Seção 4.2 - Elementos de Maquinas I

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10/11/2020

POLIA ESTICADORA INTERMEDIÁRIA

A carga de tração inicial (F1) é muito importante para o funcionamento de uma


transmissão por correia.

Desenvolvemos mecanismos para garantir esta carga inicial, para acomodar o


estiramento temporário ou permanente da correia.

Na prática, é muito conhecido como polia esticadora ou de tracionamento.

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Correia na disposição de montagem cruzada

ACIONAMENTO POR CORREIA PLANA


• Assim, para obtermos as equações seguintes, estabeleceremos um modelo que
admitirá que a força de atrito na correia é proporcional à pressão normal ao longo do
arco de contato.

• Antes de apresentarmos as equações, temos que ter em mente que para uma
transmissão por correia plana ou redonda, temos um lado em que a correia tem tração,
chamado de lado tenso, e o outro lado chamamos de bambo, em que temos uma
tensão menor do que a do lado tenso.

Lado tenso e lado bambo de uma correia plana ou redonda

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Equações do conjunto polias - correias


Apresentando as equações, temos que a velocidade é dada por:

V = velocidade periférica da correia em (m/s),


d = diâmetro da polia menor em metros (m),
rpm = rotações da polia por minuto,
60 fator de conversão.

w = peso da correia por metro (N/m),


γ = peso específico em (N/m3),
b = largura da correia em (m)
t = espessura da correia em (m).

TORQUE
Podemos definir o torque com a equação:

T = torque em (N.m),
g = aceleração da gravidade em (m/s2),
Hnom = potência nominal em (W),
Ks = fator de serviço,
nd = fator de projeto,
n = rotações por minuto (rpm).

Para a potência de projeto, devemos usar a equação:

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FORÇAS ENVOLVIDAS NO FUNCIONAMENTO DAS CORREIAS

No projeto de uma correia, temos algumas forças envolvidas,

F1= sendo a carga de tração do lado tenso em (N) ,


F2 = carga de tração do lado bambo em (N),
Fc = carga de tração circunferencial causada pela força centrifuga em (N),
Fi = carga de tração inicial em (N).

A polia esticadora deve ser colocada no lado bambo da correia.

A curva que temos do lado bambo se aproxima de uma curva catenária, que é uma curva
que descreve, por exemplo, o aspecto de um cabo suspenso por suas extremidades,
submetido à força da gravidade.

Assim, podemos desenvolver uma distância máxima desta curva com uma linha reta,
sendo:

C = distância entre centros em (mm).


w = peso da correia por metro (N/m).
Fi = carga de tração inicial em (N).

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EXEMPLO
Calcule a potência de projeto (H), o coeficiente de atrito (f`), o torque (T), a velocidade da correia
(v), o peso da correia por metro (W), o ângulo de contato (θd) e largura da correia b de um
conjunto de polia e correia, sendo: distância entre os centros das polias de 5,0 m, relação de
transmissão de 2:1, e uma largura da correia de 275 mm, A velocidade angular da polia motora é de
1500 rpm, potência que precisamos transmitir é de 45000 W (Hnom), fator de serviço Ks = 1,2, fator
de projeto nd =1,05 , diâmetro da polia d = 425 mm, correia de poliamida A-2, com espessura da
correia t = 2,8mm, fator de correção de velocidade Cv= 1, da tabela do fabricante, temos ϒ: = 10
kN/ m3, f = 0,8, Fa = 10 kN e fator de correção de polia Cp = 1.

Iniciando a resolução do problema proposto, temos que a relação de transmissão é 2:1,


então, nosso diâmetro maior será:

Podemos definir o torque com a equação:

Para a potência de projeto, devemos usar a equação:

EXEMPLO
Calcule a potência de projeto (H), o coeficiente de atrito (f`), o torque (T), a velocidade da correia
(v), o peso da correia por metro (W), o ângulo de contato (θd) e largura da correia b de um
conjunto de polia e correia, sendo: distância entre os centros das polias de 5,0 m, relação de
transmissão de 2:1, e uma largura da correia de 275 mm, A velocidade angular da polia motora é de
1500 rpm, potência que precisamos transmitir é de 45000 W (Hnom), fator de serviço Ks = 1,2, fator
de projeto nd =1,05 , diâmetro da polia d = 425 mm, correia de poliamida A-2, com espessura da
correia t = 2,8mm, fator de correção de velocidade Cv= 1, da tabela do fabricante, temos ϒ: = 10
kN/ m3, Fa = 10 kN, fator de correção de polia Cp = 1.

A velocidade é dada por:

O peso da correia por metro é dado por:

Ângulo de contato da polia menor (θd):

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EXEMPLO
Calcule a potência de projeto (H), o coeficiente de atrito (f`), o torque (T), a velocidade da correia
(v), o peso da correia por metro (W), o ângulo de contato (θd) e largura da correia b de um
conjunto de polia e correia, sendo: distância entre os centros das polias de 5,0 m, relação de
transmissão de 2:1, e uma largura da correia de 275 mm, A velocidade angular da polia motora é de
1500 rpm, potência que precisamos transmitir é de 45000 W (Hnom), fator de serviço Ks = 1,2, fator
de projeto nd =1,05 , diâmetro da polia d = 425 mm, correia de poliamida A-2, com espessura da
correia t = 2,8mm, fator de correção de velocidade Cv= 1, da tabela do fabricante, temos ϒ: = 10
kN/ m3, Fa = 10 kN, fator de correção de polia Cp = 1.

Cálculo da largura da correia b

Máxima tração permissível:

Carga de tração circunferencial causada pela força centrifuga Fc:

EXEMPLO
Calcule a potência de projeto (H), o coeficiente de atrito (f`), o torque (T), a velocidade da correia
(v), o peso da correia por metro (W), o ângulo de contato (θd) e largura da correia b de um
conjunto de polia e correia, sendo: distância entre os centros das polias de 5,0 m, relação de
transmissão de 2:1, e uma largura da correia de 275 mm, A velocidade angular da polia motora é de
1500 rpm, potência que precisamos transmitir é de 45000 W (Hnom), fator de serviço Ks = 1,2, fator
de projeto nd =1,05 , diâmetro da polia d = 425 mm, correia de poliamida A-2, com espessura da
correia t = 2,8mm, fator de correção de velocidade Cv= 1, da tabela do fabricante, temos ϒ: = 10
kN/ m3, Fa = 10 kN, fator de correção de polia Cp = 1.

Carga de tração do lado bambo F2:

Carga de tração inicial Fi:

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EXEMPLO
Calcule a potência de projeto (H), o coeficiente de atrito (f`), o torque (T), a velocidade da correia
(v), o peso da correia por metro (W), o ângulo de contato (θd) e largura da correia b de um
conjunto de polia e correia, sendo: distância entre os centros das polias de 5,0 m, relação de
transmissão de 2:1, e uma largura da correia de 275 mm, A velocidade angular da polia motora é de
1500 rpm, potência que precisamos transmitir é de 45000 W (Hnom), fator de serviço Ks = 1,2, fator
de projeto nd =1,05 , diâmetro da polia d = 425 mm, correia de poliamida A-2, com espessura da
correia t = 2,8mm, fator de correção de velocidade Cv= 1, da tabela do fabricante, temos ϒ: = 10
kN/ m3, Fa = 10 kN, fator de correção de polia Cp = 1.

Correias de sincronização ou dentada


• Sua característica principal é a transmissão de potência a uma razão de
velocidade angular quase constante.

• Outra característica de destaque é que possui dentes que se encaixam nas


ranhuras das polias, e isto é o que nos garante a velocidade angular constante. A
Figura abaixo nos apresenta um conjunto de polia e correia sincronizadora.

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Correias de sincronização ou dentada

Sincronização e acionamento:
• Polias dos comandos da válvulas.
• Roletes auxiliares.
• Bomba d´água.
• Engrenagem do virabrequim.
• Sensores.

Correias de sincronização ou dentada

• Possuem alto nível de eficiência, dentro do intervalo de 97% a 99%, portanto,


não precisam de lubrificação e são muito silenciosas quando comparadas com
as transmissões por corrente.

• Elas são aplicadas quando temos a necessidade de precisão de transmissão de


rotação entre os eixos.

• Dependendo da distância entre os eixos das polias sincronizadoras,


precisamos incluir um esticador para manter o máximo número possível de
dentes da correia em contato com a polia.

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Correntes de roletes ou rolos


Também chamadas de correntes de rolos têm como características básicas:
• Razão de velocidade angular constante,
• Vida longa e a capacidade de acionar vários eixos a partir de uma única fonte de potência.

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Vantagens x desvantagens

Vantagens da correia: Vantagens da corrente:


– Baixa manutenção – Facilidade na manutenção/reposição.
– Leveza do sistema – Baixa perda de potência.
– Baixo índice de ruído – Aguenta cargas maiores.
– Alta durabilidade
Desvantagens da corrente:
Desvantagens da correia: – Troca mais cara.
– Esquenta em rotações superelevadas – Emite ruídos.
– Acúmulo de sujeira.
– Constante lubrificação.

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DIMENSIONAMENTO DE CORRENTES DE ROLETES

Uma das formas de dimensionarmos as correntes de roletes é por meio da determinação


da potência nominal. A Chains for Power Transmission and Materials Handling (1982),
estabelece para uma única fileira de corrente de roletes, as seguintes equações:

H1 = potência nominal limitada pela placa de elo em kW;


H2 = potência nominal limitada pelo rolete em kW;
N1 = número de dentes na roda dentada menor;
n1 = velocidade da roda dentada menor em rev/min,
p = passo da corrente em mm;
Kr = usamos o valor de 29 para correntes número 25 e 35,
3,4 para corrente 41,
17 para as correntes de 40 a 240 (norma ASME B29.1.2011.).

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VELOCIDADE MÁXIMA PARA UMA TRANSMISSÃO POR CORRENTE

A velocidade máxima para uma transmissão por corrente está limitada


pelo atrito que ocorre entre o pino e a bucha. A partir de testes
experimentais, temos a seguinte equação:

VARIAÇÃO DA VELOCIDADE CORDAL

Em função da geometria do conjunto roda dentada e corrente, como demonstrada


na Figura, encontramos uma variação de velocidade chamada de variação da
velocidade cordal.

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VARIAÇÃO DA VELOCIDADE CORDAL

Essa variação da velocidade cordal pode ser calculada pela equação:

Em que V = velocidade da corrente em m/min, N = número de dentes da


roda dentada.

EXEMPLO I
Vamos determinar quais são as potências nominais para uma corrente de roletes
número 40 a ser utilizada para uma aplicação em que temos as seguintes
características: número de dentes da roda menor é 19, a velocidade da roda
dentada menor é 1000 rev/min, passo 12,5 mm. Aplicamos as equações a seguir:

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EXEMPLO II
Transmissão de velocidade angular com precisão
Em uma empresa fabricante de equipamentos, existe uma aplicação (mesa posicionadora)
que exige uma transmissão de potência de um eixo para outro com alta precisão da
manutenção da velocidade angular. Após algumas análises, duas alternativas precisam ser
avaliadas para definirmos qual é a melhor opção. Temos a alternativa de aplicação de correia
sincronizadora com eficiência de 97% na transmissão de velocidade angular, e a alternativa
de corrente de roletes com uma roda dentada de 21 dentes. A velocidade angular que
precisamos transmitir é de 1750 rev/ min. Avaliar e apresentar a melhor alternativa.

Para a correia sincronizadora, como temos uma eficiência de transmissão da velocidade


angular de 97%, então, teremos a possibilidade de 3% de campo de variação, sendo:

Para a corrente, temos que avaliar a questão da variação da velocidade cordal, sendo:

EXEMPLO II
Transmissão de velocidade angular com precisão
Em uma empresa fabricante de equipamentos, existe uma aplicação (mesa posicionadora)
que exige uma transmissão de potência de um eixo para outro com alta precisão da
manutenção da velocidade angular. Após algumas análises, duas alternativas precisam ser
avaliadas para definirmos qual é a melhor opção. Temos a alternativa de aplicação de correia
sincronizadora com eficiência de 97% na transmissão de velocidade angular, e a alternativa
de corrente de roletes com uma roda dentada de 21 dentes. A velocidade angular que
precisamos transmitir é de 1750 rev/ min. Avaliar e apresentar a melhor alternativa.

Assim podemos optar pela alternativa que contém a menor variação de velocidade angular.
Então, a melhor alternativa é optarmos pela corrente de roletes.

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EXEMPLO III

Em uma indústria de autopeças, você, atuando como um profissional da área de manutenção,


precisa elaborar um relatório com as características de projeto, para um elemento mecânico
flexível que é aplicado em um equipamento da empresa. Vamos aplicar as seguintes
considerações de projeto: corrente existente AISI 35, roda dentada menor com 19 dentes,
potência transmitida de 2kW, rotação 900 rev/min, carga de tração da corrente 35000 N.
Como este equipamento está com quebra constante da corrente, precisamos avaliar se a
corrente atual atende a essa potência e rotação utilizadas.

Vamos, em primeiro lugar, avaliar a potência nominal limite pela placa do elo (H1) e depois a
potência nominal limitada pelo rolete (H1). Da Tabela obtemos o valor do passo p = 9,52 mm
para a corrente AISI 35, então:

Potência nominal limite pela placa do elo (H1) e a potência nominal limitada pelo rolete (H2).

N = número de dentes na roda dentada menor;


n = velocidade da roda dentada menor em rev/min,

Calculando a rotação:

A rotação está adequada, pois a utilizada é menor do que a calculada.

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EXEMPLO III
Como a potência limitada pela placa do elo é menor que a potência que está sendo
transmitida, essa corrente não atende a esta aplicação, demonstrando assim o porquê da
quebra constante. Deste modo, precisamos sugerir a troca da corrente atual para uma outra
mais adequada, então, como os valores calculados para a corrente de número 35 não
atendem aos requisitos necessários para um funcionamento satisfatório, devemos selecionar
uma outra corrente usando a Tabela . No caso, selecionamos a próxima (corrente de
número 40) e refazemos os cálculos, sendo:

Podemos, então, concluir sobre o aspecto de potência transmitida de 2 kW, que será
suportada pela corrente AISI número 40, pois é inferior a H1 e H2.

EXEMPLO III
Precisamos ainda avaliar se a rotação atende ao critério a seguir, e já poderemos adotar o
valor da nova corrente determinada no cálculo da potência. Assim, usamos:

Como a rotação atual é 900 rev/min, e a calculada é de 1597,24 rev/min, a rotação atende
ao critério da equação. Optamos aqui por alterar o tamanho da corrente para resolver a
questão da potência, mas existem outras possibilidades, tais como: aumentar o número de
fileiras de corrente, reduzir a potência necessária, alterar as rotações, alterar os diâmetros da
roda dentada

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DANIFICAÇÃO
O cabo de aço pode ser danificado:
• Em função da carga;
• Do ambiente,
• Do tamanho, tipo de construção e material selecionado para o cabo.

FABRICAÇÃO

• É fabricado torcendo em forma de hélice vários arames juntos para formar o que
chamamos de PERNA, e depois torcendo várias pernas juntas para se formar o cabo.

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FALHAS DE CABOS DE AÇO


• Quando o cabo é submetido à tração, os arames tendem a se esticar e as hélices têm
uma tendência de apertar o cabo.

• As duas condições geram tensões de contato e movimentos de deslizamento relativo


entre os arames.

• À medida que a carga é aplicada e o cabo é repetidamente flexionado em torno de


tambores ou polias,

FALHAS DE CABOS DE AÇO

• As condições descritas podem induzir à falha por fadiga de carregamento axial de


tração, fadiga de carregamento fletor, fadiga de desgaste superficial, desgaste por
atrito, escoamento ou mesmo a ruptura.

• Devemos então considerar que os cabos de aço são ideais para aplicações em que
temos apenas as solicitações de carga e flexão e jamais torção.

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