Gestão de Transportes - Unidade 5 PDF
Gestão de Transportes - Unidade 5 PDF
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Transportes
1ª edição
2017
Objetivos de Aprendizagem
Legenda: Decisões sobre transportes devem envolver todos os stakeholders envolvidos com o processo logístico.
Fonte: By Unknown - University of Wisconsin Archives, Public Domain,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=32128314
A frase “se quer bem feito, faça Apesar de poder existir um controle de
você mesmo” cabe nesse caso. qualidade por parte do contratante, é
A redução de problemas de difícil controlar exatamente o tempo
Qualidade
qualidade na gestão de transporte e o momento de entrega, assim como
podem ser dirimidas no caso da o processo que o terceirizado executa
frota própria. durante a entrega.
Legenda: Quadro comparativo entre as prioridades, quando adotado o modelo de frota própria e o modelo de frota terceirizada.
Fonte: Corrêa e Corrêa (2007) - adaptado pelo autor (2017).
Melhoria Contínua: A melhoria contínua na gestão de transportes, tanto para frota própria, quanto para frota tercei-
rizada, deve ser executada de acordo com o princípio do ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act, que em português seria
Planejar-Executar-Verificar-Agir). Sendo assim, de acordo com os fluxos a seguir, deveremos atuar planejando os
objetivos relacionados à gestão de transportes, controlar os dados das operações executadas, e verificar se aquilo
que planejamos está sendo realizado, para podermos melhorar continuamente, ou atuar sobre as falhas.
Nos exemplos a seguir, vemos uma sequência de planejamento, execução e controle para: 1. Frota própria; e 2.
Frota terceirizada.
1. Frota Própria
1. Objetivos alcançados:
Planejamento:
Busca por melhoria contínua,
Estabelecimento de metas de estabelecendo novos padrões em
nível de serviço: serviços de transportes.
- Tempo de atendimento; 2. Objetivos não alcançados:
- Satisfação do cliente;
- Quantidade de entregas/dia. Atuar nas falhas para alcançá-los.
2. Frota Terceirizada
1. Objetivos alcançados:
Planejamento:
Busca por melhoria contínua,
Meta de prestação de serviço: estabelecendo novos padrões junto
ao prestador do serviço
- Horários de coleta satisfatórios;
2. Objetivos não alcançados:
- Satisfação do cliente;
- Custo por entrega ou volume. Atuação junto ao fornecedor de
serviço para solução das falhas.
Nos exemplos acima, analisamos os passos a serem dados pela organização, visando a melhoria contínua nos
processos e constante redução de desperdícios nas etapas através da coleta de dados e análises. No Quadro 2 a
seguir, verificamos o ciclo PDCA nos dois casos, e o objetivo em cada uma das suas etapas:
Podemos analisar, por exemplo, uma cadeia de restaurantes que iniciou suas atividades no estado do Paraná e
hoje atua em todo o Brasil e em cidades dos Estados Unidos e Austrália, e que, após uma série de problemas com
níveis de serviço de logística, resolveu adotar um modelo através de centros de distribuição e frotas próprias. Por
possuir um modelo de expansão diferenciado, contando com estabelecimentos alocados no modelo de contê-
ineres em estradas e próximas a grandes postos de gasolina e caminhos para pontos turísticos, essa empresa
possui uma rota diferenciada e um produto perecível, por isso, tanto a qualidade de seus produtos quanto a
frequência de entrega podem ser altamente impactadas por falhas relacionadas a transportes. Contratar serviços
terceirizados para operações com muitas peculiaridades pode torná-los muito custosos e ainda não garantir a
qualidade da operação, por isso, diante da análise de suas prioridades essa organização optou por frota própria.
É possível a avaliação da frota própria através da análise dos custos fixos e variáveis envolvidos na operação. Como
já mencionamos anteriormente, os custos devem ser avaliados de acordo com sua aplicação na operação, tendo
em vista que determinados custos que, para uma operação são fixos, para outra podem ser variáveis. Já mencio-
namos na Unidade 4, ao analisarmos os custos do transporte rodoviário, quais os custos envolvidos nesse modal.
No entanto, é bastante importante lembrarmos de um item específico, que trata do custo de oportunidade, já
mencionado no manual NTC, capital empatado, que é a valorização perdida de um capital que está empenhado
em veículos. Nesse caso, temos não apenas o custo do capital empatado, mas, no caso de uma decisão incorreta,
o valor da depreciação dos veículos também.
A depreciação dos veículos pode ser analisada tanto de forma contábil quanto gerencial.
A depreciação gerencial se dá da seguinte forma:
a. Vamos analisar o caso de uma empresa chamada Frotex Ltda, que adquiriu um caminhão em 2016, novo,
modelo Acelo 815 da Mercedes Benz, pelo valor de R$ 108.000,00;
b. Em 2021 a Frotex resolve trocar a frota e vender o Acelo 815, ano 2016, e se depara com um valor de
venda de R$ 70.000,00;
c. Nesse exemplo, a desvalorização foi de R$ 38.000,00 em 5 anos;
d. Podemos considerar a desvalorização como um custo fixo mensal, se pegarmos o valor da desvalorização
e dividirmos pelos meses totais, ou seja:
R$ 38.000,00
Depreciação =
60
Esse cálculo é importante, pois deverá entrar na soma dos custos da frota, pois se trata da depreciação do dinheiro
investido, e o retorno deverá ser maior que a depreciação.
Já a depreciação contábil, que é utilizada por médias e grandes empresas, utiliza um modelo diferenciado em
relação a pequenas transportadoras ou autônomos.
Na depreciação contábil o intuito é sabermos qual o valor do veículo que será tributado após sua utilização.
Isso acontece pois, quando a organização adquire o veículo, ela estará utilizando um veículo com 100% de sua
capacidade, novo, peças novas e sem um novo modelo no mercado. Com o passar dos anos, esse veículo vai se
desvalorizando mediante a utilização, desgaste e obsolescência, já que novos modelos, mais modernos, serão
lançados com o passar do tempo. Sendo assim, a Receita Federal do Brasil disponibiliza uma tabela de depre-
ciação. Dessa forma, com o passar dos anos, a tributação sobre aquele veículo não mais será cobrada tendo como
base o valor pago na aquisição, mas sim aquele valor reduzido de um percentual.
A Tabela 1 a seguir, de depreciação, nos apresenta as seguintes taxas de depreciação e prazos:
Legenda: Tabela da Receita Federal do Brasil, na qual constam os percentuais de depreciação de veículos e prazos.
Fonte: IN RFB nº 1700/2017
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Dessa forma, sabemos que a depreciação de nosso veículo de carga, que é o caso do caminhão Acelo 815, será
total ao final de 05 anos, apenas por uma questão contábil. Ou seja, ao final de 05 anos não mais será tributado,
no entanto, ao vender o veículo, será tributado o valor de venda.
A terceirização é um tema que vem sendo bastante pesquisado no Brasil, desde o movimento de “servicilização”
que atingiu de forma importante os processos produtivos. Já passamos por momentos da centralização total de
operações de um processo, como no final dos anos 1920 e começo dos anos 1930, em que a Ford Motors produzia
de forma massificada o seu modelo T na periferia de Detroit, e executava todas as etapas do processo, desde a
produção de vidros até o transporte e distribuição dos veículos, até momentos como vivemos hoje, em que a orga-
nização está preocupada com seu core business, ou seja, uma hortifrutigranjeira não quer se preocupar com outras
tarefas que não sejam produzir hortifrutigranjeiros, deixando para empresas especialistas as outras funções.
É comum observarmos dentro de repartições públicas serviços de limpeza, segurança, recepção, entre outros,
sendo executados, não pelos servidores do órgão, mas por terceirizados, que são contratados por uma pessoa
jurídica que presta serviços, mediante êxito em um processo licitatório.
Dessa forma, podemos imaginar que uma empresa que fabrique carros não queira responsabilizar-se pela
operação de transporte dos veículos entre continentes, pois seria muito dispendioso essa montadora comprar
cegonheiros e navios para o transporte, pois ela teria de desenvolver uma outra empresa apenas para isso. Sendo
assim, essa montadora contrata um prestador de serviço, que irá lhe cobrar de acordo com volume carregado e
distância percorrida (como vimos na Unidade 4).
5.4.1 Manutenção
A história da manutenção pode ser passada em três etapas muito distintas, mas que nos permitem um pensa-
mento evolutivo:
• No período anterior à segunda guerra mundial, lidávamos com um modelo de manutenção corretiva, no
qual havia um foco da qualidade no produto final, mas não havia uma preocupação com o processo. A
manutenção era do tipo “apagar incêndio”;
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• Após a década de 1950, com a mecanização das indústrias e o ganho de importância da gestão da quali-
dade na competitividade das indústrias japonesas, inicia-se um processo de manutenção preventiva.
Essa manutenção preventiva existe nessa época, devido à preocupação com a redução de desperdícios
de tempo de parada e busca pela maior eficiência do processo (filosofia enxuta – Lean);
• Por fim, temos a consolidação da Manutenção Produtiva Total ou TPM, desenvolvida pelas indústrias
japonesas, e que tem como objetivo não apenas prevenir as falhas, mas melhorar o processo e capa-
citar o responsável pelo equipamento a executar a manutenção básica, deixando o setor de manutenção
responsável pelas melhorias e incrementos.
As definições de manutenção podem ser variadas, a seguir apresentamos alguns conceitos oficiais, que nos
ajudam a compreender:
a. ABNT NBR 5462/1994: Manutenção é a combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo
as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar
uma função requerida.
b. BS – 3811/1993: Manutenção é o conjunto, combinado, de ações visando à retenção de um determinado
item ou sua restauração, baseadas em um padrão pré-estabelecido.
Tendo por base os conceitos acima expostos, podemos definir que a manutenção é a ação que busca o atendi-
mento de um padrão de funcionamento pré-estabelecido. Dessa forma, temos um conceito que vai ao encontro
do ciclo PDCA, que vimos anteriormente.
Sendo assim, faz-se necessária a adoção de um Plano de Manutenção, baseado em ferramentas de controle e
ações preventivas.
Veremos a seguir as diferentes abordagens da Manutenção, com destaque à Manutenção Produtiva Total, e as
formas de desenvolvimento do Plano de Manutenção.
A manutenção corretiva é conhecida também pela máxima do “apagar incêndio”, tendo em vista que a prin-
cipal característica desse padrão de manutenção corrige o problema após a sua ocorrência. Essa abordagem trata,
principalmente, do não funcionamento de um determinado equipamento, ou seja, a atenção direcionada a um
problema ou a um defeito só se dá no momento em que esse equipamento já se encontra fora de operação.
A Figura 2, a seguir, vemos quão penosas podem ser as consequências relacionadas à falta da manutenção
preventiva. Mesmo quando o veículo é encaminhado a uma mecânica especializada, usualmente os transtornos
causados pela necessidade de correção são mais significativos.
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Legenda: Veículo sendo transportado por parada ou quebra, muitas vezes atribuída à falta de manutenção preventiva.
Fonte: Por Shaun Garrity from Mitcham, Australia - Broken Safety car, CC BY 2.0,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3057217
A manutenção corretiva, pela situação apontada acima, é um modelo de manutenção que acaba tendo algumas
características singulares, como:
• Caráter emergencial;
• Execução a partir da perda de produtividade;
• Custos com mão de obra elevado, tanto por, em muitos casos, necessitar de mão de obra especializada,
quanto pela parada de setor ou atividade.
Apesar de observarmos que a manutenção corretiva é um “modelo atrasado”, dentro das organizações, quando
falamos de manutenção de frotas, principalmente no caso dos TACs, ainda é um modelo bastante adotado, com a
adoção de práticas corretivas de segunda mão, como, por exemplo, as recapagens de pneus, prática que, mesmo
com menos de 85% dos pneus estando aptos a tal prática, é adotada em larga escala. Essa prática, mesmo quando
executada de maneira correta, não é indicada em casos de equipamentos que demandam performances específicas.
A manutenção preventiva origina-se na necessidade de antecipação aos eventuais problemas que tragam prejuízos
à organização. Os prejuízos que ensejaram o desenvolvimento desse modelo de manutenção são, basicamente:
• Paradas de linha;
• Acidentes de trabalho;
• Produtos defeituosos.
A manutenção preventiva baseia-se na evolução do pensamento relacionado à manutenção, pois, se anterior-
mente corrigíamos situações que já haviam ocorrido e gerado problemas, a ideia agora é prevenir o processo com
ações que antecipam os problemas.
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Com os primeiros registros vindos do Sistema Toyota, após a segunda guerra mundial, a TPM baseou-se na busca
pela qualidade para atingir seus objetivos.
A ideia da TPM é a busca, junto com todos os envolvidos nos processo, pela filosofia do “zero defeito” ou “zero
quebras”. Essa filosofia consiste no envolvimento dos colaboradores, em busca da melhoria contínua dos
processos até o processo não sofrer com paradas de quebras, ou reduzi-las ao máximo possível.
Algumas características que se fazem necessárias conhecermos são:
• Aplicação do conceito PDCA aos processos de manutenção;
• Capacitação dos colaboradores, principalmente dos operadores dos equipamentos, a fim de liberar a
equipe de manutenção para a melhoria contínua dos processos de manutenção;
• Envolvimento de toda a organização na filosofia enxuta;
• Desenvolvimento de mecanismos voltados para a redução máxima de perdas.
A TPM busca “liberar” as equipes de manutenção, para o desenvolvimento de atividades que melhorem os
processos de manutenção, e não apenas se dediquem às atividades operacionais e rotineiras.
Um exemplo muito interessante é a manutenção rotineira de um veículo. O motorista, ao adquirir o veículo, passa
a executar uma manutenção preventiva no carro, de acordo com as instruções dos especialistas da montadora,
ou seja, se a montadora orienta que um tipo de gasolina ou óleo deve ser sempre utilizado, isso se baseia em
testes e atividades de melhoria desenvolvidos por especialistas, já a atividade operacional de abastecer o veículo
de acordo com a instrução é passada ao próprio operador do equipamento, que, nesse caso, é o motorista.
A utilização de ferramentas como instruções de trabalho e folhas de verificação também são de suma impor-
tância no processo de manutenção de qualquer equipamento, assim como o mesmo veículo do exemplo anterior.
Baseado em um “documento de verificação”, que é o manual do veículo e a agenda de revisões, o motorista
consegue saber os momentos exatos de levar o veículo à troca de óleo, filtro, e demais itens. Assim como, mesmo
quando o motorista optar pela troca de óleo em outro local, que não a concessionária autorizada, ele irá basear-
-se, normalmente, em um adesivo anexado no painel, que permite a correta manutenção do veículo.
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A seguir, na figura 3, verificamos as atividades que deixam de fazer parte da rotina da equipe de manutenção,
sendo possível através de treinamento, folhas de verificação e instruções de trabalho, delegá-las aos próprios
operadores. E também verificamos atividades que passam a serem atribuídas, com uma nova filosofia, ao depar-
tamento de manutenção.
Legenda: Delegação de tarefas e verificações rotineiras dão lugar à busca pela melhoria contínua.
Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2009)
Os planos de manutenção são simples de serem implementados, desde que já exista um prévio conhecimento
dos padrões necessários para o correto funcionamento dos equipamentos e máquinas.
Como analisamos a manutenção de uma frota, as informações acabam sendo de fácil acesso, normalmente
através do manual dos veículos e informações empíricas dos próprios operadores e motoristas.
• Fontes de informações:
»» Técnicas: Manual do veículo, manual do fornecedor de pneus, manual do fabricante de carrocerias;
»» Empíricas: Informações dos operadores, que auxiliam na programação das manutenções, como
necessidade de troca de pneu por eventual acidente.
O plano de manutenção é considerado o P do ciclo PDCA, já que nesse momento estamos planejando a manu-
tenção, inserindo dados em um documento a partir de informações técnicas e empíricas.
Ações Preventivas
As ações preventivas originam-se do plano de manutenção, que serve como uma instrução de ações a serem
executadas, tanto pelos operadores (atividades de rotina, lubrificações, entre outras) quanto pelo departamento
ou setor de manutenção responsável, como análise de melhorias possíveis para determinados processos.
Controle das Ações Preventivas
As ações preventivas devem ser sempre documentadas, assim como as condições em que se encontram as peças
e equipamentos trocados, pois somente através da análise e controle desses dados será possível melhorar o
processo. Não podemos pensar que alguém que sempre troca uma lâmpada antes da mesma deixar de funcionar,
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esteja sendo eficiente, pois a eficiência baseia-se na utilização máxima sem deixar de alcançar o resultado. A
ação de manutenção produtiva total buscará, nesse caso, analisar o histórico das lâmpadas, para trocá-las com o
máximo de utilização, mas sem a perda da iluminação.
Folha de verificação
A folha de verificação ou check-list é uma ferramenta de gestão de qualidade, direcionada ao controle de ocor-
rências, garantindo que as decisões planejadas sejam corretamente aplicadas.
São necessários, no caso de uma folha de verificação de acompanhamento de manutenção de veículo ou de rodízio
de pneus, os preenchimentos de campos que identifiquem o veículo, e apresentem dados relacionados às ações.
No Quadro 3, temos o exemplo de uma folha de verificação relacionada à troca de óleo do veículo, que permite um
controle de quilometragem, tempo de utilização do veículo e acompanhamento das instruções de manutenção
Legenda: Folhas de verificação podem ser utilizadas no controle e instrução dos colaboradores.
Fonte: Corrêa e Corrêa (2007) - Adaptado pelo autor (2017).
As folhas de verificação poderão ser utilizadas em outros momentos, a fim de auxiliarem o gestor das frotas,
assim como todos os envolvidos com essa atividade, por exemplo:
• Controle de estoque de peças relacionadas à frota;
• Controle de trocas de peças;
• Rodízio de pneus;
• Controle de utilização da frota.
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A relação entre produtividade, qualidade e manutenção das frotas são temas que “caminham
juntos”, pois as prioridades das operações de transporte dependem de todos esses fatores.
Sendo assim, a orientação para o aprofundamento dos estudos por meio de artigos e de
literatura disponível se faz muito importante. O livro “Gerenciando a Manutenção Produ-
tiva: O Caminho para Eliminar Falhas nos Equipamentos e Aumentar a Produtividade” (1998),
do autor Harilaus G. Xenos, é de fácil entendimento, abordagem ampla e muito didático na
abordagem da TPM.
A decisão pela aquisição de veículos e composição de uma frota, como foi discutido nesta
unidade, é uma decisão que envolve diversos atores do processo organizacional e um impor-
tante investimento. Uma das necessidades originadas dessa decisão recai sobre a contra-
tação ou alocação de um colaborador experiente, e que tenha conhecimento sobre quali-
dade, suprimentos e logística, para o cargo responsável pela frota. Será que a pessoa que
gerencia a frota na minha organização tem essa formação? Será que a pessoa que gerencia
a frota que me atende possui essas características?
A recapagem de pneus, mesmo sendo uma palavra bastante utilizada e de forma abran-
gente, é, em muitos casos, apenas uma das etapas do processo de reaproveitamento dos
pneus. Ao observarmos um pneu, temos:
• Banda de Rodagem: superfície do pneu, que está em contato com o solo;
• Parede do pneu: Área lateral do pneu;
• Ombros do pneu: Região mais próxima à calota. Localiza-se na extremidade do pneu.
A partir dessas informações, podemos partir para os processos de reaproveitamento de pneus:
a. Recapagem: Processo de troca, a quente ou a frio, da banda de rodagem;
b. Recauchutagem: Banda de rodagem e ombros são cobertos e moldados;
c. Remodelagem: Processo de reforma do pneu, com aplicação de cobertura na banda
de rodagem, ombros e parede do pneu.
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Glossário
Core Business: A expressão core business significa negócio principal, ou seja, o core business da
Coca-Cola, é a produção, venda e também o marketing de bebidas gaseificadas. Sendo assim,
muitas organizações optam por terceirizar a operação logística, a fim de dedicar sua energia
e seus recursos em seu negócio principal.
Ciclo PDCA: O Ciclo PDCA (ou ciclo de Deming), foi desenvolvido por Walter A. Shewart nos
anos 1920, mas passou a ser conhecido como Ciclo de Deming, devido à sua ampla difusão
por William E. Demming, conhecido como um dos “gurus” da Gestão da Qualidade. Trata-se
de uma técnica que visa ao controle de um processo a partir de seu planejamento, devendo
ser utilizado de forma contínua, com o intuito de gerenciar as atividades de uma organi-
zação, e buscar a melhoria contínua. O nome “PDCA” se deve à sigla que utiliza as primeiras
letras das etapas que compõem a técnica, em inglês. As suas etapas são:
P (Plan): Planejar; D (Do): Executar; C (Check): Verificar; A (Act): Agir
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Bibliografia Complementar:
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