Aula 01 - Histórico e Definições

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Controle

Dimensional
ENGENHARIA MECÂNICA - 2020/2
PROF. CRISTIANO SEVERO AIOLFI
Boas Vindas
• Novo semestre!
• Atividades não presenciais;
• Dificuldades e aprendizado;
• Opinião!
Ementa
• Conceitos Fundamentais;

• Sistemas de Tolerâncias e Ajustes;

• Tolerâncias Geométricas;

• Rugosidade Superficial;
Ementa
• Sistemas de Medição;

• Medição de Roscas e Engrenagens;

• Outros Instrumentos de Medição;


Atividades - Proposta
• 6 a 8 atividades com pontuação;

• Todas as entregas pelo AVA – Moodle;

• Atividades práticas – PROBLEMA!!!!

• Atendimento e retirada de dúvidas;


Bibliografias
• NOVASKI, O. Introdução à Engenharia de Fabricação Mecânica.
São Paulo: Edgard Blücher, 1994;

• GONZÁLEZ, C.G. Metrologia Dimensional. México: McGraw Hill,


1999;

• DE LIRA, F. A. Metrologia na Indústria. 7ª ed. São Paulo: Érica,


2003;
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INTRODUÇÃO A METROLOGIA
• A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em
particular, às dimensões lineares e angulares das peças
mecânicas.

• Nenhum processo de fabricação permite que se obtenha


rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é
necessário conhecer a grandeza do erro tolerável, antes de se
escolherem os meios de fabricação e controle convenientes.
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INTRODUÇÃO A METROLOGIA
• A necessidade de contar e quantificar grandezas, sempre esteve
presente na história da humanidade.
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INTRODUÇÃO A METROLOGIA
• Apesar disso, como fazia o homem, cerca de 4.000 anos atrás,
para medir comprimentos?
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INTRODUÇÃO A METROLOGIA
• As primeiras unidades de medição baseavam-se em partes do
corpo humano, pois ficava fácil chegar-se a uma medida que
podia ser verificada por qualquer pessoa;

• Assim, surgiram medidas padrão como a polegada, o palmo, o


pé, a jarda, a braça e o passo.
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• O Antigo Testamento da Bíblia é um dos registros mais antigos da
de medições na história da humanidade.

• No Gênesis, lê-se que Deus mandou Noé construir uma arca com
dimensões muito específicas, medidas em côvados.

• O côvado era uma medida-padrão da região onde morava Noé, e


é equivalente a três palmos, aproximadamente, 66 cm.
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Algumas dessas medidas continuam empregadas até hoje:

1 polegada = 2,54 cm
1 pé = 30,48 cm
1 jarda = 91,44 cm
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Apesar de simples, como as pessoas têm tamanhos diferentes,
essas medidas variam de uma pessoa para outra, ocasionando
problemas nos resultados das medições. Para serem úteis, era
necessário que os padrões fossem iguais para todos.
Diante desse problema, os egípcios criaram um padrão único:
eles passaram a usar, em suas medições, barras de pedra com o
mesmo comprimento.
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Com o tempo, as barras passaram a ser construídas de madeira,
para facilitar o transporte.

Como a madeira logo se gastava, foram gravados comprimentos


equivalentes a um cúbito-padrão nas paredes dos principais
templos.

Desse modo, cada um podia conferir periodicamente sua barra


ou mesmo fazer outras, quando necessário.
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Na França, no século XVII, a Toesa era utilizada como unidade de
medida linear.

Esta foi padronizada em uma barra de ferro com dois pinos nas
extremidades e, em seguida, fixada na parede externa do Grand
Chatelet, nas proximidades de Paris.

Entretanto, esse padrão também foi se desgastando com o tempo


e teve que ser refeito.
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Surgiu, então, um movimento no sentido de estabelecer uma
unidade que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser
copiada de forma simples.

Essa unidade também deveria ter seus submúltiplos


estabelecidos segundo o sistema decimal.
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Finalmente, um sistema com essas características foi apresentado
por Talleyrand, em 8 de maio de 1790.

Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à


décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.
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Essa nova unidade passou a ser chamada metro (em grego
metron significa medir). Os astrônomos franceses Delambre e
Mechain foram incumbidos de medir o meridiano.

Feitos os cálculos, chegou-se a uma distância que foi


materializada numa barra de platina de secção retangular.
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Com a evolução das ciências, o metro teve sua definição
modificada algumas vezes.

Também foram feitos ajustes no padrão utilizado para basear as


outras ferramentas de medição.

No Brasil, o sistema métrico foi implantado pela Lei Imperial nº


1157, de 26 de junho de 1862.
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Hoje, o padrão do metro em vigor no Brasil é recomendado pelo
INMETRO, baseado na velocidade da luz, de acordo com decisão
da 17ª Conferência Geral dos Pesos e Medidas de 1983.

O INMETRO em sua resolução 3/84, assim definiu o metro:

“Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo,


durante o intervalo de tempo de 1/299792458 do segundo.”
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MULTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DO METRO
A tabela a seguir apresenta os múltiplos e submúltiplos do metro,
baseado no Sistema Internacional de Medidas (SI).
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Nem sempre conseguimos utilizar as unidades básicas de
medidas para representar ou até mesmo falar o tamanho de
objeto.

Por exemplo, expressar o tamanho de uma bactéria utilizando o


metro.

Essa atividade seria bem difícil não?


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São em casos como esses que utilizamos os múltiplos e
submúltiplos das unidades de medida.

Os Prefixos das unidades são utilizados para facilitar sua escrita,


quando elas estão expressas ou em valores muito grandes ou
muito pequenos.
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A unidade de comprimento, por exemplo, tem como submúltiplos
o decímetro (deci), o centímetro (centi) e o milímetro (mili) e
como múltiplos ele tem o decâmetro (deca), o hectômetro
(hecto) e o quilômetro (quilo).

No caso da unidade de massa (grama) os múltiplos podem ser o


quilograma (quilo) e como submúltiplos o miligrama (mili).
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Percebam que:

1 quilômetro – km – 1000 metros – 103 metros


1 quilograma – kg – 1000 gramas – 103 gramas

1 milímetro – mm – 0,001 metro – 10-3 metros


1 miligrama – mg – 0,001 grama - 10-3 gramas
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Finalidade do Controle Dimensional
O controle não tem por fim somente reter ou rejeitar os produtos
fabricados fora das normas; destina-se, antes, a orientar a
fabricação, evitando erros.

Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em


todos os estágios de transformação da matéria, integrando-se nas
operações depois de cada fase de usinagem.
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Dimensional
Finalidade do Controle Dimensional
Todas as operações de controle dimensional são realizadas por
meio de aparelhos e instrumentos; deve-se, portanto, controlar
não somente as peças fabricadas, mas também os aparelhos e
instrumentos verificadores:
•Isto se aplica também às ferramentas, aos acessórios e às
máquinas-ferramentas utilizadas na fabricação.
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Finalidade do Controle Dimensional
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Medição
Medir traz a ideia de comparação. Como só se podem comparar
itens de uma mesma espécie, cabe apresentar para a medição a
seguinte definição:

“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma


espécie, tomada como unidade”.
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Medição
Quando se diz que um determinado comprimento tem dois
metros, pode-se afirmar que ele é a metade de outro de quatro
metros;
Entretanto, não se pode afirmar que a temperatura de quarenta
graus centígrados é duas vezes maior que uma de vinte graus, e
nem a metade de outra de oitenta.
Portanto, para se medir uma grandeza, deve-se primeiramente
escolher uma unidade que seja adequada à mesma.
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Medição
Controle
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Unidade

Entende-se por unidade um determinado valor em função do


qual outros valores são enunciados. Usando-se a unidade
METRO, pode-se dizer, por exemplo, qual é o comprimento de um
corredor.

A unidade é fixada por definição e independe do prevalecimento


de condições físicas como temperatura, grau higroscópico
(umidade), pressão, etc.
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Padrão

O padrão é a materialização da unidade; é influenciada por


condições físicas, podendo-se mesmo dizer que é a
materialização da unidade, somente sob condições específicas.

O metro-padrão, por exemplo, tem o comprimento de um metro,


somente quando está a uma determinada temperatura, a uma
determinada pressão e suportado, também, de um modo
definido.
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Na tomada de quaisquer medidas, devem ser considerados três
elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.

Método
a) Medição Direta
Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta
com instrumentos, aparelhos e máquinas de medir. Esse método
é empregado na confecção de peças protótipos, isto é, peças
originais utilizadas como referência, ou, ainda, quando o número
de peças por executar for relativamente pequeno.
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a) Medição Direta
Controle
Dimensional
Na tomada de quaisquer medidas, devem ser considerados três
elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.

Método
b) Medição Indireta por Comparação
Medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça
com relação a outra, de padrão ou dimensão aproximada; daí a
expressão: medição indireta. Os aparelhos utilizados são
chamados indicadores ou comparadores, amplificadores.
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Método
b) Medição Indireta por Comparação
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Instrumentos de Medição

A exatidão relativa das medidas depende, evidentemente, da


qualidade dos instrumentos de medição empregados. Assim, a
tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará
resultado duvidoso, sujeito a contestações.

Portanto, para a tomada de uma medida, é indispensável que o


instrumento esteja aferido e que a sua aproximação permita
avaliar a grandeza em causa, com a precisão exigida.
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Instrumentos de Medição
Controle
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Operador
O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É ele
a parte inteligente na apreciação das medidas. De sua habilidade
depende, em grande parte, a precisão conseguida.

Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos


que utiliza, ter iniciativa para adaptar às circunstâncias o método
mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes para
interpretar os resultados encontrados.
Próximos Passos
• Estudar os slides;
• Retirada de dúvidas;
• Sistemas internacional de unidades;
• Padrões e calibração: Blocos padrões;
• Uso correto dos instrumentos;

Bons estudos!!

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