Organização e Gestão Do Trabalho Social
Organização e Gestão Do Trabalho Social
Organização e Gestão Do Trabalho Social
DO TRABALHO SOCIAL
1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
L961o
ISBN 978-65-5646-096-3
ISBN Digital 978-65-5646-097-0
1. Trabalho social. - Brasil. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 330.9033
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
O MUNDO DO TRABALHO E A SOCIEDADE EM REDE................7
CAPÍTULO 2
O TRABALHO SOCIAL COMO FORMA DE TRANSFORMAR O
MUNDO...........................................................................................65
CAPÍTULO 3
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TRABALHO
SOCIAL...........................................................................................95
APRESENTAÇÃO
Caro acadêmico.
Bons estudos!
C APÍTULO 1
O Mundo Do Trabalho E A Sociedade
Em Rede
8
Capítulo 1 O Mundo Do Trabalho E A Sociedade Em Rede
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, compreenderemos os principais conceitos relacionados
ao mundo do trabalho apresentados pelas teorias sociais e sua relação com o
pensamento econômico de nossa sociedade. Em seguida, analisaremos as
mutações na gestão e organização do Trabalho ao longo da Revolução Industrial
até chegarmos à Revolução 4.0.
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Organização e gestão do trabalho social
FONTE: <http://farolpolitico.blogspot.com/2007/10/montchrestien-
antoine-1575-1621.html>. Acesso em: 23 jun. 2020.
11
Organização e gestão do trabalho social
.)
FONTE: <https://www.meisterdrucke.pt/impressoes-artisticas-sofisticadas/Claude-
Lorrain/26106/Porto-com-a-Villa-Medici.html>. Acesso em: 23 jun. 2020.
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A partir das obras desses dois pensadores, François Quesnay e Adam Smith,
deu-se a formação de duas importantes escolas econômicas, a Fisiocracia, na
França, e a Escola Clássica, na Inglaterra, as quais você estudará a seguir. A
primeira escola, Fisiocracia, dava importância para a propriedade da terra, e a
segunda, Escola Clássica, impulsionava o Liberalismo, que se tornou a principal
escola do sistema capitalista.
FONTE: <https://www.suapesquisa.com/economia/francois_
quesnay.htm>. Acesso em: 23 jun. 2020.
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Capítulo 1 O Mundo Do Trabalho E A Sociedade Em Rede
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Essa visão da “mão invisível” foi questionada, pois a liberdade tão defendida
por essa escola só era facultada aos proprietários das fábricas e das máquinas.
Por essa razão, no século XIX, surgiram reações às escolas liberais, marcadas
principalmente pela escola socialista, cujos pensadores centrais foram Karl Marx
e Friedrich Engels.
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Capítulo 1 O Mundo Do Trabalho E A Sociedade Em Rede
FONTE: <https://www.marxist.com/karl-marx-man-thinker-
and-revolutionary.htm>. Acesso em: 5 jul. 2020.
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Organização e gestão do trabalho social
FONTE: <https://www.dw.com/de/museum-des-kapitalismus-
%C3%B6ffnet-in-berlin/a-42661586>. Acesso em: 23 jun. 2020.
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3 O CONCEITO DE TRABALHO
Segundo a etimologia, a palavra “trabalho” vem do latim vulgar tripaliari, que
quer dizer martirizar, sacrificar, torturar com o tripalium, um instrumento de tortura,
ou seja, para os romanos e também para os gregos, a atividade manual diária
era vista como desagradável, remetendo à ideia de castigo, pena destinada aos
escravos (BODART; SILVA, 2010).
FIGURA 9 – TRIPALIUM
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4 MUTAÇÕES NA GESTÃO E
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL À
REVOLUÇÃO 4.0
As transformações decorrentes das Revoluções Industrial e Francesa,
especialmente no que se refere à Revolução Industrial, tiveram desdobramentos
muito mais amplos do que aqueles materializados pelas inovações tecnológicas.
A industrialização marcou a emergência de novas formas de sociabilidade,
mudanças na organização do trabalho, da produção e da distribuição; mudanças
que transformaram radicalmente o quadro das relações sociais de produção, entre
as diferentes classes sociais, e que ainda repercutem em nossos dias.
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Capítulo 1 O Mundo Do Trabalho E A Sociedade Em Rede
Moraes Neto (1989) sintetiza as ideias fordistas dizendo que elas foram a
socialização da proposta de Taylor, isto porque, no modelo fordista, a administração
da forma de execução das tarefas dá-se a partir dos princípios tayloristas, mas,
complementadas com a inserção da esteira no processo produtivo, ou seja, o
administrador fixa o trabalhador em um determinado posto de trabalho, colocando
a sua disposição ferramentas especializadas para executar aquela tarefa e, por
intermédio da esteira, o objeto a ser transformado em produto vai passando em
cada um destes postos de trabalho até que ele, o objeto, seja transformado no
produto acabado.
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famintas, que ainda são bem garotas. Elas não têm mãe e o pai delas
está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto
em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores
são levadas, a jovem consegue escapar.
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Este novo modelo está mais próximo à noção de redes. Assim, as empresas
possuem maior flexibilidade, pois elas podem ser reorganizadas, decompostas
e redefinidas muito mais facilmente. Neste contexto, o trabalho em si pode e é
continuamente redefinido. Não existem mais as cadeias que amarram as pessoas
a determinadas funções e tarefas. A empresa pode, desta forma, se adaptar às
mudanças econômicas e principalmente às mudanças de demandas de consumo,
aumentando a produtividade do capital.
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Desse ponto de vista, a sociedade atual não mais seria capitalista, não
viveríamos mais sob um sistema de produção de mercadorias, de valores de uso
e troca, mas, sim, conforme uma sociedade de serviços, pós-industrial e pós-
capitalista, que pela vigência de uma lógica institucional tripartite, vivenciada
pela ação pactuada entre capital, os trabalhadores e o Estado, essa sociedade
contemporânea, menos mercantil, mais contratualista, não mais seria regida pela
lógica do capital, mas pela busca da alteridade dos sujeitos sociais, pela vigência
de relações de civilidade fundadas na cidadania, pela expansão crescente
de “zonas de não mercadorias”, ou ainda pela disputa dos fundos públicos
(FURTADO, 2003, p. 42). Assim, o trabalhador com carteira assinada (sociedade
do emprego) vai dando lugar para o trabalhador que é o empreendedor,
administrador e empresário de sua força de trabalho.
FONTE: <https://netscandigital.com/blog/o-que-a-digitalizacao-de-documentos-
e-a-industria-4-0-tem-em-comum/>. Acesso em: 23 jun. 2020.
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Capítulo 1 O Mundo Do Trabalho E A Sociedade Em Rede
No Brasil, o terceiro setor não é uma realidade nova. Apesar de ter uma
estrutura não claramente delineada e bastante complexa, essa complexidade
poderá ser entendida, pelo menos em parte, ao estudar sua origem.
A crise econômica foi mais um dos fatores que contribuíram para colocar o
Brasil entre os países de maior índice de desigualdade de renda. Pelos dados de
1999 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 34% da população situava-se
na faixa de pobreza (IPEA, 2007).
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Capítulo 1 O Mundo Do Trabalho E A Sociedade Em Rede
As ONGs são entidades que não possuem fins lucrativos e realizam diversos
tipos de ações solidárias para públicos específicos, como crianças, idosos,
animais, meio ambiente etc. Importa destacar que com a promulgação da Lei
Federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014, denominada de Marco Regulatório das
Organizações da Sociedade Civil (MROSC), as entidades da sociedade passam
por uma série de mudanças em termos de conveniamento e outras avenças. Além
disso, o termo deixa de ser ONG e passa a ser OSC (Organização da Sociedade
Civil).
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Organização e gestão do trabalho social
É importante mencionar, também, que nem todas as ONGs têm uma função
pública direcionada à promoção do bem-estar social (educacionais, de tratamento
médico, de caridade aos pobres, científicas, culturais etc.). Há ONGs cuja função
é, única e exclusivamente, atender aos interesses do seu grupo fundador e/ou
administrador, como alguns sindicatos, as cooperativas, as associações de seguro
mútuo etc. Caracterizam-se normalmente por serem organizações com finalidade
não econômica e não visam ao lucro. Constituídas em grande medida com
trabalho voluntário, geralmente dependem de doações privadas e/ou estatais.
• associações civis;
• sem fins lucrativos;
• de direito privado;
• de interesse público.
Assim como no caso das ONGs, existe certa confusão no que diz respeito ao
termo OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). De modo
geral, a OSCIP é entendida como uma instituição em si mesma, porém, OSCIP
é uma qualificação decorrente da Lei nº 9.790/99, regulamentada pelo Decreto
nº 3.100, de 30 junho de 1999 (Lei do Terceiro Setor). A legislação específica
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Capítulo 1 O Mundo Do Trabalho E A Sociedade Em Rede
para OSCIPs, também conhecida como Lei do Terceiro Setor, foi criada visando
organizar e dar transparência a um setor que cresceu muito e desordenadamente
nos últimos anos.
O mesmo autor cita como pontos frágeis a possível dependência com relação
aos setores público e privado, para a obtenção de recursos, a falta de organização
interna e a dificuldade na prestação de contas.
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Organização e gestão do trabalho social
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
No Capítulo 1, estudamos que o trabalho é uma categoria histórica e
está em constante transformação. No transcorrer da história da humanidade,
diferentes sociedades se organizaram de diferentes formas para dividir as tarefas,
transformar a natureza e produzir suas condições materiais de sobrevivência.
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Para Rifkin (1996), o terceiro setor é a maior inovação social do século XXI
e tende a crescer a fim de resolver os problemas sociais gerados pelo mercado e
que o Estado não consegue solucionar, especialmente aqueles relacionados ao
emprego, uma vez que, no terceiro setor, o trabalho humano é imprescindível e
indispensável, não podendo ser substituído.
REFERÊNCIAS
AIRES, R. W. do A.; MOREIRA, F. K.; FREIRE, P. de S. Indústria 4.0: desafios e
tendências para a gestão do conhecimento. Tecnologias para Competitividade
Industrial, Florianópolis, v. 6, n. 1, 2018.
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C APÍTULO 2
O Trabalho Social Como Forma De
Transformar O Mundo
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A tecnologia revolucionou nossa forma de consumir, de nos relacionar e
informar. No entanto, também é útil para resolver problemas sociais e ambientais.
Quando enumeramos as virtudes da tecnologia, costumamos ressaltar sua
capacidade para nos conectar, entreter e facilitar nossa vida. Pensamos nos
smartphones, nas redes sociais ou nos eletrodomésticos inteligentes, esquecendo
ou dando menos importância ao enorme potencial que oferecem para converter
o mundo em um lugar mais justo, igualitário, sustentável e próspero para
todos. Então, neste capítulo, estudaremos o futuro do trabalho social a partir
das inovações sociais que possibilitam novas formas de empreendedorismo e
negócios sociais.
2 TECNOLOGIAS INCLUSIVAS E
INOVAÇÃO SOCIAL
De uma visão crítica, surgem propostas alternativas de estudos e pesquisas
voltados para a inovação tecnológica não somente como motor do crescimento
econômico, mas também para o desenvolvimento social. Tal visão insere-
se no marco analítico-conceitual do que, nas palavras de Cerezo (2000, p. 1),
denomina-se de “estudos sobre ciência, tecnologia e sociedade (CTS)”, que
constituem hoje um vigoroso campo de trabalho em que se trata de entender o
fenômeno científico-tecnológico no contexto social, tanto com relação com seus
condicionantes sociais como no que se refere as suas consequências sociais e
ambientais.
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FONTE: <http://100photos.time.com/photos/margaret-bourke-
white-gandhi-spinning-wheel>. Acesso em: 24 jun. 2020.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
Tais efeitos positivos seriam a sua utilização para a geração de renda, saúde,
emprego, produção de alimentos, nutrição, habitação, relações sociais e para o
meio ambiente (com a utilização de recursos renováveis). Passou-se, enfim, a
identificar a TA por “um conjunto de técnicas de produção que utiliza de maneira
ótima os recursos disponíveis de certa sociedade, maximizando, assim, seu bem-
estar” (DAGNINO, 1976, p. 86).
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
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Organização e gestão do trabalho social
FONTE: <https://plan.org.br/conheca-os-17-objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 24 jun. 2020.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
FONTE: <https://plan.org.br/conheca-os-17-objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 19 abr. 2020.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
Também podemos definir inovação social como uma solução inovadora para
um problema social que seja mais efetiva, eficiente e sustentável na comparação
com as outras opções de soluções já existentes, na ótica da sociedade
(coletividade) e não dos indivíduos.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
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3 ECONOMIA SOLIDÁRIA:
EMPREENDEDORISMO E NEGÓCIOS
SOCIAIS
Toda a discussão que tivemos até o presente momento sobre Tecnologias
Sociais e Inovação social se complementa com as temáticas sobre Economia
Solidária, Empreendedorismo Social e Negócios Sociais.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
trabalho (no século XVIII) e tirou as crianças das fábricas. Foi realmente um
humanista e mestre de Marx e Engels. Ele criou toda uma organização para
defender o socialismo e foi o primeiro grande líder da CUT da Grã-Bretanha, a
primeira grande central sindical do mundo.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
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Organização e gestão do trabalho social
Uma nova pesquisa da Frost & Sullivan, em parceria com a Hitachi Europe
Ltda., indica que o mercado deste quarto setor da economia baseado na
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
Inovação Social valerá dois trilhões de dólares até 2020. Esse extenso
relatório examina a importância da Inovação Social e mostra como é necessário
encontrar o equilíbrio exato entre as necessidades econômicas e sociais. Em
cinco anos, 56% da população mundial residirá em áreas urbanas e, na próxima
década, haverá mais de 35 “megacidades”. É justamente ao aprender a lidar
com tendências como essas que o conceito de Inovação Social ganha impulso
(HITACHI, 2014).
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Organização e gestão do trabalho social
públicas.
• Rentabilidade: possuem um modelo robusto que garante a
rentabilidade e não depende de doações ou subsídios.
• Impacto social relacionado à atividade principal: o produto ou serviço
oferecido diretamente gera impacto social, ou seja, não se trata de
um projeto ou iniciativa separada do negócio, e sim de sua atividade
principal.
• Distribuição ou não de dividendos: um negócio pode ou não distribuir
dividendos a acionistas, não sendo, porém, esse, um critério para
definir negócios de impacto social (PITTHAN, 2012).
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
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Organização e gestão do trabalho social
O setor sem fins lucrativos no Brasil vem crescendo muito nos últimos anos.
Em 2002, havia cerca de 276 mil ONGs. Em 2012, elas já superavam 400 mil,
excluindo as religiosas, porém, 74% das organizações sem fins lucrativos não têm
funcionários remunerados e apenas 6% têm 10 funcionários.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nesse capítulo, exploramos como a Inovação Social está presente em todos
os grandes segmentos ou indústrias, como a da Saúde, Energia, Transporte e TIC,
através de novos modelos de negócio, produtos de qualidade superior e serviços
inovadores alinhados com as principais megatendências que vêm alavancando
o futuro. Exploramos como a Inovação Social está idealmente posicionada para
atender às principais necessidades em rápida transformação dos cidadãos
enquanto indivíduos e das sociedades como um todo, onde quer que possam se
encontrar: em todos os continentes, em países distintos, em diversas cidades, em
suas casas e em comunidades conectadas.
Sem dúvida, o futuro será determinado por aqueles que inovam. Inovadores
de sucesso nos próximos anos implantarão um espectro de novos modelos
de negócio, integrando produtos de qualidade superior e serviços criativos em
soluções totais como um serviço. Esta nova geração de inovadores também
encontrará um equilíbrio entre o lucro para as partes interessadas e uma vida
melhor para os cidadãos enquanto indivíduos, com foco no progresso, tanto para
os negócios como para a nossa sociedade global. Em suma, o futuro pertence
àqueles que inovarem através da Inovação Social.
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Organização e gestão do trabalho social
REFERÊNCIAS
ALIANÇA PELOS INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS DE IMPACTO. O que são
negócios de impacto. 2019. Disponível em: https://aliancapeloimpacto.org.br/
publicacao/o-que-sao-negocios-de-impacto-estudo/. Acesso em: 30 out. 2019.
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Capítulo 2 O Trabalho Social Como Forma De Transformar O Mundo
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C APÍTULO 3
Planejamento, Organização E
Gestão Do Trabalho Social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, estudaremos sobre Planejamento, Organização e Gestão do
Trabalho Social. Tal temática é muito importante em nosso cenário atual, em que
a desigualdade social é um crescente constante, sendo necessária uma gestão
eficiente de programas e projetos que visem contribuir com questões sociais,
objetivando o bem-estar social.
Nesse viés, com base nas políticas públicas sociais, estudaremos sobre
os projetos sociais, sua definição, características e sua relação com as políticas
públicas sociais. São consideradas ações a partir de visões distintas que visam
garantir distintas perspectivas do direito social, sendo necessário o trabalho social
para interação mais direta com a sociedade.
Para que tais modelos atendam de fato o objetivo principal de garantia dos
direitos sociais, perceberemos a necessidade de uma gestão efetiva, visando
monitorar e controlar tais ações para que cumpram seus objetivos e metas e
contribuam na tomada de decisão. Para isso, é essencial a aplicação de modelos
de gestão, que estudaremos no decorrer deste capítulo.
Bons estudos!
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FONTE: O autor
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
Nesse viés, destacamos que elas têm como objetivos assegurar que cada
cidadão tenha condições de exercer seus direitos sociais e cívicos, uma vez que
“a pobreza não é um dado natural com o qual se deparam os governos neoliberais;
ela é produzida pela própria política econômica neoliberal, que reduz o emprego e
os salários e reconcentra a renda” (BOITO JÚNIOR, 1999, p. 77).
Para isso, o estado atua como agente regulador das relações sociais, sendo
que as políticas sociais tiveram início no Brasil a partir do século XX. Para Höfling
(2001, p. 33), “o estado inspeciona relações atreladas à qualificação de mão de
obra para o mercado de trabalho, como também, através de políticas públicas
sociais e programas sociais, procuraria manter sob controle parcelas da população
não inseridas no processo produtivo”.
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
Segundo Carinhato (2008, p. 42), elas eram alinhadas por três eixos:
• O reforço dos serviços básicos de caráter universal.
• A ênfase nos programas de trabalho, emprego e renda.
• O destaque a programas prioritários, voltados para o combate
à pobreza, porém concebidos com a mescla entre políticas
universais e políticas focalizadas.
Nesse viés, elas são entendidas como produto da interação entre diversos
atores da sociedade que possuem interesses diferentes. De acordo com Piana
(2009, p. 23), “a política econômica e a política social estão relacionadas
intrinsecamente com a evolução do capitalismo, fundamentando-se no
desenvolvimento contraditório da história”.
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Organização e gestão do trabalho social
FONTE: <https://querobolsa.com.br/revista/constituicao-federal-de-1988-
onde-encontrar-o-documento-gratis>. Acesso em: 24 jun. 2020.
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Organização e gestão do trabalho social
Assim, pela primeira vez na história brasileira, a política social teve grande
acolhimento em uma Constituição.
2.2 PROJETOS
Antes de discutir sobre projetos sociais no Brasil, estudaremos
Um projeto é um sobre projetos, sua definição e características. Na literatura, existem
esforço temporário várias definições de projetos, segundo o PMBOK (2004), um projeto
empreendido para
é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço
criar um produto,
serviço ou resultado ou resultado exclusivo. Já Menezes (2001, p. 8) ressalta que é “um
exclusivo. empreendimento único que deve apresentar um início e um fim
claramente definidos e que, conduzidos por pessoas, possa atingir seus
objetivos respeitando os parâmetros de prazo, custo e especificações
(qualidade e escopo)”. Suas principais características são:
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
Os projetos são compostos por fases, que caracterizam seu início, meio e
fim. Em cada fase realiza-se um conjunto de atividades, garantindo o alcance
de metas estabelecidas em seu planejamento. De acordo com PMI (2013), um
projeto possui as seguintes etapas:
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Organização e gestão do trabalho social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
FONTE: <http://www.projetosecultura.com.br/projetos-
sociais-brasil.html>. Acesso em: 12 mar. 2020.
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
3 PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E
GESTÃO DO TRABALHO SOCIAL
A partir da relação entre o estado capitalista e as políticas sociais, como
estudamos na seção anterior, a administração vem estruturando-se cada vez
mais com novas estratégias de gestão para o controle e o acompanhamento
do trabalho coletivo, mas você sabe o que significa o termo “gestão”? Gestão
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Organização e gestão do trabalho social
significa administrar, gerenciar uma instituição, uma empresa, uma entidade social
de pessoal a ser gerida ou administrada. Ela surgiu após a Revolução Industrial,
uma vez que os profissionais decidiram buscar soluções para problemas que não
existiam antes, usando vários métodos de ciências para administrar os negócios
da época, o que deu início à ciência da administração.
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
FONTE: <https://siteantigo.portaleducacao.com.br/
conteudo/artigos/administracao/principios-de-etica-social-usada-
pela-gestao-publica/35899>. Acesso em: 20 abr. 2020.
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Organização e gestão do trabalho social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
Planejamento Tático: caracteriza-se por ter objetos de curto prazo que visam
otimizar áreas específicas da organização, interferindo apenas em partes, não em
toda, como ocorre no Planejamento Estratégico. Ocorre em nível gerencial, ou de
departamentos, trabalhando em pequenas ramificações dos objetivos e metas
preestabelecidos no planejamento estratégico com o intuito de tornar eficiente o uso
de recursos disponíveis nas empresas. Suas principais características são:
Para melhor compreensão, analise o quadro a seguir, que resume os três níveis
de planejamentos essenciais para gestão das organizações.
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
Trabalho Social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
FONTE: <https://aosfatos.org/noticias/o-deficit-habitacional-no-
brasil-em-4-graficos/>. Acesso em: 16 abr. 2020.
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Organização e gestão do trabalho social
O que não é O que não é medido não pode ser gerenciado (DRUCKER, 1999).
medido não pode Os indicadores geralmente são aplicados para medir determinados
ser gerenciado aspectos no contexto social, político, cultural, educacional ou
(DRUCKER, 1999). econômico, que contribuem na gestão dos projetos. No contexto de
indicadores sociais, percebemos que buscam conferir determinados
aspectos de atividades complexas. Ele é uma medida usada para quantificar
algum conceito de interesse teórico ou programático.
• Periodicidade.
• Representatividade.
• Simplicidade.
• Comparabilidade.
• Viabilidade.
• Economicidade.
• Confiabilidade.
• Desagregabilidade.
• Mensurabilidade.
• Estabilidade.
• Sensibilidade.
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
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Organização e gestão do trabalho social
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Capítulo 3 Planejamento, Organização E Gestão Do Trabalho Social
• PLAN – PLANEJAR.
• DO – EXECUTAR.
• CHECK – VERIFICAR.
• ACT – ATUAR.
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Organização e gestão do trabalho social
Planejamento do Indicador
Parte do sucesso do estabelecimento de indicadores de
desempenho deve-se ao seu estabelecimento de modo participativo.
Na fase de Planejamento (PLAN), a equipe deverá:
Identificar o que será medido e com que frequência; o
alinhamento estratégico do indicador; justificar por que será medido
(qual valor o indicador definido agrega ao processo); estabelecer
as fórmulas e metas; validar o indicador com as partes envolvidas
(agentes, chefias e diretorias).
Ponto de Controle: definir em que local do processo serão
obtidas as informações que permitirão aferir o indicador; definir os
responsáveis por realizar o levantamento das informações; definir
a metodologia de apuração e comunicação (sistemas, planilhas,
gráficos etc.).
Estabelecimento: descrever o indicador no respectivo plano
(estratégico, tático ou operacional).
No quadrante de Execução da Medição (DO), duas ações
devem ser realizadas nesta etapa: 1. capacitar os responsáveis pelo
levantamento das informações; 2. apurar as informações conforme
planejado.
Na etapa de Análise e Publicidade (CHECK), devem ser
cumpridos os seguintes passos: publicar os resultados apurados
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Esse conjunto de medidas fornece aos gestores uma visão rápida, mas
abrangente do projeto. O Balanced Scorecard informa os resultados das ações
já tomadas e complementa as medidas operacionais, os processos internos e as
atividades de inovação e melhoria da organização.
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nesse capítulo, percebemos a relação do estado, governo e povo, sendo
sua responsabilidade a garantia de direitos sociais. A partir do que estudamos,
compreendemos a relação das políticas públicas sociais, que surgiram com o
desencadeamento de nosso atual estado capitalista, suas ações (programas e
projetos) decorrentes, para garantir tais ações na tentativa de minimizar as atuais
barreiras sociais que ainda são gritantes em nosso país.
REFERÊNCIAS
AHUJA, H. N. et al. Project Management: techniques in planning and controlling
construction projects. New York: John Wiley & Sons, 1994. 505 p.
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