Estetica e Beleza Filosofia
Estetica e Beleza Filosofia
Estetica e Beleza Filosofia
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O que é Estética?
Estética é um termo originário da língua grega, mais especificamente da palavra
aisthésis; tem como significado o ato de perceber, de notar. É um ramo da filosofia
denominado filosofia da arte que estuda a essência da beleza ou do que é belo, seja
natural ou artístico, e a base da arte. A estética também estuda o sentimento que as
coisas belas proporcionam ou despertam dentro de cada ser humano.
A estética na antiguidade
Na antiguidade, a estética fazia parte dos estudos e ensinamentos da ética e da
lógica. Muitos filósofos se ocupavam da discussão de vários temas filosóficos, dentre
eles, a estética. Platão e Aristóteles eram os filósofos que mais se envolviam com o
estudo do belo e da estética. Inclusive Platão em vários dos seus diálogos, (obras de
autoria própria em que Platão escrevia sua forma de pensar a filosofia e que hoje servem
como base para muitas disciplinas da matéria) expressava sua preocupação em relação
ao espaço em que a beleza ocupa na maneira de pensar e agir das pessoas.
A estética na filosofia
Uma das teses defendidas por Platão é a de que quando uma pessoa se identifica
com coisas boas, alcança o belo; e foi a partir deste pensamento platônico que na idade
média surgiu a ideia de estudar a estética separadamente das outras duas áreas da
filosofia a que estava atrelada, a lógica e a ética, surgindo assim, a filosofia do belo.
A priori, o significado de estética era um pouco diferente do que se tem hoje; ela
indicava a sensibilidade (estesiologia). Quem introduziu estes conceitos atuais de
estética como o conhecemos, foi o filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten; ele
designou que a ciência do belo (estética) seria justamente a compreensão do belo
expressado nas artes (saber sensorial), e a ciência contrária à lógica que se expressa
através do saber cognitivo.
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É importante destacar a discordância de pensamentos entre os maiores pensadores
da história e os significados propostos por eles para a estética:
Platão – Para ele, o belo era absoluto e eterno, não precisando de manifestações
materiais como a arte e outras para expressá-lo, pois estes apenas seriam a imitação do
que é perfeito. O homem não poderia emitir opinião a respeito de algo belo, pois a única
reação humana diante de tal seria a passividade. A beleza, o belo, o saber e o amor eram
inseparáveis na concepção de Platão.
O ideal grego de beleza usado até o século XVII era aquilo que tinha simetria,
proporção, equilíbrio e ordem e permaneceu assim, influenciando inclusive a arquitetura
das igrejas (que tempos depois usaram o principio da simetria em sua decoração). Só
depois desse século é que surgiu o conceito de que o belo é algo subjetivo, relativo, de
gosto individual e da maneira como cada um percebe o objeto. Cada pessoa carrega uma
bagagem, uma cultura, uma crença que a faz ver as coisas de maneiras diferentes. Logo,
a beleza é definida por suas vivências pessoais.
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imaginação (nos dando prazer) e não pelo pensamento lógico. Kant defendeu que é
impossível julgar racionalmente o belo. Nós sabemos que cada um de nós tem visões
diferentes de beleza, apesar disso todos nós esperamos que os outros concordem
conosco sobre o que é belo a nossos olhos. Porém, algo que é belo para mim, também
pode ser, embora não obrigatoriamente, para você. E é esse prazer compartilhado por
mais de uma pessoa que torna esse conceito universal. Mas será que colocar conceitos
sobre o que é belo é certo? Kant escreve que “Quando se julgam objetos simplesmente
segundo conceitos, toda a representação da beleza é perdida”.
Georg Hegel, filósofo alemão, defende que a noção do que é belo muda de acordo
com a época em que se vive e não é definida em um só conceito. O que é feio agora
pode ser belo amanhã. O que é bonito hoje pode ser feio futuramente.
A palavra belo vem do latim bellus, que significa “lindo, bonito, encantador”. Na
época clássica era um termo pejorativo para homens, mas algo bom para mulheres.
Na pré-história mulheres obesas tinham o tipo físico ideal, pois significava que
eram bem nutridas, o que supostamente as tornava melhores para procriar. Há 28 mil
anos, a Vênus de Willendorf possuía a aparência considerada bela. A beleza para os
homens gregos, era cuidar do corpo, mantendo a aparência forte e musculosa e cabelos
encaracolados. As mulheres gregas evitavam expor-se ao sol (o bronzeado era
considerado feio) e seus corpos eram mais cheios (com curvas acentuadas), seios
pequenos, pele clara e cabelos longos (melhor ainda se fossem ruivos). Além disso, o
belo era definido também pelo intelecto e pelo estilo de vida que eles levavam e não
apenas pela aparência do corpo em si.
Na idade média, a aparência não era importante por ser considerada pecaminosa, o
foco eram as características morais. A mulher devota, de alma pura, casta, com lábios
pequenos e cabelos louros eram belas. Homens tinham que ter poder.
Na época barroca elegância era sinônimo de beleza, assim como roupas refinadas.
No Romantismo o bonito mesmo era ser triste e doente. Quanto mais palidez, olheiras e
cabelos bagunçados para as mulheres, melhor. Homens deviam ser boêmios para serem
belos.
Hoje em dia
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curvas a la Marilyn Monroe, a regra era se inspirar nos astros de Hollywood, já na
década de 60, a magreza de Twiggy era ideal. Nos anos 80 o corpo esculpido por
ginástica era belo, mas sem exageros, diferente dos anos 2010, onde a febre era fitness,
de corpos musculosos, com horas de academia e com alimentação regrada.
Finalizo com o que diz Zeca Baleiro em uma de suas músicas: “Baby você não precisa de
um salão de beleza. Há menos beleza num salão de beleza. A sua beleza é bem maior do que
qualquer beleza de qualquer salão”.
A proporção áurea vem encantando pessoas ao longo de séculos. Dizem que ela pode ser
encontrada, em praticamente, tudo! Na natureza, na arquitetura, em pinturas de Leonardo da
Vinci e ate no corpo humano. MITO OU VERDADE?
Ela surge quando você divide uma linha em dois pedaços (A e B), de forma que a
razão entre eles (A/B) é igual à razão entre a linha inteira e o pedaço maior ((A+B)/A).
Isto é aproximadamente igual a 1,618. Ela é representada pela letra grega phi (φ), e foi
descoberta pelo matemático Euclides há 2.300 anos, na Grécia Antiga – mas só ganhou
o nome “divina proporção” muitos séculos depois…
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1 – Ela também está relacionada à importante sequência de Fibonacci: 1, 1, 2, 3, 5,
8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233… Ela é formada pela soma dos dois números anteriores:
1+1=2, 1+2=3, 2+3=5, e assim por diante. Ao dividir um número pelo outro, você se
aproxima continuamente da proporção áurea.
3 – A proporção áurea também era usada como um guia na obra de artistas como
Salvador Dalí e de arquitetos como Le Corbusier 4 – A proporção áurea pode ser
encontrada nos dentes anteriores superiores, numa visão frontal, entre a largura do
incisivo central e a largura do lateral, e entre a largura do incisivo lateral e largura do
canino. Porém, esta proporção não ocorre naturalmente na maior parte da população.
Nos tratamentos restauradores estéticos de dentes anteriores superiores a proporção
divina pode ser usada como guia, devolvendo de forma eficiente a harmonia do sorriso,
porém não garantindo a beleza do sorriso, já que este é um conceito bastante subjetivo.
1 – Obras históricas:
A fachada do Partenon, templo construído na Grécia Antiga para louvar a deusa Atena,
foi feito com base na proporção áurea… No entanto, ele foi construído em 447 a.C.,
mais de um século antes da descrição da Porporção Aurea
Também existe a crença de que Leonardo da Vinci usou a proporção áurea em suas
obras. Por exemplo, dizem que o Homem Vitruviano se encaixa na razão áurea, por ter a
proporção perfeita entre altura e largura – mas as medidas não batem. Como explica o
físico Donald E. Simanek:
“A relação umbigo/altura na imagem é 0,604, um pouco menor do que 1/φ = 0,618. Da
Vinci escreveu um texto que acompanha a imagem, mas ele não diz nada sobre essa
relação, nem sobre a distância do umbigo até os pés.”
A Mona Lisa também é “vítima” das linhas áureas. Basicamente, você pode inserir um
retângulo áureo arbitrário na cara da Gioconda, e ele vai se encaixar… de alguma
forma.
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Se você se dispõe a medir uma estrutura complicada como uma pirâmide egípcia,
você terá rapidamente na mão uma grande abundância de comprimentos para brincar.
Se você tiver paciência suficiente para fazer malabarismos com esses números, você
certamente obterá muitos valores que coincidem com importantes datas históricas ou
números nas ciências. Como você não está limitado por nenhuma regra, seria
estranho se a “verdade” da razão áurea não se encaixasse com sucesso considerável.
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Conclusão
É interessante ver o quanto o conceito do que é belo tem efeitos na vida dos sujeitos e
influencia a forma como nos relacionamos com as pessoas e nos colocamos no mundo.
Mesmo tendo surgido dentro do âmbito filosófico, o conceito de beleza enquanto ideal
reflete de várias formas o que buscamos na vida através de um objeto de amor, objeto
artístico e tantos outros objetos que passamos a vida procurando.
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Bibliografia:
http://obviousmag.org/graziele_lima/2016/afinal-o-que-e-ser-belo.html
https://abstracta.pro.br/estetica/
https://www.ortoblog.com/o-numero-de-ouro-a-proporcao-aureao-segredo-da-
beleza-mito-ou-verdade/
https://filosofiavivapro.blogs.sapo.pt/12520.html
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/a-filosofia-e-o-
discurso-sobre-a-beleza/57520