Maria Pia de Saboia
Maria Pia de Saboia
Maria Pia de Saboia
do Rei Dom Luís I e Rainha Consorte de Portugal de 1862 até 1889. Era filha do Rei Vítor
Emanuel II da Itália e sua esposa, a Arquiduquesa Adelaide da Áustria. Dona Maria Pia ficou
conhecida como O Anjo da Caridade e A Mãe dos Pobres por sua compaixão e causas sociais.
[1]
Rainha aos quinze anos, D. ª Maria Pia cumpriu rapidamente o seu principal papel,
assegurando a sucessão ao trono com o nascimento do príncipe real D. Carlos de Bragança, em
28 de setembro de 1863, e do infante D. Afonso de Bragança, em 31 de julho de 1865, titulado
como Duque do Porto.
Mulher de temperamento meridional, foi mãe extremosa dos seus filhos e rainha atenta aos
mais necessitados. Durante o rigoroso Inverno de 1876, no qual muitas famílias ficaram na
miséria devido às grandes inundações que a chuva provocou, a rainha tomou a iniciativa de
organizar uma comissão de angariação de donativos. O sucesso desta comissão fez com que a
rainha formasse um fundo especial, com que se foram socorrendo muitas famílias vítimas da
dureza dos invernos. Tanto a Câmara dos Deputados como a Câmara dos Pares exaltaram a
iniciativa e, inclusivamente, a sociedade francesa Société d'Encouragement au Bien conferiu-
lhe a grande medalha de honra, em 1877.[2] Quando, nesse mesmo ano, a fome afligiu os
povos do Ceará em consequência das grandes secas que ali houve, D. ª Maria Pia propôs, e foi
aprovado, que do cofre dos inundados se retirasse uma avultada quantia, destinada a socorrer
as vitimas daquela calamidade.[2]
Habituada aos luxos da corte de Turim, D. ª Maria Pia era amante da alta costura e de festas,
como bailes de máscaras. Numa noite de fevereiro de 1865, chegou a usar três trajes
diferentes.[carece de fontes] Maria Pia ficou conhecida como O Anjo da Caridade e A Mãe dos
Pobres por sua compaixão e causas sociais;[1] entretanto, proferiu uma famosa frase em
resposta à crítica de um dos seus ministros devido ao preço das suas extravagâncias: "Quem
quer rainhas, paga-as!".[carece de fontes]
D. ª Maria Pia manteve-se, geralmente, alheia aos assuntos políticos. Só quando o Marechal
Duque de Saldanha cercou o Palácio da Ajuda em 1870, numa revolta que ficou conhecida para
a História como a Saldanhada, obrigando o rei a nomeá-lo presidente do Conselho de
Ministros, é que a rainha demonstrou a sua diligência política. D. Maria Pia terá então
exclamado ao marechal: Se eu fosse o rei, mandava-o fuzilar!
Em 19 de outubro de 1889, D. ª Maria Pia assistiu, de forma excecional, o marido durante a sua
terrível agonia, na Cidadela de Cascais. Sucedeu ao marido o seu filho mais velho, D. Carlos,
tornando-se D. ª Maria Pia na Rainha-mãe.