Microbiologia, Higiene e Segurança
Microbiologia, Higiene e Segurança
Microbiologia, Higiene e Segurança
seGurAnçA
Profª. Graciella Chiarelli
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Graciella Chiarelli
579
C532m Chiarelli, Graciella
Microbiologia, higiene e segurança / Graciella
Chiarelli. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
165 p. : il.
ISBN 978-85-515-0154-2
1.Microbiologia.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Este livro didático apresenta um conjunto de informações
necessárias para garantir a segurança e qualidade na produção de
alimentos, em todos os estágios que permeiam a preparação de alimentos
destinada ao consumo de terceiros.
Bons estudos!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS............................................. 1
VII
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 50
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 51
VIII
RESUMO DO TÓPICO 1 ..................................................................................................................... 120
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 121
IX
X
UNIDADE 1
NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE
ALIMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1
CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
1 INTRODUÇÃO
Alimentos saudáveis e seguros são extremamente importantes para
a manutenção da saúde e bem-estar. Com o processo de industrialização e
inserção das mulheres no mercado de trabalho, a dinâmica da alimentação sofreu
algumas mudanças, o hábito de se alimentar fora de casa incentivou um crescente
movimento em bares, restaurantes e padarias, os quais precisam se adequar para
produzir um alimento seguro para o consumidor.
3
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
FIGURA 1 – CONSCIENTIZAÇÃO
Você sabia que milhares Sim. É por isso que Que bom que vocês se
de pessoas ficam doentes temos que cumprir as preocupam com a higiene
por comerem alimentos regras da vigilância no preparo dos alimentos.
contaminados? sanitária! Assim podemos comer
com mais tranquilidade.
5
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
2.1 BACTÉRIAS
As bactérias encontram-se no meio ambiente, deste modo, elas podem
estar presentes nas matéria-primas principais, vegetais ou animais, utilizadas na
produção de produtos alimentares, ou ainda nos manipuladores de alimentos. As
bactérias preferem alimentos ricos em água e proteínas (Ex.: carne, aves, peixes,
moluscos, ovos, leite, queijo etc.) (SILVA JR., 2014).
2.2 VÍRUS
Os vírus podem ser veiculados através dos alimentos, água ou outras
fontes. Eles necessitam de uma célula viva para se reproduzirem, por isso não se
multiplicam em alimentos, utilizam os alimentos como veículo para alcançar seu
hospedeiro. Segundo Franco e Landgraf (2008), entre os vírus, cuja presença em
alimentos pode estar associada à ocorrência de doenças, como gastroenterites,
nos consumidores encontram-se:
• Vírus da hepatite A.
• Os vírus (tipo) Norwalk.
• O rotavírus.
• Os astrovírus.
• Os calicivírus.
• Os adenovírus entéricos.
6
TÓPICO 1 | CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
2.3 PARASITAS
Os parasitas têm, em geral, animais hospedeiros específicos e podem
incluir o homem no seu ciclo de vida. Eles utilizam o hospedeiro para sua
sobrevivência (BAPTISTA; VENÂNCIO, 2003).
FONTE: A autora
2.4 FUNGOS
Os fungos são divididos em bolores e leveduras, eles preferem multiplicar-
se em alimentos mais secos, que tenham quantidades maiores de açúcar, como
frutas e doces em geral. Segundo Silva Jr. (2014), quando colocados em alimentos
ou bebidas, eles transformam e modificam sua função sem causar doença, sendo
utilizados na produção de:
Alimentos:
7
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
Bebidas:
Como os microrganismos
não são visíveis a olho nu e
nem sempre modificam a cor,
odor ou sabor dos alimentos
contaminados, é muito difícil
determinar se um alimento
está contaminado somente
pela aparência.
8
TÓPICO 1 | CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
o Staphylococcus aureus.
o Clostridium botulinum.
o Bacillus cereus emético.
9
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
10
TÓPICO 1 | CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
Salmonella sp (infecção):
DICAS
Classificação Exemplos
Alta Biológico: toxina do Clostridium botulinum, Salmonella Typhi,
S. Paratyphi A e B, Shigella dysenteriae, Vibrio cholerae O1,
Vibrio vulnificus, Brucella melitensis, Clostridium perfringens
tipo C, vírus da hepatite A e E, Listeria monocytogenes (em
alguns pacientes), Escherichia coli 0157:H7, Trichinella spiralis,
Taenia solium (em alguns casos).
11
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
12
TÓPICO 1 | CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
Segundo a ANZFA (2001), alimentos de risco alto são alimentos que suportam
o crescimento de microrganismos patogênicos e produção de toxinas, como:
• carne;
• carne de aves;
• salsichas frescas;
• salames;
• peixes;
• ostras;
• leite;
• arroz cozido;
• lasanha;
• ovos.
• frutas;
• vegetais;
• sucos de laranja;
• carnes enlatadas;
• leites pasteurizados;
• produtos lácteos;
• produtos de confeitaria à base de leite.
• cereais;
• farinhas;
• produtos de panificação;
• refrigerantes;
• produtos de confeitaria à base de açúcar;
• bebidas alcoólicas;
• óleos e gorduras.
DICAS
13
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
E
IMPORTANT
4 Rato em salgadinho
14
TÓPICO 1 | CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os perigos físicos podem representar qualquer objeto físico que possa colocar
em risco a saúde do consumidor.
• As doenças transmitidas por alimentos (DTA) são causadas por perigos físicos,
químicos ou biológicos que penetram no organismo humano através da
ingestão de água ou alimentos contaminados.
• Segundo estatísticas, no ano de 2016 o Brasil apresentou 543 surtos com 9907
pessoas doentes (BRASIL, 2016).
16
AUTOATIVIDADE
17
18
UNIDADE 1 TÓPICO 2
MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA
1 INTRODUÇÃO
O manipulador de alimentos precisa conhecer os principais fatores de
multiplicação dos microrganismos para conseguir evitá-los e manipular os
alimentos de forma segura. Infelizmente, muitos manipuladores de alimentos não
apresentam conhecimento sobre multiplicação microbiana e pontuam suas práticas
de manipulação de alimentos em conhecimentos obtidos de outros colaboradores ou
em conhecimentos empíricos. Quando se adota uma prática não fundamentada, as
atividades desenvolvidas como manipulador de alimentos podem não ser assertivas.
A multiplicação microbiana depende de alguns fatores relacionados aos
alimentos ou não, como condições intrínsecas ou extrínsecas, que podem permitir
ou favorecer o crescimento de microrganismos. O manipulador de alimento é
o principal responsável pelo controle de dois fatores imprescindíveis para
a multiplicação dos microrganismos: o tempo de exposição dos alimentos e a
temperatura, e tempo dos tratamentos térmicos empregados em alimentos.
2.1.1 Acidez
A maioria dos microrganismos tem dificuldade de se reproduzir em
alimentos ácidos, como conservas, sucos ácidos, molhos de tomate, refrigerantes,
frutas ácidas. Geralmente, os fungos, bolores e leveduras (fermentos)
multiplicam-se nesse tipo de alimento e podem estragá-lo. Já os alimentos
considerados pouco ácidos (leites, carnes, pescados, aves, feijão) são os preferidos
pelos microrganismos, especialmente pelas bactérias. Por isso, estragam mais
rapidamente (SILVA JR., 2014).
NOTA
20
TÓPICO 2 | MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA
• água;
• fonte de energia;
• fonte de nitrogênio;
• vitaminas e sais minerais.
Como fonte de energia, os microrganismos podem utilizar açúcares,
álcoois e aminoácidos. Alguns microrganismos podem utilizar carboidratos
complexos transformando-os em açúcares. Poucos microrganismos são capazes
de utilizar gorduras como fonte de energia. Como fonte de nitrogênio, os
microrganismos utilizam os aminoácidos (proteínas) presentes nos alimentos.
Estes também necessitam de pequenas quantidades de vitaminas e minerais, as
vitaminas atuam diretamente no crescimento dos microrganismos, sendo as mais
importantes as vitaminas do complexo B, naturalmente presentes na maioria dos
alimentos (FRANCO; LANDGRAF, 2008).
22
TÓPICO 2 | MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA
2.2.1 Umidade
Quando a umidade relativa do ambiente (ar) em torno do alimento é
superior à atividade de água do alimento, a superfície do alimento pode ficar
susceptível à ação de microrganismos. Quando a umidade relativa do ar, em torno
do alimento, for menor que a sua atividade de água, o alimento perderá umidade
provocando o ressecamento de sua superfície, o que constitui uma barreira
contra a multiplicação de microrganismos. Alimentos que sofrem deterioração
por fungos e bactérias em sua superfície devem ser armazenados em condições
de baixa umidade (JAY, 2005).
23
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
2.2.2 Oxigênio
A presença ou ausência de oxigênio favorece a multiplicação de alguns
microrganismos, a composição gasosa do ambiente pode determinar quais os
tipos de microrganismos crescem em alguns tipos de alimentos.
NOTA
24
TÓPICO 2 | MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA
2.2.3 Temperatura/tempo
O fator temperatura e a possibilidade da diminuição de tempo de
exposição do alimento são meios mais eficazes que os profissionais de cozinha
podem utilizar para combater os microrganismos. O manipulador pode controlar
a temperatura do alimento na cocção, refrigeração ou congelamento.
Os microrganismos podem se desenvolver em temperaturas variadas
de 2 a 70 °C, contudo já se constatou multiplicação a temperaturas extremas
como -35 °C ou próximas a 100 °C (GERMANO; GERMANO, 2011). No geral, os
microrganismos apresentam maior facilidade de reprodução em temperaturas
ambientes, o que configura uma zona de perigo (Figura 6).
25
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
Temperatura °C
Tempo
no centro geométrico do alimento
74 Poucos segundos (5)
70 Poucos minutos (2)
66 Alguns minutos (10)
65 Alguns minutos (15)
60 Vários minutos (30)
55 Algumas horas (4)
52 Várias horas (12)
<50 Não há morte de patógenos
FONTE: Adaptado de Silva Jr. (2014)
26
TÓPICO 2 | MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA
NOTA
27
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
Tempo Máximo
Temperatura
Condições Potenciais de Risco Acumulado
do Produto
de Exposição
4 - 6 °C 5 dias
Crescimento e formação de toxinas de 7 - 10 °C 17 horas**
Bacilus cereus 11 -21 °C 6 horas*
Acima de 21°C 3 horas*
30 - 34 °C 48 horas
Crescimento de Campylobacter jejuni
Acima de 34°C 12 horas
Germinação, crescimento e formação de
10 - 21 °C 11 horas**
toxinas pelo Clostridium botulinum Tipo A, e
Acima de 21 °C 2 horas*
proteolítico B e F
3.3 - 5 °C 7 dias
Germinação, crescimento e formação de
6 - 10 °C > 2 dias
toxinas pelo Clostridium botulinum Tipo E, e
11 -21 °C 11 horas
não proteolítico B e F
Acima de 21 °C 6 horas
10 - 12 °C 21 dias
13 - 14 °C 1 dia
Crescimento Clostridium perfringens
15-21 °C 6 horas*
Acima de 21 °C 2 horas*
7 - 10 °C 14 dias
Crescimento de esporos patogênicos de
11 - 21 °C 6 horas
Escherinchia coli
Acima de 21 °C 3 horas
- 04. - 5 °C 7 dias
6 - 10 °C 2 dias
Crescimento da Listeria monocitogenes
11 -21 °C 12 horas**
Acima de 21 °C 3 horas*
5.2 - 10 °C 14 dias
Crescimento de espécies Salmonella 11 -21 °C 6 horas
Acima de 21 °C 3 horas
6.1 - 10 °C 14 dias*
Crescimento de espécies Shigella 11 -21 °C 12 horas*
Acima de 21 °C 3 horas*
7 10 °C 14 dias
Crescimento e formação de toxinas por
11 21 °C 12 horas*
Staphylococcus aureus
Acima de 21 °C 3 horas
• manipulador de alimentos;
• animais de estimação;
• pragas (roedores, insetos);
• pássaros;
• solo;
• água;
28
TÓPICO 2 | MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA
• ar;
• utensílios;
• plantas;
• ambientes de manipulação.
Higiene Pessoal
Meios de Contaminação
Mãos Feridas
Boca
Nariz
Sanitários
Animais Pele
Espirro
Vestuário
Ar Alimentos
Utensílios
TOSSIR
Garganta
FONTE: Disponível em: <https://www.resumoescolar.com.br/biologia/contaminacao-dos-
alimentos/>. Acesso em: 28 nov. 2017.
DICAS
E
IMPORTANT
Tecnologia de Alimentos
30
TÓPICO 2 | MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA
Assim, pode-se concluir que o calor é a base de grande parte dos processos
convencionais de conservação de alimentos. O calor é bastante efetivo para inativar
micro-organismos e enzimas e permite a conservação dos alimentos, mas quando
utilizado com muita intensidade (em processos que empregam temperaturas
elevadas ou que o produto é aquecido por longo período), pode ocasionar alterações
indesejáveis ao produto. Essas alterações podem relacionar-se à diminuição
do valor nutricional, por exemplo, pela destruição de certas vitaminas que são
sensíveis ao calor, como a vitamina C, ou pode estar relacionada com alterações
indesejáveis no sabor ou cor do produto, nas chamadas características sensoriais.
Assim, o calor excessivo pode originar gosto cozido ou amargo no produto, bem
como perda de coloração característica e surgimento de cor indesejável (como no
produto dito queimado ou excessivamente torrado).
31
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os microrganismos são seres vivos muito pequenos, mas que realizam todas
as atividades que os outros seres vivos realizam. Necessitam de alimentos para
sobreviver, de oxigênio, de água etc.
33
AUTOATIVIDADE
34
UNIDADE 1 TÓPICO 3
MANIPULADORES DE ALIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, mais do que a preocupação com a saúde na escolha de
alimentos saudáveis, ainda é fundamental considerar que, além de oferecer
substâncias benéficas, os alimentos devem ser totalmente livres de agentes que
possam causar doenças alimentares.
NOTA
35
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
• lesões de pele;
• lesões de mucosas e unhas;
• feridas ou cortes nas mãos e braços;
• diarreias;
• infecções pulmonares, bucais;
• resfriados fortes;
• doenças infectocontagiosas.
36
TÓPICO 3 | MANIPULADORES DE ALIMENTOS
NOTA
2.1.1 Capacitação
É importante que os colaboradores de alimentos recebam treinamentos
periódicos, que abordem temas como: contaminantes de alimentos, doenças
transmitidas por alimentos e boas práticas na manipulação de alimentos. A
capacitação permite conscientizar o colaborador de sua responsabilidade em
suas atribuições para alcançar a produção de um alimento seguro. Geralmente
este é um ponto negligenciado pelo serviço de alimentação, principalmente
no que se refere a colaboradores novos, pois mesmo com a urgência para o
preenchimento da vaga, um treinamento prévio fará com que o novo colaborador
aplique os requisitos de boas práticas já no início das suas atividades. Segundo
recomendações da Portaria SVS/MS n° 326, de 30 de julho de 1997:
A direção do estabelecimento deve tomar providências para que todas
as pessoas que manipulem alimentos recebam instrução adequada e
contínua em matéria higiênicasanitária, na manipulação dos alimentos
e higiene pessoal, com vistas a adotar as precauções necessárias para
evitar a contaminação dos alimentos. Tal capacitação deve abranger
todas as partes pertinentes deste regulamento (Referente ao item 7.1)
(BRASIL, 1997, p. 5).
37
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
NOTA
38
TÓPICO 3 | MANIPULADORES DE ALIMENTOS
Instalações para lavagem das mãos nas áreas de produção: Devem ter
instalações adequadas e convenientemente localizadas para lavagem e
secagem das mãos sempre que a natureza das operações assim o exija.
Nos casos em que sejam manipuladas substâncias contaminantes ou
quando a natureza das tarefas requeira uma desinfecção adicional à
lavagem devem estar disponíveis também instalações para desinfecção
das mãos. Deve-se dispor de água fria ou fria e quente e de elementos
adequados (sabonete líquido, detergente, desinfetante, entre outros)
para limpeza das mãos. Deve haver também um meio higiênico
adequado para secagem das mãos. Não é permitido o uso de toalhas
de tecido . No caso de se usar toalhas de papel, deve haver um controle
de qualidade higiênico-sanitária e dispositivos de distribuição e
lixeiras que não necessite de acionamento manual para essas toalhas.
As instalações devem estar providas de tubulações devidamente
sifonadas que transportem as águas residuais até o local de deságue
(Referente ao item 5.3.15) (BRASIL, 1997, p. 4).
1. Utilizar água corrente para molhar as mãos e o antebraço até a altura dos cotovelos.
2. Esfregar a palma, o dorso das mãos e o antebraço com sabonete líquido bactericida,
inclusive as unhas e os espaços entre os dedos, por aproximadamente 30 segundos.
3. Enxaguar bem com água corrente retirando todo o sabonete, do cotovelo para
as mãos.
4. Secar com papel toalha ou outro sistema de secagem.
5. Esfregar as mãos com um pouco de produto antisséptico.
NOTA
39
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
Observação:
Não fazer antissepsia por imersão das mãos.
Não utilizar somente o antisséptico, sem ter
lavado as mãos.
40
TÓPICO 3 | MANIPULADORES DE ALIMENTOS
• Banhos diários.
• Higiene bucal a cada refeição.
• Cuidados com a higiene dos cabelos.
• Manter unhas curtas, limpas e sem esmalte.
• Não utilizar barbas.
• Não utilizar nenhum tipo de adorno (brinco, colar, anel, pulseira, piercings,
cílios ou unhas postiças).
• Não utilizar nenhum tipo de maquiagem.
• Não utilizar perfumes, loções, cremes.
• Não tocar em dinheiro durante a produção ou manipulação de alimentos.
• Não realizar refeições nos locais onde se manipulam alimentos.
• Não tossir, cantar, assobiar, coçar-se durante a manipulação dos alimentos.
• Não experimentar alimentos diretamente nos utensílios de preparo dos
alimentos e nem nas mãos.
41
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
Cabelos protegidos
Uniforme completo
e limpo
Tomar banho diário
42
TÓPICO 3 | MANIPULADORES DE ALIMENTOS
43
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
44
TÓPICO 3 | MANIPULADORES DE ALIMENTOS
1 CAPACETE
2 ÓCULOS DE SEGURANÇA
PROTETOR AUDITIVO
3
5 LUVAS
RESPIRADOR
4
UNIFORME
6
CALÇADO DE
7 CINTO DE
SEGURANÇA
8 SEGURANÇA COM
BICO DE AÇO
DICAS
45
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Tiago Jokura
1. BOCAL DO TELEFONE
Além da sujeira levada pelas mãos, no bocal do telefone ou celular podem
se acumular gotículas de saliva com bactérias da boca de quem fala. No caso dos
celulares, que largamos em tudo quanto é canto, a situação é ainda pior.
2. MOCHILAS
O fundo das mochilas acumula sujeira do piso do ônibus, do banheiro
escolar, e por aí vai. Somem-se a isso os restos de comida, poeira de livros e uns
trocados “incubados” lá dentro. Tá feita a porcaria pra ser carregada pra baixo e
pra cima… até da mesa de jantar! Bolsas e carteiras “cumprem” o mesmo papel.
3. CONTROLES REMOTOS
Aparelhos em que todos colocam a mão, como o controle remoto da
TV, são outros focos de micróbios. Um espirro ou o manuseio do controle por
alguém gripado, por exemplo, pode depositar o vírus da influenza ali. Daí, para
o próximo desavisado que for assistir à TV se infectar, é um passinho.
4. TAPETES
Tapetes, sofás e bichos de pelúcia – que as crianças adoram arrastar pelo
chão – acumulam restos de pele morta e de alimento, que atraem ácaros e insetos
lotados de germes. Isso pra não falar da poeira que se junta e pode desencadear
reações alérgicas.
5. INTERRUPTORES E MAÇANETAS
As mãos carregam germes de todas as superfícies e objetos que tocam.
Com isso, interruptores e maçanetas – que raramente estão na rota da faxina –
ficam bem sujos. Pra quem mora em apartamento, pior: os botões do elevador,
onde muita gente coloca o dedo, são uma podreira só.
6. TRAVESSEIRO
Travesseiros são um prato cheio para os ácaros. A multiplicação deles é
tão rápida que, em seis anos, cerca de 10% do seu travesseiro é composto de
ácaros – em dez anos, a população de sujeitos simpáticos como este ao lado é de
1 bilhão!
7. COLCHÃO
Passamos cerca de oito horas por dia no colchão, onde suamos, babamos
e deixamos pedacinhos de pele morta. E ainda tem a poeira embaixo da cama.
46
TÓPICO 1 | CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
8. CALÇADOS
Qualquer calçado, desde aquele chinelo que você usa pra ir à padaria até o
tênis que só vai pra balada, traz a sujeira da rua pra dentro de casa. Se você guarda
os itens no guarda-roupa, são grandes os riscos de, por tabela, contaminarem
toda a sua roupa.
9. MOUSE E TECLADO DO PC
Mouse e teclado são tocados constantemente pelas mãos – que não se
sabe por onde passaram antes e possuem bactérias da pele. Além disso, restos
de lanche ficam depositados entre as teclas, que, para piorar, também acumulam
poeira e quase nunca são limpas ou desinfetadas.
47
UNIDADE 1 | NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
21. TOALHAS
Toalhas de rosto e de banho acumulam resíduos de pele morta e, ainda,
sujeira de quem não se lavou direito. Outro problema é o acúmulo de fungos,
como o Candida albicans, causador de micoses, que adoram viver no aconchego
das toalhas permanentemente úmidas.
48
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
49
AUTOATIVIDADE
1 Escreva como você lava a sua mão, atualmente, e quais as mudanças você
fará a partir de hoje para higienizar suas mãos corretamente.
50
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
51
52
UNIDADE 2 TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O cuidado com as boas práticas nas etapas que antecedem a preparação
dos alimentos, bem como a escolha de bons fornecedores, que ofereçam produtos
de qualidade e que respeitam as normas higiênico-sanitárias e bons critérios de
recebimento, contribuem muito para a produção de um alimento seguro.
53
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
NOTA
54
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO: AQUISIÇÃO,
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS
55
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
56
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO: AQUISIÇÃO,
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS
57
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
2.2 RECEBIMENTO
Após a escolha dos fornecedores, a etapa de recebimento merece total
atenção. Para Ferreira, Bezerra e Neto (2001), na recepção de mercadorias devem
ser conferidos os dados relativos:
58
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO: AQUISIÇÃO,
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS
Produtos Temperatura
-12 °C ou menor, ou conforme a especificação
Produtos congelados
do fabricante.
3 °C no máximo, ou conforme especificação do
Pescados resfriados crus
fabricante
7 °C no máximo, ou conforme especificação do
Carnes e derivados resfriados crus
fabricante
7 °C no máximo, ou conforme especificação do
Leite e derivados
fabricante
10 °C no máximo, ou conforme especificação
Ovos
do fabricante
Frutas, verduras e legumes higienizados, 5 °C no máximo, ou conforme especificação do
fracionados ou descascados, sucos e polpas fabricante
Preparados prontos para o consumo com
4 °C no máximo
pescados crus ou carne bovina crua
Produtos de panificação e confeitaria com
coberturas e recheios que tenham ingredientes 5 °C no máximo
que necessitam de refrigeração
4 °C a 10 °C no máximo, ou conforme
Demais produtos resfriados
especificação do fabricante
Produtos quentes 60 °C no mínimo
FONTE: Adaptado de Brasil (2013, p. 11)
59
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
E
IMPORTANT
• Hortifrutigranjeiros:
o cor;
o odor;
o grau de maturação;
o ausência de danos físicos;
o ausência de fungos;
o os ovos devem estar com a casca íntegra, sem rachaduras e resíduos que
indiquem falta de higiene do fornecedor.
• Leites e derivados:
o condições da embalagem, não podem encontrar-se estufadas ou alteradas.
60
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO: AQUISIÇÃO,
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS
• Estocáveis:
o as condições da embalagem devem estar íntegras, próprias para cada tipo de
alimento, não podem encontrar-se estufadas ou alteradas;
o os cereais, farináceos e leguminosas não devem apresentar vestígios de insetos,
umidade excessiva e materiais estranhos;
o as latas não devem estar enferrujadas, estufadas ou amassadas e os vidros
não devem estar trincados, apresentar vazamentos nas tampas, formação de
espumas, ou qualquer outro sinal de alteração do produto.
2.3 ARMAZENAMENTO
Os insumos devem ser armazenados em condições favoráveis a sua
conservação; a forma de armazenamento e as características ambientais dos
locais de armazenamento interferirão diretamente na manutenção do padrão de
qualidade dos produtos (TEIXEIRA et al., 2006).
A etapa de armazenamento envolve três procedimentos básicos:
armazenamento sob congelamento, armazenamento sob refrigeração e estoque
seco. A ABERC (2013) e Paolechi (2009) definem uma destas etapas:
Estoque seco: os produtos devem estar dispostos nas áreas de
armazenamento de modo que não ofereçam risco uns aos outros. Na área do
estoque, que deve ser ventilada, sem incidência do sol sobre os alimentos, estes
devem ser dispostos em prateleiras, estantes ou paletes, nunca encostados no
chão ou paredes. É importante deixar os produtos organizados, setorizados e
com empilhamento adequado à circulação de ar. Para a organização do estoque
é muito importante que os produtos sejam acondicionados conforme o prazo de
validade, ou seja, os produtos novos irão para o fundo da prateleira e os antigos
ficarão na frente, assim segue-se o critério: primeiro que vence, primeiro que sai.
Produtos de higienização ambiental e descartáveis devem ser armazenados em
local distante dos alimentos. Não é permitida a presença de caixas de papelão,
caixas de madeira e sacolas de supermercado em nenhum tipo de armazenamento.
Se o alimento não puder ser mantido na embalagem original, o ideal é que este
seja acondicionado em embalagem própria para alimentos e identificado com os
dados do produto, o mesmo deve ser feito no caso de embalagem aberta.
61
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
62
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO: AQUISIÇÃO,
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS
E
IMPORTANT
Frios e carnes
Leites, derivados
e preparações
prontas
Condimentos, conservas e
Frutas aquosas, bebidas em geral
ovos
Legumes, frutas e
Verduras e legumes
descongelamento
63
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
E
IMPORTANT
DICAS
Para saber mais, leia: JUCENE, C. Manual de Segurança Alimentar. Boas Práticas
para os Serviços de Alimentação. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2013.
64
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO: AQUISIÇÃO,
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
65
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
66
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO: AQUISIÇÃO,
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
67
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
4 CONCLUSÃO
68
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
69
AUTOATIVIDADE
70
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O momento de pré-preparo do alimento inclui as etapas de seleção dos
ingredientes, dessalgamento, descongelamento, retirada das partes estragadas dos
hortifrutigranjeiros, higienização, cortes, processamentos, separação dos ingredientes,
aplicação de tempero, entre outros. Durante esses processos iniciais é possível aplicar
as boas práticas e diminuir o risco de contaminação do alimento, garantindo que este
esteja seguro para seguir às outras etapas do processo de produção dos alimentos.
Umadasetapasimportantesnopré-preparodosalimentoséodescongelamento,
que é um meio de conservação do alimento muito utilizado para preservar alimentos
crus, pré-preparados ou preparados. Um processo de descongelamento correto faz
com que os alimentos congelados voltem ao seu estado anterior, preservando suas
características e impedindo que microrganismos se multipliquem.
71
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
NOTA
72
TÓPICO 2 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO DOS ALIMENTOS
Dessalgamento de
alimentos me fervura:
Dessalgamento de
alimentos em
refigeração:
Após o dessalgue,
consumir em até 12 horas.
NOTA
73
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
NOTA
1 Selecione, retirando as partes 2 Lave folha por folha, legume por 3 Meça 2 Litros de Água no copo
deterioradas, com pragas ou legume, cacho por cacho em água medidor. Coloque o litro de água
sujidades corrente em um recipiente limpo
4 Coloque 2 colheres de sopa de 5 Coloque as folhas, legumes e 6 Deixe em imersão por 15 minutos
Hipoclorito de Sódio com frutas imersas na solução clorada
concentração entre 2,0% a 2,5% na preparada nos passos anteriores
água armazenada no recipiente
7 Enxágue bem todas as folhas, 8 Seque com papel toalha e 9 Etiquete com 3 dias de validade e
legumes e frutas armazene em sacos plásticos armazene na geladeira
transparentes
ATENCAO
Vinagre não é solução bactericida, ele ajuda a remover larvas. Para realmente
destruir microrganismos é necessário utilizar solução clorada.
NOTA
Os ovos podem estar contaminados com Salmonella sp, por isso a qualidade
sanitária das preparações à base de ovos deve ser garantida (OLIVEIRA et al.,
2000). Para alcançar esta garantia os seguintes procedimentos podem ser adotados:
75
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
76
TÓPICO 2 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO DOS ALIMENTOS
Como requisitos gerais de boas práticas para essas etapas de pré-preparo citadas,
podemos ressaltar que para qualquer manipulação prévia do alimento é necessário
que o manipulador esteja com as mãos higienizadas e com a bancada de preparo e
utensílios também higienizados. Antes e depois de cada tarefa, o manipulador precisa
higienizar novamente as superfícies de trabalho, utensílios e mãos.
NOTA
Sob ação do calor os microrganismos são eliminados, então esta é uma etapa
importante de controle dos microrganismos.
• Calor seco: cozinhar o alimento sem adição de um líquido, de forma que o alimento
desidrate devido ao calor excessivo. Existem duas formas de utilizar o calor seco:
com gordura e sem gordura. Com gordura acontece através da fritura por imersão,
ou quando utiliza-se gordura suficiente para dourar ou saltear a superfície de um
alimento. Sem gordura acontece quando se utiliza ar seco e temperatura elevada
como meio de transmissão de calor ao alimento, como grelhas ou fornos.
• Calor por irradiação: através de ondas emitidas por equipamentos micro-ondas.
• Calor misto: utilizar calor seco seguido de calor úmido para a cocção do alimento.
A utilização de um forno combinado permite utilizar várias formas de calor.
• Brasear: utilizar calor seco com gordura seguido de calor úmido com líquido,
para dourar e amaciar o alimento.
• Ensopar: utilizar calor seco com gordura seguido de calor úmido com líquido
para refogar e amaciar o alimento.
• Refogar: utilizar calor seco com gordura seguido de calor úmido com vapor,
para fritar e amaciar.
• Sous-vide: embalar em sacola a vácuo, submergir em água em alta temperatura
por longos períodos.
NOTA
78
TÓPICO 2 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO DOS ALIMENTOS
79
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
DICAS
Para saber mais, você pode assistir ao vídeo do Programa Edição Saúde, da
jornalista Elys Marina, em que o biomédico Roberto Figueiredo (Dr. Bactéria) apresenta dicas
sobre higiene dos alimentos. Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=zzOSljLklqU>.
80
TÓPICO 2 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO DOS ALIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
81
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
82
TÓPICO 2 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO DOS ALIMENTOS
83
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Nas etapas de preparo dos alimentos os processos podem envolver dois tipos
de manipulação: a mecânica e a térmica. Nesta última, o alimento é processado
a partir de equipamentos que fornecem temperatura alta (calor).
84
AUTOATIVIDADE
85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Após a cocção dos alimentos, estes seguem para a espera pós-cocção, para a
distribuição ou resfriamento, ou porcionamento e acondicionamento. Os requisitos
de boas práticas delimitam uma série de procedimentos a serem realizados em cada
uma das etapas pós-cocção. O conhecimento e aplicação desses requisitos garante
que os alimentos já manipulados serão servidos ou acondicionados de forma segura.
NOTA
2.2 REAQUECIMENTO
Nesta etapa, os alimentos mantidos em espera, que já sofreram cocção
inicial e perderam temperatura, devem atingir novamente a temperatura de
segurança no seu centro geométrico. As preparações quentes, que no controle de
temperatura estão abaixo de 60 ºC, devem sofrer reaquecimento. Nesse processo
o alimento deve atingir 70 ºC por 5 minutos e o reaquecimento não pode ser
realizado mais de uma vez (JUCENE, 2013).
2.3 DISTRIBUIÇÃO
A distribuição é a etapa na qual os alimentos estão expostos para o
consumo imediato, porém sob controle de tempo e temperatura para não ocorrer
multiplicação microbiana. Para ABERC (2013), alguns critérios precisam ser
respeitados no momento de distribuição dos alimentos:
• O balcão térmico deve ser ligado com antecedência para a manutenção dos
alimentos quentes e frios.
• Manter os balcões térmicos limpos com água tratada e trocada diariamente.
• Abastecer os balcões com alimentos em quantidade suficiente para cada turno
de distribuição, o restante dos alimentos deve aguardar em equipamentos que
mantêm a sua temperatura adequada.
• Utilizar cubas higienizadas para a reposição dos alimentos.
• Não repor alimentos em cima dos alimentos que estão na distribuição, trocar a
cuba inteira de alimentos (ABERC, 2013).
89
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
E
IMPORTANT
• Nome do estabelecimento.
• Produto/preparação.
• Principais componentes de preparação.
• Data da coleta.
• Horário da coleta.
• Temperatura do alimento no momento da coleta.
• Tipo de serviço.
• Responsável pela coleta.
Armazenar sob
As amostras não devem
refrigeração 4ºC ou
ficar expostas por mais de
congelamento -18ºC por
30 minutos após a coleta
72 horas
90
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE ACONDICIONAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
NOTA
CONGELAR
OU
RESFRIAR
NOTA
91
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
2.5 RESFRIAMENTO
Os alimentos que não seguem para a distribuição, mas para o
acondicionamento, necessitam do processo de resfriamento. O processo de
resfriamento deve ser realizado para diminuir o risco de contaminação pela
permanência do alimento, por muito tempo, em temperaturas que favorecem a
multiplicação dos microrganismos (LELIS, 2015).
Colocar os alimentos
Agitar os alimentos Colocar em banho de
em pequenas porções
pastosos ou líquidos gelo, quando possível
ou recipientes menores
Aguardar 30 minutos
para a liberação do
Levar os alimentos para Cobrir o recipiente com
vapor e/ou quando
o refrigerador filme plástico perfurado
atingir 60 ºC na
superfície do alimento
Monitorar a temperatura
para que em 5 horas o
alimento tenha atingido
10 ºC
92
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE ACONDICIONAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
NOTA
2.6 PORCIONAMENTO
Esta etapa porciona o alimento para o seu armazenamento ou distribuição,
como no caso de porcionamento a vácuo, elaboração de marmitas, porcionamento
de sobremesas ou preparações prontas. A manipulação durante esta etapa deve
ser realizada observando-se rigorosamente as recomendações de higiene pessoal,
ambiental e dos alimentos, para evitar a recontaminação ou a contaminação
cruzada. O processo de porcionamento deve ser realizado no mínimo espaço de
tempo possível, para que os alimentos não permaneçam em temperatura ambiente
por muito tempo. O ideal é porcionar um volume de alimento e já acondicionar
em refrigeração ou equipamentos e caixas isotérmicas para manutenção de
temperatura, devidamente etiquetado, não esperar para porcionar tudo e depois
acondicionar. Vale lembrar que os recipientes utilizados para acondicionar os
alimentos devem estar higienizados ou serem estéreis (ABERC, 2013).
FIGURA 28 – PORCIONAMENTO
93
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
Produto: _______________________________
Responsável: ___________________________
FONTE: A autora
• Alimentos que estão em sua embalagem original, mas que já foram abertos,
passam a respeitar a validade do fabricante após a abertura da embalagem, por
isso a etiqueta deve conter a data de abertura.
Produto: _______________________________
Responsável: ___________________________
FONTE: A autora
94
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE ACONDICIONAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
Produto: _______________________________
Processo: ( ) Descongelamento
( ) Dessalgue
( ) Resfriamento
Responsável: ___________________________
FONTE: A autora
• Alimentos que por algum motivo perderam a sua embalagem original devem
conter as informações do fabricante.
95
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
E
IMPORTANT
96
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE ACONDICIONAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
E
IMPORTANT
DICAS
97
UNIDADE 2 | REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS ETAPAS DE AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, PRÉ-PREPARO,
PREPARO, CONSERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma multidão lota os restaurantes todo santo dia. São 15h30min, fim do
horário de almoço nos restaurantes. As mesas já estão vazias, mas o bufê ainda
está cheio. E toda a comida aqui vai ter um destino só. Tudo o que sobrou do
cardápio do dia vai virar lixo.
“Tudo o que sobra do nosso bufê do almoço vai pro lixo, não é reaproveitado
e não é doado para ninguém”, diz a nutricionista Carolina Rodrigues.
“Se você tiver 10, 20, 30 bactérias ela vai se multiplicando a cada 15
minutos, a cada hora, quando chega entre seis a oito horas tem mais de dois
milhões e precisam apenas 100 mil para causar uma gastroenterite”, explica o
microbiologista Eneo Alves da Silva Júnior.
98
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
99
AUTOATIVIDADE
100
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
101
102
UNIDADE 3 TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A qualidade na produção de refeições também depende de um bom espaço
físico para executá-la. Um adequado planejamento físico com fluxo de produção
e ambiência agradável permitem que o trabalho de todas as pessoas envolvidas
na produção das refeições aconteça de forma coordenada e organizada.
Um bom planejamento da estrutura física e funcional de um serviço de
alimentação pode contribuir para a obtenção de diversos benefícios, entre eles a
aplicação de um fluxo inteligente de manejo com o alimento, a divisão de áreas de
produção, estruturas seguras e adequadas para a obtenção de um alimento seguro
com aplicação das boas práticas, o melhor planejamento do cardápio, aumento da
produção, ambiente confortável e ergonômico para os colaboradores, diminuição
de ociosidade dos colaboradores, prevenção da contaminação cruzada, entre
outros benefícios.
103
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
E
IMPORTANT
104
TÓPICO 1 | CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DAS ÁREAS EXTERNAS E INTERNAS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
• Acesso para gêneros: exclusivo para este uso, que facilite o acesso ao estoque e
conferência de mercadoria.
• Acesso para fornecedores, administração e visitantes: deve ser exclusivo e direto,
de modo a não cruzar áreas da produção de alimento para alcançar o local.
• Acesso para colaboradores: deve ficar próximo ao vestiário, local que o
colaborador acessa na entrada e saída do trabalho.
• Acesso para cliente: exclusivo para este uso, diretamente para o salão ou local
de entrega da refeição.
• Saída para o lixo: pode ter uma saída independente ou acontecer em momento
diferenciado, em que não haja outra atividade.
105
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
NOTA
107
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
• O ideal é que estes itens sejam de cor clara, constituídos de material liso,
lavável, impermeável, resistentes a produtos de limpeza e sem nenhum tipo de
rachaduras e aberturas.
◦ Paredes: devem ser revestidas de azulejo ou cerâmica até, no mínimo, 1,80
metros, as partes acima, menos expostas, podem apenas ser impermeabilizadas
com tinta apropriada.
o Piso: deve ser capaz de resistir a agentes químicos, utilizados na higienização,
ter textura antiderrapante e permitir o escoamento da água. O piso não pode
apresentar irregularidades ou rachaduras. Superfícies irregulares dificultam
o trabalho da cozinha e podem causar acidentes, além de permitir o acúmulo
de resíduos. Não é permitida a forração do piso com papelão, tapetes,
qualquer material que favoreça o acúmulo de sujidades.
o Portas: devem apresentar superfície lisa e proteção contra insetos no caso de
portas que dão acesso à rua. O ideal é que portas que tendem a permanecer
abertas sejam dotadas de dispositivo automático de fechamento ou possuam
cortinas de ar, para impedir o acesso de pragas.
o Janelas: devem apresentar superfície lisa, possuir telas milimétricas, laváveis,
perfeitamente ajustadas aos batentes. O sol não pode incidir diretamente
sobre os alimentos.
o Tetos e forros: devem estar livres de brechas, rugosidades, excesso de
umidade e mofo. O ideal é que não sejam propagadores de incêndios e
que absorvam ruídos, minimizando o desconforto do excesso de barulho
causados pelos equipamentos.
o Bancadas ou superfícies de contato com o alimento: estas devem ser de material
liso, lavável, impermeável, de preferência constituídos de aço inoxidável.
o Prateleiras: devem ser de material higienizável, sendo o aço inox o material
mais indicado.
ATENCAO
108
TÓPICO 1 | CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DAS ÁREAS EXTERNAS E INTERNAS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
• recebimento;
• armazenamento à temperatura ambiente;
• armazenamento à temperatura controlada;
• preparação de hortifrutigranjeiro;
• preparação de carnes, aves e pescados;
• preparação de massas e sobremesas;
• cocção;
• higienização das louças;
• higienização das mãos;
• distribuição/refeitório;
• administração;
• descarte de embalagem;
• depósito do lixo;
• botijão de gás;
• depósito e higienização do material de limpeza;
• instalação sanitária e vestiário.
• Área do recebimento: deve ser uma área de fácil acesso, próxima à estocagem,
provida de rampas para transporte dos insumos. O espaço deve ser suficiente
para a circulação de carrinhos de transporte, para o acondicionamento dos
insumos, sua inspeção, pesagem e higienização, se necessário.
• Área destinada ao armazenamento em temperatura ambiente: esta área, conhecida
como estoque, deve conter uma porta larga e com proteção contra pragas. As
prateleiras devem ser localizadas a 25 cm do piso e não podem ser encostadas nas
paredes. É necessário haver um local distinto e separado para o armazenamento
de produtos de limpeza. Neste local, também não é aconselhável a presença de
equipamentos que possam alterar as condições térmicas do ambiente.
• Área do pré-preparo: este setor comporta as atividades anteriores ao preparo
dos alimentos, incluindo seleção, descongelamento, resfriamento, dessalgue,
aplicação de tempero e higienização. Independente do número de refeições,
o ideal é que este espaço seja subdividido, pelo menos, em uma área de
manipulação de carnes, outra de higienização de hortifrutigranjeiros e uma
área de manipulação de massas e sobremesas. Estas áreas devem ter seus
utensílios e equipamentos próprios, bancadas de corte, pias com balcões para
higienização de alimentos e utensílios, lixeiras exclusivas com acionamento
por pedal e locais para acondicionar os alimentos. Todos os equipamentos e
utensílios devem ser dispostos de forma que facilite o trabalho, para evitar
contaminação cruzada. Dependendo do volume de produção do local, a área
de manipulação de carnes pode ser refrigerada entre 12 ºC a 18 ºC.
109
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
• Área de preparo dos alimentos: esta área deve situar-se entre as áreas de pré-
preparo e distribuição das preparações, a sua temperatura não pode oferecer
risco aos demais alimentos (no pré-preparo). Os equipamentos necessários
a esta área devem ser dispostos em fluxo linear, o ideal é que o fogão tenha
acesso pelos dois lados para facilitar o trabalho. Esta área deve ser livre
de refrigeradores, pois o calor excessivo compromete o funcionamento dos
equipamentos.
• Área de distribuição: esta área deve ser dimensionada conforme o tipo de
serviço, o uso de plantas nesta área é permitido, desde que longe dos alimentos.
Para evitar contaminação, o ar-condicionado e ventiladores não podem incidir
diretamente sobre os alimentos.
• Área da administração: deve ser de fácil acesso aos administradores e o ideal
é que não seja necessário passar pela produção para acessá-la, evitando a
contaminação que visitantes podem trazer.
• Área destinada à higienização de utensílios: deve ser separada e isolada da
área de produção. O retorno de utensílios sujos não pode oferecer risco aos
que já foram higienizados e o retorno de utensílios dos comensais deve ter
comunicação com a área de distribuição. A área de higienização de louças dos
comensais deve ser separada da área de higienização de utensílios da cozinha
ou esta atividade não pode ser realizada de forma concomitante.
• Área destinada à higienização geral: deve ser localizada longe das áreas de
manipulação de alimentos, deve ser utilizada para higienização de materiais de
limpeza ou outros, de acordo com a realidade da empresa.
• Área de descarte de embalagem: deve ser uma área com acesso fácil para a
coleta do material, longe da cozinha e constituída de material higienizável.
• Área de depósito do lixo: esta área deve ser afastada e isolada da cozinha,
deve ser fechada, constituída de material liso e lavável, deve ficar longe do
chão para impedir a ação de animais. No caso de acondicionamento de lixo em
contêineres, este deve ser fechado e lavado diariamente.
• Área do botijão de gás: esta área deve ser exclusiva para o armazenamento de
gás, deve permitir a ventilação do ambiente e respeitar as diretrizes estabelecidas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
• Área de instalação sanitária e vestiário: estas áreas devem ser separadas
por sexo e ficar longe das áreas de manipulação de alimentos. O sanitário e
chuveiro devem ser independentes e conter todos os materiais necessários
para a higienização correta das mãos. O vestiário deve permitir que os
colaboradores acondicionem os seus pertences e coloquem ou retirem os seus
uniformes (NR 24).
110
TÓPICO 1 | CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DAS ÁREAS EXTERNAS E INTERNAS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
ATENCAO
111
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
DOCA
PRÉ-SELEÇÃO
ESTOQUE ESTOQUE
SECO REFRIGERADO
CARNES
CEREAIS
AVES E PEIXES
HORTIFRUTI
COCÇÃO
MASSAS
SOBREMESAS
LAVAGEM
DISTRIBUIÇÃO
DE LOUÇAS
LIXO
MONTAGEM
EXPEDIÇÃO
MARMITEX
112
TÓPICO 1 | CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DAS ÁREAS EXTERNAS E INTERNAS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
EQUIP
AMENT
OS
ÁREA DE LAVAGEM Prateleiras
CÂMA
R
PRATOS PANELAS RESF A CÂMA
RIADA R
CONG A
ELADA
BANHO
MONTAGEM
MARIA
FREEZER
PRÉ-PREPARO
ILHA DE COCÇÃO
DISTRIBUIÇÃO HIGIENIZAÇÃO
HORTIFRUTIS CARNES
PRATELEIRA
Refeitório
113
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
DICAS
Para saber mais, você pode assistir ao vídeo: Planejamento Físico Funcional de
UANs. Acesse o link: <https://www.youtube.com/watch?v=E6ehxcHCQ1A>.
114
TÓPICO 1 | CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DAS ÁREAS EXTERNAS E INTERNAS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
115
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
116
TÓPICO 1 | CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DAS ÁREAS EXTERNAS E INTERNAS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
CONCLUSÃO
FONTE: POHREN, N. F. et al. Avaliação da estrutura física de uma unidade de alimentação e nutrição.
Revista Univap, v. 20, n. 36, p. 17-23, 2015.
117
RESUMO DO TÓPICO 1
• Apesar dos avanços tecnológicos que vêm sendo incorporados aos serviços
de alimentação, a maioria dos locais destinados ao preparo das refeições
apresentam condições físicas inadequadas, como ruído excessivo, temperatura
elevada, iluminação deficiente, arranjo físico e instalações precárias.
118
AUTOATIVIDADE
119
120
UNIDADE 3 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Os alimentos podem ser contaminados por várias fontes, dentre elas a
falta de higienização ambiental, o contato com utensílios e equipamentos não
suficientemente limpos ou a falta de cuidados com o lixo e com as pragas.
Durante o processo de produção dos alimentos acontece o acúmulo de restos
de alimentos ou mesmo de materiais indesejáveis, que precisam ser removidos
adequadamente para não contaminarem outros alimentos que venham a ser
manipulados no mesmo local ou superfície.
O processo de higienização compreende duas etapas, a limpeza e a
desinfecção, e é uma atividade essencial para qualquer serviço de alimentação.
É importante que o gastrônomo conheça os procedimentos necessários para a
realização de uma higienização adequada do ambiente e de seus equipamentos.
Cuidados com o lixo e o controle de pragas também auxiliam a manutenção da
limpeza e diminuição de risco de contaminação do ambiente e da preparação.
Higienização =
Limpeza + Desinfectação
121
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
• antes do início das atividades produtivas, como no caso das bancadas de apoio;
• após o término das atividades ou do turno, como no caso de pisos e paredes;
• equipamentos e utensílios podem ser higienizados conforme o uso ou após o
término das atividades.
ATENCAO
122
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS, CUIDADOS NECESSÁRIOS NO CONTROLE DO
LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
NOTA
123
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
UNI
• Paredes: podem ser limpas diariamente na altura das bancadas, parte que entra
em contato com o alimento, e semanalmente até o teto, começando pelas partes
altas, com água, detergente e escova e finalizar com solução clorada.
• Pisos e rodapés: devem ser limpos diariamente, de acordo com a necessidade,
obedecendo a todas as etapas estabelecidas nos procedimentos gerais para
higienização ambiental. Lembrando que é proibido varrer os pisos das áreas de
manipulação, pois a higienização deve ser realizada de forma úmida.
• Janelas e portas: as maçanetas das portas devem ser desinfectadas diariamente,
porém semanalmente estas exigem lavagem com água e detergente, seguidas
de enxágue.
• Telas: podem receber higienização mensal, com água e detergente.
• Luminárias, interruptores e tomadas: podem receber higienização mensal ou
conforme a necessidade, limpar com pano ou esponja umedecidos em água e
detergente, remover o detergente com pano e secar.
• Bancadas e mesas de apoio: estas devem ser criteriosamente limpas após
cada utilização, lavar com água e detergente, retirar o detergente, enxaguar,
desinfetar, deixar secar naturalmente ou usar rodo higienizado e exclusivo
para a função. A utilização de pano para secagem pode contaminar novamente
a superfície.
• Ralos: devem ser lavados diariamente, com a retirada dos resíduos acumulados,
lavagem com água e detergente e enxágue com solução clorada.
• Teto ou forro: lavar de acordo com a necessidade, utilizando água e detergente
ou contratar empresa especializada (ABERC, 2013).
ATENCAO
124
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS, CUIDADOS NECESSÁRIOS NO CONTROLE DO
LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
125
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
Desmontar o aparelho
retirando suas partes Lavar com detergente
Desligar da tomada.
removíveis, cuidando para e esponja.
não perdê-las.
Fazer a desinfecção,
Enxaguar as partes que imergir ou borrifar solução
Enxaguar em água
entram em contato clorada ou álcool 70%,
corrente.
com os alimentos. deixando em contato
por 15 minutos.
126
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS, CUIDADOS NECESSÁRIOS NO CONTROLE DO
LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
E
IMPORTANT
127
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
128
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS, CUIDADOS NECESSÁRIOS NO CONTROLE DO
LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
E
IMPORTANT
É muito comum que a periodicidade de limpeza não seja respeitada nos serviços
de alimentação. Como gastrônomo, você deve ficar atento à execução desta atividade,
principalmente quando existir ausência de colaborador, pois outro deve ser direcionado
para esta atividade.
200 partículas por milhão (ppm) (mg/l) podendo atingir 250 ppm.
Tempo de contato necessário: 15 minutos.
129
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
NOTA
Não adianta colocar uma quantidade grande de produto de limpeza para fazer a
higienização, isto não é sinônimo de um local mais limpo e sem bactérias. A concentração
mínima necessária de produto, no tempo necessário de contato, já é capaz de eliminar
microrganismos e não deixar resíduos no local.
ATENCAO
NOTA
131
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
NOTA
O ralo sifonado é um ralo que não deixa que o cheiro retorne ao ambiente em
que ele se encontra e impede o acesso de pragas através do ralo. Para que funcione bem,
tem de haver no fundo dele um tanto de água (permanentemente) que tape a boca do
cano que está indo para a fossa, assim os odores não conseguem passar por esta água.
132
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS, CUIDADOS NECESSÁRIOS NO CONTROLE DO
LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
Tipo de clientela
Quadro de colaboradores
Intervenção educacional
Ferramenta de avaliação
134
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS, CUIDADOS NECESSÁRIOS NO CONTROLE DO
LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
135
RESUMO DO TÓPICO 2
136
AUTOATIVIDADE
137
138
UNIDADE 3 TÓPICO 3
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
E AVALIAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Os procedimentos operacionais padronizados são documentos que os
estabelecimentos devem implementar e que descrevem os processos realizados
pelos serviços de alimentação e guiam os colaboradores no momento de execução
de uma atividade. Os mesmos também servem de instrumentos para treinamentos
dos colaboradores e monitoramentos da adequabilidade das atividades.
139
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
140
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
NOTA
AVALIAÇÃO
DESCRIÇÃO DA NÃO
REQUISITO CONFORMIDADE CONFORMIDADE E
AÇÃO CORRETIVA
EDIFICAÇÃO E INSTALAÇÕES Sim Não NA*
Área externa:
Área externa livre de focos de insalubridade,
de objetos em desuso ou estranhos ao
ambiente, de vetores e outros animais no
pátio e vizinhança; de focos de poeira; de
acúmulo de lixo nas imediações, de água
estagnada, dentre outros.
Vias de acesso interno com superfície dura
ou pavimentada, adequada ao trânsito sobre
rodas, escoamento adequado e limpas.
Acesso:
Direto, não comum a outros usos (habitação).
Área interna:
Área interna livre de objetos em desuso ou
estranhos ao ambiente.
Piso:
Material que permite fácil e apropriada
higienização (liso, resistente, drenados com
declive, impermeável e outros).
Piso em adequado estado de conservação
(livre de defeitos, rachaduras, trincas, buracos
e outros).
141
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
142
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
143
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
144
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
145
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
146
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
147
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
148
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
149
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
150
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
Rotulagem e armazenamento:
Dizeres de rotulagem com identificação
visível e de acordo com a legislação vigente.
Produto final acondicionado em embalagens
adequadas e íntegras.
Alimentos armazenados separados por
tipo ou grupo, sobre estrados distantes do
piso, ou sobre paletes, bem conservados e
limpos ou sobre outro sistema aprovado,
afastados das paredes e distantes do teto de
forma a permitir apropriada higienização,
iluminação e circulação de ar.
Ausência de material estranho, estragado ou
tóxico.
Armazenamento em local limpo e
conservado.
Controle adequado e existência de planilha
de registro de temperatura para ambientes
com controle térmico.
Rede de frio adequada ao volume e aos
diferentes tipos de alimentos.
Produtos avariados, com prazo de validade
vencido, devolvidos ou recolhidos do mercado
devidamente identificados e armazenados em
local separado e de forma organizada.
Produtos finais aguardando resultado
analítico ou em quarentena.
Controle de qualidade do produto final:
Existência de controle de qualidade do
produto final.
Existência de programa de amostragem para
análise laboratorial do produto final.
Transporte do produto final:
Produto transportado na temperatura
especificada no rótulo.
Veículo limpo, com cobertura para proteção
de carga. Ausência de vetores e pragas
urbanas ou qualquer evidência de sua
presença, como fezes, ninhos e outros.
Transporte mantém a integridade do produto.
151
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
DESCRIÇÃO DA NÃO
REQUISITO CONFORMIDADE CONFORMIDADE E
AÇÃO CORRETIVA
DOCUMENTAÇÃO Sim Não NA*
Manual de boas práticas:
Operações executadas no estabelecimento
estão de acordo com o Manual de Boas
Práticas de Fabricação.
Procedimentos operacionais padronizados:
Existe POP estabelecido para: procedimentos
de higienização das instalações,
equipamentos e utensílios, controle de
potabilidade da água, higiene e saúde
dos manipuladores, manejo dos resíduos;
manutenção preventiva e calibração de
equipamentos, controle integrado de vetores
e pragas urbanas, seleção das matérias-
primas, ingredientes e embalagens.
Observações:
DICAS
152
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Amostragem
Lista de verificação
RESULTADOS E DISCUSSÃO
153
UNIDADE 3 | BOAS PRÁTICAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS, NA HIGIENE AMBIENTAL E DE UTENSÍLIOS E NO CONTROLE
DO LIXO, PRAGAS E QUALIDADE DA ÁGUA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
100
90
80 75%
70 69%
Conformidades (%)
154
TÓPICO 3 | PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
DE ESTABELECIMENTOS
CONCLUSÃO
155
RESUMO DO TÓPICO 3
• A avaliação permite elencar itens não conformes e, a partir dos dados coletados,
planejar ações corretivas para adequação dos requisitos, buscando eliminar e
reduzir riscos que possam comprometer os alimentos e a saúde do consumidor.
156
AUTOATIVIDADE
157
158
REFERÊNCIAS
ABERC – Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas. Manual ABERC
de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades. ABERC, v. 10, 2013.
ANZFA. Australian New Zealand Food Autorithy. The Food Standards Code, v. 2,
Food Safety Practices and General Requirements, 2001.
159
______. Norma regulamentadora NR7. Portaria n° 24, de 29 de dezembro de 1994.
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Diário Oficial [da União],
1994. Disponível em: <http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/05/mtb/7.htm>.
Acesso em: 5 dez. 2017.
160
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção
e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília : Editora do
Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/manual_integrado_vigilancia_doencas_alimentos.pdf>. Acesso
em: 20 jan. 2018.
161
FERREIRA, C. E. M; BEZERRA, L. G.; NETO, G. V. Guia para implantação de boas
práticas de fabricação (BPF) e do Sistema APPCC. 2. ed. Rio de Janeiro: [s.n.], 2001.
162
NETO, F. N. Roteiro para elaboração de Manual de Boas Práticas de
Fabricação em restaurantes. 2. ed. São Paulo: Senac, 2005.
163
SILVA FILHO, A. R. A. da. Manual básico para planejamento de restaurantes e
cozinhas industriais. São Paulo: Varela, 1996.
164
VIEIRA, V. A. Consumerismo: uma revisão nas áreas de influência do
comportamento do consumidor (Dissertação). Curso de Administração de
Empresas e Comércio Exterior da Universidade Paranaense (UNIPAR), Campus
Francisco Beltrão, Paraná, 2004.
165