Estrutura Cristalina e Granulosa
Estrutura Cristalina e Granulosa
Estrutura Cristalina e Granulosa
A estrutura cristalina descreve a distribuição do átomo no espaço e como estes estão ligados entre si podendo
ser representada como um conjunto reticular tridimensional de pontos (nesses pontos encontram-se dispostos
os átomos).
A maioria dos elementos metálicos (em torno de 90%) transforma-se de liquido para sólido assumindo
estruturas altamente densas, quais sejam: cúbica de corpo centrado (CCC), cúbica de face centrada (CFC) e
hexagonal compacta (HC). A estrutura hexagonal compacta é na verdade uma modificação da estrutura
hexagonal simples. A maioria dos metais cristalizam-se seguindo estes arranjos compactos, pois a energia é
liberada com a aproximação dos átomos. Assim, uma estrutura densa apresenta nível de energia mais baixo
e portanto, mais estável. As dimensões de redes unitárias metálicas são extremamente pequenas. Como
exemplo, a aresta do cubo de uma rede unitária de ferro (CCC), na temperatura ambiente, mede
0,287x100m. Portanto, se diversas redes unitárias São colocadas em fila, em 1mm existiriam 3,48 x 106
células.
CRISTAIS CÚBICOS
A estrutura cúbica é uma das que ocorrem com maior frequência nas substâncias cristalinas e é
considerada a de maior importância. Dependendo da posição que os átomos ocupam na estrutura cúbica, a
mesma pode ser classificada em cúbica simples (CS), cúbica de corpo centrado (CCC) e cúbica de face
centrada
(CFC).
Neste arranjo estrutural existe um átomo em cada vértice de um cubo e um outro átomo no centro do
mesmo. Esta estrutura pode ser encontrada no tungstênio, tântalo, bário, nobilito, potássio, vanádio,
cromo, etc. Nesse caso, o fator de empacotamento pode ser calculado seguindo o mesmo procedimento
anterior:
Este arranjo caracteriza-se por exibir os mesmos átomos nos vértices encontrados nos outros dois arranjos
cúbicos e mais I átomo em cada face do cubo. A estrutura cúbica de face centrada é a estrutura do alumínio,
cálcio, níquel, cobre, prata, ouro, platina, chumbo, etc. Neste caso
existe um total de quatro átomos no interior da rede unitária.
Representação esquemática de uma rede unitária CFC.
CRISTAIS HEXAGONAIS
As estruturas cristalinas hexagonais, juntamente com as estruturas cúbicas, formam os arranjos atómicos dos
principais cristais elementares ou aqueles formados por 1 único átomo. Destes cristais, aproximadamente
52% apresentam estrutura cúbica, 28% exibem estrutura hexagonal e os 20% restantes estão distribuídos
entre os outros 5 tipos estruturais. Isto faz com que a estrutura hexagonal tenha grande importância em
cristalografia, o que torna necessário o estudo da mesma. Existem dois tipos de arranjo hexagonal, quais
sejam: hexagonal simples e hexagonal compacto.
ALOTROPIA
Diversos elementos, bem como compostos químicos apresentam mais de uma forma cristalina, dependendo
de condições como pressão e temperatura envolvidas.
Este fenómeno é denominado de alótropa ou polimorfismo. Metais de grande importância industrial como
o ferro, o titânio e o cobalto apresentam transformações alotrópicas em temperaturas elevadas
A diferença entre as estruturas CCC do ferro e do ferro õ reside no valor do parâmetro de rede dos
dois casos. Na faixa de temperaturas mais baixa, o parâmetro de rede é menor.
O grão não e um cristal monolítico que seja constituído por camadas atómicas rigorosamente paralelas. na
realidade o grão costuma apresentar um mosaico de subgraos cujas dimensões variam de 1×10−5 a 1×10−3
cm ( de 1000 a 100 000 Å), no seio dos quais os planos cristalográficos se encontram torcidos um
relativamente ao outro, formando um Pequeno angulo, da ordem de uns minutos. A este tipo de estrutura do
grão da se o nome estrutura mosaico. a variação das dimensões dos subgraos da estrutura em mosaico e da
sua orientação recíproca, que se apresenta no decorrer de diferentes processos de tratamento do metal dado,
conduz a alteração das propriedades deste ultimo. Os subgraos, amiúde, ficam reunidos formando núcleos
mais grandes, denominados de fragmentos. Cada um dos fragmentos tem grande numero de subgraos. Os
fragmentos, por sua vez, ficam desorientados, um em relação ao outro, formando um angulo de ordem de
uns graus.
Os grãos de um metal estão desorientados, um relativamente ao outro, desorientação cuja magnitude
costuma ser igual a umas dezenas de graus
À medida que se desenvolve o processo de cristalização, vai crescendo o número de cristais que nele participam,
razão pela qual o processo, num momento inicial, adquire um desenvolvimento acelerado, até que, num outro
momento (geralmente quando se tem cristalizado 50% do liquido), a colisão dos cristais (que altera a sua forma
regular) em crescimento e a diminuição cada vez mais da quantidade de liquido no seio do qual se vão formando
cristais, dificulta sensivelmente o seu crescimento.
1.- No processo de cristalização surgem núcleos cristalinos de distintos tamanhos. Nem todos têm
capacidade de crescimento. A dimensão mínima do centro de cristalização, capaz de crescer a determinadas
temperaturas, designa-se como tamanho critico do centro de cristalização. Quando o tamanho é inferior ao
mínimo esse centro dissolve-se no metal liquido;
velocidade de crescimento 34
2.- O tamanho do grão n determina-se da relação n=1,1 ( )
numero de nucleos cristalinos
3.- O tamanho do grão é também influenciada pela temperatura do metal liquido, sua composição química e
a presença de impurezas;
4.- Quanto menor a dimensão do núcleo cristalino, tanto maior é a relação S/V [Área/Volume]. Por ex:, para
o cubo simples, se a=10, então S/V=6x102/103=0,6. Se a=1, então tem-se que S/V=6x12/13=6, i.e., ao
formar-se centros de cristalização de um tamanho inferior ao tamanho critico, a energia livre do sistema
cresce;
5.- Com o aumento do grau de resfriamento, diminui o tamanho critico do centro de cristalização e, portanto,
aumenta a quantidade de centros de cristalização capazes de se desenvolverem;
A cada uma das temperaturas de cristalização (ou ao grau de resfriamento) corresponde um determinado
tamanho do embrião estável;
6.- Os embriões de tamanho maior que crítico vão crescendo e acabam por transformar-se em grãos, ou seja,
em cristais;
7.- Se as partículas das impurezas têm uma rede cristalina semelhante com a do metal em solidificação,
então estas desempenham o papel de centros de cristalização. Quanto maior é a quantidade de impurezas
(relação proporcional) tanto maior é o número de centros de cristalização e tanto menor é o tamanho do grão.
A ductilidade e a plasticidade são mais altas se o grão do metal é fino;
8.- O uso de materiais para se obter um metal de grão fino designa-se por modificação. Assim, por exemplo,
durante a modificação das ligas de magnésio, o grão pode diminuir de 0,2 a 0,3 mm para 0,01 a 0,02 mm
graças a acção da magnetita, algumas vezes da grafite, cálcio, etc. Nas ligas de alumínio aplicam-se como
modificadores o titânio, o vanádio, manganês, etc. Os modificadores depositam-se em forma de capa
delgada sobre a superfície do metal em crescimento. Por isso estas impurezas são superficialmente ativas.