Mercado Voluntário de Carbono No Brasil: Uma Análise Dos Critérios Estabelecidos Pela NBR 15948:2011
Mercado Voluntário de Carbono No Brasil: Uma Análise Dos Critérios Estabelecidos Pela NBR 15948:2011
Mercado Voluntário de Carbono No Brasil: Uma Análise Dos Critérios Estabelecidos Pela NBR 15948:2011
MERCADO VOLUNTÁRIO DE CARBONO NO BRASIL: UMA
ANÁLISE DOS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS PELA NBR 15948:2011
Resumo
Mercado de crédito de carbono é recente e surge para contribuir com a diminuição do
aquecimento global. Existem duas vertentes para se comercializar créditos de carbono: o
mercado regulado e o mercado voluntário. O artigo tem como escopo a segunda. Os principais
beneficiados pelo mercado voluntário são os projetos de pequena escala, motivados também
pelos menores custos de transação desse mercado, quando comparado com os custos de um
projeto no mercado regulado. O objetivo foi analisar a regulamentação vigente para
implementação e viabilidade do comércio voluntário de créditos de carbono no Brasil, com
foco na NBR 15948:2011. Trata-se de uma abordagem qualitativa, com foco na realização de
um levantamento documental de dispositivos legais que regulamentam a atividade de
comercialização de créditos de carbono. Os resultados apontam, basicamente, a existência de
uma regulamentação incompleta, e, a inexistência de orientações mais eficazes para os
potenciais vendedores de créditos de carbono como os principais fatores que afetam
diretamente o atendimento aos critérios de comercialização voluntária dos créditos de carbono
no Brasil. A proposta é desenvolver cartilhas que consolidem os parâmetros dos diversos
normativos e facilitem o entendimento e aplicação das normas vigentes para uma relevante,
confiável e transparente comercialização de créditos de carbono.
Abstract
Carbon credit market is recent and appears to contribute to the reduction of global warming.
There are two aspects to trade carbon credits: the regulated market and the voluntary market.
The article is the second scope. The main beneficiaries of the voluntary market are small-scale
projects, also driven by lower transaction costs in this market, when compared with the costs
of a project in the regulated market. The aim was to analyze the current regulations for
implementation and viability of voluntary trading of carbon credits in Brazil, focusing on
NBR 15948: 2011. It is a qualitative approach, focusing on achievement of a documentary
survey of legal provisions that regulate the activity of sale of carbon credits. The results show,
primarily, the existence of incomplete regulation, and the lack of better guidance to potential
sellers of carbon credits as the main factors that directly affect compliance with the criteria of
voluntary trading of carbon credits in Brazil. The proposal is to develop primers that
consolidate the parameters of the various normative and facilitate the understanding and
application of existing rules for a relevant, reliable and transparent trading of carbon credits.
INTRODUÇÃO
Nesse tópico será abordado um breve histórico sobre as alterações climáticas ocorridas
no planeta Terra. Da mesma forma, o presente tópico tratará o aspecto conceitual do chamado
“aquecimento global”, bem como os aspectos legais que precederam e nortearam a introdução
das bases para o comércio mundial de créditos de carbono, intencionando a redução de
emissões de GEE, principalmente pelas organizações que não conseguem reduzir tais
emissões de GEE em suas atividades.
Um dos motivos que fizeram os EUA não optarem por aderir ao Protocolo de Quioto
foi que o Mercado Voluntário de Carbono (MVC) é mais vantajoso quanto às exigências e
que não ter a obrigatoriedade de reduzir suas emissões traz certo conforto, e não estar incluso
no Protocolo de Quioto significa menos exigências para os interessados no mercado de
carbono. Pagar alguém para poluir menos pode ser mais sábio, tanto para o comprador como
para a sociedade como um todo, do que reduzir sua própria poluição, porque um montante
maior de emissões poderá ser reduzido para determinado dispêndio de recursos (PAIVA,
GOULART e ANDRADE, 2012).
O Brasil perante o Protocolo de Quioto não tem meta regulada para redução de GEE, e
se é possível escolher em qual mercado atuar, o mercado voluntário de carbono se torna mais
vantajoso, por ter um custo menor e flexibilidade na produção e no comércio de carbono.
Resultado de ações dos próprios agentes comercializadores de créditos de carbono.
Apesar do mercado se manter ativo desde o final da década de 90, somente mais de 20
anos depois é que se iniciou o processo de normatização do mercado de carbono. Os meios
utilizados para comercializar os créditos de carbono nesse mercado podem estabelecer as suas
próprias regras, comuns às partes envolvidas (vendedor e comprador), como por exemplo, o
ambiente de negociação americano, a Bolsa de Chicago, dentre outros ambientes. A fixação
do valor justo na transação emerge do mercado e dos agentes nele atuantes (PAIVA,
GOULART e ANDRADE, 2012).
Os principais beneficiados pelo mercado voluntário são os projetos de pequena escala,
motivadas também pelos menores custos de transação desse mercado quando comparado com
os custos de desenvolver um projeto no mercado regulado.
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2 MATERIAL E MÉTODOS
O Quadro 3 contém um resumo dos documentos que devem ser apresentados tanto
em versão impressa como eletrônica (com pelo menos um documento em cada grupo) e serve
como um “check list” (CLIMA, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
IBFLORESTAS. Compensação de CO2 com Plantio de Florestas. 2014. Disponível em: <
http://www.ibflorestas.org.br/area-de-atuacao/compensacao-de-co2.html>. Acesso em 24 jul.
2014.
ZILBER, S. N.; KOGA, E. Mercado de créditos de carbono no Brasil e o papel dos agentes
intermediários: Desafios e oportunidades. Organizações Rurais & Agroindustriais, v. 13 p.
139-153, 2011. Disponível em: < http://revista.dae.ufla.br/index.
php/ora/article/viewArticle/311>. Acesso em 12 jun. 2014