9 - Manual 6683 - Interações
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1ª Edição
Maia
2020
PPF.068.1
Instituto de Emprego e de
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Índice
1.1) OBJECTIVO GERAL DO MANUAL................................................................................................... 3
2.1 - Introdução............................................................................................................................................. 4
2.2 – Desenvolvimento................................................................................................................................... 5
2.3- Conclusão.............................................................................................................................................. 38
Bibliografia e Webbibliografia.................................................................................................................................38
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ENQUADRAMENTO DO MANUAL
Com este capítulo pretende-se demonstrar a importância deste manual, que contêm informações
essências acerca da formação em causa. Serão apresentados os objectivos do manual e condições
de utilização.
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- Cuidados de higiene
Remoção de agentes ou condições que facilitem a proliferação de microrganismos
Esterilização de utensílios utilizados em atividades de cuidados de beleza
Utilização de utensílios descartáveis
• Fatores de proliferação de microrganismos no corpo humano
- Práticas desadequadas de higiene ou de embelezamento
- Utilização de instrumentos contaminados
• Mecanismos de defesa do organismo humano
- Específicos
- Não específicos
2.1 - Introdução
As plantas e os animais são os organismos com um impacte mais visível nos ecossistemas, no
entanto, a intervenção de fungos protistas e bactérias é necessária para a manutenção da vida e dos
ecossistemas. Muitos destes seres promovem a decomposição da matéria orgânica permitindo, num
processo de reciclagem a sua circulação na Biosfera. Outros são essenciais à defesa do nosso
organismo e contribuem para o metabolismo no processo digestivo, entre outros.
Neste manual está incluída a importância e os riscos dos diferentes tipos de microrganismos.
2.2 – Desenvolvimento
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Microrganismos
Microrganismo é o nome dado a todos os organismos compostos por uma única célula e que não
podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com o auxílio de um microscópio. Os
microrganismos incluem organismos pertencentes aos mais diversos grupos, como, por exemplo,
vírus, bactérias, fungos unicelulares e protistas.
A área que estuda esses pequenos organismos é chamada de microbiologia. Muitas vezes, o termo é
associado à transmissão de doenças. No entanto, nem todos os microorganismos são patogénicos,
pois há aqueles que são benéficos à saúde humana, como é o caso das bactérias da flora intestinal.
Os vírus são estruturas microscópicas cujo comprimento varia, em média, entre 0,05 e 0,9
micrómetros, logo os vírus só podem ser observados por meio de técnicas de microscopia eletrónica.
Vírus são acelulares e dependem de células vivas para se reproduzirem. Por este motivo, são
considerados como parasitas celulares obrigatórios. Quando não se encontram dentro da célula
hospedeira, permanecem numa forma dormente chamada de vírion. Os vírus causam doenças em
animais, vegetais e até mesmo em bactérias.
Cada vírus é formado por uma cápsula protéica, chamada de capsídio, e ácido nucléico, que pode ser
tanto DNA (denominando-se adenovírus) como RNA (denominando-se retrovírus). As proteínas
presentes na superfície do capsídio são responsáveis pelo reconhecimento e pela ligação do vírus à
célula hospedeira. Já o material genético atua na replicação viral.
Um dos vírus mais estudados ataca bactérias, sendo, por isso, chamado de bacteriófago. As
proteínas presentes no capsídio do bacteriófago reconhecem a célula da bactéria, ligando-se à sua
superfície e liberando enzimas que perfuram a parede celular, permitindo que o DNA viral penetre na
célula hospedeira.
Ao atingir o núcleo celular, o DNA viral é transcrito em RNA, que, por sua vez, atua na codificação de
proteínas de novos vírus. Este processo é realizado pelas enzimas da célula, que confundem o
material genético do vírus com o seu próprio DNA. Assim, em poucos minutos, a célula hospedeira é
tomada por partículas virais e acaba por romper-se, liberando milhares de novos vírus.
Os vírus são responsáveis por inúmeras doenças, genericamente chamadas de viroses, que atacam
tanto vegetais como animais. Algumas viroses que atacam o homem são a gripe, a SIDA. Para
diversas doenças virais já foram desenvolvidas vacinas que previnem o contágio e a conseqüente
propagação do vírus.
Porém, os vírus também podem ser úteis ao homem. São muito utilizados em estudos de genética e
biologia molecular, pois fornecem um modelo simples e de rápida reprodução, que permite estudos
acerca da replicação e transcrição do material genético, além de serem empregados como vetores
para produzir organismos geneticamente modificados.
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As bactérias são seres microscópicos que surgiram na Terra há mais de 4 biliões de anos. São
organismos procariontes, ou seja, que não possuem um núcleo organizado, e que pertencem ao reino
Monera. São unicelulares, medindo, em média, entre 0,3 e 2 micrómetros. A sua nutrição pode ser
tanto autótrofica como heterótrofa. Quanto à reprodução, pode ser sexuada ou assexuada.
As bactérias habitam os mais diversos ambientes, podendo ser encontradas em locais tão diferentes
quanto o trato intestinal de animais, as profundezas marinhas e as raízes das plantas.
O corpo da bactéria é revestido, externamente, pela parede celular, uma estrutura rígida, composta
por peptídeos e açúcares, que se situa logo acima de membrana plasmática e que envolve e protege
a célula. Algumas bactérias possuem flagelos na superfície da parede celular, cuja função é auxiliar
na sua movimentação.
No citoplasma da célula bacteriana encontram-se os ribossomas e o seu material genético. Este é
composto por uma molécula de DNA circular e, em algumas espécies, também por pequenos
filamentos de DNA chamados de plasmídeos.
Diversas doenças são provocadas pelas bactérias, como a cólera, a sífilis e a tuberculose. Para
muitos desses males existem antibióticos específicos que inibem o crescimento das bactérias. Porém,
as bactérias também possuem grande importância ecológica e diversas utilidades para o homem.
Elas atuam na decomposição da matéria orgânica, participam do ciclo do azoto, são usadas na
fabricação de remédios e cosméticos, entre outros exemplos.
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Os antibióticos são medicamentos muito importantes para a saúde humana, atuando sobre diversas
bactérias que causam doenças no ser humano. Os antibióticos são capazes de promover a morte
dessas bactérias, através de vários mecanismos diferentes. Assim, são drogas bastante úteis no
tratamento de várias doenças infeciosas. Com sua descoberta, o homem trata de forma eficaz
doenças que causavam a morte de milhares de pessoas.
Desde que a indústria farmacêutica passou a produzir os antibióticos em larga escala, dezenas de
antibióticos novos, de diferentes classes, foram produzidos. O desenvolvimento desses
medicamentos permitiu a formação de um amplo “arsenal” terapêutico, trazendo várias opções de
tratamento para uma mesma infeção. Assim, a utilização dos antibióticos aumentou gradativamente
ao longo dos anos.
No entanto, os antibióticos devem ser utilizados com muito cuidado. O uso excessivo provoca
mudanças significativas nas bactérias do meio ambiente. As bactérias sofrem alterações em sua
estrutura e os antibióticos perdem o poder de ação sobre elas. Assim, surgem as “superbactérias”,
resistentes aos antibióticos e com poucas opções de medicamentos para o tratamento.
Um dos exemplos mais recentes de aparecimento de “superbactéria” é o surgimento de espécies de
Klebsiella pneumonia, denominadas “KPC”. A utilização excessiva de antibióticos induziu mutação em
parte dessas bactérias. Como resultado, a maior parte dos antibióticos atualmente disponíveis é
ineficaz contra a bactéria. Atualmente, essa bactéria está presente em algumas instituições
hospitalares e é causa de infeções graves, muitas vezes fatais, principalmente em pacientes muito
debilitados, internados em unidades de tratamento intensivo.
Assim, fica demonstrado o risco da utilização excessiva de antibióticos. Um exemplo claro do uso
exagerado de antibióticos é a sua utilização em doenças virais, como resfriado comum, gripe,
amigdalite e gastroenterite viral. As doenças virais evoluem naturalmente para a cura, na maior parte
dos pacientes, sem necessidade do uso de antibióticos. Os antibióticos não agem sobre os vírus, não
apresentando benefícios. Mas a impaciência de muitos médicos e pacientes leva à utilização dos
antibióticos, sem necessidade.
No caso da gripe, causada pelo vírus influenza, o tratamento consiste em repouso, hidratação, boa
alimentação e uso de medicamentos para os sintomas da doença, como analgésicos para a dor no
corpo e medicamentos contra a febre. A doença pode durar até 7 dias e a tosse pode persistir por
mais de 1 semana. A recuperação é lenta. Uma avaliação médica cuidadosa permite o diagnóstico de
gripe, evitando o uso de antibióticos.
Nesse momento, não há muitos antibióticos novos em desenvolvimento. A indústria farmacêutica
informa que não há previsão da comercialização de antibióticos eficazes contra as bactérias que
apresentam os perfis mais acentuados de resistência aos antibióticos. Assim, toda a sociedade
precisa colaborar para poupar os medicamentos atualmente disponíveis, utilizando-os apenas quando
indicado, com dose e tempo correto. É o chamado uso racional dos antibióticos.
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1.3- Fungos
Fungos unicelulares
O reino Fungi engloba uma grande variedade de organismos, cerca de 70.000 espécies, que habitam
ambientes diversos e que apresentam uma grande variação de forma e tamanho. São eucariontes,
aclorofilados e heterótrofos, ou seja, não produzem seu próprio alimento, dependendo de fontes de
matéria orgânica, viva ou morta, para a sua alimentação.
Os fungos classificados como microorganismos são aqueles compostos apenas por uma única célula,
e pertencem a duas classes: Deuteromycetes e Ascomycetes.
Um exemplo de fungo unicelular é a levedura (Saccharomyces cerevisae). A levedura reproduz-se
rapidamente, através de processos assexuados. Para obter energia, a levedura realiza a fermentação
e, por esse motivo, é utilizada na fabricação do pão e de bebidas alcoólicas. Na produção do pão, as
leveduras consomem a glicose presente na massa e, através da fermentação desse açúcar, liberam
gás carbônico e álcool etílico. O gás liberado cria pequenas bolhas no interior da massa, que fazem o
pão crescer e ficar macio.
Na fabricação de bebidas, as leveduras são utilizadas para fermentar diversos ingredientes e, através
desse processo, liberar o álcool etílico. Na fabricação do vinho, as leveduras fermentam os açúcares
presentes na uva; na produção de cerveja, fermentam a cevada.
Protozoários ou Protistas
Os protozoários são seres unicelulares, eucariontes e heterótrofos. De acordo com a sua estrutura de
locomoção (pseudópodes, cílios ou flagelos) são divididos em quatro filos: Sarcodina, Flagellata,
Ciliophora e Sporozoa.
Os protozoários realizam as trocas gasosas, a absorção e a excreção de substâncias através de sua
membrana plasmática, que pode ser simples ou recoberta por uma carapaça calcária (foraminíferos).
A sua reprodução pode ser sexuada, assexuada ou, ainda, pode envolver a alternância de gerações.
Muitos protistas são parasitas e provocam doenças em animais e humanos. Este é o caso da
Entamoeba histolytica, sarcodíneo que provoca a disenteria amebiana, do Leishmania brasiliensis,
flagelado que provoca a úlcera de Bauru, e do Plasmodium sp., que infecta mosquitos do gênero
Anopheles, transmitindo a malária.
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A pele é uma superfície elástica e à prova de água como um casaco fino que cobre todo o corpo,
protege o interior e mantém a sujidade e os micróbios afastados. Também isola a temperatura, para
que não fiquemos demasiado quentes nem demasiado frios.
As células da pele que estão à superfície já estão mortas. Novas células cutâneas vão crescendo
debaixo dessa camada e vão-se impulsionando, lentamente, para a superfície. À medida que vão
subindo, vão morrendo. Algum tempo depois, as células mortas desprendem-se.
Microbiota Humano
• Constituída por grande número de organismos, especialmente bactérias;
• Adquirida após o nascimento;
• São microrganismos comensais que habitam a pele, cavidades em contacto com a superfície
e o trato digestivo;
• Microbiota residente e transiente;
• Podem tornar-se microrganismos patogénicos:
• Alteração da imunidade do hospedeiro;
• Virulência
• Introduzidos em sítios estéreis (SNC, cérebro, coração, sangue, alvéolos, fígado, rins,
bexiga).
• Alguns sítios estéreis (SNC, cérebro, coração, sangue, alvéolos, fígado, rins, bexiga) podem
possuir microbiota transitória:
• São microrganismos que passam frequentemente por determinado órgão e que são
eliminados. Ex: microrganismos presentes em frutas e legumes, provenientes do solo, mas
não povoam a microbiota residente.
Microbiota da pele:
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• Microbiota Cutânea que se distribui por toda a extensão da pele (principalmente áreas mais
húmidas e quentes);
• Bactérias mais comumente encontradas na superfície da pele: Staphylococcus coagulase
negativo, Corynebacterium, Propioniobacterium;
• Fungos mais comumente encontradas nos locais húmidos: Candida e Malassezia
É necessário um cuidado especial com a pele porque a microbiota é importante e não deve ser
totalmente retirada com a higienização excessiva.
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Microbiota genital:
• A microbiota vaginal varia com a idade, pH e secreção hormnal:
• Staphylococcus, Lactobacillus, Escherichia, Corynebacterium, Streptococcus,
Enterococcus, Gardnerella, Mycoplasma, Ureaplasma.
• pH ácido - lactobacillus
• Uretra
• Lactobacilos, estreptococos e estafilococos coagulase
negativos
Cuidados de Higiene:
Desinfeção é o tratamento físico de resíduos contaminados que permite eliminar ou reduzir para
níveis não nocivos potenciais agentes patogénicos pelo contato do material com vapor de água e
altas temperaturas através de ciclos de compressão e de descompressão.
Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos,
protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos.
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O Príon é uma proteína simples. Não são considerados seres vivos, porque não tem genoma, mas
são infeciosos, causando sérios distúrbios, e, portanto é alvo dos processos de desinfeção e
esterilização.
Métodos físicos: Os métodos físicos são muito utilizados para promover a descontaminação a
desinfeção e a esterilização. Os métodos mais utilizados para atingir estes objetivos usam como
princípio o calor, as radiações e a filtração.
O calor é um dos mais importantes métodos para o controle do crescimento para eliminar os
microrganismos. Acima da temperatura ideal de crescimento o calor vai promover a desnaturação de
proteínas estruturais e enzimas, levando a perda da integridade celular à morte.
O calor seco elimina os microrganismos também por processo de oxidação. O calor húmido na forma
de vapor tem o maior poder de penetração e eliminar as formas vegetativas dos procarióticos, vírus e
fungos e seus poros. A morte pelo o calor é uma função exponencial que ocorre à medida que a
temperatura menor será o valor D (maior temperatura, menor D ). Deste modo, são necessárias
rápidas exposições à temperatura alta para grande redução no número dos microrganismos viáveis.
Autoclave: Equipamento que emprega vapor d’água sob processo que produz a temperatura mínima
de 121ºC. Quanto maior a pressão da autoclave mais a temperatura. Estes métodos destroem as
formas vegetativas e esporuladas a procariontes e fungos, promovendo a esterilização: Os príons são
uma exceção por serem agentes extremamente resistentes aos métodos de desinfeção e
esterilização. A autoclavação é uma um método muito usado em laboratórios e hospitais. O ar
normalmente impede direto do agente esterilizando vapor com material, o que torna menos eficiente.
Tipos de autoclaves:
Autoclave gravitacional: O ar é removido por gravidade e sai por um ralo na parte inferior da câmara a
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Autoclave com sistema de vácuo: O ar é previamente removido por vácuo. Quando o vapor entra
penetra instantaneamente os artigos na ausência de ar residual.
Pasteurização: Métodos muito usados na indústria de alimentos que só podem ser submetidos ao
calor em condições controlados para não desnaturar os nutrientes. Na pasteurização ocorre uma
redução no número dos microrganismos pela exposição breve a uma temperatura relativamente alta.
Não esteriliza. Existem basicamente três tipos:
- Ultra-alta temperatura
- Alta temperatura
- Baixa temperatura
Água em ebulição: É o vapor d’água livre (100ºc/20 min.). Destrói as formas vegetativas e alguns
endósporos (dependendo da temperatura e da espécie de bactérias). A maior dos endósporos e
alguns vírus, como o do hepatite podem sobreviver 30 minutos na fervura. Não é um método de
esterilização apenas permite o controle do crescimento microbiano.
Estufa e formo: Tem menor poder de penetração do que calor húmido usam temperatura e tempos
maiores. A característica em comum entre os métodos é ausência de umidade, o que torna o
processo menos eficiente e demorado.
Refrigeração: Nos microrganismos comuns (0-7ºC) a taxa metabólica da maioria dos microrganismos
é tão reduzida que eles não podem se reproduzir. A refrigeração comum tem mais efeito
bacteriostático, entretanto, microrganismos psicrófilos crescem lentamente em baixas temperaturas,
alterando o sabor dos alimentos após algum tempo, como, por exemplo, as pseudomonas. O método
é usado para a preservação de alimentos durante período limitado de tempo.
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Radiação ionizante: Raio x como comprimento de onda de 0,1-40nm e radiação gama (y) com
comprimentos até menores são radiações ionizantes porque possuem energia para retirada dos
eletrões das moléculas, ionizando-as (formando iões).
A principal molécula ionizada é água, com a formação das radicais livres. A ação ais prejudicial é no
DNA, mas atinge outras moléculas como proteínas. Leva a morte celular.
Radiação Ultravioleta: Esta radiação não ionizante tem sua atividade microbicida na faixa de
comprimento de onda 240-280 nm, sendo 260 nm o comprimento mais efetivo para eliminar
microrganismo.
Este tipo de radiação é mutagénico e leva a formação de dímeros de timina, que impedem a ação da
DNA polimerase. Tem ação microbicida, mas baixo poder de penetração, por isso seu uso é
recomendado apenas em superfícies (não atravessa sólidos muito pouco em líquidos). Muito eficaz na
inativação dos vírus.
Filtração: A filtração pode ser usada para esterilizar gases e líquidos que são sensíveis ao calor. Os
filtros são compostos por grande variedade de matérias sintéticos podendo ser filtros de celulose,
acetado, amianto, policarbonato, teflon ou outro material sintético com poros de 0,2-0,25m. Impedem
a passagem de bactérias menos Mycoplasma sp. Entretanto, existem diferentes tamanhos de poros
de acordo com o tipo de filtragem que se deseja. O uso da filtração é recomendado para materiais
termolábeis em solução e na descontaminação do ar, em fluxos laminares e sistemas de ventilação
nos quais o controle microrganismo é especialmente importante como salas de cirurgias e
enfermarias de tubérculos e unidades de queimados.
Dessecação: Os métodos que utilizam como princípio a dessecação removem a água e, como os
microrganismos necessitam dela para seu crescimento, estes procedimentos são eficazes para o
controle do crescimento microbiano. O mais usado é a liofilização.
Liofilização: É o congelamento rápido do material sob N² e posterior remoção da água por sublimação,
sendo convertida diretamente do estado solido para o gasoso. Este método bacteriostático e menos
destrutivo que o congelamento. É usado na indústria de alimentos (café, leite) e na preservação de
cultura bacterianas.
Defumação: Consiste na diminuição do teor de água por exposição de alimento (carnes, peixes)
durante horas ou dias a fumaça de madeira em combustão.
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Vibração ultrassónica: Consiste em vibrações sonoras de alta frequência que levam a rompimento de
células, despolimerização de compostos quebras do DNA. Não esteriliza.
Métodos Químicos
São substâncias químicas de origem natural ou sintética usadas para eliminar ou inibir o crescimento
dos microrganismos. A resposta dos microrganismos aos agentes químicos varia em relação a fatores
tais como pH, temperatura, presença de matéria orgânica, fase de multiplicação e mesmo presença
de outros agente químicos. De acordo com seu efeito nos microrganismos podem apresentar:
Desinfetantes: Compostos químicos que podem matar ou inibir o crescimento dos microrganismos
são usados em superfícies e objetos inanimados. Existem métodos para avaliar a eficácia destes
desinfetantes que são o coeficiente fenólico e método da diluição de uso, atualmente é o mais usado.
Coeficiente Fenólico: É um processo clássico, cujo objetivo é realizar uma comparação da atividade
germicida de determinado desinfetante-teste como a atividade do fenol em condições padronizadas
Usado atualmente, determina a concentração apropriada do desinfetante e não compara com nenhum
outro desinfetante-padrão como o método do fenol.
Antissépticos: Antissépticos são agentes químicos para uso tópico em tecidos vivos. Não podem ser
ingeridos. Existe teste de toxicidade que são feitos em culturas de células para verificar o nível de
toxicidade.
Índice de toxicidade (I) : É uma medida da toxicidade seletiva do antisséptico. Os testes são feitos em
culturas de células e visam a verificar a toxicidade do agente químico.
Agentes Alquilantes: Promovem a alquilação de grupos –COOH, -OH, -SH e –NH de enzimas e
ácidos nucleicos inativando-os. Em virtude da capacidade de romperem ácidos nucleicos, podem
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causar câncer e não devem ser usado em situações nas quais possam afetas células humanas.
Glutaraldeído: O mecanismo de ação é a alquilação (entra como substituto) dos grupos sulfidrila,
hidroxila, carbonila e grupo amina, alterando o DNA e a síntese proteica.
Formaladéido (CH20): Pode ser um agente esterilizante ou desinfetante. Ter ação sobre Gram-
positivas e negativas, fungos, vírus, microbactérias e endósporos bacterianos. Para fins de
esterilização, o tempo mínimo é de 18 horas tanto em solução alcoólica a 8% como aquosa a 10%.
Oxido de etileno (ETO) : Gás incolor, com grande poder de penetração e mutagénico, o óxido de
etileno é misturado com gases inertes liquefeitos como freão (difluormetano) e o CO para diminuir o
risco de inflamabilidade. Os vapores do óxido etileno são tóxicos para pele, olhos e membranas
mucosas, além se serem cancerígenos. Exige treinamento do pessoal com controle de exames
bioquímicos de sangue. Existe monitoração biológica para este tipo de esterilização. O indicador
usado é o Bacillus subtilis var niger.
Fenol: O fenol (ácido carbólico) e seus derivados fenólicos são agentes desnaturantes de proteínas.
Os derivados possuem alterações na estrutura do fenol que aumentam a ação antimicrobiana e
diminuem a toxicidade. Por exemplo: alqui-fenois (orto, metade paracresóis).
O fenol é mais usado para desinfetar superfícies e culturas que serão descartadas. Entretanto,
dependendo da sua concentração, pode ter diferentes níveis de ação:
- Fenol 0,5-1% - antisséptico
- Fenol 5%- desinfetante
O fenol promove uma desinfeção de nível médio ou intermediário oi baixo. Podem ser usados para
descontaminação de superfícies hospitalares, artigos metálicos e de vidro.
Cloro e compostos clorados: Agentes oxidantes, que oxidam grupos-SH e _NH de enzimas, inibindo-
as e inativando ácidos nucleicos são eficazes contra vírus, bactérias Gram-positivas e negativas,
fungos, micobactérias, todos os tipos de vírus e endósporos.
Solução de Iodo: Agente químico usado com desinfetante ou antisséptico, é uma forte agente
oxidante (completa e inativa proteínas) e pode ser usado na forma de álcool ioado. Têm ação contra
células vegetativas, endósporos, vários fungos e alguns vírus. Um mecanismo proposto é aquele em
que o iodo se combina com o aminoácido tirosina, aminoácido encontrado em varias proteínas e
enzimas inibido suas funções.
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Sabões: Agentes tensoativos ou surfactantes são capazes de reduzir a tensão de superfície entre as
moléculas de um líquido. São os detergentes e sabões. O sabão tem pouco valos com antisséptico,
mas remove mecanicamente os micróbios pela esfregação.
Gás plasma ou plasma esterilizante de peróxido de hidrogénio: Definido como o quarto estágio da
matéria, o plasma é produzido altas temperaturas e em decorrência de um campo eletromagnético. É
composto por nuvens de eletrões, iões e moléculas neutras. O sistema de esterilização utiliza o
peróxido de hidrogênio como gás substrato. É um processo rápido que ocorre a baixa temperatura.
Ácido peracético: Este agente pode ser usado em baixas concentrações, possui rápida atividade
contra microrganismos, procariontes, inclusive endósporos, fungos e vírus. Considerado desinfetante
de níveis intermediários e altos. Decompõem-se produtos não tóxicos (água, oxigénio e peróxido de
hidrogénio). É efetivo na presença de matérias orgânica.
Ozono: Forma altamente reativa do oxigénio que é gerada passando o oxigénio através de descargas
elétricas de alta voltagem. É frequentemente usado para suplementar o cloro na desinfeção da água.
Apresenta a vantagem de ser microbicida sem contaminantes. A desvantagem é ser mais caro que o
cloro, sem atividade residual.
Metais pesados: Os metais pesados usados em agentes químicos são o selénio, o mercúrio, e cobre
e a prata. O nitrato de prata já foi muito usado para prevenir infeções oftálmicas por gonococos em
bebés na hora do parto, mas depois foi substituído por antibióticos.
Corantes: alguns corantes podem ser usados, como o azul de metileno, que inibe o crescimento de
algumas bactérias, e o cristal violeta, conhecido como violeta de genciana, que bloqueia a síntese de
parede celular, impedindo o crescimento do bactérias Gram-positivas
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Substâncias químicas usadas como preservativos de alimentos: O uso de preservativos químico nos
alimentos é um método para prevenir a decomposição dos alimentos e o crescimento de patógenos.
Ácidos orgânico: Ácidos acético, cítrico, lático, propiónico, benzoico sórbico ou seus sais são efetivos
no controle do crescimento. Ácido propiónico é eficaz contra fungos filamentosos e usados em bolos,
cafés e vários tipos de queijos.
Nitrato e Nitritos: Combina-se com protões e formam ácido nitroso e óxido nítrico, substâncias
fortemente oxidantes, desestabilizando proteínas e a membrana. Causa a inibição de várias bactérias,
inclusive Clostridium botulinum. Desvantagem: reações com grupos amina e formação de nitrosamina
(cancerígeno). São usados na “cura” e carnes como bacon e presunto. Preservam o tom vermelho da
carne.
Gás sulfeto, metabissulfito: Causam a redução de pontes dissulfito. Usados em sumos, vinhos e frutas
secas.
Adição de sal e açúcar: O meio hipertónico provoca a redução da qualidade intracelular de água. Altas
concentrações de açucares, sais ou outras substâncias criam este meio que retira a água dos
microrganismos por osmose, A perda da água interfere na função celular e, eventualmente, acarreta a
morte celular.
Órgãos linfoides:
Primários:
Células efectoras:
Granulares:
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Agranulares:
Células com núcleo grande, mais ou menos esférico ou em forma de rim, sem grânulos no
citoplasma.
Linfócitos: existem dois tipos principais destas duas células, os linfócitos B e os linfócitos T.
Os primeiros podem diferenciar-se em plasmócitos que produzem anticorpos, enquanto que os
segundos não libertam anticorpos, mas reconhecem e ajudam a destruir agentes patogénicos.
Células com núcleos esféricos, que resultam da diferenciação de células da medula óssea,
chamadas linfoblastos.
Monócitos: são capazes de abandonar os vasos, migrando para os tecidos, nos quais se
diferenciam em células fagocitárias de grandes dimensões: os macrófagos. São muito eficientes
na fagocitose de protozoários, vírus e células em degenerescência. Apresentam o núcleo em
forma de rim, ferradura ou ovoide.
Os fagócitos são células com capacidade fagocitária, das quais se destacam os granulócitos e os
monócitos. Os monócitos diferenciam-se em macrófagos, que se espalham por todo o organismo,
prontos a atuar sobre corpos estranhos.
Os linfócitos são células fundamentais na resposta imunitária. Existem dois tipos principais de
linfócitos – os B e as T. Estas células atuam de diferente modo na defesa do organismo e distinguem-
se por recetores membranares que possuem, q lhes permitem reconhecer corpos estranhos.
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Essas moléculas funcionam como marcadores celulares e são a expressão de genes que existem sob
diferentes formas alélicas.
As linhas de defesa do organismo são variadas. Algumas estão presentes em todos os seres
multicelulares e constituem a imunidade inata.
Outras foram adquiridas mais tardiamente na evolução das espécies, só aparecendo nos vertebrados,
e constituem a imunidade adaptativa.
Imunidade: diversos processos fisiológicos que permitem ao organismo reconhecer corpos estranhos
ou anormais, neutralizá-los e eliminá-los.
O sistema imunitário tem funções não só em relação a agentes estranhos, mas também na eliminação
de células lesionadas ou já envelhecidas e na destruição de células mutantes ou anormais que se
formam no organismo (vigilância imunitária – das principais defesas contra o cancro).
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Os mecanismos envolvidos na defesa não específica fazem parte da IMUNIDADE INATA, pois não
são intrinsecamente afetados pelo contacto prévio com o agente invasor.
Impedem a entrada de agentes patogénicos ou destroem-nos quando estes penetram no organismo.
Barreiras anatómicas
Resposta inflamatória
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por microrganismos e fagócitos mortos e por proteínas e fluído que saíram dos vasos sanguíneos. O
pus é absorvido e, ao fim de alguns dias, verifica-se a cicatrização dos tecidos.
Resposta sistémica
Interferões
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Sistema complemento
Grupo de cerca de 20 proteínas que circulam no sangue na forma inativa. Quando o sistema
complemento é ativado, por uma série de reações em cascata, são levadas a cabo diferentes ações
de defesa não específica, como:
-abertura de poros na membrana citoplasmática de células invasoras, que conduzem à sua
lise;
-atração de fagócitos e estimulação da fagocitose.
Defesa específica
Corresponde à imunidade adquirida: inclui o
conjunto de processos através dos quais o
organismo reconhece os agentes invasores e os
destrói de uma forma dirigida e eficaz.
Interatuam com a primeira e a segunda linha de
defesa. Ao contrário do que acontece com a
defesa não específica, a resposta do organismo
ao agente invasor melhora a cada novo contacto.
Podemos então falar em especificidade e
memória.
Antigénios: componentes moleculares estranhos
que estimulam uma resposta imunitária específica.
Podem ser moléculas livres ou estruturas
moleculares que existem na superfície das
células. A grande maioria são polissacarídeos ou
proteínas que existem na superfície externa de
microrganismos invasores (ou que são produzidos
por esses microrganismos).
Nem todos os antigénios fazem parte de
microrganismos (pólen, hemácias, tecidos, órgãos
transplantados, parasitas, etc.).
Um antigénio possui várias regiões capazes de
serem reconhecidas pelas células do sistema imunitário. Cada uma dessas regiões é um
determinante antigénico. Durante a maturação destas células, elas adquirem recetores superficiais
para numerosos antigénios, passando a reconhecê-los. Passam a ser células
IMUNOCOMPETENTES.
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Reação Antigénio-
anticorpo
Os anticorpos
pertencem a um
grupo de
proteínas
globulares
designadas
IMUNOGLOBULINAS.
As imunoglobulinas são células com
estrutura em forma de Y, constituídas por
quatro cadeias polipeptídicas, duas
cadeias pesadas (H) e duas cadeias leves
(L). As cadeias polipeptídicas possuem uma
região constante (C), muito semelhante em todas as imunoglobulinas e uma região variável (V).
Na região variável das imunoglobulinas existem sequências de aminoácidos que lhe conferem uma
conformação tridimensional particular – sítios de ligação para um antigénio específico. É nesta região
que se estabelece a ligação com o antigénio, formando o complexo antigénio anticorpo ou
complexo imune.
O elevado grau de especificidade no local de ligação do anticorpo a um antigénio deve-se a dois
fatores:
- A sua estrutura é complementar da estrutura de um antigénio;
- Nesse local toda a estrutura química favorece o estabelecimento de forças eletrostáticas de ligações
de hidrogénio ou de outro tipo de ligação entre anticorpo e antigénio.
Mecanismos de ação dos
anticorpos:
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portadores de antigénios. Na verdade, eles marcam as moléculas estranhas, que depois são
destruídas por outros processos.
- Neutralização: a ligação anticorpo-antigénio inativa o agente patogénico ou neutraliza a toxina que
ele produz.
- Estimulação da fagocitose: a ligação anticorpo-antigénio estimula a ligação dos macrófagos e a
fagocitose.
- Aglutinação: os anticorpos agregam os agentes patogénicos, neutralizando-os e tornando-os
acessíveis aos macrófagos. A aglutinação é possível porque cada anticorpo tem pelo menos dois
locais de ligação ao antigénio.
- Precipitação: ligação de moléculas solúveis do antigénio, formando complexos insolúveis que
precipitam.
- Ativação do sistema complemento: o complexo anticorpo-antigénio ativa umas proteínas do
sistema e desencadeia a reação em cascata que ativa todo o sistema. Como já foi referido, as
proteínas do sistema de complemento estimulam a fagocitose e a lise celular.
A imunidade mediada por células resulta da participação dos linfócitos T. estes só reconhecem
antigénios apresentados na superfície das células do nosso organismo ligados a moléculas
particulares que são marcadores individuais. É particularmente efetiva na defesa do organismo contra
agentes patogénicos intracelulares.
Esta é a base do reconhecimento dos nossos próprios antigénios (self), que permite a tolerância
imunológica; é também a base do reconhecimento de antigénios que nos são estranhos (non-self)
quando apresentados por células apresentadoras.
Quando um macrófago fagocita uma bactéria ou um vírus, ao dar-se a destruição dentro do
macrófago, formam-se fragmentos peptídicos que são antigénicos. Estes fragmentos ligam-se a
certos marcadores superficiais do macrófago que os exibe e apresenta aos linfócitos T.
Estes linfócitos T são ativos contra: parasitas multicelulares, fungos, células infetadas por bactérias ou
vírus, células cancerosas, tecidos enxertados e órgãos transplantados.
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Existem diferentes tipos de linfócitos T com funções específicas – uns produzem substâncias
químicas que coordenam diferentes intervenientes de defesa específica, outros matam células
portadoras de antigénios, outros moderam ou suprimem a resposta imunitária quando a infeção já
está debelada.
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2ª exposição ao antigénio
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Uma das principais funções da imunidade mediada por células é reconhecer e destruir células
cancerosas. Isto é possível devido ao facto de as células cancerosas terem alguns antigénios
superficiais diferentes dos das células normais e podem ser reconhecidas como estranhas.
As células cancerosas surgem como resultado de mutações génicas em células normais do
organismo – estas mutações provocam o aparecimento de novos antigénios superficiais.
A destruição das células cancerosas é feita por determinados linfócitos T, que libertam substâncias
que podem provocar a morte dessas células por diferentes mecanismos (geralmente apoptose –
morte programada das células).
Quando o sistema mediado por células é ineficaz em reconhecer ou destruir células cancerosas é que
elas se multiplicam e originam o cancro, segundo alguns investigadores.
O sistema imunitário é também responsável pela rejeição de tecidos ou órgãos quando existem
diferenças bioquímicas entre o dador e o recetor – o dador e o recetor têm de ter uma IDENTIDADE
BIOQUÍMICA o mais próxima possível.
Há rejeição de enxertos quando o dador e o recetor (pertencem a estirpes diferentes) têm diferenças
genéticas mais ou menos acentuadas. Os linfócitos reagem contra as células estranhas do enxerto
destruindo-as.
Quando se reincide esta prática com o mesmo dador e o mesmo recetor, a resposta imunitária é mais
intensa e mais rápida, devido à presença de linfócitos T de memória.
Para minimizar as reações de rejeição no organismo humano, procuram-se tecidos/órgãos que sejam
compatíveis com as características bioquímicas do recetor.
Aplicam-se também ao recetor várias drogas que suprimem a resposta imunitária – mas estas drogas,
por serem pouco específicas, podem comprometer a capacidade do sistema imunitário em relação a
outras infeções.
É importante considerar numa situação de enxerto/transplante:
O primeiro contacto com um antigénio origina uma resposta imunitária primária, durante a qual são
ativados linfócitos B e T.
As células de memória podem reconhecer rapidamente esse antigénio numa nova infeção,
desencadeando uma resposta imunitária secundária que se caracteriza por ser mais intensa e mais
rápida no combate e eliminação desse antigénio.
As células efetoras desaparecem após a eliminação do antigénio invasor. As células de memória
permanecem no organismo, inativas, prontas para dar uma resposta imunitária secundária, mais
rápida, mais intensa e de maior duração. A esta propriedade chamamos MEMÓRIA IMUNITÁRIA. A
memória imunitária é específica para o antigénio para o qual foi sensibilizada.
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antigénio.
Exemplo: contrai uma doença, etc.
ao antigénio e produz anticorpos e células de
memória Artificial
O antigénio é, deliberadamente, introduzido
no organismo através de vacinação.
Natural
A criança recebe anticorpos que são
Imunidade passiva transferidos da mãe através da placenta ou
O sistema imunitário do indivíduo não do leite.
responde ao antigénio. São transferidos
anticorpos produzidos por outra pessoa ou Artificial
por um animal. O individuo recebe um soro que contém
anticorpos produzidos por outra pessoa ou
por um animal.
Desequilíbrios e doenças
Algumas reações de defesa exacerbam-se e podem condicionar doenças. Uma dessas situações é a
alergia. A asma, rinite alérgica, eczema, urticária e conjuntivite são manifestações alérgicas comuns.
As alergias correspondem a estados de hipersensibilidade imunitária, conduzindo a reações
aberrantes em relação a antigénios específicos. Esta hipersensibilidade pode ter consequências
graves, como a lesão de tecidos e órgãos.
As substâncias que desencadeiam alergias são os alergénios.
É a forma de alergia mais frequente e manifesta-se logo após o contacto com o alergénio.
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Algumas reações alérgicas podem conduzir a um choque anafilático, que é provocado pela diminuição
brusca da pressão arterial em consequência do aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos –
resultado de uma reação inflamatória MUITO intensa.
O património hereditário é um fator de risco importante na génese de certas alergias. O risco de
desenvolver uma alergia é tanto mais elevado quanto os ascendentes diretos são alérgicos.
Doenças autoimunes
Diabetes insulinodependentes:
O nosso organismo possui uma concentração variável de glicose no sangue à qual chamamos
glicemia.
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A variação dessa concentração pode ser devia à ingestão de alimentos com alto teor de glicose
(aumenta a glicemia) ou devido à prática de exercício físico (diminui a glicemia).
Células localizadas no pâncreas chamadas ilhotas de Langerhans produzem insulina, que é usada na
decomposição da glicose.
Contudo, alguns indivíduos apresentam concentrações anormais de glicemia. A essas pessoas
chamamos diabéticos. Esta doença pode ter implicações a nível do sistema cardiovascular, nervoso,
etc.
Esta é uma doença auto imune uma vez que no soro dos diabéticos encontram-se anticorpos contra
células das ilhotas de Langerhans. Também os linfócitos T destroem as células produtoras de insulina
através de mediadores químicos. O tratamento passa pela injeção diária de insulina.
Parece haver uma predisposição genética para diabetes.
Artrite Reumatoide
É caracterizada pela destruição de cartilagens articulares pelo sistema imunitário, o que causa a
deformação das articulações e diminuição da mobilidade das zonas afetadas.
Esclerose Múltipla
Doença neurológica que inclui sintomas como perturbações sensitivas, formigueiros, falta de visão,
desequilíbrio, dificuldades motoras nos membros inferiores, etc.
Verificam-se lesões na zona branca dos centros nervosos devido à destruição da mielina de axónios e
de células nervosas, provocadas por linfócitos T ou mediadores químicos libertados pelo sistema
imunitário.
Certos linfócitos T reativos a determinado antigénio “enganam-se” e atacam a mielina. Os macrófagos
fagocitam os fragmentos da mielina. Também anticorpos são produzidos contra os constituintes da
mielina. A longo prazo, estas lesões levam à atrofia do sistema nervoso central, com diversas
consequências.
Lúpus
O sistema imunitário produz anticorpos contra vários tipos de moléculas próprias, incluindo histonas e
DNA. Caracteriza-se por erupções da pele, febre, artrite e disfunção renal.
Imunodeficiência
Os indivíduos podem não possuir linfócitos B ou T. há ainda casos em que se verifica a deficiência de
fagócitos ou de outros intervenientes do sistema imunitário.
Como todos os agentes do sistema imunitário interagem, desde que um deles falhe, todas a linhas de
defesa ficam perturbadas.
Existem diferentes tipos de imunodeficiências inatas, cujos sintomas dependem dos constituintes do
sistema imunitário que têm um funcionamento deficiente.
A falta de linfócitos T traduz-se numa maior sensibilidade a agentes infeciosos intracelulares, vírus e
cancros. A falta de linfócitos B traduz-se numa maior sensibilidade a infeções extracelulares causadas
por bactérias e outros agentes.
A imunodeficiência grave combinada (SCID) passa pela ausência de linfócitos B e T. os doentes são
extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis.
Tratamento por transplante de medula óssea ou terapia genica.
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Imunodeficiência adquirida
2.1 - Solo
- Bactérias e fungos
Decompositores
Dentro da biologia alguns seres desempenham o importante papel de reciclar a matéria
orgânica. Eles são classificados como seres decompositores. Fazem parte desse grupo os
fungos, as bactérias, e os protozoários. Cada um deles irá desempenhar diferentes tipos de
trabalhos dentro do ecossistema. Como dependem da matéria orgânica que decompõem para
obterem energia, esses seres se encaixam no grupo de organismos heterotróficos.
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orgânicos de seres mortos, eles produzem nutrientes. Esses nutrientes são essenciais para a
continuidade da vida dentro dos ecossistemas. Algumas plantas, por exemplo, são
extremamente dependentes desse processo, e nós humanos, somos dependentes das
plantas, constituindo o ciclo ambiental de vida.
Compostagem
A compostagem é um processo biológico através do qual os microrganismos transformam a
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matéria orgânica (folhas, papel, restos de fruta e hortaliças) numa substância semelhante ao
solo, à qual chamamos de composto.
Este composto, rico em nutrientes, melhora o crescimento das plantas, relvados e jardins.
Os resíduos que podem e devem ser compostados são, normalmente, classificados em
"verdes” e ”castanhos” conforme o teor de humidade e a proporção de nutrientes.
Para que a compostagem decorra da melhor forma, é fundamental ter a maior diversidade de
resíduos possível, numa proporção igual de verdes e castanhos.
2.3- Conclusão
Com este manual constatamos a grande biodiversidade dos microrganismos. Concluímos que
uns são benéficos para os seres humanos e para os ecossistemas, quer em processos de
decomposição de matéria morta, quer na produção de medicamentos e alimentos, quer na
manutenção e equilíbrio dos ecossistemas. Concluímos também que alguns são patogénicos,
portanto, capazes de provocar doenças.
Relativamente a estes últimos tivemos também a oportunidade de conhecer os mecanismos de
defesa do organismo.
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Bibliografia e Webbibliografia
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Editora Guanabara Koogan S.A. – 8.º edição.
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www.escolavirtual.pt
http://www.resumos.net/biologia.html
https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/entenda-como-os-microrganismos-ajudam-a-melhorar-
a-producao-organica/
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2015E/importancia%20ecologica.pdf
http://www.ambisousa.pt/pt/projetos/compostagem-domestica/
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