Guia Edicao Ninja (QuantizeAudio)
Guia Edicao Ninja (QuantizeAudio)
Guia Edicao Ninja (QuantizeAudio)
´
de audio
Karen Ávila
SUMÁRIO
Dividido em 9 capítulos e escrito com uma
linguagem simples, este Guia te mostrará conceitos
e técnicas para você se tornar um Ninja da Edição
Introdução
Sobre a autora
Capítulo 1 - O conceito
Capítulo 8 - Afinação
Capítulo 9 - Agilizando
INTRODUÇÃO
Muito além do cortar, arrastar e um crossfade
CAIXA DE FERRAMENTAS
Um bom editor tem que ter bons ouvidos mas também tem que
ter uma boa caixa de ferramentas e saber mexer bem nelas. E neste
guia você vai aprender:
Espero que você aprecie este guia e que possa tirar muito
proveito das informações contidas nele. Fiz com muito carinho para
você.
Karen Ávila
SOBRE A AUTORA
Minha Experiência
Trabalho com edição desde 2012
aonde percebi uma certa demanda
desse serviço enquanto trabalhava
num grande estúdio em São Paulo.
Depois fui contratada por um
engenheiro de mixagem para
montar as sessões de mix e
também editar as músicas. E desde Karen Ávila
então, a edição se tornou a minha
principal fonte de renda.
Além da Edição
Toco violão desde os 7 anos,
instrumento pelo o qual sou
apaixonada. Sou formada em
Produção Fonográfica e possuo um
canal no YouTube aonde conto as
minhas aventuras no mundo do
áudio. Conheça: Quantize Áudio
CAPÍTULO 1
O Conceito
O que é exatamente a edição de áudio?
O QUE É A EDIÇÃO DE ÁUDIO?
Contexto Histórico
Como se editava antigamente?
A HISTÓRIA
Por mais que você reclame de ter que editar, você só precisa aceitar que a
edição faz parte da produção musical moderna.
Na verdade sempre foi assim. Há décadas atrás, as pessoas estavam
cortando e emendando fitas. A diferença é que agora nós podemos fazer
mais, mais rápido e mais fácil. Inclusive você pode conferir o processo de
edição na fita num vídeo bem explicativo: Edição de áudio analógica!
DIAS ATUAIS
O papel do editor
Mentalidade e habilidades
O PAPEL DO EDITOR
Talvez a dica mais importante que eu possa lhe dar seja uma que se
relacione mas não envolva diretamente o processo de edição:
Os tipos de Edição
Cada um dos processos de edição descritos neste
ebook se enquadra em uma (ou mais) das três
categorias: edição corretiva, edição criativa ou edição
restaurativa.
EDIÇÃO CORRETIVA VERSUS EDIÇÃO CRIATIVA
A maior diferença entre as duas primeiras categorias está na intenção. O
objetivo, ou intenção da edição corretiva é resolver problemas que ocorreram
durante a gravação e obter a melhor versão possível dela (como por exemplo, a
execução de um músico), enquanto o objetivo da edição criativa é pegar uma
"parte" do áudio e transformar em algo novo.
EDIÇÃO RESTAURATIVA
Ser capaz de restaurar gravações mais antigas (talvez até danificadas) e
preservá-las em um formato moderno para o desfrute das gerações futuras é
uma habilidade muito útil de se ter. Nos últimos tempos, os avanços dos
softwares fizeram com que não apenas fosse possível uma restauração de
áudio muito mais avançada, mas também que as técnicas pudessem ser
aplicadas de maneiras mais criativas para extrair sons individuais de um arquivo
de áudio complexo.
Um dos principais problemas das gravações antigas é a flutuação da
velocidade da mídia. Isso é chamado pelos termos “wow” e “flutter” (flutuação).
Ambos representam variações na velocidade de gravação e/ou reprodução da
mídia. “Wow” é uma variação lenta e cíclica na afinação e no andamento (tanto
para cima quanto para baixo), enquanto o flutter é uma mudança muito mais
rápida e pode soar mais como uma modulação de amplitude e uma sutil
“agitação” no som.
O principal software atualmente no mercado para restauração de áudio é
o Capstan da Celemony. O software baseia-se nos algoritmos de rastreamento
de afinação que eles desenvolveram para o Melodyne e pega essas
informações de afinação extraídas e calcula um "mapa" de correção para o
áudio processado.
Fade e Crossfade
As diferenças e os tipos de curva
DIFERENÇA ENTRE FADE E CROSSFADE
Tanto os fades como os crossfades são muito úteis para o nosso serviço
pois permitem de forma fácil e rápida que o começo e o final dos nossos áudios
fiquem suaves, sem ruídos inesperados como clicks, pops etc.
A grande diferença entre eles é puramente funcional. Se não tem clips de
áudio se sobrepondo no mesmo track, então você deve usar o fade (fade IN no
começo do clip e fade OUT no final dele). Mas se o seu objetivo é fazer com que
um clip de áudio desapareça gradualmente em outro e eles estão no
mesmo track, você deve usar o crossfade (fades que se cruzam numa tradução
livre)
LINEAR
O volume percebido de um som tem uma relação logarítmica com seu nível
em decibéis; portanto, parece sensato supor que ter um fade que funcione em
uma escala logarítmica é o contrário da curva dos fades lineares. E se você
observar o diagrama abaixo verá que ele faz exatamente isso. Consegue notar
alguma semelhança entre a linear e a logarítmica?
O som de um fade logarítmico deve ser o de um aumento consistente e
suave do volume (percebido) durante toda a sua duração e por isso, faz sentido
que esse formato de curva possa ser usado para a maioria das tarefas com
fades. O fade logarítmico geralmente é uma boa opção para fades longos (no
final das músicas, por exemplo) devido à sua natureza linear percebida
EXPONENCIAL
A curva à esquerda
representa o nível de
alteração em dB ao longo
do tempo, enquanto a
curva à direita representa a
alteração no
volume percebido ao longo
do tempo de um fade
exponencial
S-CURVE
USANDO CROSSFADES
O objetivo de um crossfade é fornecer uma transição suave entre dois
áudios separados. Dentro dessa definição existem algumas situações variadas
para fazer isso. Uma envolve a transição entre dois sons totalmente não
relacionados ou pelo menos muito diferentes, e a outra é quando temos dois
sons semelhantes e queremos tentar fazê-los soar contínuos. O processo é
basicamente o mesmo, mas temos um conjunto diferente de parâmetros e
critérios para trabalhar em cada situação.
O caso mais simples é quando desejamos aplicar um crossfade entre dois
arquivos muito diferentes (em timbre e afinação). Na maioria dos casos,
simplesmente posicione os dois clips nas posições apropriadas e, em seguida,
selecione a curva e o tamanho do crossfade adequados e faça pequenos
ajustes para acertar. Na maioria das situações como essa, isso bastará, pois os
sons são bem diferentes.
Já quando estamos lidando com dois sons bastante semelhantes (em
timbre e afinação), temos mais algumas coisas a considerar. Fique atento com o
cancelamento de fase e sempre que der, faça o corte no “ponto zero” (0 dB),
isso pode evitar vários problemas. Também fique atento ao tipo de curva
escolhido. Um crossfade de Equal Power (Poder Igual) pode parecer mais suave
e consistente do que um Equal Gain (Ganho Igual), mas, reiterando, sempre deixe
seus ouvidos julgarem o que funciona melhor independentemente da situação.
USANDO O BEAT DETECTIVE
O Beat Detective é uma ferramenta nativa do Pro Tools para manipular e
editar áudio de natureza rítmica. Com ele, é possível cortar um trecho do áudio
em vários clips, quantizar e adicionar crossfades de uma só vez.
Vamos nos concentrar aqui nas operações básicas para você editar uma bateria
ou uma percussão, por exemplo. São elas:
Elastic Audio
E os seus algortimos
ELASTIC AUDIO
Todo o conceito do Elastic Audio é relativamente recente (2007) e que só foi
possível pelos enormes avanços recentes no poder de processamento do
computador. Em essência, o Elastic Audio pode alongar ou encurtar/comprimir o
tempo do audio sem modificar a afinação (pitch). O aspecto revolucionário é que
ele pode fazer tudo isso em tempo real e de maneira não destrutiva, o que nos
permite experimentar novas idéias de maneira rápida, fácil e, o mais importante,
com segurança; diferentemente da função de Time-Stretching padrão, que é
destrutiva.
O Elastic Audio tem uma abordagem “drag and drop” (clique e arraste).
Simplifica bastante os processos de edição mais comuns, mas também pode ter
um lado negativo, porque pode comprometer alguns aspectos de qualidade.
ALGORITMOS DIFERENTES
Polyphonic - Criado para processar áudio que contém polifonia (piano, violão).
É considerado o algoritmo mais versátil dentre todos.
Rhythmic - Preserva o tempo e os transientes e, sendo assim, é o mais
adequado para material rítmico, como bateria por exemplo.
Monophonic - Analisa o conteúdo da frequência e a amplitude, tornando-o
particularmente adequado para vocais e outros materiais monofônicos.
Varispeed - Altera a afinação e o tempo (andamento), semelhante ao efeito
de um gravador de fita ou vinil.
X-Form - É o algoritmo de melhor qualidade/fidelidade, porém só pode ser
utilizado offline.
Fique atento se não tem partes que estão sendo esticadas ou comprimidas
desnecessariamente.E independentemente do algoritmo que está usando, os
melhores resultados com o Elastic Audio acontecem quando as alterações são
bem pequenas. Se houver a necessidade de mover muito o áudio de lugar, o
ideal é realizar o procedimento de outra maneira (como cortar + arrastar +
crossfade)
CAPÍTULO 7
Drum Replacement
Substituindo as peças da bateria
DRUM REPLACEMENT - TRIGGER
Hoje, muitos engenheiros de mixagem usam samples de tambores (bumbo,
caixa e tons) pré-gravados para somar com a bateria original, no intuito de
ganhar mais punch. Pode ser que seja solicitado ao editor, criar esses canais de
“replace” ou de “trigger”, como são comumente chamados. E há pelo menos 3
maneiras de fazer isso:
Afinação
E o "Efeito Cher"
AUTO-TUNE
Em 1997, a Antares Audio Technologies lançou o Auto-Tune, um plugin para
o Pro Tools de afinação de voz que permitiu que os produtores afinassem com
uma facilidade e rapidez nunca vistos antes. Um ano depois, ele “apareceu” no
hit “Believe” da cantora Cher, onde o produtor optou pelo efeito estético digital do
Auto-Tune, causado pela correção extrema da afinação que produz um som
semi-artificial na voz. Esse efeito ficou conhecido como “Efeito Cher” e hoje é
amplamente usado nas vozes dos cantores principalmente no Pop e no Hip-hop.
Curioso que o que foi projetado para ser auditivamente discreto tornou-se
um efeito facilmente identificável.
Auto-Tune
Melodyne
ReaVoice
Waves Tune
Vale a pena testar todos eles e identificar qual você gosta mais, tanto em
questão de sonoridade quanto de workflow.
Antares Auto-Tune
CAPÍTULO 9
Agilizando
Coisas simples para ganhar tempo
CORES
Recomendo que você crie um padrão de cores para os instrumentos, te
garanto que facilita muito na hora de editar.
Bateria: vermelho
Baixo: verde
Percussão: laranja
Violão: verde piscina
Guitarra e outras cordas: verde limão
Piano e teclados: azul (e suas variações)
Sanfona: amarelo
Vozes: rosa
Você não precisa seguir o meu esquema de cores, escolha a sua paleta da
maneira que achar melhor. O importante é que você comece a usar o mesmo
esquema de cores sempre, para facilitar o seu trabalho (tanto na edição, quanto
na mixagem também ;D)
ATALHOS
Como o próprio nome já diz, os atalhos são para encurtar o caminho até
determinado lugar, e no nosso caso aqui, nos processos. Ao invés de ter que
abrir o menu toda vez para escolher determinada função ou ferramenta, decore
os atalhos do teclado da sua DAW, e se ela tiver a opção de personalizar os
comandos (o que não é o caso do Pro Tools), recomendo fortemente que você o
faça! Personalize os atalhos ao seu gosto e os decore, pois isso pode aumentar a
velocidade com que você edita.
Gostou?
Para acessar mais conteúdos como esse
CLIQUE AQUI
WWW.QUANTIZE.COM.BR
WWW.EDICAONINJA.COM.BR