e ponta.

A abertura é a distância que separa a ponta da boquilha da


palheta. Com uma abertura pequena (uma boquilha fechada), o
saxofonista tem tendências a tocar com palhetas mais duras e o
seu som será mais fosco e aveludado (som de madeira).

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Com uma abertura grande (uma boquilha aberta), será difícil
tocar afinado e a tendência é tocar com palhetas moles, deixando
o som mais brilhante e estridente.

A mesa da boquilha é a parte plana que se prolonga até a parte


curva. É sobre esta (mesa) que deve ser colocada a palheta. O
comprimento da mesa inclui também o comprimento da parte
curva.

A câmara é a parte interior da boquilha onde nasce o som. O seu


formato é muito importante e determina a qualidade do som.
Uma câmara pequena, com um teto baixo produz um som rico
em harmônicos.

Por outro lado, uma câmara grande, com um teto alto produz um
som mais sombrio. Em geral, na música erudita utiliza-se uma
boquilha com uma mesa curta ou mediana e de abertura
pequena (boquilha fechada).

No Jazz, as boquilhas com mesa e abertura grande são as


preferidas (boquilha aberta). Existem muitas boquilhas, Pierret,
Otto link, Claude Lakey, Bari, Yamaha, Yanagisawa, B e N, Meyer,
etc.

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Sugestão de boquilhas para a prática do saxofone na música de
concerto:

Para obter o som puro do saxofone, é preciso uma combinação


de boquilha e palheta com numeração adequada para essa
boquilha.

Exemplos de boquilhas para a prática do erudito:

Vandoren câmara/modelo V5 e Vandoren série Optmum

Selmer modelos: S 80, Soloist, S 90, Metal Classic e o modelo


Concept

Eugene Rousseau modelo Classic “R” e modelo New Classic

Jaf (linha erudita)

É importante colar uma almofada (adesivo gelatinoso colado


onde se apóiam os dentes sobre a boquilha no bisel), além do
conforto, interfere diretamente na sua embocadura e
sonoridade.

PALHETAS

A palheta, somada aos outros itens elencados no capítulo “o


saxofone e a família das madeiras” desta apostila, classificam o
saxofone como membro pertencente à família das madeiras.

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É uma das partes mais delicadas e importantes para a emissão do


som. Da sua qualidade depende não só o som, mas também a
flexibilidade do instrumentista.

As palhetas de saxofone extraem-se duma planta chamada


Arundo Donax. O Arundo Donax mais apreciado provém da região
de Var, no sul da França, junto ao Mediterrâneo. Dependendo da
parte onde é cortada, pé ou cabeça da planta, a palheta tem
qualidades diferentes, distribuindo de maneira diferente a
umidade e resistindo de maneira diferente à temperatura. A
palheta é constituída por várias partes: talão, partes laterais,
bisel, coração e ponta.

Se a sua palheta está molhada, seque o mínimo possível com


pano de algodão e guarde numa caixa especial de palhetas, nunca
deixe a palheta solta no estojo, ela é muito frágil e vai quebrar.

Evite passar panos e os dedos na palheta demasiadamente.


Procure tocar apenas na parte onde há a casca. Devemos ter um
cuidado especial com as palhetas. Tenha pelo menos 4 palhetas e
use-as alternadamente para que durem mais.

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Nunca mexa na ponta da palheta, não corte, não aperte, não
toque, não lave, não esquente, não lixe, não torça. Se você acha
que a sua palheta precisa ser ajustada, peça ajuda a quem sabe
fazer isso.

Se mesmo depois de ajustada, a palheta não ficar boa, jogue fora


e compre outra, pois palhetas não duram para sempre, elas
precisam ser trocadas sempre que não estiverem vibrando mais
ou estiverem quebradas.

Tente não se acostumar a “trabalhar” (lixar, raspar, cortar) todas


as suas palhetas, pois a tendência é que, com o passar do tempo,
só se consiga tocar com palhetas previamente lixadas ou
modificadas.

Quando for comprar uma palheta, escolha uma que seja


simétrica: coloque-a contra a luz e observe se ela é igual: se um
lado não está mais escuro que o outro.

Escolha palhetas maduras, fuja das verdes e claras: olhe na parte


traseira e você vai observar uma linha escura muito fina logo
abaixo da casca; isso indica que a palheta está madura .Não fique
trocando de marca e número de palheta todo dia.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Use a mesma marca e número durante alguns meses, antes de
criar sua opinião sobre ela.

Sempre umedeça a palheta antes de tocar, colocando-a na boca


por alguns instantes. Se preferir molhá-la com água, não a deixe
imersa por muito tempo, pois isso a deformará. Existem
fabricantes que pesquisam palhetas de outros materiais, que não
são cana.

No mercado atualmente, além das palhetas plastificadas


(plasticover), temos palhetas em plástico e fibra de vidro (bari e
fibracell).

A vantagem dessas palhetas é estarem sempre prontas para o uso


e estáveis com as mudanças climáticas. Contudo, nenhuma
dessas tecnologias ainda foi capaz de reproduzir o som rico em
harmônicos e o timbre caloroso e vivo de uma palheta de cana.

Não se acostume a usar apenas uma palheta. A pressão da


embocadura se relaxa à medida que a palheta se enfraquece e
assim todas as palhetas parecerão forte demais.

ABRAÇADEIRA

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Para fixar a palheta à boquilha, Adolphe Sax, já em meados do


século XIX, fabricou uma abraçadeira metálica com parafusos
(parecida com a que se utiliza hoje em dia).

Mesmo assim os fabricantes e saxofonistas não param de criar


novos modelos de abraçadeiras que permitam uma maior
aderência de palheta à mesa da boquilha sem ter de pressionar
demasiado o talão.

Abraçadeiras metálicas: São mais adequadas para grandes salas


de concerto ou para solistas.

Abraçadeiras maleáveis(couro e outros): São em geral adequadas


a pequenas salas, musica de câmara ou pequenos grupos.

Como testar uma abraçadeira:

Toque primeiro com sua abraçadeira habitual. Depois, sob as


mesmas condições, teste a nova abraçadeira; procure observar a
suavidade, passagem por entre os registros, a consistência de
volume e qualidade de som nos graves, médios e agudos.

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Ao mesmo tempo, escute as diferenças encontradas quando toca
piano e forte. Verifique se é mais fácil tocar staccato ou não. Se
possível faça o teste com outro músico presente.

Por vezes, as diferenças entre as abraçadeiras são identificadas


mais facilmente por outra pessoa e não pelo próprio músico.
Como escolher uma abraçadeira: Experimente os vários modelos
de abraçadeiras disponíveis em uma loja. Diversos tipos de
abraçadeiras satisfazem necessidades diversas, qualquer que seja
o modelo.

Existem também outros modelos e marcas diferentes. Vale


sempre lembrar. ”A melhor abraçadeira é a que melhor se adapta
as suas necessidades”.

PRINCÍPIOS DA RESPIRAÇÃO
PARA SAXOFONE

Texto, exercício e ilustrações extraídos do trabalho acadêmico


“Respiração para instrumentos de sopro” do professor Amarildo.

Antes de começar a tentar produzir qualquer tipo de som em


qualquer instrumento de sopro, é de fundamental importância

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que se aprenda a respirar de maneira correta de forma a aplicar
essa respiração ao tocar.

Cabe ao professor ser rigoroso em ensinar este tópico a seus


alunos. A prática da respiração deve ser feita diariamente antes
de abrir o estojo do instrumento e essa prática será para a vida
toda.

O processo respiratório é realizado de forma simples e natural


com apenas dois atos: inspirar (“puxar” o ar para dentro dos
pulmões) e expirar ou exalar (soltar o ar que entrou nos
pulmões).

Mas, até que o ar chegue aos pulmões é necessário que percorra


um longo caminho. Todo esse processo do ar acontece através de
um sistema chamado: Sistema Respiratório.

O sistema respiratório é formado por: “dois pulmões, as fossas


nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os
bronquíolos e os alvéolos”.

Veja ilustração do sistema respiratório na figura abaixo.

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Todo ser - humano respira desde o primeiro até o último segundo


de vida sem que ninguém lhe ensine. Respirar é um processo
natural e é uma das funções mais importantes do corpo. Porém,
quando se trata de tocar um instrumento de sopro ou de cantar,
a respiração que utilizamos em nosso cotidiano não é suficiente
para a realização dessas atividades.

É necessário que se estude como respirar corretamente de


maneira a aplicar estes estudos na realização de tais atividades.

O músico que toca instrumento de sopro ou canta precisa ter em


mente que, além de tocar ou cantar, o corpo necessita do ar para
manter seu bom funcionamento.

O primeiro treinamento respiratório que se deve fazer é: como


ter uma respiração completa. Para a maioria das pessoas
acontece o seguinte: quando se pede para alguém, não treinado,

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
fazer uma respiração profunda, nota-se que esse alguém estufa o
tórax de maneira à quase “explodir”.

Percebe-se que essa não foi uma respiração completa porque, foi
utilizada apenas uma parte dos pulmões. Para que a respiração
seja completa, é necessário que se imagine que está “enchendo a
barriga de ar” e depois o “tórax”.

(Foi dito para imaginar porque é impossível encher a barriga ou o


tórax de ar. O ar só vai para um local: os pulmões). Entre os
diversos músculos que envolvem o ato de respirar, existe um que
é o mais importante entre eles. Esse músculo é o diafragma. O
diafragma é classicamente descrito como um músculo delgado e
achatado, que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal.

Veja figura abaixo.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Quando inspiramos de maneira correta, o diafragma desce,
aumentando a cavidade do peito e diminuindo a pressão interna
do ar, que por consequência, entra nos pulmões.

Pode-se observar também que os órgãos do corpo logo abaixo do


diafragma ficam com menor espaço, o que causa uma expansão
do diâmetro da cintura.

A expansão da cintura é um resultado da contração do diafragma


no momento da inspiração. A respiração está para os
instrumentos de sopro assim como o arco está para o violino e os
instrumentos da família das cordas. Um dos primeiros
ensinamentos que um aluno de violino recebe é como se deve
trabalhar o arco, porque, para produzir som o violinista
dependerá totalmente dos exercícios realizados com o arco.

Do mesmo modo, os instrumentistas de sopro dependerão


exclusivamente do ar para conseguir produzir qualquer tipo de
som. Levando tudo isso para a prática, é o momento de vivenciar
alguns exercícios de respiração para serem aplicados ao tocar.

1- Com o dedo indicador encostado nos lábios (veja figura


abaixo), faça inspirações e expirações lentas e profundas. Respire

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sempre pela boca mantendo os cantos relaxados. Pronuncie
WÔW ao inspirar e THÔW ao expirar.

2- Encoste o dedo indicador nos lábios (como na figura acima)


mantendo os cantos da boca relaxados. Agora, pela boca, faça
uma inspiração de 5 tempos seguida de uma expiração de 5
tempos. Ao inspirar, pronuncie a palavra WÔW. Ao expirar
pronuncie a palavra THÔW.

EMBOCADURA

A embocadura é a posição dos lábios e da musculatura facial


correta para se obter o som do instrumento. A embocadura é a
conexão mais importante com seu instrumento.

Aqui mora o perigo. A embocadura é tudo no agudo. Comparo-a à


construção de um prédio: quanto mais alto ele for, mais profunda
deve ser sua base.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
A embocadura para se tocar em 2 oitavas utilizada pela maioria
dos saxofonistas não é a mesma para se tocar em 4 oitavas.
Aquela que você usa para tocar com sucesso até hoje deve estar
funcionado bem entre o Ré da primeira oitava e o Ré da terceira
oitava. Agora, se você tem problemas fora desta região, significa
que a sua embocadura está fora de lugar. Não diria errada, pois a
embocadura que uso para tocar nos agudíssimos é a que você
está usando, enquanto adoto uma outra para tocar nessa região
mais grave.
Aí está o segredo! Para tocar nos superagudos, começo pelos
graves. Quanto mais relaxados os graves, mais campo para os
agudos, ou seja, quanto mais aberto o ângulo entre boquilha e
palheta na região grave, maior será minha margem de extensão,
pois, à medida que subo para os agudos o ângulo da boquilha se
fecha. Se você começar com ela fechada, ao chegar nos agudos
terá tal esmagamento da palheta com a boquilha que nenhum ar
passará. O segredo é começar os graves o mais relaxado possível,
quer dizer, com o ângulo entre a palheta e a boquilha o mais
aberto possível. Você terá que descobrir que pode tocar a nota
do meio tom abaixo soando um Si sem mexer na boquilha,
somente relaxando o lábio inferior em relação à palheta, como se
fosse uma batata quente na boca. Toque a nota Ré mantendo a
relação de um tom entre o Dó, mas não esqueça que este Dó está
com a afinação meio tom abaixo do normal. Isso foi feito com o
relaxamento do lábio inferior. Se você tocar o Mi, ele também
terá que manter a afinação relativa ao Dó, que, por sua vez,
continua baixo.
Ao completar uma oitava fazendo a relação acima, e mantendo a
afinação das notas entre elas, o Dó oitavado acima estará mais
relaxado, com mais volume e brilho.
Em relação à boquilha e à palheta, o ângulo agora é maior. Então,
você terá mais ângulo de boquilha para os agudíssimos. Da outra
forma, você não teria mais ângulo entre palheta e boquilha.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

Existem três conceitos básicos de embocadura.

1- Os dentes superiores se fixam sobre a boquilha.

2- Os lábios e a musculatura facial envolvem a boquilha por todos


os lados

3- O lábio inferior fica em contato com a palheta.

A partir deste conceito existem as variações:

A quantidade de boquilha que se põe dentro da boca determina a


qualidade do som. Pouca boquilha na boca (tocando na pontinha)
deixa o som apagado a instável. Muita boquilha na boca
(engolindo mais) deixa o som estourado e descontrolado.

Geralmente os dentes superiores posicionam-se em torno de um


centímetro e meio (1½) partindo da ponta da boquilha. A
quantidade de lábio inferior para dentro ou para fora depende da
formação física de cada um. Contudo não se deve dobrar todo o
lábio inferior, nem deixar que a parte interna, mais vermelha, do
lábio inferior escape para fora e apareça.

Exercícios:

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
1 - Faça várias vezes a embocadura sem o instrumento na frente
de um espelho, sempre se avaliando. Observe a máscara facial e
veja se está no formato do exemplo.

2 – Repita a etapa anterior só com o tudel, boquilha e palheta,


depois com o saxofone (tocar notas longas). Procurar não dobrar
muito o lábio inferior, porque quanto menos lábio na palheta,
mais ela vibra produzindo mais harmônicos.

ABRA O MAXILAR.
Ao tocar o sax, experimente abrir um pouquinho o maxilar. Isso
aumentará o espaço interno da sua boca.

Repare, que ao pegar um pequeno fraco vazio (de remédio por


exemplo) e ao soprar, produzirá um som agudo.

Ao pegar uma garrafa de dois litros e soprar, você obterá um som


mais grave, pesado, encorpado.

Isso acontece também com nossa boca. O assovio, é uma prova


disso. Ao movimentarmos a língua, produzimos sons agudos ou
graves, conforme o espaço interno da nossa boca.

Com o Sax, o princípio é o mesmo. Ao aumentar “a câmara”


interna da boca, produzimos um som mais encorpado.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

A grande confusão

A confusão começou há muito tempo, quando o Brasil era


escasso em métodos e bons professores. Havia (e existe até hoje)
um método importado que eu não vou citar, é claro , um dos
mais conhecido para saxofone, adotado pelas escolas ,
conservatórios e igrejas evangélicas.

Sua explicação de como se fazer a embocadura é um absurdo,


uma aberração musical, embora tenha exercícios escritos que são
gostosos de executar.

Quantos músicos tiveram arruinada a sua carreira pelo uso deste


"método" de se fazer a embocadura sem o uso dos dentes
superiores no apoio da boquilha? Ele indica somente o apoio dos
lábios superiores e inferiores voltados para dentro, seguido de
um golpe seco com a língua para fazer vibrar a palheta e produzir
o som com a sílaba "tu".

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Que falta de informação! Veja a Figura 2.

Professores que confiaram nesse método não tiveram e nunca


teriam a intenção de ensinar errado. Simplesmente, eles não
conhecem outra maneira de fazer embocadura, e isso é muito
triste.

Que fique claro que minha intenção é ajudar a mudar esse


quadro em nosso país. Para isso, precisamos se conscientizar do
problema e, principalmente, como tratá-lo. Posso afirmar, porém,
que é crescente o número de saxofonistas que adotam e mudam
sua embocadura para o apoio dos dentes.

Prova disso são os novos saxofonistas evangélicos, com destaque


em bandas gospel, todos eles donos de uma ótima técnica e
sonoridade.

Como deve ser a embocadura?


O uso dos lábios é aconselhável somente para quem não tem os
dentes superiores ou possui algum tipo de ponte móvel ou algum

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
outro problema com a raiz do dente. Consulte um dentista e
mostre o seu problema em relação à boquilha.

Se necessário, peça ao seu professor para conversar com o


dentista para expor como é feito esse apoio dos dentes na
boquilha ou mostre esta matéria com os desenhos das
embocaduras, pois isto pode ajudá-lo a encontrar uma solução
para seu problema.

Não é necessário morder a boquilha e, mesmo que você use uma


dentadura, ponte móvel ou dente postiço, isso não é
impedimento para o uso da embocadura de apoio com os dentes.

Esse apoio só deverá ser evitado caso venha trazer algum dano à
sua saúde. Sem esses sintomas, você deve usar o apoio dos
dentes superiores na boquilha.

Caso venha sentir algum tipo de dor, consulte seu dentista pois
isso não é normal, e você pode estar com algum problema.

Posição da boquilha na boca


Repare que vários saxofonistas conhecidos têm a boquilha mais
para a esquerda ou direita e não necessariamente no centro,
onde sentem mais firmeza no apoio dos dentes. Muitas vezes,
essa sensação é ocasionada pela diferença de altura entre os
dentes frontais superiores.

Uma seção de limagem no dentista, para tirar a diferença de


altura, pode ser a solução para apoiar a boquilha em ambos.
Contudo, é sabido que usá-la mais para um lado ou para o outro
não traz conseqüências para o saxofonista. O que não pode
acontecer é o saxofonista ficar trocando de lado a toda hora.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Devemos encontrar o melhor apoio, aquele com o qual você se
sinta confortável. Assim, seu organismo cuidará de desenvolver
os músculos mais usados na embocadura, como mostra a Figura
3.

Apoiando os dentes superiores na boquilha


Quando somente usamos os lábios para segurar a boquilha em
nossa boca, sem o uso dos dentes superiores, a afinação fica
seriamente comprometida em passagens rápidas ou de intervalos
distantes, e o músico não tem domínio dos graves e tampouco
dos agudos, pois não trabalha os harmônicos, que necessitam da
precisão de abertura feita com o apoio dos dentes (tanto para os
graves como para os agudos).

Desse modo, a sonoridade é pequena e a resistência superbaixa.


Se, ainda assim, o músico tira um som bonito, não se engane! O
efeito dura pouco, pois o lábio não tem resistência para manter o
som ou segurar a afinação.

O atrito com os dentes

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Repare naquelas boquilhas de massa ou metal em que, no lugar
de contato da boquilha com o dente, existe outro material
(geralmente uma resina protética).

Isso evita que o atrito do dente com a boquilha origine um furo


no local de apoio. As boquilhas de massa que seguem essa
corrente de embocadura têm uma resina diferente, de vez em
quando com cor diferente também, que garante a vida útil do
acessório.

O processo é o mesmo para as boquilhas de metal, caso contrário


o atrito entre o metal e o dente destruiria o dente. Nesse caso, é
melhor substituir a resina da boquilha do que perder o dente; o
desgaste do dente em contato com o metal pode chegar até a
raiz e danificá-lo.

Não tenha medo de mudar ou experimentar. Você só vai crescer


se tentar novos caminhos. Sei que, no começo, saxofonistas que
usam somente o lábio têm receio de colocar os dentes superiores
na boquilha.

Geralmente, sentem cócegas ou arrepios. Pode-se colocar um


pedaço de papel contact ou couro colado sobre a parte de apoio
dos dentes, ou comprar em casas especializadas adesivos para
este fim.

Assim, criamos um tipo de amortecedor da vibração da boquilha.


Depois, com o tempo, você se acostuma e poderá até tirá-lo.

Sinto que ao colocar um contact ou couro na boquilha, alteramos


o som dela para "mais aveludado". Outra dica interessante é

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
colocar um pedacinho de pelica nos dentes inferiores, caso seus
dentes sejam do tipo serrilha.

Sem o atrito do lábio inferior com os dentes inferiores, você vai


tocar por várias horas. Isso é comum entre os saxofonistas mais
experientes que no carnaval trabalham durante vários dias e
horas e em condições que os obrigam a tocar muito forte.
Quem já fez carnaval sabe do que estou falando....

Mantendo o apoio dos dentes


Devido ao fato de o contato do dente não estar sendo total, é
preciso apoiá-lo com uma pequena pressão para baixo. Neste
caso, a altura da correia é fundamental.

Se ela estiver alta, forçará o contato da boquilha com o dente,


tirando todo o peso do sax sob o maxilar inferior e deixando-o
livre para ter a precisão no controle de vibratos, harmônicos e
todos os matizes do som.

Mas, se apoiar o dente na boquilha e manter a correia baixa, com


o tempo ou durante uma execução, você poderá transferir por
descuido o peso do sax para o maxilar inferior, ficando impedido
de executar múltiplas funções. Isso é fatal.

De nada adianta apoiar corretamente os dentes e usar a correia


baixa, pois assim você perderá o apoio dos dentes superiores na
boquilha, além de estrangular toda a passagem de ar e diminuir o
espaço entre a boquilha e a palheta, devido ao próprio peso do
sax, que tem seu apoio mais no lábio inferior do que nos dentes
superiores.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

NOTAS LONGAS

“Para produzir um som firme, limpo e principalmente afinado, é


extremamente importante que todos os músicos pratiquem
exercícios com notas longas diariamente, (não “pulem” essa parte
do estudo em hipótese alguma).

Infelizmente, o estudo de notas longas tem sido muito


negligenciado pelos estudantes. Muitos acham que o estudo é
“chato” e outros, têm pressa para começar a tocar um “monte”
de notas rápidas ou “passar logo” aquele estudo do método para
começar a tocar mais rápido, mas se esquecem de que: para
correr é preciso, primeiro, saber andar”. Músicos profissionais
estudam notas longas todos os dias.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

Principais benefícios: . Estabilidade do fluxo da coluna de ar e


domínio sobre a velocidade do ar, habilitando para execução de
dinâmicas mp, p e pp. Fortalecimento e moldagem da mascara
facial (todos os músculos que compõem a embocadura). A
somatória dos itens acima resulta em uma melhora significativa
favorecendo o maior controle sobre a afinação.

EXERCÍCIO DE NOTAS LONGAS


(ESTUDO DIÁRIO)

Procurar tocar com som firme e reto, atento à embocadura,


afinação, respirações, indicação de metrônomo e dinâmicas.

(Todos os exercícios aqui propostos devem ser estudados com


velocidade a 60 bpm e em forma de compasso quaternária).

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

POR QUE ESTUDAMOS COM


METRÔNOMO?
Utilizamos o metrônomo porque não somos perfeitos e,
freqüentemente, atrasamos ou adiantamos o andamento de uma

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
música ou um trecho musical. Estude todos os arpejos e as
escalas com articulações e ritmos diferentes, mas use o
metrônomo para manter a pulsação.

A utilização de uma bateria eletrônica durante os estudos é ainda


mais aconselhável, pois você poderá programar o ritmo (patern)
que você quiser: Funk, Bossa Nova, Swing, Bolero, Salsa, Reggae
etc. Você poderá praticar os arpejos encaixando as notas na
"levada da bateria" e, caso você não disponha de uma bateria
eletrônica, poderá pedir para um amigo que possua um teclado
com o recurso de ritmo eletrônico para que grave os ritmos em
uma fita cassete.

Organize seus estudos! Grave os ritmos de um determinado


estilo, por exemplo: Funk, em uma mesma fita, mas faça-o com
andamentos e estilos de Funk variados (lentos, moderados e
rápidos) e com variações rítmicas. Geralmente todo teclado ou
bateria eletrônica tem no seu banco de ritmos e variações do
mesmo. Exemplo: Funk 1, Funk 2, Funk Paraguaio etc.

Considero muito mais proveitoso e agradável estudar com uma


bateria eletrônica do que com um metrônomo tipo tique-taque,
pois o som do saxofone, por possuir muito volume, geralmente
encobre o som dos metrônomos convencionais, fazendo com que
o praticante não o escute e acabe "cruzando" o andamento,
levando-o a eliminar o metrônomo de seus estudos.

O metrônomo tem a função básica de manter a pulsação da


música e ajuda o músico a ficar dentro do andamento, não
correndo onde sinta facilidade na execução, nem atrasando onde

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
tenha dificuldade. Pessoalmente nunca gostei de estudar com
metrônomo, ao contrário do violoncelo, flauta doce ou oboé, pois
neste caso, o repertório para esses instrumentos, por mim
estudado, não se casam ritmicamente com uma levada na bateria
e, neste caso, o metrônomo desempenha perfeitamente bem o
seu papel.

Por outro lado, o estudo com o saxofone é diferente, pois o que


toco está sempre ligado a um ritmo mais marcado e, portanto, à
bateria. Com ela, além de ter mais apoio, posso experimentar as
idéias rítmicas em cima da levada da bateria e sentir o somatório
do ritmo executado por mim mais a batida programada na
bateria, tal qual numa apresentação ao vivo.

Ademais, todas as vezes que toco com uma banda, as minha


idéias rítmicas são sempre apoiadas na bateria, sentindo o seu
patern e não no tique-taque de um metrônomo.

Entretanto, não imagine que o metrônomo seja o vilão da


história. Apenas com a pulsação do metrônomo você não saberá,
no início, as divisões típicas de estilos musicais como: samba,
swing etc.

Tocando com a bateria você vai, forçosamente, encaixando-se


nas levadas e tomando consciência de suas divisões e subdivisões.

Os bateristas, por sua vez, adotam mais o metrônomo para


estudar pois, tendo a pulsação do metrônomo como referência,
podem desenvolver mais facilmente os seus paterns sem o risco
de adiantar ou atrasar o andamento.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Em meio a grande variedade de ritmos, a atenção dos bateristas
concentra-se na pulsação do metrônomo. Isso depende da
necessidade e preferência de cada um.

Para quem estuda saxofone voltado mais para a área de Rock,


Pop ou Jazz, é mais interessante a utilização de uma bateria
eletrônica, uma vez que os saxofonistas "clássicos", por causa do
repertório, preferem o metrônomo.

Imagine-se estudando uma peça clássica. A lógica recomenda o


uso do metrônomo, pois sua sonata ou peça de concerto exigira
acentuações e ritmos bem diferentes de uma levada na bateria,
por exemplo, de Bossa Nova.

Neste caso, o metrônomo desempenhará melhor o papel. Por ser


neutro, ele adequar-se-á a todos os estilos. Por sua vez, a bateria
com um ritmo programado (levada) é indicada quando você
estuda um tema de Funk, Samba, Choro, improvisação
obedecendo cifras etc, porque o aproxima mais de uma situação
real. Tocando e estudando com a bateria eletrônica você
aprenderá a sentir a pulsação das levadas.

Sem perceber, você começará a fazer variações rítmicas em cima


da pulsação da música, sem perder o "time" ou o "beat". É muito
importante que você comece a estudar sempre dentro de um
ritmo. Além de ser mais "emocionante", é como se voltássemos
ao tempo de nossos ancestrais, os quais dançavam a noite toda
num envolvente ritmo tribal.

Às vezes sinto que quando estudo com um metrônomo ou bateria


não consigo parar; parece que entro num transe, como se
estivesse num tipo de meditação; com os olhos fechados, sinto

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
um grande prazer em escutar meu ritmo e meu som como parte
de um todo.

Muitos músicos aproveitam, de fato, esses momentos para


meditar, pois a mente fica completamente livre de pensamentos
do cotidiano; esses momentos transformam-se em lapsos de
tempo durante os quais somos capazes de encontrar equilíbrio e
paz.

Outras pessoas conseguem encontrar-se consigo mesmas


enquanto nadam, andam de bicicleta, correm, jogam futebol,
pescam etc. Faça do seu estudo um momento de prazer, o
momento de encontrar-se consigo mesmo e sinta o seu
verdadeiro ritmo.

AFINAÇÃO

Estude com o afinador eletrônico, mas não tenha nele seu único
recurso. Aprenda utilizar seus ouvidos para corrigir as falhas de
afinação do seu instrumento, e lembre-se que mesmo as
melhores marcas de saxofones também têm correções de
afinação a ser feitas.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
O uso do afinador é de grande utilidade, mas o principal objetivo
é o desenvolvimento do treinamento auditivo e não do visual.

Ao afinarmos o nosso instrumento com uma nota de referência


(órgão na igreja ou com diapasão e etc.) sopre sempre de forma
natural e procure com pequenas alterações de pressão e
relaxamento na embocadura, perceber se sua afinação está “alta”
ou “baixa” em relação a referência.

Ou seja, se houver oscilações ao tocar junto e elas diminuírem à


medida que você aumenta um pouco a pressão dos lábios, sua
afinação está “baixa”. Se as oscilações diminuírem à medida que
você relaxa a pressão dos lábios, sua afinação está alta.

Principais benefícios:

Notas bem afinadas estabilizam o acorde beneficiando todo o


conjunto musical.

ARTICULAÇÃO

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
O estudo da articulação é para que se obtenha controle sobre a
língua, tanto na pronúncia da sílaba quanto na velocidade, bem
como a clareza e definição das notas.

Principais benefícios:

Precisão, agilidade e leveza na emissão do som, Iniciar a nota


com qualidade sonora, intensidade correta (conforme a
necessidade) e afinação constante. Articular as notas sem alterar
a forma de soprar.

Obs.: O domínio da articulação contribui significativamente para


um melhor manuseio do fraseado no texto musical.

EXERCÍCIO DE ARTICULAÇÃO

(ESTUDO DIÁRIO)

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Pronunciaras notas com a sílaba “TU” (“Ti”)

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

SUGESTÃO PARA POSTURA DO


CORPO E O USO DE CORREIAS

Posição do corpo:

Os ombros devem estar soltos (sem tensão) para criar espaço


para o pescoço. Ajuste a correia para que o saxofone fique numa
altura confortável e que sua cabeça não fique forçada para trás
nem para frente.

O tudel e a boquilha devem ser girados e ajustados numa posição


em que não seja necessário dobrar a coluna ou o pescoço para o

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
lado, em função de alcançar a boca na boquilha. É o instrumento
que deve moldar-se no corpo e não ao contrário.

A melhor maneira de posicionar as mãos no instrumento pode ser


definida como uma maneira sem nenhuma tensão nos dedos, nas
mãos, nos braços ou nos ombros.

O peso não pode ficar totalmente sobre as mãos e a maior parte


do peso do instrumento deve ser distribuído na correia. Com uma
posição correta é muito fácil chegar a uma boa técnica.

A postura corporal figura como o primeiro fundamento básico,


pois é pré-requisito para uma boa respiração e um bom
dedilhado das chaves.

A melhor posição para tocar de pé e sentado: tanto em pé quanto


sentado, o saxofonista deve permanecer com o tronco ereto, de
forma natural, sem nenhum tipo de tensão ou torção muscular,
conforme citado anteriormente.

O saxofone alto e tenor podem ser segurados tanto na frente do


corpo quanto na lateral, desde que seguidas às mesmas
orientações de posturas dadas anteriormente. Os demais
saxofones possuem, geralmente, uma só posição de execução.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
O saxofone deve se ajustar ao corpo como se fosse uma extensão
natural do mesmo. Mantenha os pés levemente afastados, com o
peso do corpo distribuído igualmente pelas duas pernas quando
tocar em pé.

Sente-se na ponta da cadeira, com as costas retas e afastadas do


encosto quando tocar sentado.

As mãos com os dedos nas chaves devem estar em forma de “C”


e não em forma de “V”.

VIBRATO

Vibrato são pequenas oscilações de uma nota, muito usado no


canto, tanto lírico como popular, onde cada estilo/gênero
vocal/instrumental têm sua forma própria quanto ao tamanho da
oscilação de amplitude e velocidade do vibrato.

Frequentemente, o vibrato é usado como forma de compensar


inadequado desenvolvimento sonoro e afinação imprecisa.
Quando tocamos em naipe, não devemos usar vibrato para não
interferir na afinação e no equilíbrio sonoro do naipe.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
O bom vibrato, equilibrado e usado adequadamente, deveria
integrar-se ao estilo musical; quando chama atenção, é porque
provavelmente se destaca dos limites do bom gosto musical.

O vibrato é um elemento expressivo no som do saxofone, muitos


saxofonistas utilizam o vibrato incessantemente tornando-o parte
de seu som, porém, quando usado inadequadamente, pode
também ser uma parte muito traiçoeira no som do instrumento.

Essa prática não é aconselhada, pois o uso excessivo desse


ornamento torna-se sem efeito; ele deverá ser usado de acordo
com o estilo em execução e, em alguns casos, torna-se
desnecessário.

O vibrato é um ornamento como qualquer outro e precisa ser


usado comedidamente, por exemplo, se comparado a
apoggiatura: imagine se colocarmos uma apoggiatura em cada
nota que tocamos; como ficaria?

O saxofone é um instrumento com muita projeção sonora e


naturalmente se destaca, portanto todo cuidado é necessário.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
CUIDADOS BÁSICOS

Mais importante do que ter um instrumento de boa marca, é que


o seu ESTEJA bom. Portanto, entregue seu saxofone sempre que
for preciso aos cuidados de um técnico profissional e responsável
para realizar a sua manutenção.

Ele só trabalha com isso e tem ferramentas e acessórios


apropriados para a realização de tais serviços. Desconfie se seu
instrumento estiver apresentando muita resistência ou grande
dificuldade na emissão de algumas notas; pode ser que o
problema seja de regulagem mecânica e não de execução.

Nunca, em hipótese alguma, lave seu instrumento montado na


água corrente ou na banheira! Limpe seu saxofone por fora após
tocá-lo com uma flanela macia e seque-o por dentro com um
pano amarrado a um barbante numa ponta e um pequeno peso
revestido na outra.

A cada dois anos, no máximo, leve seu instrumento ao seu


técnico de confiança para fazer uma limpeza completa e ele
desmontará totalmente o saxofone e limpará minuciosamente
peça por peça.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Seque seu instrumento mesmo depois de ter tocado poucos
minutos, pois a condensação começa a se formar a partir dos
primeiros instantes de uso.

Só utilize o “PadSaver”, também chamado de escovão, de boa


qualidade, pois elimina a umidade não permitindo a oxidação
dentro do corpo do saxofone e dos reverberadores (presos às
sapatilhas) quando feitos em metal. Para evitar que as sapatilhas
comecem a colar, passe um pano que não solte fios com um
pouco de álcool líquido entre a sapatilha e a chaminé.

Melhor que o papel com talco que com o tempo acentua o


problema. - Use pedaços de papel recortados em forma de
quadrado para secar as sapatilhas.

Isso retardará o desgaste das mesmas, principalmente as das


chaves do registro agudo, que ficam mais úmidas que as demais.
Lubrifique seu saxofone em intervalo máximo de dois meses.

O atrito de metal contra metal é a principal causa de jogo nas


chaves. Use uma pequena chave de fenda para colocar uma gota
de óleo em cada junta com parafuso e não se esqueça de
lubrificar as molas.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
ORIENTAÇÕES PARA COMPRAR
O INSTRUMENTO

Na hora de comprar um saxofone, temos dúvidas sobre as marcas


de saxofones. São recomendados para os iniciantes os saxofones
de mecânica moderna “made in China”, porque são baratos, mais
fáceis de pagar, de boa afinação e anatomia moderna.

Algumas marcas são facilmente encontradas no mercado como:


Michel, Dolphin, Coniff, Condor, Eagle, Vince, CSA, Maxtone,
Conductor, Stagg, Jupiter, HandCraft, Selmer Bandy, Shelter,
Century, Olds, L.A., Armstrong, Winston, Arena, Rmv, Pierret,
Dolnet, York, Antigua, Winds, Buffet Crampon, Conn e o nacional
WERIL.

Para quem deseja adquirir um instrumento superior existem as


linhas profissionais Yamaha, Yanagisawa, ou Selmer (Francês).

Se preferir comprar um instrumento mais antigo, os chamados


instrumentos “vintage”, como por exemplo: Martin, Buerscher,
Conn, King, Galasso, Weril e outros, apesar de sua comprovada e
incontestável superioridade sonora, você pode se deparar com
uma série de inconvenientes, como afinação, mecânica ruim,

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
ergonomia ruim e etc. Nesse caso é preciso consultar uma pessoa
experiente.

ESCALA DE SUPER AGUDOS

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

ESSAS FORAM AS DICAS TEÓRICAS INICIAIS... MAS


AGORA VOCÊ VAI DESCOBRIR COMO APRENDER NA
PRÁTICA.

COMO SE TORNAR UM
SAXOFONISTA ACIMA DA MÉDIA:

Você está a um passo de começar sua evolução rumo a se tornar


um saxofonista acima da média...

Quem que estuda saxofone e não fica admirando os grandes


saxofonistas em seus vídeos, suas técnicas, seu timbre,
ornamentos... É um sonho para muitos tocar naquele nível não é
mesmo?

Inclusive eu quando comecei estudar saxofone a muitos anos


atrás, eu gostaria de ter acesso a esses vídeos para me inspirar
também, mas era uma época com muito menos recursos de

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
estudos e quase não tínhamos aceso à internet. Atualmente está
bem mais fácil acompanhar os músicos que nos inspiram...

Mas quero em poucas palavras falar um pouco como foi meu


aprendizado: A mais de 30 anos atrás foi quando iniciei minha
vida musical, vocês não fazem idéia quanto eu sofria para
começar a pegar o “jeito” do saxofone...

Meu professor da época dava aula em uma escola de música a


40km da minha residência, o que dificultava bastante, eu tinha
que ir de ônibus ou carro para poder fazer as minhas aulas.

Eu comecei com bastante dificuldade no saxofone, um dos


principais problemas que me atrapalharam no início era ter o
controle da respiração, sofria muito para ter a dinâmica da
respiração, eu pensava que era apenas soprar e realmente não é,
eu não controlava minha emissão de ar e não conseguia chegar
ao final de alguns compassos, ou quando me esforçava para
chegar até ao fim, ficava ofegante...

Conforme os estudos iam avançando, meus problemas


mudavam... quando cheguei no início dos exercícios de
articulação foi mais uma grande luta, não saía de jeito nenhum,
foi mais um bom tempo para dominar essa técnica
importantíssima...

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS

Para não entrar em muitos detalhes para ficar muito grande o


texto, teve época que eu até pensei em desistir, achava que
aquilo não era para mim, meu som não me agradava, tinha vez
que a afinação não estava legal entre outros problemas.

Mas meu professor com toda a paciência me incentivava e ia me


ensinando devagar até que eu comecei desenvolver um pouco
mais.

O que também dificultava, era a distância da escola e o gasto que


eu tinha com transporte e com o valor que eu pagava para
aprender o saxofone...

Foi um esforço de muitos anos, deixando muitas regalias de lado


para poder investir no meu sonho que era ser um saxofonista,
perdi a conta de quantos mil reais eu gastei durante todo o meu
aprendizado naquela época (claro que estudo até hoje)

Mas naquela época, para você aprender, tinha que ser apenas
aulas presenciais, não tinha essa tecnologia e facilidade de hoje
que podemos estudar em casa com o professor pela internet.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Resumindo, hoje sou um músico profissional que vivo da música,
faço praticamente todo tipo de eventos, casamentos, formaturas,
festas em geral...

Graças a Deus hoje sou reconhecido pelo meu trabalho, muitos


estudantes vem me perguntar como deve estudar, como estudar,
onde estudar, ou se eu posso dar aula...

E infelizmente não está sobrando tempo na minha agenda para


dar aulas. Mas como nesse mundo do saxofone conhecemos
muitas pessoas capacitadas, a muitos anos conheci o Richard,
professor renomado de saxofone...

Vi como funciona o seu método de ensino e fiquei surpreso com a


facilidade dele de passar o seu conhecimento, técnicas e o seu
nível de conhecimento.

Posso sem medo nenhum dizer que ele é um dos mais


capacitados que eu já conheci nesse mundo de estudo do sax.

Se na minha época de estudo eu tivesse conhecido esse método


de ensino dele, com toda a certeza eu teria evoluído muito antes
do tempo que demorei.

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
O Richard criou o método de ensino completo, do extremo zero
ao avançado, é um profissional que ama o que faz e tem
compromisso com todos seus alunos.

Esse curso dele é o que eu considero mais completo que temos


atualmente, serve para qualquer nível musical que você esteja,
pode ser iniciante ou não.

Tudo que você precisa aprender para se tornar um saxofonista


acima da média eu posso te garantir que está dentro desse curso
dele.

São 9 Módulos de ensino:

3 iniciante, 3 intermediário, 3avançado.

Cada módulo foi desenvolvido para aproximadamente 6 meses de


estudo cada um, isso vai depender da sua velocidade de estudo.

Já pensou você estudando na sua casa, sem precisar se deslocar


por uma longa distância igual eu na minha época?

Estudando a hora e quantas que você quiser?

Podendo acessar todo o curso pelo seu computador, celular ou


tablet?

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
Quem me dera se na minha época tivesse essa oportunidade, eu
teria economizado alguns milhares de reais e teria desenvolvido
como saxofonista muito antes.

Agora pensa comigo:

- Se você tivesse que estudar pagando aula particular, quanto


acha que gastaria até chegar ao nível que deseja?

- Cada aula particular dura em média 1 hora, e com o curso você


pode estudar quantas horas e em qualquer lugar que quiser.

No curso você aprende tudo de teoria básica, leitura musical,


repertório, mecanismo, sonoridade, articulação, embocadura,
postura, respiração, entre outras técnicas...

Posso dizer que é impossível você não se tornar um ótimo


saxofonista aprendendo com ele.

Eu tenho acompanhado a evolução de muitos alunos dele, e é


absurdo a qualidade de seus alunos.

Tem alguns que já estão até participando de apresentação em


casamentos.

Já imaginou você também evoluir de forma surpreendente e


futuramente até poder participar de eventos e fazer mais uma
forma de renda fazendo aquilo que você gosta?

Eu particularmente gastei milhares de reais para atingir um nível


considerável no saxofone...

Mas agora vem a novidade apenas para quem adquiriu esse e-


book: Para você que quer evoluir musicalmente e se tornar um

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E-BOOK PARA SAXOFONISTAS
saxofonista acima da média, você vai conseguir acessar o melhor
curso de saxofone por apenas 10 x de 67,04, menos que o valor
que você gasta em uma pizza no final de semana para sua
família...

Uma oportunidade igual a essa te falo com toda a certeza, você


não encontrará nunca mais...

Esse curso dele valeria no mínimo umas 3x mais que esse valor,
mas esse valor é para apenas você que está adquirindo esse e-
book.

Então considere um privilegiado por estar conhecendo essa


chance única, essa é mais uma sorte de você ter adquirido seu e-
book.

Além de ter recebido vários conteúdos, ainda está prestes a


começar a se tornar um saxofonista de nível avançado.

Relembrando: Para estudar particular vai gastar quanto?

Agora se você deseja se desenvolver no saxofone por um valor


muito mais baixo com a melhor qualidade do mercado...

CLIQUE AQUI

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