Manufatura Mecânica - Usinagem e Conformação PDF
Manufatura Mecânica - Usinagem e Conformação PDF
Manufatura Mecânica - Usinagem e Conformação PDF
Mecânica: Usinagem e
Conformação
Prof. Francisco José Rodrigues da Silva Junior
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Francisco José Rodrigues da Silva Junior
J95m
ISBN 978-65-5663-045-8
CDD 620
Impresso por:
Apresentação
Este livro didático tem por objetivo apresentar os conceitos iniciais
da Manufatura Mecânica, mais especificamente na área de usinagem e
conformação dos materiais. Esperamos que, ao fim desta disciplina, você seja
capaz não apenas de trabalhar com os conceitos e fundamentos apresentados,
mas também de enfrentar os desafios na área de processamento e conformação
de materiais.
III
Todas as unidades contêm exemplos e exercícios de fixação do
conteúdo. Não deixe de resolvê-los, pois assim como qualquer outro ramo
da engenharia, só se aprende praticando.
Bons estudos!
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que te levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para teu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONCEITOS INICIAIS.................................................................................................1
VII
4 TRATAMENTOS SUPERFICIAIS......................................................................................................65
4.1 CEMENTAÇÃO................................................................................................................................67
4.2 NITRETAÇÃO...................................................................................................................................70
4.3 CARBONITRETAÇÃO.....................................................................................................................73
4.4 JATEAMENTO..................................................................................................................................77
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................79
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................81
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................83
VIII
3.1 PROCESSAMENTO E CONFORMAÇÃO DE BORRACHAS.................................................145
3.2 FABRICAÇÃO DE PNEUS E DE OUTROS PRODUTOS DE BORRACHA..........................146
3.3 MATERIAIS E PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE COMPÓSITOS DE MATRIZ
POLIMÉRICA..................................................................................................................................149
3.4 PROCESSO DE MOLDE ABERTO...............................................................................................150
3.5 PROCESSOS DE MOLDE FECHADO.........................................................................................153
3.6 OUTROS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PARA COMPÓSITOS DE MATRIZ
POLIMÉRICA..................................................................................................................................154
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................155
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................157
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................159
IX
3 REMOÇÃO QUÍMICA.......................................................................................................................225
4 REMOÇÃO ELETROQUÍMICA.......................................................................................................227
5 REMOÇÃO POR ULTRASSOM.......................................................................................................229
6 REMOÇÃO POR JATO D’ÁGUA....................................................................................................231
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................235
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................236
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................237
X
UNIDADE 1
CONCEITOS INICIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
MATERIAIS DE ENGENHARIA
1 INTRODUÇÃO
Os materiais que conhecemos nos dias atuais passaram por uma série
de evoluções, em conjunto com o avanço de civilizações que dependiam desses
materiais para trabalhar. Os autores Ashby e Johnson (2010) consideram que os
materiais são a matéria-prima do design, e que ao longo da história, determinam
as oportunidades e os limites do design.
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
NTE
INTERESSA
Você sabia que além das características apresentadas, alguns metais possuem
propriedades específicas que os tornam atrativos para aplicações especiais. Muitos metais
comuns estão disponíveis a um custo relativamente baixo por unidade de peso e com
frequência são escolhidos simplesmente devido seus baixos preços.
Ainda que alguns metais sejam importantes como metais puros (por
exemplo, prata, ouro e cobre) grande parte das aplicações em engenharia
necessitam de melhorias nas propriedades, que são obtidas adicionando
elementos de liga a esses metais. Uma liga é um metal composta por dois ou
mais elementos, em que pelo menos um deles seja de natureza metálica. Com
essa adição é possível obter melhoria de resistência mecânica, dureza e outras
propriedades interessantes (GROOVER, 2014).
4
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
2.1.1 Aços
Aços são ligas de ferro, carbono e outros elementos, cujo teor de carbono
é inferior a 2,0% em peso. O diagrama metaestável ferro-carbono ilustrado na
Figura 2 apresenta regiões em que diversas fases são estáveis, bem como os
contornos de equilíbrio entre elas, de acordo com a composição e temperatura.
O ferro puro tem ponto de fusão a 1539 °C (2802 °F). O ferro puro, durante a
elevação da temperatura, a partir da temperatura ambiente, sofre transformações
de fase no estado sólido, como indicado no diagrama. A partir da temperatura
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
ambiente, a fase presente é o ferro alfa (α), também denominada de ferrita. A 912
°C (1674 °F), a ferrita é transformada em ferro gama (γ), ou austenita. Esta fase,
por sua vez, se transforma em ferro delta (δ) a 1394 °C (2541 °F), que se mantém
até ocorrer a fusão (FERRACINI JUNIOR, 2008).
6
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
De acordo com Modenesi (2004), existem diversos tipos de aços, logo foi
necessário criar um sistema de classificação para esses aços, onde esse sistema é
submetido periodicamente a revisões. Assim, os aços podem ser classificados em
grupos com base às propriedades comuns. O Quadro 1 mostra alguns exemplos
de modos de classificação:
7
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
• yyAxxB
Em que:
8
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
Além desses ferros, outro tipo é o ferro fundido branco, que tem na sua
estrutura o carbono quase que inteiramente na forma de Fe3C, devido às condições
de fabricação e menor teor de silício, o que resulta em um material de elevada
dureza, resistente, porém frágil e de usinabilidade difícil (CALLISTER JÚNIOR;
RETHWISCH, 2013).
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
10
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
Uma das ligas de cobres e estanho (com cerca de 90% de CU e 10% de Sn)
bastante utilizada é o bronze, apesar de sua origem muito antiga, datando relatos
de uso desde a Idade do Bronze, na pré-história. Outras ligas de bronze têm
sido desenvolvidas, compostas com outros elementos, além do estanho, como
o alumínio ou o silício. O latão é outra liga comum feita de cobre, composta de
cobre e zinco (por exemplo, 65% Cu e 35% Zn) (SILVA, 2005).
11
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
Zinco e suas ligas: o zinco (Zn) “pode ser encontrado em até 3,0% nas
ligas fundidas. Quando adicionado em quantidades grandes torna a liga muito
frágil a quente e produz alta contração” (MONTEIRO, 2011, p. 27). O baixo ponto
de fusão do zinco (Zn) o torna atrativo como um metal para fundição. “Adições
de zinco não interferem nas propriedades mecânicas, pois, o zinco aparece em
solução na liga, não formando fases ou compostos” (MONTEIRO, 2011, p. 27).
12
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
2.1.4 Superligas
As superligas são um grupo de ligas que englobam ligas ferrosas e não
ferrosas.
13
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
FONTE: O autor
14
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
16
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
17
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
18
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
2.2.3 Vidros
De acordo com Souza (2013, p. 20), “o termo vidro vem do latim vitrum,
que constitui um fascinante grupo de materiais intrigantes, tanto do ponto de
vista fundamental quanto de suas aplicações. Na história, estão entre os materiais
mais antigos já estudados, contudo, o conhecimento de sua estrutura ainda não
é completo”.
19
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
De acordo com Cook e Pharr (1990 apud SOUZA, 2013, p. 33) “para que
ocorra a formação de um vidro é necessário resfriar um líquido suficientemente
rápido de modo que não haja tempo para o mesmo cristalizar-se”. Assim,
quando o líquido é resfriado sua viscosidade aumenta até uma determinada
faixa de temperatura, em que nessa faixa há uma redução na movimentação das
moléculas, porém tais moléculas não chegam a cristalizar.
20
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
FONTE: <https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2014/05/aula-polc3admeros.pdf>.
Acesso em: 15 jan. 2020.
21
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
“Os polímeros lineares são termoplásticos, [...] que podem ser aquecidos
e endurecidos pelo resfriamento, repetidas vezes, sem perder suas propriedades”
(FELTRE, 2004, p. 385).
22
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
23
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
2.3.3 Elastômeros
De acordo com Amorim (2015, p. 11) os elastômeros:
25
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
26
TÓPICO 1 | MATERIAIS DE ENGENHARIA
FONTE: <https://3.bp.blogspot.com/-VWLT_fh1fDM/ThrnerC5d9I/AAAAAAAAAro/eDRM2skB1j0/
s320/composite.JPG>. Acesso em: 15 jan. 2020.
27
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
28
RESUMO DO TÓPICO 1
29
AUTOATIVIDADE
• O material é transparente.
• Apresenta alta temperatura de fusão.
• É mau condutor de eletricidade no estado sólido.
• Apresenta elevada dureza e comportamento frágil na fratura.
A partir das propriedades exibidas por esse material, indique a qual categoria
deve pertencer e explique por que não podem ser as outras classes de materiais.
3 Por qual motivo o ferro fundido não é considerado uma liga binária?
30
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As propriedades mecânicas de um material determinam o seu
comportamento quando submetido a tensões mecânicas. Estas propriedades
incluem rigidez, ductilidade, dureza e diversas medidas de resistência. As
propriedades mecânicas são importantes para o projeto mecânico, uma vez que a
função e o desempenho de um produto dependem da sua capacidade de resistir
a deformações sob os efeitos das tensões presentes em serviço.
E
IMPORTANT
31
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
Segundo Zolin (2011, p. 36), “Os valores para construir diagrama tensão-
deformação são obtidos pelo ensaio de tração realizado em uma máquina
apropriada para essa função” (Figura 14).
32
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
33
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
De acordo com Zolin (2011, p. 43), “os materiais metálicos dúcteis (aços
de baixo teor de carbono) na sua fase elástica obedecem também à Lei de Hooke
(que será vista em detalhes adiante) sob ação de cargas de compressão”. Na
fase plástica, o comportamento desses materiais será diferente e, portanto, não
se deve fazer comparação entre essas fases. A carga produzida pelo esforço de
compressão gera um amassamento crescente que causa o aumento da secção
transversal, formando uma espécie de disco sem que ocorra ruptura. “A ruptura
ocorrerá nos materiais frágeis pelo efeito de cisalhamento provocado pela tensão
de compressão e não ocorrerão deformações laterais significativas como as
verificadas nos dúcteis” (ZOLIN, 2011, p. 43), conforme ilustrado na Figura 15.
34
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
35
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
36
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
F
τ= (eq. 2.1)
A
Em que:
δ
γ= (eq. 2.2)
b
Em que:
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
38
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
4 DUREZA
A dureza é uma propriedade mecânica que é bastante utilizada na
especificação de materiais, nos estudos e pesquisa mecânicas e metalúrgicas e
na comparação de diversos tipos de materiais. Em outros termos, é a capacidade
de um material de resistir a uma deformação plástica quando lhe é aplicado um
esforço. A seguir vamos ver os diversos tipos de ensaios de dureza utilizados.
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
“Foram atribuídos valores de 1 a 10, sendo que o valor de dureza 1 foi dado
ao material menos duro da escala, que é o talco, e o valor 10 dado ao diamante
que é a substância mais dura conhecida na natureza” (VAZ; CARNEIRO, 2016,
p. 29).
De acordo com Silva (2006, p. 35), o ensaio de dureza Brinell (Figura 22)
“consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço temperado, de diâmetro
‘D’, sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal, por meio de uma
carga ‘F’, durante um tempo ‘t’, produzindo uma calota esférica de diâmetro ‘d’”.
A dureza Brinell pode ser calculada pela seguinte equação:
2F
HB = (eq. 2.3)
(
π D b D b − D2b − Di2 )
Em que:
40
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
42
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
1,8544F
HV = (eq. 2.4)
d²
Em que:
43
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
44
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
14, 2F
HK = (eq. 2.5)
d²
Em que:
Devido ao fato de a diagonal maior do teste Knoop ser três vezes maior
que a diagonal menor, Soprano (2007, p. 27) define que:
Para uma mesma carga, a medição se torna mais precisa e ocorre uma
menor influência da recuperação elástica (principalmente para cargas
maiores que 300 gf). A diagonal menor da impressão Knoop ou as
diagonais da impressão Vickers apresentam uma maior recuperação
elástica. A profundidade da impressão Knoop é menor que a metade
da profundidade causada pela impressão Vickers com a mesma carga.
A área de uma impressão Knoop é cerca de apenas 15% da área de uma
impressão Vickers com a mesma carga. Como os testes de microdureza
utilizam cargas muito baixas (menores que 300 gf) as impressões são
muito pequenas (principalmente no caso da microdureza Knoop). Esse
tamanho reduzido pode prejudicar a mensuração exata da diagonal
maior da impressão devido à dificuldade de se localizar as pontas da
diagonal.
Esses fatores provocam erros no ensaio, resultando em valores de
dureza maiores que o verdadeiro. Em virtude disso, verifica-se que
a dureza Knoop aumenta quando a carga diminui abaixo de 200 gf
até cerca de 20 gf, para depois decrescer com cargas ainda menores.
No caso da impressão Vickers, a dureza diminui com a aplicação de
cargas muito baixas (SOPRANO, 2007, p. 27-28).
45
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
46
RESUMO DO TÓPICO 2
47
ᵒ Ensaio de dureza de Brinell, que utilizado especialmente para avaliação de
dureza de metais não ferrosos, ferro fundido, aço, produtos siderúrgicos em
geral e de peças não temperadas.
ᵒ Ensaio de dureza Rockwell, que apresenta algumas vantagens em relação
ao ensaio Brinell, pois permite avaliar a dureza de metais desde os mais
moles até os mais duros.
ᵒ Ensaio de Dureza Vickers, que além de produzir impressões extremamente
pequenas e, que na maioria dos casos, não comprometem funcionalmente as
peças, mesmo as acabadas, e aplica-se a materiais de qualquer espessura, e
pode também ser usado para medir microdureza.
ᵒ Ensaio de Dureza Knoop, que é adequado para medir corpos de prova
pequenos e finos ou materiais com dureza elevada que possam fraturar se
forem aplicadas cargas elevadas.
48
AUTOATIVIDADE
49
50
UNIDADE 1
TÓPICO 3
EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS
1 INTRODUÇÃO
O efeito da temperatura sobre praticamente todas as propriedades de um
material é bastante significativo. É necessário que um projetista conheça bem as
propriedades do material nas temperaturas de operação do produto quando em
serviço, assim como também é importante saber como a temperatura irá afetar as
propriedades mecânicas na fabricação.
Neste tópico, você vai estudar os efeitos da temperatura nos materiais, além
da influência dos processos de tratamentos térmicos nas peças e a importância
dos revestimentos para a superfície de peças e componentes mecânicos que estão
presentes no seu dia a dia. Além disso, você vai conhecer os processos físicos e
químicos de aplicação de camadas para a obtenção de resistência ao desgaste.
51
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
Para o material ser trabalhado a frio, ele deve ser conduzido à temperatura
inferior à temperatura de recristalização do material (<0,3Tfusão). Já para trabalho
a quente, o material deve ser conduzido acima da temperatura de recristalização
do material (>0,5Tfusão). Por fim, o trabalho a morno deve ser conduzido próximo
à temperatura de recristalização do material (entre 0,3Tfusão a 0,5Tfusão).
52
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
FONTE: <https://e5a5e21295859d53b15f-83f0bd7793a5a4b61ea12de988b1f44d.ssl.cf2.rackcdn.
com/noticias/imagem/Image/con-736.gif >. Acesso em: 15 jan. 2020.
“Um modo comum para criar uma referência para a especificação desta
temperatura é através da temperatura homóloga dada em Kelvins”, conforme
equação 3.1 (ALINE GONÇALVES DE SOUZA, 2012, p. 34).
Tprocesso
Th = (eq. 2.4)
Tfusão
53
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
Recuperação:
54
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
Eliminação de
Maior Menor Intermediário
defeitos
Tolerância e
Menor Maior Intermediário
acabamento
Surgimento de
Menor Maior Intermediário
discordâncias
Uniformidade da
Menor Maior Intermediário
microestrutura
FONTE: O autor
55
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
56
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
3 TRATAMENTOS TÉRMICOS
Tratamento térmico é o conjunto de operações de aquecimento, com
parâmetros como temperatura, tempo, velocidade de esfriamento e atmosfera,
controlados, a que os metais são submetidos. O aquecimento é geralmente realizado
a uma temperatura acima da crítica, porque tem-se completa austenitização do
aço, ou seja, a total dissolução do carbeto de ferro no ferro gama. Nesta fase,
devem ser consideradas as velocidades de aquecimento e a temperatura máxima
de aquecimento. A velocidade de aquecimento é importante quando os metais
estão em estado de tensão interna ou possuem tensões residuais devido ao
encruamento prévio, o que nestas condições, um aquecimento muito rápido
pode causar empeno da peça. Já “a temperatura de aquecimento é mais ou menos
um fator fixo, que depende das propriedades e das estruturas finais desejadas”
(CHIAVERINI, 2008, p. 82).
3.1 RECOZIMENTO
Quando um metal é deformado sob tensão, torção ou compressão, a
tensão requerida para continuar a deformação aumenta continuamente
com a deformação. Esse mecanismo de endurecimento é chamado de
endurecimento por trabalho a frio ou encruamento, sendo causado
pelo aumento contínuo da densidade de discordâncias com a
deformação plástica.
Existe um limite de quantidade de trabalho a frio o qual um material
pode suportar. Na laminação do aço em chapas finas, por exemplo,
pode-se reduzir a área da seção transversal até o ponto próximo ao
máximo encruamento. Como grãos alongados são anisotrópicos,
após o trabalho a frio pode-se restaurar a forma do tamanho de grão
original por meio do tratamento térmico de recozimento (OLIVEIRA,
2014, p. 39).
57
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTqwYPHEixn02d-
tN52FjhB_5c8DwGLL_ip0DY5Yof0xp71_3tj&s>. Acesso em: 15 jan. 2020.
58
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
3.2 NORMALIZAÇÃO
De acordo com Chiaverini (2008), quando aplicado aos aços carbono este
tratamento consiste em aquecer o material, se aço hipoeutetoide 50 °C acima da
linha A3, se aço eutetoide ou hipereutetoide 50 °C acima da linha Acm, permanecer
nesta temperatura durante o tempo de encharque e, em seguida promover o
resfriamento ao ar calmo, como ilustrado anteriormente na Figura 35.
59
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
60
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
3.3 TÊMPERA
A têmpera é o processo mais essencial, pois por intermédio deste e do
revenido, é que se atinge estruturas e propriedades que possibilitam o uso
de aços em componentes mecânicos de alta responsabilidade presentes na
indústria mecânica em geral. “Consiste no resfriamento rápido do aço de uma
temperatura superior à sua temperatura crítica, mais ou 50 oC acima da linha A1
os hipereutetoídes, em um meio como óleo, água e salmoura”, conforme ilustrado
anteriormente na Figura 36 (CHIAVERINI, 2008, p. 95).
61
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
62
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
3.4 REVENIMENTO
Devido às tensões térmicas geradas e às tensões de transformação da
austenita para martensita, o material submetido ao tratamento se torna
extremamente duro, porém frágil. Para garantir maior tenacidade e
melhores propriedades mecânicas, é necessário submeter à peça a um
novo tratamento térmico: o revenido.
O revenido visa à eliminação de tensões internas e acerto da dureza para
uma dada aplicação. Consiste na elevação em temperaturas subcríticas
e mantida nessa condição por um dado tempo, determinado conforme
as propriedades desejadas (POSSARI, 2017, p. 7).
63
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
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TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
4 TRATAMENTOS SUPERFICIAIS
O acabamento superficial das peças varia de acordo com o processo
de fabricação pelo qual a peça foi desenvolvida. Deve-se sempre levar em
consideração que, por mais impecável que esteja o acabamento de determinada
peça ao olho nu, ela sempre apresentará irregularidades microscópicas, conforme
ilustrado na Figura 41, as quais podem ser diminuídas por meio de outros
processos de fabricação.
65
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
66
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
4.1 CEMENTAÇÃO
A cementação é o processo termoquímico mais conhecido e aplicado
(Figura 42, pois permite o emprego dos meios citados de acordo com a característica
desejada. O elemento fundamental desse processo é o C (carbono), o qual pode
estar na forma de carvão, de monóxido de carbono ou contido em banhos de
cianetos. Dessa forma, a superfície do aço ficará enriquecida de carbono até uma
determinada profundidade, aumentando sua dureza e resistência ao desgaste. As
temperaturas do processo variam de 850 °C a 950 °C.
FONTE: <http://www.testmat.com.br/wp-content/uploads/2018/01/ac%CC%A7o-cementado-
metalografia-picral.jpeg>. Acesso em: 15 jan. 2020.
67
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
68
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
Cementação líquida: a temperatura deve estar entre 930 °C e 950 °C, pois
nessas temperaturas os sais se tornam líquidos. Em seguida, as peças preaquecidas
a 400 °C são mergulhadas no banho fundido. A peça é resfriada em salmoura com
10% a 15% de cloreto de sódio ou em óleo de têmpera.
69
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
4.2 NITRETAÇÃO
A nitretação é um tratamento termoquímico, desenvolvido inicialmente
para ligas ferrosas, realizado no campo de estabilidade da ferrita, normalmente
entre 500 °C a 570 °C. Nesse processo, o endurecimento superficial é promovido
pelo nitrogênio (forma gasosa ou líquida), o qual se difunde a partir da superfície
das peças para o seu interior, reagindo com elementos contidos nos aços e
formando nitretos de elevada dureza e resistência ao desgaste. A nitretação pode
ser realizada a gás ou líquida (Figura 43).
71
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
72
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
NTE
INTERESSA
4.3 CARBONITRETAÇÃO
A carbonitretação é provavelmente o mais comum dos casos de tratamento
de endurecimento de aços usado na Engenharia de Materiais. Conforme Chiaverini
(2008), praticamente, a carbonitretação gasosa é um processo de cementação
73
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
74
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
75
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
ATENCAO
76
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Uma camada de óxido de ferro superficial entre 1,0 µm e 3,0 µm durante etapas
de pós-oxidação, para aumentar a resistência à oxidação.
• A duração do processo padrão é de 2 a 3 horas efetivas e entre 15 e 18 horas
para nitrocarbonetação profundo.
4.4 JATEAMENTO
O jateamento usa o impacto de partículas para limpar e preparar
a superfície. O método mais conhecido é o jateamento de areia, que usa
partículas de areia (SiO2) como abrasivo. Várias outras substâncias são usadas
no jateamento abrasivo, incluindo as partículas duras de óxido de alumina (Al2O3)
e carbeto de silício (SiC), mas também materiais menos duros, como casca de noz
e grânulos de náilon. Estas partículas são projetadas contra a superfície por ar
pressurizado ou força centrífuga. Em algumas aplicações, este procedimento é
realizado a úmido, e as finas partículas presentes na lama aquosa são projetadas
contra a superfície por pressão hidráulica. (GROOVER, 2014).
77
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
78
TÓPICO 3 | EFEITO DA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
79
UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS
FONTE: OLIVEIRA, R. C. et al. Análise comparativa entre a têmpera e partição versus a têmpera
e revenimento para o aço SAE 4340. Revista Matéria, Rio de Janeiro, v. 24, n. 3, e12472, 2019.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rmat/v24n3/1517-7076-rmat-24-03-e12472.pdf. Acesso
em: 15 jan. 2020.
80
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
81
• O elemento fundamental da Cementação é o C (carbono), o qual pode estar na
forma de carvão, de monóxido de carbono ou contido em banhos de cianetos.
Dessa forma, a superfície do aço ficará enriquecida de carbono até uma
determinada profundidade, aumentando sua dureza e resistência ao desgaste.
CHAMADA
82
AUTOATIVIDADE
83
É CORRETO apenas o que se afirma em:
a) ( ) I e III.
b) ( ) I e II.
c) ( ) I, II e IV.
d) ( ) II, III e IV.
84
UNIDADE 2
PROCESSOS DE
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
85
86
UNIDADE 2
TÓPICO 1
PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
1 INTRODUÇÃO
A demanda pela otimização de processos e a necessidade de aumentar
a confiabilidade dos equipamentos vem ganhando atenção especial nos últimos
anos. Isso se deve ao aumento da competitividade entre as empresas e a
necessidade de diminuição dos custos relacionados às paradas das plantas para
manutenção e troca de equipamentos.
TUROS
ESTUDOS FU
87
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
2.1 LAMINAÇÃO
O processo de laminação permite obter modificações na seção transversal
de um metal em forma de barra, lingote, placa ou tira, passando-o por dois ou
mais cilindros. A distância entre os cilindros deve ser menor do que a espessura
do material que será laminado. Além disso, a laminação nunca é realizada em
uma única etapa: o metal deve ser passado diversas vezes pelo laminador a fim
de que o perfil ou a chapa adquira o formato ou a espessura desejada.
88
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
89
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
NOTA
2.2 FORJAMENTO
O processo de forjamento, um dos mais antigos e importantes processos de
conformação mecânica, teve início há muitos anos, com os ferreiros. Atualmente,
está presente nas indústrias mecânica, automotiva, agrícola, naval, aeroespacial
etc. Essa tecnologia mecânica é capaz de produzir peças dos mais variados
tamanhos e formatos. São forjados desde os componentes mais simples, como
parafusos e chaves de boca, até os mais complexos, como grandes eixos e rotores.
90
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
91
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
2.3 EXTRUSÃO
Nos processos de extrusão, conforme ilustrado na Figura 3, o metal é
comprimido acima de seu limite elástico em uma câmara e forçado a escoar por
uma matriz, que determina a seção do produto resultante. A extrusão pode ser
a frio ou a quente. Para a maioria dos metais, é utilizada a extrusão a quente, de
modo a reduzir as forças necessárias envolvidas no processo, eliminar os defeitos
do trabalho a frio e reduzir as propriedades direcionais. O metal é normalmente
comprimido por um êmbolo para a frente ou para trás e forçado a passar pela
matriz, dando origem a um produto que pode ser sólido ou oco.
92
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
93
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
2.4 TREFILAÇÃO
A trefilação, ou estiramento, é empregado quando há necessidade de que
o material metálico passe por uma matriz, conforme ilustrado na Figura 4, para
ter o seu diâmetro diminuído e o seu comprimento aumentado. Nesse processo,
o material é puxado, e normalmente a trefilação é realizada a frio. Depois de
esticado, o metal adquire dimensões exatas, superfície limpa e elevada resistência
mecânica, devido ao encruamento. Perfis redondos, retangulares, hexagonais e
outros com diâmetro de até 100 mm, fios e tubos são comumente obtidos por
estiramento a frio. A matéria-prima para o processo de trefilação é um material
laminado a quente, cujo óxido é removido por decapagem. Esse material é, então,
lavado e protegido com cal e, por último, secado.
94
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
tirante que também irá acumular o fio trefilado. Assim, nos tradicionais sistemas
de trefilação múltiplos e contínuos, ou seja, com diversas fieiras em linha na
mesma máquina, o processo tem sequência da mesma forma para todas as fieiras
posteriores (BRESCIANI FILHO et al., 2011).
95
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
96
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
97
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
98
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
99
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
3.3 ESTAMPAGEM
O processo de estampagem compreende um conjunto de operações de
corte e conformação em materiais metálicos, geralmente planos. Por meio da
plasticidade dos materiais, formatos e perfis são transformados e conformados
nos mais variados tamanhos e modelos.
FONTE: <https://sipxmach.com/wp-content/uploads/2019/07/sheet-metal-stamping-200x147.
jpg>. Acesso em: 22 jan. 2020.
100
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/bangkok-thailand-january-26-2018-
260nw-1012101166.jpg>. Acesso em: 23 jan. 2020.
101
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
NTE
INTERESSA
102
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-photo/bangkok-thailand-january-26-2018-
260nw-1012101166.jpg>. Acesso em: 23 jan. 2020.
103
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
104
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO DE METAIS
• conformação por explosivos: que faz uso de carga explosiva para dar forma à
chapa fina (ou chapa grossa) em uma cavidade de uma matriz;
• conformação eletro-hidráulica: trata-se de um processo a uma alta taxa
de energia, no qual uma onda de choque, para deformar o esboço contra a
cavidade da matriz, é gerada pela descarga de energia elétrica entre dois
eletrodos submersos em um fluido de transmissão (água). em razão desse
princípio de operação, o processo é também conhecido por conformação por
descarga elétrica;
• conformação eletromagnética: também chamada de conformação por pulso
magnético, é um processo no qual uma chapa metálica é deformada pela força
mecânica de um campo eletromagnético, induzido na peça por meio de uma
bobina energizada.
105
RESUMO DO TÓPICO 1
• A laminação nunca é realizada em uma única etapa: o metal deve ser passado
diversas vezes pelo laminador a fim de que o perfil ou a chapa adquira o formato
ou a espessura desejada. Esse processo de fabricação possui duas finalidades:
obter a forma desejada para o bloco de metal e melhorar as propriedades
mecânicas do material utilizado.
106
• Depois de esticado, o metal adquire dimensões exatas, superfície limpa e
elevada resistência mecânica, devido ao encruamento.
107
AUTOATIVIDADE
109
110
UNIDADE 2 TÓPICO 2
PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iremos estudar os métodos de processamentos dos materiais
cerâmicos, nos quais estão divididos em materiais cerâmicos tradicionais e
materiais cerâmicos avançados. As cerâmicas tradicionais são feitas de minerais
presentes na natureza, e os produtos deste tipo de cerâmica incluem produtos
como potes, porcelanas, tijolos e cimentos. As cerâmicas avançadas são feitas a
partir de matéria-prima sintetizada e apresentam uma diversidade considerável
de itens, entre eles têm-se: ferramentas de corte, ossos artificiais, combustíveis
nucleares e substratos de circuitos eletrônicos. O material precursor de ambas as
categorias é dado na forma de pó (GROOVER, 2017).
E
IMPORTANT
112
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
113
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
114
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
115
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
116
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
2.3 SECAGEM
Do ponto de vista industrial, segundo Freitas (2007, p. 18):
118
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
LU − LS
RLS = x 100 (eq. 2.2)
LU
119
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
ATENCAO
120
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
121
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
1. Ligação sólida entre as partículas, com a formação dos necks. Nota-se pequena
redução da porosidade, até que os necks sejam equivalentes a 1/3 do diâmetro
das partículas.
2. Quando a densidade é aproximadamente 75% da teórica, ocorre a transição para
o segundo estágio. Não se distinguem mais as partículas iniciais individuais,
e os canais de porosidade se encontram ao longo de junções triplas de grãos
adjacentes. A contração é rápida, e ocorre o lento crescimento de grãos.
3. O terceiro estágio começa com densidade entre 91 e 95%, quando os canais de
porosidade se fecham e se transformam em poros isolados. Pode-se esperar
alguma influência da velocidade de aquecimento sobre a taxa de contração do
componente. Menores velocidades de aquecimento tendem a levar a maiores
densidades, já que se trabalha com maiores tempos de sinterização para cada
temperatura.
122
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
123
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
124
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
125
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
126
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
3.3 SINTERIZAÇÃO
De acordo com Barbieri (2011, p. 26), “a sinterização pode ser vista como
a consolidação térmica de uma peça a verde, sem ligantes, através da redução
da porosidade, por processos difusivos e coalescimento das partículas, o que
leva a um grande aumento na resistência mecânica e redução da porosidade e do
volume”.
127
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
3.4 ACABAMENTO
O acabamento é a parte do processamento que confere ao produto as
dimensões finais requeridas, além de destinar o tratamento superficial compatível
para que o produto apresente as características finais necessárias. O acabamento
pode ser feito após a pré-sinterização, seja por usinagem ou lixamento, ou até
após a sinterização. O acabamento realizado após a sinterização garante uma
reprodutibilidade nos produtos sinterizados por meio da usinagem, geralmente
por retificação, seguido de um polimento na peça (BARBIERI, 2011).
128
TÓPICO 2 | PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
129
RESUMO DO TÓPICO 2
130
AUTOATIVIDADE
131
132
UNIDADE 2 TÓPICO 3
PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
1 INTRODUÇÃO
Conforme Rudin (1982) citado por Wasilkoski, (2006, p. 1):
TUROS
ESTUDOS FU
133
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
134
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
135
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
Em que:
P0 = Potência necessária [ KJ/h ];
ρ = densidade [ g/cm³];
Q = vazão volumétrica [ Kg/h ];
Cp = capacidade calorífica [ J/KgoC ];
Tentrada = temperatura de entrada [oC];
Tsaída = temperatura de saída [oC];
Hf = entalpia [J/Kg];
∆p = Variação de pressão [Mpa].
136
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
137
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
138
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
139
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
• Fiação com fusão: é usada quando o polímero pode ser processado melhor
por aquecimento até o estado fundido, e então bombeado através da fieira,
de modo semelhante à extrusão convencional. Uma fieira típica tem 6 mm de
espessura e contém, aproximadamente, 50 furos com 0,25 mm (0,010 in) de
diâmetro. Os furos são cônicos na entrada, de modo que o furo resultante tem
uma razão L/D de apenas 5/1 ou menor. Os filamentos que saem da matriz
são estirados e, ao mesmo tempo resfriados por ar antes de serem recolhidos
e enrolados em uma bobina, como mostrado na Figura 32. Ocorrem grandes
140
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
• Fiação a seco: o polímero inicial está em solução, e o solvente pode ser separado
por evaporação. O extrudado é puxado através de uma câmara aquecida que
remove o solvente; nos processos seguintes, a sequência é semelhante à fiação
com fusão. Fibras de acetato de celulose e acrílicas são produzidas por esse
processo.
• Fiação a úmido: o polímero também está em solução e apenas o solvente não
é volátil. Para separar o polímero, o extrudado deve ser passado por uma
solução química que coagula ou precipita o polímero em fios coerentes, que
são, então, enrolados em bobinas. Esse método é usado para produzir raiom
(fibras de celulose regenerada).
141
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
142
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
143
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
E
IMPORTANT
144
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
145
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
146
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
147
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
148
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
149
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
150
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
151
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
152
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
153
UNIDADE 2 | PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
154
TÓPICO 3 | PROCESSAMENTO DOS POLÍMEROS
LEITURA COMPLEMENTAR
As Ligas com Memória de Forma (LMF) são materiais ativos que apresentam
a capacidade de recuperar deformações aparentemente plásticas através de
acondicionamento térmico adequado. Este fenômeno, designado por Efeito de
Memória de Forma (EMF), está intimamente associado a uma transformação de
fase do tipo martensítica, cristalograficamente reversível. A fabricação das ligas
com memória de forma da família Ni-Ti é especialmente importante devido ao
fato de pequenas variações na composição química levarem a variações de até
100oC nas temperaturas de transformação martensítica. Portanto, o processo de
fabricação por Plasma é utilizado de forma eficiente pelo fato de provocar perda
insignificante de material por oxidação durante a fusão. As ligas da família Ni-
Ti são amplamente utilizadas devido à sua extensiva gama de possibilidades
de aplicações tecnológicas, que se estendem da área biomédica à aeroespacial e
petróleo.
Dessa forma, os objetivos desse trabalho são obter liga de Ni-Ti com efeito
de memória de forma, submeter esses materiais aos processos de conformação
mecânica por laminação convencional e de extrusão angular (Equal Channel
Angular Extrusion – ECAE). Neste trabalho são analisadas as propriedades
das ligas de Ni-Ti com memória de forma através de analises de calorimetria
diferencial de varredura, microscopia eletrônica de varredura e teste de tração
sob carga constante (simulação do efeito memória de forma para determinar a
propriedades termoelásticas).
[...]
156
RESUMO DO TÓPICO 3
157
ᵒ (5) peças moldadas ocas, com paredes relativamente finas;
ᵒ peças isoladas conformadas a partir de chapas e de filmes;
ᵒ fundidos; e
ᵒ espumas.
CHAMADA
158
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Naturais e sintéticos.
b) ( ) Borrachas e plásticos.
c) ( ) Termoplásticos e termorrígidos.
d) ( ) Homopolímeros e copolímeros.
159
160
UNIDADE 3
PROCESSOS DE USINAGEM
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
161
162
UNIDADE 3
TÓPICO 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1 INTRODUÇÃO
A usinagem é um procedimento essencial na indústria metal mecânica,
é o processo que consiste em dar forma aos materiais por meio da remoção de
cavaco, conferindo ao produto final as formas, as dimensões e os acabamentos
especificados em desenhos técnicos mecânicos. Para que isso seja possível, nesse
processo, alguns fatores precisam ser considerados, como o tipo do material a
ser usinado, as ferramentas de corte e, principalmente, as operações a serem
realizadas.
2 DEFINIÇÃO DE USINAGEM
Os componentes fabricados pelos processos convencionais, como fundição
e forjamento, normalmente apresentam superfície mais grosseira, o que requer
um acabamento. Para alguns tipos de componentes, os processos de fundição e
forjamento não apresentam as melhores condições de custo e produtividade.
163
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
FONTE: <https://i1.wp.com/revistaadnormas.com.br/wp-content/uploads/2019/03/usinagem2.
jpg?w=500&ssl=1>. Acesso em: 10 fev. 2020.
164
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
E
IMPORTANT
165
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
166
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
167
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
π dn
Vc = (eq. 3.1)
1000
168
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Na qual:
Vc = velocidade de corte (m/min);
d = diâmetro da ferramenta ou da peça (mm);
n = rotações por minuto (RPM);
1/1000 = dividido por 1000 para converter mm/min em m/min.
Na qual:
Vf = velocidade de avanço (mm/min);
Vc = velocidade de corte (m/min);
f = avanço (mm/volta);
d = diâmetro da peça ou ferramenta (mm);
1000 = multiplicado por 1000 para converter m/min em mm/min.
lf lf π ⋅ d ⋅ lf
T
=c
= = (eq. 3.3)
Vf f ⋅ n 1000 ⋅ f ⋅ Vc
Na qual:
If = percurso de avanço (mm);
Vf = velocidade de avanço (mm/min);
Vc = velocidade de corte (m/min);
f = avanço (mm/volta);
d = diâmetro da ferramenta (mm);
n = rotações por minuto (RPM);
Tc = tempo de corte (min);
169
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
5 GEOMETRIA DA FERRAMENTA
O desenvolvimento dos processos requer a adaptação das ferramentas às
tecnologias de usinagem, que sofrem grande solicitação mecânica, principalmente
no corte a seco e em altas velocidades. Segundo Trent (1996), toughness é a
qualidade mais importante para um material de ferramenta, sem medida para
tal grandeza, é definida pelo autor, como a capacidade de continuar cortando em
condições difíceis por longos períodos sem a fratura da aresta de corte.
170
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
ATENCAO
• formação do cavaco;
• saída do cavaco;
• forças de corte;
• desgaste da ferramenta;
• qualidade final do trabalho.
171
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
6 GEOMETRIA DO CORTE
Segundo Byrne, Dornfeld e Denkena (2003), o desenvolvimento das
ferramentas de corte ocorreu através da otimização da macrogeometria e
de materiais de corte e recobrimento com melhor desempenho. Atualmente,
pesquisas mostram que é possível otimizar a usinagem, melhorando a qualidade
superficial da aresta de corte e com a caracterização de formas definidas em sua
geometria. Caracterizações no passado determinavam apenas o raio da aresta de
corte rβ. No entanto, a forma de um arco de circunferência não define a melhor
geometria, e são introduzidos quatro novos parâmetros: Δr, φ, Sγ, Sα, permitindo,
assim, uma melhor caracterização das formas para a aresta de corte. A Figura 3
ilustra esses novos parâmetros.
172
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
173
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
174
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
175
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
Características Vantagens
Dureza à Devido às funções de usinagem, corte, conformação ou
temperatura penetração que esses materiais devem exercer.
ambiente
Resistência ao É exigida para que o material apresente a durabilidade
desgaste: necessária para tornar-se econômico, necessário devido
ao fato de os materiais empregados serem complexos e
de alto custo.
Tenacidade: Desejável em qualquer ferramenta, porém de difícil
conciliação com a dureza elevada. Deve-se procurar
um balanço entre essas duas características conforme as
condições de serviço.
Dureza a quente É o mais importante, sendo traduzida pela capacidade de
o material reter a dureza a temperaturas elevadas.
Usinabilidade: Qualidade dificilmente conciliável com a dureza, sendo,
portanto, utilizados métodos mais sofisticados de
fabricação de ferramentas, como a metalurgia do pó.
Elevada Uma profundidade adequada de dureza garante uma
temperabilidade uniformidade das propriedades mecânicas no material.
Tamanho de grão Deve ser pequeno, afetando um pouco a
temperabilidade, porém apresentando propriedades
mecânicas muito. superiores a materiais de granulação
grosseira.
FONTE: Adaptado de Fonseca (2017)
O aço da ferramenta pode ser acrescido por elementos de liga que lhes
adiciona propriedades diversas. Os compostos mais utilizados são demonstrados
no Quadro 3.
176
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Principais Características
materiais
Silício e Elementos desoxidantes e que melhoram a temperabilidade
manganês e resistência mecânica, sendo o manganês também elemento
dessulfurante.
Cromo Aumenta a temperabilidade (profundidade em que a têmpera
consegue atingir), aumenta também a resistência mecânica, a
dureza e a resistência ao desgaste.
Vanádio Atua como desoxidante, controla o tamanho de grão, aumenta a
temperabilidade e a dureza a quente ao formar carboneto.
Tungstênio Melhora sensivelmente a resistência ao desgaste quando em
grande quantidade forma carbonetos, conferindo também
aumento da dureza a quente e à temperatura ambiente. Possui
sua ação amplificada quando em uso concomitante com os
elementos cromo e vanádio, formando um carboneto complexo
e estável, o (FeWCrV)6C.
Cobalto Contribui para a dureza a quente.
Molibdênio Utilizado como substituto parcial do tungstênio, pois apresenta
os mesmos efeitos basicamente, e pode ser combinado com o
tungstênio em quantidades menores, produzindo as mesmas
características que elevados teores de tungstênio isoladamente.
FONTE: Adaptado de Fonseca (2017)
177
RESUMO DO TÓPICO 1
178
• Processos de usinagem com geometria definida são aquelas que, como o
próprio nome diz, possuem geometria bem definida quanto à forma geométrica
e quanto aos fundamentos relacionados aos processos de ângulos usinagem.
179
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Torneamento.
b) ( ) Fresamento.
c) ( ) Aplainamento.
d) ( ) Furação.
e) ( ) Nitretação.
180
a) ( ) 7,00 metros por minuto.
b) ( ) 8,32 metros por minuto.
c) ( ) 5,02 metros por minuto.
d) ( ) 6,28 metros por minuto.
e) ( ) 3,14 metros por minuto.
181
182
UNIDADE 3
TÓPICO 2
USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
1 INTRODUÇÃO
Conforme dito anteriormente, a classificação e nomenclatura dos
processos mecânicos de usinagem com base na geometria da ferramenta, classifica
os processos em duas categorias. As ferramentas de geometria definida, que são
aplicadas predominantemente em processos de desbaste do material (pastilhas
de torneamento, por exemplo), e por serem utilizadas para grandes remoções de
materiais (cavacos). E as ferramentas de geometria não definidas são utilizadas,
predominantemente, em processos de acabamento da peça (rebolos abrasivos,
por exemplo).
183
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
E
IMPORTANT
184
TÓPICO 2 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
Processo de Máquina-
Ferramenta de corte
usinagem ferramenta
Torneamento Torno Pastilhas.
Fresamento Fresadora Fresas ou Disco de Fresa.
Furação Furadeira Brocas.
Roscamento Rosqueadeira Machos.
Retificação Retificadora Rebolos.
Limadora, pastilhas de metal duro
Aplainamento Plaina
ou ferramentas de aço rápido.
Alargamento Alargadores Manuais alargadores (hastes).
Serramento Serradeira Serras.
FONTE: O autor
2 TORNEAR
Tornear é um termo usado para indicar a ação realizada no processo
de torneamento. O torneamento é uma técnica de usinagem convencional
em que se baseia no movimento da peça em torno de seu próprio eixo. No
torneamento é permitido o trabalho de peças com diversos formatos e através
de diversos movimentos em torno de um eixo fixo. As máquinas de torneamento
são máquinas-ferramenta denominadas de tornos, e funcionam pela retirada
progressiva do cavaco da peça a ser trabalhada. O cavaco é retirado pelo corte
por uma ferramenta (cunha) de um ou mais gumes cortantes, que deve ter uma
dureza superior à do material a ser cortado.
185
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
NOTA
Cabeçote
fixo
Caixa de
avanços e
recâmbio
Contraponto
186
TÓPICO 2 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
3 FRESAR
O fresamento é um processo de usinagem também bastante comum
na indústria, é destinada para à obtenção de superfícies projetadas, com uso
de ferramentas multicortantes e movimento de giro, onde a peça avança em
determinada trajetória definida.
187
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
188
TÓPICO 2 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTGKOJWXqV4m-
t3KX7O_ZLglMnJDdVfL_ciF3MMCWLrx_rA4PGz>. Acesso em: 3 mar. 2020.
189
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
4 FURAR
A furação está entre os processos mais comuns na usinagem, trata-se de um
processo de fabricação mecânica que envolve a criação de um furo em uma peça,
com o uso de uma ferramenta chamada broca. A máquina-ferramenta é chamada
de furadeira ou broca, e o movimento de corte realizado pela broca é rotativo (ou
seja, a broca gira em torno do seu eixo) e observe que avança penetrando na peça
removendo cavaco. A Figura 13 mostra como o processo de furação é realizado.
190
TÓPICO 2 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
191
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
5 ROSQUEAR
A usinagem por roscamento é um processo de transformação da matéria-
prima para atender ao perfil projetado, que usa uma ferramenta de rosqueamento,
necessárias para cada modelo de material. Segundo a ABNT — Associação
Brasileira de Normas Técnicas — através da NBR 5876 (ABNT, 2011), define rosca
como uma superfície composta, gerada por um ou mais perfis, quando todos os
seus pontos descrevem hélices ou espirais cônicas coaxiais e de mesmo passo.
192
TÓPICO 2 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
FONTE: <https://desenhistatecnico.com/wp-content/uploads/2018/09/Perfil-de-Roscas-
1024x834.jpg>. Acesso em: 10 fev. 2020.
6 ALARGAR
O alargamento é um tipo de usinagem que consiste no aumento do
diâmetro de um furo previamente aberto. A máquina usada para o processo é
denominada de alargadores. O objetivo da relação do alargamento e a calibração
do furo para a produção de diâmetro, cilindricidade e rugosidade que que não
podem ser feitas com o uso de brocas convencionais. A usinagem por alargamento
é uma ferramenta de corte com geometria definida e, de modo geral, o processo de
alargamento é realizado da seguinte forma: o alargador entra axialmente na peça
pré-furada e alarga o furo para a dimensão da ferramenta. Conforme descrito, o
alargador é uma ferramenta multicortante que possui várias arestas que podem
estar dispostas de forma retilínea ou helicoidal. No alargamento remove-se uma
quantidade mínima de material e é geralmente realizada após a furação com
objetivo de se obter um diâmetro mais preciso com melhor acabamento.
193
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
194
TÓPICO 2 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
7 SERRAR
O serramento é um processo de usinagem que tem como finalidade recortar
ou seccionar materiais, utilizando ferramentas multicortantes de espessura fina.
A ferramenta pode efetuar o corte com movimento de rotação e/ou deslocamento,
já a peça pode se deslocar ou manter-se fixa em uma posição. O processo pode
ser executado de duas maneiras, sendo elas o serramento retilíneo e o serramento
circular (FERRARESI,1977).
195
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
8 PLAINAR
Na usinagem convencional, o processo denominado de aplainamento, é a
técnica que produz superfícies planas, paralelas, perpendiculares e inclinadas, e
são realizadas por meio de máquina-ferramenta que é chamada plaina limadora.
A ferramenta é caracteriza pela presença de material monocortante e com
deslocamento retilíneo alternado.
196
TÓPICO 2 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
1000v c
ng = (eq. 3.4)
2C
Na qual:
• ng é o número de golpes por minuto [gpm];
• vc é a velocidade de corte [m/min];
• C é o percurso do movimento de corte [mm], tal que C = (comprimento da
peça) + (30 mm de folga).
197
RESUMO DO TÓPICO 2
198
• No processo de rosqueamento ocorre a produção de um ou vários sulcos
helicoidais uniformes em superfícies cilíndricas ou cônicas de revolução.
199
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOJMgAp9VcZ_
o8KHep18BmoHFZTxDrgh7mnOhdrDLjDroT4eCAdw&s>. Acesso em: 10 fev. 2020.
1 Furação.
2 Retificação.
3 Aplainamento.
4 Brochamento.
5 Fresamento.
200
3 Descreva o processo de roscamento e de alargamento.
201
202
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Conforme dito anteriormente, as ferramentas de geometria não definidas
são utilizadas, predominantemente, em processos de acabamento da peça
(rebolos abrasivos, por exemplo). A remoção é realizada pela ação de grãos, mais
ou menos disformes, de materiais duros que são postos em interferência com
o material da peça. Esses grãos abrasivos devem possuir características de alta
dureza para que o desgaste ocorra lentamente, além de estabilidade térmica para
resistir a altas temperaturas do processo de usinagem, estabilidade química sob
altas temperaturas e presença de fluido de corte e do material da peça.
203
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
2 RETIFICAR
A retificação é comumente conhecida como o processo que utiliza
partículas abrasivas duras como meio de corte e talvez seja um dos processos de
conformação mais antigos, datado da Era da Pedra, quando ferramentas eram
afiadas em pedras. Atualmente, a retificação é provavelmente o processo de
fabricação mais representativo, consumindo cerca de 20-25% do total de gastos
envolvidos nos processos de usinagem em países industrializados (MALKIN,
1989).
ATENCAO
204
TÓPICO 3 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
205
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
• dar à superfície da peça uma exatidão de medidas que permita obter peças
semelhantes, capazes de serem substituídas umas pelas outras;
• retificar peças que tenham sido deformadas ligeiramente durante um processo
de tratamento térmico;
• remover camadas finas de material endurecido por têmpera, cementação ou
nitretação.
206
TÓPICO 3 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
3 BRUNIR
De acordo com Flores (2014, apud FERNANDES, 2014, p. 7):
207
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
208
TÓPICO 3 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
4 LAPIDAR
Assim como a retificação, a lapidação pertence ao grupo dos processos
de usinagem com geometria da aresta de corte não definida. “Ao contrário da
retificação e brunimento, as arestas de corte são formadas, em parte, por abrasivos
soltos, embebidos em um veículo (fluido) entre o disco de lapidação e a peça,
assumindo uma trajetória cinemática característica” (FIOCCHI, 2010, p. 18).
209
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
210
TÓPICO 3 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
5 LIXAR
Na manufatura de moldes e matrizes, o acabamento superficial, que
envolve os processos de lixamento e polimento são tratados da mesma maneira,
sendo chamados apenas de polimento. No entanto, para Oliveira (2006), o
processo de lixamento trata-se de uma usinagem com grãos abrasivos sem
geometria definida, fixos em um transportador abrasivo ou em um substrato.
Enquanto o polimento é caracterizado pela remoção de material (usinagem), em
que os grãos abrasivos estão envoltos em um fluido de polimento chamado, pelos
mestres polidores, de “pasta de polir” (MARINESCU et al., 2007).
211
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
6 POLIR
O polimento também pode ser classificado como um processo de usinagem
convencional, pois consiste na remoção de material na forma de cavaco, sendo
um processo que utiliza geometria não definida. No processo de polimento, a
superfície da peça a ser processada entra em contato com a superfície do corpo
da ferramenta, do transportador do abrasivo (podem ser de couro, resina natural
(breu) e sintética), com o abrasivo, formando um sistema de polimento. Para que
haja a remoção de material, existe a necessidade de exercer uma pressão em uma
determinada velocidade conforme ilustra a Figura 34 (MARINESCU et al., 2007;
KLOCKE, 2009).
212
TÓPICO 3 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
7 JATEAR
“Estudos sobre o jateamento com granalhas de aço, também chamado de
shot peening foi publicado pela primeira vez em 1927 por E. G. Herbert, sendo o foco
do trabalho o aumento da dureza superficial ocorrido no material processado”
(PERINI, 2008 apud BORGES, 2017, p. 31).
214
TÓPICO 3 | USINAGEM COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
215
RESUMO DO TÓPICO 3
216
• O lixamento provoca uma uniformidade na superfície e reduz a influência
da estrutura anatômica do material, devido à presença de eventuais poros e
outros erros geométricos.
217
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Pintura.
b) ( ) Polimento.
c) ( ) Revestimento catódico.
d) ( ) Jateamento por granalhas.
e) ( ) Revestimento anódico.
218
4 O acabamento das superfícies dos cilindros de motores de combustão
interna costuma ser efetuado por:
a) ( ) Lapidação.
b) ( ) Brunimento.
c) ( ) Retificação.
d) ( ) Trefilação.
e) ( ) Furação.
a) ( ) Formas de corte.
b) ( ) Movimento da mesa.
c) ( ) Grau de rugosidade.
d) ( ) Nível de espessura.
e) ( ) Velocidade de rotação.
219
220
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Conforme é de conhecimento geral, a usinagem é a tecnologia que se ocupa
do arrancamento controlado de material de uma peça em bruto, em geral obtida
por processos de forjamento, fundição, laminação, entre outros, com o objetivo de
produzir peças com formas e características superficiais predeterminadas.
221
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
E
IMPORTANT
222
TÓPICO 4 | USINAGEM POR PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS
2 REMOÇÃO TÉRMICA
Processos baseados em energia térmica como eletroerosão, laser e plasma
são processos de usinagem não convencional bastante utilizados na indústria. O
processo de usinagem especial por eletroerosão é um processo de alta precisão
que utiliza métodos complexos de descargas elétricas na destruição progressiva
e lenta das partículas de peças metálicas limitadas. Os materiais precisam ser
condutores de eletricidade.
NOTA
223
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
224
TÓPICO 4 | USINAGEM POR PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS
3 REMOÇÃO QUÍMICA
De acordo com Walker e Tarn (1991), a usinagem química é um dos
processos não convencionais de usinagem, cuja característica principal é a
utilização de um reagente ácido ou alcalino, que corrói materiais em condições
controladas. É um processo que remove material de substratos metálicos, de
polímeros ou de compósitos através da corrosão, utilizando parâmetros pré-
estabelecidos. A energia é proveniente da própria reação química, podendo ser
potencializada por elementos externos.
Outra definição dada por Casarin (2018, p. 130) diz que no processo de
usinagem por meios químicos (usinagem química):
225
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
226
TÓPICO 4 | USINAGEM POR PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS
4 REMOÇÃO ELETROQUÍMICA
“Os processos eletroquímicos de usinagem, como o próprio nome diz,
combinam a ação de parâmetros elétricos com parâmetros químicos na operação
de usinagem. O nome usinagem eletroquímica advém do inglês ECM —
Eletrochemical Machining” (CASARIN, 2018, p. 123).
227
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
ATENCAO
228
TÓPICO 4 | USINAGEM POR PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS
229
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
Uma das vantagens da usinagem por ultrassom e que ela não provoca
alterações na estrutura interna do material usinado, mantendo sua integridade.
No entanto, trata-se de um método cuja velocidade de usinagem e baixa,
comparado aos demais processos.
231
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
232
TÓPICO 4 | USINAGEM POR PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS
233
UNIDADE 3 | PROCESSOS DE USINAGEM
LEITURA COMPLEMENTAR
FONTE: RESENDE et al. Influência do ângulo de folga e fluido de corte na usinabilidade do aço
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Acesso em: 10 fev. 2020.
234
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
235
AUTOATIVIDADE
236
REFERÊNCIAS
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usinagem – processos mecânicos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
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