Resumo de Epsteim

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Faculdade de Letras e Ciências Sociais

Departamento de Arqueologia e Antropologia

Licenciatura em Antropologia

Docente: Doutora Margarida Paulo

Discente: Carlitos Tomé

carlitosromaotome48@gmail.com

3ᵒ Ano, 1ᵒ semestre, Ano Lectivo 2020

Antropologia Urbana

Epstein, L. 1969. Gossip, Norms and Social Networks. In: Social Networks in Urban
Situations: Analysis of Personal Relationship in Central Africa Towns. Manchester:
Institute for African Studies. pp. 117-127.

O texto de Epstein (1969) analisa o conceito de redes sociais, normas e fofocas. O autor
baseou-se nos métodos de observação participante, qualitativo e na revisão literária
sobre as redes sociais na antropologia. O autor diz que a análise dos problemas da
organização social urbana na moderna África mostra que cada morador urbano africano,
pode ser considerado o ponto de várias relações sociais. Definidos em termos de papéis,
alguns são derivados de um sistema de interacção social mais amplo que tem
desenvolvido em senhores secretos.

O autor notou que o conceito de rede também ajudou a esclarecer alguns dos problemas
do controle social na sociedade africana, como as normas do comportamento que passou
a ser definido como eles são mantidos ou sancionados e como elas passam a ser
definidas. A tendência nos estudos urbanos africanos dada a atenção dos antropólogos
foi desenvolvida para ver a situação urbana contra um modelo de tribo sistema, com

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uma consequente falha em entender que os novos padrões do comportamento também
eram respostas urbanas.

O autor afirma que a vida social dos africanos urbanos assemelha-se mais ao modo de
vida desenvolvido entre outros moradores urbanos de outras partes do mundo do que os
seguidores tradicionais da tribo. O autor afirma que quando o africano se desloca para
zona urbana a procura de trabalho, não só carrega consigo os valores de crenças e
costumes da sua zona, mas sua persistência na urbe pode influenciar a ordenação de
relações sociais nesse contexto no qual está inserido. O autor considera que para o
africano urbano a cidade é algo dado no qual ele deve ajustar-se.

No decurso do trabalho de campo, o autor notou que há uma vasta rede de fofocas que
até afecta as relações de várias pessoas. O campo social em cada pessoa está em
contacto com várias pessoas, algumas podem estar em contacto com as outras, e
algumas de quem não pode. A rede de cada pessoa é construída de maneiras diferentes.
Pode incluir lutas, membros baixos da organização formal, outros extraídos das
categorias de parentes e tribos, e assim como cada um dos quais representa um princípio
distinto da organização na cidade.

O autor argumenta que ao definir um bate-papo da rede, considera-se um número de


variáveis como os componentes que entram na rede, o grau de malha ou consistência
entre as funções e o peso ou intensidade relativa de cada ligação particular. Assim, a
intensidade de um relacionamento pode ser medida pela frequência da interacção,
sobretudo pelo seu conteúdo. Pois, toda relação social envolve a ideia de troca e o que
ajuda a defini-lo são os tipos de informações, visões e conversas que são trocadas.

O autor considera que a troca de fofocas denota uma certa comunidade de interesse.
Marca o conjunto de outros cujos assuntos íntimos são ignorantes ou que considerariam
sem importância para eles. É através de tais fofocas que pressionam as normas de
comportamento específicas do conjunto. Assim, ao examinar as características sociais
dos envolvidos ver-se-á àqueles que caem dentro de faixas superiores do prestígio.

O autor conclui que a análise mostra como, através do mecanismo da rede social,
classes sociais são capazes de emergir, como elas vêm articular as normas de
comportamento definem seu carácter distintivo e desenvolvem meios para afirmar sua
validade quando parecem ter sido contestadas.

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