Mestrado Pedro Reis Ligação Viga Pilar
Mestrado Pedro Reis Ligação Viga Pilar
Mestrado Pedro Reis Ligação Viga Pilar
Dezembro de 2000
LIGAÇÃO CONTÍNUA VIGA-PILAR EM ESTRUTURAS
PRÉ-MOLDADAS DE BETÃO
Resumo:
Neste trabalho concebeu-se uma ligação contínua viga-pilar para estruturas pré-moldadas de betão.
Para tal apresentam-se os diversos sistemas estruturais para edifícios de betão pré-moldado, as
exigências funcionais das ligações, os tipos de ligação e as normas e recomendações aplicáveis.
Referem-se os trabalhos de investigação existentes e a decorrer sobre o tema e descrevem-se alguns
sistemas de ligação em utilização no mercado Português.
Discutem-se também as problemáticas dos ensaios experimentais de ligações em termos de: história de
carregamento, caracterização da cedência e coeficiente de vão de corte a adoptar nos ensaios.
Palavras-Chave:
Estruturas de betão armado
Estruturas pré-moldadas de betão
Estruturas pré-fabricadas
Ligação viga-pilar
Ductilidade
Ensaios experimentais
Sismo
CONTINUOUS BEAM TO COLUMN CONNECTION
IN PRECAST CONCRETE STRUCTURES
Abstract:
This dissertation presents a development of a continuous beam-to-column connection for precast
concrete structures.
Different structural systems for precast concrete buildings, the connections functional requirements, the
different types of connections and the applicable standards and recommendations are analysed. The
existing and on-going researches are reviewed and some connections in use in Portugal are described.
With the above data a new connection system was developed. This connection is economically
competitive, easy to erect and simple to design (equivalent to the cast-in-place structures).
An experimental model of the developed system was subjected to a cyclic load history which showed a
stable response up to a displacement ductility level of 3. This connection may then be used in structures
with a structural behaviour coefficient up to 2.5.
A discussion of the experimental program is also made in terms of the load history to impose, the
definition of the yielding values and the shear span ratio to use in the test programs.
In this work it is shown that Eurocode 8 is too conservative with respect to the seismic performance of
precast concrete structures, in contrast with the USA on-going standards, thus compromising the
economical advantage of precast concrete structures.
Key-words:
Concrete structures
Precast structures
Beam to column joint
Ductility
Experimental analysis
Earthquake
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Válter Lúcio, meu orientador científico (e não só), com quem é um prazer
trabalhar.
Ao Prof. Jorge Proença toda a disponibilidade e simpatia que sempre revelou para
ajudar e debater questões relevantes para a realização deste trabalho.
Aos Srs. Fernando Alves, Fernando Costa e Pedro Claro pela ajuda prestada na
preparação e realização dos ensaios experimentais. E novamente ao Fernando Alves
cujo trabalho inteligência, motivação e amizade é de realçar.
Ao Sr. Leite Fernandes pela elaboração de algumas das figuras constantes deste
trabalho.
A todos os Professores, colegas e amigos que durante este ano ajudaram, motivaram e
tornaram possível a realização deste trabalho, muito obrigado.
1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1 - OBJECTIVO .......................................................................................................... 1
1.2 - ENQUADRAMENTO GERAL ................................................................................... 1
1.3 - ORGANIZAÇÃO .................................................................................................... 2
2 - ESTRUTURAS PRÉ-MOLDADAS E A LIGAÇÃO VIGA-PILAR ................. 3
2.1 - SISTEMAS ESTRUTURAIS ..................................................................................... 3
2.1.1 - Sistemas Estruturais em Edifícios Pré-Moldados ...................................... 3
2.1.2 - Estruturas Reticuladas Pré-Moldadas ....................................................... 4
2.2 - EXIGÊNCIAS FUNCIONAIS DAS LIGAÇÕES ............................................................ 8
2.2.1 - Segurança Estrutural .................................................................................. 9
2.2.2 - Facilidade de Execução.............................................................................. 9
2.2.3 - Processos de Ligação ............................................................................... 12
2.2.4 - Durabilidade ............................................................................................. 13
2.2.5 - Resistência ao Fogo.................................................................................. 13
2.2.6 - Estética ..................................................................................................... 15
2.2.7 - Economia .................................................................................................. 15
2.3 - TIPOS DE LIGAÇÃO ............................................................................................ 17
2.3.1 - Ligação com Betonagem do Nó ................................................................ 17
2.3.2 - Ligação com Pós-Esforço ......................................................................... 18
2.3.3 - Ligação com Soldadura ............................................................................ 19
2.3.4 - Ligação com Aparafusamento .................................................................. 20
2.3.5 - Ligação Monolítica................................................................................... 20
2.4 - NORMAS E RECOMENDAÇÕES ........................................................................... 21
2.4.1 - Portugal .................................................................................................... 21
2.4.2 - Europa ...................................................................................................... 22
2.4.3 - Estados Unidos da América ..................................................................... 35
2.4.4 - Outros ....................................................................................................... 35
2.5 - INVESTIGAÇÃO .................................................................................................. 35
2.5.1 - Portugal .................................................................................................... 35
2.5.2 - PRESSS ..................................................................................................... 36
2.5.3 - Outros ....................................................................................................... 46
2.6 - MERCADO PORTUGUÊS ..................................................................................... 51
2.6.1 - Pavicentro ................................................................................................. 51
2.6.2 - Castelo ...................................................................................................... 51
2.6.3 - Maprel. ..................................................................................................... 52
2.6.4 - Concremat. ............................................................................................... 54
3 - SISTEMA DE LIGAÇÃO DESENVOLVIDO .................................................. 55
3.1 - MOTIVAÇÃO...................................................................................................... 55
3.2 - SISTEMA DE LIGAÇÃO VIGA-PILAR ................................................................... 56
3.3 - SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS ............................................................................... 58
3.3.1 - Emendas de Varões .................................................................................. 58
3.3.2 - Bainhas ..................................................................................................... 60
3.3.3 - Calda de Cimento ..................................................................................... 61
3.3.4 - Betonagem Complementar ....................................................................... 61
i
4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL....................................................................... 63
4.1 - MATERIAIS ........................................................................................................ 63
4.1.1 - Betão ......................................................................................................... 63
4.1.2 - Calda de Cimento ..................................................................................... 64
4.1.3 - Aço ............................................................................................................ 65
4.2 - CARACTERÍSTICAS DO MODELO ........................................................................ 66
4.2.1 - Condicionantes ......................................................................................... 66
4.2.2 - Geometria ................................................................................................. 68
4.2.3 - Pormenorização........................................................................................ 71
4.2.4 - Resistência ................................................................................................ 72
4.2.5 - Construção................................................................................................ 75
4.3 - SISTEMA DE ENSAIO .......................................................................................... 82
4.3.1 - Configuração do Ensaio ........................................................................... 82
4.3.2 - Procedimento de Ensaio ........................................................................... 86
5 - RESULTADOS EXPERIMENTAIS .................................................................. 91
5.1 - MATERIAIS ........................................................................................................ 91
5.1.1 - Betão ......................................................................................................... 91
5.1.2 - Calda de Cimento ..................................................................................... 94
5.1.3 - Aço ............................................................................................................ 96
5.2 - LIGAÇÃO ......................................................................................................... 100
5.2.1 - Carregamento Preliminar ...................................................................... 100
5.2.2 - Carregamento Cíclico ............................................................................ 105
5.3 - TRATAMENTO DOS RESULTADOS .................................................................... 111
6 - CONCLUSÕES ................................................................................................... 117
6.1 - CONCLUSÕES FINAIS ....................................................................................... 117
6.2 - DESENVOLVIMENTOS FUTUROS ...................................................................... 118
7 - REFERÊNCIAS.................................................................................................. 121
ii
NOTAÇÃO
Ad acção de cálculo
Apd acção de cálculo nas estruturas pré-moldadas
As área de armadura longitudinal
Asw área das secções dos estribos
b largura
d altura útil
Ea módulo de elasticidade do apoio
Ec módulo de elasticidade do betão
F força
fc valor de tensão de rotura por compressão do betão
fcd valor de cálculo da tensão de rotura por compressão do betão
fck valor característico da tensão de rotura por compressão do betão
fcm valor médio da tensão de rotura por compressão do betão
fctk valor característico da tensão de rotura por tracção do betão
fctm valor médio da tensão de rotura por tracção do betão
FR força resistente
FRd valor de cálculo da força resistente
fs valor da tensão de resistência à tracção do aço
fsuk tensão última característica do aço
fsyd valor de cálculo da tensão de cedência do aço
fsyk valor característico da tensão de cedência do aço
Fy força de cedência
h altura do elemento
kD factor da classe de ductilidade
kp factor de capacidade de dissipação de energia das ligações
kR factor de regularidade em altura
kW factor do tipo de rotura da parede
L comprimento
Lc vão de corte
M momento flector
MR momento resistente
NSd valor de cálculo do esforço axial actuante
q coeficiente de comportamento
q0 valor base do coeficiente de comportamento
qp coeficiente de comportamento das estruturas pré-moldadas
Rd valor de cálculo da resistência às cargas monótónicas
RM valor da força resistente às cargas monótónicas
Rpd valor de cálculo da força resistente estruturas pré-moldadas às
acções cíclicas
RS valor da força resistente à acção sísmica
s espaçamento
Sd valor de cálculo da acção sísmica
SE valor elástico da acção sísmica
Tad valor de cálculo do momento torsor acidental
V esforço transverso
Vcd termo corrector da teoria de Mörsch, no cálculo do esforço
transverso resistente
iii
VRd valor de cálculo do esforço transverso resistente
VSd Valor de cálculo do esforço transverso actuante
Vwd contribuição das armaduras de esforço transverso na resistência
segundo a teoria de Mörsch
c coeficiente minorativo das propriedades do betão
cycl factor de segurança que contabiliza a degradação de resistência
devido às acções cíclicas
Rd factor de segurança que contabiliza as incertezas do modelo
s coeficiente minorativo das propriedades do aço
relação entre a armadura de compressão e de tracção
deslocamento
y deslocamento de cedência
suk valor característico da extensão para a carga máxima
d ductilidade em deslocamento
percentagem geométrica de armadura
w percentagem geométrica de armadura transversal
1 tensão de esforço transverso definida no artº 53 do REBAP
iv
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - OBJECTIVO
Pretende-se desenvolver uma ligação viga pilar contínua para estruturas reticuladas
pré-moldadas de betão.
Para se atingir os objectivos e para credibilizar a ligação ela foi estudada em parceria
com a indústria e validada com recurso à análise experimental.
O presente trabalho, também sob orientação do Prof. Dr. Válter J. G. Lúcio, está na
sequência do anterior e tem o apoio da PRECIMPOR, SGPS no âmbito do Protocolo
para a investigação e desenvolvimento PRECIMPOR/ICIST.
1
1.3 - ORGANIZAÇÃO
2
2 - ESTRUTURAS PRÉ-MOLDADAS E A LIGAÇÃO VIGA-PILAR
3
Figura 2-2 – Exemplo de estrutura em parede [1]
4
Figura 2-3 – Pavimento de uma estrutura pré-moldada
Lajes Alveoladas.
Pré-lajes.
Lajes em T ou duplo T.
Lajes de vigotas pré-esforçadas e blocos de aligeiramento.
As lajes alveoladas são rectangulares com uma largura de 1,2 metros e podem
vencer vãos até 16 metros. O seu sistema de ligação tem capacidade de
distribuir os esforços entre os painéis. Como o nome indica são lajes vazadas
com alvéolos. Elas podem ser ou não pré-tensionadas, a opção depende dos
vãos e das cargas envolvidas.
5
escoramento durante a execução para vão superiores a três metros. As pré-lajes
podem ser pré-tensionadas, não sendo, no entanto, a solução comum.
1.2
m
0m
<2
0.15-0.30m
As lajes em T, duplo T têm larguras até 2,5 metros e vencem vãos até 22
metros, são normalmente pré-tensionadas.
<12m
1,2 - 2,5
m
6
Uma laje maciça armada em ambas as direcção também pode ser pré-moldada,
tem, no entanto, grandes condicionantes de transporte devido ao peso e
dimensões. Elas são transportadas na vertical.
2.5
m
LAJE EM DUPLO T
0.3 - 0.6 m
K
f , sendo f a frequência própria, K a rigidez e M a massa.
M
7
em condições normais. Do valor da aceleração máxima são obtidos os esforços
elásticos que conforme os tipos de estruturas podem ser minorados por um
coeficiente designado por coeficiente de comportamento. O coeficiente de
comportamento é uma medida da ductilidade da estrutura. A ductilidade é a
capacidade de deformação sem diminuição da resistência. Este coeficiente
estabelece a relação entre a resistência sísmica de uma estrutura com
comportamento não linear face a uma com comportamento linear.
A acção do vento nas estruturas é simulada como uma pressão estática. Pelo
que apenas é necessário garantir requisitos de resistência, sendo os requisitos
de rigidez e ductilidade menos importantes no comportamento da estrutura a
esta acção. Apenas no caso de estruturas com frequências própria de vibração
inferiores a 0.5 Hz será necessário efectuar estudos mais elaborados. No
entanto, apenas estruturas como as antenas são abrangidas por esses casos.
Nem mesmo depósitos de água elevados, estruturas com uma grande massa e
baixa rigidez, chegam a ser abrangidos por esse caso [4].
8
2.2.1 - SEGURANÇA ESTRUTURAL
2.2.2.1 - FABRICO
9
Em fábrica os custos da não qualidade (custos da rejeição de um produto) são
mais reduzidos do que em obra, pelo que há mais qualidade na execução em
fábrica.
Apesar da fábrica ser o local ideal para produzir “soluções por medida”, é
preferível, sempre que possível, recorrer a produtos normalizados. Os produtos
normalizados graças à produção em série, têm custos bem definidos, mais
reduzidos e oferecem superiores garantias de qualidade. Esta opção é válida
mesmo que provoque um sobredimensionamento, que pode ser compensado
por um menor risco na quantificação dos custos.
2.2.2.2 - TRANSPORTE
10
Simplificadamente, quanto maior a mais valia de um produto face ao seu custo
de betão por metro cúbico menor será o peso do transporte no seu custo final.
2.2.2.3 - MONTAGEM
11
Figura 2-9 – Operação de montagem de uma estruturaI
2.2.2.4 - TOLERÂNCIAS
amarração e emenda;
soldadura;
aparafusamento;
betão-betão;
conectores.
12
Os processos construtivos e de cálculo estão devidamente tratados por Santos
Silva [7].
2.2.4 - DURABILIDADE
Para cada material a sua classe é definida pelas normas ou na sua ausência
pelo LNEC.
EF Estável ao fogo
PC Pára chamas
CF Corta fogo
13
A estas classes estão associados tempos de resistência que devem ser
enquadrados nos seguintes escalões em minutos:
Elementos de
Altura do edifício Elementos de suporte
compartimentação
H<9m EF30 CF30
9 m H < 28 m EF60 CF60
28 m H EF90 CF90
Elementos de
Número de pisos Elementos de suporte
compartimentação
Pisos < 2 EF30 CF30
Pisos = 2 EF60 CF60
Pisos > 2 EF90 CF90
14
O dimensionamento da resistência ao fogo dos elementos estruturais pode ser
efectuado com base na parte 1.2 do EC2, EC3 ou EC4, conforme se trate de
estruturas de betão armado, metálicas ou mistas.
2.2.6 - ESTÉTICA
2.2.7 - ECONOMIA
15
diferente daquele que irão ocupar para desempenhar as suas funções, e por
serem protegidos de condições atmosféricas adversas durante a sua execução.
16
pessoal mais qualificado e instalações fabris, conduz a uma maior facilidade
de implementação e rentabilização da inovação face à indústria tradicional da
construção.
Uma viga simplesmente apoiada é mais barata por metro que uma viga
contínua, porque a economia de material conseguida com a continuidade não
compensa o custo da complexidade acrescida da ligação contínua. No entanto,
existem outros requisitos que as estruturas devem cumprir que inviabilizam
em muitas estruturas as soluções simplesmente apoiadas.
17
As faces dos elementos que estarão em contacto com o betão de segunda fase
deverão ser rugosas de forma a aumentar a aderência entre os betões. A
superfície do betão pré-moldado deve ser tratada, expondo os inertes e
saturando a superfície com água algumas horas antes da betonagem.
18
Nos casos em que se utilizam apoios definitivos para as vigas, o esforço de
corte é transmitido directamente ao apoio, as barras ou cordões de pré-esforço
funcionam apenas para transmitir a tracção devida aos momentos flectores.
Quando se utilizam consolas curtas provisórias ou perdidas pode considerar-se
que o esforço transverso é transmitido por atrito na junta de ligação.
19
2.3.4 - LIGAÇÃO COM APARAFUSAMENTO
20
O tipo de ligação desenvolvido por Proença [11] poderá também ser
enquadrado neste tipo de ligação.
2.4.1 - PORTUGAL
21
para efeitos de acção sísmica, que no entanto são iguais aos considerados no
REBAP para estruturas de ductilidade normal, e o cálculo do esforço
transverso resistente em vigas compostas por um elemento pré-moldado e
betão complementar moldado em obra com o espessamento da laje, que no
caso do sistema NOVOBRA NK1 é dado por:
ASW
VSd 0,7d fsyd + 0,91bd
s
Em que:
ASW
VSd 0,9d fsyd + 1bd
s
2.4.2 - EUROPA
22
Os Eurocódigos que interessam às estruturas pré-moldadas de betão são o
EC1, o EC2 e o EC8, e, eventualmente, quando se recorre a elementos
metálicos para materializar as ligações o EC3 e o EC4.
2.4.2.1 - EUROCÓDIGO 2
A Parte 1.1 [19], já publicada como pré-norma, define regras gerais e regras
para edifícios de betão armado e pré-esforçado com inertes de peso normal.
23
Relativamente aos materiais poderão utilizar-se valores de c e s, diferentes
dos especificados na Parte 1.1 em peças pré-moldadas desde que justificados
por métodos de controle adequados ou por documentos apropriados.
Análise estrutural
24
Diafragmas rígidos horizontais correspondentes às lajes de pavimento e
de cobertura, utilizadas para transferir as forças horizontais para os
elementos de contraventamento.
25
construtivas de armaduras, ou resultem de ligações aparafusadas ou soldadas
ou se comportem como contínuas através de ensaios rigorosos, que deverão
ser levados a cabo em condições desfavoráveis de resistência e rigidez. Todas
as outras deverão ser consideradas como rotuladas.
Ligações
VSd<0,1NSd
Sobreposição de varões;
Soldadura de varões ou chapas de aço;
Armaduras seladas em negativos;
Armaduras em laço sobrepostas;
Uniões roscadas;
Pré-esforço;
26
Mangas roscadas ou seladas;
Outros tipos de ligações quando convenientemente justificados.
2.4.2.2 - EUROCÓDIGO 8
A parte 1-3 é para ser utilizada em conjunto com as Partes 1-1 e 1-2 e
apresenta disposições para projecto de edifícios de betão, de aço, de madeira e
de alvenaria. Esta parte possui um anexo, Anexo B, que refere aspectos
particulares de projecto de estruturas pré-moldadas de betão.
27
AEd – valor de cálculo da acção sísmica;
2Ei- coeficiente de combinação para o valor quase-permanente da acção
variável i para a combinação sísmica;
Qki – valor característico da acção variável i.
Categoria Descrição I
Edifícios de importância vital para a protecção civil,
Categoria I Hospitais, quartéis de bombeiros, centrais de energia, 1,4
etc.
Edifícios importantes em termos das consequências
Categoria II associadas ao seu colapso, escolas, igrejas, edifícios 1,2
com grande concentração de pessoas, etc.
Edifícios normais que não pertençam a nenhuma das
Categoria III 1,0
outras categorias.
Edifícios de menor importância para a segurança das
Categoria IV 0,8
pessoas, edifícios agrícolas, etc.
Quadro 2-1 – Coeficiente de importância
Regularidade Simplificação
Planta Altura Modelo Análise
sim sim plano estática
sim não plano dinâmica
não sim tridimensional dinâmica
não não tridimensional dinâmica
Quadro 2-2 – Análise estrutural
sendo:
28
Sistema estrutural q0
Pórtico 5,0
Sistema misto – Pórtico equivalente 5,0
Sistema misto – Parede equivalente Com paredes acopladas 5,0
Sem paredes acopladas 4,5
Sistema em parede Com paredes acopladas 5,0
Sem paredes acopladas 4,0
Sistema em núcleo 3,5
Pêndulo invertido 2,0
Quadro 2-3 – Coeficiente de comportamento de base q0
Regularidade em altura kR
regular 1,0
não regular 0,8
Quadro 2-5 – Factor de regularidade em altura
29
Sistema estrutural kW
Pórtico ou misto equivalente a 1,0
pórtico
Parede, misto equivalente a parede 1
1I
e núcleo 2,5 0,50
(2.2) qp=kp.q
sendo,
Tipo de ligação kp
Ligações fora das zonas críticas 1,00
Ligações sobredimensionadas ou 0,75
ligações dissipativas
Quadro 2-7 – kp coeficiente de redução
q= 1,0
hw
I 0 , sendo:
lw
30
Quanto aos modelos de cálculo não é efectuada nenhuma referência, pelo que
as regras serão as utilizadas para as estruturas moldadas em obra.
Tal como nas estruturas moldadas em obra também são consideradas as três
classes de ductilidade: DCH, DCM, DCL. No entanto o uso da DCH, alta
ductilidade, está condicionada à realização de um estudo aprofundado.
sendo:
31
cycl- factor de segurança que contabiliza a degradação da resistência após
determinados ciclos de carga:
Comparação
u
q= 5 kR = 5 1,2 1,0 = 6,0
1
32
Estrutura pré-moldada com ligação sobredimensionada:
Resistência ao corte
1,5.RS= RM / (Rd. cycl) RS= RM / ( 1,51,101,20) = RM / 1,98
Resistência axial
1,5.RS= RM / (Rd. cycl) RS= RM / ( 1,51,001,15) = RM / 1,725
Resistência ao corte
RS= RM / (Rd. cycl) = RM / (1,101,20) = RM / 1,32
Resistência axial
RS= RM / (Rd. cycl) = RM / (1,001,15) = RM / 1,15
33
Sobre o EC8 refere-se o estudo de Brito e Gomes [24] em que se compara o
EC8 ao REBAP em termos de consequências práticas de projecto.
Para as fases provisórias no que se refere aos efeitos dinâmicos das acções de
transporte e elevação de peças é referido um coeficiente de 10,2.
Tad<VSd L/300
sendo
L – comprimento do elemento
VSd – Esforço transverso na ligação
34
2.4.3 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
2.4.4 - OUTROS
2.5 - INVESTIGAÇÃO
Assim, é difícil encontrar ou distinguir investigação que possa ser classificada como
de estruturas pré-moldadas de betão, pelo que da pesquisa efectuada não se
encontraram muitos trabalhos de investigação que assim se posssam classificar.
2.5.1 - PORTUGAL
35
“Comportamento de Ligações de Estruturas Pré-fabricadas de Betão” [28]
trabalho realizado por Pompeu dos Santos em 1983 como Tese para
especialista do LNEC. Este trabalho pretende avaliar o grau de monolítismo da
ligação viga-pilar, realizada com betonagem em obra do nó e da parte superior
da viga, as armaduras do nó e de continuidade eram colocadas em obra. Foram
estudados diversos modelos. Do estudo experimental o autor constatou que os
elementos estruturais pré-moldados e as suas ligações apresentam
comportamento idêntico aos das estruturas monolíticas de betão armado
moldadas em obra, quando submetidos a acções monótónicas ou repetidas.
2.5.2 - PRESSS
36
Desenvolvimento de Concepção [30] (Concept Development) para o
desenvolvimento e avaliação de novas concepções de estruturas sísmicas para
edifícios de baixa e média altura.
F F
F F
F F
37
Com o objectivo de viabilizar o uso de certas ligações em estruturas sísmicas,
independentemente da sua relação custo eficácia, foram estudadas ligações
com os seguintes comportamentos típicos: comportamento elástico linear,
comportamento elástico não linear, cedência à compressão e tracção,
combinado cedência + elástico não linear, rígido-plástico e combinado
rígido-plástico + elástico linear, ver Figura 2-16.
38
Figura 2-17 – Ligação tipo (b) comportamento elástico não linear NLE [34]
500
400
300
200
100
0
-100
-200
-300
-400
-500
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70
39
Figura 2-19 – Ligação tipo (c) comportamento com cedência em compressão e tracção [34]
200
150
100
50
-50
-100
-150
-200
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
40
Ligações Dúcteis para Pórticos (Parte II) (Ductile Connections for Precast
Concrete Frame Systems, Part II) para o desenvolvimento e ensaio de três
ligações com o comportamento tipo (b)I, (c)I e (e) (ver Figura 2-16).
150
100
50
-50
-100
-150
-6 -4 -2 0 2 4 6
41
Figura 2-23 –Ligação tipo (e) comportamento rígido plástico [34]
150
100
50
-50
-100
-150
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
42
Comportamento Sísmico de um Edifício de Seis Pisos Sujeito a um Sismo
Moderado (Behaviour of a Six-storey Office Building Subjected to Moderate
Seismicity) que consistiu em dois trabalhos experimentais um de uma
estrutura em pórtico e o outro de uma estrutura de paredes resistentes, ambos
com as ligações tipo referidas.
43
Recomendações de Projecto (Codified Design Provisions for PRESS) em que
se desenvolveram regras de projecto para incorporação no NEHRP–
Recommended Provisions for Seismic Regulations for New Buildings.
A Fase III [42] e [45], a final, ainda a decorrer, está divida no estudo de
estruturas em pórtico e em parede. Para cada tipo de estrutura serão efectuados
os seguintes estudos: estudos de concepção, estudos analíticos e o teste e
44
montagem de um edifício em grande escala sendo concluídos por um trabalho
com vista a recomendações finais de projecto.
Figura 2-27 – Ensaio sísmico realizado em Figura 2-28 – Ligação Precast Hibrid
Agosto de 1999, imagem obtida no URLI Moment Resistant Frame, imagem obtida no
URLII
Do trabalho de investigação desenvolvido já foram criados sistemas de ligação
com utilização comercial, nomeadamente (i) o Dywidag Ductile Connector,
ver Figura 2-29, utilizado entre outras na estrutura do Wiltern Center Parking
em Los Angeles, sobre essa estrutura e sistema de ligação referenciam-se os
trabalhos [46] e [47]; e o (ii) PHMRF – Precast Hibrid Moment Resistant
Frame, ver Figura 2-28.
I http://www.soe.ucsd.edu/images/5story_bldg_hires3by4.jpg
II http://www.pankow.com/phmrf.html
III http://www.dywidag-systems.com/images/ductile.jpg
45
Dos trabalhos que eram referenciados pelos artigos do PRESSS, mas que não
faziam parte do programa de investigação destacam-se os seguintes [48], [49]
e [50].
2.5.3 - OUTROS
46
Figura 2-31 – Resultados experimentais [51]
47
Figura 2-33 – Resultados experimentais da ligação rígida [52]
48
Figura 2-36 – Ligação de elementos pré-moldados tipo A [54]
49
Figura 2-38 – Sistema de ensaio [55]
CORTE A-A
Varões Roscados
50
2.6 - MERCADO PORTUGUÊS
2.6.1 - PAVICENTRO
2.6.2 - CASTELO
51
Figura 2-41 – Ligação Viga-Pilar utilizada pelos PRÉ-FABRICADOS CASTELO [58]
2.6.3 - MAPREL.
52
Figura 2-42 – Pormenor do cachorro [59]
53
2.6.4 - CONCREMAT.
Figura 2-44 – Pormenor das emendas mecânicas Figura 2-45 – Pormenor ligação
VERSOR-CONCREMAT
54
3 - SISTEMA DE LIGAÇÃO DESENVOLVIDO
3.1 - MOTIVAÇÃO
SIM NÃO
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
NAS VIGAS NOS PILARES
"CAPACITY DESIGN"
Neste contexto a ligação viga-pilar pode ser concebida de forma a estar localizada
dentro ou fora das zonas críticas; estando nas zonas críticas podem ser dissipativas ou
não dissipativas.
55
A ligação contínua viga-pilar a desenvolver tem como objectivo:
armadura
superior com
emendas mecânicas continuidade
56
armadura
superior com
emendas mecânicas continuidade
Na Figura 3-2 está esquematizado o sistema de ligação viga pilar com vigas de secção
rectangular com betonagem complementar. Neste sistema são previstas janelas para
manuseamento da armadura inferior da viga, que podem ser dispensadas em vigas
com geometrias diferentes. Na Figura 3-3 ilustra-se o sistema com vigas em T com
espessamento no apoio, geometria muito comum nas vigas pré-moldadas, em que as
janelas puderam ser dispensadas sendo a armadura manuseada na extremidade final
do espessamento. Nos casos em que não se pretende uma betonagem complementar
na viga a continuidade da armadura superior poderá ser conseguida com o mesmo
sistema adoptado para a armadura inferior, ver Figura 3-4.
Figura 3-4 – Ligação viga-pilar em vigas em T com espessamento no apoio e sem betonagem
complementar
57
3.3 - SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
Figura 3-6 – Emenda com Figura 3-7 – Emenda com Figura 3-8 – Emenda com rosca
groutII soldadura
58
Figura 3-9 – Macho-fêmea Figura 3-10 – Macho-fêmea-macho
Figura 3-11 – Varão Figura 3-12 – Rosca por Figura 3-13 – Rosca por desbaste
roscado em todo o compressão e moldagem
comprimento
59
Em termos de resistência mecânica todos os sistemas apresentam boas
performances sendo a rotura para cargas estáticas pelo varão e não pela união,
com excepção do sistema de rosca por desbaste. No sistema de varão roscado
em todo o comprimento devem ser colocadas contra-porcas para cargas
dinâmicas, devido às folgas derivadas do passo largo.
3.3.2 - BAINHAS
60
caso seja tarde demais a recuperação do molde poderá ser impossível. O molde
perdido pode ser de qualquer material que garanta a forma e a aderência. Entre
as opções existentes no mercado as bainhas dos sistemas de pré-esforço
revelaram-se a melhor opção, pois são concebidas para cumprir essas funções
sendo também económicas e fáceis de obter.
A velocidade de presa nos casos em que existe uma consola curta definitiva
não é um parâmetro crítico, no entanto, quando a mesma for provisória, dessa
característica dependerá a retirada do apoio.
61
Para garantir uma boa ligação da camada de betão complementar à viga devem
seguir-se os seguintes procedimentos:
62
4 - PROGRAMA EXPERIMENTAL
4.1 - MATERIAIS
4.1.1 - BETÃO
63
O betão de ambas as fases tem a seguinte composição por m3:
64
27/9/2000. Na Figura 4-2 mostra-se o equipamento de ensaio existente no
LERM. O ensaio seguiu a especificação do LNEC E29-1979 [62].
4.1.3 - AÇO
65
4.2 - CARACTERÍSTICAS DO MODELO
4.2.1 - CONDICIONANTES
O coeficiente de vão de corte “shear span ratio” (Lc/h) é definido pela relação
entre o momento, o esforço transverso e a altura da viga, da seguinte forma:
Lc M
h = Vh
Tendo em conta que numa viga com uma distribuição de esforços típicos da
acção sísmica a relação M/V no apoio é da ordem de:
M L
V=2
M L
V=6
sendo L o vão total da viga. Admitindo como esbelteza típica das vigas a
relação,
L
h = 10
66
então o coeficiente de vão de corte representativo das vigas em pórticos
sísmicos será:
M M 1 L 10
Vh = V h = 2 L = 5
M M 1 L 10
Vh = V h = 6 L = 1,67
67
4.2.2 - GEOMETRIA
PILAR
VIGA
68
CORTE
TRANSVERSAL
ALÇADO
69
(a)
CORTE
TRANSVERSAL
ALÇADO
(b)
CORTE
TRANSVERSAL
JANELAS PARA
MANUSEAMENTO
DA ARMADURA
ALÇADO
70
4.2.3 - PORMENORIZAÇÃO
Figura 4-8 – Armadura pilar (corte) Figura 4-9 – Armadura viga (corte)
71
Figura 4-10 – Armadura viga
4.2.4 - RESISTÊNCIA
Tipo de h b d fc fs Arm. As MR FR
resistência (m) (m) (m) (MPa) (MPa) - (cm2) (%) (kN.m) (kN)
Cálculo 0,50 0,25 0,45 16,7 435 12,57 1,01% 203 138,7
Caracteristica 0,50 0,25 0,45 25,8 563 12,57 1,01% 271 185,9
Média 0,50 0,25 0,45 29,8 563 12,57 1,01% 278 190,2
Última 0,50 0,25 0,45 29,8 635 12,57 1,01% 307 210,5
Quadro 4-1 – Resistências aos momentos negativos
72
Tipo de h b d fc fs Arm. As MR FR
2
resistência (m) (m) (m) (MPa) (MPa) - (cm ) (%) (kN.m) (kN)
Cálculo 0,50 0,30 0,44 13,3 435 6,28 0,42% 109 74,6
Caracteristica 0,50 0,30 0,44 20,3 563 6,28 0,42% 143 98,1
Média 0,50 0,30 0,44 23,5 563 6,28 0,42% 145 99,3
Última 0,50 0,30 0,44 23,5 635 6,28 0,42% 162 110,9
Quadro 4-2 – Resistências aos momentos positivos
h- altura da viga
b- largura da viga
d- altura útil da viga
fc- resistência à compressão do betão
fs- resistência à tracção da armadura
Arm.- armadura tracionada
As- área da armadura
MR- momento resistente
FR- força de reacção no actuador
em que:
= 0,7 - f ck
= 0,6, com fck= 20 MPa
200
logo:
73
Rdj= 1,40,26 + 0 + 0,27%435(0,7sen90º + cos90º)< 0,5 fcd
e em que:
Sd= Fs / (b.L)
em que:
sendo portanto:
Verificando-se que não se obtém uma resistência suficiente. Este facto não
condicionou os resultados experimentais do ensaio e deve-se ao facto de os
resultados experimentais do betão não corresponderem aos prescritos C30/35.
em que:
cp=0
k= 1
74
1=0,02
4.2.5 - CONSTRUÇÃO
As cofragens foram executadas com madeira, a ligação dos seus painéis com
parafusos e de forma a permitir a reutilização. A sua concepção e execução
75
não careceram de características especiais para além dos acessórios de
posicionamento das emendas mecânicas como se pode observar na Figura
4-11.
76
ARMADURA CONSTRUTIVA
77
As operações de betonagem em que se recorreu à central de betão existente no
LERM, Figura 4-15, decorreu com normalidade. Na Figura 4-16 pode-se
observar o pilar betonado com o betão ainda fresco e na Figura 4-17 a
introdução de rugosidade na superfície superior da viga para melhorar a
aderência ao betão de segunda fase.
78
Figura 4-19 – Cofragem e armaduras da 2ª fase
79
Figura 4-21 – Colocação da armadura inferior de continuidade
80
TUBOS
DE
PURGA
Na Figura 4-24 pode-se observar a obra concluída e a peça a ser elevada para
colocação na zona de ensaio, é de referir também que foram previstos
acessório para elevação e manobra dos elementos pré-moldados assim como
do conjunto no seu todo.
81
4.3 - SISTEMA DE ENSAIO
82
Figura 4-26 – Configuração geral do ensaio (alçado frontal), dimensões em m
83
sentido do motoredutor eléctrico que move o actuador. O comando
pode ser operado localmente ou em modo remoto através de ligação
digital ao controlador (computador).
84
Figura 4-28 – Posição e numeração dos transdutores de deslocamentos, dimensões em m.
85
Os transdutores de deslocamentos têm a localização indicada na Figura 4-28.
Os extensómetros estão colocados nos varões da viga na proximidade da junta,
ver Figura 4-29 e Figura 4-30, em cada varão foram colocados dois
extensómetros em fases opostas de forma a anular efeitos locais de flexão dos
varões.
86
1. um ciclo completo alternado para cada uma da fracções do
deslocamento de cedência y: ¼, ½ , ¾ e 1.
2. três ciclos completos alternados para cada um dos múltiplos do
deslocamento de cedência y: 2n (n=1,2,3,...).
87
cedência ficar fisicamente bem definido, em especial quando existem
fenómenos de instabilidade. O caso (c) é de fácil utilização em nós e em vigas
metálicas, mas não se pode aplicar quando existem fenómenos de
instabilidade.
O procedimento proposto pelo PRESSS, ao qual não se teve acesso directo, foi
desenvolvido propositadamente para esse programa de investigação, cuja
motivação foi criar um procedimento de ensaio que se adaptasse bem ao tipo
de ligações em estudo, ligações de estruturas pré-moldadas de betão com aço
macio ou pós-esforçado em zonas sísmicas, e que uniformizasse os resultados
experimentais do programa em causa.
88
Figura 4-33 – Procedimento PRESSS
89
90
5 - RESULTADOS EXPERIMENTAIS
5.1 - MATERIAIS
5.1.1 - BETÃO
91
Betão - Ensaio de compressão
1ª Fase
Amassadura - B
92
Betão - Ensaio de compressão
1ª Fase
Amassadura - A+B+C
2
Provete Data Idade Peso Secção Fci fci fcm (fci-fcm)
2
(-) de fabrico de ensaio (dias) (kg) (cm ) (kN) (MPa) (MPa) (MPa)
A7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,586 225 861,6 38,29 35,87 5,867
A7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,581 225 863,4 38,37 35,87 6,261
A7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,513 225 850,6 37,80 35,87 3,738
A7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,597 225 861,9 38,31 35,87 5,932
A7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,512 225 850,1 37,78 35,87 3,652
A7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,543 225 833,5 37,04 35,87 1,377
B7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,547 225 809,4 35,97 35,87 0,010
B7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,585 225 787,9 35,02 35,87 0,728
B7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,544 225 785,6 34,92 35,87 0,913
B7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,677 225 831,4 36,95 35,87 1,166
B7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,590 225 817,6 36,34 35,87 0,218
B7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,574 225 803,5 35,71 35,87 0,026
C7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,550 225 761,5 33,84 35,87 4,107
C7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,541 225 791,9 35,20 35,87 0,456
C7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,577 225 804,8 35,77 35,87 0,010
C7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,519 225 781,5 34,73 35,87 1,295
C7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,523 225 778,3 34,59 35,87 1,638
C7/6 07-06-2000 27-09-2000 111 7,483 225 784,2 34,85 35,87 1,036
n= 18 número de amostras
1,50 MPa desvio padrão
4,2% =/f cm
mín 7,0%
f cm = 35,87 MPa
f ck= 31,75 MPa fck=f cm (1-1,64)
Apesar do objectivo inicial ser obter um fck= 35 MPa para ambos os betões,
refere-se que em nada estes resultados influenciam a validade do restante
trabalho experimental, acrescentando até alguma proximidade à realidade
construtiva. O betão produzido em primeira fase (fck= 32 MPa) aproxima-se do
utilizado normalmente em fábrica (fck= 35 MPa), e o de segunda fase (fck=25
MPa) é idêntico ao utilizado em obra (fck= 25 MPa).
93
Betão - Ensaio de compressão
2ª Fase
Amassadura - D
A calda de cimento não foi sujeita a nenhuma prescrição especial, para além
de se exigir características de resistência superiores à do betão adjacente e
ausência de retracção, a qual não foi confirmada experimentalmente.
94
Argamassa - Ensaio de compressão
n= 12 número de amostras
4,04 MPa desvio padrão
7,8% =/f cm
mín 7,0%
f cm = 52,05 MPa
f ck= 45,42 MPa f ck=f cm (1-1,64)
n= 6 número de amostras
0,58 MPa desvio padrão
15,2% =/fctm
mín 7,0%
fctm = 3,80 MPa
fctk= 2,85 MPa f ctk=fctm (1-1,64)
95
5.1.3 - AÇO
700
f su = 621 MPa
500
400
(MPa)
300
200
100
0
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
L/L (%)
700
f su = 626 MPa
500
400
(MPa)
300
200
100
0
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
L/L
96
700
f su = 624 MPa
500
400
(MPa)
300
200
100
0
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
L/L
700
f su = 625 MPa
500
400
(MPa)
300
200
100
0
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
L/L (%)
97
700
f su = 625 MPa
500
400
(MPa)
300
200
100
0
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
L/L (%)
700
f su = 626 MPa
500
400
(MPa)
300
200
100
0
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16%
L/L (%)
98
No Quadro 5-8 e Quadro 5-9 apresentam-se os valores da extensão após rotura
do varão isolado e do sistema de ligação, respectivamente. No provete 3 do
sistema de ligação não foi possível medir o comprimento último devido à
rotação verificada na união aquando da rotura.
99
5.2 - LIGAÇÃO
Este ensaio foi efectuado no dia 27 de Setembro de 2000 no LERM, 111 dias
após a betonagem dos elementos pré-moldados.
250
200
150
100
F (kN)
50
-50
-100
-150
-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
(mm)
100
A Figura 5-8 apresenta o diagrama F- do carregamento preliminar na parte
que interessa à resistência aos momentos negativos com os valores que
interessam à determinação da cedência. Assim:
250
227
200
170
150
F (kN)
100
50
0
0 5 10 12,3 15 16,5 20 23,9 25
(mm)
101
-20,0 -15,7 -11,8
0
-20
-40
F (kN)
-60
-79
-80
-100
-105
-120
-20 -16 -12 -8 -4 0
(mm)
102
Na Figura 5-12 observa-se a fendilhação para o carregamento no sentido
oposto F= -105 kN e = -15,0 mm. As fendas correspondentes ao
carregamento nesta direcção estão marcadas a vermelho.
103
Figura 5-13 – Escorregamento da peça
104
5.2.2 - CARREGAMENTO CÍCLICO
1
/y
-1
-2
-3
-4
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Ciclo
A Figura 5-21 apresenta fotos da peça ao longo do ensaio (por lapso a foto
referenciada com Ciclo – 26; Força – 232,8 kN; Deslocamento – 49,5 mm
corresponde ao ciclo 25). Estas fotos correspondem aos ciclos iniciais e finais
dos conjuntos de três ciclos para os níveis de ductilidade 2 e 3.
105
80
60
40
20
(mm)
-20
-40
-60
-80
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Ciclo
5,0%
4,5%
4,0%
3,4%
3,0%
2,3%
2,0%
1,7%
1,0% 1,1%
0,8% 0,8% 0,8% 0,8%
"Drift"
0,0%
-3,0%
-3,2%
-4,0%
-4,3%
-5,0%
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Ciclo
106
250
200
150
100
F (kN)
50
-50
-100
-150
-60 -40 -20 0 20 40 60 80
(mm)
250
200
150
100
F (kN)
50
-50
-100
-150
-4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
y
Figura 5-18 – Diagrama F -
y
107
350
250
150
M (kN.m)
50
-50
-150
-250
-4,0% -3,0% -2,0% -1,0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0%
"Drift"
250
232 233 230
224 226 222 226 221
219 216
200
106 100
100
85 81
Fpico (kN)
50
0 0 -3 -1
-19
-50
-62
-93
-100 -106 -103 -102 -100 -104 -106 -103 -103 -101
-109 -108 -107
-150
0 5 10 15 20 25 30 35
Ciclo
Figura 5-20 – História da força com os valores de pico para cada ciclo
108
Figura 5-21 – Fotos dos ciclos 17 a 30
109
Figura 5-22 –Fotos ciclos 33 e 34
110
Figura 5-24 –Pormenor da rotura do varão
Na Figura 5-22 estão as fotos dos ciclos 33 e 34. No ciclo 34 deu-se a rotura
da ligação por tracção da armadura inferior. Depois da rotura o betão foi
saneado com a peça ainda em esforço para observação das armaduras (ver
Figura 5-23). A rotura do aço pode ser observada em pormenor na Figura
5-24.
111
250
200
150
100
F (kN)
50
-50
-100
-150
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
(mm)
d= q
d= ½ (q2+1)
O EC8 recomenda que se estabeleça uma relação dada pela média de ambas as
expressões, ou seja:
q2 1
q 2
q 1 (q 1) 2
d= 2 =q =
2 4 4
112
Assim os resultados experimentais da ligação estudada viabilizam a sua utilização em
estruturas com um coeficiente de comportamento,
Este valor é o indicado no REBAP para estruturas em pórtico com ductilidade normal
e no EC8 com ductilidade baixa.
Apesar de satisfatório face aos objectivos do trabalho este resultado não é considerado
muito bom, no entanto foi obtido em condições muito gravosas para a ligação. O
coeficiente de vão de corte utilizado M/Vh=2,92 é baixo condicionando o
comprimento da rotula plástica, e logo, a sua ductilidade. Caso o coeficiente de vão de
corte do ensaio fosse M/Vh=5 seria de esperar resultados mais favoráveis.
O EC8, na parte referente a estruturas pré-moldadas, indica que caso a mesma seja
ensaiada experimentalmente e atinja determinado nível de ductilidade em
deslocamento poderá ser utilizado o coeficiente de comportamento indicado na
expressão anterior. No entanto não define qual o coeficiente de vão de corte a utilizar
no ensaio nem o critério de determinação do deslocamento de cedência.
250
200
190,2
150
142,7
F (kN)
100
50
0
0 5 9,3 10 12,3 15 20 23,9 25
(mm)
113
-14,7 -11
0
-20
-40
F (kN)
-60
-75
-80
-99
-100
-120
-20 -16 -12 -8 -4 0
(mm)
y 2= 12,3 mm y 2= 14,7 mm
y 1= 16,5 mm y 1= 15,7 mm
d Fpico+(%) Fpico-(%)
1,0 1,8 3,8
1,5 3,6 8,2
2,0 4,3 4,6
3,0 5,2 5,6
Quadro 5-10 – Forças de pico, degradação
114
Da análise do F-, Figura 5-17, observa-se que a plastificação da armadura ocorre a
primeira vez que determinado deslocamento é imposto, tendo comportamento elástico
nos ciclos seguintes. Depois do primeiro ciclo para d= 3 = 49,5 mm e após a
inversão do sinal do deslocamento para positivo, ver Figura 5-25, observa-se um
aumento da rigidez inicial seguido de uma perda para valores quase nulos e
novamente um ganho de rigidez. Este fenómeno está tratado em [64], ocorrendo nos
casos em que não existe simetria da armadura. A fase inicial de rigidez elevada
corresponde às armaduras inferiores comprimidas, depois de esgotada a sua
capacidade resistente elas plastificam ou encurvam provocando uma diminuição da
rigidez, que apenas volta a aumentar quando as fendas estiverem todas fechadas
passando a trabalhar o betão à compressão.
70
60
50
40
W (kN.m)
30
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Ciclo
A energia dissipada acumulada ao longo dos ciclos, ver Figura 5-28, aumenta de
forma consistente com a história de deslocamentos impostos. No inicio de cada ciclo
o incremento de força é de sinal contrário ao incremento de deslocamento,
provocando uma diminuição da energia acumulada. Depois da inversão da força o
trabalho passa a ser positivo havendo assim um aumento da energia. Nas zonas de
comportamento não elástico ou plástico, correspondentes ao final de cada ciclo, existe
um aumento não recuperável da energia dissipada acumulada. Os ciclos 7 e 8, 15 e 16,
23 e 24, 31 e 32 a que correspondem deslocamentos impostos de d= 0,75 em que a
peça trabalha em regime quase elástico, verifica-se que não existe ganho significativo
da energia acumulada, seguindo-se um ciclo com ganhos não recuperados.
115
116
6 - CONCLUSÕES
Refere-se ainda que o dimensionamento da ligação pode ser efectuado com as regras
habituais para as estruturas moldadas em obra devendo apenas haver cuidados
especiais na pormenorização devido às tolerâncias apertadas típicas das estruturas
pré-moldadas. A construção do modelo no laboratório revelou que o sistema de
ligação é de simples execução, rápida montagem e aceita elevadas tolerâncias.
117
Figura 6-1 – Edifício pré-moldado de betão em construção na costa oeste dos E.U.A.
O sistema anterior poderá também ser desenvolvido para ligações secas, sendo os
varões ligeiramente pré-esforçados para eliminar as folgas, podendo-se estudar
também a utilização de aço macio ou de alta resistência nos varões de pré-esforço.
118
comprovada experimentalmente parece um bom caminho; no entanto, recomenda-se
que sejam definidos procedimentos claros para o programa experimental e avaliação
dos resultados. Os pontos mais importantes a definir são o coeficiente de vão de corte
a utilizar no ensaio e o critério de cedência.
119
120
7 - REFERÊNCIAS
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