Estética
Estética
Estética
e
Filosofia
da
Arte
Introdução____________________________________________________________3
Conclusão_________________________________________________________________12
Bibliografia________________________________________________________________13
A palavra “estética” vem do grego, derivando de aísthesis, e significa sensação. Por outro lado,
estética é uma das disciplinas tradicionais da filosofia que aborda um conjunto de problemas e
conceitos bastante diferentes relativos ao belo, ao gosto e à arte.
A evolução da estética fez com que fosse encarada de três formas, como teoria do
belo, teoria do gosto e, atualmente, filosofia da arte. Não deixando de referir que beleza, gosto
e arte são conceitos distintos.
Esta dimensão filosófica propõe-nos a refletir sobre a arte e a sua natureza,
questionando a diferença entre os vários objetos do quotidiano e os artísticos.
Assim, uma obra de arte implica uma interpretação do sujeito e é construída com base
na experiência estética. A experiência do belo artístico é um sentimento de prazer ou
desprazer, provocado pela contemplação da beleza natural ou de uma obra de arte, é uma
experiência que recria a realidade, que lhe dá um novo sentido, outra dimensão, que configura
o mundo, reorganizando-o e abre novos horizontes.
A experiência estética não é meramente sensível, ligada aos sentimentos, sentidos e
afetos, mas nela convergem outras dimensões, nomeadamente a vertente racional, razão.
Immanuel Kant foi dos primeiros filósofos a interessar-se pelo problema da natureza da
experiência estética e defende que…
…”o belo é o que agrada universalmente sem conceito” e “o belo não está nas coisas,
é subjetivo. Depende do gosto de cada um.”. Portanto, não existem regras que determinem que
uma “peça musical” ou uma “paisagem” sejam belos.
Quais as características da experiência estética?
Kant quis dizer que a experiência do belo artístico é: desinteressada e contemplativa
(porque não procura satisfazer qualquer necessidade prática, não se funda em conceitos, não
depende da experiência real do representado e é um fim em si mesma), subjetiva (pois não tem
regras, depende da interpretação, gostos e sentimentos do sujeito, logo não é objetiva),
universal (na medida em que todos os povos e culturas apresentam manifestações artísticas),
plural (visto que assume diferentes formas consoante as observações do sujeito), uma
aventura pessoal e emocionante (uma vez que o espetador recria a obra e atribui-lhe um
determinado sentido) e encontra-se ligada aos juízos estéticos (ou seja é uma manifestações
ou expressão de uma preferência ou de uma escolha).
A arte surgiu do étimo grego techné e do conceito latino ars que designa a técnica, a
habilidade, bem como a criação artística e a procura do belo. A arte é também uma
necessidade humana, pois exprime estados de espírito e atividades desenvolvidas pelo ser
humano, e é transfiguração da realidade em que o artista, através da sua sensibilidade e
imaginação, passa de um mundo real para um mundo sobre real, assim, criasse um universo
humano dentro do próprio universo.
Durante séculos, a arte era o território do belo, em que se repulsava o feio e o belo
atraía, apaziguava e era associado à perfeição. Mas este conceito veio a alterar-se,
transformando-se num território de absoluta liberdade, bem como a visão tradicional do belo e
do feio; o belo representa a ordem e a proporção e o feio corresponde à desmedida, à
desordem e desarmonia.
Esta teoria defendida por George Dickie aponta que uma obra de arte contem dois
aspetos essenciais: é um artefacto, ou seja, qualquer objeto que tenha sido de algum modo
trabalhado ou modificado por parte de alguém; ao qual uma instituição (o mundo da arte, que
envolve correntes, sistemas, movimentos, expressões artísticas diversas, os negociantes de
arte, os artistas, os artefactos e o público) lhe confere estatuto por fatores extrínsecos à própria
arte, por exemplo, através de processos como o contexto no qual é produzida e apreciada, a
exposição/exibição, a representação, a publicação ou apenas designarem o objeto de arte.
Contudo, existem objetos que podem ser considerados artefactos pela dimensão
institucional, quer isto dizer que, mesmo não sofrendo qualquer manipulação por intervenção
humana, um objeto ao ser exposto numa galeria, por exemplo, ganha um valor artístico.
A arte é um produto da atividade humana e, deste modo, pode ser reconhecida como
uma mercadoria (valor económico) e no mundo contemporâneo ela não escapou à
industrialização, à massificação e ao consumismo. Por outro lado, a facilidade com que se faz
uma obra de arte tornou-as acessíveis ao grande público, mas esta facilidade acarreta a sua
banalização, a saturação e gera insensibilidade e indiferença perante a mesma. Acresce ainda
que a reprodução em massa impõe a necessidade de consumir e pode levar à perda da nossa
capacidade de seleção e de crítica.
A arte tornou-se um produto do mercado, este mercado da arte tem as suas próprias
leis e é muito voraz, então os artistas têm que satisfazê-lo, produzindo muitas vezes sem ter
uma necessidade vital de comunicar.
Esta valorização dos bens materiais e a transformação de bens culturais em bens de
consumo tornou as obras de arte um objeto de especulação económica, cujo negócio é uma
fonte de lucros elevadíssimos (impedindo o acesso da maioria da população), e um indicador
de estatuto socioeconómico, em que a posse de uma obra rara ou de um artista de
reconhecido mérito, cria uma imagem de marca, elevando o possuidor a uma esfera social de
elite artística e cultural.
Em contrapartida, as exposições em museus, por exemplo, têm uma função tripla de
prestígio, quer do museu quer da cidade ou país, de regulação cultural, baseada em gostos e
cânones dominantes, e de usufruto coletivo, ou seja, estão ao alcance de todas as pessoas.
Como vimos na evolução da arte, ela foi sempre e é um produto cultural, sendo produto
de uma cultura, sociedade, época e conjugação de vivências, valores, ideais, circunstâncias
sociais, económicas, religiosas, morais e políticas.
Nesta perspetiva, a arte é um meio de expressão, reflexão, transmissão de sensações
e emoções, crítica para a mudança de mentalidades, interpretação da realidade e perceção
estética, daí ela ser também conhecimento da época, dos valores, de nós, da vida e do mundo.
A arte existe desde que o homem existe e vive em comunidade, em que a primeira
forma de arte foram as pinturas rupestres. Desde sempre o homem tem necessidade de
comunicar e expressar e a arte é uma dessas formas.
As obras de arte exprimem as vivências, conceções, saberes, sentimentos e opiniões
do artista, cuja expressão é suscetível de ser observada e interpretada pelo sujeito, sendo
reconstruída sob a sensibilidade e experiência de vida dos possíveis recetores.
Conclusão
Após uma longa análise do que consiste a estética e a filosofia da arte e de todos os
problemas e conceitos que daí advêm, nomeadamente a experiência estética, os juízos
estéticos, a criação artística, as obras de arte e a arte na generalidade, chegamos a uma
conclusão muito simples…
…esta dimensão humana, que faz parte do nosso dia a dia, nem que seja por uma
simples música que ouvimos ao acordar, é muito controversa e não existe um consenso
comum sobre a real, verdadeira e universal definição de arte, existindo alguns filósofos, que
com a sua posição cética, a consideram indefinível.
A arte é assim um conceito imensamente amplo e em aberto que está diretamente
ligado à própria criatividade artística, ao contexto em que surge, à época em que é produzida,
às suas funções e ao objetivo ou intenção do artista, surgindo com o passar dos anos novas
formas de arte.
Bibliografia
Websites:
http://lolaeafilosofia.blogspot.com/2017/06/a-obra-de-arte-e-criacao-artistica.html
https://prezi.com/pws9d2szfan9/filosofia-a-criacao-artistica-e-a-obra-de-arte/
https://pt.slideshare.net/DiogoA1/filosofia-322a-criao-artstica-e-a-obra-de-arte
https://prezi.com/oehr2d4gesvw/trabalho-de-filosofia-10o-ano/
http://filosofarliberta.blogspot.com/2014/06/a-experiencia-e-os-juizos-esteticos.html
https://issuu.com/marinasantos/docs/est__tica__experi__ncia_e_ju__zo
Livros:
Clube das Ideias 10 - 10.º Ano – Manual Areal
705 Azul, Introdução à filosofia 10º ano – Manual Porto Editora
Pensar é Preciso – Filosofia 10ºano
Manual filosofia 10 ano ,Lisboa editora