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2 EDITORA AUTA DE SOUZA


MORRI, E AGORA?

REUNIÃO PÚBLICA
TEMA: MORTE

PALESTRA 2 – MORRI, E AGORA?


Texto doutrinário

“Replicou-lhe Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que em mim crê, ainda
que tenha morrido, viverá. – E todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá.
Crês isto?” (João, 11:25-26).

O CORPO ESPIRITUAL

“A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua
vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e
de consciência.” (Manoel P. Miranda,Temas da vida e da morte, 4. ed.,p. 76-80).

“Existe no homem outra coisa que a alma e o corpo?


Existe o laço que une a alma ao corpo.

Qual é a natureza desse laço?


Semi-material, quer dizer, intermediário entre o Espírito e o corpo, e necessário para que possam
comunicar-se um com o outro. É por esse laço que o Espírito atua sobre a matéria, e, reciprocamente, a
matéria atua sobre o Espírito.

O homem é formado, assim, de três partes essenciais:


1º - O corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo princípio vital;
2º - A alma, Espírito encarnado, do qual o corpo é habitação;
3º - O princípio intermediário ou perispírito, substância semi-material que serve de primeiro envoltório
ao Espírito e une a alma ao corpo. São, como num fruto, o germe, o perisperma e a casca.” (Allan Kardec,
O livro dos espíritos, 158. ed., perg.135).

A SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO

“A separação da alma e do corpo é dolorosa?


Não, o corpo sofre, freqüentemente, mais durante a vida que no momento da morte; neste a alma
não toma parte. Os sofrimentos que experimenta, algumas vezes, no momento da morte, são um prazer para
o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.” (Allan Kardec, O livro dos espíritos 158. ed., perg.154).

“Que sensação experimenta a alma no momento em que se reconhece no mundo dos espíritos?
Depende. Se fizeste o mal com o desejo de fazê-lo, no primeiro momento, envergonhar-te-ás de tê-lo
feito. Para o justo é bem diferente; ele se sente como aliviado de um grande peso, pois não teme nenhum
olhar perquiridor.” (Allan Kardec, O livro dos espíritos, 158. ed., perg.159).

DESPRENDIMENTOS DOLOROSOS

“A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço


fluídico que une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca.
O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação
só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo.
‘A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contacto

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existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que
apresenta o rompimento’. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser
mais ou menos penosa.” (Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap. I, II parte, item 4, p.167).

“O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de
inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois as
angústias da perturbação. Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é geral, porquanto a intensidade
e duração do sofrimento estão na razão direta da afinidade existente entre corpo e perispírito. Assim, quanto
maior for essa afinidade, tanto mais penosos e prolongados serão os esforços da alma para desprender-
se. Há pessoas nas quais a coesão é tão fraca que o desprendimento se opera por si mesmo, como que
naturalmente; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu caule, e é o caso das mortes calmas, de
pacífico despertar.” ( Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap. 1, II parte , item 4 e 7,p.167).

A importância da elevação moral

“A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma. A


afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria, que atinge o seu máximo no homem
cujas preocupações dizem respeito exclusiva e unicamente à vida e gozos materiais. Ao contrário, nas almas
puras, que antecipadamente se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo. E desde que a
lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau de pureza e desmaterialização da alma, de
nós somente depende o tornar fácil ou penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento.” (Allan Kardec,
O céu e o inferno, 26. ed., cap. I , II parte, item 8, p.169).

O desprendimento no homem materializado

“No homem materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do Espírito, e para o qual a vida
espiritual nada significa, nem sequer lhe toca o pensamento, tudo contribui para estreitar os laços materiais,
e, quando a morte se aproxima, o desprendimento, conquanto se opere gradualmente também, demanda
contínuos esforços. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que às vezes procura romper os
elos resistentes, e outras se agarra ao corpo do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula
por molécula.” (Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap. 1, II parte, item 9, p.170).

O desprendimento na morte natural / velhice

“Em se tratando de morte natural resultante das forças vitais por velhice ou doença, o desprendimento
opera-se gradualmente; para o homem cuja alma se desmaterializou e cujos pensamentos se destacam das
coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, isto é, ao passo que o corpo ainda
tem vida orgânica, já o Espírito penetra a vida espiritual, apenas ligado por elo tão frágil que se rompe com a
última pancada do coração. ’’ (Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap. 1, II parte, item 9, p.170).

O desprendimento na morte violenta

“Na morte violenta as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação
inicial há começado previamente a separação do perispírito; a vida orgânica em plena exuberância de força
é subitamente aniquilada. Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não pode
completar-se rapidamente. O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido e sente, e pensa, e
acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda seu estado. Este estado intermediário entre
a vida corporal e a espiritual é dos mais interessantes para ser estudado, porque apresenta o espetáculo
singular de um Espírito que julga material o seu corpo fluídico, experimentando ao mesmo tempo todas as
sensações da vida orgânica. (Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap. 1, II parte, item12, p. 171).

O DESPRENDIMENTO NO HOMEM ESPIRITUALIZADO

“Quão diversa é a situação do Espírito desmaterializado, mesmo nas enfermidades mais cruéis!
Sendo frágeis os laços fluídicos que o prendem ao corpo, rompem-se suavemente; depois, a confiança do
futuro entrevisto em pensamento ou na realidade, como sucede algumas vezes, fá-lo encarar a morte qual
redenção e as suas conseqüências como prova, advindo-lhe daí uma calma resignada, que lhe ameniza o
sofrimento.” (Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap. 1, II parte, item 11, p.171).

“O estado do Espírito por ocasião da morte pode ser assim resumido: Tanto maior é o sofrimento,
quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a presteza deste desprendimento está na razão direta
do adiantamento moral do Espírito; para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual um
sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.” (Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap.
1, II parte, item13, p.172).

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REMINISCÊNCIA AO DESENCARNAR

“A iminência da morte dispara um curioso processo de reminiscência. O moribundo revive, em curto


espaço de tempo, as emoções de toda a existência, que se sucedem em sua mente como um prodigioso filme
com imagens projetadas em velocidade vertiginosa.
É uma espécie de balanço existencial, um levantamento de débito e crédito na contabilidade divina,
definindo a posição do Espírito ao retomar à Espiritualidade, em face de suas ações boas ou más, considerando
- se que poderão favorecê-lo somente os valores que ‘as traças não roem nem os ladrões roubam’, a que se
referia Jesus, conquistados pelo esforço do Bem.” (R. Simonetti, Quem tem medo da morte, p. 29-30).

Depoimentos

“No momento da morte, revi, como num panorama, os acontecimentos de toda a minha existência.
Todas as cenas, todas as ações que eu praticara passaram ante o meu olhar, como se eu houvesse gravado
na minha mentalidade, em fórmulas luminosas.” (Ernesto Bozzano, A crise da morte, 9. ed., p.23).

“Trata-se de um fenômeno muito notável da existência espiritual. Geralmente, isso preludia a sanção
a que todos nos temos que submeter, pelo que toca às nossas faltas. A visão se desenrola diante de nós num
rápido instante, mas nos oprime pelo seu volume e nos abala e impressiona pela sua intensidade. Quase
sempre, vemo-nos tais quais fomos, do berço ao túmulo.” (Ernesto Bozzano, A crise da morte, 9. ed., p.65).

A PERTURBAÇÃO

“A alma, deixando o corpo, tem imediata consciência de si mesma?


Consciência imediata, não é bem o termo. Ela passa algum tempo em estado de perturbação.” (Allan
Kardec, O livro dos espíritos, 158. ed., perg.163).

“Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e durante o mesmo tempo, a perturbação que se
segue à separação da alma e do corpo?
Não; isso depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado se reconhece quase
imediatamente, visto que já se libertou da matéria durante a vida física enquanto que o homem carnal, aquele
cuja consciência não é pura, conserva por tempo mais longo a impressão dessa matéria.” (Allan Kardec, O
livro dos espíritos, 158. ed., perg.164).

No momento da morte

“No momento da morte tudo, a princípio, é confuso. A alma necessita de algum tempo para se
reconhecer. Ela se acha como aturdida e no estado de um homem que despertando de um sono profundo
procura orientar-se sobre sua situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam, à medida que
se apaga a influência da matéria da qual se libertou, e se dissipe a espécie de neblina que obscurece seus
pensamentos.” (Allan Kardec, O livro dos espíritos, 158. ed., perg.165).

A duração

“A duração da perturbação que se segue à morte do corpo varia muito; pode ser de algumas horas,
de muitos meses e mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que desde sua vida terrena se
identificaram com o seu estado futuro, porque, então, compreendem imediatamente a sua posição.” (Allan
Kardec, O livro dos espíritos, 158. ed., perg.165).

Perturbação - Espíritos inferiores

“...Outros Espíritos de ordem inferior se acham mergulhados em uma noite profunda, em um completo
insulamento no seio das trevas. Sobre eles pesa a incerteza, o terror. Os criminosos são atormentados pela
visão terrível e incessante das suas vítimas.” (Léon Denis, Depois da morte, 21. ed., p. 202).

Perturbação - Espírito que acredita no nada

“A hora da separação é cruel para o Espírito que só acredita no nada. Agarra-se como desesperado
a esta vida que lhe foge; no supremo momento insinua-se-lhe a dúvida; vê um mundo temível abrir-se para
abismá-lo, e quer, então, retardar a queda. Daí, uma luta terrível entre a matéria, que se esvai, e a alma,
que teima em reter o corpo miserável. Algumas vezes, ela fica presa até à decomposição completa, sentindo
mesmo, segundo a expressão de um Espírito, ‘os vermes lhe corroerem as carnes’.” (Léon Denis, Depois da
morte, 21. ed., p. 202).

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Perturbação - Espíritos suicidas

“São os suicidas aqueles que mais penosa perturbação experimentam, como conseqüência da rebeldia
que os alucinou, alongando-se-lhes o drama do momento final, quase que infinitamente, pela impossibilidade
mental e emocional de dimensionarem o tempo. O que esperavam encerrar num gesto brusco ou mediante
um programa bem elaborado, se lhes amplia insuportavelmente.” (Manoel P. Miranda, Temas da vida e da
morte, 4.ed., p. 94).

Perturbação - muitos religiosos

“Muitos religiosos, informados equivocadamente sobre a vida espiritual, experimentam, após a morte,
grande choque, por não encontrarem comitê de recepção constituído pela Divindade e por anjos, tombando,
quando presunçosos, em terrível mágoa, decepção ou revolta que os transtorna por longo período, deixando-
os em lamentável perturbação.” (Manoel P. Miranda, Temas da vida e da morte, 4. ed., p. 95).

Perturbação - morte coletiva

“Nos casos de morte coletiva, tem se observado que todos os que perecem ao mesmo tempo, nem
sempre se revêem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para o seu lado ou se
preocupa apenas com aqueles que lhe interessam.” (Allan Kardec, O livro dos espíritos, 158. ed., perg. 165).

Perturbação - Espírito justo

“Pacífica, resignada, alegre mesmo, é a morte do justo, a partida da alma que, tendo muito lutado e
sofrido, deixa a Terra confiante no futuro.
Para esta, a morte é a libertação, o fim das provas. Os laços enfraquecidos que a ligam à matéria,
destacam-se docemente; sua perturbação não passa de leve entorpecimento, algo semelhante ao sono.”
(Léon Denis, Depois da morte, 21. ed., p. 203).

Perturbação - homem de bem

“A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo
semelhante à que acompanha um despertar tranqüilo. Para os que não têm a consciência pura, ela é cheia
de ansiedade e de angústias, que aumentam à medida que ela se reconhece.” (Allan Kardec, O livro dos
espíritos, 158. ed., perg. 165).

“O homem deve sempre reservar alguns momentos diários para meditar a respeito da viagem de volta
e, conscientemente, reunir a valiosa bagagem que irá conduzir, única de que se poderá utilizar ao transpor a
fronteira do mundo físico.
A perturbação espiritual após a morte é, portanto, o resultado do comportamento de cada criatura enquanto
se encontra sob as imposições orgânicas.” (Manoel P. Miranda, Temas da vida e da morte, 4. ed., p. 96).

“O conhecimento do Espiritismo exerce influência sobre a duração, mais ou menos longa, da


perturbação?
Uma influência muito grande, uma vez que o Espírito já compreendia antecipadamente a sua situação.
Mas a prática do bem e a pureza da consciência são os que exercem maior influência.” (Allan Kardec, O livro
dos espíritos, 158. ed, perg. 165).

“O conhecimento do futuro espiritual, o estudo das leis que presidem à desencarnação são de grande
importância como preparativos à morte. Podem suavizar os nossos últimos momentos e proporcionar-nos
fácil desprendimento, permitindo mais depressa nos reconhecermos no mundo novo que se nos desvenda.”
(Léon Denis, Depois da morte, p. 204).

É possível que os espiritistas venham a sofrer perturbação depois da morte?


“A morte não apresenta perturbações à consciência reta e ao coração amante da verdade e do amor
que viveram na Terra tão-somente para o cultivo da prática do bem, nas suas variadas formas e dentro das
mais diversas crenças.
Que o espiritista cristão não considere o seu título de aprendiz de Jesus como um simples rótulo,
ponderando a exortação evangélica – ‘muito se pedirá de quem muito recebeu’, preparando-se nos
conhecimentos e nas obras do bem, dentro das experiências do mundo para a sua vida futura, quando a noite
do túmulo houver descerrado aos seus olhos espirituais a visão da verdade, em marcha para as realizações
da vida imortal.” (Emmanuel, O consolador, 14. ed., perg. 150).

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PONTOS COMUNS IDENTIFICADOS EM MENSAGENS MEDIÚNICAS

Extraídos do livro A crise da morte, de Ernesto Bozzano, 9. ed., Feb.

1º – “Todos afirmam se terem encontrado novamente com a forma humana, nessa existência;” (p. 165).

2º – “Terem ignorado, durante algum tempo, que estavam mortos;” (p. 165).

Depoimentos

“Entretanto, quando a morte se deu, não estava bem certo do que acontecia. Perguntava a mim
mesmo se não estaria a sonhar.” (p. 72).

“Trata-se de um nascimento, em tudo análogo ao de ma criança, no meio terrestre, o que faz que
o Espírito recém-nascido tenha necessidade de auxílio. Ele se sente aturdido, desorientado, aterrado e não
poderia ser de outro modo...”. (p. 64).

“A maior surpresa que espera um vivo, na crise da morte, consiste no fato de ele despertar e se
reconhecer morto. Quando procuram fazer-nos compreender que estamos mortos, somos infalivelmente
levados a responder: ‘Impossível! Por que deveria eu me considerar morto, uma vez que me sinto mais vivo
do que antes?’ – Efetivamente, não nos sentimos de modo algum mudados.” (p. 86).

3º - “Haverem passado, no curso da crise pré-agônica, ou pouco depois, pela prova da reminiscência
sintética de todos os acontecimentos de existência que se lhes acabava (‘visão panorâmica’, ou ‘epílogo da
morte’);” (p. 165).

Depoimentos

“[...] Mas um pouco antes da crise fatal, minha mentalidade se tornara muito ativa; lembrei-me
subitamente de todos os acontecimentos da minha vida; vi e ouvi tudo que fizera, dissera, pensara, todas as
coisas a que estivera associado. Lembrei-me até dos jogos e brincadeiras do campo militar; gozei-os, como
quando deles participei.” (p. 32).

4º - “Terem sido acolhidos no mundo espiritual pelos Espíritos das pessoas de suas famílias e de seus
amigos mortos;” (p. 165).

Depoimentos

“[...] Foi quando ouvi ao meu lado uma doce voz de mulher, que eu conhecia bem, a me chamar pelo
meu nome: ‘Dicky’. Era minha mãe. Ela morrera havia muitos anos e acorria a me dar as boas vindas no meio
espiritual, chamando-me pelo meu apelido familiar, recordação da minha infância.” (p. 87).

5º - “Haverem passado, quase todos, por uma fase mais ou menos longa de ‘sono reparador’;” (p. 165).

Depoimentos

“Antes do sono, sempre se guarda, em parte, a ilusão de ser-se ainda a mesma pessoa que
precedentemente. Esse estado de incerteza gera a lassidão. O Espírito ressente a necessidade de repousar,
de dormir; cai, afinal, adormecido.” (p. 73).

“Os que desencarnam com a convicção da existência de uma vida de além túmulo não necessitam
dormir, a menos que cheguem ao mundo espiritual esgotados por longa enfermidade, ou deprimidos por uma
vida de tribulações. Na prática, poucos há que não necessitem de um período mais ou menos longo de sono.
Este período é mais ou menos prolongado e mais ou menos profundo o sono, conforme a dificuldade que o
Espírito encontra para se adaptar às novas condições.” (p. 74).

“Seguiu-se então prolongado período de profundo sono. Era o total esquecimento, durante o qual, ao
que me disseram, as forças espirituais, graças as leis imutáveis, preparam lentamente o grandioso processo
do renascimento espiritual.” (p. 87).

6º - “Terem-se achado num meio espiritual radioso e maravilhoso (no caso de mortos moralmente
normais), e num meio tenebroso e opressivo (no caso de mortos moralmente depravados)” (p. 23).

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Depoimentos
“[...] O homem, depois da morte, vai para o meio que para si próprio preparou; não poderia ser de
outro modo. Junta-se aos que se lhe assemelham-se, gravita para as legiões espirituais entre as quais se
achará inteiramente à vontade, como em seu próprio meio, como em sua casa.” (45).
7º - Terem reconhecido que o meio espiritual era um novo mundo objetivo, substancial, real, análogo
ao meio terrestre espiritualizado.” (p. 165).

Depoimentos

“[...] Verificamos, primeiramente, que há em torno de nós “coisas”; é a primeira observação que nos
enche de espanto, tanto mais que essas “coisas” parecem da mesma natureza que as que conhecemos na
Terra, ainda que pareçam diferentes, mas de modo difícil de compreender-se.” (p. 74).

CASO: MARIA JOÃO DE DEUS

Livro: Cartas de uma morta, 6. ed., Lake


Médium: Francisco Cândido Xavier
Espírito: Maria João de Deus (mãe de Chico Xavier)

Últimos instantes

“Combati com tenacidade a moléstia que enfraquecia o meu organismo, porém chegou o dia que
assinalava o término das minhas possibilidades de resistência. As derradeiras horas me foram de excruciante
martírio e, depois de uma jornada repleta de dores violentas, veio a noite interminável da agonia. Reparava
que o meu tempo no mundo se escoava dificilmente, almejando o seu findar como o trabalhador sedento e
faminto – ávido de repouso.” (p. 8).

Dificuldades no processo de desencarnação

“Percebi todos os carinhos que dispensaram ao meu corpo e que me foram igualmente proporcionados
em vida; e ouvi as lamentações de quantos deploravam a minha ausência. Ansiava por movimentar-me sem
que membro algum obedecesse aos meus impulsos, e, outras vêzes, fazia inauditos esforços para despertar-
me, fugindo de tão singular pesadelo. Afigurava-se que me cobriam de flores e sentia a carícia dos braços
dos meus filhos, enlaçando-me com amargurada ternura; e dizia-Ihes, mentalmente, entre lágrimas.
- Meus filhos eu não morri!... Aqui estou e sinto-me realmente mais forte para vos proteger e amar.
Por que chorais aumentando a minha angústia?
Mas tinha a boca hirta e os braços gelados para retribuir aquelas expansões de desvelado carinho!
Apenas possuía a sensação de lágrimas ardentes, que me rolavam sobre as faces descoloridas, como estátua
viva da amargura e do silêncio.” (p.11).

A perturbação

“O ataúde pareceu-me um novo leito; porém, quando me convenci de que me arrebatavam com
ele, entre os angustiosos lamentos dos que ficavam, uma impressão penosa, atrocíssima, subjugou-me
integralmente. Achei-me, então, sob indefinível sentimento de medo, que me aniquilou a totalidade das fibras
emotivas. Um choque de dor brusca dominou-me a alma e eu perdi a consciência de mim mesma...” (p.11).

Os Espíritos amigos ajudam no processo de desencarnação

“Hoje sei que naqueles angustiosos momentos muitos seres se conservavam, embora intangíveis, ao
meu lado, amparando-me com seus braços tutelares e compassivos, porém não os distinguia.” (p. 09).

Revisão dos fatos ocorridos


“Após algum tempo, cuja duração não posso determinar, paulatinamente afigurou-se-me acordar;
contudo, a princípio, achava-me envolvida no mesmo panorama de sonho. Como se a memória fosse
possuída de um admirável poder retrospectivo, comecei a ver todos os quadros da minha infância e juventude,
relembrando um a um os mínimos fatos da minha existência relativamente breve. Via-os esses quadros do
pretérito, com naturalidade, sem admiração e sem surpresa.” (p.11-12).

Dificuldade em perceber a nova situação

“Busquei, então, o lar que eu deixara; mas – oh, torturante surpresa! – meus filhos não me reconheceram

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e debalde formulei os meus sentidos e carinhosos apelos! Julguei-me alucinada e em vão busquei as antigas
amizades.
-‘Não me vedes? Não me reconheceis?’ – bradava eu, desgostosa com a atitude impassível daqueles
de quem me aproximava cheia de esperança, numa possível compreensão das minhas palavras; mas a frieza
e a insensibilidade constituíam a resposta de sempre.” (p. 12).

A hora da verdade

“E, certa noite, quando reunidos oráveis segundo o costume que eu sempre cultivara ouvi que o
oferecimento das preces a Deus era feito em intenção de minh’alma.
Descerrou-se, finalmente, o derradeiro véu, que obumbrava o meu ser pensante...
Senti-me sã, ativa, ágil, como se despertasse naquele instante... Ah! Eu morrera...” (p.13).

A prece e o socorro

“Todavia, assim que me entreguei aos arrebatamentos da prece, senti uma intraduzível vibração
percorrer todas as fibras do meu ser, como se fosse sofrer um vágado, afigurando-se-me invadida pela
influência do sono; mas durou poucos instantes semelhante estado.” (p. 14 - 15).

“Despertei novamente e vi-me ao lado de uma legião de seres, que se achavam genuflexos como eu.
Já outro, porém, era o templo no qual me encontrava.” (p. 15).

O Espírito mantém a forma humana

“Um dos meus primeiros pensamentos de estranheza foi o de compreender que havia morrido e, ao
mesmo tempo, conservar o meu corpo, o qual, segundo o bom senso, fora entregue à Terra. Constatei que os
meus pulmões respiravam e o meu coração pulsava com absoluta normalidade.” (p. 26).

O Espírito reencontra Espírito familiar

“Recordava-me dos menores detalhes do lar, quando experimentei sobre os ombros o contacto de
veludosas mãos. Ergui repentinamente o meu olhar e, - oh, maravilha! – vi minha mãe a contemplar-me com
a melhor das expressões de ternura e amor.” (p. 31).

Visita ao lar terreno

“Sentia-me na posse das faculdades volitivas, que obtivera com o meu desprendimento da vida carnal,
e, numa fração infinitésima de tempo, estava ao vosso lado.
Ah! Como vos abracei a todos, emocionada e recolhida! Como achei pequenino o nosso antigo lar e
como me penalizou o quadro das vossas dores e dificuldades!” (p. 44).

ANTE O MAIS ALÉM

“Anseias pela manifestação dos entes amados que te antecederam na grande viagem da
desencarnação.
Pondera, entretanto, relativamente à presença deles no plano físico, onde te encontras ainda, e
remonta os cuidados que te recebiam nos instantes de luta e sofrimento: medicação para a enfermidade nas
horas de crise.
Aqueles que se afiguram mortos estão vivos. E todos os teus pensamentos, com respeito a eles, alcançam-
lhes o espírito com endereço exato. [...]
Diante dos seres queridos domiciliados no Mais Além, reflete, acima de tudo, na infinita bondade de
Deus, que os empresta as afeiçoes uns dos outros por tempo determinado, a fim de aprendermos, através
de comunhões e separações temporárias, a entesourar o amor indestrutível que nos reunira, um dia, na
felicidade sem adeus.
E enquanto perdure a distância, do ponto de vista físico, cultiva a saudade nas leiras do serviço ao
próximo, qual se estivésseis amparando e auxiliando a eles mesmos, tanto quanto efetuando em lugar deles
tudo quanto desejariam fazer. Assim constituirás, gradativamente, a ponte de intercâmbio pela qual virão ter
espontaneamente contigo, de modo a compreenderes que berço e túmulo, existência e morte, são caminhos
da evolução para a vida moral.” (Espíritos diversos, Diálogo dos vivos, 3. ed., p. 29-30).

JESUS

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós
o meu julgo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas,
pois é suave o meu julgo e leve o meu fardo.” (Mateus, 11:28-30).

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PLANO DE PALESTRA
TEMA: MORTE
I – INFORMAÇÕES GERAIS
PALESTRA 2: MORRI, E AGORA? DATA_____/______/____HORÁRIO:
EXPOSITOR: INSTITUIÇÃO:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Conhecer o que nos aguarda após o desencarne. Compreender como se
opera o desprendimento da alma. Identificar as causas da perturbação após o desencarne. Definir Espírito-
corpo–perispírito. Conhecer os pontos comuns de mensagens mediúnicas recebidas.

OBJETIVOS COMPLEMENTARES: (a critério do expositor)


II­– SUMÁRIO
PARTES DA ATIVIDADES/
CONTEÚDOS
PALESTRA PROCEDIMENTOS.
Morri e agora? Os avisos gerais serão
O que nos aguarda após a morte? dados antes da prece,
que será feita às 20h.
INTRODUÇÃO Após a prece, o expositor
TEMPO: 5´ introduz o tema com
perguntas reflexivas
dirigidas ao público.

Exposição oral, sendo


João, 11: 25-26 que o caso (ou história
O corpo espiritual interessante) poderá
A separação da alma e do corpo ser narrado no início,
DESENVOLVI- no meio ou no final da
Desprendimento no homem espiritualizado
MENTO preleção.
Reminiscência ao desencarnar
TEMPO: 30´
A perturbação
Pontos comuns em mensagens mediúnicas
Ante o mais Além

Após a conclusão da
Encerrar palestra com reflexão: Jesus (Mateus, 11: 28-30) palestra o expositor faz
a prece de preparação
para o passe;
Acompanha o
encaminhamento do
CONCLUSÃO público para o passe;
TEMPO: 5´ Zela pela harmonia da
sala;
Faz a prece final e
convida o público para
conhecer a livraria e
a biblioteca do Centro
Espírita.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: R E C U R S O S /
PROVIDÊNCIAS:
Obs. A critério do expositor espírita no enriquecimento de sua palestra, poderá Transparências e ou
ir a outras fontes bibliográficas, além das oferecidas no texto doutrinário. cartazes, Retroprojetor,
ou
Projetor multimídia.

10 EDITORA AUTA DE SOUZA


MORRI, E AGORA?

11
TEMA: MORTE 02
TEMA: MORTE Reunião Pública
01
MORRI, E AGORA?

“Replicou-lhe Jesus: Eu sou a


ressurreição e a vida; aquele
que em mim crê, ainda que
tenha morrido, viverá. – E todo
aquele que vive e crê em mim
jamais morrerá. Crês isto?”
(João, 11:25-26).

1/10
O QUETEMA:
É A DESENCARNA
MORTE ÇÃO 02
01

“A desencarnação é o fenômeno
de libertação do corpo somático
por parte do Espírito, que, por sua
vez, se desimanta dos
condicionamentos e atavismos
materiais, facultando a si mesmo
liberdade de ação e de
consciência”
(Manoel P. Miranda,Temas da vida e da 
morte, 4. ed.,p. 76‐80).

2/10
O CORPO ESPIRITUAL
TEMA: MORTE 02
01

O homem é formado de três partes essenciais :

O corpo ou ser material

A alma – Espírito encarnado

O perispírito – primeiro envoltório do Espírito.

(Allan Kardec, O livro dos espíritos, 158. ed., perg.135). 3/10


A separa ç ão da alma e do corpo 02
TEMA: MORTE 01

“A SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO É DOLOROSA?


Não, o corpo sofre, frequentemente, mais durante a vida que no
momento da morte.”
(Allan Kardec, O livro dos espíritos 158. ed., perg.154).

DESPRENDIMENTOS DOLOROSOS
“[...] está na razão direta da soma dos pontos de contacto existentes entre o corpo e o
perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o
rompimento.”
(Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., cap. I, II parte, item 4, p.167).

4/10
O DESPRENDIMENTO DO HOMEM
02
TEMA: MORTE
ESPIRITUALIZADO 01

“Tanto maior é o sofrimento, 
quanto mais lento for o 
desprendimento do perispírito; a 
presteza desde desprendimento 
está na razão direta do 
adiantamento moral do Espírito; 
para o Espírito desmaterializado, 
de consciência pura, a morte é
qual um sono breve, isento de 
agonia, e cujo despertar é
suavíssimo.”
(Allan Kardec, O céu e o inferno, 26. ed., 
cap. 1, II parte, item13, p.172) 5/10
REMINISCÊNCIA AO
TEMA: MORTEDESENCARNAR 02
01

“A visão se desenrola diante 
de nós num rápido instante, 
mas nos oprime pelo seu 
volume e nos abala e 
impressiona pela sua 
intensidade. Quase sempre, 
vemo‐nos tais quais fomos, 
do berço ao túmulo.”
(Ernesto Bozzano, A crise da morte, 9. ed., p.65)

6/10
PERTURBA
TEMA: ÇÃO
MORTE 02
01
“A alma deixando o corpo, tem imediata 
consciência de si mesma?
Ela passa algum tempo em estado de 
perturbação. Com duração de algumas 
horas até muitos anos.”
(Allan Kardec, O livro dos espíritos, 158. ed., perg.163)

PERTURBAÇÃO
Espíritos inferiores
Espíritos suícidas
Morte coletiva
Espírito justo 7/10
PONTOS COMUNS IDENTIFICADOS EM
02
TEMA: MORTE
MENSAGENS MEDIÚNICAS 01

Todos afirmam:
Manterem a forma humana
Terem ignorado que estavam mortos
Haverem passado pela prova de
reminiscência sintética de toda a existência
Terem sido acolhidos no Mundo Espiritual
por Espíritos amigos e familiares
Terem se achado num meio espiritual
8/10
LEIA MAIS
TEMA:SOBRE O ASSUNTO
MORTE 02
01

9/10
JESUS
TEMA: MORTE 02
01

“Vinde a mim, todos vós que


estais aflitos e
sobrecarregados, que eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o
meu julgo e aprendei comigo
que sou brando e humilde de
coração e achareis repouso
para vossas almas, pois é
suave o meu julgo e leve o
meu fardo.”
(Mateus, 11:28-30)
10/10
EDITORA AUTA DE SOUZA
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