Operacao de Guindauto

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA

E
MEDICINA DO TRABALHO

OPERAÇÃO DE GUINDAUTO

NORMA TÉCNICA DE SEGURANÇA

NTS
NTS :
NORMA TÉCNICA DE SEGURANÇA - NTS Pg : 2/10
Rev : 01/01

1. OBJETIVO

1.1. O objetivo desta Norma Técnica de Segurança -NTS é fixar as


condições mínimas exigíveis para operação de Guindauto.

2. APLICAÇÃO

2.1. Esta NTS aplica-se à e às empresas contratadas


e/ou sub contratadas.

3. DEFINIÇÃO

3.1. Guindauto é um guindaste montado sobre chassis de caminhão,


dimensionado para realizar trabalhos de elevação e transferência de
materiais, com princípios de funcionamento por braços articulados e
telescópicos atuados por cilindros hidráulicos.

3.1.1. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

DADOS TÉCNICO MD 6501 MD 6502 MD 6503 IM 6.5


Momento de carga útil (Kgf) 6500 6500 6500 6500
Alcance máx. vertical (mm) 6600 7550 8450 7750
Alcance máx. horizontal (mm) 4000 5000 6000 4770
Ângulo de giro (graus) 360 360 360 360
Peso aproximado (Kg) 1260 1410 1500 1430
Capacidade de carga máximo (Kgf) 3250 3250 3250 2235
Capacidade máximo em Kgf no alcance 1625 1300 1083 1345
máximo

4. REQUISITOS BÁSICOS

4.1. Documentos do caminhão

4.1.1. O caminhão equipado com guincho para operar nas áreas


controladas pela deverá estar com sua documentação em
dia de acordo com a legislação vigente do Brasil;

4.1.2. equipamentos obrigatórios


4.1.2.1. Extintor de incêndio;
4.1.2.2. dispositivo de içar veículo (macaco);
4.1.2.3. chave de roda;
4.1.2.4. triângulos de sinalização;
4.1.2.5. cones de sinalização para isolamento de área;
4.1.2.6. tabela de carga do guincho;
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4.1.2.7. placa indicativa das alavancas e de direcionamento das
mesmas;
4.1.2.8. pranchas para patolas;
4.1.2.9. estropos e manilhas.

5. OPERAÇÃO DE GUINDAUTO

5.1. O guincho só poderá ser operado por pessoa habilitada e qualificada, portando
Permissão para operar equipamento de manuseio e transporte de cargas,
específicos conforme determina a

6. OBRIGAÇÕES DO OPERADOR:

6.1. Zelar pelos equipamentos sobre sua responsabilidade e pelo bom


andamento das atividades;

6.2. Trabalhar de forma a evitar acidentes;

6.3. Usar e exigir o uso dos EPI pelas pessoas envolvidas nas atividades;

6.4. Recusar-se a utilizar equipamentos, dispositivos, acessórios, etc, que


estejam defeituosos e/ou sem identificação de capacidade máxima
permitida;

6.5. Tomar conhecimento dos dados técnicos de fabricação do guindaste,


dispositivos, acessórios, etc;

6.6. Inspecionado no mínimo uma vez por semana, observando os seguintes


itens:

6.6.1. Equipamentos obrigatórios (Ver item 4.1.2);


6.6.2. níveis dos líquidos;
6.6.3. comandos;
6.6.4. cabos;
6.6.5. correntes;
6.6.6. ganchos;
6.6.7. dispositivos de segurança e
6.6.8. possíveis deformações da estrutura.

6.7. Sinalizar a área de trabalho;

6.8. Proibir a circulação ou permanência de pessoas próximas às áreas


sinalizadas;

6.8.1. em caso de recusa da pessoa de afastar-se da área sinalizada,


parar a movimentação da carga;
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6.9. Nunca utilizar gancho aberto ou sem a trava de segurança;

6.10. Não deixar dispositivos e acessórios expostos ao tempo;

6.11. Nunca exceder às especificações técnicas e recomendações do


fabricante, nas limitações de cargas, estabilidade do equipamento,
dispositivos e acessórios;

6.12. Utilizar sempre para toda e qualquer carga o equipamento


patolado;

6.13. Nunca movimentar a carga com a visão bloqueada. Usar pessoa


capaz e treinada para sinalizar movimentos de carga (sinaleiro).

7. MEDIDAS GERAIS DE PROTEÇÃO

7.1. Guindaste

7.1.1. O guindaste deverá possuir:

7.1.1.1. Placa de identificação das alavancas e de direcionamento


das mesmas;
7.1.1.2. tabela de especificação da capacidade de carga do
guindaste.

7.1.2. Gancho

7.1.2.1. O gancho deverá possuir trava de segurança;

7.1.2.2. indicação de capacidade de carga.

7.1.3. Cabos / estropos

7.1.3.1. Nunca deixar que os cabos de aço tome a forma de um


pequeno laço;

7.1.3.2. substitua os cabos quando os arames rompidos visíveis no


trecho mais prejudicado atingirem os seguintes limites:

7.1.3.2.1. 6 fios rompidos em um passo;


7.1.3.2.2. 3 fios rompidos em uma única perna;
7.1.3.2.3. aparecer corrosão acentuada;
7.1.3.2.4. os arames externos se desgastarem mais do que um
terço de seu diâmetro original;
7.1.3.2.5. o diâmetro do cabo diminuir mais do que cinco por
cento em relação ao seu diâmetro nominal;
7.1.3.2.6. aparecer qualquer distorção no cabo (com dobra,
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amassado ou gaiola de passarinho).

7.2. Cintas

7.2.1. Não ultrapassar o ângulo de 60 graus;

7.2.2. jamais usar a cinta em superfícies cortantes;

7.2.3. as cargas não devem ser depositadas sobre as cintas para não
serem danificadas;

7.2.4. jamais dar um nó na cinta;

7.2.5. nunca trabalhar com peças que estejam acima de 80 1C e

7.2.6. nunca trabalhe com uma cinta cortada.

7.3. Correntes

7.3.1. As correntes destinadas a içamento e movimentação de cargas


devem ser inspecionadas 4 vezes ao ano a fim de manter um
controle quanto à segurança operacional;

7.3.2. Desgaste - Medidas tomadas onde o desgaste é máximo:

dm = d1 + d2 0,9 d
2

7.3.2.1. caso o dm seja menor que 0,9d (90% do diâmetro


nominal ), a corrente deve ser substituída.

7.3.3. Alongamento:

7.3.3.1. Quando a medida tomada no passo externo do elo exceder


em 3% o seu passo original (considerando-se a tolerância de
fabricação), o que corresponde a 5% do comprimento interno do
elo.

8. ATIVIDADES

8.1. Planejamento

8.1.1. A atividade que necessitar do uso de guindauto deverá ser


planejada.

8.1.1.1. O planejamento deverá abranger os dispositivos e


acessórios, tais como:
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8.1.1.1.1. Capacidade do guindaste;


8.1.1.1.2. ângulo da lança;
8.1.1.1.3. eslingas;
8.1.1.1.4. cabos de aço (estropos);
8.1.1.1.5. eslingas de corrente;
8.1.1.1.6. cintas de nylon;
8.1.1.1.7. manilhas de união;
8.1.1.1.8. grampos de cabos de aço;
8.1.1.1.9. gancho corrediço;
8.1.1.1.10. calços para as patolas e
8.1.1.1.11. posicionamento do caminhão para melhor condição
de içamento/descarga.

8.2. Regras de operação

8.2.1. Patolamento

8.2.1.1. Colocar o veículo em posição adequada;

8.2.1.2. em caso de estar em terreno inclinado ou acidentado


colocar o veículo em posição que aumente a segurança do
equipamento e do usuário;

8.2.1.3. colocar o veículo em ponto morto;

8.2.1.4. acionar o freio de estacionamento;

8.2.1.5. estender manualmente as lanças dos pés e travá-las com


os respectivos pinos;

8.2.1.6. acionar as alavancas dos pés de tal maneira à apoiá-las


sobre o solo, até livrar o veículo de qualquer esforço resultante
do trabalho;

8.2.1.7. verificar se o solo onde o veículo está situado, está bem


firme de maneira a sustentar o equipamento em operação;

8.2.1.8. utilizar pranchões para regularizar as superfícies de apoio


das patolas de forma a evitar deslizamento e/ou afundamento e

8.2.1.9. verificar sempre antes de mover o veículo, se os pés estão


totalmente recolhidos.

8.3. Amarramento de carga

8.3.1. Antes de efetuar as amarras verificar:


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8.3.1.1. peso da peça ou do material a ser içado;


8.3.1.2. o ângulo e a extensão da lança do guincho para o içamento;
8.3.1.3. a capacidade do guincho em relação ao ângulo e a
extensão da lança;
8.3.1.4. a capacidade do gancho do guincho;
8.3.1.5. a capacidade dos dispositivos e/ou acessórios de içamento;
8.3.1.6. a existência de cantos agudos ou cortantes (quinas vivas).

8.3.2. Amarrar a carga para içamento:

8.3.2.1. Mantenha sempre reto os laços ou o conjunto de laços;


8.3.2.2. nunca diminuir os laços com nó;
8.3.2.3. nunca utilizar estropos retorcidos ou que apresente fios
quebrados (ver item 4.1.2);
8.3.2.4. os laços devem ser sempre utilizados com cuidados, a fim
de evitar estrangulamento ou nó, provocando uma torção
prejudicial;
8.3.2.5. as cargas de trabalho dos laços são baseadas em
diâmetros mínimos de curvatura de 8 a 10 vezes o diâmetro do
cabo. Se esse diâmetro for menor, deve-se aumentar o fator
de segurança;
8.3.2.6. usar proteção nos cantos agudos das peças de forma a
evitar danos ou cortes nas eslingas ou dispositivos de
içamento;
8.3.2.7. quando utilizar manilhas de união não colocar o pino no
lado do cabo e deixar meia volta de folga na rosca e
8.3.2.8. procure sempre que possível o centro de gravidade da peça
a ser içada.

9. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

9.1. Içamento

9.1.1. Verificar o travamento das eslingas e/ou dispositivos de pega da


peça de forma a evitar deslizamento da carga;

9.1.2. todas as operações de içamento de cargas somente poderão ser


efetuadas com o guincho devidamente patolado;

9.1.3. afastar as pessoas da área de movimentação da carga;

9.1.4. a carga deverá ser movimentada rente ao chão ou ao piso do


assoalho da carroceria do caminhão;

9.1.5. nunca movimentar a carga sobre si mesmo ou da cabine do


caminhão;
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9.1.6. evitar partida ou parada brusca em todos os sentidos de manobras


do braço do guincho, principalmente com carga;

9.1.7. nunca utilize o guincho para arrastar peças ou materiais;

9.1.8. procurar sempre que possível o centro de gravidade da peça;

9.1.9. não desviar a atenção durante as operações e

9.1.10. quando do içamento da carga verificar se os pés não estão


afundando.

9.2. Descarregamento

9.2.1. Nunca coloque a mão ou qualquer parte do corpo em baixo de


cargas suspensas;

9.2.2. procurar sempre depositar a carga de forma a não prender o


dispositivos ou acessório. Utilize calços para depositar a carga;

9.2.3. depois de terminados os trabalhos com o guindaste, colocá-lo na


posição de transporte (berço) e,

9.2.4. acionar as alavancas dos pés hidráulicos de tal maneira a recolhê-


los totalmente, após esta operação, recolher manualmente as lanças
dos pés.

9.3. Transporte

9.3.1. Procurar depositar a carga de forma centralizada e distribuída na


carroceria do caminhão;

9.3.2. a carga depositada na carroceria deverá estar calçada e/ou


amarrada de forma a evitar rolamento ou tombamento com a
movimentação do caminhão;

9.3.3. ao conduzir caminhão com carga, reduzir a velocidade usual e


redobrar a atenção, principalmente, em curvas, trevos ou pistas
irregulares;

9.3.4. é expressamente proibido utilizar o gancho para segurar a carga


durante o transporte;

9.3.5. utilize os cabos de amarração para fixar a carga e


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9.3.6. efetuar o travamento transversal das laterais da carroceria com
corrente.

10. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

10.1. Todas as pessoas envolvidas nas manobras deverão utilizar os


Equipamentos de Proteção Individual tais como:

10.1.1. Capacete;
10.1.2. botina de segurança;
10.1.3. luvas de raspa de couro;
10.1.4. óculos de segurança;
10.1.5. protetor auditivo.

11. MANUTENÇÕES

11.1. Preventiva

11.1.1. Deverá ser observado, de acordo com o manual do


fabricante, os períodos de manutenção preventiva

11.1.2. As inspeções, de acordo com o Ato Normativo 1.2.18, Art.


Segundo, parágrafo único, deverão ser realizadas por pessoas
habilitadas e registradas em fichas apropriadas, onde constem os
seguintes lementos:

11.1.2.1. Firma proprietária e usuária;


11.1.2.2. tipo de equipamento;
11.1.2.3. data da inspeção atual e anterior;
11.1.2.4. nome do técnico que efetuou a inspeção;
11.1.2.5. falhas encontradas;
11.1.2.6. medidas corretivas propostas,
11.1.2.7. datas e reparos efetuados em decorrência desta inspeção.

11.2. Corretiva

11.2.1. O operador deverá comunicar ao setor responsável, sempre


que constatar anormalidades no funcionamento do guindaste.

12. ACIDENTE

12.1. Toda e qualquer ocorrência acidentária deverá ser comunicada a


sua chefia imediata ou a área de Segurança do Trabalho, de acordo com
o Manual de Recursos Humanos, Capítulo 8, Grupo 13, Módulos 1, 2 e
3, conforme o caso.

13. PENALIDADES
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13.1. O não cumprimento desta norma implica na imediata paralisação


da atividade;

13.2. Os encargos e/ou prejuízos decorrentes da paralisação de


atividades, pelo Gerente do Contrato, seus prepostos ou pela área da
Segurança do Trabalho, serão de responsabilidade exclusiva das
empresas contratadas ou sub contratadas.

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