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R E S O L U Ç Ã O Nº 37/2006

Institui e disciplina o processo virtual

no âmbito dos Juizados Especiais
Cíveis do Poder Judiciário do Estado
de Sergipe.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE, no uso das atribuições

conferidas pelo art. 10 da Lei Complementar Estadual no. 88, de 30 de outubro de 2003 (Código
de Organização Judiciária do Estado de Sergipe), e

considerando que os Juizados Especiais Cíveis regem-se pelos princípios da

oralidade, informalidade, simplicidade, economia processual e celeridade na prestação
jurisdicional;

considerando que o Conselho Nacional de Justiça CNJ, através da

Recomendação no. 01/2005, estabeleceu como prioridade operacional dos Juizados Especiais
Estaduais criar estrutura tecnológica adequada para processar os feitos de sua competência,
gerando indicadores para medir esta adequação;

considerando a necessidade de dotar os Juizados Especiais de instrumentos

tecnológicos que permitam a efetiva celeridade no processamento de seus feitos;

considerando que iniciativas de virtualização do processo no âmbito estadual já

se acham em prática no país, a exemplo dos Tribunais de Justiça da Paraíba, Mato Grosso do
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Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

considerando os benefícios de amplo e rápido acesso a dados e informações

processuais por todos os agentes do processo, magistrados, serventuários da justiça,
advogados, defensores públicos e partes;

considerando que ao final do Encontro Nacional de Operadores da Justiça

Virtual, evento patrocinado pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Conselho da
Justiça Federal, realizado em Brasília/DF no período de 28 a 30 de junho de 2006, foi emitida a
Carta dos Operadores da Justiça Virtual, concluindo que o processo virtual reveste-se de
fundamental importância para a modernização da prestação jurisdicional;

considerando o teor do Projeto de Lei no. 71/2002, em tramitação na Câmara

dos Deputados, dispondo sobre a informatização do processo judicial, atualmente aguardando
votação final em Plenário;

RESOLVE

Art. 1º Fica instituído o processo eletrônico como instrumento de solução das

contendas trazidas ao conhecimento dos Juizados Especiais Cíveis do Poder Judiciário do
Estado de Sergipe.

Capítulo I

Disposições Gerais

Art. 2º O processo eletrônico caracteriza-se pela existência de autos virtuais,

sem papel, pela prática de atos processuais à distância por meio da rede mundial de
computadores, a internet, bem como pelo acesso rápido e seguro a todo o seu conteúdo.

Art. 3º O Sistema de Juizado Especial Virtual será implantado, gradativamente,

em todos os Juizados Especiais Cíveis do Estado, por ato da Presidência do Tribunal de
Justiça, aplicando-se aos processos iniciados dessa data em diante.

Parágrafo único. Para os fins de implementação do Sistema de Juizado Especial

Virtual fica mantida a competência territorial administrativa dos Juizados Especiais Cíveis da

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Comarca de Aracaju, regulada pela Resolução nº 23/2006.

Capítulo II

Do Acesso ao Sistema de Juizado Especial Virtual

Art. 4º O acesso ao Sistema de Juizado Especial Virtual dar-se-á por meio de

assinatura eletrônica, mediante o cadastro de usuário e senha junto ao Poder Judiciário do
Estado de Sergipe.

§ 1º O cadastro de usuário e senha é de uso pessoal, intransferível e de inteira

responsabilidade de seu detentor.

§ 2º Juízes e servidores da justiça utilizarão os logins de usuário e senha que já

possuem.

§ 3º Advogados e defensores públicos obterão assinatura eletrônica mediante

cadastro a ser realizado pessoalmente perante agente do Poder Judiciário em qualquer
Secretaria Judicial, nas Recepções dos Fóruns Integrados ou, caso se mostre viável, nas sedes
da Ordem dos Advogados do Brasil ​ Secção de Sergipe e Defensoria Pública de Sergipe.

§ 4º Na ocasião do cadastro, o advogado ou defensor público apresentará

documento de identificação profissional e assinará o termo próprio.

§ 5º A assinatura eletrônica conferida a advogados e defensores públicos

permitirão acesso ao Sistema de Juizado Especial Virtual através do Portal do Advogado, na
página do Tribunal de Justiça ​ www.tj.se.gov.br.

Capítulo III

Do Ajuizamento de Reclamações

Seção I

Disposições Gerais

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Art. 5º No ajuizamento de reclamações é obrigatória a identificação do

CPF/CNPJ do autor e CEP Código de Endereçamento Postal de todas as partes, na forma da
Resolução nº 09/2006.

Seção II

Do Ajuizamento pela própria Parte

Art. 6º A atermação de reclamações será realizada nas recepções dos Fóruns

Integrados que sediem Juizado Especial Cível com sistema virtual implantado.

Parágrafo único. À medida da implantação do sistema virtual, as recepções

poderão atermar reclamações de competência de outros Juizados Especiais Cíveis.

Art. 7º Na atermação, o técnico judiciário:

I - tomará por termo o fato e o pedido do autor, caso este já não traga consigo
petição digitada ou em arquivo digital;
II - digitalizará os documentos apresentados, inclusive carteira de identidade e
CPF do autor, devolvendo-os em seguida ao mesmo, salvo na hipótese de Execução de Título
Extrajudicial, quando o respectivo título será mantido arquivado na Secretaria do competente
Juizado Especial Cível até o trânsito em julgado da sentença proferida;
III antes de comandar a gravação da reclamação, procederá à leitura do fato e
do pedido para o autor, corrigindo o que for necessário;
IV concluirá o ajuizamento da reclamação, entregando ao autor o respectivo
termo, onde constará o Juizado Especial Cível ao qual foi distribuída, número do processo,
nome das partes, fato, pedido e data de audiência de conciliação, da qual restará intimada a
comparecer.

§ 1º Os documentos digitalizados nesta ocasião estarão conferidos com o

original para os efeitos legais.

§ 2º Do termo de reclamação não constará assinatura do autor.

§ 3º Tratando-se de micro-empresa, a prova de sua condição deverá ser

efetuada por meio da apresentação de documento hábil, como certidão simplificada da Receita

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Federal atualizada, a qual será digitalizada.

Seção III

Do Ajuizamento por Advogado ou Defensor Público

Art. 8º O protocolo e a distribuição de petição inicial, inclusive por dependência,

perante os Juizados Especiais Cíveis integrantes do sistema virtual por advogados e
defensores públicos dar-se-ão somente através do Portal do Advogado, com acesso através do
site do Tribunal de Justiça ​ www.tj.se.gov.br.

§ 1º Além destes, o Portal do Advogado disporá de outros serviços, a exemplo

do protocolo de petições gerais.

§ 2º No Portal do Advogado constarão todos os seus serviços dispostos em

manual explicativo.

§ 3º O acesso aos serviços do Portal do Advogado serão diários, ininterruptos,

24 horas por dia, salvo os casos fortuitos e de força maior.

Art. 9º No Portal do Advogado, o advogado ou defensor público indicará além

dos dados mencionados no art. 5º desta Resolução, a classe processual e, caso disponha, o
CPF/CNPJ da parte ré, e anexará:

I ​ petição inicial em arquivo eletrônico;

II ​ instrumento de mandato da parte autora digitalizado;
III documentos que se fizerem necessários à prova do alegado, todos
digitalizados.

§ 1º De acordo com a classe processual, a distribuição será por dependência,

ocasião em que também se indica o número do processo dependente.

§ 2º Poderão ser anexados os arquivos eletrônicos com as extensões .pdf, .doc,

.jpg e .mp3 ou outras que vierem a ser divulgadas no Portal do Advogado.

§ 2º Somente poderão ser anexados os arquivos eletrônicos com a extensão

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.pdf, sem prejuízo de outras anexações de petições e de documentos na extensão .jpg e .mp3,
em audiência de instrução e julgamento. (redação dada pela Resolução 03/2010)

§ 3º Documentos em grande volume que façam prova da personalidade jurídica

de pessoas jurídicas, a exemplo de contrato social, podem ser apresentados apenas quando da
audiência de conciliação, fazendo-se constar no termo.

§ 4º Tratando-se de micro-empresa, a prova de sua condição deverá ser

efetuada por meio de documento hábil digitalizado, como certidão simplificada da Receita
Federal atualizada.

Art. 10. Somente para os Juizados Especiais Cíveis em que estiver

funcionando o Sistema de Juizado Especial Virtual será permitido o protocolo e distribuição de
petição inicial.

Art. 11. O protocolo e distribuição de petição inicial ocorrerão simultânea e

automaticamente, quando o advogado ou defensor público, no respectivo cadastro, ajuizar a
reclamação contra parte que já conste no banco de dados do Poder Judiciário.

§ 1º Mesmo já existindo no banco de dados, o advogado ou defensor público

poderá informar o novo endereço tanto da parte ré como da autora.

§ 2º Caso a parte ré não conste no banco de dados e o advogado ou defensor

público disponha de informação sobre seu CPF/CNPJ, poderá pessoalmente realizar o cadastro
da parte, viabilizando o protocolo e distribuição automáticas.

§ 3º Não dispondo do CPF/CNPJ da parte ré, o advogado ou defensor público

indicará apenas o CEP Código de Endereçamento Postal e nome completo da parte ré, ficando
a cargo dos técnicos judiciários da respectiva recepção dos Fóruns Integrados competente
concluir o cadastro da parte e distribuição da petição inicial.

§ 4º Tratando-se de Ação de Execução de Título Extrajudicial, a distribuição

será concluída pela recepção dos Fóruns Integrados nos moldes do § 3º deste artigo, no prazo
de cinco dias, quando o advogado ou defensor público deverá apresentar o título original, que
ficará arquivado na Secretaria até o trânsito em julgado da sentença.

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§ 5º Nas hipóteses dos §§ 3 e 4º deste artigo, se a recepção dos Fóruns

Integrados não conseguir concluir a distribuição da petição inicial por problemas ao acessar o
respectivo arquivo anexado, por se achar danificado ou corrompido, o protocolo será devolvido
ao Portal do Advogado para que o advogado ou defensor público possa regularizar.

§ 6º É responsabilidade do usuário acessar o Portal do Advogado para conferir a

possível necessidade de regularizar protocolos devolvidos.

Capítulo IV

Do Protocolo de Petições

Art. 12. O protocolo de petições gerais por advogados e defensores públicos

dar-se-á somente pelo Portal do Advogado, aplicando-se todas as regras já dispostas para o
protocolo e distribuição de petições iniciais.

Art. 13. No protocolo de petição geral, o advogado ou defensor público:

I indicará o número do processo, conferindo-o com o nome das partes em

seguida exibido;
II ​ indicará o tipo ou assunto da petição que protocoliza;
III ​ anexará o arquivo; e
IV ​ comandará o protocolo da petição.

Art. 14. Protocolizada a petição, o Sistema de Juizado Especial Virtual exibirá

um protocolo de entrega com número de registro, data e hora, oportunizando ao advogado ou
defensor público sua impressão, e automaticamente fará a sua juntada no processo eletrônico
informado.

Parágrafo único. Conforme o tipo ou assunto da petição apontado, o sistema

virtual também fará imediata conclusão do feito ao juiz.

Art. 15. O protocolo de petições gerais é um dos serviços do Portal do

Advogado, sendo seu acesso ininterrupto, na forma do § 3º do art. 8º desta Resolução.

Parágrafo único. No último dia de prazo, considerar-se-á tempestiva a petição

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protocolizada até às 24 horas do mesmo dia, salvo os prazos fixados em horas.

Art. 16. Questionamentos sobre tempestividade do protocolo de petições,

notadamente em vista de falta de acesso aos serviços do Portal do Advogado por motivos
técnicos, caso fortuito ou força maior, a requerimento do interessado, serão resolvidos no
processo virtual pelo Juiz competente.

Capítulo V

Da Comunicação de Atos Processuais

Art. 17. As citações serão realizadas, de regra, na forma da legislação em

vigor, digitalizando-se, dentre outros instrumentos, cartas, mandados, comprovantes de entrega,
avisos de recebimento e certidões.

Parágrafo único. A citação de pessoas jurídicas poderá ser realizada por e-

mail, desde que:

I manifestem interesse à Presidência do Tribunal de Justiça ou a qualquer

Juizado Especial Cível ou mantenham site na internet, divulgando e-mail corporativo;
II ​ confirmem o recebimento do e-mail, que conterá o aviso da citação com data de realização da
audiência de conciliação e o arquivo da petição inicial devidamente anexado.

Art. 18. As intimações serão realizadas na forma da legislação em vigor,

digitalizando-se cartas, mandados, comprovantes de entrega, avisos de recebimento e
certidões, bem como por telefone, na forma da Resolução nº 18/2006 do Tribunal de Justiça de
Sergipe.

Art. 19. As citações, intimações e demais documentos em papel produzidos

pelo Juízo que forem digitalizados e juntados aos processos serão, logo em seguida,
inutilizados por meio de reciclagem mecânica.

Art. 20. A intimação de advogados dar-se-á pelo Diário da Justiça, na forma da

Resolução nº 07/2006 do Tribunal de Justiça de Sergipe.

§ 1º O Portal do Advogado facilitará o acesso às publicações por meio de

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consultas específicas.

§ 2º Da intimação veiculada logo após a distribuição da petição inicial para

comparecer à audiência de conciliação, cabe ao advogado comunicar à parte que representa,
sob pena de extinção.

Art. 21. A intimação do defensor público, até que se aplique a intimação

eletrônica na forma da Resolução nº 15/2006, dar-se-á por qualquer meio legítimo de
comunicação pessoal de atos processuais.

Capítulo VI

Da Audiência de Conciliação

Art. 22. A audiência de conciliação se instaurará e desenvolverá na forma da

legislação aplicável com as adaptações previstas neste Capítulo.

Art. 23. Cartas de preposição exibidas em audiência serão apenas

mencionadas no respectivo termo, bem como contratos sociais e demais documentos que
provem a personalidade jurídica da pessoa jurídica.

Art. 24. Celebrado o acordo entre as partes, o termo será redigido, impresso,
assinado pelos presentes, digitalizado e anexado ao processo, que seguirá ao juiz para
homologação.

§ 1º Nesta hipótese, no termo constará que as partes de logo ficam intimadas

da sentença homologatória do acordo quando disponível na internet.

§ 2º O termo será impresso em duas vias, que após assinadas e digitalizadas

serão entregues a cada uma das partes.

Art. 25. Os acordos serão formatados, sempre que possível, conferindo às

partes a faculdade de acompanhar seu cumprimento, cabendo tão-somente ao Poder Judiciário
ser provocado e movimentado por ocasião de eventual descumprimento.

Art. 26. Não sendo celebrado o acordo entre as partes, de logo serão

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intimadas a comparecer a audiência de instrução e julgamento, sendo desnecessária qualquer
assinatura no termo.

Parágrafo único. Para que não reste dúvida sobre a intimação pessoal, no
termo constará expressamente o nome de todos os presentes.

Capítulo VII

Da Audiência de Instrução e Julgamento

Art. 27. A audiência de instrução e julgamento se instaurará e desenvolverá na

forma da legislação em vigor, com as adaptações previstas neste Capítulo.

Art. 28. As regras da audiência de conciliação previstas no Capítulo VI

aplicam-se na audiência de instrução e julgamento, especialmente quando celebrado acordo
entre as partes.

Art. 29. Não havendo acordo, iniciada a fase de resposta do réu, o advogado
ou defensor público, caso não o faça oralmente, deverá apresentar a peça de defesa impressa e
em arquivo eletrônico, a fim de permitir o desenvolvimento ainda mais célere do ato.

Parágrafo único. Os arquivos eletrônicos serão apresentados em qualquer

mídia portátil, a exemplo de pen drive, CD ou disquete.

Art. 30. A instrução do processo com a inquirição de partes e testemunhas será

gravada, conforme o disposto na Resolução nº 17/2006 do Tribunal de Justiça de Sergipe.

Capítulo VIII

Da Vinculação do Advogado da Parte Ré

Art. 31. O advogado da parte ré poderá ser vinculado ao processo:

I antes da audiência de conciliação ou de instrução e julgamento, se já

cadastrado no Sistema de Juizado Especial Virtual, mediante simples requerimento a partir do
Portal do Advogado, anexando-se a procuração digitalizada;

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II nas audiências de conciliação ou instrução e julgamento, fazendo-se constar

no respectivo termo.

§ 1º A vinculação do advogado ao processo não implica no acesso aos serviços

do Portal do Advogado previstos nesta Resolução, de modo que o conteúdo de petições e
demais
documentos acostados pelas partes somente poderão ser visualizados pelos cadastrados no
Sistema de Juizado Especial Virtual.

§ 2º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o requerimento do advogado

será encaminhado a relatório do Escrivão ou Chefe de Secretaria, ocasião em que conferirá a
procuração e vinculará o advogado ao processo.

§ 2º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o requerimento do advogado,

inclusive do substabelecido, será encaminhado a relatório do Escrivão ou Chefe de Secretaria,
ocasião em que conferirá a procuração ou substabelecimento e regularizará a representação
processual com a necessária vinculação ou desvinculação de advogado ao processo. (Redação
dada pela Resolução nº 03/2007)

§ 3º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, caso o advogado ou defensor

público não esteja previamente cadastrado no Sistema de Juizado Especial Virtual, ao ser
vinculado ao processo, o sistema advertirá esta situação, quando então o conciliador ou juiz
deverá informá-lo a respeito, fazendo constar no termo.

Capítulo IX

Da Sentença e de seu Cumprimento

Art. 32. A sentença proferida pelo juiz, escrita ou oral, será anexada ao
processo em arquivo eletrônico.

Parágrafo único. A sentença será proferida oralmente nas condições e na

forma da Resolução nº 17/2006.

Art. 33. Não o sendo voluntário, o cumprimento do acordo homologado ou da

sentença condenatória poderá ser requerido:

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I pela própria parte junto à recepção dos Fóruns Integrados, que sedie o
Juizado Especial Cível competente, ou;

II ​ pelo advogado ou defensor público através do Portal do Advogado.

Parágrafo único. Tratando-se de cumprimento de sentença prolatada em autos físicos, antes de

comparecer à recepção, a parte dirigir-se-á ao atendimento ao público da Secretaria do Juizado
competente, onde receberá cópia da sentença e do cálculo do valor devido.

Capítulo X

Da Modificação de Competência

Art. 34. Nos casos de modificação de competência entre Juizados Especiais

Cíveis:

I em se tratando de processo físico para Juizado Especial Cível Virtual, uma

vez recebido na recepção dos Fóruns Integrados do juizado competente será redistribuído,
convertendo-o em processo eletrônico pela digitalização de todas as peças;

II em se tratando de processo eletrônico para Juizado Especial Cível em que

não se tenha implantado o sistema virtual, a Secretaria do juizado converterá o processo
eletrônico em físico pela impressão de todas as suas peças, encaminhando-o em seguida à
recepção dos Fóruns Integrados do juizado competente, onde será redistribuído.

§ 1º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, concluída a redistribuição, o

processo eletrônico seguirá em imediata conclusão ao juiz, sendo listado em relatório próprio.

§ 2º Proceder-se-á na forma do inciso II do caput deste artigo quando da

remessa do processo eletrônico em grau de recurso à Turma Recursal, caso nesta ainda não se
tenha implantado o sistema virtual.

Capítulo XI

Do Atendimento às Partes e Consulta ao Processo Eletrônico

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Art. 35. O atendimento às partes do processo eletrônico, especialmente as não

assistidas por advogado ou defensor público, será realizado, de regra, por técnicos judiciários
da recepção dos Fóruns Integrados.

Art. 36. Os atos, peças e movimentos processuais produzidos pelo Poder

Judiciário poderão ser visualizados em inteiro teor pela consulta processual disponível na
internet.

Art. 37. Advogados e defensores públicos cadastrados no Sistema de Juizado

Especial Virtual terão acesso irrestrito aos processos eletrônicos aos quais estiverem
vinculados.

Art. 37. Advogados e defensores públicos credenciados no Sistema de Juizado

Especial Virtual terão acesso irrestrito aos processos eletrônicos através do Portal do
Advogado, ainda que não vinculados ao respectivo processo, salvo os casos de sigilo e segredo
de justiça. (Redação dada pela Resolução nº 9/2007)

Capítulo XII

Da Tramitação do Processo Eletrônico

Art. 38. O Sistema de Juizado Especial Virtual permitirá uma tramitação mais
célere e automática do processo eletrônico.

Art. 39. São características do Sistema de Juizado Especial Virtual, dentre

outras:

I ​ o lançamento automático de movimentos processuais;

II ​ a parametrização de classes, movimentos e fases processuais;
III divisão do trabalho entre os técnicos judiciários da Secretaria a partir do final
de número dos processos eletrônicos;
IV organização das atividades a serem desenvolvidas nos processos
eletrônicos em relatórios específicos;
V marcação e priorização de situações que necessitam de resposta mais

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rápida, a exemplo de pedidos de tutela antecipada, dentre outros;
VI ​ amplo controle de prazos processuais;
VII perfis específicos de usuários, de acordo com as atividades que podem
desenvolver no processo eletrônico;
VIII impossibilidade de exclusão ou alteração de movimentos processuais
praticados;
IX ​ o apensamento eletrônico de feitos.

Parágrafo único. Outras funcionalidades serão agregadas ao Sistema de

Juizado Especial Virtual, especialmente para que tornem automáticas a expedição e
cumprimento de cartas precatórias e mandados.

Capítulo XIII

Das Disposições Finais

Art. 40. O Sistema de Juizado Especial Virtual será também utilizado para
gerenciar os processos físicos até que sejam todos resolvidos e serão facilmente identificados,
de modo que não se confundirão com os processos eletrônicos.

Art. 41. O Tribunal de Justiça de Sergipe em parceria com a Ordem dos

Advogados do Brasil Secção de Sergipe instalará sala para os advogados nos Fóruns
Integrados que sediem Juizados Especiais Cíveis que tenham implantado o sistema virtual,
dotando-a dos equipamentos necessários ao seu acesso.

Art. 42. Pessoas jurídicas reconhecidamente muito demandadas nos Juizados

Especiais Cíveis poderão depositar em juízo documentação que comprove sua personalidade
jurídica, bem como as cartas de preposição de seus representantes, fazendo-se constar no
termo de audiência quando necessário.

Art. 43. Os livros cartorários necessários, a exemplo do de registro de termo de

audiência e de sentença, serão gerados e armazenados eletronicamente.

Art. 44. Fica autorizada a Presidência do Tribunal de Justiça de Sergipe a editar

instruções normativas regulando e aditando a matéria desta Resolução.

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Art. 45. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 46. Ficam revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, nesta

cidade de Aracaju, capital do Estado, aos vinte e oito dias do mês de agosto do ano de dois mil
e seis.

Desembargadora Marilza Maynard Salgado de Carvalho

Presidente

Desembargador Cláudio Dinart Deda Chagas

Corregedor-Geral

Desembargadora Clara Leite de Rezende

Desembargadora Josefa Paixão de Santana

Desembargador Roberto Eugenio da Fonseca Porto

Desembargadora Célia Pinheiro Silva Menezes

Desembargador Cezário Siqueira Neto

Desembargadora Madeleine Alves de Souza Gouveia

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