Aulas de Anatomia 2014 ISPC1 PDF

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Anatomia Humana

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CABINDA


Curso de Enfermagem

Elaborado por
Damas Macaia
Docente
leccionado por
Rosa Angó

Cabinda, 2019
Introdução

A palavra Anatomia deriva-se:

do grego – anatome (Ana = em partes + Tomein = cortar), significa “cortar em


partes” ;
Oliveira (2011)

do latim – dissecação (dis = separar + secare = seccionar ou cortar separando em


partes), equivalendo etimologicamente a palavra anatomia. Esta origem deve-se
pelo facto de que o método principal de estudo de anatomia foi a dissecação, ou
seja, mediante cortes em cadáver
Puig, Borjas, Dovale (2004)

Por definição, anatomia é a parte da biologia que estuda a forma e a estrutura


dos seres organizados, assim como as relações entre os órgãos que se constituem

Puig, Borjas, Dovale (2004)


Introdução (Cont.)

A Anatomia pode ser abordada a diferentes níveis :

• Anatomia do desenvolvimento – compreende o estudo das alterações


estruturais que ocorrem entre a concepção e a idade adulta.

A anatomia do desenvolvimento engloba:

• A embriologia – estudo do desenvolvimento até ao nascimento.

• A Anatomia Microscópica – estuda as estruturas corporais invisíveis que


requerem o uso de instrumentos para ampliação (lupas, microscópios ópticos
e electrónicos). Este grupo é dividido em:
• Citologia – estudo da célula;
• Histologia – estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a
formação de órgãos).
Introdução (Cont.)

• Anatomia Macroscópica – estuda as estruturas que podem ser observadas


sem o auxílio do microscópio. Pode ser abordada numa perspectiva descritiva
ou topográfica.
• Anatomia descritiva – estuda o corpo por sistemas e aparelhos.
Sistema ou aparelho é constituído por um grupo de estruturas que
tem uma ou mais funções em comum. Por exemplo o sistema
nervoso, o aparelho respiratório.
• Anatomia topográfica – estudada o corpo por áreas como a cabeça,
abdómen, braço, etc. e todos os sistemas são estudados em
simultâneo;
• Anatomia de superfície – ocupa-se do estudo da forma externa do
corpo e das suas relações com as estruturas internas mais profundas.
Por exemplo, o esterno e as porções das costelas podem ser
observados e palpados no tórax. Estas estruturas podem ser usadas
como referência anatómicas para identificar as regiões do coração e
os pontos do tórax em que se podem ouvir melhor os sons cardíacos.
Introdução (Cont.)
Níveis estruturais de organização do corpo humano
O corpo humano pode ser estudado em seis níveis estruturais de organização:

1. Nível Químico: Átomos (menores unidades de matéria que participam de reacções


químicas) e moléculas (dois ou mais átomos ligados entre si);

1. Nível Celular: A união das moléculas forma as células. As células são as unidades básicas,
estruturais e funcionais do corpo humano.

1. Nível Tecidual: Os tecidos são grupos de células e materiais em torno delas, que trabalham
juntos para realizar uma determinada função. Existem quatro tipos básicos de tecidos no
corpo humano: tecido epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.

1. Nível Orgânico: Os órgãos são estruturas compostas por dois ou mais tipos de tecidos
diferentes. Têm funções específicas e comumente formas reconhecíveis. Ex. estômago.

1. Nível Sistémico: Um sistema consiste em órgãos relacionados que têm a mesma função.

1. Nível Organísmico: É o maior nível organizacional. O organismo é um indivíduo vivo. Todas


as partes do corpo, funcionando umas com as outras, constituem o organismo total – uma
pessoa viva.
Tate (2011).
Fig. 1 – Níveis de organização do corpo humano

Fonte: http://www.auladeanatomia.com/
Introdução (Cont.)
Termos de direcção
Ao descrever as partes do corpo é necessário fazer referência às suas posição em
relação ao corpo como um todo, assim, diz-se:

• Superior – acima de. Ex. a cabeça é superior ao pescoço; a cavidade torácica é


superior a cavidade abdominal;
• Inferior – abaixo de. Ex. o pé é inferior ao tornozelo, o tornozelo é inferior ao
joelho;
• Anterior – para a frente. Ex.: as glândulas mamárias ficam na parede anterior
do tórax;
• Ventral – ao lado da barriga. também pode ser usado como sinónimo de
anterior.;
• Posterior – voltado para traz. Ex. a coluna vertebral é posterior ao aparelho
digestivo, o esófago é posterior à traqueia. Pode-se usar o termo dorsal como
sinónimo de posterior. Dorsal se refere a parte de traz;
• Cefálico ou craniano – em direcção à cabeça. Esse termo é sinónimo de
“superior”. Ex.: a cavidade torácica fica em posição cefálica (ou superior) a
cavidade abdominopélvica.
Introdução (Cont.)
Termos de direcção

• Caudal – direcção à cauda e, como sabemos os humanos não têm cauda


quando adultos, mas têm cauda quando se encontram na fase embrionária
assim como todos membros do filo animal cordado, ao qual nós, seres
humanos, pertencemos.
• Mediano – mais próximo ao plano mediano do corpo. Ex. o nariz fica em
posição medial à face, à ulna fica do lado medial do antebraço.
• Lateral – em direcção ao labo ou distante do plano mediano do corpo.
Exemplo: os ouvidos estão na posição lateral da face, o rádio fica em posição
lateral à ulna;
• Proximal – mais próximo do ponto de origem ou fixação. Ex. o cotovelo fica em
posição proximal do pulso; o joelho fica em posição proximal do tornozelo.;
• Distal – longe do ponto de fixação ou origem. Ex. o pulso fica em posição distal
do cotovelo; o tornozelo fica em posição distal do joelho.
Introdução (Cont.)
Posição anatómica
Fig. 2 – Posição anatómica

Na posição anatómica o corpo


deve ficar numa postura erecta
(em pé, posição ortostática ou
bípede), calcanhares unidos com
as plantas dos pés totalmente
apoiados ao solo e dirigidos para
frente, os membros superiores
estendidos e aplicados ao tronco,
as palmas das mãos voltadas
para a frente, cabeça erguida e o
olhar para o horizonte

Fonte: http://www.hs-menezes.com.br/anatomia_2_23.html
Introdução (Cont.)

Planos de delimitação e secção do corpo humano

O corpo na posição anatómica pode ser seccionado por eixos imaginários à sua
superfície os quais delimitam planos anatómicos

Fig. 3 – Eixos imaginários do corpo

Fonte: http://www.google.pt/imgres?
Introdução (Cont.)
1º - Eixo antero-posterior, que une o ventre ao dorso

Fig. 4 – Eixo antero-posterior

Fonte: http://www.google.pt/imgres?
Introdução (Cont.)

2º - Eixo vertical ou longitudinal, que une a cabeça aos pés;

Fig. 4 – Eixo longitudinal

Fonte: http://www.google.pt/imgres?
Introdução (Cont.)

3º O eixo transversal, que une o lado direito ao lado esquerdo;

Fig. 5 – Eixo transversal

Fonte: http://www.google.pt/imgres?
Introdução (Cont.)
A projecção desses eixos resulta em diferentes planos anatómicos.

Quatro planos são fundamentais:

Fig. 6 Planos anatómicos

Fonte: http://www.google.pt/imgres?
Introdução (Cont.)
1. Plano Mediano: Formado pelo deslocamento do eixo antero-posterior passando
longitudinalmente através do corpo, na linha mediana, dividindo-o em duas
metades aparentemente simétricas – a direita e a esquerda.

Fig. 7 – Plano mediano

Fonte: http://www.auladeanatomia.com/
Introdução (Cont.)

2. Planos Sagitais: Plano vertical que passa através do corpo, paralelo ao plano
mediano.

Fig. 8 – Plano médio e plano sagital

Fonte: http://www.google.pt/imgres?
Introdução (Cont.)
3. Plano frontal ou coronal – formado pelo deslocamento do eixo longitudinal,
dividindo o corpo em duas partes – anterior (frente) e posterior (de trás).
Fig. 9 – Plano frontal ou coronal

Fonte: http://www.auladeanatomia.com/
Introdução (Cont.)
4. Plano transversal ou horizontal – formado pelo deslocamento do eixo transversal
dividindo o corpo em duas partes – superior e inferior.

Fig. 10 – Plano transversal

Fonte: http://www.auladeanatomia.com/
Introdução (Cont.)

Divisão do corpo humano

Fig. 11 – Divisão do corpo humano


Quadro 1 – Divisão do corpo humano
1. Cabeça Crânio e face
2. Pescoço
3. Tronco Tórax, abdómen e pelve
4. Membros Ombro, braço, antebraço e
a) Membro Superior mão
b) Membro Inferior Quadril, coxa, perna e pé
Fonte: Wecker (2000)
http://www.auladeanatomia.com/
Introdução (Cont.)
Cavidades
O corpo tem duas cavidades principais:
• Cavidade dorsal;
• Cavidade ventral. Fig. 12 – Principais cavidades do corpo humano

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Introdução (Cont.)
Cavidades
As cavidades principais são posteriormente subdivididas em cavidades menores,
os órgãos de qualquer cavidade são denominadas vísceras
A cavidade dorsal – contém órgãos do sistema nervoso que coordenam as funções do
corpo. Ela divide-se em cavidade craniana, que contém o cérebro e a cavidade vertebral que
contém a medula espinhal.

Fig. 14 – Principais cavidades do corpo humano


(com subdivisões)

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Introdução (Cont.)
Cavidades
Cavidade ventral subdivide-se em cavidade torácica e cavidade abdominpélvica.
• Cavidade torácica: Envolvida pela caixa torácica e abriga o coração (envolvido em
pericárdio) e os dois pulmões (revestidos em pleural).

Um pequeno espaço chamado mediastino encontra-se entre as duas cavidades


pleurais e contém o coração, a glândula timo, os vasos linfáticos e sanguíneos, a
traqueia, o esófago e os nervos.
O músculo diafragma separa a cavidade torácica da cavidade abdominopélvica.
Fig. 15 – Cavidade torácica

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Introdução (Cont.)
Cavidades
Cavidade abdominopélvica: contém os rins o estômago, o fígado, pâncreas e os ovários e
útero (na mulher). Ver fig. 14

Quando se discutem as cavidades do corpo tem-se utilizado termos com:


• Parietal – refere-se às paredes de uma cavidade (exemplo o peritónio parietal reveste a
parede abdominal)
• Visceral – refere-se ao revestimento do órgão (exemplo, o peritónio visceral reveste os
órgãos abdominais).
Fig. 16 – Cavidade abdominopélvica

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Introdução (Cont.)

Conceito de normal e variação anatómica


Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é
encontrado na maioria dos casos.

Variação anatómica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo da função. Por ex. a
artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. Este é o padrão.
Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível da axila. Como não
existe perda funcional esta é uma variação.

Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma


variação.

Se a anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção do


corpo, sendo em geral, incompatível com a vida, é uma monstruosidade.
Introdução (Cont.)

Conceito de normal e variação anatómica

Existem algumas circunstâncias que determinam variações anatómicas normais:

• Idade: os testículos no feto estão situados na cavidade abdominal, migrando


para a bolsa escrotal e nela se localizando durante a vida adulta;

• Sexo: no homem a gordura subcutânea se deposita principalmente na região


tricipital, enquanto na mulher o depósito se dá preferencialmente na região
abdominal;

• Raça: nos brancos a medula espinhal termina entre a primeira e segunda


vértebra lombar, enquanto que nos negros ela termina um pouco mais abaixo,
entre a segunda e a terceira vértebra lombar;
Introdução (Cont.)

Conceito de normal e variação anatómica

Existem algumas circunstâncias que determinam variações anatómicas normais:

• Tipo morfológico constitucional: é o principal factor das diferenças morfológicas. Os


principais tipos são:

• longilíneo: indivíduo alto e estreito, com pescoço, tórax e membros longos. Nessas
pessoas o estômago geralmente é mais alongado e as vísceras dispostas mais
verticalmente;

• brevilíneo: indivíduo baixo com pescoço, tórax e membros curtos. Aqui as vísceras
costumam estar dispostas mais horizontalmente;
• mediolíneo: características intermediárias.
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO

2.1 – Introdução
O Sistema esquelético (ou esqueleto) humano: Um conjunto de ossos, cartilagens
e ligamentos que se interligam para formar o arcabouço do corpo.

Fig. 17 – Esqueleto humano

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO

Funções:

1. Protecção (para órgãos como o coração, pulmões e sistema nervoso


central);
Fig. 18 – Esqueleto humano (função de protecção)

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO

Funções:

Fig. 19 – Esqueleto humano

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO

Funções:

3. Local de armazenamento de cálcio e fósforo (durante a gravidez a calcificação fetal


faz-se, em grande parte, pela reabsorção destes elementos armazenados no
organismo materno);
4. Sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem o
deslocamento do corpo, no todo ou em parte ;
Fig. 20 – Esqueleto humano

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO
Funções (cont.)
5. local de produção de várias células do sangue (função hematopoética)
Divisão
O sistema esquelético pode ser dividido em duas grandes porções:
1. O esqueleto axial – porção mediana, formando o eixo do corpo, composta
pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco;
2. O esqueleto apendicular – uma porção apensa ao esqueleto axial, formada
pelos membros.
Fig. 21 – Porções do esqueleto humano

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

A união entre estas duas porções faz-se por meio de cinturas:


• Cintura escapular (ou torácica) – constituída pela escápula e clavícula,
• Cintura pélvica – constituída pelos ossos do quadril.

Fig. 22 – Porções do esqueleto humano (cinturas)

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Número de ossos do ser humano


No adulto existem 206 ossos, variando de acordo com a idade (do nascimento a
senilidade há uma redução do número de ossos), factores individuais e critérios
de contagem
Quadro 2 – Número de ossos do no ser humano
Cabeça = 22 Membro Superior = 32
Crânio = 08 Cintura Escapular = 2
Face = 14 Braço = 1
Pescoço = 8 Antebraço = 2
Mão = 27
Tórax = 37
24 costelas Membro Inferior = 31
12 vértebras Cintura Pélvica = 1
1 esterno Coxa = 1
Joelho = 1
Abdômen = 7 Perna = 2
5 vértebras lombares Pé = 26
1 sacro
1 cóccix Ossículos do Ouvido Médio = 3

Fonte: Wecker (2000) http://www.auladeanatomia.com/


2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Ossos
Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se uns aos outros,
por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto.
Fig. 23 – Tecido ósseo

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Ossos (Cont.)
Tecido ósseo: É um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido
conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal
tecido de apoio do corpo.
O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo
denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue.
O osso externamente tem uma camada de tecido ósseo compacto e internamente, de
tecido ósseo esponjoso.
Fig. 25 – Estrutura
óssea
• Tecido ósseo compacto: Rígido, dá
protecção, suporte e resistência às
forças produzidas pelo peso e
movimento do corpo. É encontrado
geralmente nas diáfises.

• Tecido ósseo esponjoso: constitui a


maior parte do tecido ósseo dos
ossos curtos, laminares e irregulares.
Nos ossos longos, a maior parte deste
tecido é encontrada nas epifises.
Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Ossos
Os ossos são revestidos externa e internamente por membranas:
• Membrana externa – periósteo.
• Membrana interna – endósteo.
• Ambas as membranas são vascularizadas, importantes na nutrição e oxigenação
das células do tecido ósseo e como fonte de osteoblastos para o crescimento dos
ossos e reparação das fraturas.

Fig. 26 – Estrutura óssea

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Ossos
• Nas regiões articulares encontramos as cartilagens fibrosas. Por ser uma estrutura
inervada e irrigada, os ossos apresentam grande sensibilidade e capacidade de
regeneração.
• No interior dos ossos está a medula óssea, que pode ser: vermelha, formadora de células
do sangue e plaquetas (tecido reticular ou hematopoiético; amarela, constituída por
tecido adiposo (não produz células do sangue).

Fig. 26 – Estrutura óssea

Fonte: http://www.google.pt/imgres
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Classificação dos ossos:

Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:

1. Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos


por um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises.
Fig. 27 – Osso longo
• Diáfise: Haste longa do osso,
constituída principalmente por tecido
ósseo compacto, proporcionando,
considerável resistência ao osso longo;
• Epífise: Extremidades de um osso
longo. Articula o osso, ou o une, a um
outro, numa articulação. Cada epífise
consiste de uma fina camada de osso
compacto que reveste o osso
esponjoso, e recoberta por cartilagem.
• Metáfise: parte dilatada da diáfise mais
próxima da epífise.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Classificação dos ossos (cont.):

• Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos


praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso
esponjoso, excepto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo
compacto.
Fig. 28 – Osso curtos

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Classificação dos ossos (cont.) :

• Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas lâminas
paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre
elas. Os ossos planos garantem considerável protecção e geram grandes
áreas para inserção de músculos.
Fig. 29 – Osso laminar (parietal)

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Classificação dos ossos (cont.):


Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermédios, que
podem ser distribuído em 5 grupos:

• Ossos Alongados – São ossos longos, porém Fig. 30 – costela


achatados e não apresentam canal central. Ex. as
costelas

• Ossos Pneumáticos – São ossos ocos, com cavidades Fig. 31 – Esfenóide.


cheias de ar e revestidas por mucosa (seios),
apresentando pequeno peso em relação ao seu volume.

Fig. 32 – Vértebra
• Ossos Irregulares – Apresentam
formas complexas e não podem ser
agrupados em nenhuma das categorias
anteriores. Eles tem quantidades
variáveis de osso esponjoso e de osso
compacto.
Fonte: http://www.auladeanatomia.com
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

Classificação dos ossos (cont.):

• Ossos Sesamóides – Presentes no interior de alguns Fig. 33 – Osso sesamóide


tendões em que há considerável fricção, tensão e (patela
stress físico, como as palmas das mãos e plantas
dos pés. Eles podem variar de tamanho e número,
de pessoa para pessoa, não são sempre
completamente ossificados, normalmente, medem
apenas alguns milímetros de diâmetro. Excepções
notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos
sesamóides, presentes em quase todos os seres
humanos. Fig. 34 – Suturas do crânio

• Ossos Suturais – São pequenos ossos localizados


dentro de articulações, chamadas de suturas,
entre alguns ossos do crânio. Seu número varia
de pessoa para pessoa.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
2 - SISTEMA ESQUELÉTICO (Cont.)

2.2 – Ossos da Cabeça


A cabeça do ser humano pode ser basicamente dividida em duas partes:
1. O crânio – a parte superior e posterior da cabeça, composto por oito ossos
soldados entre si, de modo a formarem uma cavidade na qual fica alojado o
encéfalo;
2. A face – a parte anterior e inferior da cabeça, composta por 14 ossos.
Fig. 35 – Ossos da Cabeça

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
2.2 – Ossos da Cabeça (Cont.)

Ossos do crânio

O crânio é formado por oito ossos diferentes, que apenas ficam firmemente
unidos entre si a partir dos 2 ou 3 anos de vida, formando em conjunto uma
cavidade que alberga o encéfalo e na qual é possível diferenciar várias partes:
• A abóbada craniana – região lateral;
• A base – articulada com a coluna vertebral.

Fig. 36 – Ossos do crânio

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ossos do crânio

Os ossos do crânio são laminares, formados por uma lâmina externa de osso
cortical de superfície lisa e por uma lâmina interna igualmente de osso cortical,
mas de superfície rugosa

Frontal
Fig 37 – Frontal
O osso frontal é um osso largo ou
chato, situado para frente e para
cima e apresenta duas porções: uma
vertical, a escama, e uma horizontal,
os tectos das cavidades orbitais e
nasais.

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Ossos do crânio Fig 38 – Frontal

Escama: esta porção apresenta:


• Face externa, convexa onde encontramos as
seguintes estruturas:
• Borda Supra-Orbital;
• Tuberosidade frontal -acima da borda
supra-orbital
• Arcos Superciliares - saliências que se
estendem lateralmente à glabela
• Glabela - entre os dois arcos superciliares
• Incisura ou Forame Supra-Orbital -
passagem de vasos e nervos supra-
orbitais
• Incisura Nasal - intervalo áspero e
irregular
• Espinha Nasal - localiza-se anteriormente
e no centro da incisura nasal
• Face interna, côncava, onde encontramos:
• Crista Frontal;
• Forame Cego - localiza-se na terminação
da crista frontal e é nele que a dura
máter se insere
Fonte: http://www.google.pt/imgres
Ossos do crânio

Tectos das Cavidades Orbitais e Nasais: Esta porção forma o tecto das órbitas, a incisura
etmoidal (separa as duas lâminas orbitais) e os óstios do seio frontal (anteriores a incisura
etmoidal). Este seio torna o frontal um osso com características de osso pneumático, oco.
Fig 39 – Frontal

O frontal articula-se com os ossos:


esfenóide, etmóide, parietais (2), nasais (2),
maxilares (2), lacrimais (2) e zigomáticos (2).

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Ossos do crânio Fig. 40 –Etmóide

Etmóide

É um osso leve, esponjoso, irregular, ímpar e


situa-se na parte anterior da base do crânio.
Apresenta 4 partes:
• 1 lâmina horizontal (crivosa),
• 1 lâmina perpendicular e
• 2 massas laterais (labirintos)

O osso etmóide articula-se com os ossos:


frontal, esfenoide; nasal; lacrimais;
maxilares; palatinos; conchas nasais
inferiores e o vômer .

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ossos do crânio Fig. 41- esfenóide

Esfenóide

É um osso irregular, ímpar e situa-se na base do crânio


anteriormente aos temporais e à porção basilar do
osso occipital.
O osso esfenóide é dividido em:
• 1 corpo
• 2 asas menores;
• 2 asas maiores;
• 2 processos pterigóideos

Fonte:
http://www.google.pt/imgres
Ossos do crânio Fig. 42 - parietal

Parietal
O parietal forma o tecto do crânio. É um
osso par, chato e apresenta 2 faces, 4
bordos e 4 ângulos.
• Das faces temos: A face externa que
é convexa, lisa e lateral; A face
interna que é côncava e medial
apresentando sulcos anteriores que
correspondem aos ramos da artéria
meníngea média
• Dos Bordas encontramos: O borda
superior/sagital/parietal ; o bordo
anterior/frontal/coronal; bordo
posterior/occipital/lambdóidea;
bordo Inferior/escamosa/temporal.
• Dos ângulos temos: ângulo frontal;
ângulo esfenoidal; ângulo
mastóideo; ângulo Occipital.
Fonte: http://www.google.pt/imgres
Temporal
Fig. 42 - Temporal
É um osso par, muito complexo, é importante porque no seu
interior encontra-se o aparelho auditivo. Divide-se em 3 partes:
Escamosa, Timpânica e Petrosa.
Na parte escamosa encontra-se:
• Processo Zigomático - longo arco que se projecta da
parte inferior da escama
• Fossa Mandibular - articula-se com o côndilo da
mandíbula
Na parte timpânica temos:
• Meato Acústico Externo
Na parte Petrosa (Pirâmide) temos:
• Processo Estilóide - espinha aguda localizada na face
inferior do osso temporal
• Processo Mastóide - projecção crónica que pode variar
de tamanho e forma
• Meato Acústico Interno - dá passagem ao nervo facial,
acústico e intermediário e ao ramo auditivo interno da Fonte: http://www.google.pt/imgres
artéria basilar
• Forame estilomastóide - localiza-se entre o processo mastóide e estilóide
• Canal Carótico - dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo nervoso carótido
• Fossa Jugular - aloja o bulbo da veia jugular interna
• O osso temporal articula-se com 5 ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenóide e
Ossos do crânio Fig. 42 - parietal

Occipital
O osso occipital está localizado na parte
posterior do crânio e articula-se com os
ossos parietais, temporais e esfenóide,
bem como com a primeira vértebra cervical
- o atlas. É dividido em quatro partes: uma
basilar, uma escamosa e duas laterais. Este
ossos é perfurado por uma abertura
grande e oval, o forame magno, através do
qual a cavidade craniana comunica-se com
o canal vertebral.
A porção escamosa é uma lâmina curvada
que se estende posteriormente ao forame
occipital e nela encontramos:
Face Externa: Localiza-se posteriormente e
é convexa. Apresenta as seguintes
estruturas:
Protuberância Occipital Externa ; Crista
Occipital Externa

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Ossos da Face
Mandíbula
É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior.
Consiste de uma porção horizontal – o corpo, e duas porções perpendiculares – os ramos,
que se unem ao corpo em um ângulo quase recto.
Corpo: apresenta uma face externa e uma interna.
Fig. 43 – Mandíbula (vista anterior)
Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ossos da Face
Mandíbula (cont.)
A Face Externa apresenta:
• Protuberância Mentoniana - eminência
triangular;
• Forames Mentonianos - depressões
para a passagem de vasos e nervo
mentoniano; Fig. 44 – Mandíbula (vista anterior)

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Mandíbula (cont.)

A Face Interna apresenta:


• Espinha Mentoniana;
• Fossa Digástrica - pouco abaixo das
espinhas mentais; Fig. 45 – Mandíbula (vista posterior)
• Fossa Sublingual - acima da linha milo-
hióidea;
• Fossa Submandibular - abaixo da linha
milo-hióidea;
• Linha Milo-hióidea (Oblíqua Interna).
O corpo da mandíbula apresenta um
bordo superior ou alveolar que recebe os
16 dentes da arcada dentária inferior.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ossos da Face
Ramos: Apresentam duas faces, quatro bordos e
dois processos:
Face Lateral - apresenta cristas oblíquas para
inserção do músculo masseter
Face Medial - apresenta as seguintes estruturas:
• Forame Mandibular - passagem de vasos e Fig. 46 – Mandíbula (vista medial)
nervo alveolares inferiores;
• Sulco Milo-Hióideo;
• Língula da Mandíbula - crista proeminente
acima do sulco milo-hióideo
Bordo Inferior - encontra-se o ângulo da
mandíbula
Bordo Posterior - é recoberta pela glândula
parótida
Bordo Anterior - continua-se com a linha oblíqua
Bordo Superior - possui dois processos muito
importantes: Processo Coronóide e Processo
Condilar (articula-se com o disco articular da
articulação temporomandibular - ATM). Entre
estes dois processos encontra-mos a incisura da
mandíbula.
A mandíbula articula-se com dois ossos: os dois
Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Temporais.
Vómer

É um osso ímpar. Forma as porções posteriores e inferiores do septo nasal. O osso


vómer articula-se com o esfenóide, etmóide, os dois maxilares e os dois palatinos.

Fig. 47 – Vómer

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Zigomático

Forma parte da parede lateral e soalho da órbita. É um osso par e irregular. Apresenta as
seguintes estruturas: faces malar, orbital, temporal; processos frontal, temporal e
maxilar e quatro bordos.
Fig. 48 – Zigomático
• Face Malar - convexa; possui um forame
(forame zigomaticofacial) que serve para
passagem de nervo e vasos
zigomaticofaciais;
• Face Temporal – côncava;
• Face Orbital - forma parte do soalho e
parede lateral da órbita;
• Processo Frontal - articula-se com o
frontal;
• Processo Maxilar - articula-se com a
maxila;
• Processo Temporal - articula-se com o
temporal

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Maxila
É um osso plano e irregular. Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade bucal, o soalho e a
parede lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar. Cada osso apresenta um corpo e
quatro processos:
Fig. 49 – maxila
• Processo frontal - lâmina que parte do
limite lateral do nariz;
• Proces. zigomático - eminência triangular e
áspera localizada no ângulo de separação
das faces anterior, infratemporal e orbital;
• Procs. alveolar - cavidades profundas para
recepção dos dentes;
• Proces. palatino - horizontal e projecta-se
medialmente da face nasal do osso
A maxila articula-se com frontal, etmóide, nasal,
zigomático, concha nasal inferior, lacrimal,
palatino, vômer e maxila do lado oposto

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Palatino

Forma a parte posterior do palato duro, parte do soalho e parede lateral da cavidade nasal
e o soalho da órbita.

Fig. 50 – Palatino

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Palatino (cont.)

É formado por uma parte vertical e uma horizontal e apresenta 3 processos: piramidal,
orbital e esfenoidal.

Fig. 51 – Palatino

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Nasal

Forma, com o nasal do lado oposto, o dorso do nariz. O osso nasal articula-se com: frontal,
etmóide, maxila e nasal do lado oposto.

Fig. 52 – Nasal

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Lacrimal

Localiza-se na parte medial da órbita. É o menor e o mais frágil osso da face. O osso lacrimal
articula-se com 4 ossos: frontal, etmóide, maxila e concha nasal inferior.

Fig. 53 - Lacrimal

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Concha nasal inferior

Localiza-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal. Articula-se com o


etmóide, maxila, lacrimal e palatino.

Fig. 54 – ossos da face

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2.3 – Ossos do Tórax

O Tórax é uma caixa osteocartilagínea que contém os principais órgãos da


respiração e circulação e cobre parte dos órgãos abdominais. A face dorsal é
formada pelas doze vértebras torácicas, e a parte dorsal das doze costelas. A face
ventral é constituída pelo esterno e cartilagens costais. As faces laterais são
compostas pelas costelas e separadas umas das outras pelos onze espaços
intercostais, ocupados pelos músculos e membranas intercostais.
Fig. 55 – Tórax - Vistas Anterior e Posterior

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Costelas
As costelas são ossos alongados, em forma de semi-arco, ligando as vértebras
torácicas ao esterno, e encontram-se em número de 12 pares.
As costelas apresentam uma extremidade posterior, uma anterior e um corpo
Na extremidade posterior encontram-se:
Fig. 56– Costela
• Cabeça da Costela - Parte da costela que articula-se
com a coluna vertebral (vértebras torácicas)
• Fóvea da Cabeça da Costela
• Colo da Costela - Porção achatada que se estende
lateralmente à cabeça
• Tubérculo da Costela - Eminência na face posterior
da junção do colo com o corpo
• Fóvea do Tubérculo da Costela
• Ângulo Costal
No Corpo (Diáfise) encontram-se:
• Uma Face Externa
• Uma Face Interna
• Um Bordo Superior
• Um Bordo Inferior com um Sulco Costal onde passam
duas veias, uma artéria e um nervo.
A extremidade anterior prolonga-se com uma
cartilagem costal com a qual se articula com o esterno,
com excepção da 11ª e 12ª costelas. http://www.auladeanatomia.com
Costelas (cont.)

As costelas são classificadas em:


• 7 Pares Verdadeiras: Articulam se directamente com o esterno;
• 3 Pares Falsas: Articulam-se indirectamente com o esterno (na cartilagem costal
imediatamente acima)
• 2 Pares Flutuantes: São livres (não se articulam a frente)
Fig. 56 – Tórax

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Esterno
É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoético. Apresenta 3
partes: manúbrio, corpo e processo xifóide.
Fig. 57 – Esterno
• O Manúbrio apresenta uma face
anterior (externa ou peitoral) e uma
face posterior (interna). No bordo
superior encontra-se a incisura
Jugular e as incisuras claviculares
direita e esquerda. No bordo lateral
apresenta uma incisura costal para a
1ª cartilagem costal e incisura para
metade de cartilagem costal da 2ª
costela ; no bordo Inferior articula-se
com o corpo e apresenta um ângulo
esternal entre o manúbrio e o corpo.

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Esterno
É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoético. Apresenta 3
partes: manúbrio, corpo e processo xifóide.
Fig. 57 – Esterno
O Corpo apresenta uma face externa
(anterior ou peitoral) plana; uma face
interna (posterior ou pleural) côncava;
um bordo superior que articula-se com o
manúbrio; um bordo inferior que se
articula com o processo xifóide; um
bordo Lateral com uma incisura para
metade da cartilagem costal da 2ª
cartilagem costal e incisuras costais para
3ª a 7ª cartilagem costal.
O Processo Xifóide é fino e alongado. É a
menor das três porções.
O esterno articula-se com as clavículas e
as cartilagens das sete primeiras costelas.

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2.4 – Ossos da coluna vertebral

A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a


pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por
tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão
sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral.
Fig. 58 – Coluna vertebral (vista em diferentes posições)

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Vértebras
As vértebras podem ser estudadas sob três aspectos: características gerais, regionais e
individuais.

Características gerais das vértebras


As características gerais das vértebras são encontradas em quase todas elas (com excepção
da 1ª e da 2ª vértebras cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com os
demais ossos do esqueleto.
Fig. 59 - Vértebra
Todas as vértebras apresentam
7 elementos básicos:

1. Corpo: É a maior parte da


vértebra, único e mediano,
voltado para frente, sendo
representado por um segmento
cilindrico, com uma face
superior e outra inferior. Tem a
função de sustentação;
2. Processo Espinhoso: É a parte
do arco ósseo que se situa
medial e posteriormente. Tem a
função de movimentação;
Fonte: http://www.google.pt/imgres
Vértebras (cont.)

3. Processo Transverso: São 2 prolongamentos laterais, direito e esquerdo, que se


projectam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a
lâmina. Tem a função de movimentação.
4. Processos Articulares: São em número
de quatro, dois superiores e dois Fig. 59 - Vértebra
inferiores. São saliências que se
destinam à articulação das vértebras
entre si.
5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita
e outra esquerda, que ligam ao
processo espinhoso e aos processos
transversos.
6. Pedículos: São partes mais estreitadas,
que ligam o processo transverso ao
corpo vertebral.
7. Forame Vertebral: Situado
posteriormente ao corpo e limitado
lateral e posteriormente pelo arco
ósseo.
Fonte: http://www.google.pt/imgres
Vértebras (cont.)

Características regionais
As características regionais das vértebras permitem diferenciar a cada região da
coluna vertebral. Existem vários elementos que diferenciam as vértebras em cada
região da coluna vertebral:
I. Vértebras Cervicais: Possuem um Fig. 60 – Vértebra cervical
corpo pequeno excepto a primeira
e a segunda vértebra. Em geral
apresentam o processo espinhal
bifurcado e horizontalizado e seus
processos transversos possuem
forames transversos (que dão
passagem às artérias e veias
vertebrais).

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Vértebras (cont.)

Características regionais

II. Vértebra Torácica: O processo Fig. 61 – Vértebra torácicas


espinhoso não é bifurcado e se
apresenta descendente e pontiagudo.
As vértebras torácicas se articulam
com as costelas, sendo que as
superfícies articulares dessas
vértebras são chamadas fóveas e
hemifóveas. As fóveas podem estar
localizadas no corpo vertebral,
pedículo ou nos processos
transversos.

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Vértebras (cont.)

Características regionais

III. Vértebra Lombar: Os corpos vertebrais Fig. 61 – Vértebra lombar


são maiores. O processo espinhal não
é bifurcado, além de estar disposto em
posição horizontal. Apresenta o
forame vertebral em forma triangular.
Tem um processo transverso bem
desenvolvido chamado apêndice
costiforme. Pode ser diferenciado
também por não apresentar forame
no processo transverso e nem a fóvea
costal.

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Vértebras (cont.)

Características individuais

I. Atlas (1ª vértebra cervical): A principal distinção desta vértebra das outras é o
facto de não possuir corpo.

Fig. 62 – Atlas (Vista Superior) Fig. 62 – Atlas (Vista inferior)

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Vértebras (cont.)

Características individuais
II. Áxis (2ª vértebra cervical): Apresenta um processo ósseo forte denominado
Dente (Processo Odontóide) que se localiza superiormente e articula-se com o
arco anterior do Atlas.
Fig. 63 – Áxis - (Vista posterior) Fig. 63 – Áxis - (Vista anterior)

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Vértebras (cont.)

Características individuais

III. 7ª Vértebra cervical (Vértebra Proeminente): apresenta um processo


espinhoso longo e proeminente.

Fig. 64 - C7 - Vista Superior

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Vértebras (cont.)

Características individuais

IV. 12ª Vértebra Torácica: Única vértebra torácica com os processos articulares
inferiores lateralizados.

Fig. 65 - T12 - Vista Lateral

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Vértebras (cont.)

Sacro
O sacro é um osso que resulta na fusão de 5 vértebras, apresenta a forma de uma pirâmide
quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para baixo. Articula-se
superiormente com a 5ª vértebra lombar e inferiormente com o cóccix.
Fig. 66 - Sacro
Apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma
posterior.
Nas faces laterais encontra-se as faces auriculares
que servem de ponto de articulação com o osso do
quadril (Ilíaco).
A face anterior (ilíaca) é côncava e apresenta quatro
cristas transversais, que correspondem aos discos
intervertebrais soldados. Possui quatro forames
sacrais anteriores.

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Vértebras (cont.)
Sacro
A face posterior (dorsal) é convexa e apresenta:
• Uma crista sacral mediana com três ou quatro processos
espinhosos
• Crista sacral lateral formada por tubérculos que
representam os processos transversos das vértebras sacrais. Fig. 66 - Sacro
• Crista sacral intermédia - tubérculos produzidos pela fusão
dos processos articulares
• Forames sacrais posteriores - lateralmente à crista
intermédia
• Hiato Sacral - abertura ampla formada pela separação das
lâminas da quinta vértebra sacral com a linha mediana
posterior.
• Cornos Sacrais - tubérculos que representam processos
articulares posterior da quinta vértebra sacral
A base apresenta:
• Promontório
• Asas Sacrais
• Processos Articulares Superiores Direito e Esquerdo -
articulam-se com a quinta vértebra lombar.
• Canal Sacral - canal vertebral do sacro.
O ápice articula-se com o cóccix. http://www.auladeanatomia.com
Vértebras (cont.)

Cóccix
Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para
baixo.
O cóccix apresenta algumas estruturas:
• Cornos Coccígeos
• Processos Transversos Rudimentares
• Processos Articulares Rudimentar

Fig. 67 - Cóccix

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A Coluna vertebral no seu conjunto

A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e, junto com a


cabeça, esterno e costelas, constituem o esqueleto axial.
Fig. 68- Coluna vertebral

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
A Coluna vertebral no seu conjunto (cont)

Superiormente, a coluna vertebral se articula com o occipital (crânio) e


inferiormente com o osso do quadril (ilíaco).
A coluna vertebral é dividida em Fig. 69 – Regiões e Vértebras da Coluna Vertebral
quatro regiões: Cervical, Torácica,
Lombar e Sacro-Coccígea.

• Região Cervical – 7 vértebras;


• Região Torácica – 12 vértebras;
• Região Lombar – 5 vértebras
• Região Sacro-coccígea – 5
vértebras sacrais e cerca de 4
vértebras coccígeas

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
A Coluna vertebral no seu conjunto (cont)
Numa vista lateral, a coluna vertebral apresenta várias curvaturas consideradas
fisiológicas:
• Curvatura cervical (convexa para Fig. 70 – Coluna Vertebral – Curvaturas
frente - lordose);
• Curvatura torácica (côncava para
frente - cifose);
• Curvatura lombar (convexa para
frente - lordose):
• Curvatura pélvica (côncava para
frente - cifose).
Quando uma destas curvaturas está
aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE
(Região dorsal e pélvica) ou
HIPERLORDOSE (Região cervical e
lombar).
Numa vista anterior ou posterior, a
coluna vertebral não apresenta
nenhuma curvatura. Quando ocorre
alguma curvatura neste plano
chamamos de ESCOLIOSE. Fonte: http://www.auladeanatomia.com
A Coluna vertebral no seu conjunto (cont)

Fig. 71 – canal vertebral


Funções da Coluna Vertebral:
1. Protege a medula espinhal e os nervos
espinhais;
2. Suporta o peso do corpo;
3. Fornece um eixo parcialmente rígido e
flexível para o corpo;
4. Exerce um papel importante na
postura e locomoção;
5. Serve de ponto de fixação para as
costelas, a cintura pélvica e os
músculos do dorso;
6. Proporciona flexibilidade para o corpo,
podendo flectir-se para frente, para
trás e para os lados e ainda girar sobre
seu eixo maior.
Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Numa vista superior da coluna vertebral (Fig. 71), podemos observar o canal
vertebral. Ele é formado pela junção das vértebras e serve para dar protecção à
medula espinhal.
2.5 – Ossos do membro superior
Os ossos do membro superior podem ser divididos em quatro segmentos:
1. Cintura Escapular – Formada pela Clavícula e Escápula;
2. Braço – constituído pelo Úmero;
3. Antebraço – formado por Rádio e Ulna;
4. Mão – composta pelos ossos da mão
Fig. 72 –Membro Superior

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ossos do membro superior (cont.)
Clavícula
A clavícula forma a porção anterior da cintura escapular. É um osso longo
curvado como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da
primeira costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e
lateralmente com o acrômio da escápula. Tem duas extremidades, duas faces e
dois bordos.
Na diáfise apresenta: um bordo anterior; um posterior; uma face superior
convexa; uma inferior, plana e que apresenta o sulco subclávio.
Das epífises temos:
Uma epífise medial - esternal e mais volumosa; e uma epífise lateral - acromial
e mais achatada
Fig. 73 – Clavícula

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ossos do membro superior (cont.)

Escápula
É um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma a
parte dorsal da cintura escapular. Tem a forma triangular apresentando duas faces,
três bordos e três ângulos.
. Fig. 74 – Escápula

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Escápula (cont.)

Na face dorsal, temos: Fig. 74 – Escápula


• Espinha da escápula -
separa as fossas supra
e infra-espinhal;
• Acrômio - Localiza-se
na extremidade da
espinha;
• Fossa Supra-Espinhosa
– é côncava e lisa,
localizada acima da
espinha;
• Fossa Infra-espinhosa -
é côncava e localiza-se
abaixo da espinha.

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Escápula (cont.)

Na face costal, encontramos: Fig. 74 – Escápula


• Fossa subscapular;

No bordo superior, temos:


• Incisura escapular – uma
incisura semi-circular
localizada na porção
lateral e é formada pela
base do processo
coracóide;
• Processo coracóide é um
processo curvo e espesso
próximo ao colo da
escápula

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Escápula (cont.) Fig. 74 – Escápula

A escápula apresenta ainda:


• Bordo Lateral;
• Bordo Medial;
• Ângulo Inferior - Espesso e
áspero
• Ângulo superior - Fino, liso e
arredondado ;
• Ângulo lateral - É ampliado em
um processo espesso. Entra na
articulação do ombro;
• Cavidade Glenóide - uma
escavação da escápula que se
articula com o úmero.
• Tubérculo Supra-Glenoidal -
Localiza-se acima da cavidade
glenóide;
• Tubérculo Infra-Glenoidal -
Localiza-se abaixo da cavidade
glenóide
Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Úmero

É o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na


articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta
duas epífises e uma diafíse.
Fig. 75 – Úmero

Na epífise proximal encontramos:


• Cabeça do úmero - articula-se com a
cavidade glenóide da escápula;
• Tubérculo Maior - Situa-se lateralmente
à cabeça e ao tubérculo menor;
• Tubérculo menor - Projeta-se
medialmente logo abaixo do colo
anatómico;
• Colo Anatômico - Forma um ângulo
obtuso com o corpo;
• Colo Cirúrgico
• Sulco Intertubercular - Sulco profundo
que separa os dois tubérculos

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Úmero (cont.)

Na epífise distal, temos: Fig. 75 – Úmero


• Tróclea - Semelhante a um carretel.
Articula-se com a ulna;
• Capítulo - Eminência lisa e
arredondata. Articula-se com o rádio;
• Epicôndilo Medial - Localiza-se
medialmente à tróclea;
• Epicôndilo Lateral - Pequena
eminência tuberculada. Localizado
lateralmente ao capítulo;
• Fossa Coronóide - Pequena depressão
que recebe processo coronóide da
ulna na flexão do antebraço;
• Fossa Radial - Pequena depressão;
• Fossa do Olécrana - Depressão
triangular profunda que recebe o
olécrano na extensão do antebraço;
• Sulco do Nervo Ulnar - Depressão
localizada inferiormente ao epicôndilo
medial. Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Úmero (cont.)

Fig. 75 – Úmero

Na Diáfise, temos:
• Tuberosidade Deltoídea - Elevação
triangular áspera para inserção do
músculo deltóide;
• Sulco do Nervo Radial - Depressão
oblíqua ampla e rasa

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Rádio

É o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço. Articula-se
proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e a ulna.
Apresenta duas epífises e uma diáfise. Fig. 76 – Rádio

Na epífise proximal encontramos:


• Cabeça - É cilíndrica e articula-se com o
capítulo do úmero;
• Cavidade Glenóide - Articula-se com o capítulo
(úmero);
• Colo do Rádio - Porção arredondada, lisa e
estrangulada localizada abaixo da cabeça;
• Tuberosidade Radial - Eminência localizada
medialmente, na qual o tendão do bíceps se
insere.
Epífise distal, temos:
• Incisura ulnar - Face articular para a ulna;
• Incisura cárpica - É côncava, lisa e articula-se
com o osso escafóide e semilunar;
• Processo estilóide - Projeção cônica

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Rádio Fig. 76 – Rádio

A diáfise apresenta: Três bordos e


três faces.
Bordos:
• Bordo Interóssea;
• Bordo Anterior;
• Bordo Dorsal
Faces:
• Face Anterior;
• Face Dorsal;
• Face Lateral

O rádio articula-se com quatro ossos:


o úmero, a ulna, o escafóide e o
semilunar

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ulna

É o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e o rádio e


distalmente apenas com o rádio. É um osso longo e apresenta duas epífises e uma
diáfise. Fig. 77 – Ulna

Na epífise proximal apresenta:


• Olécrano - Eminência grande que
forma a ponta do cotovelo;
• Incisura Troclear - Grande
depressão formada pelo olécrano
e o processo coronóide e serve
para articulação com a tróclea do
úmero ;
• Processo Coronóide - Projeta-se
da parte anterior e proximal do
corpo da ulna;
• Incisura Radial - Articula-se com a
cabeça do rádio;
• Tuberosidade ulnar

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ulna (cont.) Fig. 77 – Ulna

Na epífise distal encontramos:


• Cabeça da Ulna - Eminência
articular arredondada
localizada lateralmente;
• Processo Estilóide -
Localizado mais
medialmente e é mais
saliente (não articular)
Na diáfise temos: Três bordos
e três faces.
Bordos:
• Bordo Interósseo;
• Bordo anterior;
• Bordo dorsal
Faces:
• Anterior;
• Dorsal;
• Medial
A ulna articula-se com dois
ossos: o úmero e o rádio. Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Mão

A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges Fig. 78 – Ossos da mão

Ossos do Carpo:
São oito ossos distribuídos em duas
fileiras: proximal e distal.
• Na fileira proximal temos:
Escáfoide, Semilunar, Piramidal e
Pisiforme
Na fileira distal encontramos:
Trapézio, Trapezóide, Capitato e
Hamato
Ossos do Metacarpo
O metacarpo é contituído por 5 ossos
metacarpianos que são numerados no
sentido látero-medial em I, II, III, IV e
V, e correspondem aos dedos da mão.
São considerados ossos longos e
apresentam uma epífise proximal que
é a base, uma diáfise (corpo) e uma
epífise distal que é a cabeça. Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Mão (cont.)

Fig. 78 – Ossos da mão

Ossos dos Dedos da Mão

Falanges

Os dedos da mão apresentam 14


falanges:
Do 2º ao 5º dedos, temos as
seguintes falanges:
• 1ª falange (Proximal);
• 2ª falange (Média);
• 3ª falange (Distal)
O dedo polegar apresenta as
seguintes falanges:
• 1ª falange (Proximal);
• 2ª falange (Distal)

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
2.6 – Ossos do membro inferior

O membro inferior é especializado para sustentar o peso do corpo e a locomoção


(capacidade de mover-se de um lugar para outro) e manter o equilíbrio (condição de
estar uniformemente balanceado). Os membros inferior estão ligados ao tronco pela
cintura pélvica (ossos do quadril e sacro).
Fig. 78 – Ossos do membro inferior

Os ossos do membro inferior


podem ser divididos em quatro
segmentos:
1. Cintura Pélvica – formada
pelo osso Ilíaco (Osso do
Quadril);
2. Coxa - Fémur e Patela;
3. Perna - Tíbia e Fíbula;
4. Pé - Ossos do Pé

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ilíaco (osso do quadril)
A base do esqueleto do membro inferior é formada pelos dois ossos do quadril, que
são unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. A cintura do membro inferior e o sacro
juntos formam a PELVE ÓSSEA ou BACIA
Fig. 79 – Osso ilíaco

O Ilíaco é um osso plano, chato,


irregular, par e constituído pela fusão
de três ossos:
• Ílio – a porção superiores;
• Ísquio – a porção inferior e
posterior (mais resistente);
• Púbis – a porção inferior e anterior

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ilíaco (osso do quadril – cont.)
O osso apresenta duas faces, quatro bordos e quatro ângulos
Das faces, temos:
• A face externa, onde encontramos:
• Asa Ilíaca - linha glútea
posterior, linha glútea anterior
e linha glútea inferior;
• Cavidade do acetábulo - grande
cavidade articular constituída
pela união dos três ossos do
quadril: ílio, ísquio e púbis;
• OForame Obturatório - grande
abertura arredondada
localizada entre o ísquio e o
púbis
• Face Interna, onde se encontra:
• Fossa Ilíaca - face grande, lisa e
côncava;
• Face Auricular;
• Linha Arqueada - divide o ílio
em corpo e asa Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ilíaco (osso do quadril – cont.)

Dos Bordos, temos:


Fig. 78 – Ossos do membro inferior
• Bordo Superior, que apresenta:
• A crista ilíaca;
• Bordo anterior, que apresenta:
• A espinha ilíaca ântero-superior;
• A espinha ilíaca ântero-inferior;
• A eminência iliopectínea - ponto
de união do ílio com o púbis
• Bordo posterior, onde encontramos:
• A espinha ilíaca póstero-superior;
• A espinha Ilíaca póstero-Inferior;
• A incisura isquiática maior -
superior à espinha isquiática;
• A espinha isquiática - eminência
triangular fina e pontiaguda;
• A incisura isquiática menor -
inferior à espinha isquiática;
• A tuberosidade Isquiática - grande
saliência dilatada
Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Ilíaco (osso do quadril – cont.)

Fig. 78 – Ossos do membro inferior


No bordo inferior, encontramos:
• Ramo do isquiopúbico - união do
ísquio com o púbis

• Dos ângulos, temos:


• Ângulo ântero-superior:
encontra-se a espinha ilíaca
ântero-superior;
• Ângulo póstero-superior:
encontra-se a espinha ilíaca
póstero-superior;
• Ângulo póstero-inferior: Está a
tuberosidade isquiátca;
• Angulo ântero-Inferior: Está a
Púbis
O Ilíaco articula-se com três ossos:
sacro, fêmur e o ilíaco do lado oposto.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Fémur
O fémur é o mais longo e pesado osso do corpo. Apresenta uma diáfise e duas
epífises. Articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a
patela e a tíbia.
Fig. 79 – Fémur

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Fémur (cont.)
Fig. 79 – Fémur
A epífise proximal, apresenta:
• Cabeça do Fêmur - é lisa e arredondada;
• Fôvea da Cabeça do Fêmur - localiza-se
na cabeça do fêmur ;
• Colo Anatômico - liga a cabeça com o
corpo;
• Trocanter Maior - eminência grande,
irregular e quadrilátera localizada no
bordo superior do fêmur;
• Trocanter Menor – É uma eminência
cónica localizada posteriormente na
base do colo;
• Linha Intetrocantérica - se dirige do
trocânter maior para o trocânter menor
na face anterior;
• Crista Intetrocantérica - crista
proeminente localizada na face
posterior, percorrendo numa curva
oblíqua do topo do trocânter maior para
o menor. Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Fémur (cont.) Fig. 79 – Fémur
Na epífise distal, temos:
• Face patelar - articula-se com a patela;
• Côndilo medial - articula-se com a tíbia
medialmente;
• Condilo lateral - articula-se com a tíbia
lateralmente;
• Fossa Intercondilar - localiza-se entre os
côndilos;
• Epicôndilo medial - proeminência áspera
localizada medialmente ao côndilo
medial;
• Epicôndilo lateral - proeminência áspera
localizada lateralmente ao côndilo
lateral
No corpo ou diáfise encontramos:
• Linha áspera - localiza-se na face
posterior do fémur. Distalmente, a linha
áspera se bifurca limitando a superfície
poplítea e proximalmente se trifurca
em: linha glútea, linha pectínea e linha
espiral.
O fémur articula-se com três ossos: o ilíaco,
a patela e a tíbia. Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Patela

A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação do


joelho. É um osso sesamóide e apresenta: base (larga e superior) e ápice
(pontiaguda e inferior). Articula-se somente com o fémur.
Fig. 80 – Patela

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Tibia

A tíbia localizada-se na face antero-medial da perna. Apresenta duas epífises e uma


diáfise. Articula-se proximalmente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o
tálus e a fíbula. Fig. 81 – Tibia

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Tibia (cont.) Fig. 81 – Tibia

Na epífise proximal, apresenta:


• Côndilo lateral - eminência que
articula com o côndilo lateral do
fêmur ;
• Côndilo medial - eminência que
articula com o côndilo medial do
fêmur;
• Eminência Intercondilar -
localiza-se entre os dois
côndilos;
• Tuberosidade da Tíbia - grande
elevação oblonga que se insere
o ligamento patelar;
• Fóvea Fibular - local da tíbia que
articula com a fíbula (lateral à
tuberosidade da tíbia)

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Tibia (cont.) Fig. 81 – Tibia

Na epífise proximal, apresenta:


• Côndilo lateral - eminência que
articula com o côndilo lateral do
fêmur ;
• Côndilo medial - eminência que
articula com o côndilo medial do
fêmur;
• Eminência Intercondilar -
localiza-se entre os dois
côndilos;
• Tuberosidade da Tíbia - grande
elevação oblonga que se insere
o ligamento patelar;
• Fóvea Fibular - local da tíbia que
articula com a fíbula (lateral à
tuberosidade da tíbia)

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Tibia (cont.) Fig. 81 – Tibia
Na epífise distal, encontramos:
• Maléolo Medial - processo
piramidal;
• Fossa para o Tálus - articula-se
com o tálus
• Incisura Fibular - local de
articulação com a fíbula
No Corpo, apresenta:
• Bordo Anterior - crista (mais
proeminente)
• Bordo Medial - lisa e
arredondada
• Bordo Lateral - crista interóssea
(fina e proeminente)
• Face Posterior - apresenta a
linha do músculo sóleo
• Face Lateral - mais estreita que a
medial
• Face Medial - lisa, convexa e
larga Fonte: http://www.google.pt/imgres
Fíbula
A fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para fixação de
músculos. Não possui função de sustentação de peso. Articula-se com a tíbia (proxi-
malmente e distalmente) e o tálus distalmente.
Fig. 82 – Ossos da perna
Na epífise proximal, encontramos:
• Cabeça da Fíbula - forma irregular;
• Face articular para a tíbia - face
plana que articula-se com o côndilo
lateral da tíbia.
Na epífise distal, temos:
• Maléolo Lateral-expansão distal da
fíbula;
• Face articular para o tálus
No corpo ou diáfise, temos:
• Bordo anterior - espesso e áspero;
• Bordo interósseo - crista interóssea;
• Bordo posterior - inicia no ápice e
termina no bordo posterior do
maléolo lateral
Fonte: http://www.google.pt/imgres
Fíbula

Face Medial - estreita e Fig. 82 – Ossos da perna


plana. Constitui o
intervalo entre os
bordos anterior e
interósseo;
Face Lateral - é convexa
e localiza-se entre os
bordos anterior e
posterior;
Face Posterior - entre
os bordos posterior e
interósseo

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Ossos do pé

O pé divide-se em: tarso, metatarso e falanges.


Ossos do Tarso:
Fig. 83– Ossos do pé

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Ossos do pé

Ossos do Tarso: Fig. 83– Ossos do pé


São em número de 7,
divididos em duas fileiras:
proximal e distal.
• Fileira Proximal: Calcâneo
(túber do calcâneo) e
Tálus (tróclea)
• Fileira Distal: Navicular,
Cubóide, Cuneiforme
medial, Cuneiforme
intermédio (médio) e
Cuneiforme lateral

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Ossos do pé
Metatarso: Fig. 83– Ossos do pé
É contituído por 5 ossos
metatarsianos que são numerados
no sentido medial para lateral em I,
II, III, IV e V e correspondem aos
dedos do pé, sendo o I denominado
hálux e o V mínimo. Considerados
ossos longos. Apresentam uma
epífise proximal que é a base e uma
epífise distal que é a cabeça.

Dedos do Pé
Apresentam 14 falanges:
• Do 2º ao 5º dedos:
• 1ª falange (Proximal)
• 2ª falange (Média)
• 3ª falange (Distal)
• Hálux:
• 1ª falange (Proximal) Fonte: http://www.google.pt/imgres
• 2ª falange (Distal)
3 – SISTEMA NERVOSO

3.1 – Introdução

Durante a evolução do ser vivo os primeiros neurónios surgiram na superfície


externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso
é de relacionar o animal com o ambiente.

O sistema nervoso para além de relacionar o indivíduo com o seu meio, relaciona
as diferentes partes do corpo, sendo um sistema integrador de todas as funções.

O sistema nervoso do corpo humano se encarrega em enviar, receber e processar


os impulsos nervosos. O funcionamento de todos os músculos e órgãos do corpo
depende destes impulsos.
3.1 – Introdução (cont)

Três sistemas trabalham conjuntamente para levar a cabo a missão do sistema


nervoso:
O Sistema Nervoso O Sistema Nervoso O Sistema Nervoso
central (SNC) periférico (SNP) autónomo (SNA)

Fig. 84 – Sistema nervoso Fonte: http://www.google.pt/imgres


3.1 – Introdução (cont)

O SNC é o encarregado de emitir impulsos nervosos e analisar os dados sensoriais.


Este sistema inclui o encéfalo e a medula espinal. O SNP tem a missão de
transportar os impulsos nervosos das numerosas estruturas do corpo. Este sistema
inclui o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autónomo, formados por
numerosos nervos cranianos e espinais. O sistema nervoso autónomo é composto
pelos sistemas simpáticos e parassimpático, e encarrega-se de regular e coordenar
as funções das partes vitais do corpo.
3.1 – Introdução (cont)
Fig. 84 – Sistema nervoso Fig. 85 – SNC
O SNC localiza-se
dentro do
esqueleto axial
(cavidade craniana
e canal vertebral);
o SNP está
localizado fora
deste esqueleto.
O encéfalo é a
parte do sistema
nervoso central
situado dentro do
crânio, e a medula
está localizada
dentro do canal
vertebral.

Fonte: http://www.google.pt/imgres
3.1 – Introdução (cont)

No encéfalo temos o cérebro, cerebelo e tronco encefálico.


Fig. 86 – Encéfalo

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
3.1 – Introdução (cont)

O sistema nervoso periférico divide-se em sistema nervoso da vida de relação, ou


somático e sistema nervoso da vida vegetativa ou visceral, ou autónomo.

O sistema nervoso da vida de relação é aquele que relaciona o organismo com o


meio ambiente. Apresenta uma componente aferente e outra eferente. A
componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em
receptores periféricos, informando-os sobre o que se passa no meio ambiente. A
componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos
centros nervosos resultando em movimentos voluntários.
3.1 – Introdução (cont)
O sistema nervoso visceral ou autónomo é aquele que controla as vísceras. A
componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das
vísceras para áreas especificas do sistema nervoso. A componente eferente leva os
impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Esta componente
eferente é também denominada de sistema nervoso autónomo e pode ser dividido
em sistema nervoso simpático e Sistema nervoso parassimpático.

Fig. 87 - SNA

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
3.2 – Tecido nervoso

O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os neurónios e


as células glias. O neurônio é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso
que é especializada para a comunicação rápida. Tem a função básica de receber,
processar e enviar informações. Células Glias são as células que ocupam os
espaços entre os neurónios e têm como funções sustentação, revestimento ou
isolamento e modulação da actividade neural.
Neurónios
Os neurónios são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras
células efectuadoras, “usando basicamente uma linguagem eléctrica”. A maioria dos
neurónios possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular,
dentritos e axônios. Fig. 88 - Neurónio

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Neurónios (cont.)

• O corpo celular: É o centro metabólico do neurónio, responsável pela síntese


de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são
extremamente variáveis, conforme o tipo de neurónio. O corpo celular é
também, junto com os dendritos, local de recepção de estímulos, através de
contactos sinápticos.

• Dendritos: Geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de


galhos de árvore, em ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro.
São os processos ou projecções que transmitem impulsos para os corpos
celulares dos neurónios ou para os axónios. Em geral os dendritos são não
mielinizados. Um neurónio pode apresentar milhares de dendritos. Portanto, os
dendritos são especializados em receber estímulos.
Neurónios (cont.)

• Axônios: A grande maioria dos neurónios possui um axónio, prolongamento


longo e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O
axónio apresenta comprimento muito variável, podendo ser de alguns
milímetros como mais de um metro. São os processos que transmitem impulsos
que deixam os corpos celulares dos neurónios, ou dos dendritos. A porção
terminal do axónio sofre várias ramificações para formar de centenas a
milhares de terminais axónicas, no interior dos quais são armazenados os
neurotransmissores químicos. Portanto, o axónio é especializado em gerar e
conduzir o potencial de acção.
Neurónios (cont.)

Tipos de Neurónios

São três os tipos de neurónios: sensitivo, motor e interneurónio.

Um neurónio sensitivo conduz a informação da periferia em direcção ao SNC,


sendo também chamado neurónio aferente; um neurónio motor conduz
informação do SNC em direcção à periferia, sendo conhecido como neurónio
eferente. Os neurónios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto
no SNP. Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções básicas:

• Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e


externo do corpo e as conduzem ao SNC;
• Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou
interpretada;
• Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direc-
ção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do SNC.
Neurónios (cont.)
Sinapses
Os neurónios, principalmente através de suas terminações axónicas, entram em
contacto com outros neurónios, passando-lhes informações. Os locais de tais
contactos são denominados sinapses. Ou seja, os neurônios comunicam-se uns aos
outros nas sinapses – pontos de contato entre neurônios, no qual encontramos as
vesículas sinápticas, onde estão armazenados os neurotransmissores. A
comunicação ocorre por meio de neurotransmissores – agentes químicos liberados
ou secretados por um neurônio. Os neurotransmissores mais comuns são a
acetilcolina e a norepinefrina. Outros neurotransmissores do SNC incluem a
epinefrina, a serotonina, o GABA e as endorfinas.
Fig. 89 – Sinapses dos neurónios

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Neurónios (cont.)
Fibras nervosas
Uma fibra nervosa compreende um axónio e o seu envoltório de origem glial. O
principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina (camadas de
substâncias de lipídeos e proteína), que funciona como isolamento elétrico.
Quando envolvidos por bainha de mielina, os axónios são denominados fibras
nervosas mielínicas. Na ausência de mielina as fibras são denominadas de
amielínicas. Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso central e no sistema
nervoso periférico, sendo a bainha de mielina formada por células de Schwann,
no periférico e no central por oligodendrócitos. A bainha de mielina permite
uma condução mais rápida do impulso nervoso e, ao longo dos axónios, a
condução é do tipo saltatória, ou seja, o potencial de acção só ocorre em
estruturas chamadas de nódulos de Ranvier.
Fig. 90 – Fibra nervosa

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Neurónios (cont.)

Nervos
As fibras nervosas motoras e sensitivas após saírem do tronco encefálico, da
medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, reúnem-se em feixes que se associam
às estruturas conjuntivas, constituindo os nervos espinhais e cranianos.
Fig. 91 – Nervo

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
3.3 – Sistema Nervoso Central (SNC)

O SNC divide-se em encéfalo e medula espinhal


Fig. 92 – SNC

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
3.3 – SNC. (Cont)

O encéfalo é constituído por cérebro, cerebelo, e tronco encefálico


Fig. 93 – Encéfalo

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
3.3 – SNC. (Cont)

No SNC, encontramos as substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é


formada pelos corpos dos neurónios e a branca, por seus prolongamentos. A
substância cinzenta encontra-se mais externamente e a substância branca mais
internamente, excepto no bulbo e na medula espinal.
Fig. 94 – Sustâncias branca e cinzenta

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
3.3 – SNC. (Cont)

Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana,


protegendo o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a medula espinhal -
também denominada raque) e por membranas denominadas meninges, situadas
sob a protecção esquelética: dura-máter (a camada externa), aracnóide (a do meio)
e pia-máter (a interna). Entre a aracnóide e a pia-máter há um espaço preenchido
por um líquido denominado líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor.

Fig. 95 – SNC e suas protecções

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
CÉREBRO

O cérebro é a parte mais desenvolvida e mais volumosa do encéfalo e ocupa cerca


de 80% da cavidade craniana. Pesa cerca de 1,3 kg e é uma massa de tecido cinza-
róseo. Na maioria dos animais o cérebro é bem pequeno, mas no homem ele
cresceu tanto que cobre todo o resto do encéfalo.
Fig. 96 – Cérebro

Fonte: http://www.google.pt/imgres
CÉREBRO

O cérebro é composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às
outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas
(neurónios), o cérebro contém células da glia (células de sustentação), vasos sanguíneos e
órgãos secretores.
Quando cortado, o cérebro apresenta duas substâncias diferentes: uma branca, que ocupa o
centro, e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral (fig. 94).
O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada
uma delas controla uma actividade específica.

Fig. 97 – Áreas funcionais do cérebro

Fonte: http://www.google.pt/imgres
CÉREBRO

Estruturas do Cérebro

O cérebro é formado pelo diencéfalo e telencéfalo. O diencéfalo é uma estrutura


ímpar e compreende o tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. O telencéfalo
compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena
linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.
Fig. 98 – Telencéfalo e diencéfalo

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Diencéfalo

No cérebro existem quatro estruturas anatómicas denominadas ventriculos


cerebrais e comunicam-se entre si, constituindo o sistema ventricular pelo qual
circula o líquido cefalorraquídeo.
Fig. 99 – Diencéfalo
Seccionando o cérebro no plano
sagital mediano, as paredes laterais
do III ventrículo ficam expostas.
Assim podemos visualizar uma
depressão, o sulco hipotalâmico,
que se estende do aqueduto
cerebral até ao forame
interventricular.

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Diencéfalo (cont.)

As porções da parede, situadas acima deste sulco, fazem parte do tálamo; e as


situadas abaixo, pertencem ao hipotálamo. A parede posterior do ventrículo, é
formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico
Fig. 100 – Encéfalo

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Tálamo

O tálamo tem cerca de 3cm de comprimento, compõe 80% do diencéfalo e


consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada
em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior.
Fig. 101 – Tálamo
A extremidade posterior do tálamo é
consideravelmente maior que a anterior e
apresenta uma grande eminência, o pulvinar, que
se projecta sobre os corpos geniculados lateral e
medial. O corpo geniculado medial faz parte da via
auditiva, e o lateral da via óptica, e ambos são
considerados por alguns autores como uma divisão
do diencéfalo denominada de metatálamo.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Tálamo (cont.)

A face inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo.


Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro:
• Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos;
• Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais;
• Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as
sensações somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor.

O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão
da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do
cérebro.
O tálamo classifica a informação, dando a ideia da sensação que estamos a experi-
mentar, e a direcciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma
interpretação mais precisa.

Funções do Tálamo:
• Sensibilidade;
• Motricidade;
• Comportamento Emocional;
• Activação do Córtex;
• Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.
Hipotálamo

O Hipotálamo é uma área relativamente pequena do diencéfalo, constituída


fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em núcleos, e está situada
abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à actividade
visceral.
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se Fig. 102 – Hipotálamo
dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo
do sulco hipotalâmico, que separa o
tálamo. Trata-se de uma área muito
pequena (4g) mas, apesar disso, o
hipotálamo, por suas inúmeras e variadas
funções, é uma das áreas mais importantes
do sistema nervoso.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Hipotálamo (cont.)

Funções do Hipotálamo:

• Controle do sistema nervoso autónomo;


• Regulação da temperatura corporal;
• Regulação do comportamento emocional;
• Regulação do sono e da vigília;
• Regulação da ingestão de alimentos;
• Regulação da ingestão de água;
• Regulação da diurese;
• Regulação do sistema endócrino;
Epitálamo

O Epitálamo limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já


na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal,
glândula endócrina ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico.

Fig. 103 – Epitálamo

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Subtálamo

O Subtálamo compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do


mesencéfalo. Sua visualização é melhor em cortes frontais do cérebro. Verifica-se
que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula
interna e medialmente pelo hipotálamo. O subtálamo apresenta formações de
substância branca e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico.
Lesões no núcleo subtalâmico provocam um síndrome conhecido como
hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades.
Telencéfalo

Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura


longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras
comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois
hemisférios.
Fig. 104 – Hemisférios cerebrais

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Telencéfalo (cont.)

Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo,


que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.

Fig. 105 – Ventrículos cerebrais

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Telencéfalo (cont.)

Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces:
súpero-lateral (convexa); medial (plana); e inferior ou base do cérebro (irregular),
repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e
posteriormente na tenda do cerebelo.

Fig. 106 – Hemisfério cerebral

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Telencéfalo (cont.)
Sulcos e Giros:
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta
rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a
substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se
dobra sobre si mesma. Assim, a superfície do cérebro do homem e de vários
animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou
circunvoluções cerebrais.
Fig. 107 – Sulcos e giros cerebrais
A existência dos sulcos permite
considerável aumento do volume
cerebral e sabe-se que cerca de
dois terços da área ocupada pelo
córtex cerebral estão “escondidos”
nos sulcos.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Sulcos e Giros (cont.)

Em qualquer dos hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e
o sulco central.
Fig. 107 – Sulcos e giros cerebrais
Sulco Lateral: é o sulco que separa
o lobo frontal do lobo temporal.
Sulco Central: separa o lobo
parietal do frontal. O sulco central
é ladeado por dois giros paralelos,
um anterior, giro pré-central, e
outro posterior, giro pós-central.
As áreas situadas adiante do sulco
central relacionam-se com a MO-
TRICIDADE, enquanto as situadas
atrás deste sulco relacionam-se
com a SENSIBILIDADE. Fonte: http://www.auladeanatomia.com

Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o sulco parieto-


occipital, que separa o lobo parietal do occipital.
Sulcos e Giros (cont.)

Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o sulco parieto-


occipital, que separa o lobo parietal do occipital.
Fig. 108 – Sulco parieto-occipital

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Sulcos e Giros (cont.)

Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação


aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal,
occipital e o lobo da ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso
do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.
Fig. 109 – Lobos cerebrais

Fonte: http://www.auladeanatomia.com
Corpo Caloso

Os dois hemisférios cerebrais estão ligados por uma ponte chamada corpo caloso,
situado na parte inferior de uma profunda fissura.

O Corpo Caloso é a maior das comissuras Fig. 110 – Hemisférios cerebrais e corpo caloso
inter-hemisféricas e é formado por um
grande número de fibras mielínicas que
cruzam o plano sagital mediano e
penetram de cada lado no centro branco
medular do cérebro, unindo áreas
simétricas do córtex de cada hemisfério.
Os sinais passam do lado direito para o
lado esquerdo do cérebro através do
corpo caloso.

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Cerebelo

O cerebelo encontra-se na parte posterior do encéfalo, atrás do cérebro e constitui cerca de


10% do volume do encéfalo. Como o cérebro, o cerebelo tem uma camada externa de
massa cinzenta e seu interior é constituído de massa branca.
Fig. 111 – Encéfalo

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Cerebelo (cont.)

A estrutura interna do cerebelo é diferente do restante do encéfalo. As


minúsculas células de seu córtex estão arranjadas com uma precisão quase
matemática. As células estão arrumadas em uma ordem tão regular que os
cientistas têm sido capazes de acompanhar suas conexões, que se assemelham a
um enorme diagrama de instalação eléctrica.
Fig. 112 – Organização da estrutura do cerebelo

Fonte: http://www.google.pt/imgres
Cerebelo (cont.)

O cerebelo trabalha de uma única maneira. O resto do cérebro produz sinais que
provocam reacções nas outras partes do sistema nervoso. A função do cerebelo é
reduzir ou interromper alguns desses sinais, controlando assim a coordenação e
o equilíbrio. Os sinais processados pelo cerebelo são instruções para movimentos
musculares, vindos do cérebro. Os sinais são muito fortes e, se não forem bem
ajustados no cerebelo, não seremos capazes de fazer alguns movimentos precisos
ou delicados. Seríamos, por exemplo, incapazes de pegar um copo de água sem
derramar, ou caminhar sem cambalear.
O cerebelo liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à
ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior,
respectivamente.
Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere fundamentalmente do cérebro
porque funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função
exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação).
Tronco encefálico

O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se


ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas
encefálicas localizadas superiormente.
Fig. 113 – Encéfalo

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Tronco encefálico (cont.)

A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam


informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele.
Dispersas na substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de
substância cinzenta denominadas núcleos, que exercem efeitos intensos sobre
funções como a pressão sanguínea e a respiração.
Na sua constituição entram corpos de neurónios que se agrupam em núcleos e
fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos,
fascículos ou lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que
entram na constituição dos nervos cranianos.
Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico. O
tronco encefálico divide-se em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, e a
ponte situada entre ambos.
Tronco encefálico (cont.)

Bulbo:

O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor


continua caudalmente com a medula espinhal.
Fig. 114 – Bulbo
Como não se tem uma linha que
demarca a separação entre a
medula e o bulbo, considera-se
que o limite está em um plano
horizontal que passa
imediatamente acima do
filamento radicular mais cranial
do primeiro nervo cervical, o que
corresponde ao nível do forame
occipital.

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Bulbo (cont.)

No bulbo encontramos uma eminência denominada pirâmide, formada por um feixe


compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos
neurónios motores da medula.
Este trato é chamado de trato piramidal ou trato córtico-espinhal.
Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano e
constituem a decussação das pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o
hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral
esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo
será acometido em toda sua metade esquerda.
Fig. 115 – Trocnco encefálico

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Bulbo (cont.)

No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do


ritmo respiratório.
Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vómito. A presença dos
centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão
particularmente perigosas. Por razão de sua importância em relação às funções
vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro vital. Pelo facto de essas estruturas
serem fundamentais para o organismo, uma fractura na base do crânio torna-se uma
situação séria.
O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os
narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa depressão do bulbo e morte
porque a pessoa pára de respirar.
Ponte
A Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo.
Fig. 116 -Ponte
Está situada ventralmente ao cerebelo e
repousa sobre a parte basilar do osso
occipital e o dorso da sela túrcica do
esfenóide.
Sua base situada ventralmente
apresenta uma estriação transversal em
virtude da presença de numerosos
feixes de fibras transversais que a
percorrem.
Estas fibras convergem de cada lado
para formar um volumoso feixe, o
pedúnculo cerebelar médio, que se
penetra no hemisfério cerebelar
correspondente.

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Mesencéfalo

Interpõe-se entre a ponte e o cerebelo. É atravessado por um estreito canal, o


aqueduto cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o
tecto do mesencéfalo. Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que por
sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o segmento e outra ventral, a base do
pedúnculo.

Fig. 117 - Mesencéfalo

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Medula espinhal
A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso, situada dentro do
canal vertebral sem ocupa-lo completamente.
Fig. 118 – Medula espinal
No homem adulto ela mede
aproximadamente 45 cm de comprimento
sendo um pouco menor na mulher.
Cranialmente a medula limita-se com o
bulbo, aproximadamente ao nível do
forame magno do osso occipital.
O limite caudal da medula tem
importância clinica e no adulto situa-se
geralmente em L2.
A medula termina afinando-se para
formar um cone, o cone medular, que
continua com um delgado filamento
meníngeo, o filamento terminal.

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Medula espinhal (cont.) Fig. 118 – Medula espinal

A medula apresenta forma aproximada de um


cilindro, achatada no sentido ântero-posterior.
Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta
duas dilatações denominadas de intumescência
cervical e intumescência lombar.
Estas intumescências medulares correspondem às
áreas em que fazem conexão com as grossas raízes
nervosas que formam o plexo braquial e
lombossacral, destinados à inervação dos membros
superiores e inferiores respectivamente.
A formação destas intumescências deve-se pela
maior quantidade de neurónios e, portanto, de
fibras nervosas que entram ou saem destas áreas.
A intumescência cervical estende-se dos segmentos
C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência
lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de
T11 até L1 da medula espinhal.

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Medula espinhal (cont.)

Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de


uma borboleta, ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem
nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só
aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta
localiza-se o canal central da medula.
Fig. 119 – Medula espinal

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Medula espinhal (cont.)
A superfície da medula apresenta sulcos longitudinais, que percorrem toda a sua
extensão, sendo o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral
anterior e o sulco lateral posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior
fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
As duas raízes se unem para a formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união
em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.

Fig. 119 – Medula espinal

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Medula espinhal (cont.)
Fig. 120 – Relação das Raízes Nervosas com as Vértebras
Existem 31 pares de nervos
espinhais aos quais correspondem
31 segmentos medulares assim
distribuídos: 8 cervicais, 12
torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1
coccígeo. Encontramos 8 pares de
nervos cervicais quando temos
apenas 7 vértebras cervicais, isto
porque o primeiro par de nervos
espinhais sai entre o occipital e
C1.

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Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é formado por nervos encarregados de fazer as


ligações entre o sistema nervoso central e o corpo.

Fig. 121 – Sistema nervoso

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Sistema Nervoso Periférico (cont.)
Fig. 122 – Estrutura do nerno
Nervo é a reunião de várias fibras nervosas,
que podem ser formadas de axónios ou de
dendritos.
As fibras nervosas, formadas pelos
prolongamentos dos neurónios (dendritos
ou axónios) e seus envoltórios, organizam-se
em feixes. Cada feixe forma um nervo. Cada
fibra nervosa é envolvida por uma camada
conjuntiva denominada endoneuro.
Cada feixe é envolvido por uma bainha
conjuntiva denominada perineuro. Vários
feixes agrupados paralelamente formam um
nervo. O nervo também é envolvido por
uma bainha de tecido conjuntivo chamada
epineuro. As bainhas conjuntivas conferem
grande resistência aos nervos sendo mais
espessas nos nervos superficiais, pois estes
são mais expostos aos traumatismos.

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Sistema Nervoso Periférico (cont.)

No nosso organismo existe um número muito grande de nervos, formando no seu


conjunto a rede nervosa.
Durante o seu trajecto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar.

Fig. 123 – Sistema nervoso periférico

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Sistema Nervoso Periférico (cont.)

Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC são os nervos
sensoriais (nervos aferentes ou nervos sensitivos), que são formados por
prolongamentos de neurónios sensoriais (centrípetos). Aqueles que transmitem
impulsos do SNC para os músculos ou glândulas são nervos motores ou eferentes,
feixe de axónios de neurónios motores (centrífugos). Existem ainda os nervos
mistos, formados por axónios de neurónios sensoriais e por neurónios motores.
Fig. 124 – Sistema nervoso periférico
O SNP é composto pelos nervos espinhais e
cranianos.
Os cranianos partem do encéfalo e espinhais da
medula espinhal (também são denominados de
nervos raquidianos).

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Nervos cranianos
São 12 pares de nervos cranianos e recebem uma nomenclatura específica, sendo
numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no
sentido rostrocaudal.

Par de Nervos craniano Tipo de nervo Função


I – N. OLFACTÓRIO sensitivo Percepção do olfacto.
II – N. ÓPTICO sensitivo Percepção visual.
Controlo da movimentação do globo ocular,
III – N. OCULOMOTOR motor
da pupila e do cristalino.
IV – N. TROCLEAR motor Controlo da movimentação do globo ocular.
Controlo dos movimentos da mastigação
(ramo motor);
V – N. TRIGÊMEO misto
Percepções sensoriais da face, seios da face e
dentes (ramo sensorial).
VI – N. ABDUCENTE motor Controlo da movimentação do globo ocular.
Controlo dos músculos faciais – mímica facial
(ramo motor);
VII – N. FACIAL misto
Percepção gustativa no terço anterior da
língua (ramo sensorial).
Nervos cranianos (cont.)

Par de Nervos craniano Tipo de nervo Função


Percepção postural originária do labirinto
VIII – N. VESTÍBULO- (ramo vestibular);
sensitivo
COCLEAR
Percepção auditiva (ramo coclear).
Percepção gustativa no terço posterior da
IX – N. GLOSSOFARÍNGEO misto língua, percepções sensoriais da faringe, laringe
e palato.
Percepções sensoriais da orelha, faringe,
X – N. VAGO misto laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras
torácicas e abdominais.
Controle motor da faringe, laringe, palato, dos
XI – N. ACESSÓRIO motor
músculos esternoclidomastóideo e trapézio.
Controle dos músculos da faringe, da laringe e
XII – N. HIPOGLOSSO motor
da língua.
Fig. 125 – Nervos cranianos

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Nervos cranianos (cont.)
As fibras motoras ou eferentes dos nervos cranianos originam-se de grupos de
neurónios no encéfalo, que são seus núcleos de origem e os nervos cranianos
sensitivos ou aferentes originam-se dos neurónios situados fora do encéfalo,
agrupados para formar gânglios ou situados em órgãos dos sentidos.
Fig. 126 – Raises nervosas dos nervos espinhais
Nervos espinhais
São aqueles que fazem conexão
com a medula espinhal e são
responsáveis pela inervação do
tronco, dos membros superiores e
partes da cabeça. são ao todo 31
pares, que correspondem aos 31
segmentos medulares existentes:
São 8 pares de nervos cervicais, 12
toráxicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1
coccígeo.

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Nervos espinhais

Cada nervo espinhal é formado pela união Fig. 127 – Raises nervosas dos nervos espinhais
das raízes dorsal (sensitiva) e ventral
(motora), as quais se ligam,
respectivamente, aos sulcos lateral posterior
e lateral anterior da medula através de
filamentos radiculares.
A raiz dorsal é maior que a raiz ventral;
estas prendem-se ao longo do sulco lateral
posterior da medula espinhal e unem-se
para formar dois feixes que penetram no
gânglio espinhal.
As raízes ventral e dorsal unem-se
imediatamente além do gânglio espinhal
para formar o nervo espinhal, que então
emerge através do forame interespinhal.
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O gânglio espinhal é um conjunto de células
nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal.
Tem forma oval e tamanho proporcional à
raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao
forame intervertebral.
Nervos espinhais

O nervo espinhal separa-se em Fig. 128 – Ramos do nervo espinhal


duas divisões primárias, dorsal e
ventral, imediatamente após a
junção das duas raízes.
Os ramos dorsais dos nervos
espinhais, geralmente menores do
que os ventrais e direccionados
posteriormente, se dividem
(excepto para o primeiro cervical,
quarto e quinto sacrais e o
coccígeo) em ramos medial e
lateral para inervarem os
músculos e a pele das regiões
posteriores do pescoço e do
tronco.
Os ramos ventrais dos nervos
espinhais inervam os membros e
as faces ântero-laterais do tronco.

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Fig. 129 – Plexo cervical
Nervos espinhais

Os nervos cervical, lombar e


sacral unem-se perto de suas
origens para formar plexos:
• Plexo cervical – Formado pelos
ramos ventrais dos quatro
nervos cervicais superiores,
inerva alguns músculos do
pescoço, o diafragma e áreas
da pele na cabeça, pescoço e
tórax;

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Nervos espinhais Fig. 130 – Plexo braquial

• Plexo braquial – O membro superior


é inervado pelo plexo braquial
situado no pescoço e na axila,
formado por ramos anteriores dos
quatro nervos espinhais cervicais
inferiores (C5,C6,C7,C8) e do
primeiro torácico (T1). O plexo
braquial tem localização lateral à
coluna cervical e situa-se entre os
músculos escalenos anterior e
médio, posterior e lateralmente ao
músculo esternocleidomastóideo. O
plexo passa posteriormente à
clavícula e acompanha a artéria
axilar sob o músculo peitoral maior;

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• Nervos torácicos – Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os
quais não constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as
costelas (nervos intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da
última costela (nervo subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as
paredes do tórax e do abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos
intercostais posteriormente, nos espaços intercostais.

Fig. 131 – Nervos

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• Plexo lombar – Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas
maior, anteriormente aos processos transversos das vértebras lombares.
Fig. 132 – Plexo lombar

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• Plexo coccígeo – formado por um pequeno ramo descendente do ramo


ventral do quarto nervo sacral, ramos ventrais do quinto nervo sacral e nervo
coccígeo, inerva a pele da região do cóccix.
Sistema Nervoso Autónomo
O conjunto de nervos cranianos e raquidianos forma o sistema nervoso periférico.
Com base na sua estrutura e função, o sistema nervoso periférico pode subdividir-se
em duas partes: o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autónomo ou de
vida vegetativa.

As acções voluntárias resultam da contracção de músculos estriados esqueléticos,


que estão sob o controlo do sistema nervoso periférico voluntário ou somático. As
acções involuntárias resultam da contracção das musculaturas lisa e cardíaca,
controladas pelo sistema nervoso periférico autónomo, também chamado
involuntário ou visceral.

O SNP Voluntário ou Somático tem por função reagir a estímulos provenientes do


ambiente externo. Ele é constituído por fibras motoras que conduzem impulsos do
sistema nervoso central aos músculos esqueléticos.

O SNP Autónomo ou Visceral, como o próprio nome diz, funciona


independentemente de nossa vontade e tem por função regular o ambiente interno
do corpo, controlando a actividade dos sistemas digestivo, cardiovascular, excretor e
endócrino. Entretanto, a função do sistema nervoso vegetativo, como um todo, é
manter o ambiente interno do corpo dentro dos limites bem definidos, ou seja, a
homeostasia.
Como mecanismo de controlo, no sistema nervoso vegetativo deve ser considerado
não apenas a sua parte motora visceral, mas também os neurónios periféricos
aferentes. Estes últimos são células nervosas que conduzem impulsos para o sistema
nervoso central (SNC) e fornecem informação sobre o qual o sistema funciona.
Fig. 134 – Fibras nervosas do Sistema nervoso autónomo

As fibras nervosas motoras conduzem


impulsos do sistema nervoso central aos
músculos lisos das vísceras e à
musculatura do coração. Um nervo
motor do SNP autónomo difere de um
nervo motor do SNP voluntário pelo fato
de conter dois tipos de neurnios, um
neurónio pré-ganglionar e outro pós-
ganglionar. O corpo celular do neurónio
pré-ganglionar fica localizado dentro do
SNC e seu axónio vai até um gânglio,
onde o impulso nervoso é transmitido
sinapticamente ao neurónio pós-
ganglionar.

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O corpo celular do neurónio pós-ganglionar fica no interior do gânglio nervoso e seu
axónio conduz o estímulo nervoso até o órgão efectuador, que pode ser um
músculo liso ou cardíaco.
Fig. 135 – Sistema nervoso autónomo

O sistema nervoso autónomo


compõe-se de três partes:
I. Dois ramos nervosos
situados ao lado da
coluna vertebral. Esses
ramos são formados por
pequenas dilatações
denominadas gânglios,
num total de 23 pares.
II. Um conjunto de nervos
que liga os gânglios
nervosos aos diversos
órgãos, como o
estômago, o coração e
os pulmões.

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III. Um conjunto de nervos comunicantes que ligam os gânglios aos nervos
raquidianos, fazendo com que o sistema autónomo não seja totalmente
independente do sistema nervoso cefalorraquidiano.

Fig. 134 – Sistema nervoso autónomo

Fonte: http://www.google.pt/imgres
O sistema nervoso autónomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema
nervoso parassimpático.

Fig. 135 – Sistema nervoso


simpático e parassimpático

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Fig. 135 – Sistema nervoso simpático e parassimpático
Como diferenças anatómicas encontramos:

• Parassimpático: Os neurónios pré-


ganglionares parassimpáticos
encontram-se nos níveis crânio-sacral;
fibras pré-ganglionares longas; gânglio
autonómico próximo ao efector; e as
fibras pós-ganglionares curtas.

• Simpático: Os neurónios pré-


ganglionares simpáticos encontram-se
na coluna intermédio-lateral da medula
espinhal, nos níveis toracolombar; fibras
pré-ganglionares curtas; gânglios
organizados em cadeia; e as fibras pós-
ganglionares são longas.
De modo geral, os dois sistemas têm funções contrárias (antagónicas). Um corrige
os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera
demasiadamente os batimentos do coração, o sistema parassimpático entra em
acção, diminuindo o ritmo cardíaco.

Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o


parassimpático entra em acção para diminuir as contracções desses órgãos.

O SNP autónomo simpático, de modo geral, estimula acções que mobilizam


energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por
exemplo, o sistema simpático é responsável pela aceleração dos batimentos
cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no
sangue e pela activação do metabolismo geral do corpo.

Contrariamente, o SNP autónomo parassimpático estimula principalmente


actividades relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial,
entre outras.
Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as
fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam diferentes
hormônios.

O hormônio secretado pelos neurónios pós-ganglionares do sistema nervoso


parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses neurónios são chamados
colinérgicos.

Os neurónios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam


principalmente noradrenalina, razão por que a maioria deles é chamada neurónios
adrenérgicos.

As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso central à glândula supra-renal,


promovendo aumento da secreção de adrenalina, hormônio que produz a resposta
de "luta ou fuga" em situações de stress.

A acetilcolina e a noradrenalina têm a capacidade de excitar alguns órgãos e inibir


outros, de maneira antagónica.
Efeitos de estimulação simpática e parassimpática

Efeito da estimulação
Órgão Efeito da estimulação simpática
parassimpática
Olho: pupila Dilatada Contraída

Músculo ciliar nenhum Excitado


Glândulas gastrointestinais vasoconstrição Estimulação de secreção
Glândulas sudoríparas sudação Nenhum
Coração: músculo (miocárdio) Atividade aumentada Diminuição da atividade

Coronárias Vasodilatação Constrição


Vasos sanguíneos sistêmicos:
Constrição Nenhum
Abdominal
Dilatação Nenhum
Músculo
Constrição ou dilatação Nenhum
Pele
Efeitos de estimulação simpática e parassimpática (ccont.)
Pulmões: brônquios Dilatação Constrição

Vasos sanguíneos Constrição moderada Nenhum


Diminuição do tônus e da Aumento do tônus e do
Tubo digestivo: luz
peristalse peristaltismo
Esfíncteres
Aumento do tônus Diminuição do tônus
Fígado Liberação de glicose Nenhum
Rim Diminuição da produção de urina Nenhum
Bexiga: corpo Inibição Excitação

Esfíncter Excitação Inibição


Ato sexual masculino Ejaculação Ereção
Glicose sanguínea Aumento Nenhum
Metabolismo basal Aumento em até 50% Nenhum
Actividade mental Aumento Nenhum
Secreção da medula supra-
Aumento Nenhum
renal (adrenalina)

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