Ebook Descola Entendimento
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Ebook Descola Entendimento
entendimento
C O N T E Ú D O E X T R A
Todo o conteúdo desse ebook foi desenvolvido pela
Escola Design Thinking. A Escola foi criada para
aqueles que desejam estar na fronteira da inovação!
Criada em 2012 pela ECHOS, a Escola Sob a articulação de Juliana Proserpio e Ricardo
Design Thinking é a escola de inovação na Ruffo, a escola é formada por um grupo de
prática! Fazemos parte de um movimento eternos inquietos que acreditam na INOVAÇÃO
e de uma rede de pessoas que querem ser como meio de colaboração, multidisciplinaridade,
protagonistas na construção de um mundo empatia, experimentação e interdependência
melhor e na criação de impacto positivo na para criar uma nova maneira de pensar que
sociedade. traz novos significados e a real possibilidade
de mudança.
NOSSO PROPÓSITO
Nossa propósito é formar a nova geração de inovadores e fomentar a cultura de inovação no
Brasil. Acreditamos que inovação significa estar na fronteira e na vanguarda da tecnologia,
dos negócios e do desenvolvimento social para transformar as pessoas e porque não, também
um pouquinho do mundo!
OLÁ ALUNO,
Você já viu ou provavelmente está vendo o curso “Entendimento: amplie sua consciência sobre
seus desafios”
Esperamos que você tenha gostado do conteúdo e se interessado por conhecer mais sobre a
abordagem do Design Thinking.
Agora é hora de se aprofundar nos conceitos abordados nas vídeo-aulas e continuar aprendendo.
Por isso, montamos com todo o carinho esse report com informações complementares. Você
poderá ver em detalhes sobre metodologias e ter mais explicações sobre temas que abordamos
no vídeo. Também elaboramos um compilado com curiosidades, filmes e livros e links para você
nunca parar de aprender.
Aproveite! Abraços,
ABORDAGEM ................................................................................................................................................ 16
ENTENDIMENTO ........................................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 36
OS NEGÓCIOS NÃO
SÃO NEM SERÃO
MAIS OS MESMOS...
O QUE É
DESIGN
THINKING?
VALORES
DESIGN
THINKING
“A empatia é sobre se colo-
car no lugar do outro. E vai
além. Você deve permitir que
o novo olhar assumido crie
uma transformação interna,
permanente. Só assim você
‘aprende o outro’.”
Renato Nabuco - aluno Escola Design Thinking 2013
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EMPATIA
Significa se colocar no lugar do outro, des-
pir-se de pressupostos e compreender o
contexto e ações do outro, acolher, assimi-
lar e acomodar perspectivas alheias.
COLABORAÇÃO
Significa pensar conjuntamente, cocriar em
equipes multidisciplinares para que nosso
pensamento e capacidade de entendimento
se multiplique exponencialmente.
EXPERIMENTAÇÃO
Significa sair do campo das ideias, da fala.
Construir e testar soluções para evitar pro-
blemas na fase de implementação.
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PILARES
DESIGN
THINKING
TRANSDISCIPLINARIDADE
administração
engenharia
psicologia
artes
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AMBIENTES ADAPTÁVEIS
Os ambientes devem ser adaptáveis a diferen-
tes usos e configurações, dependendo das ne-
cessidades do momento. Os ambientes devem
facilitar as relações e não o contrário.
ABORDAGEM
Abordagem prática para navegar na complexi-
dade não é linear, tem natureza iterativa e fle-
xível, além de ser marcada por momentos de
divergência e convergência de pensamento.
MULTIDISCIPLINARIDADE
Design Thinking é transdisciplinar e precisa
de equipes muldisciplinares, portanto pessoas
“perfil T”. Aquelas que tem seu expertise, po-
rém tem também a capacidade de conversação
com outras disciplinas.
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ABORDAGEM
O Design Thinking é um modelo mental de natureza iterativa e flexível, isso significa que é um
processo no qual o erro é visto como parte integrante e valiosa da jornada.
Pela abordagem o momento de gerar soluções se inicia apenas depois de vasta compreensão de
contexto e resignificação de desafio e é apenas parte da jornada.
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FOCO NO SER
HUMANO
DESEJÁVEL
FINANCEIRAMENTE TECNICAMENTE
VIÁVEL POSSÍVEL
HUMAN CENTERED Entretanto, para que o uso desse processo seja valioso é preci-
so aprender a fazer as perguntas certas, ter resiliência e uma
“Centrado no ser humano” significa que ele começa a partir da O ponto crucial será no momento que a equipe envolvida definir
perspectiva das pessoas para as quais estamos criando a solu- o desafio estratégico. O papel do desafio estratégico é orientar
ção e tudo isso fará com que nós, cocriadores de novas soluções, a sua pesquisa de campo e consequentemente as soluções que
possamos ter inspirações que colaborem para o desenvolvimen- você irá desenvolver em equipe depois.
to de produtos ou serviços cada vez mais humanos.
É extremamente importante começar um projeto de coração
Todo o trabalho deve ser guiado através de lentes. As lentes as- aberto, como se fosse a primeira vez que fosse começar, para
sumem um papel de criar instrumentos para visualizar através que você possa aprender e compreender as histórias das pes-
de um outro olhar o contexto que você está inserido ou até mes- soas, observar com um olhar profundo a nova realidade que
mo o produto que será criado. As lentes oferecem questiona- está inserido, todas as necessidades, restrições, obstáculos e
mentos. percepções do que estará diante dos seus olhos.
Pergunte: O que está sendo criado é... O mais importante de todos esses pontos que abordamos é
DESEJÁVEL? As pessoas desejarão isso? lembrar-se sempre de trabalhar de forma colaborativa e com
as pessoas, não apenas para elas.
APLICÁVEL? É possível desenvolver de forma sustentável?
quando?
onde?
o que?
“Design Thinking... uma vez contaminado, você nunca mais será igual! Passará a
ver as coisas de um jeito diferente. Vai buscar pela essência das coisas e pessoas.
Vai ter ideias e querer melhorar e transformar cada experiência que tem ou conhe-
ce com pequenos gatilhos de grande potencial de valor. Você estará perdido! Mas
também, completamente encontrado em meio às suas conexões e inspirações.”
DESIGN
CHALLENGE
Todo projeto se inicia com um desafio. O desafio Quando houver cliente, é importante que o ele esteja junto
inicial é super importante e muitas vezes difícil de no processo de identificação do problema. O desafio deve
identificar. sempre ser desenvolvido em conjunto para que ele se sinta
representado e envolvido no processo desde o início.
O design challenge é a primeira etapa onde se esta-
belece empatia, por isso deve ser pensado cuidado- A pergunta do desafio deve sempre começar com
samente. “COMO PODEMOS”.
Um design challenge ou desafio instigante é aquele que não en- Esse simples início de frase nos ajuda a formular
dereça soluções, mas sim ainda mais perguntas. O desafio inicial perguntas instigantes e com um olhar diver-
deve trazer apenas os limites extremos do projeto e os objetivos so, aberto a pluralidade. Mais do que isso, essa
que devem ser cumpridos. Ele deve ser acessível, inteligível e formulação de pergunta transforma problemas e
instigar a ação, além de ter um escopo claro: nem muito grande necessidades em oportunidades.
ou pequeno e nem muito vago ou simples...
Uma boa maneira de se começar a definir um desafio é pensando nos possíveis cenários de atuação, nos atores protagonistas e
nos potenciais problemas do desafio a ser explorado. Um cenário interessante é ter entre 3 e 6 personagens, com pelo menos
4 (quatro) potenciais problemas.
Lembrem-se, os desafios mudam com o tempo... Os desafios mudam porque o grupo vai se tornando especia-
lista no desafio e também porque o time cresce como grupo e unidade. Isto quer dizer que o grupo vai retornar
constantemente para iterar e chegar mais perto do real desafio a ser solucionado.
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vida dependesse dessa solução, eu passaria 55 minutos defi-
nindo a pergunta certa a se fazer.”
Albert Einstein
Exemplos:
2. ESTABELEÇA RESTRIÇÕES
Definir as restrições e focar em um problema ou questão específica é crucial para o projeto. Esse projeto tem recursos? Qual é o
tempo que ele precisa ser feito? Ele precisa estar integrado com alguma estrutura já existente? Faça uma lista de restrições para
gerenciar durante o projeto.
ENTENDIMENTO
Momento de divergência de pensamento.
É necessário fazer um entendimento 360˚ do desafio inicial ou o que chamamos carinhosamente
de [des]entendimento. É hora de colocar todos os pressupostos na mesa e desapegar-se deles.
Este é um momento de abetura de olhar e de preparação de pesquisa de campo. Colher todos os
dados existentes e disponíveis é imprescindível.
O QUE USAR?
- Desk Research
- Desconstrução e compreensão holística do desafio
- Análise e painel contextual
- O que sabemos / o que queremos saber?
- Investigar cenários análogos
- Diálogo com um E.T.
- Sharing
- Diagrama de afinidades
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Desk Research
O quê? O desk research (pesquisa desk) ou pesquisa secundária é a busca sobre dados e soluções já publicados
e explorados relacionados ao desafio proposto; é uma investigação sobre temas e questões levantadas que pode ser
feita antes de sair a campo. Tem natureza multimídia, vídeos, textos, imagens, fotos e etc.
Para quê? Levantar o que já foi publicado e explorado sobre as questões emergentes do desafio. É um momen-
to de exploração das primeiras suposições (o que já sabemos), de descoberta de conexões inesperadas e expansões
de olhar. Uma boa pesquisa desk faz com que a equipe comece a pisar em solo mais firme e desenhe as questões
que quer explorar em campo.
Como? Em equipe levante os assuntos “macro” que o grupo quer explorar, divida tarefas entre a equipe; quem
irá pesquisar o quê. Não limite-se apenas ao Google, vá atrás de publicações específicas, livros, artigos científicos.
Procure também em blogs, empresas e instituições ligadas ao assunto e lembre-se sempre de confirmar a veracida-
de das informações que irá compartilhar com a equipe em seguida.
DESCONSTRUÇÃO DESAFIO
O quê? Dividir a frase/pergunta apresentada como desafio em
sentenças menores ou em palavras isoladas para explorar significa-
dos e significantes. Observar as interações das partes para compre-
ender o todo e vice-versa.
O QUE SABEMOS
O QUE QUEREMOS SABER
O quê? Nivelamento de conhecimento de grupo e mapeamento de assuntos e questões emergentes do desafio.
Para quê? É extremamente importante que a equipe compartilhe e mapeie os conhecimentos já existentes
sobre o assunto e as pressuposições. Esse nivelamento inicial ajuda a compreender o desafio e seu significado para
o grupo. Além disso, esse mapeamento ajuda a planejar a pesquisa desk e de campo.
Como? Separe um papel em 2 colunas, uma será preenchida com aquilo que você julga já saber sobre o assunto
e a outra com os pontos que deseja ou necessita maior aprofundamento. Cada um da equipe deve fazer sua tabela
individualmente. Em seguida o grupo compartilha os conhecimentos e desejos individuais produzindo uma tabela do
grupo. Com os assuntos que devem ser mais amplamente estudados e com as pressuposições do grupo mapeadas é
hora de dividir tarefas e planejar pesquisa.
O QUE JÁ SEI O QUE QUERO SABER O QUE JÁ SEI O QUE QUERO SABER O QUE JÁ SEI O QUE QUERO SABER
Para quê? Investigar cenários que trazem paralelos extremos ou experiências semelhantes, permite vivenciar
aspectos do desafio em contextos diferentes do inicial, proporcionando novas perspectivas. Essa prática é uma forte
ferramenta para geração de insights e novos entendimentos sobre perspectivas aparentemente saturadas.
Como? Em grupo listem locais, iniciativas, ambientes ou ações que julgam ter paralelos ou serem boas analogias
para o desafio ou para pontos importantes do desafio. Ao lado de cada cenário análogo listado, escrevam por que
acreditam ser importante investigá-los e quais os aspectos a serem entendidos. Por exemplo: diferentes cenários
análogos a garagem são cemitérios, portos, hangares de aviação, armazenamento digital até o conceito da sociedade
do espetáculo, por diferentes motivos. Para identificar bons cenários análogos , defina o “espaço empático” que está
sendo explorado. “Espaço empático” é o aspecto que está sendo explorado no desafio.
Para quê? Muitos termos são apenas conhecidos por exemplos de dentro dos ecossistemas, são os famosos
jargões. Quando se “traduz” há uma conexão de palavras, conceitos e situações externas ao ecossistema que tará
insights para uma compreensão aprofundada.
SHARING
O quê? Compartilhar o que foi pesquisado e compreendido, individualmente ou em pequenos grupos, com toda
a equipe.
Para quê? O sharing permeia todas as fases da abordagem e é extremamente importante para alinhamento
do grupo, nivelamento de conhecimento e geração de novos insights.
Como? Cada um deve separar o que deseja compartilhar com toda a equipe, listando os pontos mais relevantes,
frases, imagens, insights. É importante preparar esse material anteriormente para não se perder entre os dados co-
letados. Combinem regras para contar suas histórias no início da reunião, é sempre bom limitar tempo e sequência
das falas. O ideal é manter um tempo curto, algo de 5 a 10 minutos para cada pessoa compartilhar com o grupo suas
descobertas. É importante respeitar a vez de cada um, sem interrupções. Enquanto um fala, os outros anotam em
post its e tudo vai para a parede. A dinâmica se repete até que todos compartilhem o que julgam importante. Uma
rodada de conversa em grupo sobre o que foi compartilhado gera novos insights. Com tudo em Post It e na parede o
grupo começa a reorganizar o conteúdo em um diagrama de afinidade.
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DIAGRAMA DE AFINIDADE
O quê? Processo de externalizar e organizar de forma significativa uma grande quantidade de conteúdos, insi-
ghts, ideias e informação evidenciando correlações naturais. Ferramenta de síntese e análise.
Para quê? Diagramas de afinidade são usados durante todas as fases da abordagem de Design Thinking.
É uma técnica rápida e fácil de organizar em clusters (grupos) os dados coletados em pesquisa desk e campo, os
insights e ideias gerados após ideação e até mesmo feedbacks de apresentações, protótipos e testes. Uma forma
orgânica e flexível de encontrar conexões inesperadas, ou simplesmente organizar uma quantidade muito grande de
dados de forma visual e intuitiva.
www.escoladesignthinking.com.br/idt
O foco do curso de imersão é na aprendizagem prática e – Trabalhar lado a lado com mentes inquietas e questionadoras
colaborativa, ou seja, isso significa que você terá inúme- – Ser provocado a sair da sua zona de conforto em pouco tempo
ras chances de experimentar a aplicação do modelo mental – Aprender se divertindo em um ambiente dinâmico e acolhedor
com outros alunos e sempre acompanhados por um time – Fazer parte da rede da nova geração de inovadores brasileiros
REFERÊNCIAS
SITES
LIVROS
MOOTEE, Idris. Design Thinking for Strategic Innovation: What They Can’t Teach You at Business Or Design School. Wiley, 2013.