A Pericia Psicológica No Direito de Familia PDF
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A Pericia Psicológica No Direito de Familia PDF
A PERÍCIA
PSICOLÓGICA NO
DIREITO DE FAMÍLIA
21 DE MAIO DE 2007
PROMOÇÃO
JUSMULHER-RS
APOIO: EMA/AJURIS
SPRGS CRP-07 ABMCJ
SIPERGS
A J ORNADA “A P ERÍCIA P SICOLÓGICA NO
DIREITO DE FAMÍLIA” FOI UM EVENTO PROMOVIDO
PELO IBDFAM-RS E PELO JUSMULHER-
R E P R E S E N TA D O P O R U M A M E SA O N D E T R Ê S
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1 BLOCO - DO JUDICIÁRIO
COMPOSIÇÃO DA MESA
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Mônica Guazzelli
A PERÍCIA EM DIREITO DE
FAMÍLIA
MÔNICA GUAZZELLI
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Mônica Guazzelli
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Mônica Guazzelli
que sem a provocação das partes, para que se sinta absolutamente seguro
quanto a decisão que deverá dar ao caso.
Veja-se que, por exemplo, mesmo que as partes não te-
nham requerido o juiz poderá fazer uma inspeção judicial ou determinar
uma perícia.
A orientação doutrinária mais recente é que o juiz, es-
pecialmente quando tratar de direitos indisponíveis - o que ocorre no di-
reito de família em geral – tenha uma maior intervenção.
O juiz pode não ser suficientemente apto a proceder -
pessoal e diretamente - a verificação e apreciação de certos fatos e – suas
causas e conseqüências, precisando da atuação de entendidos na matéria.
Este trabalho se apresentará ao juízo na forma de PROVA PERICIAL.
Este requisito de especificidade é que determinará a
necessidade – ou não – e, ou a conveniência - ou não- da realização deste
tipo de prova.
II – OBJETO DA PERÍCIA
A perícia terá por fundamento a PERCEPÇÃO e
CONSTATAÇÃO DE FATOS – os quais – na linguagem de Carnelutti – são
fatos que devem ser percebidos e constatados por técnicos, pois necessi-
tam de PERCEPÇÃO TÉCNICA, eis que exigem qualidades sensoriais
especializadas e conhecimentos científicos e técnicos capazes de
compreendê-los e distingui-los.
Em Direito de Família um exemplo já clássico é o exa-
me de DNA para determinar a existência ou não do vínculo biológico de
paternidade. O qual precisa ser realizado através de perícia por especialis-
tas em genética.
Em casos como o exame de DNA, a perícia se limita em
constatar o fato em si, mas há várias outras perícias – psiquiátricas e psico-
lógicas, por exemplo – onde se conjuga não só a verificação do fato, mas a
sua compreensão e apreciação, cumprindo ao perito, nesta hipótese, de-
pois de informar quanto a existência do fato, emitir um parecer ou juízo
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no tocante a sua natureza, valor e importância ou, ainda, sobre suas cau-
sas e efeitos (presentes e futuros).
Nestes casos é preciso tal valoração do experto, pois é
ela que tornará o fato inteligível ao magistrado, o qual em tese é leigo no
assunto específico.
Percepção; Observação; Apreciação são momentos da
Verificação. E a própria Interpretação dos fatos como apreciação que é –
reclama prévia verificação.
A perícia muitas vezes se resume na declaração de ciên-
cia de um fato, noutras é a declaração + a afirmação de um juízo, o que
resume a interpretação técnica, que nos casos de perícia psicológica tor-
na-se imprescindível.
O que caracteriza a perícia é justamente a
QUALIDADADE da declaração, posto que se trata de declaração de caráter
técnico, isto é uma declaração técnica sobre um elemento de prova.
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Plínio Caminha de Azevedo
Juiz de Direito -
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DA PROVA
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídi-
co pode ser provado mediante:
Vide art. 5º, XII e LVI, CF.
Vide art. 136, CC/1916.
Vide art. 332, CPC.
I- CONFISSÃO;
II - DOCUMENTO;
III - TESTEMUNHA;
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IV - PRESUNÇÃO;
V- PERÍCIA.
SEÇÃO VII
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sua publicação.
Vide art. 850 , Código de Processo Civil.
(...)
Art. 435. A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assisten-
te técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a compa-
recer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob
forma de quesitos.
Vide arts. 452, I, e 850, Código de Processo Civil.
Parágrafo único. O perito e o assistente técnico só estarão
obrigados a prestar os esclarecimentos a que se refere este
artigo, quando intimados 5 (cinco) dias antes da audiência.
Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a
sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos
autos.
Vide arts. 131 e 850, Código de Processo Civil.
Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da
parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não
lhe parecer suficientemente esclarecida.
Vide arts. 130 e 850, Código de Processo Civil.
Art. 438. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre
que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omis-
são ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
Vide art. 850, Código de Processo Civil.
Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas
para a primeira.
Vide art. 850, Código de Processo Civil.
Parágrafo único. A segunda perícia não substitui a primeira,
cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra.
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I. INTRODUÇÃO
(...)
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V. A DESNESCESSIDADE DO COMPROMISSO E A
RESPONSABILIDADE PELA ATUAÇÃO DO PERITO.
Na redação antiga, dispunha o artigo 422 do Código de
Processo Civil que os peritos e os assistentes técnicos seriam intimados a
prestar, em dia, hora e local marcados pelo Juiz, o compromisso de bem
cumprir o encargo que havia a eles sido cometido. A redação atual simpli-
ficou mais uma vez o processo, prescindindo o perito da assinatura do
anacrônico termo de compromisso. Idem o assistente da parte.
Já não era sem tempo a tomada de tão significativa pro-
vidência legislativa, escoimadora de uma das célebres sandices que
atravancam a marcha processual. O perito é havido como auxiliar da justi-
ça, e ainda que seja serventuário excepcional e temporário (conforme
CINTRA, GRINOVER e DINAMARCO, Teoria Geral do Processo, 1991, 184),
máxime por exercer o encargo mediante remuneração (para uns, uma
taxa; para outros, um preço público), não foge ao enquadramento de ‘par-
ticular em colaboração com o poder público’ (conforme MARIA SYLVIA
ZANELLA DI PIETRO, Direito Administrativo, 1991, 308) ou mais precisa-
mente de funcionário público, na amplitude conceptual do artigo 327 do
Código Penal.
Outro não era o desígnio do malfadado ‘termo de com-
promisso’ do perito e dos assistentes técnicos, senão o de vincular-lhes à
atividade estatal judicante, sujeitando-se aos rigores disciplinares e penais
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ração devida pelo perito, se tiver este sido condenado por falsa perícia
(Código Penal, artigo 342), já que aí a indenização advirá em simples exe-
cução, precedida de liquidação. Em outro escrito, emiti opinião sobre o
tema: ‘A liquidação da sentença condenatória criminal é feita por artigos
(Código de Processo Civil, artigos 609 e seguintes), com a citação do exe-
cutado para oferecer defesa (procedimento ordinário). Será aí apurado o
montante da indenização e quem deverá recebê-la’ (Os Efeitos Civis da
Sentença Penal Condenatória, Informativo ADV/COAD, 1992, 374).
Por último, sendo o perito judicial um agente público,
e tendo o seu agir dado azo ao prejuízo da parte, há base para que esta
procure do Estado uma indenização, na conformação do artigo 37, § 6º,
da Constituição Federal, bem assim do artigo 15 do Código Civil. Não é
demais lembrar que, em casos tais, a responsabilidade do Estado é objeti-
va, já que ‘pouco importa para o prejudicado e para o bom Direito que o
prejuízo tenha decorrido da culpa do funcionário ou da proclamada defi-
ciência e insegurança do serviço público. O contribuinte, o usuário, paga
para ter um serviço satisfatório e, se o serviço, por ser notoriamente falho
e mal aparelhado, ocasiona um prejuízo inescusável, deve a administração
pagar pelo dano, notadamente quando se tem em conta que a responsabi-
lidade do Estado é objetiva, isto é, independe de culpa’ (MÁRIO MOACYR
PORTO, Temas de Responsabilidade Civil, 1989, 148). A responsabilidade
sem culpa do Estado tem inspiração ‘no risco e na solidariedade social’
(conforme JOSÉ AUGUSTO DELGADO, Responsabilidade Civil do Estado
pela Demora da Prestação Jurisdicional, RF, 297/406; Associação dos Juízes
do Rio Grande do Sul, 29/17, e RP, 40/147).
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VIII. CONCLUSÕES.
1ª) Com as modificações introduzidas no Código de Processo Civil, pela
Lei nº 8.455, o assistente técnico é considerado um auxiliar da parte
que o contactou para dele receber um opinamento acerca das ques-
tões técnicas ou científicas afloradas na sede da prova pericial.
2ª) O assistente técnico está expressamente excluído do rol das pessoas
passíveis de suspeição ou impedimento no processo (Código de Pro-
cesso Civil, artigo 422), não mais estando elencado no artigo 138 do
Código de Processo Civil.
3ª) Para apresentar a sua escusa em não funcionar no processo, o perito
tem o prazo de cinco dias, a contar da intimação de que foi nomeado
ou do surgimento do fato novo ensejador do impedimento ou da
suspeição. Não o fazendo nesse lapso, reputar-se-á renunciado o di-
reito de argüir tais óbices.
4ª) Deveria o legislador de 1992 ter incluído na redação do artigo 146 a
suspeição como causa autorizadora da escusa do perito em funcionar
no processo.
5ª) Desde que compatível com a natureza do fato, é judicialmente válida
a informação prestada em audiência, tanto pelo perito como pelo
assistente técnico, acerca de fatos ou de pessoas que tenham sido
examinadas por estes.
6ª) Se as partes oferecerem, no ajuizamento e/ou na defesa, pareceres
técnicos ou documentos que bastem ao aclaramento da lide, o Juiz
poderá dispensar a produção da prova pericial (Código de Processo
Civil, artigo 427).
7ª) O perito e o assistente técnico não mais prestarão compromisso (Có-
digo de Processo Civil, artigo 422).
8ª) É permitida a substituição do perito se este carecer de base técnica ou
científica, bem assim se deixar de cumprir o seu mister no prazo assi-
nado.
9ª) O laudo do perito deve estar em Cartório no prazo fixado pelo Juiz
até 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento.
10ª) É chamada de parecer a peça de opinamento dos assistentes técnicos,
e deverá chegar a juízo no prazo comum de 10 dias, a contar da entre-
ga do laudo oficial.
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BIBLIOGRAFIA
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PERÍCIA É
PROVA
JUDICIAL?
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I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.
E DIZ AINDA:
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O PAPEL DO ASSISTENTE
O LAUDO E OS PARECERES
Uma das modificações introduzidas na
produção da prova pericial pelo parágrafo único
do art. 433, diz respeito ao vocábulo usado para
definir a peça informativa confeccionada pelo
assistente técnico:
ao invés de laudo, como dizia o dispositivo
derrogado, chama-se agora de parecer,
patenteando assim a intenção do legislador de
excluir o assistente técnico da relação dos
auxiliares da Justiça, para enquadrá-lo como
ajudante da própria parte, às expensas desta
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N ÃO HÁ DÚVIDA SOBRE A
NECESSIDADE DA PERÍCIA RESGUARDAR
OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
CITADOS, CONFORME EXEMPLIFI-CAM
INÚMEROS JULGADOS.
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CONSIDERAÇÕES DA
RELATORA
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EM CONCLUSÃO:
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(E SOCIAL)
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gração nos Estados Unidos no início do século XX. Deve-se lembrar, tam-
bém, a posição de Galton como um dos principais defensores da proibi-
ção de casamentos entre loucos, débeis mentais e alcoólatras para retar-
dar o nascimento dos chamados degenerados8.
O que se constata, hoje, é um aumento da demanda
pelo poder judiciário dos conhecimentos e intervenções da Psicologia.
Incorporar os questionamentos quanto a essa demanda não significa, ne-
cessariamente, concordar plenamente com a qualificação de Louis
Althusser9 à Psicologia de modo geral (e a perícia psicológica em particu-
lar) como “técnicas humanas de adaptação” ou com Michel Foucault10
como “uma prática generalizada de perícia”. Implica em examinar critica-
mente a filiação a práticas de dominação, segregação, exclusão. Implica
em avaliar como insuficientes as pesquisas e regulamentações sobre a di-
mensão técnica da perícia para dar conta da dimensão ética envolvida.
Implica em reforçar a necessidade da reflexão crítica como uma constân-
cia no exercício profissional. É esse o papel do Código de Ética dos Psicó-
logos como foi apontado inicialmente por Lucio Garcia.
Importante considerar que nenhuma profissão existe
no vácuo, mas que se constrói a partir da atividade de diferentes pessoas
que se apropriam dos conhecimentos produzidos. Estimular a reflexão
contemplando as dimensões técnicas, sociais, políticas e éticas envolvidas
é o papel dos órgãos de orientação e fiscalização do exercício profissional.
Daí a importância de espaços como este em que se exercite a reflexão e o
diálogo interdisciplinar sobre os limites, possibilidades e responsabilida-
des de cada exercício profissional, os lugares que ocupam, as éticas que
promovem e os efeitos das práticas que efetivam. Este é também o papel
do debatedor em cada mesa-redonda: incitar o diálogo e a reflexão a par-
tir das exposições que a precederam, compreendendo o verbo debater
no sentido de discutir e, principalmente, despertar.
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A PERÍCIA PSICOLÓGICA NO
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seria o “melhor” dos pais para ter o cuidado da criança. Neste sentido,
Emery, Otto e O’Donohue (2005), em uma revisão crítica sobre avaliações
psicológicas para custódia nos EUA, chamaram a atenção para cuidado
que os psicólogos devem ter ao dirigir seu trabalho pela premissa existen-
te nestas avaliações “do melhor interesse da criança”. Salientam que além
desta máxima ser um conceito vago, predispõe a que se construa estereó-
tipos de genitores “mais ou menos saudáveis” pela indicação na avaliação
daquele com quem a criança estaria sendo melhor cuidada. Estes autores
sugerem que o foco da avaliação deveria ser deslocado para uma nova
proposta, a da “regra da aproximação”, onde se buscaria manter de forma
mais aproximada possível a organização da rotina de vida da criança com
a que ela tinha antes da separação dos pais. Deste modo, não se buscaria
um arranjo familiar “ideal” para esta criança, com o genitor mais “saudá-
vel”, mas aquele que lhe trouxesse menores mudanças. É claro que esta
regra só pode ser seguida se o arranjo familiar prévio à separação vinha
atendendo as necessidades da criança.
Ainda, segundo Emery e colaboradores (2005), as pes-
soas mais capacitadas para definirem esta “melhor” reorganização familiar
seriam os próprios pais. Toda a organização judiciária deveria estar prepa-
rada para facilitar, desde o início do processo, que os pais mantivessem o
poder de decisão quanto a como definir a guarda, através de atividades
técnicas como a mediação. Antes que os genitores entrassem em litígio
judicial deveriam ser alertados quanto aos prejuízos que um processo ju-
dicial litigioso poderia gerar aos filhos. Estudos têm provado de que mais
do que o tipo de arranjo familiar posterior a separação (guarda comparti-
lhada ou individual), é o processo de dissolução e a natureza das relações
familiares que se constroem que influenciarão no sofrimento psíquico dos
filhos. Um processo de mediação judicial, ou preferencialmente
extrajudicial, através do estímulo dos próprios advogados para que os
genitores cheguem a um consenso, evitando o ingresso de um processo
de separação litigiosa, é ainda a melhor e mais durável solução para todos
os membros da família.
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BIBLIOGRAFIA
ACKERMAN, M. J. Essentials of Forensic psychological
Assessment. Toronto: Wiley & Sons, 1999.
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SILVA, M. C. S. e POLANCZYK, T. M. V.
Implantação de um núcleo de atendimento à
família no judiciário – uma proposta inovado-
ra. Aletheia, n.1, Canoas, 1995.
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SILVIA TEJADAS
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INTRODUÇÃO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS:
AGUINSKY, Beatriz Eticidades discursivas do serviço social no
campo jurídico: gestos de leitura do cotidia-
no no claro-escuro da legalidade da moral.
Tese de Doutorado em Serviço Social. Facul-
dade de Serviço Social. PUCRS, 2003.
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3º BLOCO - DO PERICIADO
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A INQUIRIÇÃO DA CRIANÇA
VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL
INTRAFAMILIAR
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INTRODUÇÃO
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2 CARVALHO, Rose Mary de. Comentários ao art. 136 do ECA. In: CURY, Munir (coord.); AMARAL E
SILVA, Antônio Fernando (coord.); GARCÍA MENDEZ, Emílio (coord.). Estatuto da Criança e do
Adolescente Comentado. São Paulo: Malheiros, 1992, p. 419/420.
3 KRISTENSEN, Chistian Haag; OLIVEIRA, Margrit Sauer; FLORES, Renato Zamora. Violência contra
crianças e adolescentes na Grande Porto Alegre. In: ______ et al. Violência Doméstica. Porto Ale-
gre: Fundação Maurício Sirotsky - AMENCAR, 1998, p. 115.
4 Idem, p. 73.
5 Idem, p. 33.
6 KEMPE, Ruth S.; KEMPE, C. Henry. Niños maltratados. 4.ed. Madrid: Ediciones Morata, S. L.,
1996, p. 84.
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7 ZAVASCHI, Maria Lucrecia Scherer et al. Abuso sexual em crianças: uma revisão. Jornal de Pedia-
tria, v. 67 (3/4), 1991, p. 131.
8 MEES, Lúcia Alves. Abuso sexual, trauma infantil e fantasias femininas. Porto Alegre: Artes e Ofí-
cio, 2001, p. 18.
9 ALBERTON, Mariza Silveira. ALBERTON, Marisa Silveira. O papel dos Conselhos Tutelares. In:
______; KRISTENSEN, Chistian Haag; OLIVEIRA, Margrit Sauer; FLORES, Renato Zamora et al. Op.
cit., p. 26.
10 REICHENHEIM, Michael E.; HASSELMANN, Maria Helena; MORAIS, Claudia Leite. Conseqüências
da violência familiar na saúde da criança e do adolescente: contribuições para a elaboração de
proposta de ação. Ciência e Saúde Coletiva, 4 (1), 1999, p. 110.
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11 COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Comentários ao artigo 6º do Estatuto da Criança e do Adolescen-
te. In: CURY, Munir (coord.); AMARAL E SILVA, Antônio Fernando (coord.); GARCÍA MENDEZ, Emílio
(coord.). Op. cit., p. 38.
12 SCHREIBER, Elisabeth. Os Direitos Fundamentais da Criança na Violência Intrafamiliar. Porto
Alegre: Ricardo Lenz, 2001, p. 80.
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13 JOHNSON, Charles F. Abuso na Infância e o Psiquiatra Infantil. In: GARFINKEL, Barry D.; CARLSON,
Grabrielle A.; WELLER, Elizabeth B. Infância e Adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992, p.
300.
14 BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Apelação Crime nº 70003007424,
Sétima Câmara Criminal, Relator Des. Sylvio Baptista Neto, 4 de agosto de 2005, Nova Petrópolis.
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18 BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Apelação Crime nº 70007781917,
Oitava Câmara Criminal, Relator Des. Sylvio Baptista Neto, 7 de abril de 2004, Porto Alegre.
19 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial nº 714.919, Quinta Turma, Relatora Ministra
Laurita Vaz, 9 de agosto de 2005, Rio Grande do Sul.
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20 MÔNACO, Gustavo Ferraz de Campos; CAMPOS, Maria Luiza Ferraz de. O Direito de Audição de
Crianças e Jovens em Processo de Regulação do Exercício do Poder Familiar. Revista Brasileira de
Direito de Família, IBDFAM, Síntese, n. 32, out./nov. 2005, p. 12.
21 Idem. Ibidem.
22 Artigo 5º, § 3º, da Constituição Federal – “Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.
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23 Levantamento realizado em Hospital Infantil (Child Abuse Program Annual Report, 1987), analisan-
do 464 casos de abuso sexual, no período de um ano, indicou que o perpetrador mais comum foi a
pai (15%), seguido pelo padrasto (8%) e tio (7%). (JOHNSON, Charles F. Op. cit., p. 300).
24 BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Apelação Cível nº 70012117024, Séti-
ma Câmara Cível, Relatora Desª. Maria Berenice Dias, 9 de novembro de 2005, Lajeado.
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aças33; como nas etapas que se desenvolvem junto aos Sistemas de Saúde
ou Justiça, cabendo referir que “sobreviver ao abuso sexual da criança
como pessoa intacta pode ser tão difícil para o profissional como é para a
criança e para os membros da família”34.
No Brasil, são escassas as iniciativas voltadas a trabalhar
com os agressores. No Canadá, a maioria dos grupos para homens
agressores busca uma intervenção integrada e coordenada em relação ao
problema da violência doméstica, possibilitando serviço às mulheres e cri-
anças (assistência psicológica, jurídica, grupos de auto-ajuda, encaminha-
mento a abrigos, se necessário), treinamento profissional no manejo de
questões envolvendo violência doméstica (como identificar a vítima de
abuso, como abordar o problema, como fazer o encaminhamento e acom-
panhamento do caso), paralelamente ao trabalho realizado com os ho-
mens agressores.35
A falta de compreensão da dinâmica do abuso sexual
intrafamiliar, verificado tanto nas agências de saúde como no Sistema de
Justiça acaba por gerar intervenções inadequadas com sensíveis prejuízos
ao desenvolvimento da criança. A nomeação do abuso sexual da criança
“cria o abuso como um fato para a família”, podendo “refletir-se na rede
profissional e no nosso próprio pânico e crise profissionais, quando inter-
vimos cegamente em um processo que muitas vezes não compreende-
mos”36.
Maria Helena Mariante Ferreira chama a atenção para
os cuidados a serem dispensados aos profissionais que trabalham com o
abuso sexual:
É necessário salientar a necessidade de apoio e cui-
dado constante do profissional e equipe que aten-
33 “Nossa pesquisa observou que geralmente o réu exercia alguma autoridade sobre a vítima, gerando
nesta o chamado temor referencial (Sznick, 1992), decorrente do dever de obediência para com o
réu” (BENFICA, Francisco Silveira; SOUZA, Jeiselaure Rocha de. Op. cit., p. 181).
34 FURNISS, Tilman. Op. cit., p. 1.
35 GROSSI, Patrícia Krieger. Nem como uma flor: reflexões sobre abordagens com grupos de homens
agressores. In: GROSSI, Patrícia Krieger; WERBA, Graziela C. Violência e Gênero: coisas que a gente
não gostaria de saber. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001, p.97.
36 Idem. Ibidem.
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39 AZAMBUJA, Maria Regina Fay de. Violência sexual intrafamiliar: é possível proteger a criança?
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 125.
40 DUQUE, Cláudio. Op. cit., p. 303.
41 ZAVASCHI, Maria Lucrecia Sherer et al. Op. cit., p. 190.
42 PEREIRA GOMES, Celeste Leite dos Santos; LEITE SANTOS, Maria Celeste Cordeiro; SANTOS, José
Américo dos. Dano Psíquico. São Paulo: Oliveira Mendes, 1998, p. 7.
43 JOHNSON, Charles F. Op. cit., p. 300.
44 Idem, p. 301.
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forte apego pelo abusador, com quem, no mais das vezes, mantém víncu-
los parentais significativos”. O abusador costuma “transferir para a criança
a responsabilidade pelo ocorrido ou pelas conseqüências da revelação,
convencendo a vítima de que será sua culpa se o pai for para a cadeia ou
se a mãe ficar magoada com ela”45. Delegacias de Polícia, Fóruns e Tribu-
nais não são locais apropriados para crianças; são, essencialmente, espa-
ços de resolução de litígios da vida adulta.
Eduardo de Oliveira Leite elenca três ordens de dificul-
dades decorrentes da inquirição da criança: a) as relativas à decisão de
ouvir a criança; b) as que se referem às modalidades de oitiva; c) as que
são criadas pela seqüência da oitiva46. Não há como confundir o respeito à
criança, preconizado pela Convenção das Nações Unidas sobre os Direi-
tos da Criança, ao prever a sua oitiva (de forma direta ou indireta), como
ressalta o artigo 12, com a violência decorrente da exigência de produzir
judicialmente a prova da materialidade da violência sexual sofrida, através
de sua inquirição, desconsiderando o estágio de maturidade e desenvolvi-
mento em que se encontra. No que tange à modalidade de inquirição, em
que pese algumas iniciativas que visam minorar as dificuldades impostas à
criança47, em essência, continua a buscar a produção da prova, em especi-
al, da materialidade, sem considerar os danos que o depoimento pode
causar ao aparelho psíquico da vítima. No momento que a criança relata o
fato, objetivo principal de sua inquirção, ao Juiz ou técnico do Juizado,
não se observa a adoção de qualquer medida para auxiliar a criança a
minimizar o sofrimento psíquico decorrente do trauma experimentado.
O aumento das notificações de violência sexual aliado à
necessidade de assegurar a proteção integral à criança tem despertado o
45 BORBA, Maria Rosi de Meira. O duplo processo de vitimização da criança abusada sexualmente:
pelo abusador e pelo agente estatal, na apuração do evento delituoso, p. 3. Disponível em: <http:/
/jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3246> Acesso em: 1º dez. 2005.
46 OLIVEIRA LEITE, Eduardo de. A oitiva de crianças nos processos de família. Revista Jurídica, n. 278,
dez. 2000, p. 27.
47 No Rio Grande do Sul, foi instituído o Projeto Depoimento sem Dano. A oitiva da criança passa a ser
em sala especial, através de assistentes sociais ou psicólogos, acompanhado pelo magistrado, pro-
motor e advogado, com comunicação através de intercomunicadores, com filmagem, permitindo
que o Juiz formule perguntas à técnica, a serem formuladas à criança.
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52 NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 4.ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2005,, p. 415/416.
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53 ALTAVILLA, Enrico. Psicologia Judiciária. 3.ed. Coimbra: Armênio Amado, 1982, p. 252.
54 Idem, p. 332.
55 BORBA, Maria Rosi de Meira. Op. cit., p. 1.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PEREIRA GOMES, Celeste Leite dos Santos; LEITE SANTOS, Maria Celeste
Cordeiro; SANTOS, José Américo dos.
Dano Psíquico. São Paulo: Oliveira Mendes,
1998.
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