Difusão Atômica PDF

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Ciências de Materiais I - Prof.

Nilson – Aula 5

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Ciências de Materiais I
Prof. Nilson C. Cruz
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Movimentação atômica
em materiais
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LaPTec
www.sorocaba.unesp.br/gpm Difusão

É o movimento, de forma previsível,


de átomos dentro de um material.
Para que a difusão ocorra, são
necessárias lacunas e energia.
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Difusão x Temperatura
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A taxa de movimentação dos átomos está


associada à temperatura do material
através de uma equação de Arrhenius

Taxa = c0 e-Q/RT
c0 = constante
R = constante universal dos gases = 1,987 cal/mol-K
T = temperatura absoluta (K)
Q = energia de ativação (cal/mol)
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LaPTec Gráfico de Arrhenius


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Taxa = c0 e-Q/RT

ln (Taxa) = ln (c0) -Q/RT


ln (Taxa)

Q
tan   
θ( R

1/T
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LaPTec Exemplo
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Suponha que determinados átomos intersticiais se movam de um sítio


para outro a taxas de 5x108 saltos/s a 500 °C e 8x1010 saltos/s a 800 °C.
Calcule a energia de ativação para o processo.
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A equação de Arrhenius é válida para cada situação. Assim,

Q
(i) 5 x10  c0e8
 c0e 0,000651Q
1,987(500  273)

e,

Q
(ii) 8 x10  c0e
10
 c0e 0,000469Q
1,987(800  273)
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Dividindo (ii) por (i) obtemos

160 = e(0,000651-0,000469)Q
Assim,

Q = 27.880 cal/mol
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LaPTec Mecanismos de Difusão


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Auto difusão: átomos do próprio sólido se movem de uma posição para


outra da estrutura cristalina.

C
C
A D
A
D
B
B
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LaPTec Mecanismos de Difusão


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Interdifusão: átomos migram para regiões de menor concentração

After some time

Perfil de Concentração Perfil de Concentração


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LaPTec Mecanismos de Difusão


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Difusão por lacunas: um átomo deixa sua posição na rede para preencher
uma lacuna próxima.

Tempo
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LaPTec Mecanismos de Difusão


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Difusão intersticial: átomos movem de uma posição intersticial para outra.

Mais rápida e mais provável que


difusão por lacunas!
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LaPTec Energia de Ativação


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Para que a difusão ocorra, é necessário fornecer-se energia para forçar


o átomo a se mover e atingir sua nova posição.

Lacunas
Energia

Intersticial
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LaPTec Taxa de Difusão: Fluxo


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A difusão pode ser avaliada pelo número de átomos que atravessam um


plano de área unitária por unidade de tempo, o FLUXO de partículas.

Área Unitária
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LaPTec Primeira Lei de Fick


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ΔC
J= D
Δx

Difusão ocorre no sentido


contrário ao do gradiente

J = fluxo (átomos/cm2s)
D = coeficiente de difusão (cm2/s)
ΔC/Δx = gradiente de concentração (átomos/cm3 cm)
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LaPTec Gradiente de concentração


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Mostra como a concentração varia com a distância.

Percentual de A

Δc/Δx

Distância
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Exemplo
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Uma camada de 0,05 cm de MgO é depositada entre placas quadradas, com 2 cm


de aresta, de níquel e tântalo para fornecer uma barreira de difusão e evitar reações químicas
entre os dois metais. A 1400 °C, íons de Ni são criados e se difundem através do MgO para o
tântalo. Determine o número de íons de níquel que atravessam a cerâmica por segundo. O
coeficiente de difusão do Ni em MgO é 9x10-12 cm2/s e o parâmetro de rede do Ni, cuja
estrutura cristalina é CFC, a 1400 °C é 3,6x10-8 cm.

2 cm Tântalo
2 cm
MgO

0,05 cm
Níquel
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Solução:

Na interface Ni/MgO, tem-se 100% de Ni ou,

4 átomos Ni/célula unitária


CNi = = 8,57x1022 átomos/cm3
(3,6x10-8cm)3

A proporção de Ni na interface Ta/MgO é 0%. Então, o gradiente de


concentração é
0 - 8,57x1022 átomos/cm3
ΔCNi /Δx = = 1,71x1024 átomos /cm3 cm
0,05 cm
O fluxo de Ni através da cerâmica é

J = - D ΔC = 1,54x1013 átomos de Ni/cm2 s


Δx
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Assim, o número total de átomos de níquel cruzando a interface


por segundo é

NNi = J (área) = 6,16x1013 átomos /s

Em um segundo, o volume de átomos de Ni removidos da


interface Ni/MgO é
6,16x1013 átomos/s
= 0,72x10-9 cm3/s
8,57x10 átomos Ni /cm
22 3

A espessura da camada de níquel é reduzida a uma taxa de


0,72x10-9 cm3/s
= 1,8x10-10 cm/s
4 cm2
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Finalmente, para que 1 mícron (10-4 cm ) de Ni seja removido é


necessário um tratamento de
10-4 cm
= 154 h
1,8x10-10 cm/s
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LaPTec Temperatura e Coeficiente


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de Difusão

O coeficiente de difusão está relacionado com a temperatura


através de uma equação de Arrhenius

D = D0 e-Q/RT

Temperatura Difusão
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LaPTec Temperatura e Coeficiente


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de Difusão

H em Fe

C em Fe

-Fe -Fe

Fe em Fe

tan θ = - Q/R θ Q


θ
)
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Exemplo
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Um cilindro impermeável de 3 cm de diâmetro é dividido em duas partes, com 10 cm


de comprimento cada, por uma membrana de ferro, conforme mostrado na figura abaixo. Em
um lado da membrana, uma mistura gasosa de 0,51020 átomos de nitrogênio por cm 3 e
0,51020 átomos de hidrogênio por cm3 é continuamente introduzida para garantir concentrações
constantes de N e H nesta metade do tubo. No outro lado da membrana, o cilindro é preenchido
com uma mistura constante de 11018 átomos de N por cm3 e 11018 átomos de H por cm3. O
sistema inteiro se encontra a 700oC, o que faz com que o ferro tenha estrutura CCC. Como deve
ser a membrana para permitir que no máximo 1% do nitrogênio e 90% do hidrogênio a
atravessem por hora?

10 cm 10 cm
0,5x1020 átomos de N / cm3
0,5x1020 átomos de H / cm3  3 cm
1,0x1018 átomos de N / cm3
1,0x1018 átomos de H / cm3
Membrana de ferro
com espessura Δx
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O número de átomos de nitrogênio no lado esquerdo do cilindro é igual ao produto do


número de átomos de nitrogênio por unidade de volume pelo volume do cilindro:

(1,5 cm)2(10 cm)(0,5x1020 átomos/cm3) = 3,53x1021 átomos

O número máximo de átomos de N que podem atravessar a membrana é 1% deste


total, ou seja,

No átomos N perdidos = (0,01)(3,53x1021) = 3,53x1019 átomos/h


= 9,8x1015 átomos/s

Desta forma, o fluxo através da membrana será:

9,8x1015 átomos de N / s
J= = 1,39x10 15 átomos de N / cm2s
(1,5) 2
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Lembrando que

D = D0 e-Q/RT
e,
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O coeficiente de difusão do nitrogênio no ferro CCC a 700°C (973 K) será:

D = 0,0047 e-18300/(1,987)(973)=3,64x10-7 cm2/s


Como,
J = -D (ΔC/Δx)
Temos,
Δx = -D(ΔC / J)
Δx = (-3,64x10-7)(1x1018 – 0,5x1020)/(1,39x1015)

Δx = 0,0128 cm (espessura mínima da membrana)


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De maneira semelhante, podemos calcular a espessura máxima que permitirá a


difusão de 90% do hidrogênio.

No átomos H difundidos = (0,9)(3,53x1021) = 3,18x1021 átomos/h


= 8,8x1017 átomos/s

Desta forma, o fluxo através da membrana será:

J = 1,25x1017 átomos de H / cm2s


e
D = 0,0012 e-3600/(1,987)(973)= 1,86x10-4 cm2/s
Com isto,
Δx = 0,0729 cm (espessura máxima da membrana)
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LaPTec Fatores que afetam a difusão


e a energia de ativação
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 Menores energias de ativação aumentam o coeficiente de difusão e o fluxo.

 Energias de ativação são geralmente menores para átomos difundindo


através de estruturas cristalinas mais abertas.

Fe
 

CFC CCC

C 32,9 kcal/mol C 20,9 kcal/mol


N 34,6 kcal/mol N 18,3 kcal/mol
H 10,3 kcal/mol H 3,6 kcal/mol
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Quanto maior for a temperatura de fusão (= maior energia de ligação),


maior será a energia de ativação.

C
W
Q (kcal/mol)

Si

Fe
Ag
Cu
Pb Al

Temperatura de Fusão (°C)


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As energias de ativação são maiores em materiais iônicos, se comparadas com


as energias de metais.

Cátions apresentam maiores coeficientes de difusão que os ânions. Ex. NaCl Q Cl


= 2QNa

NOTA: Quando os íons


difundem, eles transportam
consigo carga elétrica. Como
a difusão aumenta com o
aumento da temperatura, a
condutividade elétrica dos
materiais iônicos aumenta
com o aquecimento.
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Em polímeros, átomos, íons ou moléculas difundem entre as cadeias


poliméricas ao invés de se movimentar de uma posição para outra dentro das
cadeias.

A difusão será tão maior quanto menores forem as espécies se difundindo e


maiores forem os espaços entre as cadeias.

Difusão em polímeros cristalinos é mais lenta que em polímeros amorfos, que


têm menores densidades.
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LaPTec Tipos de difusão


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Difusão Volumétrica: Átomos se movem através do cristal de uma


posição cristalina ou intersticial para outra. Devido aos átomos
vizinhos, a energia de ativação é alta e a difusão é lenta

Difusão em contornos de grão: Os átomos se movem ao longo dos


contornos, interfaces e superfícies do material. A baixa densidade
atômica dos contornos favorece a difusão.

Difusão superficial: É a difusão mais rápida pois os átomos encontram


menos restrições.
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LaPTec Tipos de difusão


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Coeficiente de difusão
Tipo de difusão Th em W Ag em Ag

Superfície 0,47e-66400/RT 0,068e-8900/RT

Contorno de grão 0,74e-90000/RT 0,24e-22750/RT

Volume 1,0e-120000/RT 0,99e-45700/RT


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LaPTec Exemplo
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Considere a difusão entre tungstênio puro (estrutura CCC, com


parâmetro de rede 3,165Å) e a liga W-1%at Th. Após alguns minutos de
aquecimento a 2000 °C, é formada uma zona de transição com 0,01 cm de
espessura. Qual o fluxo de tório neste instante se a difusão for devida a
a)difusão volumétrica, b) difusão em contorno de grão e c) difusão superficial?

Solução
A densidade do W é

2 átomos / célula
NW = = 6,3x10 22 átomos/cm3
(3,165x10 ) cm /célula
-8 3 3
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Na liga, a concentração de átomos de tório é

CTh = (0,01)(6,3x1022) = 6,3x1020 átomos / cm3


No tungstênio puro, a concentração de Th é nula. Com isto,

ΔC/Δx = (0- 6,3x1020) / 0,01= - 6,3x1022 atomos Th/ cm3 cm


Como visto acima, para a difusão volumétrica do Th em W

D = 1,0e-120000/RT
Assim, quando T = 2273 K tem-se
D = 2,89x10-12 cm2/s
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Com isto, o fluxo de átomos é

J = -D(ΔC/Δx) = -(2,89x10-12)(-6,3x1022)
Então,

J = 1,82x109 átomos Th/cm2 s

Por outro lado, quando a difusão se dá através dos contornos de grão,

D = 0,74e-90000/RT = 1,64x10-9 cm2/s


e
J = 1,03x1012 átomos Th/cm2 s
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Finalmente, para difusão superficial

D = 0,47e-66400/RT = 1,94x10-7 cm2/s

Com isto,

J = 1,22x1014 átomos Th/cm2 s


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Difusão em Estado Estacionário:


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Primeira Lei de Fick
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Quando a concentração das espécies não varia com o tempo:

 J= D
ΔC
Δx
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LaPTec Perfil de Composição


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Na maioria das situações práticas,

ΔC
J= D
Δx
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LaPTec A Segunda Lei de Fick


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Quando a concentração das espécies difundindo varia com o tempo:

C   C
  D 
t x  x

Quando o coeficiente de difusão é constante,

C  2C
D 2
t x
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Para um sólido semi-infinito ( l >10Dt ) quando:

1) Para t = 0, todos os átomos do soluto que estejam presentes no sólido


estão distribuídos uniformemente com concentração C = C0.
2) Para t > 0, a concentração Cs na superfície (x=0) se mantém constante.
3) C = C0 em x = 

C C 2
Cs  Cx  x 
D 2   erf  
t x Cs  C0  2 Dt
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Z
2

2
LaPTec erf (Z )  y
e dy
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 0
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Cs  Cx  x 
 erf  
Cs  C0  2 Dt
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Exemplo
A superfície do aço pode ser endurecida através de um processo
conhecido por carbonetação. Para fazer isto, a peça de aço é exposta, em
temperaturas elevadas, a uma atmosfera rica em um hidrocarboneto (CH4, por
exemplo). Para endurecer a superfície de uma peça de aço com teor de
carbono de 0,1%, o material foi colocado em uma atmosfera que fornece 1,2%
de C na superfície do aço a alta temperatura. Para que propriedades mais
adequadas sejam obtidas, o aço deve conter 0,45% de carbono a uma
profundidade de 0,2 cm abaixo da superfície. Como deve ser o processo de
carbonetação para que as propriedades ideais sejam obtidas? Considere que a
temperatura é elevada o suficiente para que o ferro tenha estrutura CFC.
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Segundo o enunciado,

Cs= 1,2%, C0 = 0,1%, Cx = 0,45% e x = 0,2 cm

Assim, usando a segunda lei de Fick,

Cs  Cx 1,2  0,45  0,2 


  0,68  erf  
Cs  C0 1,2  0,1  2 Dt
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0,1
 0,70
Dt

ou
2
 0,1
Dt     0,02
 0,70

Portanto, qualquer combinação de D e t cujo produto seja 0,02 irá funcionar.


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Para a difusão de carbono em ferro CFC,

Então,

D = 0,23 e-32900/(1,978 T) = 0,23 e-16.558/T


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Portanto, a relação entre temperatura e tempo de tratamento é

0,02 0,02
t  16.558 / T
D 0,23e
T (K) t (h)
1173 32,3
1273 10,7
1373 4,13
1473 1,82
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Para que a segunda lei de Fick seja aplicável, é necessário


que haja uma concentração constante na interface. Muitas vezes, a
concentração da superfície varia gradualmente durante o processo
devido à interdifusão.

Como o Al se difunde mais facilmente no Au do que o ouro se


difunde no alumínio, após um determinado período de tempo, mais
átomos de Al podem estar no lado da interface originalmente composta
pelo ouro do que no lado original do Al  EFEITO KIRKENDALL
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Difusão aplicada ao
LaPTec processamento de materiais
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Crescimento de Grãos
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Difusão aplicada ao
LaPTec processamento de materiais
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Ligação por difusão


Difusão em
Pressão Crescimento de Grãos
contorno de grãos
Aquecimento
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Difusão aplicada ao
LaPTec processamento de materiais
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Sinterização (metalurgia de pó)


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Difusão aplicada ao
LaPTec processamento de materiais
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Sinterização

Ba(Mg1/3 Ta2/3)O3

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