Aula 06 - Lançamento e Pré-Dimensionamento

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA

DAS CATARATAS
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I

LANÇAMENTO E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

PROFESSOR: EDUARDO DAMIN


ESTRUTURAS DE CONCRETO I
2

LANÇAMENTO ESTRUTURAL

DETERMINAÇÃO PRÉVIA DOS ELEMENTOS E SUAS


LOCALIZAÇÕES
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
3

 Conceito
Etapa do projeto estrutural em que se define a disposição de suas
peças, de forma a se obter o melhor ajuste ao projeto de
arquitetura e demais subsistemas, levando em consideração o fator
econômico, facilidades construtivas e a eficiência global da
edificação.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
4

Segundo Fusco (1976), a superestrutura de uma edificação divide-


se em três categorias, conforme a finalidade e responsabilidade na
segurança global:

 Estrutura terciária: tem a finalidade de suportar a aplicação direta das cargas


distribuídas em superfície, sendo usualmente composta pelas lajes.

 Estrutura secundária: confere resistência localizada às diferentes partes da


construção, recebendo cargas diretas ou apenas as reações da estrutura
terciária, sendo usualmente composta pelas vigas.

 Estrutura primária: garante a resistência global da construção, sendo usualmente


composta pelos pilares.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
5

Os esquemas mais utilizados no cálculo das estruturas convencionais


de concreto armado são:

 Estruturas reticuladas: constituídas pela associação de vigas, arcos, pórticos,


treliças, grelhas.

 Estruturas de superfície: constituídas por placas, chapas, cascas.

 Estruturas tridimensionais: constituída por blocos.


LANÇAMENTO ESTRUTURAL
6

Além dos princípios básicos acima, e alertando para a


complexidade e variedade de abordagens do tema, são válidas
para a maioria das edificações comuns as seguintes diretrizes
práticas para o lançamento estrutural de vigas e pilares:

 Os arranjos de vigas e pilares devem ser tratados simultaneamente, pois são


interdependentes: a disposição dos pilares condiciona as vigas e vice-versa.

 A escolha da estrutura de um edifício de vários andares começa, em geral, pelo


pavimento-tipo, repetido várias vezes no projeto de múltiplos andares.

 O arranjo estrutural tem início com a disposição do vigamento do piso, a partir


da análise da situação das paredes principais e das posições possíveis dos
pilares neste e em outros pavimentos.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
7

 É conveniente que a posição dos pilares seja mantida nos demais pavimentos
além do pavimento tipo, mesmo em pavimentos com arranjo estrutural de lajes e
vigas diferente do tipo, com vistas à economia de formas, continuidade de
barras dos pilares e fluxo de cargas.

 Quando nenhuma solução para pilares dos pavimentos superiores satisfaz aos
andares inferiores (pilotis, lojas, etc.), sendo necessário mudar sua posição, o
vigamento do teto do andar térreo deverá fornecer apoio conveniente aos
pilares situados acima, funcionando como estrutura de transição.

 É conveniente prever vigas sob as paredes principais de alvenaria. Em cômodos


com dimensões muito pequenas (2 a 3m), pode-se dispensar algumas vigas,
ficando as paredes apoiadas diretamente na laje. Em espaços muito grandes
(vãos de 6 a 8m), pode-se projetar vigamento intermediário, ou usar lajes
nervuradas ou mistas.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
8

 O arranjo de vigas determina os comprimentos dos bordos das lajes. Deve-se


buscar vãos econômicos (< 6m), observando o projeto de Arquitetura.

 Em vigas que suportam outras vigas, esses apoios são, na realidade, deslocáveis.
Em edificações usuais, os deslocamentos de apoio são desprezados ou
considerados apenas de modo aproximado, desde que as flechas das vigas
obedeçam os limites da NBR 6118.

 No caso de vigas apoiadas sobre outras vigas, as de suporte estão submetidas


a torção, que pode ser de compatibilidade (secundária) ou de equilíbrio
(principal). As dimensões das seções das vigas devem garantir boa rigidez à
flexão (altura bem maior que a largura), para prevenir flechas e rotações
excessivas. As vigas de suporte terão, assim, baixa rigidez aos momentos de
torção, que podem ser desprezados; dessa forma, as vigas secundárias nelas
apoiadas têm apoios que se aproximam de rótulas.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
9

 A seção transversal de vigas e pilares é, quase sempre, condicionada pelo


projeto de arquitetura. No Brasil, é ainda comum exigir que essas peças fiquem
escondidas nas paredes e, nesses casos, a largura das seções seria imposta pela
espessura das paredes revestidas, onde ficariam embutidas, com valores mais
usuais de 10 a 12cm, para paredes de 15cm de espessura, e 20 a 22cm para
25cm de espessura. Cabe alertar que as camadas de cobrimento de concreto
prescritas pela NBR 6118 tornam inviável, muitas vezes, o atendimento da
exigência mencionada.

 Na NBR 6118: 2014, apenas em casos excepcionais admite-se a largura


mínima absoluta para vigas de 10cm e 14cm para pilares.

 A padronização de dimensões das seções transversais de vigas e pilares bem


como a repetição de vãos de vigas e lajes resulta em simplificação do cálculo
estrutural, economia nas formas/escoramentos e maior rapidez de execução.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
10

 Pelo mesmo motivo da alínea anterior, é conveniente que as vigas internas tenham a
mesma espessura, assim como as externas.
 A posição dos pilares deve permitir um bom projeto de fundações, levando em conta
as áreas de circulação e tráfego de veículos em garagens.
 Sempre que possível, os eixos dos pilares devem coincidir com os cruzamentos de
vigas, para menor trajeto de cargas, e evitar excentricidades iniciais da força
normal, que induzem maior flexão composta nos pilares.
 O espaçamento entre os pilares define os vãos das vigas e não deve ser inferior a
3m nem superior a 8m, salvo casos especiais.
 Um fator sempre preponderante para as dimensões da seção transversal dos pilares,
em especial nos pavimentos inferiores, é a observância da taxa máxima de
armadura longitudinal relativa à área de concreto da seção transversal, de valor
ρmax = 8,0%, da NBR 6118 → 17.3.5.3.2. Esse limite prevalece inclusive nas
regiões de trespasse das barras longitudinais dos pilares em pavimentos
consecutivos.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
11

 Resumo

Lançamento de Lançamento dos Lançamento das


vigas sob as pilares nos lajes e sua
paredes encontros das direção de apoio
vigas

Verificação do Verificação do
lançamento das lançamento dos
vigas pilares
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
12
 Resumo

 Arranjo adequado deve considerar simultaneamente: aspectos de


segurança, economia (custo e durabilidade) e
estética/funcionalidade;
 A transferência de cargas deve ser a mais direta possível, evitando
apoios indiretos (vigas sobre vigas e pilares sobre vigas);

 As dimensões da estrutura devem ser limitadas a 30 m para


minimizar efeitos de temperatura e retração. Pensar em estruturas
independentes;
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
13

 Pilares devem ser lançados a cada 3,0 m a 6,0 m e


devem ficar escondidos (atrás de portas, banheiros,
etc), sendo ideal a cada 5,0 m para comportar 2
vagas de garagem;

 Inércia dos pilares distribuídas nas direções de


atuação do vento, de maneira a se obter pórticos
planos nas direções necessárias;

 Não utilizar vãos superiores a 6,0 m, face aos


valores usuais de pé-direito (em torno de 2,8 m),
que permitem espaço disponível para viga em
torno de 60 cm;
ESTRUTURAS DE CONCRETO I
14

PRÉ-DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

DETERMINAÇÃO PRÉVIA DAS DIMENSÕES DOS ELEMENTOS


ESTRUTURAIS
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
15

PRÉ-DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL
 É possível obter esforços (dimensionamento) sem conhecer as
dimensões das seções dos elementos estruturais?
 Softwares de cálculo estrutural conseguem definir sozinhos as
dimensões das seções dos elementos estruturais?
 Ações verticais (peso próprio)
 Resolução da estrutura hiperestática (pórtico)
 Os softwares permitem mais testes, mas requerem do usuário
dados das seções dos elementos estruturais
 É necessário escolher as dimensões preliminares (pré-
dimensionamento)
 Não existem normas e sim recomendações práticas (experiência)
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
16

LAJES MACIÇAS APOIADAS


EM VIGA
 Espessura:
 Lajes maciças em uma direção (piso)
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 8 𝑐𝑚
45 30
 Lajes maciças em duas direções (piso)
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 8 𝑐𝑚
50 40 Em geral adota-se:
 Lajes maciças de cobertura 𝐿𝑥
𝐿 ℎ≅ ≥ 8 𝑐𝑚
ℎ≅ ≥ 7 𝑐𝑚 40
60 𝐿𝑥 é a menor dimensão da laje
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
17

LAJES MACIÇAS APOIADAS EM VIGA


 Dimensões mínimas:
Item 13.2.4.1 da NBR 6118:2014

a) 7 cm para cobertura não em balanço;


b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30
kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
18

LAJES MACIÇAS APOIADAS EM VIGA


 Dimensões mínimas:
No dimensionamento das lajes em balanço, os esforços solicitantes
de cálculo a serem considerados devem ser multiplicados por um
coeficiente adicional 𝛾𝑛 , de acordo com o indicado na Tabela 13.2.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
19

LAJES MACIÇAS SEM VIGAS


 Espessura:
 Lajes lisas maciças sem capitel
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 16 𝑐𝑚
35 30
 Lajes maciças com viga faixa
𝐿
ℎ≅
45
𝐿 𝐿
Viga faixa: bw > 5 e ℎ𝑤 > 25
 Lajes cogumelo
𝐿
ℎ≅ ≥ 16 𝑐𝑚
45
𝐿
Capitel: 𝑏 > 3 e 𝑙 > 1,75 × ℎ
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
20

LAJES MACIÇAS SEM VIGA


 Dimensões mínimas:
Item 13.2.4.1 da NBR 6118:2014

a) 16 cm para lajes lisas;


b) 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
21
LAJES NERVURADAS
 Espessura:
 Lajes nervuradas unidirecionais
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 12 𝑐𝑚
30 20
 Lajes nervuradas bidirecionais
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 12 𝑐𝑚
35 25
 Lajes nervuradas bidirecionais com engrossamento:
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 Em geral adota-se:
35 25
𝐿 𝐿𝑥
Região maciça: ℎ𝑚𝑎𝑐 = ℎ e 𝑏 = 𝑙 > 3 ℎ≅ ≥ 12 𝑐𝑚
30
Obs.: Utilizar nervuras com 10 cm de espessura com espaçamento interno de 50 cm
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
22

LAJES NERVURADAS
 Dimensões mínimas:
Item 13.2.4.2 da NBR 6118:2014
 A espessura da mesa, quando não existirem tubulações horizontais embutidas, deve ser
maior ou igual a 1/15 da distância entre as faces das nervuras (𝑙𝑜 ) e não menor que 4
cm.
 O valor mínimo absoluto da espessura da mesa deve ser 5 cm, quando existirem
tubulações embutidas de diâmetro menor ou igual a 10 mm. Para tubulações com
diâmetro Φ maior que 10 mm, a mesa deve ter a espessura mínima de 4 cm + Φ, ou 4
cm + 2Φ no caso de haver cruzamento destas tubulações.
 A espessura das nervuras não pode ser inferior a 5 cm.
 Nervuras com espessura menor que 8 cm não podem conter armadura de compressão.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
23
LAJES TRELIÇADAS
Modelo estrutural idêntico às lajes nervuradas
 Espessura:
 Lajes treliçadas unidirecionais
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 10 𝑐𝑚
30 20
 Lajes treliçadas bidirecionais
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 10 𝑐𝑚
35 25
Em geral adota-se:
𝐿𝑥
ℎ≅ ≥ 10 𝑐𝑚
25
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
24

LAJES TRELIÇADAS
 Dimensões mínimas:
Ver:
NBR 14859
NBR 14860
NBR 9062
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
25
LAJES PROTENDIDAS
São econômicas para vãos:
6,00 𝑚 ≤ 𝐿 ≤ 8,00 𝑚
 Espessura:
 Lajes lisas protendidas com vigas em concreto armado:
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 15 𝑐𝑚
42 35
𝐿 𝐿 𝐿
Vigas: bw > 15 e ℎ > 18 𝑎 13

 Lajes lisas protendidas sem vigas:


𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 15 𝑐𝑚
40 30
Para vãos de 6 a 12 metros
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
26
LAJES PROTENDIDAS
 Espessura:
 Lajes cogumelo (com engrossamento dos pilares):
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 15 𝑐𝑚
45 34
𝐿
Capitel: 𝑏 = 𝑙 > 3 e ℎ > 1,75 × ℎ

 Lajes maciças com vigas-faixa protendidas::


𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 15 𝑐𝑚
45 35
𝐿 𝐿 𝐿
Vigas-faixa: 𝑏𝑤 > e ℎ > 𝑎
5 25 18
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
27
LAJES PROTENDIDAS
 Espessura:
 Lajes nervuradas (CA) com vigas-faixa protendidas entre pilares:
𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 15 𝑐𝑚
28 18
𝐿
Vigas-faixa: 𝑏𝑤 ≥ 6 e ℎ𝑣𝑖𝑔𝑎 = ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒

 Lajes nervuradas protendidas com engrossamento junto aos pilares:


𝐿 𝐿
ℎ≅ 𝑎 ≥ 15 𝑐𝑚
28 23
𝐿
Capitel: 𝑏 = 𝑙 ≥ 3 e ℎ𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑒𝑙 = ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
28

LAJES PROTENDIDAS
 Dimensões mínimas:
Item 13.2.4.1 da NBR 6118:2014

a) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de ℎ =


𝐿/42 para lajes de piso biapoiadas e ℎ = 𝐿/50 para lajes de piso
contínuas.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
29
VIGAS
 A altura máxima da seção da viga em edifícios está
condicionada ao pé-direito
Exemplo: Para vão em torno de 6,0m e pé-direito
de 2,80m (edifícios usuais), a altura da viga é
limitada pela altura livre de no mínimo 2,20 m, ou
seja, de 60 cm.

Largura da seção (bw: nervura):


Em geral, definida pelo projeto arquitetônico e
pelos materiais e técnicas utilizados pela construtora
(espessura alvenaria; blocos, tijolos).
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
30
VIGAS
 Dimensão mínima
Item 13.2.2 da NBR 6118:2014

𝑏 ≥ 12 𝑐𝑚 vigas em geral
𝑏 ≥ 15 𝑐𝑚 vigas parede

Se a largura da viga tiver o mínimo absoluto de 10 ≥ 𝑏 ≥ 12 𝑐𝑚,


adota-se as condições:
a) alojamento das armaduras e suas interferências com as armaduras de outros
elementos estruturais, respeitando os espaçamentos e cobrimentos
estabelecidos nesta Norma;
b) lançamento e vibração do concreto de acordo com a ABNT NBR 14931.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
31
VIGAS
 Exemplo

𝑐𝑛𝑜𝑚 = 30 𝑚𝑚
𝜙𝑡 = 5,0 𝑚𝑚
𝜙𝑙 = 12,5 𝑚𝑚
𝑛𝑏 = 3
𝑎ℎ = 25 𝑚𝑚

Qual é a largura mínima da viga em questão?


PRÉ-DIMENSIONAMENTO
32

VIGAS DE CONCRETO ARMADO


 Altura da seção (ℎ)

 Vigas isoladas
𝐿 𝐿
ℎ= 𝑎
12 8
 Vigas contínuas
𝐿 𝐿
ℎ= 𝑎
16 12
 Vigas em balanço
𝐿
ℎ=
5
Obs.: o balanço econômico é da ordem de
28% do vão adjacente
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
33

VIGAS DE CONCRETO ARMADO


 Altura da seção (ℎ)

 Vigas contínuas com vão comparáveis

2 𝐿 3
≤ 𝐿1 ≤ 2
3 2

𝐿1 +𝐿2
𝐿𝑚 = 2

𝐿 𝐿
ℎ ≅ 12 𝑎 10
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
34

VIGAS DE CONCRETO PROTENDIDO


 Altura da seção (ℎ)

 Vigas isoladas
𝐿 𝐿
ℎ= 𝑎
18 16

 Vigas contínuas
𝐿 𝐿
ℎ= 𝑎
20 18
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
35

PILARES
 Dimensão mínima (item 13.2.3 da NBR 6118:2014)

𝑏 ≥ 19 𝑐𝑚

Se 14 ≥ 𝑏 ≥ 19 𝑐𝑚, adota-se:
𝛾𝑛 = 1,95 − 0,05 × 𝑏

Dimensões maiores que as mínimas pode ser requeridas pela


facilidade de execução: concretagem, colocação de armaduras,
interseções viga-pilas etc.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
36

PILARES
 Área mínima (item 13.2.3 da NBR 6118:2014)

𝐴𝑐 ≥ 360 𝑐𝑚2

A menor dimensão é muitas vezes decidida em função da


arquitetura.

A maior dimensão é determinada em função das cargas verticais.


No caso de pré-dimensionamento as cargas verticais são estimadas
pelo processo de áreas de influência.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
37

PILARES
 Processo de área de influência

O processo de área de influência é um processo de determinação


da geometria que influencia nas cargas verticais (força normal) nos
pilares.

A cada pilar é associada uma área em planta de influência (𝐴𝑖 ), ou


quinhão de cargas, que são definidas traçando-se mediatrizes dos
segmentos que unem os pilares.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
38

PILARES
 Processo de área de
influência

É necessário conhecer ou
estimar a carga vertical por
unidade de área.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
39

PILARES
 Cargas usuais em edifícios

A relação entre as cargas e a área das edificações depende do


tipo de edificação, seu uso e materiais construtivos. Pode-se
estabelecer limites consultivos, como a seguir:
𝑘𝑁 𝑘𝑁
8 2 ≤ 𝑞 + 𝑔 ≤ 14 2
𝑚 𝑚
E média utiliza-se o vaor referencial a seguir:
𝑘𝑁
𝑞 + 𝑔 ≤ 12 2
𝑚
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
40

PILARES
 Força normal estimada no pilar

É dada pela área de influência e a carga vertical usual, em função


do número de pavimentos acima do pavimento de análise:
𝑁𝑘 = 𝑞 + 𝑔 × 𝐴𝑖 × 𝑛
𝑛 é o número de pavimentos acima da seção analisada.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
41

PILARES
 Correção da flexão composta em carga centrada

As cargas atuando nos pilares em uma situação real são compostas


por:
𝑁𝑆𝑑 + 𝑀𝑆𝑑𝑥 + 𝑀𝑆𝑑𝑦
A estimativa das cargas reais (flexão composta) transformada em
cargas equivalentes (compressão centrada) é dada por:

𝑁𝑆𝑑 = 𝛾 × 𝑁𝑘
𝛾 = 1,8 para pilares internos
𝛾 = 1,8 para pilares de extremidades
𝛾 = 1,8 para pilares de canto
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
42

PILARES
 Taxa de armadura considerada

A relação entre a área de aço e a área de concreto é sugerida em:

𝐴𝑠
𝜌=
𝐴𝑐

0,015 ≤ 𝜌 ≤ 0,02

𝐴𝑠 é a área total de armadura na seção


𝐴𝑐 é a área bruta de concreto da seção
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
43

PILARES
 Deformação no aço e concreto

Considera-se na compressão centrada, ou seja, domínio 5 (reta b),


com a deformação do aço igual a deformação do concreto (até
classe C50):

𝜀𝑐 = 𝜀𝑠 = 0,002
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
44

PILARES
 Tensão no aço e concreto

De acordo com o módulo do aço e a tensão máxima no concreto,


temos que:
Concreto Grupo I:
𝑓𝑐𝑘 𝑓𝐶𝑘
𝜎𝑐0,002 = 0,85 × 𝑓𝑐𝑑 → 𝑓𝑐𝑑 = =
𝛾𝑐 1,4
Aço CA-50:
𝜎𝑠0,002 = 𝜀𝑠 × 𝐸𝑠 = 0,002 × 21000 𝑘𝑁/𝑐𝑚² = 42 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
45

PILARES
 Área do pilar
A carga é dada pela tensão vezes a área em cada material:


𝑁𝑆𝑑 = 𝐴𝑐 × 𝜎𝑐0,002 + 𝐴𝑠 × 𝜎𝑠0,002

Como não se sabe a área dos materiais, somente se sabe a taxa de


armadura, tem-se que (𝐴𝑠 = 𝜌 × 𝐴𝑐 ):


𝑁𝑆𝑑
𝐴𝑐 =
0,85 × 𝑓𝑐𝑑 + 𝜌 × 𝜎𝑠0,002
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
46

PILARES
 Dimensões do pilar
As dimensões são determinadas de acordo com a largura máxima
do pilar (definido pela arquitetura) em função da área da seção
bruta:

Se 𝑏 ≥ 19 𝑐𝑚
𝐴𝑐
𝑙=
𝑏
Se 14 ≤ 𝑏 < 19 𝑐𝑚
𝛾𝑛 × 𝐴𝑐
𝑙=
𝑏
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
47

PILARES
 Resumo

Força normal Força de cálculo


Área de influência estimada centrada
(Ai) característica (Nk) equivalente
(NSd*)

Área da seção Dimensões do


bruta do pilar pilar (l x b)
(Ac)
ESTRUTURAS DE CONCRETO I
48

SÍNTESE ESTRUTURAL

VERIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS NOS ELEMENTOS


ESTRUTURAIS
SÍNTESE ESTRUTURAL
49

 Conceito

Etapa do projeto em que se efetua a superposição dos esforços


determinados no cálculo dos elementos estruturais isolados. A
estrutura retoma o caráter tridimensional, pela justaposição dos
elementos considerados em sua análise. Nessa fase, é necessário
verificar, com o máximo rigor, a compatibilidade das
decomposições e simplificações efetuadas.
SÍNTESE ESTRUTURAL
50

 A aplicação do princípio da superposição somente é válida se a estrutura tem


geometria adequada e o conjunto das peças estruturais tem resposta linear,
isto é, os materiais componentes das peças trabalham no regime elástico sob
as cargas de serviço.

 Um ponto importante, às vezes negligenciado no projeto, diz respeito à não


consideração da possibilidade de apoio de peças da estrutura em elementos
sem finalidade estrutural, sob a ação de cargas previstas.

 A ocorrência de apoios imprevistos no projeto pode implicar comprometimento


da funcionalidade (fissuração, desaprumo, etc.) e até colapso desses
elementos, no caso de não terem resistência efetiva. Podem, por outro lado,
constituir-se em problema sério, caso esses elementos resistam, de alguma
forma, aos esforços introduzidos, passando a se constituir em apoios não
previstos no projeto.
SÍNTESE ESTRUTURAL
51

Pode ser realizada a verificação do pré-dimensionamento dos


pilares de acordo com a somatória das:

 Ações variáveis nas lajes


(utilização);
 Ações permanentes em lajes
(peso próprio e
revestimento);
 Ações permanentes vigas
(peso próprio e paredes);
 Ações permanentes nos
pilares (peso próprio).
RESUMO DA AULA
52

 Lançamento estrutural
 Vigas
 Pilares
Lajes
 Pré-dimensionamento
 Vigas
 Passivas
 Protendidas
 Lajes
 Passivas
 Protendidas
 Pilares
 Síntese
 Cargas em pilares
REFERÊNCIAS
53

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT/ NBR 8681. Ações e


segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro, Brasil. 2003.
 ________. ABNT/ NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.
Rio de Janeiro, Brasil. 2014.
 ________. ABNT/ NBR 6120/2019 – Cargas para o cálculo de estruturas de
edificações.
 ________. ABNT/ NBR 6123. Forças devido ao vento em edificações. Rio de
Janeiro, Brasil. 1988.
 CARVALHO, R. C. FIGUEIREDO,J. R. Cálculo e detalhamento de estruturas
usuais de concreto armado. Editora: EdUFSCar, 2014.
 FUSCO, P.B. Estruturas de Concreto Solicitações Normais. Guanabara
Koogan.
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
54

 PRÓXIMA AULA:

 Envoltórias

Leitura complementar dessa aula: Capítulo 3 do livro:


TEATINI, João C. Estruturas de Concreto Armado. Grupo GEN, 2016. 9788595155213.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595155213/.
Acesso em: 09 mar. 2022.

OBRIGADO!

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