Metrologia e Ferramentas

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Metrologia e Ferramentas

Téc. Ensino:
Felipe Marcondes Carneiro
Metrologia
Apresentação
Metrologia
ORIENTAÇÕES

Observe horários e instruções:

 Procure participar ativamente;


 Compartilhe conhecimentos e experiências;
 Aproveite as informações;
 Não leve dúvidas para casa;
 Observe horários e instruções;
 Faça novas amizades.
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Horários

• Carga Horária: 32 horas.

• Tarde: 13:15h – 17:15h Intervalo: 15:00h – 15:15h


Metrologia
Objetivos

Ensinar de maneira teórica e prática os conceitos e a aplicabilidade dos


principais instrumentos e procedimentos de medição. Identificando os tipos,
as características e as funções das ferramentas
Mostrar e torna-los aptos a utilizarem os equipamentos preconizados para a
manutenção e verificação dos sistemas automotivos.
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Método avaliativo:

• Avaliações Teóricas e Práticas.


Metrologia

Regras e Segurança

• Máquinas Fotográficas

• Ergonomia

• E.P.I.s
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Perguntas
Metrologia
Etimologia da Palavra:

A palavra metrologia deriva do grego, da junção das palavras metron (medida) e


logos (ciência), porém sua concepção e significado provém por influência do
francês, métrologie, que possui o significado: “ciência das medidas, tratado
sobre pesos e medidas.

Metrologia é, portanto, a ciência que abrange todos os aspectos teóricos e


práticos relativos às medições.

Definição:

Estudo e descrição dos pesos e medidas de todos os povos e épocas.


Metrologia
Na indústria:

Qualquer equipamento fabricado / produzido, apresenta dimensões imperfeitas,


à medida que melhoramos a precisão na medição.

Além dessa condição, temos outras situações que influenciam em componentes,


peças e equipamentos, como fatores climáticos, fatores físicos e fatores
humanos.

Somadas as condições mencionadas acima, é possível presumir que sempre


teremos uma condição de dimensões imperfeitas, e à isso chamaremos de
INCERTEZA.

Incerteza de medição é exatamente essa condição de variação da medição. Ou


seja, é uma dúvida, uma imprecisão.
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Na indústria:

A incerteza de medição deve ser controlada, ou seja, a variação da medição


deverá estar dentro de medidas pré-estabelecidas, chamadas de TOLERÂNCIA.

Tolerância, é a diferença ou margem de erro admissível ou permitida (uma


quantidade para mais ou para menos) em relação à uma medida ou a um
padrão.

O objetivo da metrologia na indústria, dotada da tolerância, consiste em


promover o controle dimensional (das dimensões) de um determinado
componente / equipamento com o intuito de promover a padronização daquele
componente / equipamento, evitando erros inaceitáveis.
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Na indústria:

É da Metrologia que consiste na medição para criação de um padrão que se


inicia o conceito fundamental de QUALIDADE.
Com o controle dimensional adequado, há aumento de produtividade e redução
de perdas.
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Medição:

É a ação de medir.

Consiste basicamente em comparar o objeto de medição com um padrão. O


padrão, neste caso, é uma unidade de mesma espécie.

Não há como comparar grandezas (unidades) distintas. Comprimento é


comparado com comprimento. Volume com volume. Se quisermos comparar
comprimento com volume não haverá como, pois são unidades distintas. A
primeira, comprimento, trata apenas de uma dimensão. A segunda, volume, trata
de três dimensões conjuntas.
Metrologia
Unidades e Padrão:

Segundo normas pré-estabelecidas internacionalmente, as unidades para medir


determinadas grandezas foram padronizadas e, atualmente, seguem dois
sistemas internacionalmente aceitos: O Sistema Internacional (S. I.) e o Sistema
Inglês.

Para cada grandeza se estipula uma unidade e um padrão.

Um exemplo clássico é o Metro. Historicamente havia-se a necessidade de criar


uma medida padrão, decimal e de fácil reprodução em qualquer lugar.

Criou-se a medida TOESA, que tinha a dimensão aproximada de 1,95 m, mas


como era uma barra de ferro com dois pinos na extremidade, sua reprodução
era difícil, em se tratando de precisão.
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Unidades e Padrão:

Barra de platina-irídio utilizada como


protótipo do metro de 1889 a 1960.
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Unidades e Padrão:

Com o objetivo de tentar minimizar condições que possam interferir no padrão


físico, buscou-se uma definição do metro baseado no planeta Terra, sendo que
os astrônomos Delambre e Mechaim. Após as medições, definiram, o metro
como:
“Metro é a décima milionésima parte de um quarto de meridiano terrestre.”
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Atualmente, definido pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial)

É importante observar que todas essas definições somente estabeleceram com


maior exatidão o valor da mesma unidade: o metro
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Unidades e Padrão:
Da mesma forma do metro, também existem outras medidas que em tempos
antigos foram criadas, buscando padronizar sistemas. Inicialmente, todos os
padrões referenciavam-se à uma parte do corpo e a dimensão era referenciada
ao monarca (rei, faraó), porém, sempre houve problemas em relação à definição
precisa, devido aos tamanho diferentes entre as pessoas, de forma até serem
padronizados os valores.
EX:
1 polegada = 0,0254 m 1 palmo = 0,2286 m 1 pé = 0,3048 m
Metrologia
Unidades e Padrão:

1 jarda = 0,9144 m

1 braça = 2,2 m

1 côvado = Aprox. 0,66 m


Metrologia
Unidades e Padrão:

Diz-se que os egípcios foram um dos primeiros povos a criar padrões. Um


desses padrões era o cúbito.

Aprox. 0,50 m

O cúbito foi transferido para um padrão em pedra, em função dos diferentes


tamanhos das pessoas. Depois foi marcado em cada templo para que as
pessoas fizessem referência a esse padrão.
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Unidades e Padrão:

Sistema Internacional:
Comprimento: metro Tempo: s Força: N

Velocidade: m/s Massa: g

Sistema Inglês:
Comprimento: polegada/pé Massa: libra
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Unidades e Padrão:

Equivalências:
1 milha terrestre = 1609,344 m
1 milha marítima = 1852 m
1 polegada (in) = 0,0254m
1 pé (ft) = 0,3048 m
1 jarda (yd) = 0,9144 m

1 légua = 6.600 m
1 vara = 2,96 m
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Unidades e Padrão:
Múltiplos e submúltiplos do metro:
Múltiplos Submúltiplos
Decâmetro (10¹) Hectômetro (10²) Decímetro (10-1) Centímetro (10-2)
Quilômetro (10³) Megametro (106) Milímetro (10-3) Micrometro (10-6)
Gigametro (109) Terametro (1012) Nanometro (10-9) Picometro (10-12)
Petametro (1015) Exametro (1018) Femtômetro (10-15) Attometro (10-18)
Angstrom (10-10)
Metrologia
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Unidade de Medidas
Sistema Métrico – Milímetro
Metrologia
Perímetro

Perímetro é o nome dado à medida do contorno de um corpo qualquer, onde a


maneira de ser obtido varia de acordo com o formato do corpo. A unidade de
medida do perímetro é o m (metro).
Metrologia
Área

Área é o nome dado à medida de superfície de um corpo qualquer, onde a


maneira de ser obtida varia de acordo com o formato do corpo. A unidade de
medida da área é o m² (metro quadrado).
Metrologia
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Volume

Volume é o espaço ocupado por um corpo, é a extensão em três dimensões. A


unidade de volume usual é o m³ e para volumes internos (capacidade) a unidade
é o L (litro).
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Equipamentos de Medição:

Régua graduada / metro articulado / trena:

Normalmente sob forma de lâmina, á régua graduada é o instrumento de


medição mais simples e objetivo que há em sistemas de medidas lineares. O
metro articulado e a trena seguem o mesmo princípio.

Existem réguas com encosto, sem encosto, de profundidade, T e outros modelos


conforme a necessidade.

Na régua e nos equipamentos de medição, deve estar bem gravada a escala,


que são os traços do padrão, devendo ser bem definidos, uniformes, finos e
equidistantes.
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Equipamentos de Medição:

Escala Graduada
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Equipamentos de Medição:

Paquímetro:
Oriunda do grego, paqui (espessura) e metro (medida), é um
instrumento empregado para medir precisamente pequenas distâncias,
espessuras etc., constante de uma escala graduada fixa, duas garras e um
cursor com um nônio.

Comumente, este instrumento é chamado de universal e/ou


quadridimensional por permitir múltiplas formas de medição num único
equipamento. Desta forma, é possível mensurar medidas lineares, internas,
externas e de profundidade.
Metrologia

Paquímetro:

É um instrumento usado para medir dimensões lineares: internas, externas e


de profundidade. Consiste uma régua graduada, com encosto fixo, na qual
desliza uma garra móvel.

Daí seu nome: Paquímetro Universal


Metrologia
Equipamentos de Medição:

Paquímetro:

Oriunda do grego, paqui (espessura) e metro (medida), é um instrumento


empregado para medir precisamente pequenas distâncias, espessuras etc., constante de
uma escala graduada fixa, duas garras e um cursor com um nônio.

Comumente, este instrumento é chamado de universal e/ou quadridimensional por


permitir múltiplas formas de medição num único equipamento. Desta forma, é possível
mensurar medidas lineares internas, externas e de profundidade.
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Método de Medição:

Durante qualquer medição é necessário considerar três elementos


fundamentais:

1 – O método: Como a medição será realizada: de forma direta, com uso de


equipamentos ou indireta por comparação, com a utilização de modelos padrão;

2 – O instrumento: Qual equipamento será utilizado e se será utilizado algum


equipamento, se está aferido e devidamente calibrado;

3 – O operador: Se está capacitado para tal medição, evitando dificuldades de


leitura e erros de paralaxe.
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Método de Medição:
Importante frisar que para selecionar o instrumento de medição adequado,
devemos verificar qual é a tolerância adotada. Um instrumento adequado deverá
possuir uma resolução no mínimo igual à décima parte do campo de tolerância
da peça.
Condições a serem observadas durante a medição:
Temperatura;
Força de medição;
Forma da peça;
Forma de contato;
Estado de conservação, aferição e calibração;
Habilidade do Operador;
Erro de paralaxe.
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Profundidade
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Conservação

• Manejar o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques.

• Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode


causar danos ao instrumento.

• Evitar arranhaduras ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.

• Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário.

• Após a utilização, limpar o paquímetro e guardá-lo em local apropriado.


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Modelos de paquímetro
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Micrômetro:

• O micrômetro é um instrumento de medição, e sua precisão é maior do que a


do paquímetro, permitindo medir, por leitura direta, dimensões com
aproximação de 0,01 mm ou mesmo de 0,001 mm (um mícron). Por isso,
esse instrumento é chamado de “micrômetro”.

• O micrômetro permite a medição de comprimento e/ou diâmetro de 0 a 25


mm, de 25 a 50 mm............ chegando a 2000 mm.
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Faces de medição
Tocam a peça a ser medida e para isso apresentam-se rigorosamente planos e
paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro de alta
resistência ao desgaste.

Tambor
Onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico.
Portanto , a cada volta seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico.

Trava
Permite imobilizar o fuso numa medida pré-determinada.
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Micrômetro com resolução 0,01mm (centesimal)

A cada volta do tambor, o fuso micrométrico avança uma distância chamada


passo. A resolução de uma medida tomada em um micrômetro corresponde ao
menor deslocamento do seu fuso. Se o passo da rosca é de 0,5mm e o tambor
tem 50 divisões, a resolução será: 0,5 / 50 = 0,01mm
Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de 0,01mm
no fuso.
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Micrômetro com resolução 0,001mm (milesimal)

Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à


leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à
leitura do tambor, dividida pelo número de divisões do nônio.
Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, sua resolução ser:
0,01 / 10 = 0,001mm.
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Conservação

• Limpar o micrômetro, secando-o com um pano limpo e macio (flanela).

• Untar o micrômetro com vaselina líquida, utilizando um pincel.

• Guardar o micrômetro em armário ou estojo apropriado, para não deixá-lo


exposto à sujeira e à umidade.

• Evitar contatos e quedas que possam riscar ou danificar o micrômetro e sua


escala.
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Modelos de micrômetros
De profundidade: conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de
extensão, que são fornecidas juntamente com o micrômetro.

De arco profundo: serve para medições de espessuras de bordas ou de partes


salientes das peças.
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De discos nas hastes: o disco aumenta a área de contato possibilitando a
medida de papel, cartolina, couro, borracha, pano, etc. Também é empregado
para medir dentes de engrenagens.

Para medir rosca: especialmente construído para roscas triangulares. este


micrômetro possui as hastes furadas para que se possa encaixar as pontas
intercambiáveis, conforme o passo para o tipo da rosca a medir.
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Com contato em forma de V: especialmente construído para medição de corte
que possuem número impar de cortes (fresa de topo, macho, alargador, etc.). Os
ângulos em V dos micrômetros para medição de ferramenta de 3 cortes é de
60°, de 5 cortes, 108° e de 7 cortes, 128°34‟ 17”.

Para medir parede de tubos: é dotado de arco especial e possui o contato a 90°
com a haste móvel, o que permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.
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Digital eletrônico: ideal para leitura rápida, de livre erros de paralaxe, próprio
para uso em controle estatísticos de processos, juntamente com
microprocessadores.

De medidas internas: utilizado para medir superfícies cilíndricas de diâmetros


internos.
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Relógio Comparador:

O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação


dotado de uma escala e um ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma
ponta de contato. O comparador centesimal é um instrumento comum de
medição por comparação. As diferenças percebidas nela pela ponta de contato
são amplificadas mecanicamente e irão movimentar o ponteiro rotativo diante da
escala.
Se o ponteiro gira no sentido horário, significa que a peça apresenta
dimensão menor que a estabelecida. Se o ponteiro gira anti-horário, significa
que a peça apresenta maior dimensão que a estabelecida
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Conservação

1. Limpar o relógio comparador e a peça, antes de se processar a medição.

2. Use o relógio comparador distante de poeira e de líquidos corrosivos.

3. Antes de se tomar qualquer medida, verificar se o relógio comparador está

devidamente calibrado, e se o mesmo está firmemente fixado no suporte.

4. Conferir rigorosamente o alinhamento do instrumento em relação à peça. A

ponta de contato do relógio comparador deverá estar perpendicular à peça que

está sendo medida.

5. Nunca se deve forçar o fuso de medição lateralmente.

6. Após o uso, colocar o comparador em seu respectivo estojo.

7. Evitar a queda do relógio ou choques violentos.


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Calibre de Lâminas:

Diversos são os tipos desses calibradores, sendo que em mecânica o mais


utilizado é o tipo “canivete” constituído de um jogo de lâminas articuladas em um
“cabo estojo”. Cada lâmina determina uma espessura.
Metrologia
Calibre de Raio:

Serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é estampada a


medida do raio. Suas dimensões variam geralmente, de 1mm a 15mm ou de
1/32” a 1/2”. É utilizado, por exemplo para conferir o raio de concordância do
virabrequim quando este for retificado.
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O que é torque?

“Torque ou binário ou momento de força ou momento de alavanca é uma

força que tende a torcer um corpo em torno do seu eixo longitudinal.”


Metrologia

Por descrever um movimento de giro, o torque é uma força que pode ser
aproveitada em trabalhos, tais como: fixação, transmissão de movimento.
Metrologia

Um parafuso ou porca mal apertados podem se soltar e não garantem uma boa
fixação ou vedação. Por outro lado, um parafuso ou porca com excesso de
aperto sofrem a ação de duas forças destrutivas: a do aperto e a das vibrações
que ocasionam a fadiga prematura e até uma ruptura nos momentos de maior
solicitação.
Metrologia

Aperto, pré-carga ou pré-tensão é a carga aplicada sobre uma junta sob a

forma de torque (momento) com a finalidade de gerar a deformação prévia do

elemento de fixação, evitando que este estique ao sofrer tração por esforço

de trabalho, reduzir vibrações e garantir vedação.


Metrologia

Por que devemos controlar o torque a ser aplicado numa junta

parafusada?

Problemas decorrentes de aplicação de torque incorreto

Torque excessivo Torque insuficiente

• Espanamento da rosca • Afrouxamento do parafuso (vibrações)


• Quebra do parafuso • Falhas de vedação (vazamentos)
• Trincamento do parafuso • Operação de máquinas e equipamentos
• Empenamento do conjunto fixado comprometida
• Esmagamento de juntas e/ou gaxetas • Potencialização de acidentes e danos ao
(vazamentos) patrimônio
Metrologia

Qual a importância da sequência de aperto?

Evitar as interações elásticas

(crosstalk), efeitos que afetam a pré-

carga de parafusos já apertados

num conjunto quando o aperto é

dado individualmente.
Metrologia

Testes apontam que as interações elásticas podem reduzir a pré-carga

dos parafusos em até 35%.

As sequências de aperto visam diminuir a variação da pré-carga nos

conjuntos de parafusos, distribuindo-a uniformemente.

Sequência de aperto
em espiral Sequência de aperto
(padrão não-circular) em padrão circular
Metrologia

Sabendo-se as especificações de aperto para uma junta

aparafusada, como saber se a junta foi adequadamente apertada?

Que ferramentas e métodos utilizar?


A medição do torque pode ser realizada por dois métodos distintos:

• Medição estática – realizada após a aplicação do torque em uma

junta

• Medição dinâmica – realizada durante a aplicação do torque em

uma junta
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Medição Dinâmica (Torque Dinâmico)

É o valor pico de torque medido em tempo real em apertadeira

(elétrica/eletrônica) com controle de torque durante a operação de

aperto.

Os valores de torque obtidos são registrados eletronicamente na

apertadeira. Não pode ser checado após sua aplicação (apenas

monitorado).

Quando empregado em apertadeira sem controle de torque, é conhecido

como o „Torque de “set-up”‟ da apertadeira.


Metrologia

Medição estática (Torque estático ou residual)

É o valor de Torque medido em apertadeira sem controle de torque.

O “set-up” da apertadeira corresponde ao valor do Torque Dinâmico, e na

sua ausência, geralmente, ao valor médio do Torque Estático.

O Torque Estático também é aplicado como „Torque de Verificação‟

quando da auditagem de Torques. Neste caso corresponde ao Torque de

Aperto requerido para iniciar a quebra de uma fixação já efetuada.


Metrologia

Torquímetros são ferramentas manuais destinadas a aplicação e verificação

de torque em juntas roscadas a partir de valores previamente estabelecidos.

O tipo e a especificação da ferramenta são determinados pela aplicação.

Dentre os tipos de torquímetros os mais utilizados são:

• Vareta(barra flexível);

• Ponteiro (estrutura rígida);

• Estalo (click ou catraca);

• Indicador digital (ou sonoro);

• Angular (transferidor de graus).


Metrologia

Vareta (barra flexível)

Funciona através da comparação do deslocamento da escala (juntamente com

a barra flexível) em relação à posição do indicador fixo.


• Cuidado ao observar a

posição do indicador

(erro de paralaxe)

• Deve ser substituido

caso ocorra o

empenamento da barra

flexível.
Metrologia

Ponteiro (estrutura rígida)

Verificação do torque durante a aplicação através do deslocamento do

ponteiro e após a aplicação através da posição do ponteiro de arraste.

Deve ser calibrado periodicamente.

Atentar para o erro de paraláxe.


Metrologia

Estalo (click ou catraca)

A aplicação do torque é realizada sem necessidade de monitoramento de

ponteiro ou mostrador.

Mediante ajuste prévio do valor desejado na escala da ferramenta, ao

atingir o torque ouve-se um click e o acoplamento gira livremente,

evitando que seja aplicado um valor maior do que o ajustado.


Metrologia

Indicador digital (ou sonoro)

A aplicação do torque é realizada da mesma forma que no torquímetro de

ponteiro, porém a verificação pode ser feita através de mostrador LCD, LED‟s

ou ainda aviso sonoro.


Metrologia

Indicador digital (ou sonoro)


Metrologia

Torquímetro Angular

Aplicado em juntas TTY (“Torque to Yield”)


Metrologia

Cuidados especiais ao manusear torquímetros:

• Não aplicar valores de torque que excedam a capacidade da

ferramenta;

• Não utilizar o torquímetro para afrouxar ou apertar parafusos

previamente apertados;

• Não derrubar, pois pode afetar a precisão da ferramenta;

• Manter a ferramenta sempre calibrada, seguindo os períodos

de calibração periódica corretamente.


Metrologia
Manômetros:

Medidor de pressão, na linha automotiva normalmente trabalhamos com a leitura


da pressão em PSI, BAR ou Kgf/cm².
Metrologia
Ferramentas Universais e Equipamentos:
Metrologia

Parafusadeiras (apertadeiras)

Ferramentas automáticas de aperto destinadas à aplicação e

monitoramento de torque em juntas roscadas a partir de valores

previamente estabelecidos.

São divididas em 3 classes:

• Parafusadeiras de aperto contínuo

• Chaves de impacto

• Chaves de impulso
Metrologia

A especificação de uma ferramenta de aperto requer a observação

de alguns fatores:

1 Acessibilidade
2 Processo de aperto a ser utilizado
3 Criticidade, característica e componentes da junta parafusada
4 Número de apertos por produto e produção desejada
5 Necessidade de sistema a prova de erros
6 Uso de soquetes, extensões barras de reação e acessórios
7 Rastreabilidade
8 Ergonomia
9 Manutenção e calibração
10 Custo efetivo da ferramenta durante toda a sua vida útil
Metrologia

Parafusadeiras de aperto contínuo

Maioria das parafusadeiras elétricas e pneumáticas, as quais desenvolvem

torque continuamente até atingir o limite da ferramenta ou do ajuste.


Metrologia
Chaves de Impacto

Baseiam-se no princípio do uso de um martelo para golpear uma chave,

desenvolvendo o torque somente no momento do impacto.

Ideais para desaperto de parafusos e


Vantagens Desvantagens
porcasCapacidade
oxidados elevada
e de rustidos,
torque Nívelemde ruído relativamente
em relação ao peso e tamanho alto
da ferramenta
aplicações que não requerem elevado
Flexível e simples de usar Dificuldade no monitoramento
nível de precisão. torque aplicado
Metrologia

Desenvolvem impulsos através de golpes aplicados a um colchão

hidráulico, desenvolvendo o torque somente no momento do impacto até

atingir o valor de torque pré-estabelecido.

Ideais paraVantagens
desaperto de parafusos Desvantagens
e porcas
Capacidade elevada de torque Dificuldade no monitoramento
oxidados e rustidos, em aplicações que não
em relação ao peso e tamanho do torque aplicado
da ferramenta
requerem elevado nível de precisão.
Flexível e simples de usar Custo maior em relação às
chaves de impacto
Baixo nível de ruído e de
vibração
Metrologia

Elétricas
Metrologia

Pneumáticas
Metrologia

Uma das práticas mais

importantes ao utilizar

parafusadeiras pneumáticas

é o ajuste da pressão

(dinâmica) de trabalho,

impactando diretamente no

torque final fornecido pelo

equipamento.
Metrologia
Metrologia

Dispositivos utilizados em conjunto com torquímetros e parafusadeiras

dependendo da necessidade e da ferramenta utilizada.

Soquetes

Cabos

Mangueiras

Prolongadores (extensões)
Metrologia
Metrologia
Metrologia
Ferramentas
Metrologia
Ferramentas
Metrologia

Quando for usar ferramentas para apertar ou soltar os parafusos ou


porcas, de preferência use os soquetes ou chaves estrelas ou combinadas
e analisar se o soquete ou a chave que e sendo utilizada é do mesmo
diâmetro do parafuso ou porca que está sendo solto ou apertado.
Nunca bater na chave de fenda.

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