TCC Final
TCC Final
TCC Final
SÃO PAULO
2019
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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
SÃO PAULO
2019
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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
Professor da Disciplina de TCC: Délio Eulalio Martins Filho, pós doutor pela
Universidade Federal de São Paulo; Paulo Roberto Palma Urbano, doutor pela
Universidade de São Paulo; Ramon Bossardi Ramos, pós doutor pela
Bloomberg School of Public Health em Johns Hopkins University
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SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................................5
2. Justificativa.....................................................................................................7
3. Objetivos........................................................................................................8
4. Materiais e Métodos.......................................................................................8
5. Cronograma...................................................................................................9
7. Anexos.........................................................................................................10
8. Referências.....................................................................................................11
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1. Introdução
A pele possui muitas funções, tais como barreira física, imunológica,
produção de melanina, síntese de vitamina D, sensações táteis, regulações
térmicas e estética.¹
A epiderme e derme se formam a partir da ectoderma e mesoderma,
respectivamente. A epiderme é composta de um epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado, que cresce continuamente, mas que mantém a sua
espessura normal pelo processo de descamação. ¹
A epiderme é formada por quatro camadas em regiões de pele fina e cinco
camadas em regiões de pele espessa ( palma das mão e planta dos pés),
também denominadas estratos córneos. Estas camadas estão dispostas em:
estrato basal (responsável pela renovação das células epidérmicas e é a
camada mais profunda), estrato espinhoso (queratinócitos são maiores que os
da camada basal e têm numerosos prolongamentos citoplasmáticos), estrato
granuloso (os queratinócitos contém numerosos grânulos de querato-hialina),
estrato lúcido (presente somente na pele espessa e é considerado uma
subdivisão do estrato córneo) e o estrato córneo (células pavimentosas
anucleadas em grande parte preenchida com filamentos de queratina). ²
À medida que os queratinócitos se deslocam da camada basal para o
estrato córneo, vai ocorrendo a renovação da epiderme, a qual ocorre a cada
28 dias aproximadamente. Em média, levam 14 dias para atingir o estrato
córneo, e mais 14 dias para que haja a descamação. ¹
A primeira linha de defesa, entre a pele e o meio ambiente, são as células
epiteliais, as quais, são consideradas como parte do sistema imune inato.
Estas células, respondem à estímulos ambientais por meio de receptores
semelhantes ao toll (TLRs), receptor semelhante a NOD (domínio de
oligomerização ligado ao nucleotídeo), lectinas tipo C e proteína de
reconhecimento de peptideoglicano. ¹
As camadas de células basais, tem como composição, 10% de melanócitos.
Estas células são responsáveis pela produção de melanina, um polímero
pigmentado que absorve a radiação ultravioleta (UV). A melanina é produzida e
armazenada nos melanossomos, os quais são fagocitados por queratinócitos e
transportados para uma região acima do núcleo dos queratinócitos, fazendo
assim, um escudo de proteção contra os raios UV. ¹
O encargo de barreira epidérmica, abrange a proteção contra
microrganismos, substâncias químicas, traumatismos físicos e perda de água
transepidérmica. A pele é um dos sítios principais de interação com o
ambiente, e os estímulos realizados na pele, são processados pelos sistemas
nervosos central e periférico. ¹
A regulação e manutenção da temperatura central do corpo, também conta
com a ajuda da pele, a qual tem a função de ajustar a variação do fluxo
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sanguíneo dos capilares e em outros vasos sanguíneos, além da produção do
suor, que contribui para a homeostase da temperatura por meio da perda de
calor através da evaporação. ¹
A espessura da derme varia entre 1 e 4 mm. Ela é uma proteção e age
amortecendo as estruturas subjacentes contra lesões e proporciona apoio para
vasos sanguíneos, nervos e estruturas anexas. ¹
Por ser o maior órgão do corpo humano, a pele serve como percepção de
vários aspectos, dentre eles a etnia, idade, estado de saúde e atratividade.
Com isso, qualquer dano, erupções, distúrbios pigmentares e acne podem
produzir efeitos profundos na autoimagem e em como o indivíduo é percebido
pelos outros. ¹
Um dos problemas que mais afetam a autoimagem do indivíduo, é a acne.
Sendo uma das doenças inflamatórias da pele, mais comuns. A acne afeta
mais de 85% das pessoas, normalmente entre 11-30 anos, podendo também
se estender até quarta ou quinta década de vida, na população mundial. ³
A acne é uma doença inflamatória crônica da unidade pilossebácea, sendo
sua patogênese descrita por interações multifatoriais, podendo ser resultado de
um aumento na produção de sebo induzida pelos andrógenos, hiperqueratose,
inflamação e colonização bacteriana dos folículos pilosos da face, costas,
pescoço e peito pela Propionibacterium acnes. A precoce colonização pela P.
acnes e o fator genético, têm papeis importantes no desenvolvimento da
doença, porém ainda não está claro sobre o que desencadeia a doença. ⁴
Por ser uma doença de causa multifatorial, os fatores patogênicos não
devem ser avaliados individualmente, e sim em conjunto, como causa e
consequência. Como elucidação, temos a seborreia e a hiperqueratinização, a
junção dessas duas alterações tem como resultado um ambiente favorável
para o crescimento da P. acnes presente na microbiota da pele. Os metabólitos
em excesso, produzidos pela P. acnes, induzem a inflamação folicular e
perifolicular devido a presença de componentes quimiotáticos. ⁵
A predisposição genética para acne, é dada pelo citocromo P450-1A1 e
pelo esteroide 21-hidroxilase, os quais aumentam a produção de androgênios
pela glândula adrenal. Pessoas com o cariótipo XYY tendem a desenvolver
uma acne severa. ⁵
As glândulas sebáceas são associadas aos folículos pilosos, salvo algumas
exceções. O sebo é formado pela dissolução dos sebócitos, então é
transportado pelo ducto sebáceo de drenagem que desemboca na superfície
da pele via infundíbulo. Essa produção sebácea é regulada pelos andrógenos.
As grandes glândulas sebáceas estão localizadas na face e na parte superior
do tronco, regiões essas, normalmente acometidas pela acne. ⁵
Entre 8-10 anos, a glândula adrenal começa a produzir andrógenos, e mais
tarde as gônadas também assumem esse papel. Como resultado, há um
aumento das glândulas sebáceas, aumentando a produção de sebo, e
consequentemente acne (principalmente em adolescentes). Na pele, os
andrógenos estimulam a produção de sebo nos sebócitos. ⁵
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A regulação da produção de sebo é regulada primariamente pela
dehidroepiandrosterona sulfato (DHEA-S). Esse é o andrógeno que detém a
maior concentração de sebo, além disso, é igual em homens e mulheres. O
DHEA-S é considerado um hormônio fraco, mas após ser metabolizado
intracelularmente no sebócito, transforma-se em andrógenos mais potentes,
testosterona e di-hidrotestosterona. Como resultado há um aumento na
proliferação das glândulas sebáceas e consequentemente, aumento na
produção sebácea. ⁵
Os queratinócitos estão estratificados em camadas, nos folículos pilosos
normais. Eles se descamam e pelo fluxo do sebo são transportados para a
superfície da pele. Porém, quando o folículo está afetado pela acne, há um
aumento na proliferação dos queratinócitos e não há uma descamação para a
renovação, há um acúmulo de células novas e antigas. Essa hiperqueratose
resulta primeiramente como um microcomedão não visível, e posteriormente
um comedão. ⁵
A Propionibacterium acnes é a bactéria dominante nos folículos pilosos; tem
como preferência condições microaerofílica ou anaeróbica e coloniza de
preferência regiões com uma alta taxa de produção de sebo. A hiperqueratose
e a seborreia promovem a proliferação da P. acnes. Uma grande proliferação
dessa bactéria produz metabólitos (lipases, proteases, hialuronidases e fatores
quimiotáticos) com ação pro-inflamatória. ⁶
Há várias escalas para classificação da acne, porém ainda não há um
consenso de escala ou guidelines para ser seguido. A escala que
majoritariamente é seguida e mais apropriada segue as seguintes
classificações: acne comedonal, acne papulopustular leve, moderada ou
severa, acne nodular moderada, acne cística nodular (tem tendência à deixar
cicatrizes) e pioderma facial. ⁶
Um consenso foi alcançado para o tratamento de primeira e segunda
escolha para cada tipo, como também o tratamento de manutenção. Há
recomendações para o uso de antibióticos, pode-se introduzi-lo quando o
paciente sofrer de acne papulopustular leve ou moderada, mas sempre
combinado com retinoides e/ou peróxido de benzoila. A isotretinoína
(Roacutan) começa a ser usada quando a acne já atingiu o estado
papulopustular severo ou o nodular moderado. ⁶
2. Justificativa
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tratamentos que poderão melhorar a qualidade de vida dos voluntários tanto no
aspecto social como psicológico.
3. Objetivos
3.1 Gerais:
3.2. Específicos
Propor um protocolo de tratamento para acne no CIS.
Avaliar os diferentes locais de acometimento, bem como a
gravidade da acne entre os sexos.
Relacionar a qualidade de vida dos pacientes com a gravidade da
acne encontrada nos pacientes
4. Materiais e Métodos
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Antes de cada consulta, os pacientes convidados a participar serão
devidamente informados a respeito dos objetivos, justificativa e metodologia da
realização do trabalho. Sua permissão será obtida através da assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
5. Cronograma
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6. Anexos
Anexo 1
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7. Referências
1. SOUTOR, Carol; HORDINSKY, Maria. Dermatologia Clínica. Porto Alegre:
Amgh, 2014. 376 p.
4. Williams HC, Dellavalle RP, Garner S. Acne vulgaris. Lancet. 2012 Jan
28;379(9813):361-72. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0140-
6736(11)60321-8 acesso em: 21/10 as 22:15
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