Ficha 1 STC - NG7 - DR1 (19 - 20) Turma D

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DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

Educação e Formação de Adultos


DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO CENTRO
2019/2020 2019-2020
Área de Competência: Sociedade, Tecnologia e Ciência Formador: Pedro Costa
Núcleo Gerador 7: Fundamentos Temas: O Elemento: (DR1)
Unidade de Competência 7: Identificar, compreender e agir criticamente em questões
relacionadas com a visão científica do indivíduo, da sociedade e do universo. Sustentabilidade (ias
Competência:
✖ Mobilizar o saber formal para o reconhecimento do elemento como uma unidade estrutural e organizativa.
Critérios de evidência:
•Atuar de modo eficaz em processos de integração social dos elementos de uma dada sociedade, compreendendo o conceito de ação
social (no sentido weberiano) como atribuição de sentido às práticas e características individuais.
• Atuar ao nível da intervenção da tecnologia na compreensão ou utilização das estruturas elementares (por exemplo, o papel do
protão na imagiologia por NMR, utilizações correntes de análises de DNA, etc.).
• Atuar no sentido de compreender a base científica de diferentes estruturas elementares (por exemplo, o núcleo atómico, o átomo, a
molécula, o DNA, a célula, a unidade como princípio formador dos números, os processos geradores de sequências, etc.).

Formando(a): ______________________________________________ Data: _____________

Ficha de trabalho nº 1

STC
SOCIEDADE, TECNOLOGIA E CIÊNCIA

De acordo com o Referencial de Competências-Chave para a Educação e Formação


de Adultos, Nível Secundário, a abordagem de qualquer tema deverá dar uma visão
integrada das três dimensões da vida dos cidadãos - Sociedade, Tecnologia e Ciência.
A abordagem deverá ainda ter em conta que cada dimensão poder ser trabalhada com
diferentes níveis de profundidade e complexidade.
Assim, a abordagem deste tema, deverá contemplar as seguintes três dimensões:

SOCIEDADE: Atuar perante fenómenos sociais complexos concebendo-os como resultado de evoluções
históricas e adaptando configurações diversas consoante as sociedades e/ou os grupos sociais:
 Identificar diferentes modelos de sociedade e suas principais características.
 Relacionar as transições dos modelos de sociedade com processos tecnológicos, económicos,
culturais e políticos.
 Analisar a sociedade como uma rede de agentes, grupos e instituições em permanente interação.

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TECNOLOGIA: Atuar de forma a compreender que as soluções técnicas têm validade
limitada e que têm tendência a mudar tal como muda a ciência e a própria sociedade.

 Identificar diferentes estádios de evolução tecnológica na nossa capacidade de entender o Universo.


 Compreender a relação entre evolução tecnológica na capacidade humana de entender o Universo e a
evolução social (por exemplo o papel da máquina a vapor na revolução industrial, a água potável e a
saúde).
 Discutir os possíveis caminhos de desenvolvimento tecnológico e possíveis consequências no
desenvolvimento social.

CIÊNCIA: Atuar tendo em conta que se vive num mundo onde coexistem leis científicas de invariância (que
valorizam a estabilidade) e leis científicas de evolução (que apontam para a mudança), reconhecendo, em
particular e no caso da matemática, esta dualidade nos invariantes geométricos e nos aspetos dinâmicos
associados à noção de derivada.

 Reconhecer que o Universo não é estático e está em evolução, mas que só a invariância de certos
padrões físico-matemáticos torna o universo compreensível.
 Compreender as condições que permitiram a existência de vida na Terra e a sucessão das estações
do ano tendo em conta a dinâmica do planeta na sua órbita.
 Discutir, no quadro da evolução e a partir do facto de existir vida na Terra, a possibilidade de existirem
outros mundos habitados e a invariância das leis matemáticas nesses mesmos mundos.

SOCIEDADE
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ACTIVIDADE
2019/2020 1

Texto 1
Os cinco tipos possíveis de sociedade
Sociedades tribais
Nelas encontramos uma forma de organização da vida social pela qual as famílias se unem
em forma de tribos, sendo o trabalho organizado de modo a que os MEIOS DE PRODUÇÃO
sejam comunitários, isto é, todas as pessoas de uma mesma tribo podem usar as
ferramentas necessárias à sua sobrevivência.
Tais sociedades caracterizam-se por uma produção muito pequena de BENS DE CONSUMO,
atendo-se, geralmente, a atividades como o trabalho artesanal (aquele que é realizado
manualmente e não é comercializado) e à agricultura de subsistência (aquela que não é
comercializada).
Tanto o trabalho artesanal quanto a agricultura de subsistência têm a mesma finalidade:
satisfazer as necessidades de sobrevivência do próprio grupo.

Sociedade esclavagista
Com o surgimento da sociedade esclavagista (através do aprisionamento de seres humanos
por outros), encontramos uma forma de trabalho que consiste em organizar-se de tal modo
que parte dos seres humanos passa a ser considerada MEIOS DE PRODUÇÃO, isto é, os
escravos não eram considerados pessoas, mas objetos e ferramentas.
Neste modelo de sociedade encontramos, pela primeira vez na História, formas de
dominação e exploração sobre outros seres humanos. Aqui, também a forma básica de
trabalho é a artesanal; apenas com a diferença de que os seus produtos finais já não se
destinam à sobrevivência do grupo que trabalhou.

Sociedade feudal ou feudalismo

Nesta sociedade, os seres humanos não eram mais considerados como escravos, mas,
mesmo assim, ainda encontramos nela formas de dominação e exploração. Como? A terra,
por ser fonte de riqueza (produzia alimentos), estava nas mãos dos senhores feudais;
estes, por sua vez, permitiam que outras pessoas (os servos) a cultivassem. Os servos
estavam presos à terra, e, quando um feudo era subdividido, os servos passavam a
pertencer a outro senhor juntamente com a terra.
Os senhores feudais, no entanto, exigiam que seus servos pagassem diversos impostos
pelo uso da terra, o que os tornava miseráveis, trabalhando apenas para a acumulação de
riqueza do senhor feudal. Nessa sociedade, a forma básica de trabalho era também
artesanal, acompanhando uma agricultura de subsistência.

Sociedade capitalista ou capitalismo


É uma organização de trabalho que se caracteriza pela existência de, basicamente, duas
classes sociais:
- Os proprietários dos meios de produção;
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- Os proprietários apenas de sua capacidade de trabalho.
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Assim sendo, os trabalhadores trocam com os empresários (os donos dos meios de
produção) a sua capacidade de trabalhar por um salário. Nessa sociedade, o trabalho
industrial aparece como uma forma básica de produção de bens de consumo.

Sociedade socialista ou socialismo


É um modelo de sociedade que pretende chegar a um modo de vida sem injustiças sociais
ou explorações, pois os meios de produção não pertencem a uma só classe social, e sim a
todos os membros da sociedade. Pensa-se numa sociedade onde não existem classes
sociais e as pessoas são consideradas todas iguais. Nesta sociedade, o trabalho industrial
também aparece como uma forma básica de produção de bens de consumo.

In, www.books.google.pt/?isbn=8515003155 (adaptado)

Texto 2
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
Inicialmente, a atividade económica resumia-se à caça e à colheita de frutos e de
raízes que cresciam espontaneamente.
Os conhecimentos humanos eram tão limitados que faziam com que os homens
dependessem, de forma absoluta, da Natureza — juntos caçavam, colhiam ou se
defendiam.
Vivendo em comunidade, o trabalho era naturalmente dividido com base no sexo e
na idade. Os velhos, as mulheres e as crianças dedicavam-se à colheita de vegetais,
enquanto os homens caçavam. É o que podemos designar por divisão natural do
trabalho.
O trabalho coletivo traduzia-se na propriedade comum da terra, dos instrumentos
de trabalho e das matérias-primas e na distribuição igualitária do produto social.
Chama-se cooperação simples a este tipo de organização social que caracterizou a
sociedade dita primitiva.
Gradualmente, o Homem foi desenvolvendo a sua capacidade para o trabalho bem
como os instrumentos de produção que utilizava.
As pedras, inicialmente talhadas de maneira tosca, passaram a ser trabalhadas com
maior perfeição. Descobriu o fogo e inventou instrumentos feitos de metal, primeiro
de cobre, depois de bronze (liga de cobre e estanho) e, finalmente, de ferro.

Em consequência do desenvolvimento das atividades de caça e da colheita


de frutos e raízes silvestres, surgiram duas novas atividades: a criação de gado
(pastorícia) e a agricultura.
Sendo a agricultura uma atividade fundamentalmente sedentária e a pastorícia
nitidamente nómada, a separação das tribos foi inevitável, dedicando-se umas à
agricultura e outras à pastorícia. Foi a primeira divisão social do trabalho.
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Mas, tanto os agricultores como
DIREÇÃO DEos pastores,
SERVIÇOS DA Rsentiam necessidade de
EGIÃO CENTRO
adquirir bens que não conseguiam produzir na sua tribo, e assim se
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desenvolveu o processo da troca.

A especialização resultante da separação das atividades agrícola e pastorícia e o


aperfeiçoamento dos instrumentos de trabalho vão permitir que a produção passe a
ser superior ao consumo, pelo que surge, pela primeira vez, um excedente de
produção.
O aparecimento deste excedente, resultante do facto de cada indivíduo produzir
mais do que consumia, veio a ser determinante na evolução que se seguiu na
história económica e social dos homens.
Uma das consequências mais importantes foi, sem dúvida, o facto de permitir que
alguns elementos da tribo ficassem libertos das tarefas relacionadas com a
produção de alimentos e se dedicassem a outras atividades.
Assim, surgem as atividades pré-industriais, os ofícios (a olaria, a tecelagem, a
fundição de metais, etc.), acompanhadas do aparecimento de um conjunto de
indivíduos uma nova especialização: os artesãos. Desta forma terá acontecido o que
pode considerar-se como a segunda divisão social do trabalho.
O desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos de trabalho, o aparecimento de
novas formas de ocupar produtivamente os homens e a especialização das tarefas
conduziram ao incremento da produção e das trocas.
É o desenvolvimento do excedente que vai permitir a apropriação privada dos meios
de produção e dos resultados da atividade produtiva — as relações de cooperação
simples que fundamentavam a comunidade gentílica vão ser radicalmente
alteradas. Com efeito, os chefes das tribos, por serem eles que tinham a cargo as
trocas com as outras tribos e a repartição dos bens entre os elementos da sua
própria tribo, começaram a tirar benefícios dessa atividade e, gradualmente, foram
concentrando poder, passando a dispor dos instrumentos de trabalho, dos rebanhos
e até das terras, como se de propriedade pessoal, privada, se tratasse. Este facto
originou, logicamente, relações de dependência por parte dos outros membros das
tribos e as relações de cooperação transformaram-se em relações de dependência e
de subordinação de uns indivíduos face aos restantes.
Assim, constatamos a dependência cada vez maior de uns indivíduos relativamente
a outros, dentro do mesmo grupo social e a intensificação das lutas tribais, com o
objetivo de fazer prisioneiros. Deste modo, terá surgido a primeira divisão da
sociedade em classes — esclavagistas e escravos — apropriando-se aqueles, pela
força, dos resultados do trabalho realizado por estes. É a sociedade esclavagista
que se fundamentava na existência de duas classes sociais e na apropriação privada
dos instrumentos de trabalho, da terra e dos resultados da atividade produtiva.
Esta apropriação originou o enriquecimento dos senhores de escravos, facto se
repercutiu no incremento das trocas, originando o aparecimento de uma classe de
indivíduos cuja atividade não era produzir, mas proceder à troca — os mercadores.
É a terceira divisão social do trabalho.
O incremento das trocas, que se realizavam em feiras, em locais e dias
determinados, iria originar o aparecimento das cidades — locais onde se
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concentravam os ofícios e o comércio.
DIREÇÃO Assim
DE SERVIÇOS se operou
DA REGIÃO CENTROa distinção
entre o campo e a cidade.
2019/2020

O aumento da atividade comercial e produtiva veio acentuar a desigualdade social,


mesmo entre os cidadãos livres. O pequeno camponês não conseguia competir com
a produção do esclavagista, acabando por se arruinar transformando-se, muitas
vezes, em escravo por causa de dívidas.
Sendo propriedade pessoal dos senhores, os escravos desinteressaram-se
gradualmente da produção e, por vezes, revoltaram-se.
Para manterem a sua posição e elevarem a produção, os esclavagistas viram-se,
deste modo, obrigados a conceder ao escravo um novo estatuto social. Assim,
grandes propriedades foram divididas em pequenas parcelas que eram entregues
aos escravos e aos cidadãos livres endividados. Uns e outros ficavam vinculados à
terra dependentes do dono destas, mas não como objetos de pertença exclusiva,
antes numa situação intermédia entre a do escravo e a do homem livre. Surgiram,
assim, os colonos, antecessores dos servos da gleba da sociedade feudal.
Tal situação conduzia ao aumento da produção, já que parte desta era propriedade
pessoal dos colonos.
Os colonos, possuidores de um estatuto social superior ao do escravo, eram
obrigados a trabalhar a terra dos grandes proprietários e, ainda, a pagar-lhes uma
renda determinada, inicialmente em espécie (a corveia) e mais tarde em dinheiro,
pela parcela que lhes tinha sido atribuída. Em contrapartida, parte da produção
obtida nessa parcela e os instrumentos necessários à produção eram sua
propriedade privada.
Esta forma de relacionamento social manteve-se em quase toda a Europa muitas
vezes até aos séculos XVIII e XIX, altura em que o desenvolvimento das técnicas
exigiu o aparecimento de novas relações sociais.
Entretanto, ao longo dos séculos, o comércio foi-se desenvolvendo e a classe dos
mercadores foi-se tornando cada dia mais importante.
Todavia, a divisão feudal dos territórios impedia a livre circulação dos mercadores e
das suas mercadorias. Assim, o desenvolvimento da classe burguesa exigia a
criação de estados nacionais dependentes de uma única autoridade central.

Tornava-se necessário substituir a obsoleta organização feudal da produção. Tal


substituição verificou-se com as revoluções burguesas que ocorreram em algumas
regiões da Europa e que constituíram a tomada definitiva do poder político pela
nova classe dos mercadores.
Estavam lançadas as bases da sociedade capitalista que constitui hoje o
modo de organização social dominante e se caracteriza por:
 utilização da força do trabalho assalariado durante o processo produtivo,
mediante uma remuneração: o salário;
 propriedade privada dos meios de produção;
 apropriação privada dos resultados da produção;
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 produção para venda, com DE
DIREÇÃO o objetivo
SERVIÇOSde
DA obter
REGIÃOum lucro;
CENTRO
2019/2020

In, “Introdução à Economia – 10ºano”, Maria João Pais e outros, Texto Editora

Após a leitura dos Textos 1 e 2 e de possíveis pesquisas na Internet, responda às


seguintes questões:
1. Identifique os diferentes modelos de sociedade.
Resposta:

2. Explique as características de cada um desses modelos de sociedade.


Resposta:

3. Relacione as transições dos modelos de sociedade com processos tecnológicos, económicos,


culturais e políticos.
Resposta:

TECNOLOGIA

1. Relate através de pesquisas da internet sobre a experiência científica (acelerador de partículas)


como meio de resolver o problema do aquecimento global.
Resposta:

CIÊNCIA

1. Descreva os principais conceitos teóricos da existência da vida na terra, as estações do ano e


alterações climáticas (as causas e as consequências).

Resposta:

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Bom Trabalho!
Professor: Pedro Costa

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