Este documento descreve os tipos e objetivos da entrevista clínica. A entrevista clínica é uma técnica para descrever e avaliar aspectos pessoais e relacionais de um indivíduo ou sistema, e recomendar intervenções. Existem entrevistas estruturadas, semi-estruturadas e de livre estrutura utilizadas para triagem, anamnese, diagnóstico e avaliação sistêmica. O entrevistador precisa estar preparado para conduzir a entrevista e aplicar conhecimentos psicológicos para o benef
Este documento descreve os tipos e objetivos da entrevista clínica. A entrevista clínica é uma técnica para descrever e avaliar aspectos pessoais e relacionais de um indivíduo ou sistema, e recomendar intervenções. Existem entrevistas estruturadas, semi-estruturadas e de livre estrutura utilizadas para triagem, anamnese, diagnóstico e avaliação sistêmica. O entrevistador precisa estar preparado para conduzir a entrevista e aplicar conhecimentos psicológicos para o benef
Este documento descreve os tipos e objetivos da entrevista clínica. A entrevista clínica é uma técnica para descrever e avaliar aspectos pessoais e relacionais de um indivíduo ou sistema, e recomendar intervenções. Existem entrevistas estruturadas, semi-estruturadas e de livre estrutura utilizadas para triagem, anamnese, diagnóstico e avaliação sistêmica. O entrevistador precisa estar preparado para conduzir a entrevista e aplicar conhecimentos psicológicos para o benef
Este documento descreve os tipos e objetivos da entrevista clínica. A entrevista clínica é uma técnica para descrever e avaliar aspectos pessoais e relacionais de um indivíduo ou sistema, e recomendar intervenções. Existem entrevistas estruturadas, semi-estruturadas e de livre estrutura utilizadas para triagem, anamnese, diagnóstico e avaliação sistêmica. O entrevistador precisa estar preparado para conduzir a entrevista e aplicar conhecimentos psicológicos para o benef
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Livro PSICODIAGNÓSTICO
Cap 5 – A entrevista clínica.
A entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação com o objetivo de
descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social...), e depois faz recomendações, encaminhamentos, ou propõe algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas. A investigação possibilita alcançar os objetivos da entrevista, que são descrever e avaliar, os quais precisam de um levantamento de informações que possibilitam relacionar eventos e experiências, fazer interferências, estabelecer conclusões e tomar decisões. A entrevista faz parte de um processo de avaliação (psicodiagnóstico), que pode ocorrer em apenas uma sessão e ser dirigido a fazer um encaminhamento ou a definir objetivos de um processo psicoterapêutico. Outras vezes, o processo de avaliação é complexo e exige um conjunto diferenciado de técnicas de entrevistas, de instrumentos e procedimentos de avaliação, como os instrumentos projetivos e cognitivos, as técnicas de observação etc. Existem vários tipos de entrevista, e os objetivos de cada tipo de entrevista definem as estratégias utilizadas e seus limites. O entrevistador precisa estar preparado para lidar com o direcionamento que o sujeito parece querer dar à entrevista, de forma a otimizar o encontro entre a demanda do sujeito e os objetivos da tarefa. Todos os tipos de entrevista têm alguma forma de estruturação na medida em que a atividade do entrevistador direciona a entrevista no sentido de alcançar seus objetivos. O entrevistador tem a responsabilidade pela condução do processo e pela aplicação de conhecimentos psicológicos em benefício das pessoas envolvidas; dominar as especificidades da técnica e a complexidade do conhecimento utilizado; zelar pelo interesse e bem-estar do outro; e reconhecer a necessidade de treinamento especializado e atualizações constantes ou periódicas. O papel do entrevistado é o de prestar informações. O resultado de uma entrevista depende largamente da experiência e da habilidade do entrevistador, além do domínio da técnica. Classificar os tipos de entrevistas não é algo fácil, mas inicialmente levaremos em consideração dois eixos: segundo a forma (estrutura), e segundo o objetivo. Classificação quanto ao aspecto formal - As entrevistas podem ser dividas em Estruturadas: são de pouca utilidade clínica. É mais comum em pesquisas; sua utilização raramente considera as necessidades ou demandas do sujeito avaliado. Ela se destina ao levantamento de informações definidas pelas necessidades de um projeto. Esse tipo de entrevista visa a objetividade, buscam respostas específicas à perguntas específicas. De livre estruturação: a grande maioria das técnicas de entrevista divulgadas em psicologia clínica enquadra-se nesse tipo de entrevista. É necesspario que se conheçam suas metas, o papel de quem a conduz e os procedimentos pelos quais é possível atingir seus objetivos. Semi-estruturadas: o entrevistador tem clareza de seus objetivos, de que tipo de informação é necessária para atingi-los, de como essa informação deve ser obtida (perguntas sugeridas ou padronizadas), quando ou em que sequência, em que condições deve ser investigada (relevância) e como deve ser considerada (utilização de critérios de avaliação). As entrevistas semi- estruturadas são de grande utilidade em settings onde é necessária ou desejável a padronização de procedimentos e registro de dados, como nas clínicas sociais, na saúde pública, na psicologia hospitalar etc.
Classificação quanto aos objetivos
Entrevistas de triagem: Tem como objetivo avaliar a demanda do sujeito e fazer um encaminhamento. É geralmente utilizada em serviços de saúde pública ou em clínicas sociais. Entrevistas de anamnese: Tem como objetivo o levantamento detalhado da história de desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância Entrevistas diagnósticas: Tem como objetivo o exame e a análise de uma condição na tentativa de compreendê-la, explicá-la, e possivelmente modificá-la. A entrevista diagnóstica pode priorizar aspectos sindrômicos (descrição de sinais e sintomas para a classificação de um quadro ou síndrome); ou psicodinâmicos (visa a descrição e a compreensão da experiência ou do modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma abordagem teórica). Entrevistas sistêmicas: Utilizadas para avaliar casais e famílias. Podem focalizar a avaliação da estrutura ou da história relacional ou familiar. Podem também avaliar aspectos importantes da rede social de pessoas e famílias. Entrevistas de devolução: Tem como objetivo comunicar ao sujeito o resultado da avaliação. Outro objetivo é permitir ao sujeito expressar seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do avaliador; além de ajudar o sujeito a compreender as conclusões e recomendações, e a remover distorções ou fantasias em relação as suas necessidades. Competências que o avaliador precisa ter: 1. Estar inteiramente disponível para o outro naquele momento, e poder ouvi-lo sem a interferência de questões pessoais. 2. Ajudar o paciente a se sentir à vontade e desenvolver uma aliança de trabalho. 3. Facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser encaminhada ou a buscar ajuda. 4. Buscar esclarecimentos para colocações vagas ou incompletas. 5. Confrontar gentilmente esquivas e contradições. 6. Tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na entrevista. 7. Reconhecer defesas e modos de estruturação do paciente. 8. Compreender seus processos contratransferenciais. 9. Assumir a iniciativa em momentos de impasse. 10. Dominar as técnicas que utiliza.
Obs: no final do capítulo é explicado detalhadamente como desenvolver essas